IRS Na Perspetiva Individual
IRS Na Perspetiva Individual
IRS Na Perspetiva Individual
individual
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FISCALIDADE: IRS na perspetiva individual
É nos anexos do Modelo 3 (IRS) que são declarados os rendimentos e as deduções à coleta,
além de outros elementos. Ao todo, a declaração Modelo 3 é composta por 12 anexos,
classificados de A a L.
O Anexo E serve para declarar rendimentos gerados pela aplicação de capitais (Categoria E)
sujeitos a taxas especiais ou liberatórias, como juros de depósitos, lucros, dividendos e
seguros financeiros.
Este anexo não é individual. Os casais que decidam ser tributados em conjunto, preenchem
um único anexo, onde devem constar todos os rendimentos desta categoria do agregado
familiar, incluindo dos dependentes. Se forem tributados separadamente, cada cônjuge
preenche o seu anexo, inserindo os seus rendimentos e metade das importâncias recebidas
pelos dependentes
Este é o anexo para declarar rendimentos prediais (categoria F), como rendas.
O Anexo F não é individual, pelo que se aplicam as mesmas regras do Anexo E relativamente
aos casais e dependentes.
Para quem vendeu uma habitação ou títulos de investimento, como ações, este anexo é o
espaço para declarar as mais-valias (ou menos-valias) realizadas.
O anexo G não é individual, aplicando-se as mesmas regras do Anexo E relativamente aos
casais e dependentes.
O Anexo G1 é meramente informativo. Serve para declarar mais-valias que não estão sujeitas
a tributação. Quem, por exemplo, obteve mais-valias da venda de ações que tinha na sua
posse há mais de 12 meses ou da venda de um imóvel adquirido antes de 1989, deve
preencher este anexo. Este anexo não é individual. Assim sendo, aplicam-se as mesmas regras
do Anexo E relativamente aos casais e dependentes.
É o último dos anexos do IRS. Destina-se aos contribuintes que tenham o estatuto de
residente não habitual em Portugal. Neste formulário, devem indicar os rendimentos obtidos
com atividades de elevado valor acrescentado, com caráter científico, artístico ou técnico, e
ainda o método pretendido para eliminar a dupla tributação internacional. Este anexo é
individual.
Agregado Familiar
Desde o início da sua vigência e até 2014, vigorou no âmbito do IRS o princípio obrigatório da
tributação conjunta do agregado familiar, adotando-se o agregado familiar como unidade
fiscalmente relevante. Com a reforma do IRS que entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2015,
este cenário mudou. Assim, o regime regra passou a ser o da tributação separada, com opção
pela tributação conjunta, quer para casados, quer para unidos de facto (n.º 2 e 3 do artigo
13º).
Agregado Familiar
Quando exista agregado familiar, o imposto é apurado individualmente em relação a cada
cônjuge ou unido de facto, podendo ser exercida a opção pela tributação conjunta.
Agregado Familiar
▪ Na tributação separada cada um dos cônjuges ou dos unidos de facto, caso não esteja de tal
dispensado, apresenta uma declaração da qual constam os rendimentos de que é titular e 50% dos
rendimentos dos dependentes que integram o agregado (artigo 59º, n.º 1).
▪ Caso seja exercida a opção pela tributação conjunta (artigo 59º, n.º 1):
▪ Os cônjuges ou os unidos de facto apresentam uma declaração da qual consta a totalidade dos
rendimentos obtidos por todos os membros que integram o agregado familiar;
▪ Ambos os cônjuges ou unidos de facto devem exercer a opção na declaração de rendimentos;
▪ A opção só é considerada se exercida dentro dos prazos previstos no artigo seguinte, sendo válida
apenas para o ano em questão;
▪ Tendo a opção sido exercida dentro de prazo, nos termos da alínea anterior, a mesma pode ser
mantida ainda que seja apresentada declaração de substituição fora de prazo.
