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Resolução-COFECI Nº 327-1992

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RESOLUÇÃO-COFECI N.

º 327/92
(Publicada no D.O.U nº 129, de 08/07/92, pág. 8821, Seção I)

Revê, consolida e estabelece normas para inscrição


de pessoas físicas e jurídicas nos Conselhos
Regionais de Corretores de Imóveis. “Ad referendum”

O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE


IMÓVEIS-COFECI, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelos artigos 4º e 16,
XVI e XVII, da Lei N.º 6.530, de 12 de maio de 1978 e artigo 10, III, do Decreto N.º
81.871, de 29 de junho de 1978,

CONSIDERANDO que para atender ao seu objetivo institucional de disciplinar o


exercício da profissão de Corretor de Imóveis, cabe adotar as medidas necessárias ao
funcionamento regular e eficiente dos Conselhos Regionais;

CONSIDERANDO que a inscrição de pessoas físicas e jurídicas nos Conselhos


Regionais constitui condição essencial para o exercício da profissão do Corretor de
Imóveis;

RESOLVE:

CAPÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA INSCRIÇÃO

Art. 1º - Constituem atos privativos da profissão de Corretor de Imóveis os de


intermediação nas transações em geral sobre imóveis, inclusive, na compra e venda,
promessa de venda, cessão, promessa de cessão, permuta, incorporação, loteamento
e locação.

Art. 2º - O exercício da atividade de intermediação imobiliária, inclusive o de


atos privativos da profissão de Corretor de Imóveis, somente é permitido às pessoas
físicas e jurídicas detentoras de inscrição nos Conselhos Regionais de Corretores de
Imóveis e que satisfaçam as condições para o exercício profissional.

Art. 3º - Atendidos os requisitos legais e regulamentares, é assegurada a


inscrição:

I - aos técnicos em Transações Imobiliárias, formados por estabelecimentos de


ensino reconhecidos pelos órgãos educacionais competentes;

II - às pessoas jurídicas legalmente constituídas para os objetivos de


intermediação imobiliária, inclusive para os fins previstos no artigo 1º desta Resolução.

Parágrafo Único - As empresas colonizadoras que loteiam, constróem e


incorporam imóveis, nos termos dos artigos 3º e seu parágrafo único, 4º e 6º e seu
parágrafo único da Lei N.º 6.530/78, estão obrigadas a se inscreverem nos Conselhos
Regionais de Corretores de Imóveis, na forma desta Resolução.
Art. 4º - A inscrição no Conselho Regional de Corretores de Imóveis será:

I - originária ou principal;

II - secundária ou suplementar.

Art. 5º - Inscrição originária ou principal é aquela feita no CRECI da Região


onde o Corretor de Imóveis tenha o seu domicílio e exerça a sua atividade permanente
ou esteja sediada a matriz da pessoa jurídica.

§ 1º - Se o Corretor de Imóveis tiver mais de um domicílio, apenas no Conselho


Regional de um deles poderá possuir a inscrição principal.

§ 2º - A inscrição principal faculta o exercício permanente da atividade de


intermediação imobiliária pela pessoa física ou jurídica na Região do CRECI onde
estiver inscrita, e o seu exercício eventual pela pessoa física, em qualquer parte do
Território Nacional.

§ 3º - O exercício eventual da atividade de intermediação imobiliária, em região


distinta da principal, somente será permitido à pessoa física mediante requerimento
prévio ao CRECI da Região onde se pretenda exercê-la, após o pagamento de
anuidade proporcional a 120 (cento e vinte) dias e a consequente expedição de
documento de autorização para o interessado, vedado o deferimento de novo pedido
para a mesma região antes de decorridos 12 (doze) meses do encerramento da
autorização anterior.

§ 4º - A continuidade do exercício eventual da atividade de intermediação


imobiliária por período superior a 120 (cento e vinte) dias só será possível mediante
inscrição secundária nos termos desta Resolução.

§ 5º - O requerimento a que se refere o parágrafo 3º deste artigo informará as


transações imobiliárias que se pretenda realizar na região do exercício eventual e será
instruído com certidão de regularidade, expedida pelo CRECI detentor da inscrição
principal do requerente.

