Aula12 Matrizes Determinantes
Aula12 Matrizes Determinantes
Aula12 Matrizes Determinantes
Livro Digital
e Determinantes
ITA/IME 2020
Professor Victor So
Professor Victor So
Aula 12: ITA/IME 2020
Sumário
Introdução ............................................................................................................... 3
1. Matrizes ............................................................................................................... 4
1.1. Noção Básica ................................................................................................................... 4
1.2. Lei de Formação .............................................................................................................. 5
1.3. Tipos de matrizes ............................................................................................................ 5
1.4. Igualdade entre Matrizes ................................................................................................ 8
1.5. Operações com Matrizes .............................................................................................. 10
1.6. Propriedades Operatórias ............................................................................................. 21
1.7. Matriz Transposta ......................................................................................................... 24
1.8. Traço de uma Matriz ..................................................................................................... 27
1.9. Matrizes Especiais ......................................................................................................... 28
2. Determinante de uma Matriz ............................................................................. 35
2.1. Definição ....................................................................................................................... 35
2.2. Teorema de Laplace ...................................................................................................... 39
2.3. Propriedades dos Determinantes.................................................................................. 43
2.4. Regra de Chió ................................................................................................................ 57
2.5. Cálculo da Matriz Inversa pelo Determinante .............................................................. 59
2.6. Cálculo do Determinante de Matrizes Infinitas ............................................................ 62
3. Lista de Questões ............................................................................................... 68
ITA ........................................................................................................................................ 68
IME ....................................................................................................................................... 81
4. Gabarito ............................................................................................................. 89
ITA ........................................................................................................................................ 89
IME ....................................................................................................................................... 90
5. Lista de Questões Comentadas .......................................................................... 91
ITA ........................................................................................................................................ 91
IME ..................................................................................................................................... 128
6. Considerações Finais da Aula ........................................................................... 161
7. Referências Bibliográficas ................................................................................ 161
INTRODUÇÃO
Olá,
Nesta aula, estudaremos matrizes e determinantes. Este tema costuma cair com bastante
frequência nas provas do ITA/IME. Veremos os conceitos básicos de matrizes e, principalmente, os
teoremas e propriedades para calcularmos o valor dos seus determinantes.
As matrizes são muito úteis na resolução de sistemas lineares e este será o conteúdo da nossa
próxima aula. Se você já tem familiaridade com matrizes, faça uma leitura rápida da teoria e vá para
a lista de exercícios. O importante é ganhar velocidade e estar com os conceitos bem fixados.
Se você ainda não se sente confortável com esse assunto, leia a teoria com calma e tente
entender os conceitos básicos para saber resolver os exercícios do seu vestibular.
Qualquer dúvida, não hesite em nos procurar. Estamos aqui para auxiliá-lo.
Bons estudos.
1. MATRIZES
1.1. NOÇÃO BÁSICA
Uma matriz é um agrupamento de informação no formato de tabela com linhas e colunas.
Veja alguns exemplos:
10 8 18 𝜋
𝐴=( )
3 200 1,72 √2
3 2
𝐵=( )
1 1
1 0 1
−1 −2 0
𝐶=
1
[5 4 3]
5 5 0
1 3 3
𝐷=[ ]
1 3 4
0 5 −1
Repare que podemos representar uma matriz usando os parênteses “( )“ ou os colchetes
“[ ]“.
Como podemos ver, uma matriz é formada por elementos dispostos em linhas e colunas.
Cada elemento possui um “endereço” que é composto de duas informações: a qual linha e a qual
coluna ele pertence, nessa ordem.
As linhas são contadas de cima para baixo e as colunas, da esquerda para a direita. Vamos
tomar a seguinte matriz 𝐴 como exemplo:
10 8 18 𝜋
𝐴=( )
3 200 1,72 √2
Nessa matriz, temos 2 linhas e 4 colunas:
10 8 18 𝜋 1ª
𝐴=( )
3 200 1,72 √2 linha 2ª
linha
1ª col 2ª col 3ª col
4ª col
No exemplo, o elemento da primeira linha e da terceira coluna é indicado por 𝑎13 e seu valor
é 18, ou ainda, 𝑎13 = 18.
Podemos dizer que a matriz 𝐴 tem dimensão 2𝑥4 e ela pode ser representada pelas
seguintes notações:
𝐴2𝑥4
Ou
Se os elementos não nulos estiverem acima da diagonal principal, a matriz 𝐴 é dita matriz
triangular superior.
Se os elementos não nulos estiverem abaixo da diagonal principal, a matriz 𝐴 é dita matriz
triangular inferior.
1 5 2 4
0 2 2 1
𝑀𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 → [ ]
0 0 4 9
0 0 0 −4
1 0 0 0
7 2 0 0
𝑀𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 → [ ]
5 8 4 0
1 9 8 −4
1 𝑥 1 9
[ ]?[ ]
4 3 4 3
Mesma ordem, mesmas posições. Caso 𝑥 = 9, as matrizes serão iguais. Caso 𝑥 ≠ 9, as
matrizes serão diferentes.
𝑖 + 𝑗; 𝑖 = 𝑗
b) 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )3𝑥2 = {
0; 𝑖 ≠ 𝑗
A matriz 𝐴 possui a seguinte forma:
𝑎11 𝑎12
𝑎
𝐴 = [ 21 𝑎22 ]
𝑎31 𝑎32
Se o índice 𝑖 ≠ 𝑗, o elemento da matriz é zero e se 𝑖 = 𝑗, ele será a soma desses índices,
logo:
2 0
𝐴 = [0 4]
0 0
𝟐 𝟎
𝟒 𝟕 𝟏𝟎
Gabarito: a) 𝑨 = [ ] b) 𝑨 = [𝟎 𝟒]
𝟓 𝟖 𝟏𝟏
𝟎 𝟎
2. Determine 𝑥 e 𝑦 para as igualdades abaixo:
2𝑥 2 4 2
a) ( )=( )
3 5𝑦 3 15
𝑥2 1 𝑥 1
b) [2𝑦 2] = [10 2]
𝑥 3 2𝑥 3
Resolução:
2𝑥 2 4 2
a) ( )=( )
3 5𝑦 3 15
Na igualdade de matrizes, devemos igualar cada elemento cujos índices são iguais. Então:
2𝑥 = 4
{ ⇒𝑥 =2e𝑦 =3
5𝑦 = 15
𝑥2 1 𝑥 1
b) [2𝑦 2] = [10 2]
𝑥 3 2𝑥 3
Igualando os elementos, obtemos:
𝑥 2 = 𝑥 ⇒ 𝑥 = 0 ou 𝑥 = 1
{ 2𝑦 = 10 ⇒ 𝑦 = 5 ⇒ 𝑥 = 0 ou 𝑦 = 5
𝑥 = 3𝑥 ⇒ 𝑥 = 0
Gabarito: a) 𝒙 = 𝟐 𝐞 𝒚 = 𝟑 b) 𝒙 = 𝟎 𝐨𝐮 𝒚 = 𝟓
1.5.1. Adição
Antes de sabermos como, precisamos saber quando.
Só podemos somar duas matrizes se elas tiverem a mesma dimensão. Atenção, não é
necessário que elas sejam quadradas, só de mesma dimensão.
Assim, seria impossível somarmos uma matriz 𝐴2𝑥3 com uma matriz 𝐵3𝑥5 .
Quando duas matrizes 𝐴 e 𝐵 são de mesma dimensão, podemos efetuar a soma, que é
definida somando os elementos de 𝐴 e de 𝐵 de mesma posição. Acompanhe.
−1 4
𝐴 = [ 8 6]
7 5
1 2
𝐵 = [−3 6 ]
5 −9
Como as matrizes 𝐴 e 𝐵 são de mesma dimensão, 3𝑥2, podemos efetuar a soma.
−1 4 1 2 −1 + 1 4+2 0 6
𝐴+𝐵 =[ 8 6] + [−3 6 ] = [8 + (−3) 6+6 ]=[5 12 ]
7 5 5 −9 7+5 5 + (−9) 12 −4
1.5.2. Subtração
A subtração é feita de maneira similar à soma. As matrizes devem ser de mesma dimensão e
a subtração é feita elemento a elemento das matrizes. Veja.
Dadas as mesmas matrizes que utilizamos no exemplo da soma.
−1 4
𝐴 = [ 8 6]
7 5
1 2
𝐵 = [−3 6 ]
5 −9
Façamos a matriz 𝐴 − 𝐵.
−1 4 1 2 −1 − 1 4−2 −1 − 1 4−2 −2 2
𝐴−𝐵 =[ 8 6] − [−3 6 ] = [8 − (−3) 6−6 ]=[ 8+3 6 − 6] = [ 11 0]
7 5 5 −9 7−5 5 − (−9) 7−5 5+9 2 14
1.5.3. Multiplicação
A multiplicação entre matrizes é um ponto chave nesta aula. Muito do que veremos adiante
depende do produto matricial.
Podemos multiplicar uma matriz por um escalar (um número real) ou por outra matriz.
1 5 8 3
3 ∙ 𝐴 = 3 ∙ [−4 6 23 4]
−1 0 9 8
Desse modo, fazemos a distributiva do número escalar 3 para todos os elementos da matriz
𝐴.
3∙1 3∙5 3∙8 3∙3
3 ∙ 𝐴 = [3 ∙ (−4) 3 ∙ 6 3 ∙ 23 3 ∙ 4]
3 ∙ (−1) 3∙0 3∙9 3∙8
3 15 24 9
3 ∙ 𝐴 = [−12 18 69 12]
−3 0 27 24
O gerente de almoxarifado quer saber quantos botões foram gastos no mês de janeiro. Como
ele pode, com os dados das tabelas, chegar a esse valor corretamente?
Vamos destacá-los.
Item Calça Camisa Vestido
Botões 𝟏 𝟔 𝟑
Zíperes 𝟏 𝟎 𝟏
Com os valores referentes à questão do gerente, para saber a quantidade total de botões
gastos no mês de janeiro daquele ano, fazemos:
𝐵𝑜𝑡õ𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑗𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑜 = 1 ∙ 100 + 6 ∙ 300 + 3 ∙ 50 = 100 + 1800 + 150 = 2.050
Vamos escrever esses dados na forma de matriz e explicitar os valores usados na operação.
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
Caso quiséssemos descobrir o mesmo dado sobre o mês de março, poderíamos fazer.
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
Prosseguindo, faremos a primeira linha de 𝐴 com a segunda coluna de 𝐵. O resultado vai para
a primeira linha e segunda coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
100 150 180 250
𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60
Primeira linha de 𝐴 com terceira coluna de 𝐵. O resultado vai para a primeira linha e terceira
coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
100 150 180 250
𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60
Primeira linha de 𝐴 com quarta coluna de 𝐵. O resultado vai para a primeira linha e quarta
coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
100 150 180 250
𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60
Segunda linha de 𝐴 com segunda coluna de 𝐵. O resultado vai para a segunda linha e segunda
coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
100 150 180 250
𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60
2.050 2.460 3.420 3.430 2.050 2.460 3.420 3.430
𝐴∙𝐵 =[ ]=[ ]
150 1 ∙ 150 + 0 ∙ 350 + 1 ∙ 70 150 220
Segunda linha de 𝐴 com terceira coluna de 𝐵. O resultado vai para a segunda linha e terceira
coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
100 150 180 250
𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60
Segunda linha de 𝐴 com quarta coluna de 𝐵. O resultado vai para a segunda linha e quarta
coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
100 150 180 250
𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60
2.050 2.460 3.420 3.430 2.050 2.460 3.420 3.430
𝐴∙𝐵 =[ ]=[ ]
150 220 260 1 ∙ 250 + 0 ∙ 500 + 1 ∙ 60 150 220 260 310
O produto entre as matrizes explicitou outro tipo de dado, que estava implícito nas matrizes
iniciais.
O preço a se pagar por explicitar essa informação foi perder outra, quantas calças, camisas e
vestidos foram feitos em cada mês.
Sempre que conversarmos, daqui para frente, em multiplicação de matrizes, estaremos
considerando este processo que acabamos de fazer: linhas da primeira matriz e colunas da segunda.
Lembra-se de que, ao relacionarmos a segunda linha da primeira matriz com a quarta coluna
da segunda matriz o resultado deveria ser colocado na segunda linha com a quarta coluna da matriz
resultante do produto?
Pois bem, essa relação é o que determina o tamanho da matriz resultante e a regra prática
também explicita essa informação.
Uma vez sendo possível o produto 𝐴 ∙ 𝐵 com 𝑛 = 𝑝, as dimensões da matriz-produto são
dadas por
𝐴𝑚𝑥𝑛 ∙ 𝐵𝑛𝑥𝑞
12 3
𝐴 = [45 1]
27 9
𝜋
𝐵=[ ]
2
Como 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )3𝑥3 e 𝐵 = (𝑏𝑖𝑗 )2𝑥1 , o produto 𝐴 ∙ 𝐵 não é possível.
Temos uma conclusão importante para tirar daqui: os produtos 𝐴 ∙ 𝐵 e 𝐵 ∙ 𝐴 são diferentes!
Não existe a propriedade comutativa para o produto entre matrizes, tome muito cuidado com isso.
𝐴∙𝐵 ≠𝐵∙𝐴
𝐴∙𝐼 =𝐼∙𝐴 =𝐴
Essa propriedade também vale para matrizes maiores. No entanto, só existem matrizes
identidade quadradas, portanto, para valer a propriedade, a matriz 𝐴 também deve ser quadrada.
Por essa característica de não mudar a matriz 𝐴 nos produtos, a matriz 𝐼, além de matriz
identidade e matriz unidade, é chamada de elemento neutro da multiplicação do conjunto das
matrizes.
Vejamos uma aplicação em contexto de prova.
1 𝑎
3. (Unicamp/2017) Sendo 𝑎 um número real, considere a matriz ( ).
0 −1
Então, 𝐴2017 é igual a
1 0
𝑎) ( ).
0 1
1 𝑎
𝑏) ( ).
0 −1
1 1
𝑐) ( ).
1 1
2017
𝑑) (1 𝑎 ).
0 −1
Comentários
Seria improvável uma questão exigir que você calcule uma potência tão alta.
É mais provável que haja uma sequência lógica que nos permite inferir qual seria 𝐴2017 .
Comecemos, então, a calcular as potências de 𝐴 para ver se percebemos o padrão.
1 0
𝐴0 = 𝐼 = ( )
0 1
1 𝑎
𝐴1 = 𝐴 = ( )
0 −1
1 𝑎 1 𝑎 1∙1+𝑎∙0 1 ∙ 𝑎 + 𝑎 ∙ (−1) 1 0
𝐴2 = ( )∙( )=( )=( )=𝐼
0 −1 0 −1 0 ∙ 1 + ( −1 ) ∙ 0 0 ∙ 𝑎 + ( −1 ) ∙ ( −1 ) 0 1
𝐴3 = 𝐴2 ∙ 𝐴 = 𝐼 ∙ 𝐴 = 𝐴
𝐴4 = 𝐴3 ∙ 𝐴 = 𝐴 ∙ 𝐴 = 𝐴2 = 𝐼
𝐴5 = 𝐴4 ∙ 𝐴 = 𝐼 ∙ 𝐴 = 𝐴
𝐴6 = 𝐴5 ∙ 𝐴 = 𝐴 ∙ 𝐴 = 𝐴2 = 𝐼
𝐴7 = 𝐴6 ∙ 𝐴 = 𝐼 ∙ 𝐴 = 𝐴
⋮
𝑝𝑎𝑟
Podemos perceber, pela sequência, que 𝐴 = 𝐼 e 𝐴í𝑚𝑝𝑎𝑟 = 𝐴.
1 𝑎
Desse modo, concluímos que 𝐴2017 = 𝐴í𝑚𝑝𝑎𝑟 = 𝐴 = ( ).
0 −1
Gabarito: b)
Este tópico é muito importante para sabermos resolver algumas questões das provas
ITA/IME.
1.6.1. Adição
Para 𝐴, 𝐵 e 𝐶 matrizes 𝑚 𝑥 𝑛, temos as seguintes propriedades:
P1) 𝑨 + 𝑩 = 𝑩 + 𝑨
P2) (𝑨 + 𝑩) + 𝑪 = 𝑨 + (𝑩 + 𝑪)
P3) 𝑨 + 𝟎 = 𝑨
P4) 𝑨 + (−𝑨) = 𝟎
1.6.4. Demonstrações
Vamos ver algumas demonstrações para as propriedades acima:
P1) 𝑨 + 𝑩 = 𝑩 + 𝑨, com 𝑨𝒎𝒙𝒏 𝐞 𝑩𝒎𝒙𝒏
Sejam 𝑋 = 𝐴 + 𝐵 e 𝑌 = 𝐵 + 𝐴, então, os elementos de cada uma dessas matrizes são dados
por:
𝑋 =𝐴+𝐵 ⇒ 𝑥⏟
𝑖𝑗 = 𝑎⏟
𝑖𝑗 + 𝑏⏟
𝑖𝑗
𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑋 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐴 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐵
Como o somatório é apenas de produtos, podemos incluir o termo 𝑐𝑗𝑙 dentro dos somatórios:
𝑝 𝑛
Para as matrizes 𝐸 e 𝑌:
𝑝
⇒ 𝑥𝑖𝑙 = 𝑦𝑖𝑙
∴𝑋=𝑌
Portanto, a igualdade é válida:
(𝐴𝐵)𝐶 = 𝐴(𝐵𝐶 )
∴ 𝑋 = 𝐴𝐶 + 𝐵𝐶
2) Produtos notáveis:
(𝐴 + 𝐵)(𝐴 − 𝐵) = 𝐴2 − 𝐵2
(𝐴 + 𝐵)2 = 𝐴2 + 2𝐴𝐵 + 𝐵2
A ordem das matrizes altera o produto. Essas identidades são válidas apenas se 𝐴 e 𝐵 são
matrizes comutativas. Caso contrário, temos:
(𝐴 + 𝐵)(𝐴 − 𝐵) = 𝐴2 − 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴 − 𝐵2
(𝐴 + 𝐵)2 = (𝐴 + 𝐵)(𝐴 + 𝐵) = 𝐴2 + 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴 + 𝐵2
Uma observação interessante é que se 𝐵 = 𝐼 (matriz identidade), os produtos notáveis são
válidos. Veja:
(𝐴 + 𝐼)(𝐴 − 𝐼) = 𝐴2 − 𝐴𝐼 ⏟ − 𝐼2 = 𝐴2 − 𝐼
⏟ + 𝐼𝐴
=𝐴 =𝐴
(𝐴 + 𝐼)2 = (𝐴 + 𝐼)(𝐴 + 𝐼) = 𝐴2 + 𝐴𝐼 + 𝐼𝐴 + 𝐼2 = 𝐴2 + 2𝐴 + 𝐼
3) 𝑨 ⋅ 𝑩 = 𝟎 ⇒ 𝑨 = 𝟎 ou 𝑩 = 𝟎
No produto de matrizes, podemos ter 𝐴 e 𝐵 não nulas tais que 𝐴 ⋅ 𝐵 = 0. Exemplo:
1 2 2 2 1 2 2 2 0 0
𝐴=( ) e𝐵 =( )⇒𝐴⋅𝐵 =( )( )=( )
2 4 −1 −1 2 4 −1 −1 0 0
4) 𝑨𝟐 = 𝟎 ⇒ 𝑨 = 𝟎
Caso análogo à situação 2, com 𝐵 = 𝐴.
