Ecologia Urbana - O Desafio Das Cidades
Ecologia Urbana - O Desafio Das Cidades
Ecologia Urbana - O Desafio Das Cidades
1.A ecologia urbana é o grande desafio desse século pois cerca de 80% da população
brasileira se concentra nas cidades. As cidades estão inseridas no ecossistema que
constituiu seu berço, elas são construções humanas sobre um território geográfico,
geológico e condições climáticas que interagem incessantemente e condicionam sua
vida, para o bem ou para o mal. A crise urbana é cada vez mais intensa e só poderá ser
enfrentada com sucesso dentro de uma concepção que se proponha a integrar
sabiamente a cidade ao seu ambiente natural e não divorciá-la. A gestão urbana deve
receber um tratamento de âmbito nacional em apoio ao poder local.
Cabe:
a) a municipalização, descentralização e democratização dos serviços de distribuição de
águas, o esgotamento sanitário e a despoluição hídrica, através da criação de conselhos
das águas com a participação da sociedade civil;
3.LIXO: o acumulo de lixo em áreas urbanas é um dos grandes fatores responsáveis por
inundações e desabamentos, além de constituir ameaça à saúde pública e fator de
depreciação da autoestima e da imagem das cidades que não conseguem lidar
adequadamente com a sua coleta e destinação final. A má disposição de resíduos
industriais, alguns altamente poluentes, contamina o solo, o lençol freático e causa
danos gravíssimos à saúde das populações afetadas.
É necessário:
a) diminuir o volume de lixo mudando uma mentalidade de embalagem baseada no
desperdício, reduzindo e simplificando ao máximo os invólucros, desestimulando o uso
intensivo dos plásticos e obrigando as empresas de bebidas e outras a assumirem sua
parte de responsabilidade pela na reciclagem de latas e garrafas plásticas, acabando com
a cultura dos descartáveis;
b) assumir o lixo também como um problema cultural com um intenso trabalho de
conscientização para obter mudanças comportamentais que tornem cada cidadão co-
responsável;
e) acabar com os vazadouros a céu aberto para a disposição final do lixo substituindo-os
por aterros sanitários ambientalmente administrados com reflorestamento, disposição
adequada do chorume e captação de gás metano.
É preciso:
a) racionalizar o sistema de ônibus para obter a oferta de um serviço socialmente mais
equilibrado e ambientalmente menos poluente. Criar faixas exclusivas, canaletas,
estações de rápido embarque, estimular e regulamentar o uso de veículos de maior
capacidade, mais silenciosos, com emissões controladas com uma parte da frota movida
a gás natural. Integrar, disciplinar e regularizar, o uso de peruas "vans" e outras
modalidades de transporte coletivo de pequeno porte, coibindo as atividades "piratas".
b)priorizar o transporte de massas nas suas alternativas mais eficientes e não poluentes,
de acordo com as condições específicas da cada cidade: trens de superfície, metrô,
Veículo Leve sobre Trilhos - VLT - bonde, trolei, bem como as formas de integração
intermodais;
5. AR: A poluição atmosférica é uma das principais causas de degradação da saúde nos
centros urbanos e periferias industriais.
Cabe:
a) aperfeiçoar seu monitoramento e elaborar novas leis e metas que acompanhem uma
tendência internacional cada vez mais exigente;
É preciso:
a) reflorestar as áreas desmatadas e/ou degradadas em encostas, faixas marginais de
proteção de lagoas, rios e canais, áreas de mangue e restinga, sempre que possível,
através de mecanismos que mobilizem as comunidades como, por exemplo, o mutirão
remunerado;
e) a urbanização de favelas, sua integração à cidade formal com titulação dos moradores
e uma legislação urbanística e ambiental específica;
Fonte: www.pv.org.br
Ecologia Urbana
Cerca de 80 por cento da população brasileira vive hoje em cidades. O país, que na
primeira metade do século 20 era uma sociedade essencialmente rural, chegou ao final
do século passado como um dos países mais urbanizados do mundo. Foi uma
transformação profunda e acelerada. Para se ter uma idéia, em 1950, a cidade de São
Paulo contava com 2,4 milhões de habitantes. (A maior cidade do país era a capital
federal de então, o Rio de Janeiro, com 2,9 milhões.) Naquele ano, as cinco maiores
cidades do mundo eram Nova York (12,3 milhões de habitantes), Londres (8,7), Tóquio
(6,9), Paris (5,4) e Moscou (5,4). Em 1975, São Paulo já aparecia como uma das cinco
maiores cidades do mundo, com pouco mais de 10 milhões de habitantes; as outras eram
Tóquio (19,8 milhões de habitantes), New York (15,9), Xangai (11,4) e Cidade do
México (11,2). Outros 25 anos se passaram e então, em 2000, as cinco maiores cidades
do mundo passaram a ser Tóquio (26,4 milhões de habitantes), Cidade do México
(18,1), Bombaim (18,1), São Paulo (17,8 milhões) e New York (16,6 milhões).
