Aula 00 (Prof. André Rocha) : Icmbio (Analista Ambiental) Proteção, Controle E Monitoramento Ambiental - 2023 (Pré-Edital)
Aula 00 (Prof. André Rocha) : Icmbio (Analista Ambiental) Proteção, Controle E Monitoramento Ambiental - 2023 (Pré-Edital)
Aula 00 (Prof. André Rocha) : Icmbio (Analista Ambiental) Proteção, Controle E Monitoramento Ambiental - 2023 (Pré-Edital)
André
Rocha)
ICMBio (Analista Ambiental) Proteção,
Controle e Monitoramento Ambiental -
2023 (Pré-Edital)
Autor:
André Rocha, Diego Tassinari
10 de Novembro de 2022
André Rocha, Diego Tassinari
Aula 00 (Prof. André Rocha)
Índice
1) Considerações Iniciais
..............................................................................................................................................................................................4
2) Responsabilidade Ambiental
..............................................................................................................................................................................................5
3) Aplicação da Pena
..............................................................................................................................................................................................
10
20) Questões Comentadas - Crimes Contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural - Multibancas
..............................................................................................................................................................................................
115
Índice
29) Lista de Questões - Crimes de Poluição e Outros - Multibancas
..............................................................................................................................................................................................
157
30) Lista de Questões - Crimes Contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural - Multibancas
..............................................................................................................................................................................................
160
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Olá, Estrategista!
Professor André Rocha passando para dar alguns breves recados em mais uma aula que iniciamos.
Minha ideia é sempre trazer um conteúdo objetivo e direcionado, sem, contudo, deixar de aprofundar
no nível necessário exigido em prova.
Mais do que tornar você um especialista no assunto, meu objetivo é fazer você assinalar a alternativa
correta em cada questão, aumentando as chances de aprovação. Isso muitas vezes passa não pelo
esgotamento do assunto em si, mas pelo foco naquilo que realmente importa e pela identificação de
assertivas/alternativas incorretas.
Nesse sentido, a resolução das questões do livro digital (PDF) é essencial porque também contém
parte da teoria atrelada. Ademais, lembre-se que temos também as videoaulas de apoio, mas o estudo pelo
livro digital é sempre mais ativo e completo!
Dito isso, já podemos partir para o que interessa: MUITO FOCO a partir de agora!
Instagram: @profandrerocha
E-mail: andrerochaprof@gmail.com
Telegram: t.me/meioambienteparaconcursos
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
A Constituição Federal de 1988 assevera, em seu famigerado art. 225, que todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.
Para garantir esse direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, a CFRB/88 determina que as
condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente devem sujeitar os infratores, pessoas físicas
ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos
causados (art. 225, § 3º).
Para regulamentar a disposição constitucional, foi editada a Lei nº 9.605/98, também chamada Lei
de Crimes Ambientais (LCA), que é uma das mais importantes do Direito Ambiental. Na prática, ela
apresenta as diversas tipologias penais e administrativas relativas à degradação ambiental com as
respectivas penas a ser cominadas, embora as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal
se apliquem subsidiariamente à LCA (art. 79).
Primeiramente, há que destacar o importante artigo 2º da LCA, que apresenta quem, de fato, está
sujeito às aplicações das penas nela descritas. Vejamos a literalidade desse dispositivo, com pertinentes
comentários subsequentemente.
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas
penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador,
o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa
jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando
podia agir para evitá-la.
Não obstante, a responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras,
coautoras ou partícipes do mesmo fato!
Perceba, pois, que há 2 requisitos cumulativos exigidos para que uma pessoa jurídica seja
responsabilizada pela Lei de Crimes Ambientais:
1) a infração deve ser seja cometida por decisão do representante legal ou contratual, ou do órgão
colegiado da pessoa jurídica; e
Caso alguma dessas condicionantes não sejam observadas, a pessoa jurídica não será
responsabilizada, embora as pessoas físicas ainda o possam ser, haja vista a
responsabilidade das pessoas jurídicas não excluir a das pessoas físicas, autoras, coautoras
ou partícipes do mesmo fato!
Nesse contexto, é muito importante que se saiba que a pessoa jurídica pode ser desconsiderada
sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio
ambiente, nos termos do art. 4º da Lei nº 9.605/98.
Neste ponto, cumpre destacar que a LCA adota a Teoria Menor, isto é, basta a insuficiência
patrimonial para a desconsideração da personalidade jurídica, não se exigindo fraude ou abuso dos sócios.
JURISPRUDÊNCIA RELEVANTE
Súmula STJ nº 613
Não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema de Direito Ambiental.
Primeira Seção, julgado em 09/05/2018, DJe 14/05/2018).
Súmula STJ nº 618
A inversão do ônus da prova aplica-se às ações de degradação ambiental. (Corte Especial,
julgado em 24/10/2018, Dje 30/10/2018).
Conforme vimos, tanto as pessoas físicas quanto as pessoas jurídicas podem ser responsabilizadas
civil, penal e administrativamente em matéria ambiental. Neste ponto, cumpre resgatarmos o art. 14, § 1º,
da Lei nº 6.938/81, que institui a Política Nacional do Meio Ambiente:
§ 1º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado,
independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio
ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade.
Pessoal, esse dispositivo nos indica que a responsabilidade civil em matéria ambiental
(responsabilidade de indenizar/reparar) é objetiva, isto é, independe de culpa! Memorize isso!!!
Desse modo, a responsabilização civil em matéria ambiental baseia-se apenas no dano causado e sua
relação com a atividade desenvolvida pelo agente (nexo de causalidade), não existindo a necessidade da
comprovação da culpa para que haja a obrigação de reparar o dano.
Inclusive, há precedente do STJ para adoção da Teoria do Risco Integral, segundo a qual não se
admite a existência de excludentes do nexo causal, como o fato de terceiro, caso fortuito ou a força maior.
Segundo essa teoria, o poluidor deve assumir todos os riscos da sua atividade. Vejamos parte do REsp
1818008/RO, de 2020:
[...] A ação civil, coletiva ou individual, por dano ao meio ambiente - irrelevante a natureza do
pedido, se indenizatório, restaurador ou demolitório - obedece a parâmetro jurídico objetivo,
solidário e ilimitado, pois fundada na teoria do risco integral.
(REsp 1818008/RO, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, 2ª TURMA, julgado em 13/10/2020, DJe ).
(FUNDEP/MPE-MG - 2017)
A responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de
causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a
invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de excludentes de responsabilidade civil para
afastar sua obrigação de indenizar.
Comentários
Para a teoria do risco integral, mesmo que o poluidor tenha tomado todas as precauções para evitar
==0==
acidentes danosos ao meio ambiente, caso este venha a ocorrer, o dever de reparação e indenização ainda
se sustentará, pois o poluidor deve assumir integralmente todos os riscos que advêm de sua atividade,
Questão correta.
Nessa mesma linha, conforme já vimos, a Súmula STJ nº 618 prevê que a inversão do ônus da prova
aplica-se às ações de degradação ambiental
Inclusive, em alguns casos, até o nexo de causalidade pode ser dispensado para instituição da
obrigação de reparação. É o caso, por exemplo, de obrigações presentes no Código Florestal que possuem
natureza propter rem, ou seja, são transmitidas ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse
do imóvel rural (Lei nº 12.651/12, art. 2º, § 2º). Por esse motivo, quem adquire um imóvel sem reserva legal,
por exemplo, tem de recompor a área, mesmo que não tenha sido o causador da degradação.
Aliás, o STF entende que a pretensão de reparação civil de dano ambiental é imprescritível (RE
654833/2020)! Desse modo, ainda que a degradação tenha sido cometida há muitos anos, caberá reparação
civil do dano!
(CEBRASPE/CEHAP-PB - 2009) Quanto à Lei dos Crimes Ambientais, julgue os itens subsequentes.
I. As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente nos casos em que a
infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no
interesse ou benefício da sua entidade.
II. A responsabilidade das pessoas jurídicas exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do
mesmo fato.
III. Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao
ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.
Assinale a opção correta.
a) Apenas os itens I e II estão certos.
b) Apenas os itens I e III estão certos.
c) Apenas os itens II e III estão certos.
d) Todos os itens estão certos.
Comentários:
Essa questão resume bem o que estudamos até aqui.
O item I está correto, nos termos do caput do art. 3º da Lei nº 9.605/98.
O item II está errado, visto que a responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas,
autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato (art. 3º, parágrafo único).
O item III está correto, conforme previsto no art. 4º da LCA.
Assim, apenas os itens I e III estão corretos, sendo a alternativa B o nosso gabarito.
APLICAÇÃO DA PENA
É muito importante que você, Estrategista, saiba os aspectos que devem ser considerados pela
autoridade para imposição e gradação das penalidades previstas na Lei nº 9.605/98.
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúde
pública e para o meio ambiente;
Também é importante ressaltar que os tipos de penas que podem ser aplicadas a pessoas físicas são
as privativas de liberdade (envolvem detenção ou reclusão), as restritivas de direito (não envolvem
detenção ou reclusão, mas ações a serem tomadas) e as multas.
Nesse contexto, tenha em mente que as penas restritivas de direitos são autônomas, substituindo
as privativas de liberdade quando (art. 7º):
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a 4 anos;
Fique claro, porém, que quando ocorrer essa substituição, as penas restritivas de direitos devem ter a
mesma duração da pena privativa de liberdade substituída.
Você também deve memorizar que nos crimes ambientais, a suspensão condicional da pena (sursis)
pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a 3 anos, nos termos
do art. 16.
Não confunda: no Código Penal, o sursis é aplicável quando a pena privativa de liberdade
for não superior a 2 anos, observadas as condições do art. 77. Já aqui na LCA, o instituto da
suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena
privativa de liberdade não superior a 3 anos!
III - suspensão parcial ou total de atividades: deve ser aplicada quando as atividades não estiverem
obedecendo às prescrições legais (art. 11).
PENAS RESTRITIVAS DE
DIREITO DE PESSOAS FÍSICAS
Vejamos, então, quais são as possíveis penas restritivas de direitos para as pessoas jurídicas (art. 22):
I - suspensão parcial ou total de atividades: deve ser aplicada quando as atividades não estiverem
obedecendo às disposições legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente.
III - proibição de contratar com o poder público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou
doações: não poderá exceder o prazo de 10 anos!
Já a prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica deve consistir em (art. 23):
Por fim, saiba que a pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de
permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido na Lei de Crimes Ambientais deve ter decretada sua
liquidação forçada e seu patrimônio deve ser considerado instrumento do crime e, como tal, perdido em
favor do Fundo Penitenciário Nacional, conforme previsto no art. 24.
Em relação às multas, frise-se que uma perícia de constatação do dano ambiental, sempre que
possível, deve fixar o montante do prejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa.
Ademais, fixe que a perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível pode ser aproveitada no processo
penal, instaurando-se o contraditório, nos termos do art. 19.
Em termos de valores, as multas devem ser calculadas segundo os critérios do Código Penal (CP).
Caso o valor se revele ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até 3 vezes,
tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida (art. 18).
Não confunda: no CP, a possibilidade de aumento até o triplo da multa ocorre em função da situação
econômica do réu (art. 60, § 1º) , enquanto, na LCA, essa possibilidade ocorre em função do valor da
vantagem econômica auferida (embora, naturalmente, a situação econômica do réu também tenha de ser
considerada para gradação da pena, conforme já mencionado).
Ainda nesse contexto, a sentença penal condenatória, sempre que possível, deve fixar o valor mínimo
para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo
meio ambiente. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá se efetuar pelo valor
fixado, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido (art. 20).
MULTAS
Segundo o art. 6º da Lei nº 9.605/98, são 3 os aspectos a ser observados para imposição e gradação da
penalidade pela autoridade competente:
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúde pública e
para o meio ambiente;
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental;
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.
Desse modo, tem-se que:
A afirmativa I está errada, diante da ausência de previsão de que os crimes dolosos tenham pena superior
a quatro anos de reclusão.
As afirmativas II e III estão corretas, conforme redação do artigo supramencionado.
Assim, apenas as afirmativas II e III estão corretas, sendo a alternativa B o nosso gabarito.
==0==
Um tema muito cobrado em prova acerca da Lei nº 9.605/98 é o que diz respeito às circunstâncias
atenuantes e agravantes das penas a ser aplicadas. Vejamos, primeiramente, quais são as circunstâncias
que atenuam (diminuem) a pena, segundo o art. 14 da LCA:
Pessoal, as circunstâncias atenuantes da pena são importantíssimas, então deixo este macete para
facilitar sua memorização:
Agora, vejamos quais são aquelas circunstâncias que agravam (aumentam) a pena, quando não
constituem ou qualificam o crime, nos termos do art. 15:
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime
especial de uso;
h) em domingos ou feriados;
i) à noite;
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada
por incentivos fiscais;
Pessoal, embora a lista acima seja extensa, é muito importante que seja lida e relida com muita cautela
e atenção, pois é sempre tema de prova!
Diante da grande extensão, não faz sentido pensarmos em macete ou recursos mnemônicos para
lembrar da lista toda. De qualquer modo, gostaria de destacar dois pontos que podem gerar dúvidas:
1) o período de defeso é um período em que ficam proibidas certas práticas de abate de fauna para
possibilitar sua reprodução. É o caso, por exemplo, do período de piracema dos peixes.
2) note que o agravante ocorrido quando um funcionário público facilita o crime só é caracterizado se
esse funcionário estiver no exercício de suas funções.
(CEBRASPE/TJ-SC - 2019) Joana, moradora de uma comunidade quilombola, tem baixo grau de
instrução e trabalha na principal atividade de subsistência da sua comunidade, que é a pesca. Durante
uma pescaria, feita sempre aos domingos, no período noturno, ela capturou dois filhotes de baleia-
franca, espécie inserida na lista local de espécies ameaçadas de extinção. Depois desse dia, Joana
passou a fazer da pesca dessa espécie animal uma atividade econômica, com a venda para o comércio
da região. Somente após ter praticado reiteradamente a atividade criminosa, ela descobriu que essa
espécie de baleia era ameaçada de extinção. Arrependida, Joana dirigiu-se a uma delegacia de polícia
e informou, com antecedência, à autoridade policial todos os locais em que havia instalado armadilhas
de pesca. Além disso, passou a trabalhar em um projeto social para reparar o dano causado e a
colaborar com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.
Conforme as disposições da Lei n.º 9.605/1998, assinale a opção que indica circunstâncias atenuantes
de eventual pena criminal que possa ser imputada a Joana.
a) o baixo grau de instrução de Joana e o seu pertencimento a uma comunidade quilombola
b) o arrependimento de Joana, sua pretensão de reparar o dano e a periodicidade das pescas (sempre aos
domingos)
c) a comunicação prévia de Joana do perigo iminente de degradação ambiental, em razão das armadilhas
de pesca instaladas, e a periodicidade das pescas (sempre aos domingos)
d) o baixo grau de instrução de Joana e sua colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do
controle ambiental
e) o pertencimento de Joana a uma comunidade quilombola e a sua desistência voluntária
Comentários:
O art. 14 da Lei nº 9.605/98 relaciona as circunstâncias que atenuam a pena, quais sejam:
I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;
II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa
da degradação ambiental causada;
III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental;
IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.
Desse modo, tem-se que:
A alternativa A está errada, pois o fato de ela pertencer comunidade quilombola não representa uma
circunstância atenuante.
A alternativa B está errada, porque a periodicidade das pescas aos domingos não representa uma
circunstância atenuante. Ao contrário, o crime praticado aos domingos ou feriados representa uma
circunstância agravante da pena, nos termos do art. 15, II, "h".
Nesse contexto, uma vez verificada a infração cometida, devem ser apreendidos seus produtos e
instrumentos, lavrando-se os respectivos autos de infração, nos termos do art. 25 da Lei nº 9.605/98.
Caso sejam apreendidos animais vítimas dos crimes, eles devem ser prioritariamente libertados em
seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por questões sanitárias, devem ser
entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados sob a
responsabilidade de técnicos habilitados.
No entanto, até que os animais sejam entregues a essas instituições mencionadas, o órgão autuante
deve zelar para que eles sejam mantidos em condições adequadas de acondicionamento e transporte que
garantam o seu bem-estar físico.
Caso se trate de produtos perecíveis ou madeiras, eles devem ser estes avaliados e doados a
instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes. Já os produtos e subprodutos
da fauna não perecíveis devem ser destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou
educacionais.
No caso de instrumentos utilizados na prática da infração, devem ser vendidos, garantida a sua
descaracterização por meio da reciclagem.
Assim, os animais devem ser prioritariamente libertados em seu habitat ou, caso essa
medida seja inviável ou não recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins
zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas para guarda e cuidados sob a
responsabilidade de técnicos habilitados.
Prioritariamente, libertados
em seus habitats
Animais
APREENSÃO DE
Subsidiariamente,
PRODUTOS OU
entregues a entidades
INSTRUMENTOS
==0==
Ademais, nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de
pena restritiva de direitos ou multa (transação penal) prevista na Lei nº 9.099/95, que dispõe sobre os
Juizados Especiais Cíveis e Criminais, somente pode ser formulada desde que tenha havido a prévia
composição do dano ambiental, salvo em caso de comprovada impossibilidade (art. 9.605/98, art. 27). Em
outras palavras, em regra, se tratando de crimes ambientais, para haver a transação penal, exige-se a prévia
composição do dano ambiental. A exceção é o caso de comprovada impossibilidade para realizar a
composição do dano.
Compor o dano é fazer um acordo de como o dano será reparado, seja por recuperação,
compensação in natura ou por indenização e, geralmente, a apresentação de um plano de
recuperação, se for caso.
Além dos institutos da suspensão condicional da pena (vista anteriormente) e da transação penal
prevista na Lei nº 9.099/95 (vista logo acima), a LCA também prevê a possibilidade da suspensão
condicional do processo preconizada pelo art. 89 da Lei nº 9.099/95.
Segundo esse dispositivo, nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a 1 ano, o
Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por 2 a 4 anos, desde
que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os
demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena.