5) 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪 ⇒ 𝑨 = 𝟎 ou 𝑩 = 𝑪
Nesse caso, podemos subtrair 𝐴𝐶 nos dois lados da equação matricial:
𝐴𝐵 − 𝐴𝐶 = 𝐴𝐶 − 𝐴𝐶
𝐴𝐵 − 𝐴𝐶 = 0 ⇒ 𝐴(𝐵 − 𝐶 ) = 0
Assim como no caso 2, essa igualdade não implica 𝐴 = 0 ou 𝐵 − 𝐶 = 0.
1.7.1. Definição
A transposta de uma matriz 𝐴, simbolizada por 𝐴𝑡 ou 𝐴𝑇 , é a matriz cujas linhas de 𝐴 foram
transformadas em colunas de 𝐴𝑡 .
1 −1 1 3
𝐴=[ ] ⇒ 𝐴𝑡 = [ ]
3 0 −1 0
1 4
1 2 3
𝐴=[ ] ⇒ 𝐴𝑡 = [2 5]
4 5 6
3 6
Formalmente:
Dada uma matriz 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚𝑥𝑛 , a sua transposta é dada por 𝐴𝑡 = (𝑎𝑗𝑖′ ) tal que 𝑎𝑗𝑖′ = 𝑎𝑖𝑗
𝑛𝑥𝑚
para todo 𝑖 e 𝑗.
Demonstração:
P12) (𝑨𝒕 )𝒕 = 𝑨
Fazendo 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚𝑥𝑛 e 𝐴𝑡 = (𝑎𝑗𝑖′ ) , temos:
𝑚𝑥𝑛
′′
𝑎𝑖𝑗 = 𝑎𝑗𝑖′ = 𝑎𝑖𝑗 , ∀𝑖, 𝑗
∴ (𝐴𝑡 )𝑡 = 𝐴
P13) (𝑨 + 𝑩)𝒕 = 𝑨𝒕 + 𝑩𝒕
P15) (𝑨𝑩)𝒕 = 𝑩𝒕 𝑨𝒕
′ )
Fazendo 𝐴𝐵 = 𝑋 = (𝑥𝑖𝑘 )𝑚𝑥𝑝 e (𝐴𝐵)𝑡 = 𝑋 𝑡 = (𝑥𝑘𝑖 𝑝𝑥𝑚 , temos:
𝑛
′ )
(𝑥𝑘𝑖 = 𝑥𝑖𝑘 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝑏𝑗𝑘
𝑗=1
Aplicação:
Vamos ver com um exemplo a veracidade das propriedades acima:
𝑎 𝑏 𝑥 𝑦
Seja 𝐴 = [ ]e𝐵 =[ ], então:
𝑐 𝑑 𝑧 𝑤
𝑎 𝑐 𝑎 𝑏
P12) 𝐴𝑡 = [ ] ⇒ (𝐴𝑡 )𝑡 = [ ]
𝑏 𝑑 𝑐 𝑑
𝑎+𝑥 𝑏+𝑦
P13) 𝐴 + 𝐵 = [ ]
𝑐+𝑧 𝑑+𝑤
𝑎+𝑥 𝑐+𝑧 𝑎 𝑐 𝑥 𝑧
⇒ (𝐴 + 𝐵 )𝑡 = [ 𝑏 + 𝑦 𝑑 + 𝑤 ] = [ ] + [𝑦 𝑤 ] = 𝐴𝑡 + 𝐵𝑡
𝑏 𝑑
P14) Para 𝑘 ∈ ℝ:
𝑘𝑎 𝑘𝑏 𝑘𝑎 𝑘𝑐 𝑎 𝑐
𝑘⋅𝐴=[ ] ⇒ (𝑘 ⋅ 𝐴 )𝑡 = [ ]=𝑘⋅[ ] = 𝑘 ⋅ 𝐴𝑡
𝑘𝑐 𝑘𝑑 𝑘𝑏 𝑘𝑑 𝑏 𝑑
𝑎 𝑏 𝑥 𝑦 𝑎𝑥 + 𝑏𝑧 𝑎𝑦 + 𝑏𝑤
P15) 𝐴𝐵 = [ ][ ]=[ ]
𝑐 𝑑 𝑧 𝑤 𝑐𝑥 + 𝑑𝑧 𝑐𝑦 + 𝑑𝑤
𝑎𝑥 + 𝑏𝑧 𝑐𝑥 + 𝑑𝑧 𝑥 𝑧 𝑎 𝑐
⇒ (𝐴𝐵 )𝑡 = [ ] = [𝑦 𝑤 ] [𝑏 ] = 𝐵𝑡 𝐴𝑡
𝑎𝑦 + 𝑏𝑤 𝑐𝑦 + 𝑑𝑤 𝑑
1.8.1. Definição
O traço de uma matriz é a soma dos elementos da sua diagonal principal.
Dada a matriz
1 2 5
𝐴 = [3 1 4]
7 4 13
o traço da matriz 𝐴, 𝑡𝑟 𝐴, é dado por:
1 2 5
𝐴 = [3 1 4 ]
7 4 13
𝑡𝑟 𝐴 = 1 + 1 + 13
𝑡𝑟 𝐴 = 15
Usando termos genéricos, para uma matriz 𝐴 de ordem 𝑛:
𝑛
𝑡𝑟𝐴 = ∑ 𝑎𝑖𝑖
𝑖=1
1.8.2. Propriedades
P16) 𝒕𝒓𝑨𝒕 = 𝒕𝒓𝑨
P17) 𝒕𝒓(𝜶𝑨) = 𝜶 ⋅ 𝒕𝒓𝑨
P18) 𝒕𝒓(𝑨 + 𝑩) = 𝒕𝒓𝑨 + 𝒕𝒓𝑩
P19) 𝒕𝒓(𝑨𝑩) = 𝒕𝒓(𝑩𝑨)
Demonstração:
Vamos demonstrar a propriedade P19:
Seja 𝐴𝐵 = 𝐶 = (𝑐𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 e 𝐵𝐴 = 𝐷 = (𝑑𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 , então, temos:
𝑛
∴ 𝑡𝑟𝐶 = 𝑡𝑟𝐷
Neste tópico, veremos algumas definições importantes para a resolução das questões dos
vestibulares. Preste atenção nas definições de matriz inversa, matriz ortogonal e matriz de rotação,
elas já foram cobradas em provas anteriores!
Considere 𝐴 uma matriz quadrada de ordem 𝑛.
𝑦 𝑥
𝑦 ′ = 𝑑 ⋅ ( cos 𝜃 + sen 𝜃 )
𝑑 𝑑
′
⇒ 𝑦 = 𝑥 sen 𝜃 + 𝑦 cos 𝜃
Desse modo, podemos escrever as relações acima na forma matricial:
𝑥′ cos 𝜃 − sen 𝜃 𝑥
[ ]=[ ][ ]
𝑦′ sen 𝜃 cos 𝜃 𝑦
A matriz de rotação no sentido anti-horário é dada por 𝑀:
cos 𝜃 − sen 𝜃
𝑀𝑎𝑛𝑡𝑖−ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜 = [ ]
sen 𝜃 cos 𝜃
Se quisermos rotacionar no sentido horário basta inserir −𝜃 no lugar de 𝜃:
cos −𝜃 − sen −𝜃 cos 𝜃 sen 𝜃
𝑀ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜 = [ ]=[ ]
sen −𝜃 cos −𝜃 − sen 𝜃 cos 𝜃
1 0 0
𝑀𝑥 = [0 cos 𝜃 − sen 𝜃]
0 sen 𝜃 cos 𝜃
Em torno do eixo 𝑦:
cos 𝜃 0 sen 𝜃
𝑀𝑦 = [ 0 1 0 ]
− sen 𝜃 0 cos 𝜃
1 2 6 1
4. Dados 𝐴 = [ ]e𝐵 =[ ], calcule:
−5 3 4 −7
a) 𝐴 + 𝐵
b) 𝐴 − 𝐵
c) 𝐴𝐵
Resolução:
1 2 6 1 1+6 2+1 7 3
a) 𝐴 + 𝐵 = [ ]+[ ]=[ ]=[ ]
−5 3 4 −7 −5 + 4 3−7 −1 −4
1 2 6 1 1−6 2−1 −5 1
b) 𝐴 − 𝐵 = [ ]−[ ]=[ ]=[ ]
−5 3 4 −7 −5 − 4 3+7 −2 10
𝟕 𝟑 −𝟓 𝟏 𝟏𝟒 −𝟏𝟑
Gabarito: a) [ ] b) [ ] c) [ ]
−𝟏 −𝟒 −𝟐 𝟏𝟎 −𝟏𝟖 −𝟐𝟔
5. Suponha 𝐴 e 𝐵 matrizes reais inversíveis e de ordem 𝑛, tais que 𝐴 + 𝐵 = 𝐴𝐵. Prove que
𝐴−1 + 𝐵−1 = 𝐼.
Resolução:
Se 𝐴 e 𝐵 são matrizes inversíveis, então, podemos escrever:
𝐴𝐴−1 = 𝐴−1 𝐴 = 𝐼
𝐵𝐵−1 = 𝐵−1 𝐵 = 𝐼
Vamos analisar a equação dada:
𝐴 + 𝐵 = 𝐴𝐵
Usando as propriedades matriciais, vamos multiplicar à esquerda ambos os lados por 𝐴−1 :
𝐴−1 (𝐴 + 𝐵) = 𝐴−1 (𝐴𝐵) ⇒ ⏟
𝐴−1 𝐴 + 𝐴−1 𝐵 = (⏟𝐴−1 𝐴) 𝐵 ⇒ 𝐼 + 𝐴−1 𝐵 = 𝐼 ⋅ 𝐵
𝐼 𝐼
7. Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes reais e de ordem 𝑛, tais que 𝐴 é inversível. Dado que 𝐴−1 𝐵𝐴−1 = 𝐼.
Mostre que 𝐵 = 𝐴2 .
Resolução:
De acordo com o enunciado, temos:
𝐴−1 𝐵𝐴−1 = 𝐼
Multiplicando à esquerda da equação por 𝐴:
𝐴(𝐴−1 𝐵𝐴−1 ) = 𝐴 ⋅ 𝐼
(⏟𝐴𝐴−1 ) 𝐵𝐴−1 = 𝐴
𝐼
𝐵𝐴−1 = 𝐴
Multiplicando à direita da equação por 𝐴:
(𝐵𝐴−1 )𝐴 = 𝐴 ⋅ 𝐴 ⇒ 𝐵(𝐴−1 𝐴) = 𝐴2
∴ 𝐵 = 𝐴2
Gabarito: Demonstração
8. Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes quadradas de ordem 𝑛. Definimos 𝑡𝑟(𝐴) como a soma dos elementos
da diagonal principal da matriz 𝐴. Demonstre que 𝑡𝑟(𝐴𝐵) = 𝑡𝑟(𝐵𝐴).
Resolução:
Demonstração visto na teoria, propriedade 𝑃19.
Gabarito: Demonstração
9. Uma matriz possui inversa se ela é não singular. Determine uma matriz não singular 𝐵 que
satisfaça a seguinte equação matricial:
3 0
𝐵−1 𝐴 = [ ]
0 −2
1 2
Dado que 𝐴 = [ ].
3 4
Resolução:
Como 𝐵 é não singular, temos que ela é inversível. Assim, vamos multiplicar à esquerda da
equação por 𝐵:
3 0 3 0 3 0
𝐵−1 𝐴 = [ ] ⇒ 𝐵𝐵−1 𝐴 = 𝐵 ⋅ [ ]⇒𝐴=𝐵⋅[ ]
0 −2 0 −2 0 −2
O enunciado nos dá a matriz 𝐴, vamos substituí-la na equação:
1 2 3 0
[
]=𝐵⋅[ ]
3 4 0 −2
Como 𝐵 é inversível e multiplica uma matriz quadrada de ordem 2, podemos afirmar que
ele também é quadrada de ordem 2. Vamos escrever 𝐵 desse modo:
𝑏 𝑎
] 𝐵=[
𝑑 𝑐
1 2 𝑎 𝑏 3 0 1 2 3𝑎 −2𝑏
[ ]=[ ]⋅[ ]⇒[ ]=[ ]
3 4 𝑐 𝑑 0 −2 3 4 3𝑐 −2𝑑
Assim, encontramos o seguinte sistema:
1
1 = 3𝑎 𝑎=
3
2 = −2𝑏 𝑏 = −1
{ ⇒
3 = 3𝑐 𝑐=1
4 = −2𝑑 {𝑑 = −2
1/3 −1
∴𝐵=[ ]
1 −2
𝟏/𝟑 −𝟏
Gabarito: 𝑩 = [ ]
𝟏 −𝟐
cos(𝜃) −𝑠𝑒𝑛(𝜃)
10. A matriz 𝑅(𝜃) = [ ] é chamada de matriz de rotação. Dizemos que uma
𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃)
matriz 𝐴 é ortogonal, quando 𝐴𝑡 = 𝐴−1 . Verifique se a matriz 𝑅 (𝜃) é ortogonal. Justifique
sua resposta.
Resolução:
Partindo de 𝐴𝑡 = 𝐴−1 , podemos manipular essa equação e encontrar:
𝐴𝐴𝑡 = 𝐴𝐴−1
𝐴𝐴𝑡 = 𝐼
Então, se 𝐴𝐴𝑡 = 𝐼, podemos afirmar que 𝐴 é ortogonal.
Vamos encontrar a transposta de 𝑅(𝜃) e calcular 𝑅(𝜃)𝑅𝑡 (𝜃):
cos(𝜃) 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝑅 𝑡 (𝜃 ) = [ ]
−𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃)
cos(𝜃) −𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃) 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝑅 (𝜃 )𝑅 𝑡 (𝜃 ) = [ ]⋅[ ]=
𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃) −𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃)
cos2 (𝜃) + 𝑠𝑒𝑛2 (𝜃) cos(𝜃) 𝑠𝑒𝑛(𝜃) − 𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃) 1 0
=[ 2( ) 2( ) ]=[ ]=𝐼
𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃) − cos(𝜃) 𝑠𝑒𝑛(𝜃) 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + cos 𝜃 0 1
∴ 𝑅 (𝜃 )𝑅 𝑡 (𝜃 ) = 𝐼
Essa é a definição de matriz ortogonal. Portanto, 𝑅 (𝜃) é ortogonal.
Gabarito: Demonstração
Vejamos um exemplo.
Dada a matriz 𝐴, calcule seu determinante.
1 3
𝐴=[ ]
−2 1
Explicitando os elementos das diagonais, temos.
1 3
𝐴=[ ]
−2 1
Assim,
1 3
det(𝐴) = | | = 1 ∙ 1 − 3 ∙ (−2)
−2 1
det(𝐴) = 1 + 6
det(𝐴) = 7
1 0 1 1 0
−1 −2 0 −1 −2
det(𝐴) =
1 1
[5 4 3 ] 5 4
O próximo passo é fazer os produtos dos elementos nas direções tanto da diagonal principal
quanto da diagonal secundária.
Embora possamos fazer ambos os produtos simultaneamente, separaremos em duas partes
para maior clareza.
Façamos primeiro a parte positiva na direção da diagonal principal.
Multiplicaremos os elementos de cada diagonal e somaremos esses produtos. Todo esse
resultado será a parte positiva de nosso determinante.
1 0 1 1 0
−1 −2 0 −1 −2
1 1
[5 4 3] 4
5
1
[1 ∙ (−2) ∙ 3 + 0 ∙ 0 ∙ + 1 ∙ (−1) ∙ 4]
5
[−6 + 0 − 4]
[−10]
−10
2
det(𝐴) = −10 +
5
−50 + 2
det(𝐴) =
5
48
det(𝐴) = −
5
Uma outra forma de memorizar a regra de Sarrus é através da seguinte figura:
Um pouco confuso, não? Com o tempo, nos acostumaremos a resolver desse modo.
11. Calcule:
a) |5|
5 1
b) | |
2 −2
5 2 −1
c) |3 0 −3|
1 1 2
Resolução:
a) |5| = 5
5 1
b) | | = 5 ⋅ (−2) − 2 ⋅ 1 = −10 − 2 = −12
2 −2
5 2 −1 5 2 −1
c) |3 0 −3| |3 0 −3|
1 1 2 1 1 2
12. Resolva:
𝑥 1 𝑥
|1 𝑥 −1| = 0
1 3 2
Resolução:
Vamos calcular o determinante:
2𝑥 2 + (−1) + 3𝑥 − 𝑥 2 − (−3𝑥) − 2 = 0
𝑥 2 + 6𝑥 − 3 = 0
Encontrando as raízes:
𝑥 = −3 ± √12 = −3 ± 2√3
Portanto:
𝑆 = {−3 + 2√3; −3 − 2√3}
Gabarito: 𝑺 = {−𝟑 + 𝟐√𝟑; −𝟑 − 𝟐√𝟑}
Este teorema é muito útil para resolver as questões de determinantes do ITA/IME e ela
costuma ser cobrada com bastante frequência. Vejamos os conceitos iniciais.
1 −1
𝐴11 = (−1)1+1 ∙ 𝐷11 = (−1)2 ∙ | | = 1∙0 = 0
3 0
1 −1
𝐴12 = (−1)1+2 ∙ 𝐷12 = (−1)3 ∙ | | = (−1) ∙ 3 = −3
3 0
1 −1
𝐴21 = (−1)2+1 ∙ 𝐷21 = (−1)3 ∙ | | = (−1) ∙ (−1) = 1
3 0
1 −1
𝐴22 = (−1)2+2 ∙ 𝐷22 = (−1)4 ∙ | |=1∙1=1
3 0
Exemplo de aplicação:
10 15 17 39
5 0 3 2
Dada a matriz 𝐴 = [ ]
−9 0 2 5
−4 0 1 3
a) Escolhendo a linha 1 da matriz 𝐴, o seu determinante é dado por:
10 15 17 39
5 0 3 2
𝐴=[ ]
−9 0 2 5
−4 0 1 3
det 𝐴 = 𝑎11 ⋅ 𝐴11 + 𝑎12 ⋅ 𝐴12 + 𝑎13 ⋅ 𝐴13 + 𝑎14 ⋅ 𝐴14
det 𝐴 = 10 ⋅ 𝐴11 + 15 ⋅ 𝐴12 + 17 ⋅ 𝐴13 + 39 ⋅ 𝐴14
det(𝑘 ⋅ 𝐴) = 𝑘 𝑛 det 𝐴
Exemplo:
2 4 4 1 2 2
3
|8 2 10| = 2 ⋅ |4 1 5| = 8 ⋅ (2 + 40 + 8 − 8 − 5 − 16) = 8 ⋅ 21 = 168
8 2 4 4 1 2
Vamos trocar de lugar a primeira e a segunda linhas e ver como det(𝐴) é afetado.
𝑐 𝑑
𝐴′ = [ ]
𝑎 𝑏
𝑐 𝑑
det(𝐴′) = | |=𝑐∙𝑏−𝑑∙𝑎
𝑎 𝑏
det(𝐴′) = 𝑐 ∙ 𝑏 − 𝑑 ∙ 𝑎
Colocando o sinal de negativo em evidência.
det(𝐴′) = −(−𝑐 ∙ 𝑏 + 𝑑 ∙ 𝑎)
Alternando a ordem do argumento dos parênteses.
det(𝐴′) = −(𝑑 ∙ 𝑎 − 𝑐 ∙ 𝑏)
det(𝐴′) = − det(𝐴)
Essa propriedade é conhecida como teorema de Bézout.
