A Igreja Catolica Progressista e A Produção Do Militante
A Igreja Catolica Progressista e A Produção Do Militante
A Igreja Catolica Progressista e A Produção Do Militante
A IGREJA CATÓLICA
PROGRESSISTA E A PRODUÇÃO DO
MILITANTE
RELIGIOSA
Flávio Pierucci.
SÃO PAULO
1993
Para Neusa, cúmplice no trabalho e no prazer.
carinho.
"A infelicidade dos homens nunca deve ser um
260)
RESUMO
e religiosas.
AGRADECIMENTOS
problematização proposta.
pesquisa.
créditos de mestrado.
À professora Maria Helena Oliva Augusto e aos
INTRODUÇÃO ......................................... 01
CAPÍTULO I
O MILITANTE ........................................ 05
I.1. - Origem e significado ...................... 05
I.2. - O militante calvinista .................... 10
I.3. - O militante de esquerda ................... 13
I.4. - Reflexões atuais sobre o militante ........ 23
CAPÍTULO II
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E METODOLÓGICA. OBJETO DA
PESQUISA ........................................... 37
II.1. - Sobre o conceito de afinidade eletiva e
tipo ideal ................................ 37
II.2. - Foucault e o conceito de poder disciplinar. 43
II.3. - A concepção de poder pastoral ............. 54
II.4. - O objeto da pesquisa ...................... 59
CAPÍTULO III
A EMERGÊNCIA DO MILITANTE DA IGREJA CATÓLICA
PROGRESSISTA ....................................... 64
III.1. - O modelo dominação e libertação ........... 64
III.2. - A evangelização da política ............... 68
III.3. - O catolicismo integral .................... 70
III.4. - O catolicismo de esquerda ................. 78
III.5. - Os militantes católicos progressistas e os
movimentos sociais ........................ 89
CAPÍTULO IV
A PRODUÇÃO POLÍTICO RELIGIOSA DO MILITANTE
CATÓLICO PROGRESSISTA.............................. 99
IV.1. - O militante total ........................ 101
IV.2. - O esquecimento de si ..................... 107
IV.3. - Desterritorialização ..................... 109
IV.4. - Motivação para o engajamento ............. 112
IV.5. - A exposição de si ........................ 116
IV.6. - O saber como dever ....................... 122
IV.7. - O dever da ação .......................... 126
IV.8. - O corpo treinado ......................... 137
IV.9. - A revolução integral ..................... 139
IV.10. - Inserção plural para um fim total ........ 147
IV.11. - Revisão metódica de vida ................. 153
IV.12. - A resistência do 'eu' .................... 162
IV.13. - O poder como serviço ..................... 173
______________________________________________________
ação pelo partido, ele não guarda uma hora para si, ele
próprio Foucault.
logia da libertação.
CAPÍTULO I
O MILITANTE
____________________________________________________
________
político.
esferas da vida.
trabalho.
revolucionária.
(WALZER, 1987).
formação da sociedade.
tado moderno.
ciedade.
Este fechamento do espaço burguês para a ação mili-
sia, mas também noutros contextos. Por que não dizer, até
nossos dias5.
lhadores.
nova sociedade.
legitimidade.
cidativo.
ela se faz por uma causa maior, coletiva, uma missão com a
apaixona.
isso é significativo.
conexão político-religiosa.
tes), este tem uma justificativa para sua ação apenas cir-
giosas.
Para convencer-se e convencer os demais da
reflexões sugestivas.
esquerda.
1990, p. 327-329).
1990, p. 333).
da ideologia burguesa.
microfísicas do poder.
crofísicos do poder.
falas da resistência.
1988, p. 70).
exercício.
Deleuze,
Deleuze afirmando:
1988, p. 78).
sista.
CAPÍTULO II
PESQUISA.
__________________________________________________________
TIPO IDEAL
desdobramentos históricos.
política e religiosa.
dissertação.
mazia de qualquer das esferas envolvidas na relação, mas
o outro.
progressista.
militante.