Não obstante, no caso dos crimes ambientais, as disposições do art. 89 da Lei nº 9.099/95 aplicam-se
aos crimes de menor potencial ofensivo com as seguintes modificações:
II - na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter sido completa a reparação, o prazo de
suspensão do processo será prorrogado, até o período máximo previsto (4 anos), acrescido de mais 1 ano,
com suspensão do prazo da prescrição;
III - no período de prorrogação, não se aplicarão as condições dos incisos II, III e IV do § 1° do artigo 89.
Esses incisos tratam, respectivamente, da proibição do acusado de frequentar determinados lugares; da
proibição dele se ausentar da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; e do comparecimento
pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.
JURISPRUDÊNCIA RELEVANTE
Súmula STJ nº 623
As obrigações ambientais possuem natureza propter rem, sendo admissível cobrá-las do
proprietário ou possuidor atual e/ou dos anteriores, à escolha do credor. (Primeira Seção,
julgado em 12/12/2018, Dje 17/12/2018).
Súmula STJ nº 629
Quanto ao dano ambiental, é admitida a condenação do réu à obrigação de fazer ou à de
não fazer cumulada com a de indenizar. (Primeira Seção, julgado em 12/12/2018, Dje
17/12/2018).
(FCC/TJ-RR - 2015) Nas infrações penais previstas na Lei de Crimes Ambientais Lei n° 9.605/98, a ação
penal é
a) pública incondicionada, pública condicionada à representação ou privada, a depender do tipo penal.
b) pública incondicionada.
c) pública incondicionada ou pública condicionada à representação, a depender do tipo penal.
d) pública incondicionada ou privada, a depender do tipo penal.
e) pública condicionada à representação ou privada, a depender do tipo penal.
Comentários:
Segundo o art. 26 da Lei nº 9.605/98, nas infrações penais ambientais a ação penal é pública incondicionada.
A alternativa B está correta e é o nosso gabarito.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
(CEBRASPE/MPE-TO – 2022, adaptada) Considerando o disposto na Lei n.º 9.605/1998, julgue o item a
seguir.
A ação penal para os crimes previstos na referida lei é pública incondicionada, vedada a aplicação da transação
penal ou da suspensão condicional do processo, haja vista a importância do bem jurídico tutelado.
Comentários:
A questão está errada, dado que o art. 27 prevê a possibilidade de transação penal e o art. 28 prevê a
possibilidade de suspensão condicional do processo previstos na Lei nº 9.099/95 para os crimes ambientais
de menor potencial ofensivo. Nesses casos, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos
ou multa (transação penal) somente pode ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do
dano ambiental, salvo em caso de comprovada impossibilidade.
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde
que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente;
III - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.
Essas exceções possibilitam, por exemplo, que povos tradicionais, como os indígenas, matem para
saciar a sua fome ou que animais considerados nocivos pelo órgão competente sejam caçados. É o caso, por
exemplo, da permissão para caça de javali, que é considerada uma espécie exótica invasora bastante
prejudicial ao meio ambiente e à economia por competir por recurso e espaço com espécies nativas,
prejudicar plantações e ser vetores de doenças.
Note, por fim, que o abate para estado de necessidade não exige prévia autorização/caracterização
do órgão competente como a prevista para as outras duas situações.
de animal nocivo.
Comecemos, enfim, a estudar os tipos penais descritos pela Lei nº 9.605/98, começando pelo art. 29.
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em
rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em
desacordo com a obtida:
Pena - detenção de 6 meses a 1 ano, e multa.
Para tipificação desse crime, é necessário conhecer o conceito de espécimes da fauna silvestre, que
se refere a todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou
terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território
brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras (art. 29, § 3°).
Note que esse crime se refere a espécies de fauna silvestre ou em rota migratória e que só é
caracterizado se não houver permissão, licença ou autorização da autoridade competente.
Frise-se que as disposições do art. 29 supracitado não se aplicam aos atos de pesca, cuja prática é
permitida e cujos abusos são tipificados separadamente. Além disso, no caso de guarda doméstica de
espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, o juiz pode, considerando as circunstâncias,
deixar de aplicar a pena (perdão judicial), nos termos do art. 29, § 2º.
A despeito da pena padrão de detenção de 6 meses a 1 ano e multa, ela é aumentada de metade se o
crime é praticado nas seguintes situações (art. 29, § 4º):
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração;
V - em unidade de conservação;
Ademais, se o crime decorre do exercício de caça profissional, considera-se situação ainda mais
grave, sendo a pena aumentada até o triplo (art. 29, § 5º).
Os crimes previstos no art. 29 são bastante importantes para fins de prova. Vamos ver como eles
costumam ser cobrados?
(VUNESP/PC-CE - 2015) É típica a conduta de matar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota
migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente. E, por expressa
disposição no próprio artigo de lei (art. 29 da Lei no 9.605/98)
a) não se configura crime com relação aos atos de pesca.
b) tem pena dobrada, se praticada por agente público.
c) tem pena aumentada de 1/3, se utilizado explosivo ou método cruel.
d) apenas configura crime em relação a espécies raras ou consideradas ameaçadas de extinção.
e) não é punida, se comprovado o baixo grau de instrução ou escolaridade do agente.
Comentários:
O crime descrito pelo enunciado é previsto pelo art. 29 da Lei nº 9.605/98, que não se aplica aos atos de
pesca por expressa previsão do § 6º.
Desse modo, tem-se que a alternativa A está correta e é o nosso gabarito.
Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização
da autoridade ambiental competente:
Pena - reclusão, de 1 a 3 anos, e multa.
Atenção: há apenas 3 crimes contra a fauna cuja pena é de reclusão e não detenção. Este é um deles!
Sobre os outros, falaremos mais à frente.
Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida
por autoridade competente:
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos:
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.
Deixei esses dois crimes juntos pois possuem exatamente a mesma pena.
Em relação ao segundo (art. 32), infelizmente ainda é bastante recorrente por parte de muitas pessoas
que mantêm animais domésticos em casa. Ainda sobre o crime de abuso e maus-tratos, deve-se frisar que
incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins
didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos (art. 32, § 1º).
Em setembro de 2020, foi incluído o § 1º-A ao art. 32, prevendo que, quando o abuso ou
maus-tratos se tratar de cão ou gato, a pena será de reclusão (em vez de detenção) de 2
a 5 anos, multa e proibição da guarda.
Trata-se, portanto, de um agravamento da pena para abuso ou maus-tratos com cães e
gatos, em vista da proximidade que tais animais têm com os seres humanos.
Muita atenção, pois isso certamente será tema de prova!
Para todos os casos do art. 32 (abuso ou maus-tratos), a pena é aumentada de um sexto a um terço
se ocorre morte do animal (art. 32, § 2º).
Esse crime está relacionado à mortandade de espécies de fauna aquática decorrente da poluição do
corpo hídrico, como aquela que pode ocorrer quando da eutrofização das águas, por exemplo.
Tais seres acabam morrendo, o que aumenta ainda mais a matéria orgânica do meio, além de auxiliar
a proliferação de organismos decompositores, gerando produtos tóxicos como o gás sulfídrico e a amônia
e tornando a água imprópria para o consumo humano.
Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão
competente:
Pena - detenção de um 1 a 3 anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos;
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos,
técnicas e métodos não permitidos;
III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha
e pesca proibidas.
Esse crime tem estreita relação com a chamada piracema, que é o período de reprodução dos peixes
e quando eles se deslocam até as regiões próximas às nascentes dos rios para desovar. Nesse período,
normalmente se institui o chamado período de defeso, ou seja, proíbe-se a pesca de modo a possibilitar que
==0==
Atenção: este é o outro crime contra a fauna cuja pena é de reclusão! Note, também, que a multa não
está prevista expressamente para esse crime.
Esse tipo de percepção é importante pois ajuda no processo de resolução de questões diante de tantos
crimes previstos na Lei nº 9.605/98.
(FCC/MPE-AP - 2012) Quanto aos crimes contra a fauna, é correto afirmar que
a) são considerados espécimes da fauna silvestre apenas aquelas pertencentes às espécies nativas ou
migratórias.
b) a pena deve ser aumentada até a metade, se o crime decorre do exercício de caça profissional.
c) a pena deve ser reduzida no caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de
extinção.
d) é cabível o perdão judicial no caso de abate de animal nocivo, desde que assim caracterizado pelo órgão
competente.
e) a pena é aumentada de metade se o crime é praticado durante a noite.
Comentários:
A alternativa A está errada, porque, além das espécimes pertencentes às espécies nativas ou migratórias,
também são da fauna silvestre quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu
ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras (art. 29,
§ 3º).
A alternativa B está errada, pois no caso de caça profissional a pena deve ser aumentada até o triplo, não
até a metade (art. 29, § 5º).
A alternativa C está errada. No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada
de extinção, o juiz pode, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena (art. 29, § 2º).
A alternativa D está errada, pois o abate de animal nocivo caracterizado pelo órgão ambiental sequer é
considerado crime, então não há que falar em perdão judicial.
A alternativa E está correta e é o nosso gabarito, conforme previsto no art. 29, § 4º, III, da Lei nº 9.605/98.
II - o crime é cometido:
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra somente no local da
infração;
Época de seca
Período de formação
ou inundção
de vegetações
Contra espécies
raras ou em extinção
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em
formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou médio
de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da
autoridade competente:
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Deixei esses três artigos juntos pois eles apresentam crimes bastante relacionados e que possuem
exatamente a mesma pena.
==0==
Lembrando que as áreas de preservação permanente (APP) são definidas pela Lei de Proteção da
Vegetação Nativa (LPVN), popularmente conhecida como Novo Código Florestal (Lei nº 12.651/12).
Para os dois primeiros crimes (arts. 38 e 38-A), a pena é reduzida à metade se o crime for meramente
culposo (arts. 38 e 38-A , parágrafo único).
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas circundantes delas
num raio de 10 km, independentemente de sua localização:
Pena - reclusão, de 1 a 5 anos.
Segundo a Lei nº 9.985/00, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), uma
unidade de conservação (UC) é um espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com
objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam
garantias adequadas de proteção.
Nesse contexto, há dois tipos de UCs no Brasil, as de proteção integral, que visam à manutenção dos
ecossistemas livres de alterações causadas por interferência humana, admitido apenas o uso indireto dos
seus atributos naturais, e as de uso sustentável, que visam à exploração do ambiente de maneira a garantir
a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, permitindo o uso direto dos
recursos.
As UCs de proteção integral, portanto, buscam uma maior preservação ao ambiente e, por isso, a
ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior dessas Unidades de Proteção
Integral é considerada circunstância agravante para a fixação da pena (LCA, art. 40, § 2º).
Além dessa hipótese de majoração da pena, a LCA também prevê uma que a versão meramente
culposa do crime enseja a redução da pena à metade (art. 40, § 3º). Note, também, que não está
expressamente prevista multa para esse crime.
Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas
e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano:
Pena - detenção de 1 a 3 anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente, sem
prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais:
Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e multa.
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do Poder
Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em
desacordo com as determinações legais:
Pena - reclusão, de 1 a 2 anos, e multa.
Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros
produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela
autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final
beneficiamento:
Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e multa.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depósito,
transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licença
válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade
competente.
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação:
Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e multa.
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de
ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia:
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de 1 a 6 meses, ou multa.
Note que, no caso de crime culposo, portanto, a pena de multa não pode cumulativa com a da
detenção como nos demais crimes vistos até aqui: ou se aplica a pena de detenção de 1 a 6 meses ou se
aplica a multa.
Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas,
protetora de mangues, objeto de especial preservação:
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.
Lembre-se que, segundo o Código Florestal, as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras
de mangues, são consideradas áreas de preservação permanente.
Então, se forem destruídas ou danificadas florestas nativas ou plantadas nas restingas que são APPs,
poder-se-ia tipificar a conduta como crime previsto no art. 38 da LCA. Lembrando que aquele apresenta
pena mais grave: detenção, de 1 a 3 anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente (caso não se
lembre, volte algumas páginas).
A respeito desse crime, deve-se saber que ele não é considerado quando a conduta for praticada
diante da necessidade de subsistência imediata pessoal do agente ou de sua família (art. 50-A, § 1º).
Ademais, prevê-se uma hipótese de majoração da pena se a área explorada for superior a 1.000
hectares, caso em que a pena é aumentada de 1 ano por milhar de hectare (art. 50-A, § 2º).
Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação, sem
licença ou registro da autoridade competente:
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.
(IDCAP/CONSED-GO - 2019) Nos crimes previstos contra a Flora, a pena é aumentada de um sexto a
um terço se o crime é cometido:
I - Em época de seca ou inundação e/ou durante a noite, em domingo ou feriado;
II - No período de queda das sementes e/ou no período de formação de vegetações;
III - Contra espécies raras e ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra somente no local da
infração.
Dos itens acima:
a) Apenas o item III está correto.
b) Apenas os itens I e II estão corretos.
c) Apenas os itens I e III estão corretos.
d) Apenas os itens II e III estão corretos.
e) Todos os itens estão corretos.
Comentários:
O art. 53 da Lei nº 9.605/98 assevera que, nos crimes contra a flora, a pena é aumentada de um sexto a um
terço se:
I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a modificação do regime climático;
II - o crime é cometido:
a) no período de queda das sementes (assertiva II);
b) no período de formação de vegetações (assertiva II);
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra somente no local da infração;
d) em época de seca ou inundação (assertiva I);
e) durante a noite, em domingo ou feriado (assertiva I).
Pessoal, notem que as assertivas I e II estão presentes no art. 53. Todavia, a banca considerou a assertiva III
errada, porque a lei menciona o crime cometido contra espécies raras OU ameaçadas de extinção (não
espécies raras E ameaçadas de extinção).
Além de bastante questionável do ponto de vista pedagógico, o posicionamento da banca também não faz
sentido do ponto de vista da lógica, uma vez que se o agravante da pena é considerado se o crime for
cometido contra espécies raras OU ameaçadas de extinção, certamente esse agravante também existirá
para espécies raras que estejam concomitantemente ameaçadas de extinção.
De qualquer modo, conforme o posicionamento da banca, apenas os itens I e II estariam corretos, sendo a
alternativa B o nosso gabarito.
Não obstante, deve ficar claro que tais hipóteses somente devem ser aplicadas se do fato não resultar
crime mais grave.
Vejamos agora quais são os crimes de poluição e outros crimes ambientais previstos na Seção III do
Capítulo V da Lei nº 9.605/98.
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em
danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa
da flora:
Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
§ 1º Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e multa.
Acerca desse crime, deve-se saber também que há certas qualificadoras que ensejam uma pena de
reclusão, de 1 a 5 anos. Essas hipóteses ocorrem se o crime (art. 54, § 2º):
II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes
das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;
III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de
uma comunidade;
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias
oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos:
Além dessas 5 situações específicas, incorre nessa mesma pena (reclusão, de 1 a 5 anos) quem deixar
de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano
==0==
ambiental grave ou irreversível (art. 54, § 3º). Ou seja, o crime também é caracterizado diante da omissão
do agente!
Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização,
permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida:
Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a área pesquisada ou
explorada, nos termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do órgão
competente.
Note que nesse crime a conduta omissiva de quem deixa de recuperar a área também é tipificada!
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar,
armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à
saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos
seus regulamentos:
Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os utiliza em desacordo com as
normas ambientais ou de segurança;
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá destinação final a
resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento.
Para esse crime, saiba que, se for meramente culposo, a pena é de detenção, de 6 meses a 1 ano, e
multa. Já se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é aumentada de um sexto a um
terço.
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território
nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou
autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e
regulamentares pertinentes:
Pena - detenção, de 1 a 6 meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária,
à fauna, à flora ou aos ecossistemas:
Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
(FCC/SEMAR-PI - 2018) O crime de poluição, previsto no art. 54 da Lei n° 9.605/1998 (Lei dos Crimes e
Infrações Administrativas Ambientais),
a) não admite a forma culposa.
b) na sua modalidade simples, possui como pena a reclusão, de um a oito anos, e multa.
c) terá sua pena aumentada de metade se for praticado em unidade de conservação.
d) terá sua pena aumentada se resulta dano irreversível à flora ou ao meio ambiente em geral.
e) terá sua pena aumentada se praticado com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar
destruição em massa.
Comentários:
O crime previsto no caput do art. 54 é o de causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem
ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição
significativa da flora, cuja pena é de reclusão, de 1 a 4 anos, e multa. Nos termos do art. 54, tem-se que:
A alternativa A está errada, pois o § 1º prevê que, se o crime for culposo, a pena passa a ser de detenção de
6 meses a 1 ano e multa.
A alternativa B está errada, visto que a pena da modalidade simples é de reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
A alternativa C está errada, diante da ausência de previsão de tal disposição na Lei nº 9.605/98.
A alternativa D está correta e é o nosso gabarito. Para todos os crimes dolosos de poluição e outros crimes
ambientais (seção III do capítulo V da Lei nº 9.605/98), as penas devem ser aumentadas do seguinte modo:
I - de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora ou ao meio ambiente em geral;
II - de um terço até a metade, se resulta lesão corporal de natureza grave em outrem;
III - até o dobro, se resultar a morte de outrem.
A alternativa E está errada, pois essa previsão de aumento de pena consta dos crimes contra a fauna, não
dos crimes de poluição (art. 29, § 4º, VI).
Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido por lei, ato
administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, artístico,
histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da
autoridade competente ou em desacordo com a concedida:
Pena - reclusão, de 1 a 3 anos, e multa.
Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em
razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso,
arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em
desacordo com a concedida:
Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e multa.
Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano:
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.
§ 1º Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico,
arqueológico ou histórico, a pena é de 6 meses a 1 ano de detenção e multa.
Pessoal, este último é o crime mais cobrado nesta seção (praticamente o único cobrado em provas),
então muita atenção aqui!
A LCA prevê expressamente que não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de
valorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que consentida pelo
proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público,
com a autorização do órgão competente e a observância das posturas municipais e das normas editadas
pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio histórico e
artístico nacional (art. 65, § 2º).
Portanto, note que essas condições devem ser obedecidas para que a prática de grafite não seja
considerada crime.