−[129]
−129
O determinante, então, será a soma desses resultados parciais.
det(𝐴) = 129 − 129
det(𝐴) = 0
det 𝐴 = ∏ 𝑎𝑖𝑖
𝑖=1
Demonstração:
Supondo que 𝑀 seja uma matriz triangular inferior:
𝑎11 0 0 0
𝑎21 𝑎22 0 ⋯ 0
𝑀 = 𝑎31 𝑎32 𝑎33 0
⋮ ⋱ ⋮
[𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 𝑎𝑛3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 ]
Aplicando-se o teorema de Laplace na primeira linha, encontramos:
𝑎11 0 0 0
𝑎21 𝑎22 0 ⋯ 0
|
det 𝑀 = | 𝑎31 𝑎32 𝑎33 0 ||
⋮ ⋱ ⋮
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 𝑎𝑛3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛
det 𝑀 = 𝑎11 ⋅ 𝐴11
Sabemos que o cofator é dado por:
𝐴11 = (−1)1+1 ⋅ 𝐷11 = 𝐷11
𝑎22 0 ⋯ 0
𝑎 𝑎33 0
𝐷11 = | 32 |
⋮ ⋱ ⋮
𝑎𝑛2 𝑎𝑛3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛
det 𝑀 = 𝑎11 ⋅ 𝐷11
𝐷11 é o determinante de uma matriz parecida com a matriz inicial, porém, sem a primeira
linha e coluna. Podemos aplicar o teorema de Laplace na primeira linha das matrizes resultantes e,
assim, sucessivamente:
det 𝑀 = 𝑎11 ⋅ 𝑎22 ⋅ 𝑎33 ⋅ … ⋅ 𝑎𝑛𝑛
*Essa propriedade também é válida se tivermos uma linha que possa ser decomposta em
soma.
Demonstração:
𝑎11 𝑎12 𝑏1𝑗 + 𝑐1𝑗 𝑎1𝑛
𝑎 𝑎22 ⋯ 𝑏2𝑗 + 𝑐2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛
| 21 |
det 𝐴 = 𝑎31 𝑎32 𝑏3𝑗 + 𝑐3𝑗 𝑎3𝑛
| |
⋮ ⋱ ⋮
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑏𝑛𝑗 + 𝑐𝑛𝑗 ⋯ 𝑎𝑛𝑛
Vamos aplicar o teorema de Laplace na coluna 𝑗 da matriz 𝐴:
1 2 3 4
2 4 6 10
det 𝑀 = | |
3 6 8 12
10 12 13 14
Pelo teorema de Jacobi, podemos multiplicar a primeira linha por (−2) e somá-la à segunda
linha:
1 2 3 4 𝑥(−2)
2 4 6 10
| |
3 6 8 12
10 12 13 14
1 2 3 4 1 2 3 4
2 − 1 ⋅ 2 4 − 2 ⋅ 2 6 − 3 ⋅ 2 10 − 4 ⋅ 2 0 0 0 2
| |=| |
3 6 8 12 3 6 8 12
10 12 13 14 10 12 13 14
Agora, vamos multiplicar a primeira linha por (−3) e somá-la à terceira linha:
1 2 3 4 𝑥(−3)
0 0 0 2
| |
3 6 8 12
10 12 13 14
1 2 3 4
0 0 0 2
| |
0 0 −1 0
10 12 13 14
1 3 9 1
𝐴∙𝐵 =[ ]∙[ ]
−4 2 4 5
Preparando as matrizes para o produto matricial.
1 3 9 1
𝐴∙𝐵 =[ ]∙[ ]
−4 2 4 5
1∙9+3∙4 1∙1+3∙5
𝐴∙𝐵 =[ ]
(−4) ∙ 9 + 2 ∙ 4 (−4) ∙ 1 + 2 ∙ 5
9 + 12 1 + 15
𝐴∙𝐵 = [ ]
−36 + 8 −4 + 10
21 16
𝐴∙𝐵 =[ ]
−28 6
Então,
21 16
det(𝐴 ∙ 𝐵) = | |
−28 6
det(𝐴 ∙ 𝐵) = 21 ∙ 6 − 16 ∙ (−28)
det(𝐴 ∙ 𝐵) = 126 + 448
det(𝐴 ∙ 𝐵) = 574
Segundo o teorema de Binet, temos
det(𝐴 ∙ 𝐵) = det(𝐴) ∙ det(𝐵)
574 = 14 ∙ 41
574 = 574 → 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜
Confirmando a validade do teorema.
1
det(𝐴−1 ) =
det(𝐴)
Que é uma relação importante no desenvolvimento de alguns exercícios.
1
det(𝐴−1 ) =
det(𝐴)
𝑉 (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 ) = ∏(𝑎𝑖 − 𝑎𝑗 )
𝑖>𝑗
1 1 1 ⋯ 1 𝑥 (−𝑎1 )
𝑎1 𝑎2 𝑎3 ⋯ 𝑎𝑛 𝑥 (−𝑎1 )
| 2 |
𝑎 𝑎22 𝑎32 ⋯ 𝑎𝑛2
| 1 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ 𝑥 (−𝑎1 )
𝑛−1 𝑛−1 𝑛−1
𝑎1 𝑎2 𝑎3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛−1
1 1 1 ⋯ 1
0 𝑎2 − 𝑎1 𝑎3 − 𝑎1 ⋯ 𝑎𝑛 − 𝑎1
| |
0 𝑎22 − 𝑎2 𝑎1 𝑎32 − 𝑎3 𝑎1 ⋯ 𝑎𝑛2 − 𝑎𝑛 𝑎1
| |
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 𝑎2 − 𝑎2𝑛−2 𝑎1
𝑛−1
𝑎3 − 𝑎3𝑛−2 𝑎1
𝑛−1
⋯ 𝑎𝑛𝑛−1 − 𝑎𝑛𝑛−2 𝑎1
1 1 1 ⋯ 1
0 𝑎2 − 𝑎1 𝑎3 − 𝑎1 ⋯ 𝑎𝑛 − 𝑎1
|0 𝑎2 (𝑎2 − 𝑎1 ) 𝑎3 (𝑎3 − 𝑎1 ) ⋯ 𝑎𝑛 (𝑎𝑛 − 𝑎1 ) ||
|
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑛−2 ( 𝑛−2 ( 𝑛−2 (
0 𝑎2 𝑎2 − 𝑎1 ) 𝑎3 𝑎3 − 𝑎1 ) ⋯ 𝑎𝑛 𝑎𝑛 − 𝑎1 )
Aplicando o teorema de Laplace na primeira coluna, encontramos o seguinte determinante:
𝑎2 − 𝑎1 𝑎3 − 𝑎1 ⋯ 𝑎𝑛 − 𝑎1
𝑎 (𝑎 − 𝑎 ) 𝑎3 (𝑎3 − 𝑎1 ) ⋯ 𝑎𝑛 (𝑎𝑛 − 𝑎1 )
| 2 2⋮ 1 ⋮ ⋱ ⋮ |
𝑎2𝑛−2 (𝑎2 − 𝑎1 ) 𝑎3𝑛−2 (𝑎3 − 𝑎1 ) ⋯ 𝑎𝑛𝑛−2 (𝑎𝑛 − 𝑎1 )
Note que cada coluna possui um fator comum, podemos colocá-los em evidência:
1 1 ⋯ 1
𝑎 𝑎3 ⋯ 𝑎𝑛
𝑉 = (𝑎2 − 𝑎1 ) ⋅ (𝑎3 − 𝑎1 ) ⋅ … ⋅ (𝑎𝑛 − 𝑎1 ) ⋅ | 2 |
⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑛−2
𝑎
⏟2 𝑎3𝑛−2 ⋯ 𝑎𝑛𝑛−2
𝑉′
Portanto:
Se essa relação estiver escrita na prova, podemos afirmar que 𝐴 e 𝐵 são matrizes
semelhantes.
Vejamos o que acontece quando aplicamos o determinante nessa igualdade:
det 𝐴 = det(𝑃−1 𝐵𝑃) ⇒ det 𝐴 = det 𝑃−1 ⋅ det 𝐵 ⋅ det 𝑃
𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐵𝑖𝑛𝑒𝑡
1
Sabemos que det 𝑃 −1 = , substituindo essa identidade na igualdade acima, obtemos:
det 𝑃
1
det 𝐴 = ⋅ det 𝐵 ⋅ det 𝑃
det 𝑃
det 𝐴 = det 𝐵
Portanto, se 𝐴 e 𝐵 são matrizes semelhantes, os determinantes delas são iguais.
Outra informação interessante que podemos extrair é a seguinte:
Seja 𝜆 um número real e 𝐼 a matriz identidade de ordem 𝑛, usando as propriedades matriciais
e a definição de matriz inversa, podemos escrever:
(𝑃−1 𝑃) = 𝑃−1 𝜆𝑃 (𝐼)
𝜆𝐼 = 𝜆 ⏟
𝐼
Lembrando que 𝜆 é um número real, para fatorar a expressão à direita, devemos escrever 𝜆𝐼:
⇒ 𝐴 + 𝜆𝐼 = 𝑃−1 (𝐵 + 𝜆𝐼)𝑃
Agora, aplicando o determinante:
det(𝐴 + 𝜆𝐼) = det[𝑃−1 (𝐵 + 𝜆𝐼)𝑃]
det(𝐴 + 𝜆𝐼) = det(𝐵 + 𝜆𝐼)
O ITA já cobrou algo sobre esse resultado. Veja:
(ITA/2017)
1 0 0 7 0 2
Sejam 𝐷 = [0 2 0] e 𝑃 = [0 1 0].
0 0 3 2 0 5
Considere 𝐴 = 𝑃 𝐷𝑃. O valor de 𝑑𝑒𝑡(𝐴2 + 𝐴) é
−1
a) 144.
b) 180.
c) 240.
d) 324.
e) 360.
Comentários
⋮
𝑥 (−𝑎13 )
𝑥 (−𝑎12 )
1 𝑎12 𝑎13 ⋯ 𝑎1𝑛
𝑎21 𝑎22 𝑎23 ⋯ 𝑎2𝑛
|
det 𝑀 = | 𝑎31 𝑎32 𝑎33 ⋯ 𝑎3𝑛 ||
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 𝑎𝑛3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛
1 0 0 ⋯ 0
𝑎21 𝑎22 − 𝑎21 𝑎12 𝑎23 − 𝑎21 𝑎13 ⋯ 𝑎2𝑛 − 𝑎21 𝑎1𝑛
det 𝑀 = ||𝑎31 𝑎32 − 𝑎31 𝑎12 𝑎33 − 𝑎31 𝑎13 ⋯ 𝑎3𝑛 − 𝑎31 𝑎1𝑛 ||
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 − 𝑎𝑛1 𝑎12 𝑎𝑛3 − 𝑎𝑛1 𝑎13 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 − 𝑎𝑛1 𝑎1𝑛
Pelo teorema de Laplace na primeira linha, temos:
𝑎22 − 𝑎21 𝑎12 𝑎23 − 𝑎21 𝑎13 ⋯ 𝑎2𝑛 − 𝑎21 𝑎1𝑛
𝑎32 − 𝑎31 𝑎12 𝑎33 − 𝑎31 𝑎13 ⋯ 𝑎3𝑛 − 𝑎31 𝑎1𝑛
det 𝑀′ = | ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ |
𝑎𝑛2 − 𝑎𝑛1 𝑎12 𝑎𝑛3 − 𝑎𝑛1 𝑎13 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 − 𝑎𝑛1 𝑎1𝑛
det 𝑀′ é um determinante de ordem 𝑛 − 1. Essa é a regra de Chió.
Vamos ver na prática como aplicamos a regra de Chió. Seja 𝑀 a matriz abaixo:
1 2 3 4
3 5 8 10
𝑀=[ ]
2 −1 2 5
4 2 15 11
Como 𝑎11 = 1, podemos aplicar a regra de Chió para calcular det 𝑀.
1 2 3 4
3 5 8 10
det 𝑀 = | |
2 −1 2 5
4 2 15 11
5−3⋅2 8 − 3 ⋅ 3 10 − 3 ⋅ 4 −1 −1 −2
det 𝑀 = |−1 − 2 ⋅ 2 2 − 2 ⋅ 3 5 − 2 ⋅ 4 | = |−5 −4 −3|
2 − 4 ⋅ 2 15 − 4 ⋅ 3 11 − 4 ⋅ 4 −6 3 −5
1 1 2
det 𝑀 = (−1)(−1) | 5 4 3 |
−6 3 −5
Aplicando novamente a regra de Chió:
4−5⋅1 3−5⋅2 −1 −7
det 𝑀 = | |=| | = −7 − (−63) = 56
3 − (−6) ⋅ 1 −5 − (−6) ⋅ 2 9 7
∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝐴𝑗𝑘 = 0 ; 𝑠𝑒 𝑖 ≠ 𝑗
⏟
𝑘=1
{ 𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑢𝑐ℎ𝑦
∑ 𝑎𝑘𝑗 ⋅ 𝐴𝑘𝑖 = 0 ; 𝑠𝑒 𝑖 ≠ 𝑗
⏟
𝑘=1
{ 𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑢𝑐ℎ𝑦
Logo:
det 𝐴 0 0 ⋯ 0
0 det 𝐴 0 ⋯ 0
𝐷= 0 0 det 𝐴 ⋯ 0 = det 𝐴 ⋅ 𝐼𝑛
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
[ 0 0 0 ⋯ det 𝐴]
Assim, podemos concluir:
𝐴 ⋅ 𝐴̅ = 𝐴̅ ⋅ 𝐴 = det 𝐴 ⋅ 𝐼𝑛
Portanto, para que exista a matriz inversa, precisamos ter, obrigatoriamente, det 𝐴 ≠ 0, caso
contrário, não poderíamos fazer a divisão e, consequentemente, não existiria 𝐴−1 .
Demonstração:
Vamos usar o lema de Cramer:
𝐴 ⋅ 𝐴̅ = det 𝐴 ⋅ 𝐼𝑛
Sendo det 𝐴 uma constante, podemos dividir ambos os lados por esse número e escrever:
1
⇒𝐴⋅(⋅ 𝐴̅) = 𝐼𝑛
det 𝐴
Usando a outra identidade do lema de Cramer:
𝐴̅ ⋅ 𝐴 = det 𝐴 ⋅ 𝐼𝑛
1
⇒( ⋅ 𝐴̅) ⋅ 𝐴 = 𝐼𝑛
det 𝐴
Desse modo:
1 1
𝐴⋅( ⋅ 𝐴̅) = ( ⋅ 𝐴̅) ⋅ 𝐴 = 𝐼𝑛 (1)
det 𝐴 det 𝐴
Pela definição de matriz inversa, temos:
𝐴 ⋅ 𝐴−1 = 𝐴−1 ⋅ 𝐴 = 𝐼𝑛 (2)
Portanto, analisando (1) e (2), podemos ver que:
1
𝐴−1 = ⋅ 𝐴̅
det 𝐴
Vejamos um exemplo:
Vamos calcular a inversa da matriz
1 −1
𝐴=[ ]
3 0
O seu determinante é dado por:
1 −1
det(𝐴) = | |
3 0
det(𝐴) = 1 ∙ 0 − (−1) ∙ 3
det(𝐴) = 0 + 3
det(𝐴) = 3
Devemos encontrar a matriz adjunta de 𝐴, calculando a matriz dos cofatores, encontramos:
0 −3
𝐴′ = [ ]
1 1
Dessa forma:
𝐴̅ = (𝐴′ )𝑡
0 −3 𝑡
𝐴̅ = [ ]
1 1
0 1
𝐴̅ = [ ]
−3 1
Podemos calcular a inversa de 𝐴.
1
𝐴−1 = . 𝐴̅
det(𝐴)
1 0 1
𝐴−1 = .[ ]
3 −3 1
1 1
.0 .1
−1 3 3
𝐴 =
1 1
. (−3) .1
[3 3 ]
1
0
3
𝐴−1 =
1
[ −1
3]
Resolução:
Vamos definir como Δ𝑛 o determinante de ordem 𝑛 representado acima. Para resolver essa
questão, podemos usar o teorema de Laplace na primeira linha e obter:
𝑏2 + 1 𝑏 0 ⋯ 0 0
2
𝑏 𝑏 +1 𝑏 ⋯ 0 0
| 2 |
𝐷11 = (−1)1+1 ⋅ 0 𝑏 𝑏 +1 ⋯ 0 0
| ⋮ ⋮ ⋮ ⋱
2
⋮ ⋮ |
0 0 0 ⋯ 𝑏 +1 𝑏
⏟ 0 2
0 0 ⋯ 𝑏 𝑏 +1
Δ𝑛−1
Note que o determinante acima é igual ao determinante Δ𝑛 reduzido de uma ordem. Então:
⇒ 𝐷11 = Δ𝑛−1
b) Encontrando o menor complementar para 𝑎12 = 𝑏:
⇒ 𝐷12 = −𝑏 ⋅ Δ𝑛−2
Substituindo 𝐷11 e 𝐷12 na equação de Δ𝑛 , obtemos:
Δ𝑛 = (𝑏2 + 1) ⋅ Δ𝑛−1 − 𝑏2 ⋅ Δ𝑛−2
Assim, encontramos a seguinte relação de recorrência:
Δ𝑛 − (𝑏2 + 1) ⋅ Δ𝑛−1 + 𝑏2 ⋅ Δ𝑛−2 = 0
Agora, temos diversos modos de resolvê-la. Veja:
Método 1) Vamos encontrar um padrão no determinante do problema.
Para 𝑛 = 1, temos:
Δ1 = |𝑏2 + 1|
Δ1 = 𝑏2 + 1
Para 𝑛 = 2:
2
Δ2 = |𝑏 + 1 2
𝑏 |
𝑏 𝑏 +1
4 2
Δ2 = 𝑏 + 𝑏 + 1
Para 𝑛 = 3:
𝑏2 + 1 𝑏 0
Δ3 = | 𝑏 2
𝑏 +1 𝑏 |
2
0 𝑏 𝑏 +1
6 4 2
Δ3 = 𝑏 + 𝑏 + 𝑏 + 1
Note que Δ1 , Δ2 e Δ3 podem ser vistos como a soma de uma PG de razão 𝑏2 cujo primeiro
termo é 𝑎1 = 1. Aplicando-se a fórmula da soma da PG nesses determinantes, obtemos:
2
𝑏4 − 1
Δ1 = 𝑏 + 1 = 2
𝑏 −1
4 2
𝑏6 − 1
Δ2 = 𝑏 + 𝑏 + 1 = 2
𝑏 −1
6
𝑏8 − 1
4 2
Δ3 = 𝑏 + 𝑏 + 𝑏 + 1 = 2
𝑏 −1
Perceba o padrão do valor dos determinantes. Vamos fazer a seguinte suposição e provar
que ela é válida por PIF:
𝑏2𝑛+2 − 1
Δ𝑛 =
𝑏2 − 1
1º) Para 𝑘 = 1, sabemos que ela é válida.
