Adição Ao Jogo
Adição Ao Jogo
Adição Ao Jogo
A adição ao jogo era considerada pela sociedade até à pouco tempo, se calhar nalguns
casos ainda continua a ser, como uma consequência de um espírito egoísta,
desconsiderador, fraco e irresponsável, que fazia sofrer os seus ente queridos
simplesmente por não saber resistir a uns momentos de prazer e diversão. Hoje, pelo
menos na comunidade médica e clínica, a adição ao jogo não é considerada um vício ou
um defeito moral, mas sim uma perturbação de comportamento.
O jogo é na verdade aceitável na nossa sociedade desde que em pequenas doses, sendo a
partir daqui problemático definir começa ou não o problema. A adição ao jogo é mais
do que simplesmente gastar muito ou todo o dinheiro, passar muito tempo a jogar ou
simplesmente jogar mais do que as outras. É sobretudo jogar diferente. A raiz do
problema está no controle. A diferença entre um jogador adito e o jogo de qualquer
outra pessoa reside no facto de que esta última controla o seu comportamento a jogar.
Sabe quando parar e estabelecer limites de tempo ou dinheiro. O adito ao jogo tem esses
limites estabelecidos a partir de fora: só deixa de jogar quando acaba o dinheiro, quando
os amigos ou familiares o vêm buscar. Quando começa a jogar, perde o controle.
Características Gerais
Sexo
Idade
Os estudos sobre esta questão, embora limitados, apontam para uma maior proporção de
jovens (entre 18 e 30anos), contrariando uma suposição contrária, sendo contudo na
faixa dos 40 anos e acima os jogadores que procuram ajuda profissional.
Classe social
Factores sócio-familiares
Características de personalidade
Fase de desespero - A primeira ajuda marca o início desta fase. Esta fase é
caracterizada pela deterioração do relacionamento entre o jogador e as pessoas que estão
verdadeiramente preocupadas com ele. Á medida que os membros da família, ou amigos
se apercebem que as dividas se acumulam e ele continua a jogar, surge um ambiente
cada vez mais pesado à volta do jogar que começa agora a sentir vários tipos de pressão:
Grandes dividas; O desejo de devolver o que deve rapidamente; A deterioração da
relação com a família e os amigos; O desenvolvimento de uma reputação negativa na
comunidade; A nostalgia de voltar aos ganhos. Sob pressão, começa a procurar dinheiro
de todas as formas, recorrendo a delitos não-violentos se necessário. Começam os
empréstimos a outros jogadores e a utilização sistemática de cheques sem provisão.
Nesta fase, nunca estão relaxados apresentando uma hipersensibilidade, uma
irritabilidade e uma falta de descanso que levam a um modo de vida errático e caótico.
O mundo do jogador desaba. Está nesta fase física e psicologicamente exausto, com um
sentimento de desamparo e de desespero, endividado ao máximo e à beira da exclusão
social. Surgem as depressões e muitas vezes os pensamentos suicidas.
Existem várias formas de terapia para a adição ao jogo, com estratégias de intervenção
muito bem definidas dentro do enquadramento teórico seguido por cada uma delas. Sem
escrever um autentico manual de terapias, torna-se virtualmente impossível descrever
todas as formas de intervenção, filosofias subjacentes e enquadramento teórico.