==0==
(VUNESP/PC-SP - 2018) Considere a seguinte situação hipotética: “A” recebe autorização da Prefeitura
Municipal de São Paulo para grafitar um prédio de sua propriedade e, durante a execução do trabalho,
amplia seu grafite e consta, propositalmente, sua manifestação artística nos muros de um monumento
tombado em virtude do seu valor histórico. Diante dessa situação, é correto afirmar que
a) “A” não cometeu crime ou contravenção penal, pois a Lei n° 9.605/1998 (Lei do Meio Ambiente) proíbe a
pichação e não a grafitagem.
b) “A” cometeu uma contravenção penal prevista na Lei n° 9.605/1998 (Lei do Meio Ambiente), podendo
ser apenado com multa.
c) “A” não cometeu crime, pois estava autorizado pela Prefeitura Municipal, porém deverá apagar o grafite
do monumento.
d) “A” cometeu um crime da Lei n° 9.605/1998 (Lei do Meio Ambiente), podendo ser apenado com reclusão.
e) “A” cometeu um crime da Lei n° 9.605/1998 (Lei do Meio Ambiente), podendo ser apenado com detenção
e multa.
Comentários:
Pessoal, se "A" tivesse se limitado a grafitar o prédio da Prefeitura que foi autorizado, não teria cometido
crime algum, visto que não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o
patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que com a autorização do órgão
competente e a observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais
responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional (art. 65, § 2º).
Todavia, "A" ampliou seu grafite propositalmente em um monumento tombado em virtude do seu valor
histórico. Diante dessa situação, considera-se que "A" conspurcou monumento tombado em virtude do seu
valor histórico, cuja pena é de 6 meses a 1 ano de detenção e multa (art. 65, § 1º).
Logo, a alternativa E está correta e é o nosso gabarito.
Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar
informações ou dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de licenciamento
ambiental:
Pena - reclusão, de 1 a 3 anos, e multa.
Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em desacordo com as
normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende de ato
autorizativo do Poder Público:
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de 3 meses a 1 ano de detenção, sem prejuízo da
multa.
Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de
relevante interesse ambiental:
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de 3 meses a 1 ano, sem prejuízo da multa.
Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambientais:
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, e multa.
Para esse crime, além da versão meramente culposa com menor pena, é prevista uma hipótese de
majoração se houver dano significativo ao meio ambiente, em decorrência do uso da informação falsa,
incompleta ou enganosa, situação que enseja um aumento de um terço a dois terços da pena (art. 69-A, §
2º).
Antes de entrarmos nos aspectos relacionados às infrações administrativas, gostaria de dar uma dica
para facilitar a sua vida quando a questão cobra as penas da Lei nº 9.605/98.
(CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL - 2018) Julgue o próximo item à luz do que dispõem as Leis n.º
9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC); n.º
9.605/1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente; e n.º 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
O desenvolvimento do projeto de pesquisa mineral, assim como a implementação das atividades de lavra ou de
extração de recursos minerais sem possuir autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com
a legislação vigente, sujeita o infrator a pena de detenção pelo período de um ano a dois anos e a multa.
Pessoal, a questão descreve o crime previsto no art. 55 da Lei nº 9.605/98, mas está errada porque a
pena para tal conduta é de detenção, de 6 meses a 1 ano, e multa (não de 1 ano a 2 anos). Bastante difícil,
não é mesmo?
Todavia, sabendo o que vou mostrar agora, era possível acertar a questão de uma forma muito mais
tranquila do que memorizando todas as penas da LCA.
As durações das penas de detenção e reclusão previstas na Lei nº 9.605/98 são as seguintes:
DETENÇÃO RECLUSÃO
1 a 6 meses [arts. 49 (culposo) e 60] 1 a 2 anos [art. 45]
3 meses a 1 ano [arts. 31, 32, 49, 50, 51, 65, 67
1 a 3 anos [arts. 30, 62, 63 e 66]
(culposo) e 68 (culposo)]
6 meses a 1 ano [arts. 29, 41 (culposo), 44, 46, 48,
52, 54 (culposo), 55, 56 (culposo), 62 (culposo), 64 1 a 4 anos [arts. 54, 56 e 61]
e 65 (qualificado)]
1 ano a 3 anos [arts. 33, 34, 38, 38-A, 39, 42, 67, 68,
1 a 5 anos [arts. 35, 40 e 54 (qualificado)]
69, e 69-A (culposo)]
2 a 4 anos [arts. 41 e 50-A]
2 a 5 anos [art. 32 (qualificado – “cães e gatos”)]
3 a 6 anos [arts. 69-A]
1) nenhuma pena mínima de reclusão é definida em meses. Então, se a questão trouxe uma pena
mínima em meses, é garantia de se tratar de detenção.
2) a única pena máxima de detenção que passa de 1 ano é a de 1 a 3 anos, também existente para as
penas de reclusão. Assim, se a questão trouxer qualquer pena máxima acima de 1 ano que não seja "1 a 3
anos", é garantia de ser de reclusão. Sabendo disso, era facilmente possível saber que a questão acima
estava errada, uma vez que não há pena de detenção de 1 a 2 anos.
3) a única pena de reclusão de 1 a 2 anos é prevista no art. 45, que descreve o crime de cortar ou
transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do poder público, para fins industriais,
energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordo com as determinações
legais.
4) as únicas penas de detenção de 1 a 6 meses são as previstas para os crimes do art. 60 (construir,
reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos,
obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais
competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes) e da modalidade culposa do
art. 49 (destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de
logradouros públicos ou em propriedade privada alheia).
5) a única pena de reclusão de 2 a 5 anos é prevista no § 1º-A do art. 32 (praticar ato de abuso, maus-
tratos, ferir ou mutilar cães ou gatos).
Diversas outras conclusões podem ser tiradas pela observação dos dados da tabela acima, mas vou
parar por aqui para que as dicas que servem para facilitar a memorização não se tornem um outro fardo a
ser memorizado.
De qualquer modo, fique à vontade para explorar outras possíveis particularidades acerca das penas
previstas na Lei nº 9.605/98 que você ache que possam facilitar a sua vida na hora da prova.
INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
Finalizadas as exposições acerca dos crimes contra o meio ambiente, vejamos agora as infrações
administrativas ambientais que são previstas na Lei nº 9.605/98.
Também é importante mencionar que qualquer pessoa que constatar infração ambiental pode dirigir
representação às autoridades competentes para que exerçam seu poder de polícia, lavrando o auto de
infração ambiental e instaurando o processo administrativo (art. 70, § 2º).
Então, note-se: apenas tais autoridades possuem competência para lavrar auto de infração ambiental
e instaurar processo administrativo, mas qualquer pessoa pode representar a elas quando da constatação
de infração ambiental.
Além disso, é fundamental entender que a autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração
ambiental é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob
pena de corresponsabilidade!
Ok, já entendemos o conceito de infrações administrativas ambientais, mas o que exatamente pode
acontecer com quem cometê-las?
Segundo o art. 72, as infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções:
II - multa simples: é aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo, advertido por
irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las no prazo assinalado por órgão competente
do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha; ou opuser embaraço à fiscalização
dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha (art. 72, § 3º). Frise-se que a
multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do
meio ambiente (art. 72, § 4°).
III - multa diária: aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo (art. 72, §
5º). É o caso, por exemplo, de um vazamento de óleo no mar que continua a poluir até que as devidas
medidas sejam tomadas.
Para contabilização das multas, deve-se ter por base a unidade, hectare, metro cúbico, quilograma ou
outra medida pertinente, de acordo com o objeto jurídico lesado. Em termos de valores das multas, saiba
que são fixados no Decreto nº 6.514/08, que regulamenta a Lei nº 9.605/98, devendo ser corrigidos
periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00
e o máximo de R$ 50.000.000,00 (art. 75).
Ademais, os valores arrecadados em pagamento de multas por infração ambiental devem ser
revertidos ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, ao Fundo Naval, aos fundos estaduais ou municipais
de meio ambiente, ou correlatos, conforme dispuser o órgão arrecadador (art. 73).
JURISPRUDÊNCIA RELEVANTE
SÚMULA STJ nº 467
Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo, a pretensão da
Administração Pública de promover a execução da multa por infração ambiental. (Primeira
seção, julgado em 13/10/2010, Dje 25/10/2010).
Finalizando os aspectos relacionados às sanções de multa, a LCA prevê que o pagamento de multa
imposta pelos estados, municípios ou Distrito Federal substitui a multa federal na mesma hipótese de
incidência, nos termos do art. 76.
Segundo Frederico Amado, trata-se de dispositivo legal de duvidosa constitucionalidade, uma vez que
prioriza a aplicação de sanções administrativas pecuniárias pelas entidades ambientais locais, afastando a
atuação federal e aparentemente violando competência material comum para a preservação ambiental.
Entretanto, há que lembrar que a legislação estadual, distrital ou municipal deve ser sempre
igualmente ou mais restritiva do que a federal. Ademais, o próprio Amado também destaca que o
regulamento da Lei nº 9.605/98, aprovado pelo Decreto nº 6.514/08 (art. 12), busca evitar a
incompatibilização inconstitucional ao determinar que a substituição da multa deve ocorrer até 0 limite
determinado no referido Decreto. Em outras palavras, se a multa federal for maior, a substituição será
parcial, bem como será condicionada ao efetivo pagamento ao poder público local.
VII - embargo de obra ou atividade: aplicada quando a obra ou atividade não estiver obedecendo às
prescrições legais ou regulamentares (art. 72, § 7º).
VIII - demolição de obra: aplicada quando a obra não estiver obedecendo às prescrições legais ou
regulamentares (art. 72, § 7º).
IX - suspensão parcial ou total de atividades: aplicada quando a atividade não estiver obedecendo
às prescrições legais ou regulamentares (art. 72, § 7º).
Advertência
Apreensão
INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
Suspensão da atividade
I - 20 dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados da data
da ciência da autuação;
II - 30 dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua
lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação;
III - 20 dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do SISNAMA, ou à
Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha, de acordo com o tipo de autuação;
Defesa ou
impugnação contra 20 dias
auto de infração
Julgamento do auto
de infração pela 30 dias
autoridade
Recorrer da decisão
20 dias
condenatória
Nesse contexto, o governo brasileiro deve prestar, sem qualquer ônus, a necessária cooperação a
outro país no que concerne ao meio ambiente, resguardados a soberania nacional, a ordem pública e os
bons costumes. Essa cooperação ocorrerá quando o governo brasileiro for solicitado para (art. 77):
I - produção de prova;
IV - presença temporária da pessoa presa, cujas declarações tenham relevância para a decisão de
uma causa;
V - outras formas de assistência permitidas pela legislação em vigor ou pelos tratados de que o Brasil
seja parte.
Essa solicitação deve conter o nome e a qualificação da autoridade solicitante, o objeto e o motivo de
sua formulação, a descrição sumária do procedimento em curso no país solicitante, a especificação da
assistência solicitada e a documentação indispensável ao seu esclarecimento, quando for o caso (art. 77, §
2º).
Assim, a solicitação de cooperação deve ser dirigida ao Ministério da Justiça, que a remeterá, quando
necessário, ao órgão judiciário competente para decidir a seu respeito, ou a encaminhará à autoridade capaz
de atendê-la (art. 77, § 1°).
Para a consecução dos fins visados na LCA e especialmente para a reciprocidade da cooperação
internacional, deve ser mantido sistema de comunicações apto a facilitar o intercâmbio rápido e seguro de
informações com órgãos de outros países (art. 78).
(FADESP/IF-PA - 2018) De acordo com a Lei nº 9.605/1998, conhecida como “Lei dos Crimes
Ambientais”, no que diz respeito à cooperação internacional para a preservação do meio ambiente,
resguardados a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes, o governo brasileiro prestará,
quando solicitado, no que concerne ao meio ambiente, a necessária cooperação a outro país, sem
qualquer ônus, com exceção de
a) produção de prova.
b) exame de objetos e lugares.
==0==
c) prisão temporária de pessoas e coisas relacionadas a crimes de relevância para outros países nos quais o
Brasil possua tratados em vigor.
d) envio de tropas e militares, a fim de auxiliar em casos de emergências ambientais, por exemplo, desastres
naturais, quando acionado pela Organização das Nações Unidas.
e) produção e elaboração de pareceres ambientais que englobem recursos de fauna, vegetação ou hídricos
pertencentes ao Território Nacional, acionando órgãos da esfera Federal e Estadual competente.
Comentários:
O art. 77 da Lei nº 9.605/98 prevê que o governo brasileiro deve prestar, sem qualquer ônus, a necessária
cooperação a outro país no que concerne ao meio ambiente, resguardados a soberania nacional, a ordem
pública e os bons costumes. Essa cooperação ocorrerá quando o governo brasileiro for solicitado para:
I - produção de prova;
II - exame de objetos e lugares;
III - informações sobre pessoas e coisas;
IV - presença temporária da pessoa presa, cujas declarações tenham relevância para a decisão de uma causa;
V - outras formas de assistência permitidas pela legislação em vigor ou pelos tratados de que o Brasil seja parte.
Portanto, nota-se que apenas a alternativa A trouxe exatamente os casos previstos no art. 77, sendo o nosso
gabarito.
Comentários
A alternativa A está errada, haja vista a pessoa jurídica poder ser sujeito ativo em crime ambiental.
A alternativa B está errada, porque pessoa jurídica pode sim ser responsabilizada.
A alternativa C está errada, pois não há essa limitação e competência exclusiva do Procurador-Geral
de Justiça.
A alternativa D está errada, uma vez que é possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por
delitos ambientais independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em
seu nome.
Comentários
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras,
coautoras ou partícipes do mesmo fato. (2ª Parte)
Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao
ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente. (3ª Parte)
3. (INSTITUTO AOCP/SANESUL – 2021) No ano passado, imagens divulgadas em redes sociais que
retratavam centenas de peixes mortos no Rio Delta desencadearam ação investigativa da Polícia
Civil e da Vigilância Sanitária local. Com o auxílio de imagens captadas por drones, a investigação
foi concluída meses depois e a Companhia de Saneamento Alfa do Estado de Beta foi indiciada
por ter dispensado esgoto no leito do Rio Delta. De acordo com a autoridade policial, o
escoamento irregular do esgoto sanitário contaminou a água e causou a morte dos peixes e a
erosão do solo, além dos danos às pessoas moradoras da região por conta da contaminação da
água. Segundo a Companhia, o extravasamento do esgoto foi causado por uma falha
Comentários
A alternativa A está errada, haja vista a responsabilidade penal ser subjetiva, sendo a
responsabilidade civil objetiva.
A alternativa B está errada, porque a responsabilidade da pessoa jurídica não exclui a das pessoas
físicas, ou seja, pode haver ambas as responsabilizações:
Art. 3º, parágrafo único: A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas,
autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato.
A alternativa C está errada. Segundo a Lei de Crimes Ambientais, é crime: “Provocar, pela emissão
de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em
rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras” (art. 33).
A alternativa D está errada, uma vez que as ações penais relativas às infrações da Lei nº 9.605/98 são
públicas incondicionadas (art. 26).
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas
a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de
conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo
da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.
4. (CEBRASPE/PGE-CE – 2021) A respeito dos crimes contra o meio ambiente — Lei n.º 9.605/1998
—, assinale a opção correta.
a) O abate de animal não constitui crime quando realizado para proteger lavouras, pomares e
rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, independentemente de autorização da autoridade
competente.
b) A responsabilização penal de pessoa jurídica por crimes contra o meio ambiente depende de que a
infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual ou de seu órgão colegiado e,
também, de que seja cometida no interesse ou benefício da sua entidade.
c) A suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de
liberdade não superior a cinco anos.
d) A consumação do crime de pesca irregular se dá com a efetiva apreensão ou captura de espécime
dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento
econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da
==0==
flora.
Comentários
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que
legal e expressamente autorizado pela autoridade competente (é necessária a autorização!)
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.
Art. 3º: As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o
disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
A alternativa C está errada, porque a suspensão condicional da pena (sursis) pode ser aplicada nos
casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a 3 anos (art. 16).
A alternativa D está errada, pois, segundo a Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar,
extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e
vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas
de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora (ou seja, não é só apreensão ou captura).
Comentários
A questão está errada. Conforme visto em aula, há diversas condutas omissivas que são tipificadas
como crimes pela Lei nº 9.605/98. Só para mencionar um exemplo, reproduzo o art. 2º e o art. 68:
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas
penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o
membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa
jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando
podia agir para evitá-la.
Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de
relevante interesse ambiental:
6. (FGV/TJ-RJ – 2017) Em operação conjunta do IBAMA com a Polícia Federal, foi identificada uma
área de desmate onde, de acordo com o que consta do registro do imóvel rural, seria de
preservação permanente. Com vista à responsabilização da pessoa jurídica e física, nos termos da
Lei nº 9.605/1998, que dispõe sobre sanções penais e administrativas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente, assinale a alternativa correta.
a) É possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais independentemente
da responsabilização concomitante da pessoa física que agiu em nome da empresa.
b) A responsabilização penal da pessoa jurídica somente poderá se impor se simultaneamente houver
a responsabilização da pessoa física, dado que se trata de responsabilidade penal objetiva.
c) Em havendo responsabilização penal conjunta da pessoa jurídica e física, a penalização desta última
deve seguir a da primeira, uma vez que a elas são atribuídas os mesmos riscos.
d) A responsabilização penal da pessoa física, desvinculada da responsabilização da pessoa jurídica,
somente poderá ocorrer em caráter comissivo, não se admitindo o caráter omissivo.
e) A responsabilização penal de membro do conselho de administração não concorre com a do
preposto que agiu de forma criminosa pela falta de relação entre as funções exercidas em caráter comissivo,
não se admitindo o caráter omissivo.
Comentários
Comentários
De fato, uma das circunstâncias que atenuam a pena é o fato de o comunicar previamente ao órgão
competente o perigo iminente de degradação ambiental:
Questão correta.
2. (CEBRASPE/DPE-PI – 2022) De acordo com a Lei n.º 9.605/1998, na hipótese de, após o
recebimento da denúncia, o autor de um crime ambiental manifestar o seu arrependimento e
promover espontaneamente a reparação do dano causado, tal circunstância, por si só,
a) autorizará a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
b) justificará a suspensão condicional da pena.
c) servirá como uma atenuante da pena.
d) caracterizará o crime como de menor potencial ofensivo.
e) será uma excludente de ilicitude.