2º) Supondo que seja válida para
𝑏2𝑘+2 − 1 𝑏2𝑘 − 1
Δ𝑘 = e Δ𝑘−1 = 2
𝑏2 − 1 𝑏 −1
Precisamos provar que
𝑏2𝑘+4 − 1
Δ𝑘+1 =
𝑏2 − 1
Usando a equação de recorrência, temos:
Δ𝑘+1 = (𝑏2 + 1) ⋅ Δ𝑘 − 𝑏2 ⋅ Δ𝑘−1
Substituindo os valores de Δ𝑘 e Δ𝑘−1 na equação:
2
𝑏2𝑘+2 − 1 2
𝑏2𝑘 − 1
Δ𝑘+1 = (𝑏 + 1) ⋅ ( 2 )−𝑏 ⋅( 2 )
𝑏 −1 𝑏 −1
(𝑏2𝑘+4 − 𝑏2 + 𝑏2𝑘+2 − 1 − 𝑏2𝑘+2 + 𝑏2 )
Δ𝑘+1 =
𝑏2 − 1
𝑏2𝑘+4 − 1
Δ𝑘+1 =
𝑏2 − 1
Portanto, essa fórmula é válida. Logo, a solução do determinante é dada por:
𝑏2𝑛+2 − 1
Δ𝑛 =
𝑏2 − 1
Equação característica:
𝑥 2 − (𝑏 2 + 1)𝑥 + 𝑏 2 = 0
Essa é uma equação do segundo grau. Vamos calcular o valor do discriminante:
Δ = (𝑏2 + 1)2 − 4𝑏2 = 𝑏4 − 2𝑏2 + 1 = (𝑏2 − 1)2
Como o enunciado afirma que 𝑏2 ≠ 1, temos Δ = (𝑏2 − 1)2 > 0. Logo, a equação
característica possui 2 raízes distintas. Então, a solução da recorrência é dada pela seguinte equação:
Δ𝑛 = 𝑐1 ⋅ 𝑥1𝑛 + 𝑐2 ⋅ 𝑥2𝑛
Onde 𝑥1 , 𝑥2 são as raízes da equação característica e 𝑐1 , 𝑐2 são constantes.
Vamos calcular as raízes:
(𝑏2 + 1) ± √(𝑏2 − 1)2 𝑏2 + 1 ± (𝑏2 − 1)
𝑥1,2 = =
2 2
2
𝑥1 = 𝑏 e 𝑥2 = 1
Substituindo na fórmula de Δ𝑛 :
Δ𝑛 = 𝑐1 ⋅ 𝑏2𝑛 + 𝑐2
Agora, precisamos encontrar o valor das constantes 𝑐1 e 𝑐2 .
Para 𝑛 = 1, temos:
⏟1 = 𝑐1 ⋅ 𝑏2 + 𝑐2
Δ
𝑏2 +1
𝑐1 ⋅ 𝑏2 + 𝑐2 = 𝑏2 + 1
Para 𝑛 = 2:
Δ
⏟2 = 𝑐1 ⋅ 𝑏4 + 𝑐2
𝑏4 +𝑏2 +1
𝑐1 ⋅ 𝑏4 + 𝑐2 = 𝑏4 + 𝑏2 + 1
Assim, temos o seguinte sistema:
𝑐1 ⋅ 𝑏2 + 𝑐2 = 𝑏2 + 1 (𝐼)
{
𝑐1 ⋅ 𝑏4 + 𝑐2 = 𝑏4 + 𝑏2 + 1 (𝐼𝐼)
Fazendo (𝐼𝐼) − (𝐼):
𝑏2
𝑐1 (𝑏4 − 𝑏2 ) = 𝑏4 ⇒ 𝑐1 =
𝑏2 − 1
Substituindo o valor de 𝑐1 em (𝐼):
𝑏2 2 2 2
𝑏4 1
2
⋅ 𝑏 + 𝑐2 = 𝑏 + 1 ⇒ 𝑐2 = 𝑏 + 1 − 2 =− 2
𝑏 −1 𝑏 −1 𝑏 −1
Desse modo, obtemos:
𝑏2 1
Δ𝑛 = ( 2 ) ⋅ 𝑏2𝑛 + (− 2 )
𝑏 −1 𝑏 −1
𝑏2𝑛+2 − 1
Δ𝑛 =
𝑏2 − 1
3. LISTA DE QUESTÕES
ITA
14. (ITA/2019)
Considere as seguintes afirmações a respeito de matrizes 𝐴 de ordem 𝑛 𝑥 𝑛 inversiveis, tais
que os seus elementos e os de sua inversa sejam todos números inteiros:
I. |𝑑𝑒𝑡(𝐴)| = 1.
II. 𝐴𝑇 = 𝐴−1 .
III. 𝐴 + 𝐴−1 é uma matriz diagonal.
É(são) sempre VERDADEIRA(S)
a) apenas I.
b) apenas III.
c) apenas I e II.
d) apenas I e III.
e) todas.
15. (ITA/2018)
Uma progressão aritmética (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 ) satisfaz a propriedade: para cada 𝑛 ∈ ℕ, a soma da
𝑎1 𝑎2 𝑎3
progressão é igual a 2𝑛2 + 5𝑛. Nessas condições, o determinante da matriz [ 𝑎4 𝑎5 𝑎6 ]
𝑎7 + 2 𝑎8 𝑎9
é
a) −96.
b) −85.
c) 63.
d) 99.
e) 115.
16. (ITA/2018)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes quadradas 𝑛 𝑥 𝑛 tais que 𝐴 + 𝐵 = 𝐴 ⋅ 𝐵 e 𝐼𝑛 a matriz identidade 𝑛 𝑥 𝑛.
Das afirmações:
I. 𝐼𝑛 − 𝐵 é inversível;
II. 𝐼𝑛 − 𝐴 é inversível;
III. 𝐴 ⋅ 𝐵 = 𝐵 ⋅ 𝐴.
é (são) verdadeira(s)
a) Somente I.
b) Somente II.
c) Somente III.
d) Somente I e II.
e) Todas.
17. (ITA/2017)
1 0 0 7 0 2
Sejam 𝐷 = [0 2 0] e 𝑃 = [0 1 0].
0 0 3 2 0 5
Considere 𝐴 = 𝑃−1 𝐷𝑃. O valor de 𝑑𝑒𝑡(𝐴2 + 𝐴) é
a) 144.
b) 180.
c) 240.
d) 324.
e) 360.
18. (ITA/2016)
1 −1 2 1
Se 𝑀 = [ ]e𝑁 =[ ], então 𝑀𝑁 𝑇 − 𝑀−1 𝑁 é igual a
2 0 −1 3
3 5
−
a) [25 2
3]
−
2 2
3 1
−
b) [27 2
5]
−
2 2
3 11
−
2 2
c) [13 5]
−
2 2
3 5
−
2 2
d) [13 3]
−
2 2
3 11
−
2 2
e) [13 3]
−
2 2
19. (ITA/2016)
1 0
Seja 𝐴 a matriz de ordem 3𝑥2, dada por 𝐴 = [0 1].
1 1
a) Determine todas as matrizes 𝐵 tais que 𝐵𝐴 = 𝐼2 .
b) Existe uma matriz 𝐵 com 𝐵𝐴 = 𝐼2 que satisfaça 𝐵𝐵𝑇 = 𝐼2 ? Se sim, dê um exemplo de uma
dessas matrizes.
20. (ITA/2015)
Seja 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )5𝑥5 a matriz tal que 𝑎𝑖𝑗 = 2𝑖−1 (2𝑗 − 1), 1 ≤ 𝑖, 𝑗 ≤ 5. Considere as afirmações a
seguir:
I. Os elementos de cada linha 𝑖 formam uma progressão aritmética de razão 2𝑖 .
II. Os elementos de cada coluna 𝑗 formam uma progressão geométrica de razão 2.
III. 𝑡𝑟𝐴 é um número primo.
É (são) verdadeira(s)
a) apenas I.
b) apenas I e II.
c) apenas II e III.
d) apenas I e III.
e) I, ll e III.
21. (ITA/2014)
Seja 𝑀 uma matriz quadrada de ordem 3, inversivel, que satisfaz a igualdade
23
det(2𝑀2 ) − det(√2𝑀3 ) =
det (3𝑀).
9
Então, um valor possível para o determinante da inversa de 𝑀 é
a) 1/3
b) 1/2
c) 2/3
d) 4/5
e) 5/4
22. (ITA/2014)
Considere as seguintes afirmações sobre as matrizes quadradas 𝐴 e 𝐵 de ordem 𝑛, com 𝐴
inversível e 𝐵 antissimétrica:
I. Se o produto 𝐴𝐵 for inversível, então 𝑛 é par;
II. Se o produto 𝐴𝐵 não for inversível, então 𝑛 é ímpar;
III. Se 𝐵 for inversível, então 𝑛 é par.
Destas afirmações, é (são) verdadeira(s)
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) Todas.
23. (ITA/2014)
2𝑒 −2𝑡 −𝑒 2𝑡 −1
Considere a equação 𝐴(𝑡 ) ⋅ 𝑋 = 𝐵(𝑡), 𝑡 ∈ ℝ, em que 𝐴(𝑡 ) = [ −1 1 1 ],𝑋 =
−3 1 2
𝑥 𝑒𝑡
[𝑦] e 𝐵(𝑡 ) = [−√2]. Sabendo que det 𝐴(𝑡) = 1 e 𝑡 ≠ 0, os valores de 𝑥, 𝑦 e 𝑧 são,
𝑧 0
respectivamente,
a) 2√2, 0, −3√2.
b) −2√2, 0, −3√2.
c) 0, 3√2, 2√2.
d) 0,2√3, √3.
e) 2√3, −√3, 0.
24. (ITA/2013)
Considere 𝐴 ∈ 𝑀5𝑥5 (ℝ) com det(𝐴) = √6 e 𝛼 ∈ ℝ\{0}. Se det(𝛼𝐴𝑡 𝐴𝐴𝑡 ) = √6𝛼 2 , o valor de
𝛼é
a) 1/6
b) √6/6
3
c) √36/6
d) 1
e) √216
25. (ITA/2012)
Considere a matriz quadrada 𝐴 em que os termos da diagonal principal são 1,1 + 𝑥1 , 1 +
𝑥2 , … ,1 + 𝑥𝑛 e todos os outros termos são iguais a 1. Sabe-se que (𝑥1 , 𝑥2 , … , 𝑥𝑛 ) é uma
progressão geométrica cujo primeiro termo é 1/2 e a razão é 4. Determine a ordem da matriz
𝐴 para que o seu determinante seja igual a 256.
26. (ITA/2011)
Determine todas as matrizes 𝑀 ∈ 𝕄2𝑥2 (ℝ) tais que 𝑀𝑁 = 𝑁𝑀, ∀𝑁 ∈ 𝕄2𝑥2 (ℝ).
27. (ITA/2010)
Sobre os elementos da matriz
𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4
𝑦 𝑦2 𝑦3 𝑦4
𝐴=[ 1 ] ∈ 𝑀4𝑥4 (ℝ)
0 0 0 1
1 0 0 0
sabe-se que (𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 , 𝑥4 ) e (𝑦1 , 𝑦2 , 𝑦3 , 𝑦4 ) são duas progressões geométricas de razão 3 e 4
e de soma 80 e 255, respectivamente, então, det(𝐴−1 ) e o elemento (𝐴−1 )23 valem,
respectivamente,
1
a) e 12
72
1
b) − e −12
72
1
c) − e 12
72
1 1
d) − e
72 12
1 1
e) e
72 12
28. (ITA/2008)
Uma matriz real quadrada 𝐴 é ortogonal se 𝐴 é inversível e 𝐴−1 = 𝐴𝑡 . Determine todas as
matrizes 2𝑥2 que são simétricas e ortogonais, expressando-as, quando for o caso, em termos
de seus elementos que estão fora da diagonal principal.
29. (ITA/2008)
Sejam 𝐴 e 𝐶 matrizes 𝑛 𝑥 𝑛 inversíveis tais que det(𝐼 + 𝐶 −1 𝐴) = 1/3 e det 𝐴 = 5. Sabendo-se
que 𝐵 = 3(𝐴−1 + 𝐶 −1 )𝑡 , então o determinante de 𝐵 é igual a
a) 3𝑛
3𝑛
b) 2 ⋅ ( 2 )
5
c) 1/5
3𝑛−1
d)
5
e) 5 ⋅ 3𝑛−1
30. (ITA/2006)
Sejam as matrizes
1 0 1/2 −1 1 3 −1/2 1
−2 5 2 −3 1 −2 −2 3
𝐴=[ ]e𝐵 =[ ]
1 −1 2 1 −1 1 1 1
−5 1 3/2 0 5 −1 1/2 5
Determine o elemento 𝑐34 da matriz 𝐶 = (𝐴 + 𝐵)−1 .
31. (ITA/2006)
𝑎 𝑏 𝑐 −2𝑎 −2𝑏 −2𝑐
Se det 𝑝
[ 𝑞 𝑟] = −1, então o valor do det [2𝑝 + 𝑥 2𝑞 + 𝑦 2𝑟 + 𝑧] é igual a
𝑥 𝑦 𝑧 3𝑥 3𝑦 3𝑧
a) 0
b) 4
c) 8
d) 12
e) 16
32. (ITA/2005)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes 2𝑥2 tais que 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴 e que satisfazem à equação matricial 𝐴2 + 2𝐴𝐵 −
𝐵 = 0. Se 𝐵 é inversível, mostre que (a) 𝐴𝐵−1 = 𝐵−1 𝐴 e que (b) 𝐴 é inversível.
33. (ITA/2004)
Considere as afirmações dadas a seguir, em que 𝐴 é uma matriz quadrada 𝑛𝑥𝑛, 𝑛 ≥ 2:
I. O determinante de 𝐴 é nulo se, e somente se, 𝐴 possui uma linha ou uma coluna nula.
II. Se 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 ) é tal que 𝑎𝑖𝑗 = 0 para 𝑖 > 𝑗, com 𝑖, 𝑗 = 1, 2, … , 𝑛, então det 𝐴 = 𝑎11 𝑎22 … 𝑎𝑛𝑛 .
III. Se 𝐵 for obtida de 𝐴, multiplicando-se a primeira coluna por √2 + 1 e a segunda por √2 −
1, mantendo-se inalteradas as demais colunas, então det 𝐵 = det 𝐴.
Então, podemos afirmar que é (são) verdadeira(s)
a) apenas II.
b) apenas III.
c) apenas I e II.
d) apenas II e III.
e) todas.
34. (ITA/2004)
Seja 𝑥 ∈ ℝ e a matriz
2𝑥 (𝑥 2 + 1)−1
𝐴=[ ]
2𝑥 log 2 5
Assinale a opção correta.
a) ∀𝑥 ∈ ℝ, 𝐴 possui inversa.
b) Apenas para 𝑥 > 0, 𝐴 possui inversa.
c) São apenas dois os valores de 𝑥 para os quais 𝐴 possui inversa.
d) Não existe valor de 𝑥 para o qual 𝐴 possui inversa.
e) Para 𝑥 = log 2 5 , 𝐴 não possui inversa.
35. (ITA/2004)
Se 𝐴 é uma matriz real, considere as definições:
I. Uma matriz quadrada 𝐴 é ortogonal se e só se 𝐴 for inversível e 𝐴−1 = 𝐴𝑡 .
II. Uma matriz quadrada 𝐴 é diagonal se e só se 𝑎𝑖𝑗 = 0, para todo 𝑖, 𝑗 = 1, … , 𝑛, com 𝑖 ≠ 𝑗.
Determine as matrizes quadradas de ordem 3 que são, simultaneamente, diagonais e
ortogonais.
36. (ITA/2003)
Sejam 𝐴 e 𝑃 matrizes 𝑛 𝑥 𝑛 inversíveis e 𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃.
Das afirmações:
I. 𝐵𝑡 é inversível e (𝐵𝑡 )−1 = (𝐵−1 )𝑡 .
II. Se 𝐴 é simétrica, então 𝐵 também o é.
III. det(𝐴 − 𝜆𝐼) = det(𝐵 − 𝜆𝐼) , ∀𝜆 ∈ ℝ.
é(são) verdadeira(s):
a) todas.
b) apenas I.
c) apenas I e II.
d) apenas I e III.
e) apenas II e III.
37. (ITA/2003)
Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑑 números reais não-nulos. Exprima o valor do determinante da matriz
𝑏𝑐𝑑 1 𝑎 𝑎2
[ 𝑎𝑐𝑑 1 𝑏 𝑏2 ]
𝑎𝑏𝑑 1 𝑐 𝑐2
𝑎𝑏𝑐 1 𝑑 𝑑2
na forma de um produto de números reais.
38. (ITA/2002)
Seja 𝐴 uma matriz real 2𝑥2. Suponha que 𝛼 e 𝛽 sejam dois números distintos, e 𝑉 e 𝑊 duas
matrizes reais 2𝑥1 não-nulas, tais que 𝐴𝑉 = 𝛼𝑉 e 𝐴𝑊 = 𝛽𝑊.
Se 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ são tais que 𝑎𝑉 + 𝑏𝑊 é igual à matriz nula 2𝑥1, então 𝑎 + 𝑏 vale
a) 0.
b) 1.
c) −1.
d) 1/2.
e) −1/2.
39. (ITA/2002)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes quadradas de ordem 𝑛 tais que 𝐴𝐵 = 𝐴 e 𝐵𝐴 = 𝐵.
Então, [(𝐴 + 𝐵)𝑡 ]2 é igual a
a) (𝐴 + 𝐵)2 .
b) 2(𝐴𝑡 ⋅ 𝐵𝑡 ).
c) 2(𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 ).
d) 𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 .
e) 𝐴𝑡 𝐵𝑡 .
40. (ITA/2002)
Seja a matriz
𝑐𝑜𝑠25° 𝑠𝑒𝑛65°
[ ]
𝑠𝑒𝑛120° 𝑐𝑜𝑠390°
O valor de seu determinante é
2√2
a)
3
3√3
b)
2
√3
c)
2
d) 1
e) 0
41. (ITA/2001)
Considere a matriz
1 1 1 1
1 2 3 4
𝐴=[ ]
1 4 9 16
1 8 27 64
A soma dos elementos da primeira coluna da matriz inversa de 𝐴 é:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
42. (ITA/2001)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes 𝑛 𝑥 𝑛, e 𝐵 uma matriz simétrica. Dadas as afirmações:
(I) 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴𝑡 é simétrica.
(II) (𝐴 + 𝐴𝑡 + 𝐵) é simétrica.
(III) 𝐴𝐵𝐴𝑡 é simétrica.
temos que:
a) apenas (I) é verdadeira.
b) apenas (II) é verdadeira.
c) apenas (III) é verdadeira.
d) apenas (I) e (III) são verdadeiras.
e) todas as afirmações são verdadeiras.
43. (ITA/2000)
Considere as matrizes mostradas na figura adiante
1 −1 3 1 0 2 0 𝑥
𝑀 = ( 0 1 0 ) , 𝑁 = ( 3 2 0 ) , 𝑃 = ( 1 ) e 𝑋 = (𝑦 )
2 3 1 1 1 1 0 𝑧
Se 𝑋 é solução de 𝑀−1 𝑁𝑋 = 𝑃, então 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 é igual a
a) 35.
b) 17.
c) 38.
d) 14.
e) 29.