Foucault, ao longo das suas obras, fez a crítica da
DISCIPLINAR
instituição.
cault o diz:
apropriação:
víduo e o poder:
o determine.
do desejo e do saber.
explica Foucault:
não se deve
1230)
manifestações.
sos.
bre o homem, seu corpo e sua vida. Isto ocorre porque a me-
as domina.
recíproco.
plica Foucault:
lações de poder.
do seu militante.
tal situação.
militante ordena o seu agir, e sim por que ele atua, quais
constituição.
Imaginamos que a articulação destas práticas
religiosas.
no tabuleiro.
PROGRESSISTA
_____________________________________________________
p. 120)
episódios.
tado.
(MAINWARING, 1989).
(SOUZA, 1984).
pela emancipação.
suficientemente abrangente.
tico-econômica.
tante.
nifesto Comunista.
cristãos.
igreja não fez mais que apoiar sua repressão pelo Estado.
popular.
de ação no Estado.
ela imaginados.
1985)
efeitos cujo pleno controle escapa a qualquer plano eclesial
frutos inéditos.
III.4. - O CATOLICISMO DE ESQUERDA
tólica que não só declara sua opção pelos pobres, mas desen-
católica.
práticas político-religiosas.
(PIERUCCI, 1978).
do final dos anos 50 até meados dos anos 60. São mobili-
121 e 122)
católica.
entre outras.
1984, p. 65 e 66)
dutiva.
si, absurda, mas não nos agrada utilizá-las como causas de-
OS MOVIMENTOS SOCIAIS11
80.
popular'.
piquetes.
sociedade.
1978 e 1981.
cap. VIII)
Telles é uma das pesquisadoras que tenta resgatar a
na sua formação.
PROGRESSISTA
___________________________________________________
p. 180)
dições de possibilidade.
O militante age e reage sobre um terreno interposto
duzem.
privilegiado de análise.
neste capítulo.
IV.1. - O MILITANTE TOTAL13
coletiva.
trabalho."
esclarecedor.
conhecidos da comunidade."
ao seu serviço.
Luiza, jovem que atua no PT e na PO, ao explicar
um e da coletividade:
significado especial.
não."
IV.2. - O ESQUECIMENTO DE SI
uma cobrança."
A renúncia à vida pessoal provoca, em muitos casos,
própria atividade."
funcionamento.
eu não sou normal (risos). Eu explico pra ela que pra mim é
IV.3. - DESTERRITORIALIZAÇÃO
contínua.
você viver."
alma.
luta deu-se muito mais por uma angústia, uma revolta diante
consciência:
frentamento, de iniqüidade:
"Em 1963, eu tinha quatorze anos, a gente começou a
concretos."
ações de recrutamento.
base."
organização de base."
IV.5. - A EXPOSIÇÃO DE SI
militante:
saber mais sobre ele, vai convidá-lo para uma reunião, vai
vai saber o que é PO, eles vão falar sobre o que eles
espaço de falação."
aquelas que o vêem como 'o outro lado', o preço que deve se
tólica progressista.
organização.
cada um.15
evangelho e da 'ciência'.
(rebanho).
Como dissemos, o indivíduo não se faz militante por
militante.
a partir daquela luta que ele faz, que é (baseado em) uma
vação.
vez mais que não há outro objetivo, que é por aí... Você não
Cristo veio à terra? Foi pra isto, quer dizer: 'Eu vim
cumprir tudo isso o pecado é seu, um dia você vai ter que
como uma trajetória na tua vida que você tem que cumprir."
amor que isto implica. Por isto a rejeição deste povo nas
não dar condições de vida para cada pessoa que existe por
que não tem terra, não tem casa, é violentado. Então toda
mais." (Amaro)
que ter uma pastoral transformadora. Mas quando você tem uma
pessoa do lado da tua casa que não tem o que comer, você vai
você, que te apela, você não está olhando para uma classe,
você 'tá olhando para um ser humano de carne e osso que nem
você, e você não pode negar isto (ajuda), a menos que você
evangelho e na ciência.
luta:
atuante."
nela operam.
reacionário.
agora."
junto."
progressista.
própria celebração deles é diferente, não leva em
flitos."
luta:
conflitos.
contradição política."