§ 6º - Recebido o requerimento devidamente instruído, o Presidente do CRECI


determinará a expedição de documento de autorização do exercício eventual, contendo
as datas de início e fim do prazo estabelecido no § 3º deste artigo.

Art. 6º - A inscrição secundária ou suplementar permite o exercício da atividade


de intermediação imobiliária, por prazo indeterminado, em região distinta da em que se
mantenha a inscrição principal e será permitida somente à pessoa física.

Parágrafo Único - O exercício da atividade de intermediação imobiliária, pela


pessoa jurídica, em região distinta da em que mantenha sua inscrição principal
somente será permitida mediante abertura formal de filial.

Art. 7º - O cancelamento da inscrição principal da pessoa física ou jurídica


acarretará, automaticamente, a da inscrição secundária, mas a perda desta não
determinará a daquela.
Parágrafo Único - Aplica-se à suspensão da inscrição o disposto neste artigo.
CAPÍTULO II

DA INSCRIÇÃO PRINCIPAL DA PESSOA FÍSICA

Art. 8° - A inscrição principal de Corretor de Imóveis se fará mediante


requerimento dirigido ao Presidente do CRECI, com menção:

I - do nome do requerente por extenso e, se for o caso, do nome abreviado que


pretende usar;

II - da nacionalidade, estado civil e filiação;

III - da data e local de nascimento;

IV - da residência profissional;

V - do número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);

§ 1° - O requerimento que se refere este artigo será instruído com os seguintes


documentos:

a) cópia da carteira de identidade;

b) cópia do certificado que comprove a quitação com o serviço militar;

c) cópia do título de Técnico em Transações Imobiliárias fornecido por


estabelecimento de ensino reconhecido pelos órgãos educacionais competentes;

d) cópia do título de eleitor;

e) declaração do requerente, sob as penas da lei, de que não responde nem


respondeu a inquérito criminal ou administrativo, execução civil, processo falimentar e
que não tenha títulos protestados no último qüinqüênio, bem como os locais de
residências no mesmo período.

§ 2º - (revogado pela Resolução-Cofeci nº 1.089/08, art. 1º).

Art. 9º - O estrangeiro, além dos documentos enumerados no parágrafo 1º do


artigo 8º, excetuados os das alíneas b e d, deverão comprovar a permanência legal e
ininterrupta no País durante o último ano.

Parágrafo Único - O documento referido na alínea c do parágrafo 1º do artigo


8º poderá ser suprido por título equivalente ou superior, devidamente reconhecido pelo
órgão educacional competente.

Art. 10 - A juntada de documentos referidos nas alíneas a, b, c e d do §1º do


artigo 8º, poderá ser feita por cópia autenticada, dispensada a conferência com o
documento original.
Parágrafo Único - A autenticação poderá ser feita mediante cotejo da cópia
com o original, por servidor do CRECI a quem for conferida essa atribuição, caso não
tenha sido efetuada, anteriormente, por tabelião.
Art. 11 - O pedido de inscrição formará processo que será apreciado,
previamente, por Comissão do CRECI que poderá solicitar diligência ou encaminhá-lo,
se devidamente instruído, com parecer conclusivo à Diretoria.

§ 1º - Qualquer exigência da Comissão do CRECI será comunicada por ofício


ao requerente, pelo Secretário, a fim de ser atendida.

§ 2º - O não atendimento da exigência, no prazo de 30 (trinta) dias contados da


data do recebimento do ofício a que se refere o parágrafo anterior, acarretará o
arquivamento do processo de inscrição, o qual somente será desarquivado mediante o
cumprimento da exigência formulada.

Art. 12 - Com o parecer conclusivo da Comissão, o Presidente do CRECI


encaminhará o processo de inscrição ao Plenário para decisão.

Art. 13 - Qualquer pessoa poderá impugnar, documentadamente, o pedido de


inscrição do requerente, objetivando o seu indeferimento.

Parágrafo Único - A autoridade a que estiver submetido o processo, desde que


reconheça na impugnação indícios que possam comprometer a concessão da
inscrição, deverá baixar o processo em diligência para elucidar os fatos apontados.

