Resumo:: Abstract
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1 (2021)
Resumo:
Introdução
Em contrapartida França e Rodrigues (1997) apontam que o estresse não pode mais
ser definido apenas como estímulo e resposta, sendo necessário investigar os fatores
individuais e ambientais, considerando como o estímulo é avaliado e enfrentado pelo
indivíduo de acordo com suas características particulares. Independentemente da
definição adotada essa resposta fisiológica do organismo habitualmente deve ocorrer
de forma aguda, ou seja, durar alguns momentos ou horas. A cronificação do estresse
se dá pelo desequilíbrio entre a capacidade e demanda de estressores (físicos ou
psicológicos) e de adaptação, na qual o organismo não encontra meios e recursos
suficientes para reestabelecer sua homeostasia, permanecendo na condição
estressante por dias e meses. O estresse crônico pode levar a disfunções psicológicas
e orgânicas significativas na vida do indivíduo (Rio, 1995).
A Síndrome de Burnout é consequência do desequilíbrio entre os estressores
laborais e a capacidade de resposta do indivíduo gerando a cronificação do estresse
ocupacional. O termo Burnout (do inglês burn out) que traduzido pode significar
queimar-se ou reduzir a cinzas, é entendido dentro das ciências sociais como
esgotamento ou desgaste humano (Jackson et al, 1986; Benevides-Pereira, 2010).
As descobertas iniciais sobre a Síndrome são atribuídas ao psiquiatra Herbert
Freudenberger (1974) o qual utilizou o termo “staff burn-out” (Síndrome de Burnout)
para classificar o estado de exaustão física e emocional observados em voluntários
com os quais trabalhava. No entanto o distúrbio em muito precede sua classificação,
sendo encontrados na literatura publicações de relatos e estudos de caso que datam
desde a década de 50 descrevendo os mesmos sintomas e sentimentos
posteriormente atribuídos a Síndrome de Burnout. (Bradley, 1969; Maslash &
Schaufeli, 1993; Schaufeli & Ezmann, 1998).
As pesquisas internacionais inicialmente desenvolvidas acerca do Burnout
limitaram-se ao estudo de indivíduos que prestavam serviços ligados a saúde e
educação, como enfermeiros e professores, em virtude de serem consideradas
atividades que exigiam maior contato e interação social, se expandindo a partir da
década de 90 para outras áreas ocupacionais sendo desenvolvidos estudos com
vendedores, religiosos, advogados, dentre outros (Maslach & Leiter, 1997; Babakus
et al., 1999; Halbesleben & Buckey, 2004; Lindblom et al., 2006; Randal, 2007;
Abacar, et al., 2017; Nogueira et al., 2018).
Os estudos e publicações nacionais sobre o tema concentram suas pesquisas
nos profissionais da saúde (médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos) e
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Materiais e Método
Resultados
máximo: 5,0 pontos); Pessoal de 3,8 ± 0,7 pontos (mediana: 4,0; mínimo: 2,5; máximo:
5,0 pontos) e Profissional de 3,4 ± 0,8 pontos (mediana: 3,3; mínimo: 1,4; máximo: 5,0
pontos). Na análise total foi considerada como satisfatória a QVT e nos domínios
estudados, conforme expresso no gráfico 1.
1 4,3
0,01*
2 3,9
2 3,9
<0,01*
3 3,3
3 3,3
0,9
4 3,3
*p< 0,05
Discussão
Considerações Finais
Referências
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