Mineralogia
Mineralogia
Mineralogia
Sulfetos e Sulfossais
Recife, PE
2023
Sumário
1. Introdução
2. Cristalografia e Cristaloquímica
3. Grupos, Principais exemplares e Descrição dos principais minerais
4. Caracterização através das propriedades físicas
1. Introdução
Os sulfetos são compostos de enxofre e metais (ou metalóides) nos quais o enxofre
desempenha o papel de ânion coordenador/centralizador na estrutura cristalina do
composto. Além dos sulfetos propriamente ditos, estão incluídos nesta classe de minerais
compostos de arsênio, telúrio, selênio, antimônio e bismuto com metais (ou metalóides), que
como nos sulfetos, correspondem ao ânion centralizador na estrutura, e são denominados
de arsenetos, teluretos, selenetos, antimonetos e bismutetos respectivamente. Dessa forma,
os minerais do grupo dos sulfetos e relatos originam-se pela combinação do S, As, Se, Te, Sb
e Bi, com metais e metalóides, sendo os mais importantes (mais comum e em maior
quantidade-abundantes) os sulfetos seguidos pelos antimonetos e arsenetos, teluretos,
selenetos e bismutetos.
2. Cristalografia e Cristaloquímica - Sulfetos e Sulfossais
Pirita
Classe cristalográfica
Diploédrica (Diploidal)
Hábito
Maciço, granular. Também ocorre como agregados granulares e
massas informes, menos comum como massas globulares e
estalactíticas. Cristalizando-se em cubos estriados (nas faces de
cubo a direção das estrias são perpendiculares entre si),
dodecaedros pentagonais (piritoedro), mais raramente octaedros e
formas combinadas. Forma geminados por interpenetração segundo {011}, com {001} como
eixo de geminação; raramente de contato.
Clivagem
Uma direção de clivagem indistinta {001} (muito difícil de ver).
Partição
{011} e {111}.
Fratura
conchoidal, irregular
Tenacidade
friável, quebradiço
Cor
Preto, Amarelo claro, Amarelo latão
Esfarelita
Classe cristalográfica
Hexatetraédrica (Hextetrahedral)
Hábito
A esfalerita em altas temperaturas e/ou com grande quantidade
de FeS, adquire a estrutura hexagonal. Normalmente ocorre
como massas de granulação grossa ou fina, susceptíveis de
clivagem. Granular, maciço. Também fibroso, botroidal,
estalactítico ou criptocristalino. Os cristais são normalmente
tetraédricos, dodecaédricos, às vezes complexos e torcidos, mal
formados, curvados e com faces cônicas, de até 30 cm, menos
comum cúbicos. Também fibroso, botroidal, estalactítico,
clivável, granular, maciço, cripstocristalino. Possui geminação
com eixo {111} e plano de geminação {211}; geminação simples
de contato ou com formas lamelares complexas.
Clivagem
Perfeita em {011} (dodecaédrica).
Fratura
conchoidal
Tenacidade
quebradiço
Cor
Verde, Marrom, Branco, Amarelo, Preto
Bournonita
Classe cristalográfica
Piramidal rômbica (Rhombic Piramidal), Bipiramidal rômbica
(Rhombic Dipyramidal)
Hábito
Frequentemente ocorre em agregados subparalelos. Também
granular, maciço a compacto. Os cristais são prismáticos curtos a
tabulares, normalmente estriados. Podem ser complexos, com
muitas faces de prisma vertical e de pirâmide; frequentemente
geminados, gerando cristais tabulares com ângulos reentrantes
recorrentes na zona [001]. Possui geminação comum sobre {110},
frequentemente formando agrupamentos cristalinos com aspecto
de roda denteada ou em cruz.
Clivagem
três direções de clivagem, uma direção imperfeita {010} e duas menos perfeitas {100}, {001}.
Fratura
conchoidal, irregular
Tenacidade
quebradiço
Cor
Cinza, Preto, Cinza aço
ZnS
Principal Exemplar – Sulfossais
• Bournonita
Referências bibliográficas
Geociências USP. 2023. Disponível em:
https://didatico.igc.usp.br/minerais/sulfetos/