Art. 14 - Instruído o processo, inclusive se for o caso, com o esclarecimento da


impugnação a que se refere o artigo anterior, o Plenário decidirá sobre a inscrição
requerida.

Art. 15 - A decisão do Plenário será transcrita no processo e comunicada ao


requerente por ofício do Secretário do CRECI.

Art. 16 - O requerente, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da data da


ciência da decisão, poderá dela recorrer para o COFECI, através de petição dirigida ao
Presidente do CRECI.

Art. 17 - O Presidente do CRECI poderá atribuir ao recurso, acompanhado ou


não de documentos, efeito de pedido de reconsideração, submetendo-o ao reexame do
Plenário.

§ 1° - Caso não reconheça efeito de pedido de reconsideração ao recurso, o


Presidente do CRECI encaminhá-lo-á ao COFECI, para decisão em última e definitiva
instância.

§ 2° - Se o Plenário do CRECI negar provimento ao pedido de reconsideração


remeterá o processo ao COFECI para decisão final.

Art. 18 - O julgamento do recurso no COFECI obedecerá ao disposto no seu


Regimento Interno.

Art. 19 - Deferida a inscrição, originariamente ou em grau de recurso, o


requerente, perante o Plenário do CRECI, no ato do recebimento da carteira de
identidade profissional, prestará o compromisso de fielmente observar as regras a que
está sujeito, atinentes ao exercício da profissão de Corretor de Imóveis.

Parágrafo Único - A inscrição do Corretor de Imóveis somente será considerada


completa após ter o requerente prestado o compromisso a que se refere este artigo e
receber a sua carteira de identidade profissional.

Art. 20 - O Conselho Regional fornecerá ao Corretor de Imóveis inscrito carteira


e cédula de identidade profissional contendo os seguintes elementos:

I - nome, por extenso, do profissional;

II - filiação;

III - nacionalidade e naturalidade;

IV - data do nascimento;

V - número e data da inscrição;

VI - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição;

VII - fotografia e impressão datiloscópica;

VIII - data de sua expedição e assinaturas do profissional inscrito, do


Presidente e do Diretor 1° Secretário do Conselho Regional.

Parágrafo Único - O fornecimento da carteira e da cédula de identidade


profissional está sujeito ao pagamento de emolumentos.

Art. 21 - O exercício da profissão de Corretor de Imóveis somente poderá ser


iniciado após o atendimento das formalidades da inscrição e do pagamento da primeira
anuidade.

Parágrafo Único - O pagamento da primeira anuidade, a ser recolhido


concomitantemente com os emolumentos referentes à expedição da carteira de
identidade profissional, será proporcional ao período não vencido do exercício.

Art. 22 - Expedida a carteira de identidade profissional, o portador deverá,


dentro de 60 (sessenta) dias, satisfazer a legislação fiscal e previdenciária para
estabelecer-se, sob pena de cancelamento automático da inscrição e de apreensão da
citada carteira.

Art. 23 - Se a carteira de identidade profissional for extraviada, danificada ou se


tornar imprestável para o fim a que se destina, o Conselho Regional expedirá segunda
via, com essa designação expressa, mediante o pagamento dos emolumentos devidos.

CAPÍTULO III

DA INSCRIÇÃO PRINCIPAL DA PESSOA JURÍDICA


Art. 24 - A inscrição principal da pessoa jurídica se fará mediante requerimento
dirigido ao Presidente do CRECI, com menção:

I - do nome ou razão social da requerente e, se for o caso, do nome de


fantasia que pretenda usar;

II - endereço completo da matriz e, se houver, de suas filiais;

III - do número de inscrição da requerente no INSS, ISS, CGC e a do registro


na Junta Comercial (livro, folha e data) ou do Cartório do Registro de Pessoas Jurídicas
(livro, folha e data).

IV - da qualificação completa do seu sócio-gerente ou diretor (nome,


nacionalidade, estado civil, profissão, inscrição no CPF, no CRECI e o número, órgão e
data da expedição, do documento de identidade).