Comentários
3. (CEBRASPE/DPE-PI – 2022) João Paulo, agricultor humilde de 46 anos de idade, foi denunciado
pelo Ministério Público, com base no artigo 29, §1º, III, da Lei nº 9.605/1998, por vender, na feira
livre dominical da cidade de Picos — PI, cinco aves surucuá-de-barriga-vermelha (espécie silvestre
comum e não ameaçada de extinção) oriundas de um criadouro não autorizado.
À luz da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), assinale a opção correta, considerando a
situação hipotética apresentada.
I. Tendo em vista que se trata de espécie silvestre não ameaçada de extinção, o juiz pode,
conforme as circunstâncias, deixar de aplicar a pena a João Paulo.
II. A pena pode ser aumentada de metade, uma vez que o delito foi praticado contra espécie
silvestre.
III. O baixo grau de instrução ou escolaridade de João Paulo são circunstâncias que atenuam
a pena.
IV. O fato de o delito ter sido praticado em um domingo é circunstância que agrava a pena.
V. Entre as penas restritivas de direito previstas pela Lei nº 9.605/1998 inclui-se o
recolhimento domiciliar.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) III e V.
d) II, III e V.
e) III, IV e V.
Comentários
O item I está errado. Segundo o art. 29, § 2º, no caso de guarda doméstica de espécie
silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de
aplicar a pena. No caso, o agricultor estava vendendo, não se configurando a guarda doméstica.
O item II está errado. Não há essa previsão na Lei de Crimes Ambientais. Segundo o art. 29, § 4º, a
pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da
infração;
II - em período proibido à caça;
III - durante a noite;
IV - com abuso de licença;
V - em unidade de conservação;
VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa.
O item III está correto. Segundo o art. 14, são circunstâncias que atenuam a pena:
O item V está correto. Segundo o art. 8º, as penas restritivas de direito são:
Sendo assim, as assertivas III, IV e V estão corretas, sendo a alternativa E o nosso gabarito.
Comentários
A alternativa A está errada, porque, segundo o art. 16, a suspensão condicional da pena pode ser
aplicada nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a 3 anos.
A alternativa B está correta e é o nosso gabarito. Segundo o art. 15, são circunstâncias que agravam
a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
h) em domingos ou feriados;
A alternativa C está errada, uma vez que, conforme preconiza o art. 21, as penas são aplicáveis
isolada, cumulativa ou alternativamente.
A alternativa D está errada, considerando que o parágrafo único do art. 19 prevê que a perícia
produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá sim ser aproveitada no processo penal, instaurando-se
o contraditório.
A alternativa E está errada, dado que o art. 27 prevê a possibilidade de transação penal e o art. 28
prevê a possibilidade de suspensão condicional do processo previstos na Lei nº 9.099/95 para os crimes
ambientais de menor potencial ofensivo. Nesses casos, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva
de direitos ou multa (transação penal) somente pode ser formulada desde que tenha havido a prévia
composição do dano ambiental, salvo em caso de comprovada impossibilidade.
5. (IBFC/IAP-PR – 2021) De acordo com a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre
as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente,
no Capítulo II as penas restritivas de direito são autônomas e substituem as privativas de
liberdade em determinadas situações. Dentre as penas restritivas de direito mencionadas no
Capítulo II – DA APLICAÇÃO DA PENA, a prestação pecuniária consiste no pagamento em
dinheiro à vítima ou à entidade pública ou privada com fim social, não inferior a um salário mínimo
nem superior a _____ salários mínimos.
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
a) Cento e vinte
b) Trezentos e sessenta
c) Duzentos e quarenta
d) Cento e oitenta
e) Quatrocentos e oitenta
Comentários
Para responder a questão, necessário conhecimento do art. 12 da Lei de Crimes Ambientais, que
preceitua:
Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou
privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nem superior
a trezentos e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual reparação civil a
que for condenado o infrator.
Portanto, a prestação pecuniária não pode ser inferior a 1 salário mínimo e nem superior a 360, de
modo que a alternativa B é o nosso gabarito.
6. (PM-MT/PM-MT - 2021) Segundo a Lei nº 9.605/1998 e alterações, conhecida como Lei de Crimes
Ambientais, quanto às penas restritivas de direito aplicáveis ao infrator pessoa física, é correto
afirmar:
a) A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às prescrições
legais.
b) A prestação de serviços à comunidade é pena prevista para danos à coisa pública ou tombada, mas
não se aplica em caso de dano de coisa particular.
c) A prestação pecuniária, consistente no pagamento em dinheiro de importância fixada pelo juiz, não
se destina à vítima, mas à entidade pública ou privada com fim social.
d) É prevista pena de interdição temporária de direito consistente em proibição de participar de
licitações, pelo prazo máximo de dois anos.
e) O condenado à pena de recolhimento domiciliar deverá, sob vigilância, trabalhar, frequentar curso
ou exercer atividade autorizada.
Comentários
A alternativa A está correta e é o nosso gabarito. A banca trouxe a cópia literal do art. 11, da Lei de
Crimes Ambientais:
Art. 11. A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às prescrições
legais.
A alternativa C está errada. Destina-se, sim, à vítima, conforme se vê no art. 12, da Lei de Crimes
Ambientais:
Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou
privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nem superior a
trezentos e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual reparação civil a
que for condenado o infrator.
A alternativa D está errada. De fato, na pena de interdição temporária de direito consiste, entre
outros, na proibição de participar de licitações. Contudo, o prazo é de 5 anos nos casos de crimes dolosos e
de 3 anos nos crimes culposos, nos termos do art. 10.
Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado contratar com o
Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações,
pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos.
==0==
A alternativa E está errada. Não há vigilância, nos termos do art. 13, da Lei de Crimes Ambientais:
7. (FCC/TJ-GO – 2021) José Bento, que cursou até a terceira série do ensino fundamental, foi
denunciado por adentrar, sem autorização, um Refúgio da Vida Silvestre portando um facão.
Confessou que sabia da ilegalidade da conduta, mas sua intenção era colher sementes para
confecção de artesanato. A ação penal deverá ser julgada
a) procedente com circunstância atenuante.
b) procedente com aplicação do perdão judicial.
c) improcedente pela atipicidade formal do fato.
d) improcedente pela ausência de dolo.
e) procedente com aplicação da pena dentro do balizamento trazido pelo tipo penal, sem
circunstâncias agravantes ou atenuantes.
Comentários
Segundo o art. 14 da Lei 9.605, são circunstâncias que atenuam a pena o baixo grau de escolaridade
do agente (3ª série do ensino fundamental) e a limitação significativa da degradação ambiental causada
(colher sementes). Assim, embora, a ação penal deva ser julgada procedente por ter desrespeitado o art. 52
(entrou com o facão em uma Unidade de Conservação), deverão ser consideradas as circunstâncias
atenuantes. Lembremos dos dispositivos:
Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para
caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente.
8. (NC-UFPR/PC-PR - 2021) I.R. foi acusado pela prática do crime descrito no art. 54 da Lei
9.605/98 (Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar
em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição
significativa da flora. Pena: reclusão, de um a quatro anos, e multa). Narra a denúncia que I.R.
teria, de forma dolosa, adredemente combinado com D.L., causado poluição na área da Reserva
Indígena Tekohá Añetete, localizada em Diamante D’Oeste – PR. Considerando as informações
apresentadas, assinale a alternativa correta.
a) Ainda que I.R. tenha praticado crime de menor potencial ofensivo, é incabível a transação penal,
visto que o crime foi praticado dentro de reserva indígena.
b) Por determinação expressa da lei, I.R. não poderá ser beneficiado pela suspensão condicional da
pena.
c) Por se tratar de crime ocorrido dentro de reserva indígena, a ação penal resta condicionada à
representação da Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
d) Eventual sentença condenatória em desfavor de I.R. poderá fixar valor mínimo para reparação dos
danos causados pela infração.
e) I.R. poderá ser beneficiado com a suspensão condicional do processo, caso efetue a prévia
composição do dano ambiental.
Comentários
A alternativa A está errada. I.R supostamente cometeu crime de causar poluição, cuja pena é de
reclusão de 1 a 4 anos e multa. Nos termos do art. 61 da Lei n. 9.099/95, o crime de menor potencial ofensivo
é aquele que a lei comine pena máxima não superior a 2 anos, o que não é o caso. Além disso, se fosse o
caso de crime de menor potencial ofensivo, a transação penal não seria impossibilidade por ter sido
praticado dentro de reserva indígena.
A alternativa B está errada. É possível que I.R seja beneficiado com a suspensão condicional da pena,
nos termos do art. 16, da Lei de Crimes Ambientais:
Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de
condenação a pena privativa de liberdade não superior a três anos.
A alternativa C está errada. Independentemente de ter ocorrido dentro ou fora de reserva indígena,
a ação penal é pública incondicionada, nos termos do art. 26, da Lei de Crimes Ambientais:
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública incondicionada.
A alternativa D está correta e é o nosso gabarito. Conforme o art. 20 da Lei de Crimes Ambientais:
Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor mínimo para reparação dos
danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente.
A alternativa E está errada, pois não se trata de crime de menor potencial ofensivo. Ademais, é a
transação penal que exige a prévia composição do dano, não a suspensão condicional do processo. A
suspensão do processo exige a própria reparação do dano!
Comentários
Para pessoas jurídicas, as penas aplicáveis são as de multa, as restritivas de direitos e as de prestação
de serviços à comunidade, nos termos do art. 21. Evidentemente, não há que falar em penas privativas de
liberdade para pessoas jurídicas!
Desse modo, a alternativa D está correta e é o nosso gabarito, pois trouxe essas penas de forma
completa.
Comentários
O mencionado art. 8º relaciona as penas restritivas de direito de pessoas físicas, quais sejam:
III - suspensão parcial ou total de atividades: deve ser aplicada quando as atividades não estiverem
obedecendo às prescrições legais; e
A alternativa B está errada, porque o bloqueio temporário de bens também não é considerada pena
restritiva de direitos.
A alternativa C está errada, considerando que a apreensão de bens não é pena restritiva de direitos
de pessoas físicas.
A alternativa D está errada, uma vez que não trouxe nenhuma pena restritiva de direitos.
c) Apenas II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Comentários
É muito importante que você, Estrategista, saiba os aspectos que devem ser considerados pela
autoridade para imposição e gradação das penalidades previstas na Lei nº 9.605/98.
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúde
pública e para o meio ambiente;
Comentários
Vamos relembrar as circunstâncias que agravam a pena, segundo o art. 15 da Lei nº 9.605/98:
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime
especial de uso;
h) em domingos ou feriados;
i) à noite;
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada
por incentivos fiscais;
A alternativa A está errada, pois o baixo grau de instrução ou escolaridade é uma circunstância
atenuante, não agravante.
A alternativa B está correta e é o nosso gabarito, nos termos do inciso II, alínea "a".
A alternativa C está errada, porque também trouxe uma circunstância atenuante, não agravante.
A alternativa D está errada, visto que os sábados não estão inclusos no art. 15 supracitado, apenas os
domingos e feriados.
A alternativa E está errada, considerando que a pessoa jurídica pode se manter total ou parcialmente
por verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais para ser caracterizada a circunstância agravante.
Comentários
A alternativa B está errada. Cuidado: a não manifestação de arrependimento não caracteriza uma
circunstância agravante da pena, muito embora a demonstração de arrependimento seja uma circunstância
atenuante.
A alternativa C está errada, visto que a execução de projetos de educação ambiental não
correspondem aos serviços prestados à comunidade previstos no art. 23 da Lei nº 9.605/98. Tal prestação
consiste em: custeio de programas e de projetos ambientais, execução de obras de recuperação de áreas
degradadas, manutenção de espaços públicos e contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas.
A alternativa D está errada, considerando que o valor mínimo de multa é R$ 50,00, não R$ 500,00
(art. 75).
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.
Comentários
O art. 15 da Lei nº 9.605/98 relaciona as circunstâncias agravantes da pena. Nos termos desse artigo,
tem-se que:
A assertiva II foi considerada errada pela banca, que considerou "madrugada" diferente de "noite".
De fato, os termos designam períodos diferentes do dia, mas não é de se esperar que o legislador, ao
formular a Lei nº 9.605/98, tenha pensado nessa distinção, não é mesmo? Afinal, que sentido faria
considerar um agravante o cometimento de crime durante a noite (18h às 00h) e não de madrugada (00h às
6h)?
De qualquer modo, fica a lição: as bancas, em sua grande maioria, optam pela literalidade pura da lei,
então se não está escrito madrugada na lei, considera-se errada a assertiva.
A assertiva III está errada, diante da ausência de previsão legal de que o crime cometido em época ou
período de vendavais tenha sua pena agravada. Na verdade, são as épocas de seca ou inundações que
ensejam tal agravamento (art. 15, II, "j").
Comentários
A assertiva I está correta, nos termos do art. 15, II, "o", da Lei nº 9.605/98.
A assertiva II está errada, diante da ausência de previsão legal de que a infração cometida no interesse
de estado estrangeiro deva ter sua pena agravada.
A assertiva III foi considerada errada pela banca, uma vez que a alínea "r" do inciso II, art. 15 menciona
que o funcionário público deve estar no exercício de suas funções para que essa facilitação enseje o
agravamento da pena. Posição bastante complicada da banca examinadora, não é mesmo?
Assim, apenas a assertiva I foi considerada correta, sendo a alternativa A o nosso gabarito.
16. (IDCAP/CONSED-GO - 2019) Com base na Lei nº 9.605/98, que dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado
contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem
como de participar de licitações, por um prazo em anos. Assinale a alternativa correta que
corresponde em prazo para crimes dolosos.
a) 25 anos.
b) 20 anos.
c) 15 anos.
d) 10 anos.
e) 05 anos.
Comentários
De acordo com o art. 10 da Lei nº 9.605/98, as penas de interdição temporária de direito são a
proibição de o condenado contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros
benefícios, bem como de participar de licitações, pelo prazo de 5 anos, no caso de crimes dolosos, e de três
3, no de crimes culposos.
Comentários
A afirmação I está errada, pois a autoridade competente deve observar, para a imposição da
penalidade, a gravidade do fato, os antecedentes do infrator e a situação econômica do infrator (no caso de
multa).
A afirmação II está correta, visto que apresentou adequadamente circunstâncias atenuantes da pena
previstas no art. 14 da Lei nº 9.605/98.
A afirmação III está correta, porque apresentou adequadamente circunstâncias agravantes da pena
previstas no art. 15 da Lei nº 9.605/98.
A afirmação IV está errada, pois o crime é caracterizado se não houver a licença ou autorização dos
órgãos ambientais competentes, nos termos do art. 60 da Lei nº 9.605/98.
Destarte, estão corretas apenas as afirmações II e III, sendo a alternativa B o nosso gabarito.
18. (SELECON/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR - 2019) Picard foi condenado pela prática de crime
tipificado na Lei nº 9.605/90, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e ao pagamento de indenização. Nos termos da
lei, o máximo da prestação pecuniária fixada pelo juiz deve corresponder a:
a) cento e vinte salários mínimos
b) duzentos e quarenta salários mínimos
c) trezentos e sessenta salários mínimos
d) quatrocentos e vinte salários mínimos
Comentários
O art. 12 da Lei nº 9.605/98 prevê que a prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à
vítima ou à entidade pública ou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a 1
salário mínimo nem superior a 360 salários mínimos. O valor pago deve ser deduzido do montante de
eventual reparação civil a que for condenado o infrator.
19. (SELECON/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR - 2019) B.T. é condenado pela prática de crime
tipificado na Lei nº 9.605/90, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Sua sanção foi cumprir pena restritiva de direitos
na modalidade prestação de serviços à comunidade que, nos termos da lei em foco, pode consistir
em:
a) estudos vinculados à segurança em delegacias públicas
b) campanhas de saúde coletiva em hospitais públicos
c) atos educativos gerais em escolas públicas
d) tarefas gratuitas junto a parques públicos
Comentários
Comentários
O art. 14 da Lei nº 9.605/98 apresenta as circunstâncias que atenuam as penas. Nos termos do art. 14,
tem-se que:
Desse modo, as assertivas I, II e III estão corretas, sendo a alternativa E o nosso gabarito.
Comentários
De fato, uma das circunstâncias que agravam a pena listadas pelo art. 15 da Lei nº 9.605/98 é o fato
de o agente cometer o crime atingindo áreas de unidades de conservação (UC) ou áreas sujeitas, por ato do
Poder Público, a regime especial de uso. Um parque nacional é uma UC prevista na Lei nº 9.985/00, que
institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
Questão correta.
22. (FCC/DPE-MA - 2018) Sobre a aplicação da pena na Lei de Crimes Ambientais (Lei n° 9.605/98), é
correto afirmar que
a) a pena privativa de liberdade de até quatro anos pode ser substituída por pena restritiva de direitos.
b) são circunstâncias atenuantes a prática do crime em período noturno e a colaboração com os
agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.
c) são circunstâncias agravantes a prática do crime em domingos e o baixo grau de instrução do
agente.
d) o recolhimento domiciliar é espécie de pena restritiva de direitos e não se confunde com a prisão
domiciliar aplicável em caso de regime aberto.
e) a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de
liberdade não superior a quatro anos.
Comentários
A alternativa A está errada por uma pegadinha da banca. Segundo o art. 7º da Lei nº 9.605/98, as
penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade quando se tratar de
crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a 4 anos. Portanto, quando a pena
privativa de liberdade for igual a 4 anos, não poderá ser substituída pela restritiva de direitos. Quando a
banca menciona o termo "até", ela inclui a possibilidade de a pena privativa ser de 4 anos, invalidando a
questão.
A alternativa B está errada, visto que a prática do crime em período noturno é uma circunstância
agravante da pena, não atenuante (art. 15, II, "i").
A alternativa C está errada, considerando que o baixo grau de instrução do agente é uma
circunstância atenuante, não agravante (art. 14, I).