Agregado Familiar
Por seu lado, para efeitos do IRS, o agregado familiar é constituído por (art.º 13º n.º 3 CIRS):
▪ Os cônjuges, não separados judicialmente de pessoas e bens, ou os unidos de
facto, e os respetivos dependentes;
▪ Cada um dos cônjuges ou ex-cônjuges, respetivamente, nos casos de separação
judicial de pessoas e bens ou de declaração de nulidade, anulação ou dissolução
do casamento, e os dependentes a seu cargo;
▪ O pai ou a mãe solteiros e os dependentes a seu cargo;
▪ O adoptante solteiro e os dependentes a seu cargo;
Agregado Familiar
Consideram-se Dependentes (art. 13.º, n.º 4):
▪ os filhos, adotados e enteados, menores não emancipados e menores sob tutela. Poderão,
contudo, optar pela tributação autónoma se administrarem a totalidade dos seus rendimentos;
▪ Os filhos, adotados e enteados maiores, bem como aqueles que até à maioridade estiverem sob
tutela, relativamente aos quais se verifiquem cumulativamente os seguintes requisitos:
1) não ter mais de 25 anos;
2) não ter auferido anualmente rendimentos superiores à retribuição mínima mensal garantida;
▪ Poderão, contudo, optar pela tributação separada, constituindo-se como sujeitos passivos
autónomos, cabendo-lhe, igualmente, obrigações declarativas próprias;
▪ Os filhos, adotados, enteados e os sujeitos a tutela, maiores, inaptos para o trabalho e para
angariar meios de subsistência. Também neste caso, podem estas pessoas optar pela sua
tributação como sujeitos passivos autónomos;
▪ Os afilhados civis;
Agregado Familiar
A situação pessoal e familiar dos sujeitos passivos, para efeitos de tributação, é aquela que se
verificar no último dia do ano a que o imposto respeite.
▪ Exceção: n.º 1 do artigo 63.º do CIRS – quando durante o ano a que o imposto respeita
tenha falecido algum dos cônjuges, o cônjuge sobrevivo (que poderá ser viúvo à data
de 31 de Dezembro), não separado de facto, deve proceder ao cumprimento das
obrigações declarativas de cada um deles, podendo optar pela tributação conjunta,
salvo se voltar a casar no mesmo ano, caso em que apenas pode optar pela tributação
conjunta com o novo cônjuge.
▪ No caso de falecimento de um sujeito passivo não casado, cabe ao administrador da
herança apresentar a declaração de rendimentos - artigo 57.º, n.º 2.
Pelo imposto liquidado relativamente aos rendimentos do agregado familiar são sujeitos
passivos, solidariamente responsáveis pelo pagamento do IRS, as pessoas a quem incumbe a
direcção do agregado, ainda que a dívida de imposto não resulte de rendimentos por si
auferidos.
UNIÕES DE FACTO
▪ Até ao final de 2014, podíamos dizer que, no nosso ordenamento jurídico (CIRS),
as uniões através do casamento eram discriminadas negativamente face às uniões
de facto, pois apenas neste último caso era possível optar pela tributação conjunta
ou separada.
UNIÕES DE FACTO
▪ De acordo com os números 2 e 3 do artigo 14.º do CIRS, a existência de
identidade de domicílio fiscal dos sujeitos passivos durante o período
exigido pela lei (24 meses) para verificação dos pressupostos da união
de facto, e durante o período de tributação, faz presumir a existência
de união de facto quando esta seja invocada pelos sujeitos passivos.
▪ Os sujeitos passivos não residentes em território português durante
todo ou parte do período exigido podem apresentar prova documental
da identidade de domicílio fiscal no Estado ou Estados onde residiram
durante aquele período.
DE cat. A = 4104,00
Opção por não englobamento – o saldo das mais – valias das ações é
tributado de forma autónoma à taxa de 28% A tributação é efetuada
pela própria Autoridade Tributária na liquidação do contribuinte;