Parágrafo Único - O requerimento citado neste artigo deverá ser firmado pelo
sócio-gerente ou diretor da pessoa jurídica requerente, Corretor de Imóveis inscrito e
quite com suas obrigações financeiras perante o Conselho Regional.

Art. 25 - Com o requerimento a que alude o artigo anterior deverão ser


anexados:

a) cópia do ato constitutivo da pessoa jurídica;

b) declaração, sob as penas da lei, firmada pelo sócio-gerente ou diretor, de


que a requerente não responde nem respondeu à execução civil ou a processo
falimentar e que não tem títulos protestados no último qüinqüênio.

Art. 26 - Aplica-se ao processo de inscrição da pessoa jurídica, no que couber,


o disposto nos artigos 10 a 18.

Art. 27 - Deferida a inscrição, originariamente ou em grau de recurso, o


Conselho Regional fornecerá à requerente certificado de inscrição, contendo:

I - nome ou razão social da pessoa jurídica;

II - número da inscrição precedido da letra “J”;

III - data da inscrição;

IV - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição;

V - nome do sócio-gerente ou diretor da pessoa jurídica, inscrito como Corretor


de Imóveis e o número de sua inscrição no CRECI da Região;

VI - assinatura do responsável pela pessoa jurídica, do Presidente e do Diretor


1° Secretário do Conselho Regional.

Parágrafo Único - O fornecimento do certificado de inscrição está sujeito ao


pagamento de emolumentos.
Art. 28 - O exercício da atividade de intermediação imobiliária pela pessoa
jurídica somente poderá ser iniciado após o atendimento das formalidades da inscrição
e do pagamento da primeira anuidade.

Parágrafo Único - O pagamento da primeira anuidade, a ser recolhido


concomitantemente com os emolumentos referentes à expedição do certificado de
inscrição, será proporcional ao período não vencido do exercício.

Art. 29 - Se o certificado de inscrição for extraviado ou danificado, o Conselho


Regional expedirá a segunda via, com essa designação expressa, mediante o
pagamento dos emolumentos devidos.

CAPÍTULO IV

DA INSCRIÇÃO SECUNDÁRIA

Art. 30 - A inscrição secundária será requerida perante o Conselho Regional


onde a pessoa física possuir a inscrição principal com a indicação da Região e da
localidade em que pretender se estabelecer.

Art. 31 - O Conselho Regional onde a pessoa física possuir a inscrição


principal fornecerá à requerente certidão ou cópia dos requerimentos e documentos a
que se referem os artigos 8º e 9º, bem como cópia da sua folha de inscrição, com
todas as anotações e de certidão de quitação das obrigações financeiras,
acompanhados de ofício dirigido ao Presidente do Conselho da Região onde a
requerente pretender a inscrição secundária.

Art. 32 - Aplicar-se-á ao processamento da decisão do pedido de inscrição


secundária no Conselho Regional onde a requerente pretender exercer a atividade da
intermediação imobiliária, no que couber, o disposto nos artigos 10 a 18.

Art. 33 - Deferido o requerimento, o Conselho Regional promoverá registro da


inscrição secundária, cujo número será seguido da letra “S”, no prontuário eletrônico e
nos documentos de identificação da pessoa física.

Art. 34 - O exercício da atividade da intermediação imobiliária na Região da


inscrição secundária somente poderá ser iniciado após a anotação a que se refere o
artigo anterior e o pagamento da primeira anuidade, que será proporcional ao período
não vencido do exercício.

CAPÍTULO V

DAS OBRIGAÇÕES VINCULADAS À INSCRIÇÃO

Art. 35 - A anuidade será paga até o último dia útil do trimestre de cada ano,
salvo a primeira que será devida no ato da inscrição.

Parágrafo Único - O valor das anuidades da inscrição principal e secundária,


bem como a forma de sua cobrança, será estabelecido por Resolução do COFECI.
Art. 36 - A pessoa física deverá comunicar ao CRECI em que possuir inscrição
principal ou secundária qualquer alteração em seus dados cadastrais aludidos no artigo
8º, no prazo de 30 (trinta) dias contados da ocorrência da modificação.