A alternativa D está correta e é o nosso gabarito. O recolhimento domiciliar é uma das 5 penas
restritivas de direito previstas no art. 8º, V. Esse recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso
de responsabilidade do condenado, que deve, sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer
atividade autorizada, permanecendo recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer
local destinado a sua moradia habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória (art. 13). Logo,
esse tipo de pena não se confunde com a prisão domiciliar aplicável em caso de regime aberto.
A alternativa E está errada, visto que a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de
condenação a pena privativa de liberdade não superior a 3 anos (não 4), nos termos do art. 16.
Comentários
A alternativa B está errada, porquanto os valores arrecadados em pagamento de multas por infração
ambiental devem ser revertidos ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, ao Fundo Naval, aos fundos
estaduais ou municipais de meio ambiente, ou correlatos, não ao Fundo para Defesa dos Interesses Difusos
(art. 73).
A alternativa C está errada, visto que a Lei nº 9.605/98 não é omissa quanto aos prazos do processo
administrativo para apuração de infração ambiental, trazendo diversos deles no art. 71, quais sejam:
I - 20 dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados da data
da ciência da autuação;
II - 30 dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua lavratura,
apresentada ou não a defesa ou impugnação;
III - 20 dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema Nacional
do Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha, de acordo com
o tipo de autuação;
A alternativa D está errada, pois a autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração
ambiental é obrigada a promover a sua apuração imediata, sob pena de corresponsabilidade. Logo, não se
trata de opção discricionária da autoridade, mas de uma obrigação (art. 70, § 3º).
A alternativa E está errada, uma vez que as infrações ambientais podem ser resultado de ação ou
omissão, não de exclusivamente ato comissivo (art. 70).
24. (FCC/DPE-AM - 2018) São circunstâncias que atenuam a pena nos crimes ambientais,
a) a não obtenção de vantagem pecuniária e a colaboração com os agentes encarregados da vigilância
e do controle ambiental.
b) a prática do crime fora do período de defeso à fauna e o baixo impacto ambiental da conduta.
c) o emprego de métodos não cruéis para captura de animais e o arrependimento do infrator.
d) a confissão e o dano restrito à área urbana.
e) o baixo grau de instrução ou escolaridade do agente e a comunicação prévia pelo agente do perigo
iminente de degradação ambiental.
Comentários
A alternativa B está errada. Mesmo caso da alternativa anterior: a prática de crime no período de
defeso é circunstância agravante, mas a prática de crime fora desse período não é circunstância atenuante.
A alternativa C está errada. Novamente a banca se utiliza da mesma estratégia para tentar confundir
os candidatos: o emprego de métodos cruéis de captura de animais é uma circunstância agravante, mas isso
não quer dizer que uma captura sem o uso de tais métodos seja uma circunstância atenuante.
A alternativa D está errada, visto que o crime cometido em área urbana é uma circunstância
agravante da pena, não atenuante (art. 15, II, "f").
A alternativa E está correta e é o nosso gabarito, nos termos dos incisos I e III do art. 14.
25. (FGV/AL-RO – 2018) Januário é autuado pela autoridade competente por destruir floresta
considerada de preservação permanente.
Com relação às circunstâncias que podem agravar a aplicação da pena de Januário, analise as
afirmativas a seguir.
I. A ação foi praticada com a intenção de obter vantagem pecuniária.
II. A ação foi facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.
III. A ação foi praticada por agente com alto grau de instrução ou escolaridade.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I e III, apenas.
Comentários
Recordemos o art. 15 da LCA, com destaque para os itens mencionados pela questão:
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime
especial de uso;
h) em domingos ou feriados;
i) à noite;
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por
incentivos fiscais;
26. (FGV/INEA-RJ – 2013) A Lei n. 9.605/98 trata de crimes contra o meio ambiente e de infrações
administrativas ambientais.
Nos termos deste diploma legal, assinale a afirmativa correta.
a) A pessoa jurídica só pode ser responsabilizada quando houver intervenção de uma pessoa física,
que atua em nome e em benefício do ente moral, em crimes culposos e dolosos.
b) A Lei ambiental previu, para as pessoas jurídicas, penas autônomas de multas, de prestação de
serviços à comunidade, restritivas de direito, liquidação forçada e desconsideração da pessoa jurídica.
c) A responsabilidade das pessoas jurídicas exclui a das pessoas físicas, autoras coautoras ou partícipes
do mesmo fato.
d) A responsabilidade penal pelo cometimento de crimes ambientais é objetiva.
e) Os delitos elencados no referido diploma legal são de autoria singular e, portanto, cometidos
apenas por um único agente.
Comentários
A banca considerou que a desconsideração da personalidade jurídica e sua decretação forçada são
penalidades previstas pela Lei 9.605/1998. Recordemos os artigos 4º, 21 e 24:
Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao
ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.
Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com
o disposto no art. 3º, são:
I - multa;
II - restritivas de direitos;
Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar
ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será
considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional.
27. (FGV/TJ-MS – 2008) Segundo a Lei 9605/98, as penas restritivas de direito por condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente estão relacionadas nas alternativas a seguir, à exceção de
uma. Assinale-a.
a) prestação de serviços à comunidade
b) interdição temporária de direitos
c) prestação pecuniária não inferior a um salário mínimo nem superior a quatrocentos e vinte salários
mínimos
d) suspensão parcial ou total de atividades
e) recolhimento domiciliar
Comentários
1. (FGV/PC-AM - 2022) João praticou crime ambiental de maus-tratos contra animais silvestres,
consistentes em cinco micos-leões-dourados encontrados machucados e desnutridos. Os animais
foram devidamente apreendidos pela Autoridade Policial responsável pela operação, que lavrou
o respectivo auto.
Conforme dispõe a legislação de regência e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os
animais serão
a) libertados em seu habitat, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas,
para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados ou abatidos imediatamente,
mediante decisão discricionária da autoridade policial.
b) libertados em seu habitat, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas,
para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados ou abatidos imediatamente,
mediante decisão judicial, ouvidos previamente todos os policiais que participaram da operação.
c) entregues a fiel depositário que demonstre aptidão técnica para recebê-los, até que sejam
libertados em seu habitat ou colocados em jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas,
sendo constitucional a interpretação da legislação federal que possibilita o abate imediato de animais
apreendidos em situação de maus-tratos.
d) prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por
questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e
cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados, de maneira que é constitucional a interpretação da
legislação federal que possibilita o abate imediato de animais apreendidos em situação de maus-tratos.
e) prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por
questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e
cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados, de maneira que é inconstitucional a interpretação
da legislação federal que possibilita o abate imediato de animais apreendidos em situação de maus-tratos.
Comentários
Assim, os animais devem ser prioritariamente libertados em seu habitat ou, caso essa medida seja
inviável ou não recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou
entidades assemelhadas para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados.
2. (PM-MT/PM-MT - 2021) Nos termos da Lei nº 9.605/1998 e alterações, conhecida como Lei de
Crimes Ambientais, os instrumentos utilizados na prática da infração ambiental, que forem
apreendidos pela fiscalização, serão
a) imediatamente destruídos.
b) descaracterizados e destruídos.
c) avaliados e doados para instituições públicas.
d) descaracterizados e doados para instituições com fins beneficentes.
e) vendidos, garantida a sua descaracterização por meio de reciclagem.
Comentários ==0==
Para responder a questão, necessário conhecimento do art. 25, § 5º, da Lei de Crimes Ambientais, que
preceitua:
Art. 25, § 5º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a sua
descaracterização por meio da reciclagem.
Portanto, os instrumentos utilizados na prática da infração ambiental serão vendidos, garantida a sua
descaracterização por meio de reciclagem, de modo a alternativa E está correta e é o nosso gabarito. Mas,
atenção, porque, embora não seja o questionamento da banca, importante ter em mente que "os produtos
e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou
educacionais", nos termos do art. 25, § 4º, da mesma lei.
Comentários
A alternativa A está correta e é o nosso gabarito, pois trouxe a literalidade do § 1º do art. 25 da Lei nº
9.605/98.
A alternativa B está errada, visto que não há a previsão de que tais instituições devam ofertar valores
para o recebimento de tais produtos no § 3º do art. 25.
A alternativa C está errada, considerando que os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis não
serão consumidos, mas destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou educacionais (art. 25, §
4°).
A alternativa D está errada, porque os instrumentos utilizados na prática da infração devem ser
vendidos, desde que sejam descaracterizados por meio da reciclagem (art. 25, § 5º).
Comentários
A afirmativa I está correta. Nos termos do art. 25, § 3º, tratando-se de produtos perecíveis ou
madeiras, serão estes avaliados e doados a instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins
beneficentes.
A afirmativa II está correta. Conforme o art. 25, § 4°, os produtos e subprodutos da fauna não
perecíveis serão destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou educacionais.
A afirmativa III está correta. Segundo o art. 25, § 5º, os instrumentos utilizados na prática da infração
serão vendidos, garantida a sua descaracterização por meio da reciclagem.
A afirmativa IV está errada. O art. 25, § 1o, prevê que os animais serão prioritariamente libertados em
seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins
zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabilidade de
técnicos habilitados.
Comentários
A alternativa A está correta. Aplicação dos arts. 3º e 21, da Lei de Crimes Ambientais:
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-
autoras ou partícipes do mesmo fato.
Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com
o disposto no art. 3º, são: I - multa; II - restritivas de direitos; III - prestação de serviços à comunidade.
Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, aplicam-se aos crimes de
menor potencial ofensivo definidos nesta Lei, com as seguintes modificações:
Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar
ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será
considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional.
Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena
==0==
restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995 , somente poderá
ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da mesma
lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade.
Em outras palavras, em regra, se tratando de crimes ambientais, para haver a transação penal, exige-
se a prévia composição do dano ambiental. A exceção é o caso de comprovada impossibilidade!
2. (FCC/CLDF - 2018) A Lei dos Crimes Ambientais foi a primeira legislação que criminalizou a
conduta praticada pelas pessoas jurídicas, a despeito de toda a discussão que envolve a
responsabilização penal de entidade que, por ficção, adquire personalidade jurídica, nos termos
do que prescreve o artigo 3° da Lei n° 9.605/1998. Com base nessas informações:
a) A pena aplicada para a pessoa jurídica, de proibição de contratar com o Poder Público, não poderá
exceder 10 anos, prorrogáveis por mais 10 anos, a critério do juiz da execução criminal.
b) A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou
ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será
considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional.
c) A responsabilidade das pessoas jurídicas exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou
partícipes do mesmo fato.
d) É incabível a fixação de prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica, cuja pena criminal
só se limita a penas restritivas de direito.
e) A ação penal é pública incondicionada, quando o réu for pessoa física, e pública condicionada a
representação do Ministério da Justiça ou órgão estadual similar, para as pessoas jurídicas.
Comentários
A alternativa A está errada, porque não há previsão de que o prazo de 10 anos possa ser prorrogável
(art. 21, § 3º).
A alternativa B está correta e é o nosso gabarito, conforme previsto no art. 24 da Lei nº 9.605/98.
A alternativa C está errada, visto que responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas
físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato (art. 1º, parágrafo único).
A alternativa E está errada, considerando que a ação penal é sempre pública incondicionada nas
infrações penais previstas na Lei nº 9.605/98 (art. 26).
Comentários
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota
migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com
a obtida:
V - em unidade de conservação;
2. (CEBRASPE/DPE-PA - 2022) Aquele que perseguir espécimes nativos da fauna silvestre sem a
devida permissão estará sujeito a pena de
a) reclusão, somente.
b) reclusão e multa.
c) detenção ou multa.
d) detenção e multa.
e) detenção com aumento e multa.
Comentários
A alternativa D está correta e é o nosso gabarito. O art. 29 da Lei nº 9.605/98, prevê como crime
matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem
Frise-se que os crimes contra a fauna em regra são puníveis com detenção. As exceções são os artigos
30, 35 e o § 1º-A do 32:
Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da
autoridade ambiental competente:
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos:
§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de
reclusão, de 2 a 5 anos, multa e proibição da guarda.
Portanto, se o crime não for nenhum desses acima, vai ser detenção.
Comentários
Lendo esse artigo, parece que encontramos a resposta da questão e se trata de crime com pena de
reclusão. Contudo, vejamos agora o art. 34, com especial atenção ao parágrafo único:
Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente:
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos;
III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca
proibidas.
Aí está a tipificação exata mencionada na questão, qual seja a pesca mediante utilização de técnica
não permitida por lei. Desse modo, a pena será de detenção, não de reclusão, estando a assertiva errada.
4. (FAUEL/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS - 2021) Assinale, com base na lei dos crimes
contra o meio ambiente (Lei 9.605/1998 e suas alterações), a conduta abaixo descrita que NÃO
configura crime:
a) O abate de animal em vias de extinção, ainda que por pessoa em estado de necessidade, para saciar
sua fome ou de sua família.
b) Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente.
c) Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano.
d) Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro procedimento
administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por
omissão.
e) Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à
saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora.
Comentários
A alternativa A está correta e é o nosso gabarito. Não se trata de crime, conforme o art. 37, I, da Lei
de Crimes Ambientais:
A alternativa B está errada. Trata-se de crime ambiental, nos termos do art. 34:
Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente:
A alternativa C está errada. Trata-se de crime ambiental, nos termos do art. 65:
Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano:
A alternativa D está errada. Trata-se de crime ambiental, nos termos do art. 65:
Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano:
A alternativa E está errada, Trata-se de crime ambiental, nos termos do art. 54:
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos
à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:
5. (IBFC/IAP-PR - 2021) De acordo com o art. 32 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que
dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao
meio ambiente, assinale a alternativa que apresenta a pena para quem praticar ato de abuso,
maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou
exóticos.
a) Reclusão, de um a três anos, e multa
b) Reclusão de um ano a cinco anos
c) Reclusão, de dois a quatro anos, e multa
d) Detenção, de três meses a um ano, e multa
e) Detenção, de dois meses a dois anos, e multa
Comentários
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos:
Portanto, para quem pratica ato de abuso, maus-tratos, fere ou mutila animais silvestres, domésticos
ou domesticados, nativos ou exóticos estará sujeito à pena de detenção (de modo que os itens "a", "b", "c"
estão incorretos), de 3 meses a um 1 e multa (item "e" também incorreto). Assim, a alternativa D está
correta e é o nosso gabarito.
6. (INSTITUTO MAIS/SETEC CAMPINAS - 2021) Suponha que Carlos praticou maus-tratos contra um
animal doméstico. De acordo com a Lei de Crimes contra o meio ambiente, é correto afirmar que,
hipoteticamente, Carlos cometeu crime:
a) sujeito à pena de detenção, de três meses a um ano, e multa, e a pena será aumentada de um sexto
a um terço, se ocorre morte do animal.
b) sujeito à ação penal pública condicionada à representação.
c) punido com pena de reclusão e caso sua conduta criminosa tenha sido realizada em sábados ou
domingos tal circunstância agravará a pena.
d) punido com pena de detenção, sujeito à ação penal privada e caso ele tenha baixo grau de instrução,
tal circunstância agravará a pena.
Comentários
==0==
A alternativa A está correta e é o nosso gabarito. Inteligência do art. 32, § 2º, da Lei de Crimes
Ambientais:
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Note que a questão não mencionou o fato de ser cão ou gato, ocasião que ensejaria aplicação do § 1º-
A, com pena de reclusão de 2 a 5 anos, multa e proibição da guarda.
A alternativa B está errada. A ação penal, na verdade, é pública incondicionada, nos termos do art.
26, da Lei de Crimes Ambientais:
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública incondicionada.
A alternativa C está errada. A pena é de detenção, vide item "A". Além disso, a pena agrava quando o
crime é cometido em domingos ou feriado e no período noturno, nos termos do art. 15, II, "h" e "i", da Lei de
Crimes Ambientais:
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
A alternativa D está errada. A ação penal é pública incondicionada, vide item "B". E o baixo grau de
instrução é circunstância atenuante (que diminui a pena) e não agravante (art. 14):
7. (CEBRASPE/PREFEITURA DE BOA VISTA -RR - 2019) Rafaela capturou, para sua criação
doméstica de pássaros, duas jandaias amarelas, espécie que consta na lista federal de fauna
ameaçada de extinção. João, fiscal do órgão ambiental competente, assistiu à captura dos
animais, mas, por amizade a Rafaela, omitiu-se. Tempo depois, Rafaela, residente em Boa Vista
– RR, decidiu pedir autorização para a guarda dos pássaros à Secretaria de Serviços Públicos e
Meio Ambiente do Município de Boa Vista. No momento da solicitação, ela relatou ter tido a
permissão de João para levar para casa as duas aves.
Acerca dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir à luz da lei que regulamenta crimes
ambientais, do Decreto n.º 6.514/2008 e do entendimento dos tribunais superiores.
Em razão da captura das duas jandaias amarelas, Rafaela responderá por crime contra a fauna e poderá
cumprir pena de detenção.
Comentários
De fato, o art. 29 da Lei nº 9.605/98 prevê como crime contra a fauna matar, perseguir, caçar, apanhar,
utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou
autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida.
A pena para tal crime é de detenção de 6 meses a 1 ano, e multa. Assertiva correta.
Comentários
A alternativa A está correta e é o nosso gabarito. O art. 29 da Lei nº 9.605/98, III, prevê como crime
vender, expor à venda, exportar ou adquirir, guardar, ter em cativeiro ou depósito, utilizar ou transportar
ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos
dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou
autorização da autoridade competente. A pena para tal crime é de detenção de seis meses a um ano, e
multa.
Frise-se que a alternativa D está errada, pois se prevê que a pena é aumentada de metade, se o crime
é praticado contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da
infração; em período proibido à caça; durante a noite; com abuso de licença; em unidade de conservação;
com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa (art. 29, § 4º).
Ademais, a pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional (art.
29, § 5º).