44. (ITA/2000)
Sendo 𝑥 um número real positivo, considere as matrizes mostradas na figura a seguir
log 1 𝑥 log 1 𝑥 2 1
𝐴=( 3 3 )
0 − log 3 𝑥 1
0 log 1 𝑥 2
3
𝐵=( 1 0 )
−3 log 1 𝑥 −4
3
45. (ITA/2000)
Considere as matrizes reais mostradas na figura adiante
𝑎 0 0 1 0 0
𝑀 = ( 0 𝑏 1) e 𝐼 = ( 0 1 0)
0 0 𝑐 0 0 1
em que 𝑎 ≠ 0 e 𝑎, 𝑏 e 𝑐 formam, nesta ordem, uma progressão geométrica de razão 𝑞 > 0.
Sejam 𝜆1 , 𝜆2 e 𝜆3 as raízes da equação det(𝑀 − 𝜆𝐼) = 0. Se 𝜆1 𝜆2 𝜆3 = 𝑎 e 𝜆1 + 𝜆2 + 𝜆3 = 7𝑎,
então 𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 é igual a
a) 21/8
b) 91/9
c) 36/9
d) 21/16
e) 91/36
46. (ITA/1999)
Sejam 𝑥, 𝑦 e 𝑧 números reais com 𝑦 ≠ 0. Considere a matriz inversível
𝑥 1 1
𝐴 = [𝑦 0 0]
𝑧 −1 1
Então:
a) A soma dos termos da primeira linha de 𝐴−1 é igual a 𝑥 + 1.
b) A soma dos termos da primeira linha de 𝐴−1 é igual a 0.
c) A soma dos termos da primeira coluna de 𝐴−1 é igual a 1.
d) O produto dos termos da segunda linha de 𝐴−1 é igual a 𝑦.
e) O produto dos termos da terceira coluna de 𝐴−1 é igual a 1.
47. (ITA/1999)
Considere as matrizes
1 0 −1 1 0 𝑥 1
𝐴=[ ],𝐼 = [ ] , 𝑋 = [𝑦] , 𝐵 = [ ].
0 −1 2 0 1 2
𝑡
Se 𝑥 e 𝑦 são soluções do sistema (𝐴𝐴 − 3𝐼)𝑋 = 𝐵, então 𝑥 + 𝑦 é igual a:
a) 2
b) 1
c) 0
d) −1
e) −2
48. (ITA/1998)
Sejam as matrizes reais de ordem 2,
2+𝑎 𝑎 1 1
𝐴=[ ] e 𝐵=[ ]
1 1 𝑎 2+𝑎
Então, a soma dos elementos da diagonal principal de (𝐴𝐵)−1 é igual a:
a) 𝑎 + 1
b) 4(𝑎 + 1)
1
c) (5 + 2𝑎 + 𝑎2 )
4
1
d) (1 + 2𝑎 + 𝑎2 )
4
1
e) (5 + 2𝑎 + 𝑎2 )
2
49. (ITA/1998)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes reais quadradas de ordem 2 que satisfazem a seguinte propriedade:
existe uma matriz 𝑀 inversível tal que: 𝐴 = 𝑀 −1 𝐵𝑀.
Então:
a) det(−𝐴𝑡 ) = det 𝐵
b) det 𝐴 = − det 𝐵
c) det(2𝐴) = 2 det 𝐵
d) Se det 𝐵 ≠ 0 então det(−𝐴𝐵) < 0
e) det(𝐴 − 𝐼) = − det(𝐼 − 𝐵)
50. (ITA/1997)
Considere as matrizes
2 0 1 −1 0 1
𝐴 = (0 2 0) e 𝐵 = ( 0 −2 0 )
1 0 2 1 0 −1
Sejam 𝜆0 , 𝜆1 e 𝜆2 as raízes da equação det(𝐴 − 𝜆𝐼3 ) = 0 com 𝜆0 ≤ 𝜆1 ≤ 𝜆2 .
Considere as afirmações
(I) 𝐵 = 𝐴 − 𝜆0 𝐼3
(II) 𝐵 = (𝐴 − 𝜆1 𝐼3 )𝐴
(III) 𝐵 = 𝐴(𝐴 − 𝜆2 𝐼3 )
Então
a) todas as afirmações são falsas.
b) todas as afirmações são verdadeiras.
c) apenas (I) é falsa.
d) apenas (II) é falsa.
e) apenas (III) é verdadeira.
51. (ITA/1996)
Seja 𝑎 ∈ ℝ e considere as matrizes reais 2𝑥2,
3𝑎 −1 7𝑎−1 8𝑎−3 ]
𝐴=[ ] e 𝐵 = [
−1 3𝑎 7 2−3
O produto 𝐴𝐵 será inversível se e somente se:
a) 𝑎2 − 5𝑎 + 6 ≠ 0
b) 𝑎2 − 5𝑎 ≠ 0
c) 𝑎2 − 3𝑎 ≠ 0
d) 𝑎2 − 2𝑎 + 1 ≠ 0
e) 𝑎2 − 2𝑎 ≠ 0
52. (ITA/1996)
Considere 𝐴 e 𝐵 matrizes reais 2𝑥2, arbitrárias. Das afirmações a seguir assinale a verdadeira.
Justifique a afirmação verdadeira e dê exemplo para mostrar que cada uma das demais é falsa.
a) Se 𝐴 é não nula então 𝐴 possui inversa.
b) (𝐴𝐵)𝑡 = 𝐴𝑡 𝐵𝑡
c) det(𝐴𝐵) = det(𝐵𝐴)
d) det 𝐴2 = 2 det 𝐴
e) (𝐴 + 𝐵)(𝐴 − 𝐵) = 𝐴2 − 𝐵2
53. (ITA/1995)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes reais 3𝑥3. Se 𝑡𝑟(𝐴) denota a soma dos elementos da diagonal principal
de 𝐴, considere as afirmações:
[(I)] 𝑡𝑟(𝐴𝑡 ) = 𝑡𝑟(𝐴)
[(II)] Se 𝐴 é inversível, então 𝑡𝑟(𝐴) ≠ 0.
[(III)] 𝑡𝑟(𝐴 + 𝜆𝐵) = 𝑡𝑟(𝐴) + 𝜆𝑡𝑟(𝐵), para todo 𝜆 ∈ ℝ.
Temos que:
a) todas as afirmações são verdadeiras.
b) todas as afirmações são falsas.
c) apenas a afirmação (I) é verdadeira.
d) apenas a afirmação (II) é falsa.
e) apenas a afirmação (III) é falsa.
54. (ITA/1995)
Dizemos que duas matrizes 𝑛 𝑥 𝑛 𝐴 e 𝐵 são semelhantes se existe uma matriz 𝑛 𝑥 𝑛 inversível
𝑃 tal que 𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃. Se 𝐴 e 𝐵 são matrizes semelhantes quaisquer, então:
a) 𝐵 é sempre inversível.
b) se 𝐴 é simétrica, então 𝐵 também é simétrica.
c) 𝐵2 é semelhante a 𝐴.
d) se 𝐶 é semelhante a 𝐴, então 𝐵𝐶 é semelhante a 𝐴2 .
e) det(𝜆𝐼 − 𝐵) = det(𝜆𝐼 − 𝐴), onde 𝜆 é um real qualquer.
IME
55. (IME/2019)
Calcule o valor do determinante:
4 2 1
| log 81 log 900 log 300 |
(log 9)2 2 + 4 log 3 + 2(log 3)2 (log 3 + 2)2
a) 1
b) 2
c) 4
d) 8
e) 16
56. (IME/2018)
Sejam 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 e 𝑥4 os quatro primeiros termos de uma P.A. com 𝑥1 = 𝑥 e razão 𝑟, com 𝑥, 𝑟 ∈
ℝ. O determinante de
𝑥1 𝑥1 𝑥1 𝑥1
𝑥1 𝑥2 𝑥2 𝑥2
|𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 |
1 2 3 3
𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4
é
a) 0
b) 𝑥 4 ⋅ 𝑟
c) 𝑥 4 ⋅ 𝑟 3
d) 𝑥 ⋅ 𝑟 4
e) 𝑥 ⋅ 𝑟 3
57. (IME/2017)
Seja 𝑀 uma matriz real 2𝑥2. Defina uma função 𝑓 na qual cada elemento da matriz se desloca
𝑎 𝑏
para a posição seguinte no sentido horário, ou seja, se 𝑀 = ( ), implica que 𝑓 (𝑀 ) =
𝑐 𝑑
𝑐 𝑎
( ).
𝑑 𝑏
Encontre todas as matrizes simétricas 2𝑥2 reais na qual 𝑀2 = 𝑓 (𝑀).
58. (IME/2017)
1 𝑎 −2
Seja 𝐴 = [𝑎 − 2 1 1 ] com 𝑎 ∈ ℝ. Sabe-se que det(𝐴2 − 2𝐴 + 𝐼) = 16. A soma dos
2 −3 1
valores de 𝑎 que satisfazem essa condição é:
Obs.: det(𝑋 ) denota o determinante da matriz 𝑋
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) 4
59. (IME/2016)
𝑎 𝑏
Seja 𝐴 = [ ]. O maior valor de 𝑎, com 𝑎 ≠ 1, que satisfaz 𝐴24 = 𝐼 é:
−𝑏 𝑎
Observação: 𝐼 é a matriz identidade 2𝑥2.
1
a)
2
√2
b)
2
√3
c)
2
√2
d) (√3 − 1)
4
√2
e) (√3 + 1)
4
60. (IME/2015)
Sejam 𝑆 = 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 e 𝑃 = 𝑎 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑐. Calcule o determinante abaixo unicamente em função de
𝑆 e 𝑃.
𝑎 2 + (𝑏 + 𝑐 )2 2𝑏2 (𝑎 + 𝑏 ) 2 + 𝑐 2
| 2𝑎2 (𝑎 + 𝑐 )2 + 𝑏 2 (𝑎 + 𝑏 ) 2 + 𝑐 2 |
𝑎2 𝑏2 (𝑎 + 𝑏 ) 2
61. (IME/2015)
Dada a matriz 𝐴, a soma do módulo dos valores de 𝑥 que tornam o determinante da matriz 𝐴
nulo é:
1 2𝑥 0 0
𝑥2 1 𝑥−1 2
𝐴=[ ]
1 𝑥+4 0 0
𝑥 −1 1 𝑥−2
a) 7
b) 8
c) 9
d) 10
e) 11
62. (IME/2014)
𝑎 𝑏 𝑐
Seja a matriz 𝐴 = [𝑏 𝑐 𝑎], em que 𝑎, 𝑏 e 𝑐 são números reais positivos satisfazendo 𝑎𝑏𝑐 =
𝑐 𝑎 𝑏
1. Sabe-se que 𝐴𝑇 𝐴 = 𝐼, em que 𝐴𝑇 é a matriz transposta de 𝐴 e 𝐼 é a matriz identidade de 3ª
ordem. O produto dos possiveis valores de 𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 é
a) 2
b) 4
c) 6
d) 8
e) 10
63. (IME/2013)
1 2 3
Seja Δ o determinante da matriz [𝑥 𝑥2 𝑥 3 ]. O número de possíveis valores de 𝑥 reais que
𝑥 𝑥 1
anulam Δ é
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) 4
64. (IME/2012)
São dadas as matrizes quadradas inversiveis 𝐴, 𝐵 e 𝐶, de ordem 3. Sabe-se que o determinante
1
de 𝐶 vale (4 − 𝑥), onde 𝑥 é um número real, o determinante da matriz inversa de 𝐵 vale − e
3
que (𝐶𝐴𝑡 )𝑡 = 𝑃−1 𝐵𝑃, onde 𝑃 é uma matriz inversível.
0 0 1
Sabendo que 𝐴 = (3 𝑥 0), determine os possíveis valores de 𝑥.
1 0 0
𝑡
Obs.: (𝑀) é a matriz transposta de 𝑀.
a) −1 e 3
b) 1 e −3
c) 2 e 3
d) 1 e 3
e) −2 e −3
65. (IME/2012)
Calcule as raízes de 𝑓(𝑥) em função de 𝑎, 𝑏 e 𝑐, sendo 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑥 ∈ ℝ (real) e
𝑥 𝑎 𝑏 𝑐
𝑎 𝑥 𝑐 𝑏
𝑓 (𝑥 ) = | |.
𝑏 𝑐 𝑥 𝑎
𝑐 𝑏 𝑎 𝑥
66. (IME/2010)
𝑦2 + 𝑧2 𝑥𝑦 𝑥𝑧
2 2
Demonstre que a matriz ( 𝑥𝑦 𝑥 +𝑧 𝑦𝑧 ), onde 𝑥, 𝑦, 𝑧 ∈ ℕ, pode ser escrita
𝑥𝑧 𝑦𝑧 𝑥 + 𝑦2
2
como o quadrado de uma matriz simétrica, com traço igual a zero, cujos elementos pertencem
ao conjunto dos números naturais.
Obs.: Traço de uma matriz é a soma dos elementos de sua diagonal principal.
67. (IME/2010)
Considere o determinante de uma matriz de ordem 𝑛, definido por:
1 1 1 1 … 1 1
−1 3 0 0 … 0 0
|0 −1 3 0 … 0 0|
Δ𝑛 = 0 0 −1 3 … 0 0
|… … … … … … …|
0 0 0 0 … 3 0
0 0 0 0 … −1 3
68. (IME/2009)
Seja 𝐴 uma matriz quadrada inversível de ordem 4 tal que o resultado da soma (𝐴4 + 3𝐴3 ) é
uma matriz de elementos nulos. O valor do determinante de 𝐴 é
a) −81
b) −27
c) −3
d) 27
e) 81
69. (IME/2008)
Assinale a opção correspondente ao valor da soma das raízes reais da equação:
log 𝑥 log 𝑥 log 𝑥
|log 6𝑥 log 3𝑥 cos 𝑥 | = 0
1 1 log 2 𝑥
a) 1,0
b) 𝜋
c) 10,0
d) 11,0
e) 11,1
70. (IME/2007)
Seja a matriz 𝐷 dada por:
1 1 1
𝐷=[ 𝑝 𝑞 𝑟 ]
𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂) 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂)
na qual 𝑝, 𝑞 e 𝑟 são lados de um triângulo cujos ângulos opostos são, respectivamente,
𝑃̂, 𝑄̂ e 𝑅̂. O valor do determinante de 𝐷 é
a) −1
b) 0
c) 1
d) 𝜋
e) 𝑝 + 𝑞 + 𝑟
71. (IME/2007)
3 1
1 0
Considere as matrizes 𝐴 = [41 4
3] e 𝐵 = [0 1 ], e seja 𝑃 uma matriz inversível tal que 𝐵 =
2
4 4
𝑃−1 𝐴𝑃. Sendo 𝑛 um número natural, calcule o determinante da matriz 𝐴𝑛 .
72. (IME/2006)
Seja 𝐷𝑛 = det(𝐴𝑛 ), onde
2 −1 0 0 ⋯ 0 0
−1 2 −1 0 ⋯ 0 0
0 −1 2 −1 ⋯ 0 0
𝐴𝑛 =
⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
[0 0 0 0 ⋯ −1 2 ]𝑛𝑥𝑛
Determine 𝐷𝑛 em função de 𝑛 (𝑛 ∈ ℕ, 𝑛 ≥ 1).
73. (IME/2004)
Calcule o número natural 𝑛 que torna o determinante abaixo igual a 5.
1 −1 0 0
0 1 −1 0
| |
0 0 1 −1
log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 + 1) log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1)
74. (IME/2002)
Uma matriz quadrada é denominada ortogonal quando a sua transposta é igual a sua inversa.
Considerando esta definição, determine se a matriz [𝑅], abaixo, é uma matriz ortogonal,
sabendo-se que 𝑛 é um número inteiro e 𝛼 é um ângulo qualquer. Justifique a sua resposta.
cos(𝑛𝛼) −sen(𝑛𝛼) 0
[𝑅] = [sen(𝑛𝛼) cos(𝑛𝛼) 0]
0 0 1
75. (IME/2000)
Calcule o determinante:
1 1 1 1 1 1 1
1 3 1 1 1 1 1
|1 1 5 1 1 1 1|
𝐷= 1 1 1 7 1 1 1
|1 1 1 1 9 1 1|
1 1 1 1 1 11 1
1 1 1 1 1 1 13
76. (IME/1999)
6 0
Determine uma matriz não singular 𝑃 que satisfaça a equação matricial 𝑃−1 𝐴 = [ ],
0 −1
1 2
onde 𝐴 = [ ].
5 4
77. (IME/1994)
Um aluno, ao inverter a matriz
1 𝑎 𝑏
𝐴 = [0 𝑐 𝑑 ] = [𝑎𝑖𝑗 ], 1 ≤ 𝑗, 𝑗 ≤ 3
4 𝑒 𝑓
cometeu um engano, e considerou o elemento 𝑎13 igual a 3, de forma que acabou invertendo
a matriz
1 𝑎 𝑏
𝐵 = [0 𝑐 𝑑 ] = [𝑏𝑖𝑗 ]
3 𝑒 𝑓
Com esse engano o aluno encontrou
5/2 0 −1/2
−1
𝐵 =[ 3 1 −1 ]
−5/2 0 1/2
Determinar 𝐴−1 .
Obs.: O elemento (3,1) de 𝐵−1 deve ser −3/2.
78. (IME/1993)
Determine os valores de 𝑥 para que:
𝑥 2 4 6
𝑥 𝑥+2 0 10
| 2 |=0
𝑥 0 4𝑥 4
𝑥 4 10 𝑥−2
79. (IME/1992)
80. (IME/1991)
Determine todas as matrizes 𝑋 reais, de dimensões 2𝑥2, tais que 𝐴𝑋 = 𝑋𝐴, para toda matriz
𝐴 real 2𝑥2.
81. (IME/1990)
Calcule o determinante da matriz 𝑛𝑥𝑛 que possui zeros na diagonal principal e todos os outros
elementos iguais a 1.
82. (IME/1989)
Calcule o determinante da matriz
𝑎2 (𝑎 + 1)2 ( 𝑎 + 2)2 (𝑎 + 3)2
𝑏2 (𝑏 + 1)2 ( 𝑏 + 2)2 (𝑏 + 3)2
𝑐2 (𝑐 + 1)2 ( 𝑐 + 2)2 (𝑐 + 3)2
[𝑑 2 (𝑑 + 1)2 ( 𝑑 + 2)2 (𝑑 + 3)2 ]
83. (IME/1988)
Sejam 𝐴, 𝐵 e 𝐶 matrizes 5𝑥5, com elementos reais. Denotando-se por 𝐴′ a matriz transposta
de 𝐴:
a) Mostre que se 𝐴 ⋅ 𝐴′ = 0, então 𝐴 = 0.
b) Mostre que se 𝐵 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′ = 𝐶 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′, então 𝐵 ⋅ 𝐴 = 𝐶 ⋅ 𝐴.
84. (IME/1987)
Sejam
𝑎 𝑏
𝑐 𝑑 𝑖 𝑗 𝑙 𝑚
𝐴=( ) e𝐵 =( )
𝑒 𝑓 𝑛 𝑜 𝑝 𝑞
𝑔 ℎ
duas matrizes de elementos inteiros. Verifique se a matriz 𝐴𝐵 é inversível.