Art. 37 - O Corretor de Imóveis que deixar de ser responsável por pessoa


jurídica deverá comunicar o fato ao CRECI, no prazo de 15 (quinze) dias contados da
data da desvinculação.

Art. 38 - A pessoa jurídica deverá comunicar ao CRECI em que possuir inscri-


ção principal:

I - no prazo de 30 (trinta) dias:

a) a substituição do Corretor de Imóveis, sócio-gerente ou diretor;

b) a alteração de seus dados cadastrais a que alude o artigo 24.

II - no prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer alteração contratual que vier a


sofrer.

Art. 39 - As pessoas jurídicas que instalarem filiais, com capital destacado do


capital social da matriz, deverão providenciar, no prazo de 15 (quinze) dias do
arquivamento do ato constitutivo da filial, a averbação da mesma junto ao CRECI,
instruindo o requerimento com:

a) cópia do ato constitutivo da filial;

b) prova de que a filial se encontra sob responsabilidade de sócio-gerente ou


diretor, Corretor de Imóveis;

c) comprovante do recolhimento da taxa de averbação correspondente a 20%


(vinte por cento) da taxa de inscrição da matriz.

Art. 40 - O não atendimento das obrigações previstas neste Capítulo nos


prazos fixados sujeitará a pessoa física ou jurídica infratora a processo disciplinar, por
infringência do artigo 20, VIII, da Lei N.º 6.530, de 12 de maio de 1978.

CAPÍTULO VI

DA TRANSFERÊNCIA E DA TRANSFORMAÇÃO DA INSCRIÇÃO

Art. 41 - A transferência da inscrição principal de pessoa física para outro


Regional será requerida ao Presidente do Regional de origem, mediante pagamento de
emolumentos, atendidos os requisitos deste artigo.

§ 1º - O Regional de origem acatará o pedido e dele dará conhecimento ao


Regional de destino, desde que o Requerente:

a. não esteja inadimplente sob qualquer título junto à tesouraria do órgão, inclusive
em relação a débitos parcelados;
b. não esteja cumprindo pena de suspensão da inscrição;
c. informe os endereços profissional e residencial que pretende usar no Regional
de destino;
d. não seja sócio-gerente ou diretor responsável por pessoa jurídica inscrita
perante o Regional de origem.

§ 2º - O Regional de origem emitirá certidão específica, para fins de


transferência de inscrição, sem ônus para o Requerente, com validade de 60
(sessenta) dias, a qual fará parte do processo de transferência, contendo as seguintes
informações:

a) nome do requerente;
b) número de inscrição no Regional;
c) número do CPF;
d) data de nascimento;
e) naturalidade;
f) filiação;
g) declaração negativa de débitos a qualquer título do requerente junto à tesouraria
do órgão;
h) relação de processos disciplinares instaurados contra o Requerente, se houver;
i) endereços profissional e residencial a serem utilizados pelo Requerente no
Regional de destino.

§ 3º - O Regional de origem remeterá ao Regional de destino, por via eletrônica


e também via correios, no prazo de 02 (dois) dias úteis a contar da data da emissão da
certidão de que trata o § 2º, cópia autenticada pela própria secretaria do órgão da
pasta completa do processo de inscrição originária do Requerente.

§ 4º - O processo de inscrição original permanecerá arquivado no Regional de


origem.

§ 5º - No caso de retorno do Requerente ao Regional de origem, ser-lhe-á


fornecido o mesmo número de sua inscrição originária, nos termos do artigo 51, § 2º
desta Resolução.

§ 6º - Processos disciplinares em trâmite contra o Requerente serão julgados


pelo Regional de origem:

a) eventuais condenações serão comunicadas ao Regional de destino o qual


ficará encarregado das correspondentes execuções;
b) dos valores recebidos a título de multa 80% (oitenta por cento) reverterão ao
Regional de origem.

§ 7º - O processo de transferência dispensa as formalidades exigidas pelos


artigos 10 a 12 desta Resolução, mas deve ser submetido ao Plenário do Regional de
destino na forma prevista nos seus artigos 13 a 18.

§ 8º - A transferência da inscrição será considerada consolidada na data de sua


homologação pelo Plenário do Regional de destino, onde o profissional transferido
receberá novo número de inscrição.