9. (FCC/TJ-AL - 2019) Suponha que tenha sido editada uma lei estadual capitulando como crime a
caça e o abate de animais em todo o Estado, em áreas públicas ou privadas, inclusive em relação
a espécies exóticas invasoras. A constitucionalidade do referido diploma foi contestada em face
do seu potencial de dano ao meio ambiente, eis que espécies já reconhecidamente nocivas, como
o javali, vêm se proliferando de forma desordenada e causando danos efetivos à biodiversidade,
além de risco à segurança e saúde da população de áreas rurais. Para a avaliação do apontado
vício de inconstitucionalidade, cumpre considerar que
a) a legislação estadual afigura-se compatível com as normas gerais editadas pela União sobre crimes
ambientais (Lei federal n° 9.605/1998) que proíbem a caça para controle populacional, independentemente
de tratar-se de espécie nociva, admitindo apenas medidas de mitigação como captura e esterilização dos
animais.
b) o Estado, no exercício da competência concorrente, possui ampla liberdade para definir e tipificar
as condutas lesivas à sua fauna nativa, independentemente da tipificação da legislação federal,
especialmente em relação às denominadas espécies exóticas, expressamente excluídas da proteção
estabelecida pela Lei n° 9.605/1998.
c) a legislação federal que tipifica os crimes contra o meio ambiente, editada ao amparo da
competência da União para estabelecer normas gerais de proteção da fauna e do meio ambiente (Lei n°
9.605/1998), não considera crime a caça de animais nocivos, desde que assim caracterizados pelo órgão
competente.
d) o Estado não possui competência para legislar sobre a matéria, que é privativa da União, e já
integralmente exercida nos termos da Lei federal n° 9.605/1998, que admite expressamente a caça e o abate
do javali e de outras espécies nocivas elencadas em rol taxativo anexo ao referido diploma federal.
e) a legislação federal que dispõe sobre sanções a condutas e atividades lesivas ao meio ambiente (Lei
n° 9.605/1998) disciplinou, de forma exaustiva, as hipóteses de proibição da caça, vedando apenas a caça
esportiva e aquela com finalidade meramente recreativa, não havendo, assim, espaço para os estados
legislarem sobre o tema em caráter suplementar.
Comentários
O art. 37 da Lei nº 9.605/98 prevê que não é crime o abate de animal, quando realizado nas seguintes
situações:
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde
que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente;
III - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.
Assim, por exemplo, espécies reconhecidamente nocivas, como o javali, podem ser abatidas em que
isso configure desrespeito à legislação federal.
Comentários
O § 4º do art. 29 prevê que a pena para tais crimes é aumentada de metade, se o crime é praticado nas
seguintes situações:
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração;
V - em unidade de conservação;
11. (VUNESP/PREFEITURA DE POÁ-SP - 2019) Juarez mora num município paupérrimo, sendo que
sua família vive em estado de miserabilidade. Para saciar a fome de sua família, andou por mais
de 30 quilômetros até a beira de um rio, e no limite de suas forças conseguiu caçar um jacaré, que
está ameaçado de extinção. Ao levar o animal para sua casa, foi abordado pela polícia local.
Nesse contexto, e de acordo com a interpretação gramatical da legislação federal sobre o tema,
é correto afirmar que
a) Juarez não cometeu crime, pois, para saciar a fome de sua família, podem ser abatidos inclusive
animais silvestres ameaçados de extinção, por se tratar de estado de necessidade.
b) o fato de o animal caçado ser ameaçado de extinção torna qualificado o crime cometido por Juarez.
c) o crime cometido por Juarez deve ser apurado mediante ação penal pública condicionada a
representação.
d) apesar de a conduta ser qualificada como crime, o fato de Juarez ter caçado para sobrevivência de
sua família reduzirá a pena à metade.
e) o crime praticado por Juarez deverá ter sua pena aumentada em 2/3 por ter sido a caça praticada
contra espécie ameaçada de extinção.
Comentários
A alternativa A está correta e é o nosso gabarito, pois, de acordo com o art. 37, I, da Lei nº 9.605/98,
não é crime o abate de animal realizado em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua
família.
12. (UNESC/FLAMA-SC - 2019) Sobre a Lei de Crimes Ambientais nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998,
a qual dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas
ao meio ambiente é correto afirmar:
a) São consideradas contravenções penais as condutas praticadas contra a fauna, tais como: matar,
perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, mesmo que
com a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida.
b) São considerados crimes contra a flora destruir ou danificar floresta considerada de preservação
permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção, exceto
quando for detentor de licença administrativa irrevogável expedida pelo Poder Público Municipal.
c) São considerados crimes contra a fauna pescar espécies que devam ser preservadas ou espécimes
com tamanhos inferiores aos permitidos, exceto quando for detentor de licença administrativa irrevogável
expedida pelo Poder Público Municipal.
d) São considerados crimes contra a fauna pescar mediante a utilização de explosivos ou substâncias
que, em contato com a água, produzam efeito semelhante.
Comentários
A alternativa A está errada, porque tais condutas são tipificadas como crimes pela Lei nº 9.605/98,
não como contravenções penais (art. 29).
A alternativa B está errada, pois não há essa exceção de licença municipal para destruição ou
danificação de floresta de APP.
A alternativa C está errada, considerando novamente a ausência de previsão legal para excepcionar
o crime em caso de suposta licença municipal.
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A alternativa D está correta e é o nosso gabarito, nos termos do art. 35 da Lei nº 9.605/98. Lembrando
que a pena para esse crime é de reclusão de 1 ano a 5 anos.
13. (CONSULPAM/PREFEITURA DE VIANA-ES - 2019) Acerca dos crimes ambientais, conforme a Lei
9.605/98 (Lei de crimes ambientais), assinale a alternativa CORRETA:
a) Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da
autoridade ambiental competente constitui crime ambiental contra a fauna.
b) Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente
constitui crime ambiental contra a flora.
c) Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais
formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano constitui crime
ambiental de poluição.
d) Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização,
permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida constitui crime ambiental contra a flora.
Comentários
A alternativa A está correta e é o nosso gabarito, nos termos do art. 30 da Lei nº 9.605/98.
A alternativa B está errada, porque se trata de crime contra a fauna, não contra a flora (art. 34).
A alternativa C está errada, visto que se trata de crime contra a flora, não crime ambiental de poluição
(art. 42).
A alternativa D está errada, considerando que se trata de crime ambiental de poluição, não crime
contra a flora (art. 55).
Comentários
A questão está errada, pois o fato de ele ter apanhado o animal por recreação não descaracteriza o
crime previsto no art. 29 da Lei nº 9.605/98:
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota
migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em
desacordo com a obtida
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Lembrando que a pena para tal crime é de detenção, de 6 meses a 1 ano, e multa.
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Comentários
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata
o art. 27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua
localização:
Os §§ 1º e 2º definem quais são as Unidades de Conservação de Proteção Integral e afirma que o dano
nessas Unidades será considerado agravante.
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As florestas nacionais são unidades de uso sustentável, conforme previsto na Lei nº 9.985/2000!
2. (FGV/PC-RN - 2021) João, conhecido latifundiário do interior do Estado Alfa, com vontade livre e
consciente, transformou em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do poder público,
para fins industriais, em desacordo com as determinações legais. Assim agindo, de acordo com a
Lei nº 9.605/1998, João:
a) praticou crime, cuja pena é de reclusão, de um a dois anos, e multa;
b) praticou crime, cuja pena é de detenção, de um a três anos, e multa;
c) não praticou crime, porque incide excludente de ilicitude, mas responde civil e
administrativamente;
d) não praticou crime, por falta de tipicidade de sua conduta, mas responde por infração
administrativa com sanção pecuniária de multa;
e) não praticou crime, porque a finalidade do ato foi para produção industrial, mas responde por
infração administrativa com sanção pecuniária de multa.
Comentários
A conduta narrada no enunciado adequa-se ao tipo penal previsto no art. 45 da Lei nº 9.605/98:
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do Poder Público,
para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordo com as
determinações legais:
Note que a penalidade estabelecida é de reclusão, de um a dois anos, e multa, sendo correta a
alternativa A, nosso gabarito.
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Comentários
A alternativa A está errada. pois causar dano a Unidades de Conservação também é punível na
modalidade culposa. O próprio art. 40 da Lei nº 9.605/98 prevê que, se o crime for culposo, a pena será
reduzida à metade (§ 3º).
A alternativa B está errada. Na verdade, quando ocorrer dano e afetar espécies ameaças de extinção
teremos circunstância agravante:
Art. 40, § 2º A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de
Conservação de Proteção Integral será considerada circunstância agravante para a fixação da pena.
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do
Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização.
A alternativa D está errada, porque o crime de provocar incêndio em mata ou floresta é tipificado pelo
art. 41, não pelo 40. Inclusive, as penas são diferentes:
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa.
A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de Conservação
de Proteção Integral será considerada circunstância agravante para a fixação da pena.
4. (IBFC/IAP-PR - 2021) De acordo com o art. 50 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que
dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao
meio ambiente, assinale a alternativa que apresenta a pena para quem destruir ou danificar
florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues, objeto de
especial preservação.
a) Reclusão, de dois anos a quatro anos e multa
b) Reclusão de três anos
c) Detenção, de três meses a um ano, e multa
d) Detenção, de um ano a dois anos, e multa
e) Detenção, de um ano a três anos
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Comentários
Para responder a questão, necessário conhecimento do art. 50, da Lei de Crimes Ambientais, que
preceitua:
Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora
de mangues, objeto de especial preservação:
Assim, a pena é de detenção (de modo que itens "a" e "b" estão incorretos), de 3 meses a 1 ano e multa
(itens "d" e "e' também incorretos). Desse modo, a alternativa C está correta e é o nosso gabarito.
Comentários
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa.
Logo, assertiva correta, ainda que a modalidade culposa tenha pena mais branda.
6. (AOCP/ITEP-RN - 2021) De acordo com a Lei n° 9.605/98, qual é a pena para quem penetrar em
Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para caça ou para
exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente?
a) Pena – detenção, de três a seis meses, e multa.
b) Apreensão dos instrumentos, multa e detenção de três meses a um ano.
c) Apreensão dos instrumentos, multa e detenção de dois anos.
d) Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.
e) Pena – detenção, de um a dois anos, e multa.
Comentários
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Para responder a questão, necessário conhecimento do art. 52, da Lei de Crimes Ambientais, que
preceitua:
Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para
caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente:
Comentários
O art. 52 da Lei nº 9.605/98 prevê como crime penetrar em Unidades de Conservação conduzindo
substâncias ou instrumentos próprios para caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais,
sem licença da autoridade competente. Note, portanto, que o mero adentrar da pessoa com uma arma,
como é o caso de João, já caracteriza o crime.
Assertiva correta.
8. (FCC/TRF 3ª REGIÃO - 2019) Ricardo e Mauro, donos de uma madeireira no estado de Goiás,
cortaram árvores e promoveram incêndios criminosos na floresta do Parque Nacional da Chapada
dos Veadeiros, e foram presos em flagrante pela polícia, seguindo-se o indiciamento pelos crimes
dos artigos 39 (Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem
permissão da autoridade competente) e 41 (Provocar incêndio em mata ou floresta), ambos da
Lei n° 9.605/1998. Para os fatos imputados a Ricardo e Mauro, se os crimes foram cometidos
durante a noite,
a) a pena é aumentada de um sexto a um terço.
b) a pena é aumentada em até um sexto.
c) a pena é aumentada até a metade.
d) não haverá qualquer aumento na pena prevista para os dois tipos penais.
e) a pena de detenção será substituída pela de reclusão, com majoração de um a dois terços.
Comentários
Deve-se saber que Ricardo e Mauro cometeram crime contra a flora e que todos os crimes contra a
flora possuem aumento de pena de um sexto a um terço se (art. 53):
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II - o crime é cometido:
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra somente no local da
infração;
9. (NC-UFPR/ITAIPU BINACIONAL/ 2019) Nos termos da Lei nº 9.605/98, o crime que somente pode
ser cometido na modalidade dolosa é:
a) destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação,
ou utilizá-la com infringência das normas de proteção.
b) provocar incêndio em mata ou floresta.
c) deixar, tendo o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse
ambiental.
d) causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à
saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora.
e) penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para caça
ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente.
Comentários
A alternativa A está errada, porque admite-se modalidade culposa para esse crime, conforme o
parágrafo único do art. 38.
A alternativa B está errada, diante da modalidade culposa prevista no parágrafo único do art. 41.
A alternativa C está errada, visto que esse crime também apresenta modalidade culposa, nos termos
do parágrafo único do art. 68.
A alternativa D está errada, considerando que o § 1º do art. 54 também prevê a modalidade culposa
para esse crime.
A alternativa E está correta e é o nosso gabarito, haja vista se tratar de crime que não admite
modalidade culposa. Afinal, fica difícil imaginar que alguém adentre Unidades de Conservação conduzindo
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substâncias ou instrumentos próprios para caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais
sem que tenha a intenção de fazê-lo.
Comentários
A alternativa A está errada, porque tal prática é um crime previsto no art. 50-A da Lei nº 9.605/98.
A alternativa B está errada, visto que a pena para tal crime é de reclusão, não de detenção.
A alternativa C está errada, considerando se tratar de um crime, não uma contravenção penal.
A alternativa D está errada, pois o crime está previsto em legislação federal, qual seja a Lei nº
9.605/98.
11. (FGV/TJ-MS - 2008) Assinale a afirmativa incorreta a respeito dos crimes ambientais.
a) Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação, sem licença
ou registro da autoridade competente: Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
b) Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação,
ou utilizá-la com infringência das normas de proteção: Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou
ambas as penas cumulativamente.
c) Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da
autoridade ambiental competente: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
d) Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à
saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena -
reclusão, de um a quatro anos, e multa.
e) Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em razão de
seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico
ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida: Pena -
detenção, de seis meses a um ano, e multa.
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Comentários
Segundo o art. 51, o crime de comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formas
de vegetação, sem licença ou registro da autoridade competente, possui pena de detenção, de três meses
a um ano, e multa.
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1. (FGV/PC-AM – 2022) José, de forma livre e consciente, causou poluição hídrica em níveis tais que
resultou em danos à saúde humana, sendo certo que o crime doloso praticado tornou necessária
a interrupção do abastecimento público de água da comunidade afetada.
De acordo com a legislação de regência, José praticou
a) crime ambiental e está sujeito a detenção de seis meses a três anos.
b) crime contra a saúde pública e está sujeito a reclusão de dois a quatro anos.
c) crime de menor potencial ofensivo e, caso preencha os requisitos legais, tem direito à transação
penal.
d) crime contra a saúde pública de menor potencial ofensivo e está sujeito a detenção de seis meses a
um ano.
e) crime ambiental e está sujeito a reclusão de um a cinco anos.
Comentários
A alternativa A está errada, pois se trata de crime ambiental sujeito a pena de reclusão, e não
detenção.
A alternativa B está errada, porque é crime ambiental específico, não crime contra a saúde pública.
Ademais, a necessidade de interrupção do abastecimento público de água pode majorar a pena para até 5
anos.
A alternativa C está errada., pois não se trata de crimes de menor potencial ofensivo.
A alternativa D está errada. Trata-se de crime ambiental específico, e não crime contra a saúde
pública. É punível com reclusão.
A alternativa E está correta e é o nosso gabarito. Trata-se do crime previsto no art. 54, §2º, III, da Lei
de Crimes Ambientais.
2. (FGV/PC-RN - 2021) Josué, garimpeiro, se utiliza de material tóxico para a lavra de ouro,
causando, com isso, a mortandade de peixes em lagoa contígua à jazida explorada. Nesse caso,
quanto à tipificação como crime ambiental, o ato:
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a) apenas será tipificado como crime caso a espécie de peixe atingida esteja no rol de animais com
risco de extinção;
b) apenas será tipificado como crime caso a lagoa esteja inserida em unidade de conservação de
proteção integral;
c) apenas será tipificado como crime caso praticada em local em que é vedada a lavra de ouro;
d) é tipificado como crime ambiental, sendo a pena agravada caso a mortandade tenha ocorrido em
período de defeso à fauna;
e) é tipificado como crime ambiental, salvo se a mortandade ocorrer em espécie de peixe que não seja
nativa da fauna do bioma atingido.
Comentários
A questão demanda conhecimento acerca do art. 54 da Lei de Crimes Ambientais, que assim dispõe:
==0==
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos
à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:
A alternativa A está errada., pois o crime tipificado no art. 54, ocorrerá independentemente de se
tratar de animais com risco de extinção.
A alternativa B está errada. Na verdade, caso a lagoa esteja inserida em unidade de conservação, será
aplicável a agravante prevista no art. 15, II, da Lei de Crimes Ambientais:
Lei 9.605, Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime
especial de uso;
A alternativa C está errada, uma vez que a tipificação do crime ocorre ainda que tenha sido praticado
em local onde a lavra de ouro seja permitida.
A alternativa D está correta e é o nosso gabarito. De fato, a prática da infração em período de defeso
à fauna é circunstância que agrava a pena, consoante disposto no art. 15, II, 'g", da Lei de Crimes Ambientais:
Lei 9.605, Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
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Comentários
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos
à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora.
4. (FGV/SENADO FEDERAL - 2008) Relativamente aos crimes contra o meio ambiente, analise as
afirmativas a seguir:
I. Nos crimes previstos na Lei 9.605/98, o baixo grau de instrução ou escolaridade do agente
constitui circunstância que atenua a pena.
II. Nos crimes previstos na Lei 9.605/98, a prática do crime no domingo é circunstância que agrava
a pena, quando não constitui ou qualifica o crime.
III. Constitui crime reformar estabelecimentos potencialmente poluidores, sem licença ou
autorização dos órgãos ambientais competentes.
IV. Constitui crime impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de
vegetação.
Assinale:
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Comentários
A afirmativa III está correta. Segundo o art. 60, é crime construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer
funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente
poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas
legais e regulamentares pertinentes:
A afirmativa IV está correta. O art. 48 tipifica o ato de impedir ou dificultar a regeneração natural de
florestas e demais formas de vegetação.
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Comentários
§2º Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou
privado mediante manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo
locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente e
a observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis pela
preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional.
A alternativa B está correta. Segundo o art. 3º, as pessoas jurídicas serão responsabilizadas
administrativa, civil e penalmente conforme o disposto na Lei, nos casos em que a infração seja cometida
por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício
da sua entidade.
A alternativa C está correta. O mencionado art. 38 prevê o crime de destruir ou danificar floresta
considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das
normas de proteção.
A alternativa D está correta. O art. 14 da Lei 9.605 apresenta as circunstâncias que atenuam a pena e
o art. 15 prevê as circunstâncias agravantes.