É possível notar que, entre 1950 e 2000, algumas cidades cresceram mais depressa do
que outras, pois o ritmo de crescimento mudou. Entre 1950 e 1975, por exemplo, a taxa
de crescimento anual da cidade de São Paulo foi de cerca de 5,8 por cento, o que
implica em uma duplicação do efetivo populacional em um intervalo de apenas 12 anos.
Algo, obviamente, muito acelerado; significa, por exemplo, que uma criança nascida em
1950 teria, ao completar seus 12 anos de idade, duas vezes mais vizinhos do que tinha
quando nasceu; nesse mesmo ritmo, aos 24 anos de idade, o número de vizinhos teria
duplicado de novo. Quer dizer, quando chegasse aos 24 anos, nosso personagem
hipotético teria quatro vezes mais vizinhos do que tinha quando nasceu. Entre 1975 e
2000, a taxa de crescimento anual da cidade de São Paulo caiu para cerca de 2,3 por
cento, elevando o tempo de duplicação do efetivo populacional de 12 para 30 anos [3].
As previsões dos estudiosos são de que essa taxa continue caindo. (Mesmo em cidades
do Terceiro Mundo, a taxa de crescimento anual tende a cair à medida que a cidade se
torna maior.)
A urbanização acelerada e massiva do país não esteve, claro, restrita à cidade de São
Paulo. Mesmo na região Norte, tida ainda hoje como um lugar "remoto e selvagem", a
população é essencialmente urbana: nos sete estados que integram a região (Acre,
Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), os índices de urbanização
variam de 52 (Pará) a cerca 81 por cento (Amapá) [2]. Em outras palavras, a noção de
que a Amazônia brasileira é povoada principalmente pelos chamados "povos da
floresta" (índios, caboclos, extrativistas etc.) é em linhas gerais um grande equívoco.
Algo assim também deveria ocorrer no mundo de nossos ancestrais, quando cada
indivíduo eventualmente precisaria ser capaz de executar as funções do grupo. Na
verdade, a especialização é uma tendência relativamente recente na história de nossa
espécie, algo que se acentuou depois da invenção da agricultura, há cerca de 10 mil
anos. No fim das contas, não deixa de ser irônico que os grandes aglomerados urbanos
do mundo moderno, povoados por um número crescente de especialistas, sejam tão
dependentes de um número cada vez mais reduzido de camponeses generalistas. De
uma perspectiva ecológica, as cidades se comportam como verdadeiros parasitas da
zona rural - afinal, é de lá que retiram os recursos vitais que consomem, como alimentos
e energia, sem os quais logo entrariam em colapso e pereceriam.
Felipe A. P. L. Costa
Fonte: www.lainsignia.org
Ecologia urbana
Ecologia urbana, um campo da ecologia, é uma nova área de estudos ambientais que
procura entender os sistemas naturais dentro das áreas urbanas. Ela lida com as
interações de plantas, animais e de seres humanos em áreas urbanas. Ecologistas
urbanos estudam árvores, rios, vida selvagem e áreas livres encontrados nas cidades
para entender até que ponto esses recursos são afetados pela poluição, urbanização e
outras formas de pressão.
Estudos em ecologia urbana podem ajudar as pessoas a verem as cidades como parte de
um ecossistema vivo.
Fonte: pt.wikipedia.org