4. GABARITO
ITA
14. a
15. a
16. e
17. a
18. c
𝒂 𝒂−𝟏 𝟏−𝒂 𝟏 𝟎 𝟎
19. 𝐚) 𝑩 = [ ] 𝐛) 𝐒𝐢𝐦. 𝐄𝐱𝐞𝐦𝐩𝐥𝐨: [ ]
𝒅 𝟏+𝒅 −𝒅 𝟎 𝟏 𝟎
20. e
21. a
22. c
23. b
24. c
25. Ordem 5
𝒙 𝟎
26. 𝑴 = ( ) , 𝐜𝐨𝐦 𝒙 ∈ ℝ
𝟎 𝒙
27. c
√ 𝟐 √ 𝟐
28. (𝟏 𝟎) , (−𝟏 𝟎 ) , ( 𝟏 − 𝒃 𝒃 ) , (− 𝟏 − 𝒃 𝒃 ) , 𝒃 ∈ [−𝟏; 𝟏]
𝟎 𝟏 𝟎 −𝟏 𝒃 −√𝟏 − 𝒃 𝟐
𝒃 √𝟏 − 𝒃𝟐
29. d
𝟐
30. 𝒄𝟑𝟒 = − 𝟏𝟏
31. d
32. Demonstração
33. d
34. a
35.
1 0 0 −1 0 0 1 0 0 1 0 0
(0 1 0) ; ( 0 1 0) ; (0 −1 0) ; (0 1 0 )
0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 −1
−1 0 0 −1 0 0 1 0 0 −1 0 0
( 0 −1 0) ; ( 0 1 0 ) ; (0 −1 0 ) ; ( 0 −1 0 )
0 0 1 0 0 −1 0 0 −1 0 0 −1
36. d
37. (𝒅 − 𝒄)(𝒅 − 𝒃)(𝒅 − 𝒂)(𝒄 − 𝒃)(𝒄 − 𝒂)(𝒃 − 𝒂)
38. a
39. c
40. e
41. a
42. e
43. a
44. b
45. a
46. c
47. d
48. c
49. a
50. e
51. e
52. c
53. d
54. e
IME
55. e
56. e
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
𝟎 𝟎 𝟎 𝟏 −
57. 𝑴 = ( ),𝑴 = ( ) , 𝑴 = (𝟐𝟏 𝟐
𝟏) 𝐨𝐮 𝑴 = ( 𝟏
𝟐 𝟐
𝟏)
𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 −
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐
58. d
59. e
60. 𝟐𝑺𝟑 𝑷
61. a
62. Questão anulada
63. c
64. d
65. 𝒙 = −(𝒂 + 𝒃 + 𝒄) 𝒐𝒖 𝒙 = 𝒂 + 𝒃 − 𝒄 𝒐𝒖 𝒙 = 𝒂 − 𝒃 + 𝒄 𝒐𝒖 𝒙 = −𝒂 + 𝒃 + 𝒄
66. Demonstração
67. c
68. e
69. e
70. b
𝟏 𝒏
71. 𝐝𝐞𝐭 𝑨𝒏 = ( )
𝟐
72. 𝑫𝒏 = 𝒏 + 𝟏
73. 𝒏 = 𝟑
74. Prova
75. 𝑫 = 𝟒𝟔𝟎𝟖𝟎
𝟏
−𝟐
76. 𝑷 = [𝟔𝟓 ]
−𝟒
𝟔
𝟓 𝟎 −𝟏
77. 𝑨−𝟏 = [ 𝟖 𝟏 −𝟐]
−𝟒 𝟎 𝟏
𝟒
78. 𝒙 = {−𝟐, 𝟎, }
𝟕
79. 𝑫𝒏 = 𝒙𝒏 + 𝒎𝒏𝒙𝒏−𝟏
𝒎 𝟎
80. 𝑿 = [ ]
𝟎 𝒎
81. 𝑫𝒏 = (𝒏 − 𝟏)(−𝟏)𝒏−𝟏
82. 𝑫 = 𝟎
83. Prova
84. 𝑨𝑩 é não inversível
ITA
14. (ITA/2019)
Considere as seguintes afirmações a respeito de matrizes 𝐴 de ordem 𝑛 𝑥 𝑛 inversiveis, tais
que os seus elementos e os de sua inversa sejam todos números inteiros:
I. |𝑑𝑒𝑡(𝐴)| = 1.
II. 𝐴𝑇 = 𝐴−1 .
III. 𝐴 + 𝐴−1 é uma matriz diagonal.
É(são) sempre VERDADEIRA(S)
a) apenas I.
b) apenas III.
c) apenas I e II.
d) apenas I e III.
e) todas.
Comentários
I. Verdadeira.
Como os elementos da matriz 𝐴 e os de sua inversão são todos inteiros, temos que det 𝐴 e
−1
det 𝐴 são ambos inteiros. Sabendo que:
1
det 𝐴−1 =
det 𝐴
15. (ITA/2018)
Uma progressão aritmética (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 ) satisfaz a propriedade: para cada 𝑛 ∈ ℕ, a soma da
𝑎1 𝑎2 𝑎3
progressão é igual a 2𝑛 + 5𝑛. Nessas condições, o determinante da matriz [ 𝑎4
2 𝑎5 𝑎6 ]
𝑎7 + 2 𝑎8 𝑎9
é
a) −96.
b) −85.
c) 63.
d) 99.
e) 115.
Comentários
O enunciado nos dá a soma dos 𝑛 termos da progressão, podemos encontrar os termos da
PA e sua razão:
𝑆𝑛 = 2𝑛2 + 5𝑛
𝑛 = 1 ⇒ 𝑆1 = 𝑎1 = 2 ⋅ (1)2 + 5 ⋅ 1 = 7
𝑛 = 2 ⇒ 𝑆2 = 𝑎1 + 𝑎2 = 2 ⋅ (2)2 + 5 ⋅ 2 = 18 ⇒ 𝑎2 = 18 − 7 = 11
𝑟 = 𝑎2 − 𝑎1 = 11 − 7 = 4
Vamos substituir os termos da PA e calcular o determinante da matriz:
𝑎1 𝑎2 𝑎3 7 11 15
| 𝑎4 𝑎5 𝑎6 | = |19 23 27|
𝑎7 + 2 𝑎8 𝑎9 33 35 39
16. (ITA/2018)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes quadradas 𝑛 𝑥 𝑛 tais que 𝐴 + 𝐵 = 𝐴 ⋅ 𝐵 e 𝐼𝑛 a matriz identidade 𝑛 𝑥 𝑛.
Das afirmações:
I. 𝐼𝑛 − 𝐵 é inversível;
II. 𝐼𝑛 − 𝐴 é inversível;
III. 𝐴 ⋅ 𝐵 = 𝐵 ⋅ 𝐴.
é (são) verdadeira(s)
a) Somente I.
b) Somente II.
c) Somente III.
d) Somente I e II.
e) Todas.
Comentários
Sabemos que uma matriz é inversível se, e somente se, o seu determinante é diferente de
zero. Então, analisando a afirmação I e II, se det(𝐼𝑛 − 𝐵) ≠ 0 e det(𝐼𝑛 − 𝐴) ≠ 0, temos que 𝐼𝑛 − 𝐵
e 𝐼𝑛 − 𝐴 são inversíveis.
O enunciado diz que:
𝐴 + 𝐵 = 𝐴𝐵
Vamos manipular a equação de modo a encontrar 𝐼 − 𝐴 e 𝐼 − 𝐵:
𝐴 + 𝐵 = 𝐴𝐵 ⇒ 𝐴 − 𝐴𝐵 + 𝐵 = 0
Subtraindo 𝐼, a matriz identidade 𝑛 𝑥 𝑛, nos dois lados da equação:
𝐴 − 𝐴𝐵 + 𝐵 − 𝐼 = −𝐼 ⇒ 𝐴(𝐼 − 𝐵) − (𝐼 − 𝐵) = −𝐼 ⇒ (𝐴 − 𝐼)(𝐼 − 𝐵) = −𝐼
⇒ (𝐼 − 𝐴)(𝐼 − 𝐵) = 𝐼
Aplicando o determinante, encontramos:
det[(𝐼 − 𝐴)(𝐼 − 𝐵)] = 1 ⇒ det(𝐼 − 𝐴) det(𝐼 − 𝐵 ) = 1
Logo, analisando a equação acima, temos det(𝐼 − 𝐴) ≠ 0 e det(𝐼 − 𝐵) ≠ 0. Portanto, ambas
as matrizes são inversíveis e uma é a inversa da outra (devido ao produto (𝐼 − 𝐴)(𝐼 − 𝐵) = 𝐼).
A afirmação III afirma que 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴. Sabemos que as matrizes (𝐼 − 𝐴) e (𝐼 − 𝐵) são inversas
uma da outra, então:
𝐼 = (𝐼 − 𝐵)(𝐼 − 𝐴) = 𝐼 − 𝐴 − 𝐵 + 𝐵𝐴 = 𝐼 − ⏟
(𝐴 + 𝐵) + 𝐵𝐴 = 𝐼 − 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴
𝐴𝐵
⇒ 𝐼 = 𝐼 − 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴 ⇒ 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴
Portanto, todas as afirmações são verdadeiras.
Gabarito: “e”.
17. (ITA/2017)
1 0 0 7 0 2
Sejam 𝐷 = [0 2 0] e 𝑃 = [0 1 0].
0 0 3 2 0 5
Considere 𝐴 = 𝑃 𝐷𝑃. O valor de 𝑑𝑒𝑡(𝐴2 + 𝐴) é
−1
a) 144.
b) 180.
c) 240.
d) 324.
e) 360.
Comentários
Usando o Teorema de Binet, temos:
det(𝐴2 + 𝐴) = det[𝐴(𝐴 + 𝐼)] = det 𝐴 ⋅ det(𝐴 + 𝐼)
O enunciado da questão afirma que:
𝐴 = 𝑃−1 𝐷𝑃
Aplicando o determinante:
det 𝐴 = det(𝑃−1 𝐷𝑃) = det 𝑃−1 ⋅ det 𝐷 ⋅ det 𝑃 = det 𝐷
Para calcular o determinante de 𝐴 + 𝐼, vamos somar 𝐼 na identidade dada:
𝐴 + 𝐼 = 𝑃−1 𝐷𝑃 + ⏟
𝐼 ⇒ 𝐴 + 𝐼 = 𝑃−1 𝐷𝑃 + 𝑃 −1 𝑃
𝑃−1 𝑃
18. (ITA/2016)
1 −1 2 1
Se 𝑀 = [ ]e𝑁 =[ ], então 𝑀𝑁 𝑇 − 𝑀−1 𝑁 é igual a
2 0 −1 3
3 5
−
a) [25 2
3]
−
2 2
3 1
−
b) [27 2
5]
−
2 2
3 11
−
2 2
c) [13 5]
−
2 2
3 5
−
2 2
d) [13 3]
−
2 2
3 11
−
2 2
e) [13 3]
−
2 2
Comentários
𝑎 𝑏
Vamos calcular a inversa de 𝑀, seja 𝑀−1 = [ ]:
𝑐 𝑑
1 −1 𝑎 𝑏 1 0
𝑀𝑀−1 = 𝐼 ⇒ [ ][ ]=[ ]
2 0 𝑐 𝑑 0 1
𝑎−𝑐 =1 1
𝑎 = 0 ⇒ 𝑐 = −1 0
𝑏−𝑑 =0 1 1 −1 2]
{ ⇒{ ⇒𝑀 =[
2𝑎 = 0 𝑏= ⇒𝑑= 1
2 2 −1
2𝑏 = 1 2
Calculando o valor da expressão:
1 1 3 3 11
0 − −
1 −1 2 −1 2] [ 2 1 1 −4
𝑀𝑁 𝑇 − 𝑀−1 𝑁 = [ ][ ]−[ ]=[ ]−[ 2 2] = [ 2 2]
2 0 1 3 1 −1 3 4 −2 5 1 13 5
−1 − −
2 2 2 2 2
Gabarito: “c”.
19. (ITA/2016)
1 0
Seja 𝐴 a matriz de ordem 3𝑥2, dada por 𝐴 = [0 1].
1 1
a) Determine todas as matrizes 𝐵 tais que 𝐵𝐴 = 𝐼2 .
b) Existe uma matriz 𝐵 com 𝐵𝐴 = 𝐼2 que satisfaça 𝐵𝐵𝑇 = 𝐼2 ? Se sim, dê um exemplo de uma
dessas matrizes.
Comentários
𝑎 𝑏 𝑐
a) Seja 𝐵 = [ ], então, temos:
𝑑 𝑒 𝑓
𝑎+𝑐 =1
𝑎 𝑏 𝑐 1 0
1 0 𝑏+𝑐 =0
𝐵𝐴 = 𝐼2 ⇒ [ ][ 1] = [ ]⇒{
𝑑 𝑒 𝑓 0 0 1 𝑑 +𝑓 =0
1 1
𝑒+𝑓 =1
Vamos colocar todas as variáveis em função de 𝑎 e 𝑑:
𝑎+𝑐 =1 𝑐 =1−𝑎
𝑏+𝑐 =0 𝑏 = −𝑐 = 𝑎 − 1
{ {
𝑑+𝑓 =0⇒ 𝑓 = −𝑑
𝑒+𝑓 =1 𝑒 =1−𝑓 =1+𝑑
𝑎 𝑎−1 1−𝑎
∴ 𝐵=[ ]
𝑑 1+𝑑 −𝑑
b) Vamos verificar se existe a matriz:
𝑎 𝑑
𝑇 𝑎 𝑎−1 1−𝑎 1 0
𝐵𝐵 = 𝐼2 ⇒ [ ] [𝑎 − 1 1 + 𝑑] = [ ]
𝑑 1+𝑑 −𝑑 0 1
1−𝑎 −𝑑
1
3𝑎2 − 4𝑎 + 1 = 0 ⇒ 𝑎 = 1 𝑜𝑢 𝑎 =
𝑎 2 + (𝑎 − 1) 2 + (1 − 𝑎 )2 = 1 3
2𝑑 + 1
{𝑎𝑑 + (𝑎 − 1)(1 + 𝑑 ) − (1 − 𝑎)𝑑 = 0 ⇒ 3𝑎𝑑 + 𝑎 − 1 − 2𝑑 = 0 ⇒ 𝑎 =
3𝑑 + 1
𝑑 2 + (1 + 𝑑 )2 + 𝑑 2 = 1 2
𝑑 (3𝑑 + 2) = 0 ⇒ 𝑑 = 0 𝑜𝑢 𝑑 = −
{ 3
Analisando o sistema acima, podemos verificar que as soluções são dadas por:
1 2
(𝑎; 𝑑 ) ∈ {(1; 0); ( ; − )}
3 3
Para 𝑎 = 1 e 𝑑 = 0, temos a seguinte matriz:
1 0 0
𝐵=[ ]
0 1 0
𝒂 𝒂−𝟏 𝟏−𝒂 𝟏 𝟎 𝟎
Gabarito: a) 𝑩 = [ ] b) Sim. Exemplo: [ ]
𝒅 𝟏+𝒅 −𝒅 𝟎 𝟏 𝟎
20. (ITA/2015)
Seja 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )5𝑥5 a matriz tal que 𝑎𝑖𝑗 = 2𝑖−1 (2𝑗 − 1), 1 ≤ 𝑖, 𝑗 ≤ 5. Considere as afirmações a
seguir:
I. Os elementos de cada linha 𝑖 formam uma progressão aritmética de razão 2𝑖 .
II. Os elementos de cada coluna 𝑗 formam uma progressão geométrica de razão 2.
III. 𝑡𝑟𝐴 é um número primo.
É (são) verdadeira(s)
a) apenas I.
b) apenas I e II.
c) apenas II e III.
d) apenas I e III.
e) I, ll e III.
Comentários
I. Vamos analisar os elementos da linha 𝑖.
Se 𝑎𝑖𝑗 = 2𝑖−1 (2𝑗 − 1), então:
𝑎𝑖,𝑗+1 = 2𝑖−1 (2(𝑗 + 1) − 1) = 2𝑖−1 ((2𝑗 − 1) + 2) = ⏟
2𝑖−1 (2𝑗 − 1) + 2𝑖
𝑎𝑖𝑗
⇒ 𝑎𝑖,𝑗+1 − 𝑎𝑖𝑗 = 2𝑖
Os elementos de cada linha dessa matriz formam uma PA de razão 2𝑖 .
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
II. Vamos analisar os elementos de cada coluna:
𝑎𝑖𝑗 = 2𝑖−1 (2𝑗 − 1)
𝑎𝑖+1,𝑗 = 2𝑖 (2𝑗 − 1) = 2 ⋅ 2
⏟𝑖−1 (2𝑗 − 1) = 2 ⋅ 𝑎𝑖𝑗
𝑎𝑖𝑗
⇒ 𝑎𝑖+1,𝑗 = 2 ⋅ 𝑎𝑖𝑗
Pela equação acima, podemos ver que ela é uma PG de razão 𝑞 = 2.
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
III. Sendo 𝐴 uma matriz 5𝑥5, então, pela definição de 𝑡𝑟𝐴, temos:
5
𝑡𝑟𝐴 = ∑ 𝑎𝑘,𝑘
𝑘=1
21. (ITA/2014)
Seja 𝑀 uma matriz quadrada de ordem 3, inversivel, que satisfaz a igualdade
2
3
det(2𝑀2 ) − det(√2𝑀3 ) =
det (3𝑀).
9
Então, um valor possível para o determinante da inversa de 𝑀 é
a) 1/3
b) 1/2
c) 2/3
d) 4/5
e) 5/4
Comentários
Usando as propriedades dos determinantes e sabendo que a matriz é de ordem 3, temos:
3 2
det(2𝑀2 ) − det(√2𝑀3 ) = det (3𝑀)
9
3 3 2
23 (det 𝑀)2 − √2 (det 𝑀)3 = ⋅ 33 det 𝑀
9
2 3
8(det 𝑀) − 2(det 𝑀) = 6 det 𝑀
Fazendo det 𝑀 = 𝑥:
2𝑥 3 − 8𝑥 2 + 6𝑥 = 0
𝑥 (𝑥 2 − 4𝑥 + 3) = 0
𝑥 (𝑥 − 3)(𝑥 − 1) = 0
Assim, encontramos os possíveis valores para o determinante de 𝑀:
det 𝑀 = 0 𝑜𝑢 det 𝑀 = 1 𝑜𝑢 det 𝑀 = 3
1
Lembrando que det 𝑀−1 = e que para 𝑀 ter inversa, devemos ter det 𝑀 ≠ 0, temos:
det 𝑀
1
det 𝑀−1 = 1 𝑜𝑢 det 𝑀−1 =
3
Portanto, encontramos o gabarito na letra a.
Gabarito: “a”.
22. (ITA/2014)
Considere as seguintes afirmações sobre as matrizes quadradas 𝐴 e 𝐵 de ordem 𝑛, com 𝐴
inversível e 𝐵 antissimétrica:
I. Se o produto 𝐴𝐵 for inversível, então 𝑛 é par;
II. Se o produto 𝐴𝐵 não for inversível, então 𝑛 é ímpar;
III. Se 𝐵 for inversível, então 𝑛 é par.
Destas afirmações, é (são) verdadeira(s)
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) Todas.
Comentários
I. Vamos verificar se 𝐴𝐵 é inversível:
Se 𝐴 é uma matriz inversível, temos det 𝐴 ≠ 0.
Como 𝐵 é antissimétrica, temos:
𝐵𝑡 = −𝐵 ⇒ det 𝐵 𝑡 = det(−𝐵) ⇒ det 𝐵 = (−1)𝑛 det 𝐵 ⇒ det 𝐵 (1 − (−1)𝑛 ) = 0
Se 𝑛 for par:
det 𝐵 (1 − (−1)𝑛 ) = 0 ⇒ det 𝐵 (1 − 1) = 0
Nesse caso, det 𝐵 não é necessariamente igual a zero.