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2. (CEBRASPE/MPE-SC - 2021) Com relação a uma casa hipotética situada em um centro histórico
municipal que constitui área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN), julgue o item subsequente, com base nas disposições legais relacionadas ao tema e na
jurisprudência do STJ.
Eventual conduta de pichar o referido imóvel configurará crime ambiental penalizado com detenção, de
seis meses a um ano, e multa.
Comentários
O art. 65 da Lei nº 9.605/98 prevê como crime pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou
monumento urbano, sob pena de detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.
Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico,
arqueológico ou histórico, a pena é de 6 meses a 1 ano de detenção e multa.
==0==
Comentários
Para mim a questão está mal feita. Isso porque o art. 65 da Lei nº 9.605/98 prevê como crime pichar
ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano, sob pena de detenção, de 3 meses a 1 ano,
e multa.
No caso do grafite, o § 2º do mesmo artigo determina que não é considerado crime se for realizado
com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que
consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de
bem público, com a autorização do órgão competente e a observância das posturas municipais e das normas
editadas pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio
histórico e artístico nacional.
Percebam, então, que, para o grafite não ser considerado crime, as condicionantes supramencionadas
devem ser obedecidas. Ocorre que a questão não citou qualquer condicionante prevista no art. 65, ao que
poderia ser interpretada como correta, uma vez que o grafite que não obedeça a tais condicionantes pode
ser considerado uma conspurcação de edificação ou monumento urbano.
Como a questão não disse nada, poder-se-ia interpretar de ambas as formas. De qualquer modo, a
questão foi considerada errada pela banca examinadora.
4. (FGV/ALERJ – 2017) Durante o curso de obra de reforma de edifício comercial privado, ocorrem
consideráveis modificações no prédio vizinho, pertencente à Assembleia Legislativa Estadual,
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bem administrativamente protegido por seu valor histórico e cultural, com a completa destruição
de sua faixada original.
Sobre essa infração, é correto afirmar que:
a) há responsabilidade nas esferas civil e administrativa, sendo certo que a capacidade econômica do
infrator não tem repercussão no valor da multa a ser aplicada;
b) a pessoa jurídica encarregada da obra responderá nas esferas civil e administrativa, sendo certo que
a responsabilização da pessoa jurídica exclui a da pessoa física autora do ato;
c) o autor do ato responde civil, administrativa e criminalmente pelo ato, ainda que sua prática tenha
sido culposa, caso em que haverá redução de pena;
d) o autor do ato responde civil e administrativamente, independentemente de culpa, incidindo
também em ato criminoso, caso a conduta tenha visado à obtenção de vantagem pecuniária;
e) a pessoa jurídica encarregada da obra responderá nas esferas civil, administrativa e penal,
independentemente da existência de culpa, pela destruição do patrimônio público.
Comentários
Destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por ato administrativo é crime contra
o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural (art. 62 da Lei n° 9.605/1998).
Se o crime for culposo, a pena a ser aplicada é de 6 meses a 1 ano de detenção, sem prejuízo da multa
conforme disposto no art. 62, parágrafo único.
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Comentários
A afirmativa 2 está errada, porque a pena para tais crimes é de detenção de 6 meses a 1 ano, e multa,
não 1 a 5 anos.
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c) crime de peculato.
d) crime funcional contra a administração ambiental.
Comentários
O art. 66 da Lei nº 9.605/98 prevê como crime o funcionário público fazer afirmação falsa ou enganosa,
omitir a verdade, sonegar informações ou dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou
de licenciamento ambiental.
Lembrando que a pena para tal crime contra a administração ambiental é reclusão, de um a três anos,
e multa.
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Comentários
O item I está errado. Trata-se de uma penalidade administrativa válida, conforme se vê no art. 72, V,
da Lei de Crimes Ambientais:
Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art.
6º:
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Art. 71. O processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar os seguintes prazos
máximos: I - vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados da
data da ciência da autuação;
O item III está errado, porque devem ser aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas, e
não a mais grave aumentada em 1/3 (art. 72, § 1º).
§ 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promover a sua
apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de corresponsabilidade.
Comentários
Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art.
6º:
I - advertência;
II - multa simples;
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XI - restritiva de direitos.
3. (CEBRASPE/PREFEITURA DE BOA VISTA -RR - 2019) Rafaela capturou, para sua criação
doméstica de pássaros, duas jandaias amarelas, espécie que consta na lista federal de fauna
ameaçada de extinção. João, fiscal do órgão ambiental competente, assistiu à captura dos
animais, mas, por amizade a Rafaela, omitiu-se. Tempo depois, Rafaela, residente em Boa Vista
– RR, decidiu pedir autorização para a guarda dos pássaros à Secretaria de Serviços Públicos e
Meio Ambiente do Município de Boa Vista. No momento da solicitação, ela relatou ter tido a
permissão de João para levar para casa as duas aves.
Acerca dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir à luz da lei que regulamenta crimes
ambientais, do Decreto n.º 6.514/2008 e do entendimento dos tribunais superiores.
João, o fiscal que teve conhecimento da captura irregular dos pássaros, mas não impediu a conduta,
responderá solidariamente com Rafaela.
Comentários
Lembre-se que a autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a
promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de
corresponsabilidade, nos termos do art. 70, § 3º, da Lei nº 9.605/98.
Comentários
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V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos.
c) 05 dias.
d) 15 dias.
e) 02 dias.
Comentários
Segundo o art. 71 da Lei nº 9.605/98, o prazo máximo para o pagamento de multa, contados da data
do recebimento da notificação, é de 5 dias. Assim, a alternativa C está correta e é o nosso gabarito.
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Comentários
A afirmativa II está errada, pois tal prazo é de 30 dias, não 60 (art. 71, II).
Portanto, apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas, sendo a alternativa C o nosso gabarito.
Comentários
A afirmativa I está errada, pois, se o infrator cometer, simultaneamente, mais de uma infração, as
sanções devem ser aplicadas cumulativamente, conforme art. 72, §1º.
A afirmativa II está errada, visto que, para apurar as infrações administrativas ambientais, a
Administração Pública conta com o prazo de 5 anos, a contar data da prática do ato, ou, no caso de infração
permanente ou continuada, do dia em que esta tiver cessado. Se a infração também constituir crime, o
prazo será o estabelecido pela lei penal.
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A afirmativa III está correta, O art. 72 da Lei 9.605 estabelece um rol de sanções, entre as quais
as multas e a demolição da obra.
Portanto, apenas a afirmativa III está correta, sendo a alternativa A o nosso gabarito.
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e) Totalmente incorreta.
3. (INSTITUTO AOCP/SANESUL – 2021) No ano passado, imagens divulgadas em redes sociais que
retratavam centenas de peixes mortos no Rio Delta desencadearam ação investigativa da Polícia
Civil e da Vigilância Sanitária local. Com o auxílio de imagens captadas por drones, a investigação
foi concluída meses depois e a Companhia de Saneamento Alfa do Estado de Beta foi indiciada
por ter dispensado esgoto no leito do Rio Delta. De acordo com a autoridade policial, o
escoamento irregular do esgoto sanitário contaminou a água e causou a morte dos peixes e a
erosão do solo, além dos danos às pessoas moradoras da região por conta da contaminação da
água. Segundo a Companhia, o extravasamento do esgoto foi causado por uma falha
eletromecânica na estação elevatória durante a madrugada. A Companhia assegurou que realiza
ações cotidianas que podem reduzir a possibilidade de ocorrência de extravasamento de esgoto,
mas que equipamentos estão sujeitos a falhas. Nesse cenário e em conformidade com a Lei
Federal n° 9.605/1998, que dispõe sobre as sanções penais derivadas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente, assinale a alternativa correta.
a) A responsabilidade penal das pessoas físicas e jurídicas pelo cometimento de infração penal
ambiental independe de dolo ou culpa.
b) As pessoas jurídicas podem ser penalmente responsabilizadas quando a infração penal ambiental
tiver sido cometida por decisão de seu representante legal ou contratual ou de seu órgão colegiado, no
interesse ou benefício da entidade, sendo que a responsabilidade da pessoa jurídica exclui a das pessoas
físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato.
c) Não constitui crime provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o
perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas
jurisdicionais brasileiras.
d) A ação penal motivada por infração penal ambiental é pública condicionada à representação do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.
e) Pelo extravasamento do esgoto sanitário no Rio Delta, o diretor da Companhia de Saneamento Alfa
do Estado de Beta pode ser criminalmente responsabilizado se sabia da conduta criminosa de outrem e,
mesmo podendo agir para evitá-la, deixou de impedir a sua prática.
4. (CEBRASPE/PGE-CE – 2021) A respeito dos crimes contra o meio ambiente — Lei n.º 9.605/1998
—, assinale a opção correta.
a) O abate de animal não constitui crime quando realizado para proteger lavouras, pomares e
rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, independentemente de autorização da autoridade
competente.
b) A responsabilização penal de pessoa jurídica por crimes contra o meio ambiente depende de que a
infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual ou de seu órgão colegiado e,
também, de que seja cometida no interesse ou benefício da sua entidade.
c) A suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de
liberdade não superior a cinco anos.
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6. (FGV/TJ-RJ – 2017) Em operação conjunta do IBAMA com a Polícia Federal, foi identificada uma
área de desmate onde, de acordo com o que consta do registro do imóvel rural, seria de
==0==
preservação permanente. Com vista à responsabilização da pessoa jurídica e física, nos termos da
Lei nº 9.605/1998, que dispõe sobre sanções penais e administrativas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente, assinale a alternativa correta.
a) É possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais independentemente
da responsabilização concomitante da pessoa física que agiu em nome da empresa.
b) A responsabilização penal da pessoa jurídica somente poderá se impor se simultaneamente houver
a responsabilização da pessoa física, dado que se trata de responsabilidade penal objetiva.
c) Em havendo responsabilização penal conjunta da pessoa jurídica e física, a penalização desta última
deve seguir a da primeira, uma vez que a elas são atribuídas os mesmos riscos.
d) A responsabilização penal da pessoa física, desvinculada da responsabilização da pessoa jurídica,
somente poderá ocorrer em caráter comissivo, não se admitindo o caráter omissivo.
e) A responsabilização penal de membro do conselho de administração não concorre com a do
preposto que agiu de forma criminosa pela falta de relação entre as funções exercidas em caráter comissivo,
não se admitindo o caráter omissivo.
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GABARITO
1. E
2. C
3. E
4. B
5. ERRADA
6. A
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2. (CEBRASPE/DPE-PI – 2022) De acordo com a Lei n.º 9.605/1998, na hipótese de, após o
recebimento da denúncia, o autor de um crime ambiental manifestar o seu arrependimento e
promover espontaneamente a reparação do dano causado, tal circunstância, por si só,
a) autorizará a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
b) justificará a suspensão condicional da pena.
c) servirá como uma atenuante da pena.
d) caracterizará o crime como de menor potencial ofensivo.
e) será uma excludente de ilicitude.
3. (CEBRASPE/DPE-PI – 2022) João Paulo, agricultor humilde de 46 anos de idade, foi denunciado
pelo Ministério Público, com base no artigo 29, §1º, III, da Lei nº 9.605/1998, por vender, na feira
livre dominical da cidade de Picos — PI, cinco aves surucuá-de-barriga-vermelha (espécie silvestre
comum e não ameaçada de extinção) oriundas de um criadouro não autorizado.
À luz da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), assinale a opção correta, considerando a
situação hipotética apresentada.
I. Tendo em vista que se trata de espécie silvestre não ameaçada de extinção, o juiz pode,
conforme as circunstâncias, deixar de aplicar a pena a João Paulo.
II. A pena pode ser aumentada de metade, uma vez que o delito foi praticado contra espécie
silvestre.
III. O baixo grau de instrução ou escolaridade de João Paulo são circunstâncias que atenuam
a pena.
IV. O fato de o delito ter sido praticado em um domingo é circunstância que agrava a pena.
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5. (IBFC/IAP-PR – 2021) De acordo com a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre
as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente,
no Capítulo II as penas restritivas de direito são autônomas e substituem as privativas de
liberdade em determinadas situações. Dentre as penas restritivas de direito mencionadas no
Capítulo II – DA APLICAÇÃO DA PENA, a prestação pecuniária consiste no pagamento em
dinheiro à vítima ou à entidade pública ou privada com fim social, não inferior a um salário mínimo
nem superior a _____ salários mínimos.
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
a) Cento e vinte
b) Trezentos e sessenta
c) Duzentos e quarenta
d) Cento e oitenta
e) Quatrocentos e oitenta
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6. (PM-MT/PM-MT - 2021) Segundo a Lei nº 9.605/1998 e alterações, conhecida como Lei de Crimes
Ambientais, quanto às penas restritivas de direito aplicáveis ao infrator pessoa física, é correto
afirmar:
a) A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às prescrições
legais.
b) A prestação de serviços à comunidade é pena prevista para danos à coisa pública ou tombada, mas
não se aplica em caso de dano de coisa particular.
c) A prestação pecuniária, consistente no pagamento em dinheiro de importância fixada pelo juiz, não
se destina à vítima, mas à entidade pública ou privada com fim social.
d) É prevista pena de interdição temporária de direito consistente em proibição de participar de
licitações, pelo prazo máximo de dois anos.
e) O condenado à pena de recolhimento domiciliar deverá, sob vigilância, trabalhar, frequentar curso
ou exercer atividade autorizada.
7. (FCC/TJ-GO – 2021) José Bento, que cursou até a terceira série do ensino fundamental, foi
denunciado por adentrar, sem autorização, um Refúgio da Vida Silvestre portando um facão.
Confessou que sabia da ilegalidade da conduta, mas sua intenção era colher sementes para
confecção de artesanato. A ação penal deverá ser julgada
a) procedente com circunstância atenuante.
b) procedente com aplicação do perdão judicial.
c) improcedente pela atipicidade formal do fato.
d) improcedente pela ausência de dolo.
e) procedente com aplicação da pena dentro do balizamento trazido pelo tipo penal, sem
circunstâncias agravantes ou atenuantes.
8. (NC-UFPR/PC-PR - 2021) I.R. foi acusado pela prática do crime descrito no art. 54 da Lei
9.605/98 (Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em
danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa
da flora. Pena: reclusão, de um a quatro anos, e multa). Narra a denúncia que I.R. teria, de forma
dolosa, adredemente combinado com D.L., causado poluição na área da Reserva Indígena Tekohá
Añetete, localizada em Diamante D’Oeste – PR. Considerando as informações apresentadas,
assinale a alternativa correta.
a) Ainda que I.R. tenha praticado crime de menor potencial ofensivo, é incabível a transação penal,
visto que o crime foi praticado dentro de reserva indígena.
b) Por determinação expressa da lei, I.R. não poderá ser beneficiado pela suspensão condicional da
pena.
c) Por se tratar de crime ocorrido dentro de reserva indígena, a ação penal resta condicionada à
representação da Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
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d) Eventual sentença condenatória em desfavor de I.R. poderá fixar valor mínimo para reparação dos
danos causados pela infração.
e) I.R. poderá ser beneficiado com a suspensão condicional do processo, caso efetue a prévia
composição do dano ambiental.
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22. (FCC/DPE-MA - 2018) Sobre a aplicação da pena na Lei de Crimes Ambientais (Lei n° 9.605/98), é
correto afirmar que
a) a pena privativa de liberdade de até quatro anos pode ser substituída por pena restritiva de direitos.
b) são circunstâncias atenuantes a prática do crime em período noturno e a colaboração com os
agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.
c) são circunstâncias agravantes a prática do crime em domingos e o baixo grau de instrução do
agente.
d) o recolhimento domiciliar é espécie de pena restritiva de direitos e não se confunde com a prisão
domiciliar aplicável em caso de regime aberto.
e) a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de
liberdade não superior a quatro anos.
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24. (FCC/DPE-AM - 2018) São circunstâncias que atenuam a pena nos crimes ambientais,
a) a não obtenção de vantagem pecuniária e a colaboração com os agentes encarregados da vigilância
e do controle ambiental.
b) a prática do crime fora do período de defeso à fauna e o baixo impacto ambiental da conduta.
c) o emprego de métodos não cruéis para captura de animais e o arrependimento do infrator.
d) a confissão e o dano restrito à área urbana.
e) o baixo grau de instrução ou escolaridade do agente e a comunicação prévia pelo agente do perigo
iminente de degradação ambiental.
25. (FGV/AL-RO – 2018) Januário é autuado pela autoridade competente por destruir floresta
considerada de preservação permanente.
==0==
Com relação às circunstâncias que podem agravar a aplicação da pena de Januário, analise as
afirmativas a seguir.
I. A ação foi praticada com a intenção de obter vantagem pecuniária.
II. A ação foi facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.
III. A ação foi praticada por agente com alto grau de instrução ou escolaridade.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I e III, apenas.
26. (FGV/INEA-RJ – 2013) A Lei n. 9.605/98 trata de crimes contra o meio ambiente e de infrações
administrativas ambientais.
Nos termos deste diploma legal, assinale a afirmativa correta.
a) A pessoa jurídica só pode ser responsabilizada quando houver intervenção de uma pessoa física,
que atua em nome e em benefício do ente moral, em crimes culposos e dolosos.
b) A Lei ambiental previu, para as pessoas jurídicas, penas autônomas de multas, de prestação de
serviços à comunidade, restritivas de direito, liquidação forçada e desconsideração da pessoa jurídica.
c) A responsabilidade das pessoas jurídicas exclui a das pessoas físicas, autoras coautoras ou partícipes
do mesmo fato.
d) A responsabilidade penal pelo cometimento de crimes ambientais é objetiva.
e) Os delitos elencados no referido diploma legal são de autoria singular e, portanto, cometidos
apenas por um único agente.
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27. (FGV/TJ-MS – 2008) Segundo a Lei 9605/98, as penas restritivas de direito por condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente estão relacionadas nas alternativas a seguir, à exceção de
uma. Assinale-a.
a) prestação de serviços à comunidade
b) interdição temporária de direitos
c) prestação pecuniária não inferior a um salário mínimo nem superior a quatrocentos e vinte salários
mínimos
d) suspensão parcial ou total de atividades
e) recolhimento domiciliar
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GABARITO
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1. (FGV/PC-AM - 2022) João praticou crime ambiental de maus-tratos contra animais silvestres,
consistentes em cinco micos-leões-dourados encontrados machucados e desnutridos. Os animais
foram devidamente apreendidos pela Autoridade Policial responsável pela operação, que lavrou
o respectivo auto.