§ 9º - Consolidada a transferência, o Regional de destino providenciará:


a) recolhimento dos documentos de identificação profissional que tenham sido
emitidos pelo Regional de origem;
b) emissão e entrega de novos documentos de identificação profissional;
c) remessa ao Regional de origem dos documentos de identificação profissional
recolhidos.

§ 10 - A carteira profissional (VERMELHA) emitida pelo Regional de origem


poderá permanecer em poder do Requerente, desde que com carimbo contendo os
seguintes dizeres: “DOCUMENTO HISTÓRICO, SEM VALIDADE LEGAL”. Neste caso,
o Regional de destino remeterá cópia do documento invalidado ao Regional de origem.

§ 11 - A entrega dos novos documentos de identificação profissional ao


Requerente fica condicionada à providência prevista no item “a” do § 9º deste artigo,
considerada a possibilidade regrada pelo § 10.

§ 12 - A anuidade do exercício em curso será devida:

a) ao Regional de destino, se a transferência for requerida até o dia 31 de março,


inclusive;
b) ao Regional de origem, se a transferência for requerida após o dia 31 de março.

§ 13 - Decorrido o prazo de validade da certidão referida no § 2º deste artigo,


sem que o Requerente compareça ao Regional de destino para consolidação do
processo de transferência, o Regional de origem será imediatamente comunicado
acerca da inação do profissional, tornando sem efeito o processo. Neste caso, não
haverá devolução de valores pagos pelo Requerente a título de emolumentos.

Art. 42 - O Corretor de Imóveis que pretender transformar eventual inscrição


secundária em principal deverá cumprir todo o rito determinado pelo artigo 41 e
parágrafos desta Resolução, concomitantemente com o pedido de cancelamento de
sua inscrição secundária.

CAPÍTULO VII

DA SUSPENSÃO E DO CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO

Art. 43 - Os efeitos da inscrição principal ou secundária podem ser suspensos a


critério do Plenário do Conselho Regional:

I - a pedido da pessoa física, no caso de doença grave ou exercício de


mandato, cargo ou função públicos incompatíveis com a atividade profissional, por
período determinado;

II - “ex-officio”, no caso de sentença judicial em ação penal que imponha pena


acessória da interdição de direitos ao Corretor de Imóveis;

III - em decorrência da aplicação da penalidade do artigo 21, IV, da Lei N.º


6.530, de 12 de maio de 1978 à pessoa física ou jurídica.

§ 1° - No caso dos incisos I e II deste artigo o Corretor de Imóveis ficará


dispensado de votar nas eleições do Conselho Regional e de pagar anuidade, no
período da suspensão da inscrição.
§ 2° - No caso do inciso III deste artigo, o Corretor de Imóveis ficará impedido
de votar nas eleições do Conselho Regional, mas obrigado, da mesma forma que a
pessoa jurídica, ao pagamento da anuidade.

Art. 44 - O Presidente do CRECI, tendo em vista a decisão do Plenário,


determinará a anotação na carteira de identidade profissional do Corretor de Imóveis
da suspensão da sua inscrição, com indicação do respectivo período de duração.

Parágrafo Único - No caso do inciso III do artigo 43, o Presidente do CRECI


determinará a anotação da penalidade de suspensão da inscrição imposta à pessoa
jurídica, na carteira de identidade profissional do sócio-gerente ou diretor por ela
responsável.

Art. 45 - Se a pessoa física ou jurídica, cuja inscrição tiver sido suspensa,


praticar ato de intermediação imobiliária responderá a processo disciplinar por
infringência ao artigo 20, VIII da Lei N.º 6.530, de 12 de maio de 1978, e artigo 38, III,
do Decreto N.º 81.871, de 29 de junho de 1978.

Art. 46 - A qualquer tempo o Corretor de Imóveis que tiver obtido a suspensão


dos efeitos da inscrição, no caso do inciso I do artigo 43, poderá requerer a suspensão
da interrupção, a fim de restabelecer o exercício de sua atividade profissional.