Se 𝑛 for ímpar:
det 𝐵 (1 − (−1)𝑛 ) = 0 ⇒ det 𝐵 (2) = 0 ⇒ det 𝐵 = 0
23. (ITA/2014)
2𝑒 −2𝑡 −𝑒 2𝑡 −1
Considere a equação 𝐴(𝑡 ) ⋅ 𝑋 = 𝐵(𝑡), 𝑡 ∈ ℝ, em que 𝐴(𝑡 ) = [ −1 1 1 ],𝑋 =
−3 1 2
𝑥 𝑒𝑡
[𝑦] e 𝐵(𝑡 ) = [−√2]. Sabendo que det 𝐴(𝑡) = 1 e 𝑡 ≠ 0, os valores de 𝑥, 𝑦 e 𝑧 são,
𝑧 0
respectivamente,
a) 2√2, 0, −3√2.
b) −2√2, 0, −3√2.
c) 0, 3√2, 2√2.
d) 0,2√3, √3.
e) 2√3, −√3, 0.
Comentários
Inicialmente, devemos calcular o valor de 𝑡. Se det 𝐴(𝑡 ) = 1, temos:
2𝑒 −2𝑡 −𝑒 2𝑡 −1
det 𝐴(𝑡 ) = | −1 1 1 |=1
−3 1 2
−2𝑡 2𝑡 −2𝑡
4𝑒 + 3𝑒 + 1 − 3 − 2𝑒 − 2𝑒 2𝑡 = 1
2𝑒 −2𝑡 + 𝑒 2𝑡 − 3 = 0
𝑒 4𝑡 − 3𝑒 2𝑡 + 2 = 0 ⇒ (𝑒 2𝑡 − 2)(𝑒 2𝑡 − 1) = 0
Raízes:
𝑒 2𝑡 = 1 ⇒ 𝑡 = 0, não convém, pois 𝑡 ≠ 0
𝑒 2𝑡 = 2 ⇒ 𝑒 𝑡 = √2
⇒ 𝑒 2𝑡 = 2
1
⇒ 𝑒 −2𝑡 =
2
24. (ITA/2013)
Considere 𝐴 ∈ 𝑀5𝑥5 (ℝ) com det(𝐴) = √6 e 𝛼 ∈ ℝ\{0}. Se det(𝛼𝐴𝑡 𝐴𝐴𝑡 ) = √6𝛼 2 , o valor de
𝛼é
a) 1/6
b) √6/6
3
c) √36/6
d) 1
e) √216
Comentários
Usando as propriedades dos determinantes e o Teorema de Binet, temos:
det(𝛼𝐴𝑡 𝐴𝐴𝑡 ) = √6𝛼 2 ⇒ 𝛼 5 det 𝐴𝑡 det 𝐴 det 𝐴𝑡 = √6𝛼 2
𝛼 2 (𝛼 3 (det 𝐴)3 − √6) = 0
Como 𝛼 ≠ 0 e det 𝐴 = √6, temos:
3
𝛼 3 (det
⏟ 𝐴) − √6 = 0
√6
3
3 1 √36
√6 3
𝛼=√ =√ =
√63 6 6
Gabarito: “c”.
25. (ITA/2012)
Considere a matriz quadrada 𝐴 em que os termos da diagonal principal são 1,1 + 𝑥1 , 1 +
𝑥2 , … ,1 + 𝑥𝑛 e todos os outros termos são iguais a 1. Sabe-se que (𝑥1 , 𝑥2 , … , 𝑥𝑛 ) é uma
progressão geométrica cujo primeiro termo é 1/2 e a razão é 4. Determine a ordem da matriz
𝐴 para que o seu determinante seja igual a 256.
Comentários
De acordo com o enunciado:
1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 + 𝑥1 1 ⋯ 1 1 1 + 𝑥1 1 ⋯ 1
𝐴= 1 1 1 + 𝑥2 1 |
⇒ det 𝐴 = |1 1 1 + 𝑥2 1 |
|
⋮ ⋱ 1 ⋮ ⋱ 1
[1 1 1 ⋯ 1 + 𝑥𝑛 ] 1 1 1 ⋯ 1 + 𝑥𝑛
Já que 𝑎11 = 1, podemos aplicar a regra de Chió:
𝑥1 0 0 0
0 𝑥2 0 ⋯ 0
|
det 𝐴 = | 0 0 𝑥3 0 | = 𝑥1 ⋅ 𝑥2 ⋅ 𝑥3 ⋅ … ⋅ 𝑥𝑛
|
⋮ ⋱ 0
0 0 0 ⋯ 𝑥𝑛
Como (𝑥1 , 𝑥2 , … , 𝑥𝑛 ) é uma PG, podemos usar a propriedade dos termos equidistantes da
PG:
𝑛
2 𝑛
det 𝐴 = 𝑥1 ⋅ 𝑥2 ⋅ 𝑥3 ⋅ … ⋅ 𝑥𝑛 = (𝑥1 ⋅ ⏟𝑛 ) = (𝑥12 ⋅ 𝑞𝑛−1 )2
𝑥
𝑥1 ⋅𝑞𝑛−1
Substituindo os valores:
𝑛
1 2 𝑛−1 2 𝑛
det 𝐴 = (( ) 4 ) = (22𝑛−4 )2 = 2(𝑛−2)𝑛
2
det 𝐴 = 256 ⇒ 2(𝑛−2)𝑛 = 28 ⇒ 𝑛2 − 2𝑛 − 8 = 0
(𝑛 − 4)(𝑛 + 2) = 0 ⇒ 𝑛 = 4 𝑜𝑢 𝑛 = −2
𝑛 é a ordem da matriz, então, deve ser um número positivo. Logo, 𝑛 = 4. Como aplicamos a
regra de Chió uma vez, a ordem da matriz 𝐴 é igual a 𝑛 + 1 = 5.
Gabarito: ordem 5
26. (ITA/2011)
Determine todas as matrizes 𝑀 ∈ 𝕄2𝑥2 (ℝ) tais que 𝑀𝑁 = 𝑁𝑀, ∀𝑁 ∈ 𝕄2𝑥2 (ℝ).
Comentários
𝒙 𝒚 𝒂𝒃
Sejam 𝑴 = ( )e𝑵=( ). De acordo com o enunciado, temos:
𝒛 𝒘 𝒄𝒅
𝑴𝑵 = 𝑵𝑴, ∀𝑵 ∈ 𝕄𝟐𝒙𝟐
𝒙 𝒚 𝒂 𝒃 𝒂 𝒃 𝒙 𝒚
⇒( )( )=( )( )
𝒛 𝒘 𝒄 𝒅 𝒄 𝒅 𝒛 𝒘
𝒂𝒙 + 𝒄𝒚 𝒃𝒙 + 𝒅𝒚 𝒂𝒙 + 𝒃𝒛 𝒂𝒚 + 𝒃𝒘
⇒( )=( )
𝒂𝒛 + 𝒄𝒘 𝒃𝒛 + 𝒅𝒘 𝒄𝒙 + 𝒅𝒛 𝒄𝒚 + 𝒅𝒘
Assim, encontramos o seguinte sistema:
𝑎𝑥 + 𝑐𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏𝑧 𝑐𝑦 = 𝑏𝑧 (𝐼)
𝑏𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑎𝑦 + 𝑏𝑤 𝑏𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑎𝑦 + 𝑏𝑤 (𝐼𝐼)
{ ⇒
𝑎𝑧 + 𝑐𝑤 = 𝑐𝑥 + 𝑑𝑧 𝑎𝑧 + 𝑐𝑤 = 𝑐𝑥 + 𝑑𝑧 (𝐼𝐼𝐼)
𝑏𝑧 + 𝑑𝑤 = 𝑐𝑦 + 𝑑𝑤 { 𝑏𝑧 = 𝑐𝑦 (𝐼𝑉 )
Queremos todas as matrizes 𝑀 quadradas de ordem 2 que satisfaçam a equação 𝑀𝑁 = 𝑁𝑀
para qualquer matriz 𝑁 quadrada e real. Como 𝑏 e 𝑐 são elementos da matriz 𝑁, para qualquer valor
dessas variáveis serem válidas, devemos ter pelas equações (𝐼) e (𝐼𝑉 ): 𝑦 = 𝑧 = 0. Substituindo
esses valores nas equações (𝐼𝐼) e (𝐼𝐼𝐼), obtemos:
𝑏𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑎𝑦 + 𝑏𝑤 (𝐼𝐼) ⇒ 𝑏𝑥 = 𝑏𝑤
𝑎𝑧 + 𝑐𝑤 = 𝑐𝑥 + 𝑑𝑧 (𝐼𝐼𝐼) ⇒ 𝑐𝑤 = 𝑐𝑥
Analisando as equações acima, vemos que elas são verdadeiras para qualquer 𝑏, 𝑐 ∈ ℝ se
𝑤 = 𝑥. Desse modo, as matrizes 𝑀 que satisfazem as condições do problema são do tipo:
𝑥 0
𝑀=( ) = 𝑥 ⋅ 𝐼2 , com 𝑥 ∈ ℝ
0 𝑥
𝒙 𝟎
Gabarito: 𝑴 = ( ) , 𝐜𝐨𝐦 𝒙 ∈ ℝ
𝟎 𝒙
27. (ITA/2010)
Sobre os elementos da matriz
𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4
𝑦 𝑦2 𝑦3 𝑦4
𝐴=[ 1 ] ∈ 𝑀4𝑥4 (ℝ)
0 0 0 1
1 0 0 0
sabe-se que (𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 , 𝑥4 ) e (𝑦1 , 𝑦2 , 𝑦3 , 𝑦4 ) são duas progressões geométricas de razão 3 e 4
e de soma 80 e 255, respectivamente, então, det(𝐴−1 ) e o elemento (𝐴−1 )23 valem,
respectivamente,
1
a) e 12
72
1
b) − e −12
72
1
c) − e 12
72
1 1
d) − e
72 12
1 1
e) e
72 12
Comentários
Podemos calcular o valor dos termos usando os dados do enunciado.
Para (𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 , 𝑥4 ):
80
𝑥1 + 3𝑥1 + 32 𝑥1 + 33 𝑥1 = 80 ⇒ 𝑥1 = =2
1 + 3 + 9 + 27
Para (𝑦1 , 𝑦2 , 𝑦3 , 𝑦4 ):
255
𝑦1 + 4𝑦1 + 42 𝑦1 + 43 𝑦1 = 255 ⇒ 𝑦1 = =3
1 + 4 + 16 + 64
Então, a matriz 𝐴 é dada por:
2 6 18 54
3 12 48 192
𝐴=[ ]
0 0 0 1
1 0 0 0
Vamos calcular o valor do seu determinante:
2 6 18 54 1 3 9 27
3 12 48 192 1 4 16 64
det 𝐴 = | |=2⋅3⋅| |
0 0 0 1 0 0 0 1
1 0 0 0 1 0 0 0
Aplicando a regra de Chió:
4−3 16 − 9
64 − 27 1 7 37
det 𝐴 = 6 ⋅ | 0 1 |= 6⋅| 0
0 0 1 | = 6 ⋅ (−21 + 9) = −72
0−3 0−9
0 − 27 −3 −9 −27
1 1
det 𝐴−1 = =−
det 𝐴 72
Para encontrar o elemento (𝐴 )23 , não precisamos calcular toda a matriz 𝐴−1 , basta usar o
−1
método do determinante:
1 1
(𝐴−1 )23 = ⋅ 𝑐𝑜𝑓23 𝐴𝑡 = ⋅ 𝑐𝑜𝑓32 𝐴
det 𝐴 det 𝐴
1 2 18 54 1 1 9 27 1
(𝐴 −1 ) 3+2
23 =− ⋅ (−1) ⋅ |3 48 192| = ⋅ 6 ⋅ |1 16 64| = ⋅ (9 ⋅ 64 − 16 ⋅ 27)
72 72 12
1 0 0 1 0 0
−1
(𝐴 )23 = 12
Gabarito: “c”.
28. (ITA/2008)
Uma matriz real quadrada 𝐴 é ortogonal se 𝐴 é inversível e 𝐴−1 = 𝐴𝑡 . Determine todas as
matrizes 2𝑥2 que são simétricas e ortogonais, expressando-as, quando for o caso, em termos
de seus elementos que estão fora da diagonal principal.
Comentários
±√1 − 𝑏2 𝑏
( ) , 𝑏 ∈ [−1; 1]
𝑏 ∓√1 − 𝑏2
Portanto, as possíveis matrizes são dadas por:
1 0 −1 0 √1 − 𝑏2 𝑏 −√1 − 𝑏2 𝑏
( ),( ),( ),( ) , 𝑏 ∈ [−1; 1]
0 1 0 −1 𝑏 −√1 − 𝑏2 𝑏 √1 − 𝑏 2
1 0 −1 0
As matrizes ( )e( ) já estão inclusas nas matrizes do caso II, com 𝑏 = 0.
0 −1 0 1
𝟏 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟐 𝟐
Gabarito: ( ),( ) , (√𝟏 − 𝒃 𝒃 ) , (−√𝟏 − 𝒃 𝒃 ) , 𝒃 ∈ [−𝟏; 𝟏]
𝟎 𝟏 𝟎 −𝟏 𝒃 −√𝟏 − 𝒃𝟐 𝒃 √𝟏 − 𝒃𝟐
29. (ITA/2008)
Sejam 𝐴 e 𝐶 matrizes 𝑛 𝑥 𝑛 inversíveis tais que det(𝐼 + 𝐶 −1 𝐴) = 1/3 e det 𝐴 = 5. Sabendo-se
que 𝐵 = 3(𝐴−1 + 𝐶 −1 )𝑡 , então o determinante de 𝐵 é igual a
a) 3𝑛
3𝑛
b) 2 ⋅ ( 2 )
5
c) 1/5
3𝑛−1
d)
5
e) 5 ⋅ 3𝑛−1
Comentários
Vamos aplicar o determinante em 𝐵:
𝐵 = 3(𝐴−1 + 𝐶 −1 )𝑡 ⇒ det 𝐵 = det[3(𝐴−1 + 𝐶 −1 )𝑡 ]
Agora, devemos manipular a equação de forma a obter as variáveis fornecidas na questão:
det 𝐵 = 3𝑛 ⋅ det (𝐴
⏟−1 + 𝐶 −1 ) = 3𝑛 ⋅ det(𝐴−1 + 𝐶 −1 𝐴𝐴−1 ) = 3𝑛 ⋅ det((𝐼 + 𝐶 −1 𝐴)𝐴−1 )
𝐴−1 +𝐶 −1 𝐼
det(𝐼 + 𝐶 −1 𝐴)
⇒ det 𝐵 = 3𝑛 ⋅ det(𝐼 + 𝐶 −1 𝐴) ⋅ det 𝐴−1 = 3𝑛 ⋅
det 𝐴
Substituindo o valor das variáveis, encontramos:
1
( ) 3𝑛−1
det 𝐵 = 3𝑛 ⋅ 3 =
5 5
Gabarito: “d”.
30. (ITA/2006)
Sejam as matrizes
1 0 1/2 −1 1 3 −1/2 1
−2 5 2 −3 1 −2 −2 3
𝐴=[ ]e𝐵 =[ ]
1 −1 2 1 −1 1 1 1
−5 1 3/2 0 5 −1 1/2 5
Determine o elemento 𝑐34 da matriz 𝐶 = (𝐴 + 𝐵)−1 .
Comentários
Questão que pede o elemento de uma matriz inversa 4𝑥4. Para encontrá-lo, basta usar o
método do determinante:
1 0 1/2 −1 1 3 −1/2 1 2 3 0 0
−2 5 2 −3 1 −2 −2 3 −1 3 0 0
𝐴+𝐵 =[ ]+[ ]=[ ]
1 −1 2 1 −1 1 1 1 0 0 3 2
−5 1 3/2 0 5 −1 1/2 5 0 0 2 5
1 1
𝐶 = (𝐴 + 𝐵 )−1 = ⋅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
(𝐴 + 𝐵 ) = ⋅ [(𝐴 + 𝐵)′ ]𝑡
(
det 𝐴 + 𝐵 ) (
det 𝐴 + 𝐵 )
1
𝑐34 = ⋅ 𝑐𝑜𝑓43 (𝐴 + 𝐵)
det(𝐴 + 𝐵 )
Calculando o determinante:
2 3 0 0
−1 3 0 0
det(𝐴 + 𝐵) = | |
0 0 3 2
0 0 2 5
Somando a segunda linha com a primeira, temos:
1 6 0 0
−1 3 0 0
det(𝐴 + 𝐵) = | |
0 0 3 2
0 0 2 5
Aplicando a regra de Chió:
9 0 0
det(𝐴 + 𝐵) = |0 2| = 135 − 36 = 99
3
0 5 2
1 6 0
4+3
𝑐𝑜𝑓43 (𝐴 + 𝐵) = (−1) |−1 3 0| = (−1)(6 + 12) = −18
0 0 2
Portanto, o elemento 𝑐34 é dado por:
18 2
𝑐34 = − =−
99 11
𝟐
Gabarito: 𝒄𝟑𝟒 = −
𝟏𝟏
31. (ITA/2006)
𝑎 𝑏 𝑐 −2𝑎 −2𝑏 −2𝑐
Se det [𝑝 𝑞 𝑟] = −1, então o valor do det [2𝑝 + 𝑥 2𝑞 + 𝑦 2𝑟 + 𝑧] é igual a
𝑥 𝑦 𝑧 3𝑥 3𝑦 3𝑧
a) 0
b) 4
c) 8
d) 12
e) 16
Comentários
Usando as propriedades dos determinantes, temos:
−2𝑎 −2𝑏 −2𝑐 𝑎 𝑏 𝑐
det [2𝑝 + 𝑥 2𝑞 + 𝑦 2𝑟 + 𝑧] = −2 ⋅ 3 ⋅ |2𝑝 + 𝑥 2𝑞 + 𝑦 2𝑟 + 𝑧|
3𝑥 3𝑦 3𝑧 𝑥 𝑦 𝑧
Multiplicando a terceira linha por (−1) e somando à segunda linha:
𝑎 𝑏 𝑐 𝑎 𝑏 𝑐
⇒ −6 ⋅ |2𝑝 2𝑞 2𝑟| = −12 ⋅ |𝑝 𝑞 𝑟| = −12 ⋅ (−1) = 12
𝑥 𝑦 𝑧 𝑥 𝑦 𝑧
Gabarito: “d”.
32. (ITA/2005)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes 2𝑥2 tais que 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴 e que satisfazem à equação matricial 𝐴2 + 2𝐴𝐵 −
𝐵 = 0. Se 𝐵 é inversível, mostre que (a) 𝐴𝐵−1 = 𝐵−1 𝐴 e que (b) 𝐴 é inversível.