Conforme dispõe a legislação de regência e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os
animais serão
a) libertados em seu habitat, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas,
para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados ou abatidos imediatamente,
mediante decisão discricionária da autoridade policial.
b) libertados em seu habitat, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas,
para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados ou abatidos imediatamente,
mediante decisão judicial, ouvidos previamente todos os policiais que participaram da operação.
c) entregues a fiel depositário que demonstre aptidão técnica para recebê-los, até que sejam
libertados em seu habitat ou colocados em jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas,
sendo constitucional a interpretação da legislação federal que possibilita o abate imediato de animais
apreendidos em situação de maus-tratos.
d) prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por
questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e
cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados, de maneira que é constitucional a interpretação da
legislação federal que possibilita o abate imediato de animais apreendidos em situação de maus-tratos.
e) prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por
questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e
cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados, de maneira que é inconstitucional a interpretação
da legislação federal que possibilita o abate imediato de animais apreendidos em situação de maus-tratos.
2. (PM-MT/PM-MT - 2021) Nos termos da Lei nº 9.605/1998 e alterações, conhecida como Lei de
Crimes Ambientais, os instrumentos utilizados na prática da infração ambiental, que forem
apreendidos pela fiscalização, serão
a) imediatamente destruídos.
b) descaracterizados e destruídos.
c) avaliados e doados para instituições públicas.
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d) Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos para voltarem à sociedade com o
mesmo fim, independente da sua descaracterização por meio da reciclagem.
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GABARITO
1. E
2. E
3. A
4. A
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2. (FCC/CLDF - 2018) A Lei dos Crimes Ambientais foi a primeira legislação que criminalizou a
conduta praticada pelas pessoas jurídicas, a despeito de toda a discussão que envolve a
responsabilização penal de entidade que, por ficção, adquire personalidade jurídica, nos termos
do que prescreve o artigo 3° da Lei n° 9.605/1998. Com base nessas informações:
a) A pena aplicada para a pessoa jurídica, de proibição de contratar com o Poder Público, não poderá
exceder 10 anos, prorrogáveis por mais 10 anos, a critério do juiz da execução criminal.
b) A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou
ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será
considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional.
c) A responsabilidade das pessoas jurídicas exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou
partícipes do mesmo fato.
d) É incabível a fixação de prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica, cuja pena criminal
só se limita a penas restritivas de direito.
e) A ação penal é pública incondicionada, quando o réu for pessoa física, e pública condicionada a
representação do Ministério da Justiça ou órgão estadual similar, para as pessoas jurídicas.
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GABARITO
1. D
2. B
==0==
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2. (CEBRASPE/DPE-PA - 2022) Aquele que perseguir espécimes nativos da fauna silvestre sem a
devida permissão estará sujeito a pena de
a) reclusão, somente.
b) reclusão e multa.
c) detenção ou multa.
d) detenção e multa.
e) detenção com aumento e multa.
4. (FAUEL/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS - 2021) Assinale, com base na lei dos crimes
contra o meio ambiente (Lei 9.605/1998 e suas alterações), a conduta abaixo descrita que NÃO
configura crime:
a) O abate de animal em vias de extinção, ainda que por pessoa em estado de necessidade, para saciar
sua fome ou de sua família.
b) Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente.
c) Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano.
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5. (IBFC/IAP-PR - 2021) De acordo com o art. 32 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que
dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao
meio ambiente, assinale a alternativa que apresenta a pena para quem praticar ato de abuso,
maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou
exóticos.
a) Reclusão, de um a três anos, e multa
b) Reclusão de um ano a cinco anos
c) Reclusão, de dois a quatro anos, e multa
d) Detenção, de três meses a um ano, e multa
e) Detenção, de dois meses a dois anos, e multa
6. (INSTITUTO MAIS/SETEC CAMPINAS - 2021) Suponha que Carlos praticou maus-tratos contra um
animal doméstico. De acordo com a Lei de Crimes contra o meio ambiente, é correto afirmar que,
hipoteticamente, Carlos cometeu crime:
a) sujeito à pena de detenção, de três meses a um ano, e multa, e a pena será aumentada de um sexto
a um terço, se ocorre morte do animal.
b) sujeito à ação penal pública condicionada à representação.
c) punido com pena de reclusão e caso sua conduta criminosa tenha sido realizada em sábados ou
domingos tal circunstância agravará a pena.
d) punido com pena de detenção, sujeito à ação penal privada e caso ele tenha baixo grau de instrução,
tal circunstância agravará a pena.
7. (CEBRASPE/PREFEITURA DE BOA VISTA -RR - 2019) Rafaela capturou, para sua criação
doméstica de pássaros, duas jandaias amarelas, espécie que consta na lista federal de fauna
ameaçada de extinção. João, fiscal do órgão ambiental competente, assistiu à captura dos
animais, mas, por amizade a Rafaela, omitiu-se. Tempo depois, Rafaela, residente em Boa Vista
– RR, decidiu pedir autorização para a guarda dos pássaros à Secretaria de Serviços Públicos e
Meio Ambiente do Município de Boa Vista. No momento da solicitação, ela relatou ter tido a
permissão de João para levar para casa as duas aves.
Acerca dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir à luz da lei que regulamenta crimes
ambientais, do Decreto n.º 6.514/2008 e do entendimento dos tribunais superiores.
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Em razão da captura das duas jandaias amarelas, Rafaela responderá por crime contra a fauna e poderá
cumprir pena de detenção.
9. (FCC/TJ-AL - 2019) Suponha que tenha sido editada uma lei estadual capitulando como crime a
caça e o abate de animais em todo o Estado, em áreas públicas ou privadas, inclusive em relação
a espécies exóticas invasoras. A constitucionalidade do referido diploma foi contestada em face
do seu potencial de dano ao meio ambiente, eis que espécies já reconhecidamente nocivas, como
o javali, vêm se proliferando de forma desordenada e causando danos efetivos à biodiversidade,
além de risco à segurança e saúde da população de áreas rurais. Para a avaliação do apontado
vício de inconstitucionalidade, cumpre considerar que
a) a legislação estadual afigura-se compatível com as normas gerais editadas pela União sobre crimes
ambientais (Lei federal n° 9.605/1998) que proíbem a caça para controle populacional, independentemente
de tratar-se de espécie nociva, admitindo apenas medidas de mitigação como captura e esterilização dos
animais.
b) o Estado, no exercício da competência concorrente, possui ampla liberdade para definir e tipificar
as condutas lesivas à sua fauna nativa, independentemente da tipificação da legislação federal,
especialmente em relação às denominadas espécies exóticas, expressamente excluídas da proteção
estabelecida pela Lei n° 9.605/1998.
c) a legislação federal que tipifica os crimes contra o meio ambiente, editada ao amparo da
competência da União para estabelecer normas gerais de proteção da fauna e do meio ambiente (Lei n°
9.605/1998), não considera crime a caça de animais nocivos, desde que assim caracterizados pelo órgão
competente.
d) o Estado não possui competência para legislar sobre a matéria, que é privativa da União, e já
integralmente exercida nos termos da Lei federal n° 9.605/1998, que admite expressamente a caça e o abate
do javali e de outras espécies nocivas elencadas em rol taxativo anexo ao referido diploma federal.
e) a legislação federal que dispõe sobre sanções a condutas e atividades lesivas ao meio ambiente (Lei
n° 9.605/1998) disciplinou, de forma exaustiva, as hipóteses de proibição da caça, vedando apenas a caça
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esportiva e aquela com finalidade meramente recreativa, não havendo, assim, espaço para os estados
legislarem sobre o tema em caráter suplementar.
11. (VUNESP/PREFEITURA DE POÁ-SP - 2019) Juarez mora num município paupérrimo, sendo que
sua família vive em estado de miserabilidade. Para saciar a fome de sua família, andou por mais
de 30 quilômetros até a beira de um rio, e no limite de suas forças conseguiu caçar um jacaré, que
está ameaçado de extinção. Ao levar o animal para sua casa, foi abordado pela polícia local.
Nesse contexto, e de acordo com a interpretação gramatical da legislação federal sobre o tema,
é correto afirmar que
a) Juarez não cometeu crime, pois, para saciar a fome de sua família, podem ser abatidos inclusive
animais silvestres ameaçados de extinção, por se tratar de estado de necessidade.
b) o fato de o animal caçado ser ameaçado de extinção torna qualificado o crime cometido por Juarez.
c) o crime cometido por Juarez deve ser apurado mediante ação penal pública condicionada a
representação.
d) apesar de a conduta ser qualificada como crime, o fato de Juarez ter caçado para sobrevivência de
sua família reduzirá a pena à metade.
e) o crime praticado por Juarez deverá ter sua pena aumentada em 2/3 por ter sido a caça praticada
contra espécie ameaçada de extinção.
12. (UNESC/FLAMA-SC - 2019) Sobre a Lei de Crimes Ambientais nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998,
a qual dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas
ao meio ambiente é correto afirmar:
a) São consideradas contravenções penais as condutas praticadas contra a fauna, tais como: matar,
perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, mesmo que
com a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida.
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b) São considerados crimes contra a flora destruir ou danificar floresta considerada de preservação
permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção, exceto
quando for detentor de licença administrativa irrevogável expedida pelo Poder Público Municipal.
c) São considerados crimes contra a fauna pescar espécies que devam ser preservadas ou espécimes
com tamanhos inferiores aos permitidos, exceto quando for detentor de licença administrativa irrevogável
expedida pelo Poder Público Municipal.
d) São considerados crimes contra a fauna pescar mediante a utilização de explosivos ou substâncias
que, em contato com a água, produzam efeito semelhante.
13. (CONSULPAM/PREFEITURA DE VIANA-ES - 2019) Acerca dos crimes ambientais, conforme a Lei
9.605/98 (Lei de crimes ambientais), assinale a alternativa CORRETA:
a) Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da
autoridade ambiental competente constitui crime ambiental contra a fauna.
b) Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente
constitui crime ambiental contra a flora.
c) Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais
formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano constitui crime
ambiental de poluição.
d) Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização,
permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida constitui crime ambiental contra a flora.
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GABARITO
1. CORRETA 6. A 11. A
2. D 7. CORRETA 12. D
3. ERRADA 8. A 13. A
4. A 9. C 14. ERRADA
5. D 10. B
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2. (FGV/PC-RN - 2021) João, conhecido latifundiário do interior do Estado Alfa,com vontade livre e
consciente, transformou em carvão madeira de lei,assim classificada por ato do poder público,
para fins industriais, em desacordo com as determinações legais. Assim agindo, de acordo com a
Lei nº 9.605/1998, João:
a) praticou crime, cuja pena é de reclusão, de um a dois anos, e multa;
b) praticou crime, cuja pena é de detenção, de um a três anos, e multa;
c) não praticou crime, porque incide excludente de ilicitude, mas responde civil e
administrativamente;
d) não praticou crime, por falta de tipicidade de sua conduta, mas responde por infração
administrativa com sanção pecuniária de multa;
e) não praticou crime, porque a finalidade do ato foi para produção industrial, mas responde por
infração administrativa com sanção pecuniária de multa.
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4. (IBFC/IAP-PR - 2021) De acordo com o art. 50 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que
==0==
6. (AOCP/ITEP-RN - 2021) De acordo com a Lei n° 9.605/98, qual é a pena para quem penetrar em
Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para caça ou para
exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente?
a) Pena – detenção, de três a seis meses, e multa.
b) Apreensão dos instrumentos, multa e detenção de três meses a um ano.
c) Apreensão dos instrumentos, multa e detenção de dois anos.
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8. (FCC/TRF 3ª REGIÃO - 2019) Ricardo e Mauro, donos de uma madeireira no estado de Goiás,
cortaram árvores e promoveram incêndios criminosos na floresta do Parque Nacional da Chapada
dos Veadeiros, e foram presos em flagrante pela polícia, seguindo-se o indiciamento pelos crimes
dos artigos 39 (Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem
permissão da autoridade competente) e 41 (Provocar incêndio em mata ou floresta), ambos da
Lei n° 9.605/1998. Para os fatos imputados a Ricardo e Mauro, se os crimes foram cometidos
durante a noite,
a) a pena é aumentada de um sexto a um terço.
b) a pena é aumentada em até um sexto.
c) a pena é aumentada até a metade.
d) não haverá qualquer aumento na pena prevista para os dois tipos penais.
e) a pena de detenção será substituída pela de reclusão, com majoração de um a dois terços.
9. (NC-UFPR/ITAIPU BINACIONAL/ 2019) Nos termos da Lei nº 9.605/98, o crime que somente pode
ser cometido na modalidade dolosa é:
a) destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação,
ou utilizá-la com infringência das normas de proteção.
b) provocar incêndio em mata ou floresta.
c) deixar, tendo o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse
ambiental.
d) causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à
saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora.
e) penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para caça
ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente.
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11. (FGV/TJ-MS - 2008) Assinale a afirmativa incorreta a respeito dos crimes ambientais.
a) Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação, sem licença
ou registro da autoridade competente: Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
b) Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação,
ou utilizá-la com infringência das normas de proteção: Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou
ambas as penas cumulativamente.
c) Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da
autoridade ambiental competente: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
d) Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à
saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena -
reclusão, de um a quatro anos, e multa.
e) Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em razão de
seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico
ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida: Pena -
detenção, de seis meses a um ano, e multa.
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GABARITO
1. D 5. CORRETA 9. E
2. A 6. D 10. E
3. E 7. CORRETA 11. A
4. C 8. A
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1. (FGV/PC-AM – 2022) José, de forma livre e consciente, causou poluição hídrica em níveis tais que
resultou em danos à saúde humana, sendo certo que o crime doloso praticado tornou necessária
a interrupção do abastecimento público de água da comunidade afetada.
De acordo com a legislação de regência, José praticou
a) crime ambiental e está sujeito a detenção de seis meses a três anos.
b) crime contra a saúde pública e está sujeito a reclusão de dois a quatro anos.
c) crime de menor potencial ofensivo e, caso preencha os requisitos legais, tem direito à transação
penal.
d) crime contra a saúde pública de menor potencial ofensivo e está sujeito a detenção de seis meses a
um ano.
e) crime ambiental e está sujeito a reclusão de um a cinco anos.
2. (FGV/PC-RN - 2021) Josué, garimpeiro, se utiliza de material tóxico para a lavra de ouro,
causando, com isso, a mortandade de peixes em lagoa contígua à jazida explorada. Nesse caso,
quanto à tipificação como crime ambiental, o ato:
a) apenas será tipificado como crime caso a espécie de peixe atingida esteja no rol de animais com
risco de extinção;
b) apenas será tipificado como crime caso a lagoa esteja inserida em unidade de conservação de
proteção integral;
c) apenas será tipificado como crime caso praticada em local em que é vedada a lavra de ouro;
d) é tipificado como crime ambiental, sendo a pena agravada caso a mortandade tenha ocorrido em
período de defeso à fauna;
e) é tipificado como crime ambiental, salvo se a mortandade ocorrer em espécie de peixe que não seja
nativa da fauna do bioma atingido.
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4. (FGV/SENADO FEDERAL - 2008) Relativamente aos crimes contra o meio ambiente, analise as
afirmativas a seguir:
I. Nos crimes previstos na Lei 9.605/98, o baixo grau de instrução ou escolaridade do agente
constitui circunstância que atenua a pena.
II. Nos crimes previstos na Lei 9.605/98, a prática do crime no domingo é circunstância que agrava
a pena, quando não constitui ou qualifica o crime.
III. Constitui crime reformar estabelecimentos potencialmente poluidores, sem licença ou
autorização dos órgãos ambientais competentes.
IV. Constitui crime impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de
vegetação.
Assinale:
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.
e) se apenas a afirmativa II estiver correta.
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GABARITO
1. E
2. D
3. A
4. D
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2. (CEBRASPE/MPE-SC - 2021) Com relação a uma casa hipotética situada em um centro histórico
municipal que constitui área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN), julgue o item subsequente, com base nas disposições legais relacionadas ao tema e na
jurisprudência do STJ.
Eventual conduta de pichar o referido imóvel configurará crime ambiental penalizado com detenção, de
seis meses a um ano, e multa.
4. (FGV/ALERJ – 2017) Durante o curso de obra de reforma de edifício comercial privado, ocorrem
consideráveis modificações no prédio vizinho, pertencente à Assembleia Legislativa Estadual,
bem administrativamente protegido por seu valor histórico e cultural, com a completa destruição
de sua faixada original.
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1. A
2. CORRETA
3. ERRADA
4. C
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==0==
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1. D
2. D
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e) constritiva de direitos.
3. (CEBRASPE/PREFEITURA DE BOA VISTA -RR - 2019) Rafaela capturou, para sua criação
doméstica de pássaros, duas jandaias amarelas, espécie que consta na lista federal de fauna
ameaçada de extinção. João, fiscal do órgão ambiental competente, assistiu à captura dos
animais, mas, por amizade a Rafaela, omitiu-se. Tempo depois, Rafaela, residente em Boa Vista
– RR, decidiu pedir autorização para a guarda dos pássaros à Secretaria de Serviços Públicos e
Meio Ambiente do Município de Boa Vista. No momento da solicitação, ela relatou ter tido a
permissão de João para levar para casa as duas aves.
Acerca dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir à luz da lei que regulamenta crimes
ambientais, do Decreto n.º 6.514/2008 e do entendimento dos tribunais superiores.
João, o fiscal que teve conhecimento da captura irregular dos pássaros, mas não impediu a conduta,
==0==
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II. O processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar o prazo máximo
de 60 dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua
lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação.
III. São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo
administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio
Ambiente − SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das
Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.
IV. Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às
autoridades competentes para efeito do exercício do seu poder de polícia.
Está correto o que consta em
a) I, II e IV, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II e III, apenas.
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GABARITO
1. D 5. C
2. C 6. C
3. CORRETA 7. A
4. C
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