Mas passa também por um novo homem e uma nova mulher e novas
relações entre as pessoas. A gente (militante cristão) tem
totalizador é flagrante:
autor)
nossos)
Esta noção de processo gerador de uma sociedade de
mundo.
básico':
dado por seu rumo ou direção." (BOFF, 1988, ps. 90, 91 e 94)
Percebe-se que esta 'verdade' sobre uma luta maior
final:
correção.
católica apostólica romana, então você vai ter que dizer que
instituição.
sua fé, saldar a sua dívida com o povo, expiar a sua culpa,
Deus'.
nal:
do momento que você pode explicitar esta fé, que ela possa
acrescentam:
deste mundo foram tocadas pelo Verbo da vida. Por isto (...)
11 e 12)
tar a salvação total. Salvação esta que lhe exige uma ativi-
libertadora.
da tradição católica.
tica."
etc."
quando não tem mais gás para alimentar o pavio este ainda
Revisão de Vida."
emancipação político-religiosa.
todo o tempo."
vela acesa."
giosa.
conversão, de solidariedade."
criação."
(Logo adiante a recomendação:) "Momento de
cados, mas também pelo não olhar e pelo não saber, pelo
'sacrifício'.
passos.
fazer daqui pra frente?'. Você tem sempre que tentar fazer
pação em avaliar-se.
PCE tem que ter sua história na mão, e para fazer sua
culpa:
você entra, você acaba se doando mesmo que você tente manter
uma certa reserva. Você vai por inteiro, ainda mais quando
bendo como é que é o caminho, você não tem uma coisa con-
leiro.
fazemos silêncio. Tudo tem que ser discutido, tudo tem que
é a normalização coletiva.
pra gente. Tempo pra lazer, tempo pra conversar com outras
pessoas que não têm a mesma visão que você. Um passeio, por
agente de CPT que coordena uma equipe tem que ser um perito
tem que ter também uma compreensão teórica dos outros pro-
fica comprometido."
justiças, por isto ele não deve abandonar o seu posto, a não
disse:
de representar este povo. Com toda esta base que você tem,
povo realmente."
Esta inversão na idéia de representação, onde a
da sua luta.
é por aí mesmo."
Igreja: fazer com que todo este grupo, que ainda está nesta
torne povo."
igreja)."
fala:
civilização."
IV.13. - O PODER COMO SERVIÇO
nho e que não dá ordens (não manda), mas apenas presta uma
sociedade igualitária.
1987).
a salvação final.
__________________________________________________
p. 59).
giado da investigação.
na história.
ria como uma das etapas a sua organização política pelo se-
político-religiosa.
Inquérito.
p. 53-88.
Queiroz.
Avril, p. 372-393.
Brasiliense.
cit., p. 13-45.
DERVILLE, Jacques e CROISAT, Maurice (1979), "La
760-790.
297-321.
de Janeiro, Graal.
L&PM/CEDEC.
91.
cit., p. 34-45.
(Jul-Août), p. 10-17.
342.
380.
Avril, p. 260-285.
Vozes/Cebrap.
UnB.
Paris, Belin.
WEBER, Max (1967), A Ética Protestante e o Espírito
Política, p. 23-29.
Fé e Política, p. 5-20.
21-27.
Petrópolis, Vozes.
Petrópolis, Vozes.
Petrópolis, Vozes.
COMISSÃO PASTORAL DA TERRA (1989), Povo Organizado
de Base (mimeo).
Petrópolis, Vozes.
Política, p. 29-39.
41-49.
31-49.
Pastoral de Jovens do Meio Popular (PJMP), Como
(mimeo).
(mimeo), Curitiba.
(mimeo), Curitiba.
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