Parágrafo Único - O Presidente do CRECI determinará a anotação da


interrupção da suspensão na carteira de identidade profissional do requerente.

Art. 47 - O cancelamento da inscrição principal ou secundária poderá ser


determinado a critério do Plenário do Regional:

I - a pedido da pessoa física ou jurídica, juntando os seguintes documentos:

a) Se pessoa física:
a.1) cédula de identidade profissional;
a.2) carteira profissional de corretor de imóveis (vermelha).

b) Se pessoa jurídica:
b.1) certificado de inscrição;
b.2) comprovação de baixa no CNPJ-MF e na Junta Comercial do
Estado, se for o caso;
b.3) no caso de continuidade da existência da pessoa jurídica,
comprovação de supressão do contrato social de denominação, nome de
fantasia ou objetivo social que induza à atividade de intermediação
imobiliária, inclusive os atos referidos no artigo 1º desta Resolução.

II - “ex-officio”, no caso de morte da pessoa física ou extinção da pessoa


jurídica;

III - em decorrência de aplicação da penalidade do artigo 21, V, da Lei N.º


6.530, de 12 de maio de 1978, à pessoa física ou jurídica.
§ 1° - A pessoa física ou jurídica que tiver sua inscrição cancelada a pedido,
poderá se reinscrever no Conselho Regional desde que atenda as exigências da época
do novo pedido.

§ 2º - A pessoa física ou jurídica que tiver sua inscrição cancelada em


decorrência de falta de pagamento de anuidade, emolumentos ou multas, terá
restaurada a inscrição automaticamente, desde que satisfaça o débito devidamente
corrigido.

§ 3º - A existência de débitos em nome do requerente não impede o


cancelamento da inscrição. A dívida existente será reconhecida através de Termo de
Confissão de Dívida (TCD) para posterior cobrança na forma da lei.

§ 4º - A pessoa física ou jurídica com inscrição cancelada a pedido poderá


requerer nova inscrição em outro Conselho Regional condicionada à apresentação de
certidão negativa de débitos (ou certidão positiva com efeito de negativa) expedida
pelo Creci em que tenha sido inscrita, além dos documentos referidos no artigo 8º, § 1º
desta Resolução.

Art. 48 - No caso de cancelamento da inscrição principal, o Conselho Regional


deverá recolher a carteira e cédula de identidade profissional do Corretor de Imóveis ou
o Certificado de Inscrição da pessoa jurídica

Parágrafo Único - Não ocorrendo entrega espontânea dos documentos, o


Conselho Regional deverá requerer a sua busca e apreensão.

Art. 49 - O Presidente do Conselho Regional onde a pessoa física ou jurídica


tiver inscrição secundária anotará na carteira de identidade profissional ou no
certificado o cancelamento da referida inscrição, comunicando esse fato ao CRECI de
origem.

CAPÍTULO VIII

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 50 - Os Conselhos Regionais manterão atualizado o Cadastro de pessoas


físicas ou jurídicas que possuam ou tenham possuído inscrição principal ou secundária,
anotando todos os atos a que alude esta Resolução.

Art. 51 - O número de inscrição, principal ou secundária, identificador da


pessoa física ou jurídica, é imutável e será concedido em ordem cronológica a cada
inscrição.

§ 1º - No caso de cancelamento da inscrição, pelas hipóteses do artigo 47, o


número que a identifica não poderá ser atribuído a outra pessoa física ou jurídica.

§ 2º - À pessoa física ou jurídica que tiver sua inscrição principal ou secundária


cancelada a pedido ou por falta de pagamento de anuidades e voltar a se inscrever no
mesmo Conselho Regional será atribuído o mesmo número de inscrição.
Art. 52 - Aplicam-se as disposições desta Resolução aos processos originados
dos pedidos de inscrição em tramitação.

Art. 53 - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação no Diário


Oficial da União, revogadas as Resoluções-COFECI nºs 148/82, 160/83, 165/83,
235/88 e 251/89.

Brasília-DF, 25 de junho de 1992

WALDYR FRANCISCO LUCIANO


Presidente

RUBEM RIBAS
Diretor 1º Secretário

Homologada em Sessão Plenária de 07/08/92

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