Comentários
a) Para mostrar essa igualdade, devemos usar 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴. Multiplicando-se essa equação à
direita por 𝐵−1 :
𝐴𝐵𝐵−1 = 𝐵𝐴𝐵 −1 ⇒ 𝐴 = 𝐵𝐴𝐵−1
Agora, multiplicando-se à esquerda por 𝐵 −1 :
𝐵−1 𝐴 = 𝐵−1 𝐵𝐴𝐵−1
∴ 𝐵−1 𝐴 = 𝐴𝐵−1
b) Devemos mostrar que det 𝐴 ≠ 0, usando a equação dada, temos:
𝐴2 + 2𝐴𝐵 − 𝐵 = 0 ⇒ 𝐴𝐴 + 2𝐴𝐵 = 𝐵
Multiplicando-se a equação acima à direita por 𝐵−1 :
𝐴𝐴𝐵−1 + 2𝐴𝐵𝐵−1 = 𝐵𝐵−1 ⇒ 𝐴𝐴𝐵−1 + 2𝐴 = 𝐼 ⇒ 𝐴(𝐴𝐵 −1 + 2𝐼) = 𝐼
Aplicando-se o determinante:
det[𝐴(𝐴𝐵−1 + 2𝐼)] = det 𝐼
det 𝐴 ⋅ det(𝐴𝐵−1 + 2𝐼) = 1
Como o produto desses determinantes resulta no número 1, devemos ter det 𝐴 ≠ 0 e
det(𝐴𝐵−1 + 2𝐼) ≠ 0. Portanto, 𝐴 é inversível.
Gabarito: Demonstração
33. (ITA/2004)
Considere as afirmações dadas a seguir, em que 𝐴 é uma matriz quadrada 𝑛 𝑥 𝑛, 𝑛 ≥ 2:
I. O determinante de 𝐴 é nulo se, e somente se, 𝐴 possui uma linha ou uma coluna nula.
II. Se 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 ) é tal que 𝑎𝑖𝑗 = 0 para 𝑖 > 𝑗, com 𝑖, 𝑗 = 1, 2, … , 𝑛, então det 𝐴 = 𝑎11 𝑎22 … 𝑎𝑛𝑛 .
III. Se 𝐵 for obtida de 𝐴, multiplicando-se a primeira coluna por √2 + 1 e a segunda por √2 −
1, mantendo-se inalteradas as demais colunas, então det 𝐵 = det 𝐴.
Então, podemos afirmar que é (são) verdadeira(s)
a) apenas II.
b) apenas III.
c) apenas I e II.
d) apenas II e III.
e) todas.
Comentários
I. Veja que essa afirmação é falsa, pois, temos matrizes que não satisfazem essa condição e
resultam em um determinante diferente de zero. Contra-exemplo:
1 1
𝐴=( ) ⇒ det 𝐴 = 0
2 2
∴ 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑎
II. Temos a seguinte matriz triangular:
𝑎11 𝑎12 𝑎13 𝑎1𝑛
0 𝑎22 𝑎23 ⋯ 𝑎2𝑛
𝐴= 0 0 𝑎33 𝑎3𝑛
⋮ ⋱ ⋮
( 0 0 0 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 )
Vimos na aula teórica que o determinante de matrizes triangulares é igual ao produto da sua
diagonal principal, então, temos:
det 𝐴 = 𝑎11 ⋅ 𝑎22 ⋅ … ⋅ 𝑎𝑛𝑛
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
III. Nesse caso, os elementos da primeira e segunda colunas terão os fatores comuns √2 + 1
e √2 − 1, respectivamente. Desse modo, o determinante de 𝐵 é dado por:
det 𝐵 = (√2 + 1)(√2 − 1) det 𝐴 = det 𝐴
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
Gabarito: “d”.
34. (ITA/2004)
Seja 𝑥 ∈ ℝ e a matriz
2𝑥 (𝑥 2 + 1)−1
𝐴=[ ]
2𝑥 log 2 5
Assinale a opção correta.
a) ∀𝑥 ∈ ℝ, 𝐴 possui inversa.
b) Apenas para 𝑥 > 0, 𝐴 possui inversa.
c) São apenas dois os valores de 𝑥 para os quais 𝐴 possui inversa.
d) Não existe valor de 𝑥 para o qual 𝐴 possui inversa.
e) Para 𝑥 = log 2 5 , 𝐴 não possui inversa.
Comentários
Nessa questão, devemos analisar a inversa de 𝐴. Para isso, vamos calcular o seu
determinante:
2𝑥 (𝑥 2 + 1)−1 1
det 𝐴 = | | = 2𝑥 (log 2 5 − 2 )
2𝑥 log 2 5 𝑥 +1
Se det 𝐴 = 0, temos que 𝐴 não possui inversa. Então:
1
2𝑥 (log 2 5 − )=0
𝑥2 +1
Temos duas possibilidades:
2𝑥 = 0 ⇒ ∄𝑥 ∈ ℝ que satisfaz essa condição
1 1 1
log 2 5 − = 0 ⇒ log 2 5 = 2 ⇒ 𝑥2 + 1 =
𝑥2 +1 𝑥 +1 log 2 5
𝑥 2 = log 5 2 − 1 ⇒ 𝑥 = ±√log 5 2 − 1
Note que log 5 2 < 1, então, log 5 2 − 1 < 0. Logo, 𝑥 ∉ ℝ.
Assim, ∀𝑥 ∈ ℝ, det 𝐴 ≠ 0 e, portanto, 𝐴 é inversível.
Gabarito: “a”.
35. (ITA/2004)
Se 𝐴 é uma matriz real, considere as definições:
I. Uma matriz quadrada 𝐴 é ortogonal se e só se 𝐴 for inversível e 𝐴−1 = 𝐴𝑡 .
II. Uma matriz quadrada 𝐴 é diagonal se e só se 𝑎𝑖𝑗 = 0, para todo 𝑖, 𝑗 = 1, … , 𝑛, com 𝑖 ≠ 𝑗.
Determine as matrizes quadradas de ordem 3 que são, simultaneamente, diagonais e
ortogonais.
Comentários
A questão pede todas as matrizes 3𝑥3 que são diagonais e ortogonais.
Se 𝐴 é diagonal, então, ela é da forma:
𝑎 0 0
𝐴 = ( 0 𝑏 0)
0 0 𝑐
Como 𝐴 também deve ser ortogonal, temos que 𝐴 é inversível, então, det 𝐴 = 𝑎𝑏𝑐 ≠ 0 e vale
a identidade:
𝑎 0 0 𝑎 0 0 1 0 0
−1 𝑡 −1 𝑡 𝑡
𝐴 = 𝐴 ⇒ 𝐴𝐴 = 𝐴𝐴 ⇒ 𝐴𝐴 = 𝐼 ⇒ (0 𝑏 0) ( 0 𝑏 0) = ( 0 1 0)
⏟0 0 𝑐 ⏟0 0 𝑐 0 0 1
𝐴 𝐴𝑡
𝑎2 = 1
{𝑏2 = 1 ⇒ 𝑎 = ±1; 𝑏 = ±1 e 𝑐 = ±1
𝑐2 = 1
Portanto, todas as matrizes de ordem 3 são dadas por:
1 0 0 −1 0 0 1 0 0 1 0 0
( 0 1 0) ; ( 0 1 0) ; ( 0 −1 0) ; ( 0 1 0 )
0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 −1
−1 0 0 −1 0 0 1 0 0 −1 0 0
( 0 −1 0) ; ( 0 1 0 ) ; (0 −1 0 ) ; ( 0 −1 0 )
0 0 1 0 0 −1 0 0 −1 0 0 −1
𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎
Gabarito: (𝟎 𝟏 𝟎) ; ( 𝟎 𝟏 𝟎) ; (𝟎 −𝟏 𝟎) ; (𝟎 𝟏 𝟎 )
𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏
−𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎
( 𝟎 −𝟏 𝟎) ; ( 𝟎 𝟏 𝟎 ) ; (𝟎 −𝟏 𝟎 ) ; ( 𝟎 −𝟏 𝟎 )
𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏
36. (ITA/2003)
Sejam 𝐴 e 𝑃 matrizes 𝑛 𝑥 𝑛 inversíveis e 𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃.
Das afirmações:
I. 𝐵𝑡 é inversível e (𝐵𝑡 )−1 = (𝐵−1 )𝑡 .
II. Se 𝐴 é simétrica, então 𝐵 também o é.
III. det(𝐴 − 𝜆𝐼) = det(𝐵 − 𝜆𝐼) , ∀𝜆 ∈ ℝ.
é(são) verdadeira(s):
a) todas.
b) apenas I.
c) apenas I e II.
d) apenas I e III.
e) apenas II e III.
Comentários
I. Aplicando o determinante em 𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃:
det 𝐵 = det 𝑃−1 𝐴𝑃 = det 𝑃−1 det 𝐴 det 𝑃 = det 𝐴
Como 𝐴 é inversível, temos det 𝐴 ≠ 0. Sabendo que det 𝐵𝑡 = det 𝐵 = det 𝐴 ≠ 0, então, 𝐵𝑡
é inversível e vale a propriedade (𝐵𝑡 )−1 = (𝐵−1 )𝑡 .
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
II. A afirmação diz que 𝐴 = 𝐴𝑡 ⇒ 𝐵 = 𝐵𝑡 . Vamos verificar:
𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃
𝐵 𝑡 = (𝑃−1 𝐴𝑃)𝑡 = 𝑃𝑡 𝐴𝑡 (𝑃−1 )𝑡 = 𝑃𝑡 𝐴(𝑃−1 )𝑡 ≠ 𝐵
∴ 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑎
III. Sendo 𝜆 uma constante, temos:
𝑃−1 𝑃 = 𝑃−1 𝜆𝑃
𝜆𝐼 = 𝜆 ⏟
𝐼
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
Gabarito: “d”.
37. (ITA/2003)
Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑑 números reais não-nulos. Exprima o valor do determinante da matriz
𝑏𝑐𝑑 1 𝑎 𝑎2
[ 𝑎𝑐𝑑 1 𝑏 𝑏2 ]
𝑎𝑏𝑑 1 𝑐 𝑐2
𝑎𝑏𝑐 1 𝑑 𝑑2
na forma de um produto de números reais.
Comentários
Note que se multiplicarmos a primeira, segunda, terceira e quarta linha por 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑑,
respectivamente, obtemos o fator comum 𝑎𝑏𝑐𝑑 na primeira coluna:
𝑏𝑐𝑑 𝑎2 1 𝑎 𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑎 𝑎2 𝑎3 1 𝑎 𝑎2 𝑎3
𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑎𝑐𝑑 𝑏2 ] = 1 ⋅ |𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑏 𝑏2 𝑏3 | = 𝑎𝑏𝑐𝑑 |1 𝑏 𝑏2 𝑏3 |
1 𝑏
⋅[
𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑎𝑏𝑑 𝑐2 1 𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑐 𝑐 2 𝑐 3
𝑐 𝑎𝑏𝑐𝑑 1 𝑐 𝑐 2 𝑐 3
𝑎𝑏𝑐 𝑑2 1 𝑑 𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑑 𝑑 2 𝑑 3 1 𝑑 𝑑2 𝑑3
1 𝑎 𝑎2 𝑎3
2 3
⇒ |1 𝑏 𝑏2 𝑏3 |
1 𝑐 𝑐 𝑐
1 𝑑 𝑑 𝑑3
2
38. (ITA/2002)
Seja 𝐴 uma matriz real 2𝑥2. Suponha que 𝛼 e 𝛽 sejam dois números distintos, e 𝑉 e 𝑊 duas
matrizes reais 2𝑥1 não-nulas, tais que 𝐴𝑉 = 𝛼𝑉 e 𝐴𝑊 = 𝛽𝑊.
Se 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ são tais que 𝑎𝑉 + 𝑏𝑊 é igual à matriz nula 2𝑥1, então 𝑎 + 𝑏 vale
a) 0.
b) 1.
c) −1.
d) 1/2.
e) −1/2.
Comentários
De acordo com o enunciado, temos 𝑎𝑉 + 𝑏𝑊 = 02𝑥1 :
𝑎𝑉 = −𝑏𝑊
Se 𝐴𝑊 = 𝛽𝑊 e 𝑏 é uma constante, então, multiplicando essa equação pela constante (−𝑏):
(−𝑏)𝐴𝑊 = (−𝑏)𝛽𝑊 ⇒ 𝐴 ⏟
(−𝑏𝑊 ) = 𝛽 ⏟
(−𝑏𝑊 ) ⇒ 𝐴𝑎𝑉 = 𝛽𝑎𝑉 ⇒ 𝑎 (⏟
𝐴𝑉 ) = 𝛽𝑎𝑉
𝑎𝑉 𝑎𝑉 𝛼𝑉
39. (ITA/2002)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes quadradas de ordem 𝑛 tais que 𝐴𝐵 = 𝐴 e 𝐵𝐴 = 𝐵.
Então, [(𝐴 + 𝐵)𝑡 ]2 é igual a
a) (𝐴 + 𝐵)2 .
b) 2(𝐴𝑡 ⋅ 𝐵𝑡 ).
c) 2(𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 ).
d) 𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 .
e) 𝐴𝑡 𝐵𝑡 .
Comentários
Vamos analisar a expressão [(𝐴 + 𝐵)𝑡 ]2 :
[(𝐴 + 𝐵)𝑡 ]2 = (𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 )2 = (𝐴𝑡 )2 + 𝐴𝑡 𝐵𝑡 + 𝐵𝑡 𝐴𝑡 + (𝐵𝑡 )2
⇒ [(𝐴 + 𝐵)𝑡 ]2 = (𝐴2 )𝑡 + (𝐵𝐴)𝑡 + (𝐴𝐵)𝑡 + (𝐵 2 )𝑡
Usando as equações 𝐴𝐵 = 𝐴 e 𝐵𝐴 = 𝐵, temos:
Multiplicando 𝐴𝐵 = 𝐴 à direita por 𝐴:
𝐴𝐵𝐴 = 𝐴2 ⇒ 𝐴 (⏟
𝐵𝐴) = 𝐴2 ⇒ 𝐴𝐵
⏟ = 𝐴2 ⇒ 𝐴 = 𝐴2
𝐵 𝐴
40. (ITA/2002)
Seja a matriz
𝑐𝑜𝑠25° 𝑠𝑒𝑛65°
[ ]
𝑠𝑒𝑛120° 𝑐𝑜𝑠390°
O valor de seu determinante é
2√2
a)
3
3√3
b)
2
√3
c)
2
d) 1
e) 0
Comentários
Sabendo que 𝑠𝑒𝑛65° = 𝑐𝑜𝑠25° e cos 390° = cos 30°, temos:
𝑐𝑜𝑠25° 𝑠𝑒𝑛65° 𝑐𝑜𝑠25° 𝑐𝑜𝑠25°
| |=| | = cos 25° cos 30° − cos 25° sen 120°
𝑠𝑒𝑛120° 𝑐𝑜𝑠390° 𝑠𝑒𝑛120° 𝑐𝑜𝑠30°
√3 √3
⇒ cos 25° ( − )=0
2 2
Gabarito: “e”.
41. (ITA/2001)
Considere a matriz
1 1 1 1
1 2 3 4
𝐴=[ ]
1 4 9 16
1 8 27 64
A soma dos elementos da primeira coluna da matriz inversa de 𝐴 é:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentários
O bizu nessa questão é notar os elementos 1 na primeira linha de 𝐴.
𝑎 𝑏 𝑐 𝑑
𝑒 𝑓 𝑔 ℎ
Fazendo 𝐴−1 =[ ] e usando a definição de inversa:
𝑖 𝑗 𝑘 𝑙
𝑚 𝑛 𝑜 𝑝
𝐴𝐴−1 = 𝐼
1 1 1 1 𝑎 𝑏 𝑐 𝑑 1 0 0 0
1 2 3 4 𝑒 𝑓 𝑔 ℎ 0 1 0 0
[ ][ ]=[ ]
1 4 9 16 𝑖 𝑗 𝑘 𝑙 0 0 1 0
1 8 27 64 𝑚 𝑛 𝑜 𝑝 0 0 0 1
Queremos calcular o valor de 𝑎 + 𝑒 + 𝑖 + 𝑚. Pelo produto das matrizes acima, temos:
𝑎+𝑒+𝑖+𝑚=1
Portanto, a soma dos elementos da primeira coluna da inversa de 𝐴 é 1.
Gabarito: “a”.
42. (ITA/2001)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes 𝑛 𝑥 𝑛, e 𝐵 uma matriz simétrica. Dadas as afirmações:
(I) 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴𝑡 é simétrica.
(II) (𝐴 + 𝐴𝑡 + 𝐵) é simétrica.
(III) 𝐴𝐵𝐴𝑡 é simétrica.
temos que:
a) apenas (I) é verdadeira.
b) apenas (II) é verdadeira.
c) apenas (III) é verdadeira.
d) apenas (I) e (III) são verdadeiras.
e) todas as afirmações são verdadeiras.
Comentários
I. Se 𝐵 é simétrica, temos 𝐵 = 𝐵𝑡 . Então:
(𝐴𝐵 + 𝐵𝐴𝑡 )𝑡 = (𝐴𝐵)𝑡 + (𝐵𝐴𝑡 )𝑡 = 𝐵𝑡 𝐴𝑡 + (𝐴𝑡 )𝑡 𝐵𝑡 = 𝐵𝐴𝑡 + 𝐴𝐵 = 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴𝑡
Assim, 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴𝑡 é simétrica.
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
II. (𝐴 + 𝐴𝑡 + 𝐵)𝑡 = 𝐴𝑡 + (𝐴𝑡 )𝑡 + 𝐵𝑡 = 𝐴𝑡 + 𝐴 + 𝐵 = 𝐴 + 𝐴𝑡 + 𝐵
Logo, (𝐴 + 𝐴𝑡 + 𝐵) é simétrica.
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
III. (𝐴𝐵𝐴𝑡 )𝑡 = (𝐴𝑡 )𝑡 𝐵𝑡 𝐴𝑡 = 𝐴𝐵𝐴𝑡
Logo, 𝐴𝐵𝐴𝑡 é simétrica.
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
Gabarito: “e”.
43. (ITA/2000)
Considere as matrizes mostradas na figura adiante
1 −1 3 1 0 2 0 𝑥
𝑀 = ( 0 1 0 ) , 𝑁 = ( 3 2 0 ) , 𝑃 = ( 1 ) e 𝑋 = (𝑦 )
2 3 1 1 1 1 0 𝑧
Se 𝑋 é solução de 𝑀−1 𝑁𝑋 = 𝑃, então 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 é igual a
a) 35.
b) 17.
c) 38.
d) 14.
e) 29.
Comentários
Multiplicando a equação 𝑀−1 𝑁𝑋 = 𝑃 por 𝑀 à esquerda, temos:
𝑀𝑀−1 𝑁𝑋 = 𝑀𝑃 ⇒ 𝑁𝑋 = 𝑀𝑃
1 0 2 𝑥 1 −1 3 0
(3 2 0 ) ( 𝑦 ) = ( 0 1 0) ( 1)
1 1 1 𝑧 2 3 1 0
𝑥 + 2𝑧 = −1 (𝐼)
{ 3𝑥 + 2𝑦 = 1 (𝐼𝐼)
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 3 (𝐼𝐼𝐼)
De (𝐼), temos:
−1 − 𝑥
𝑧=
2
De (𝐼𝐼):
1 − 3𝑥
𝑦=
2
Substituindo essas variáveis em (𝐼𝐼𝐼):
1 − 3𝑥 −1 − 𝑥
𝑥+ +( ) = 3 ⇒ 2𝑥 + 1 − 3𝑥 − 1 − 𝑥 = 6 ⇒ −2𝑥 = 6 ⇒ 𝑥 = −3
2 2
−1 − (−3)
⇒𝑧= =1
2
1 − 3(−3)
⇒𝑦= =5
2
Portanto, o valor da expressão pedida é dada por:
𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 = (−3)2 + 52 + 11 = 35
Gabarito: “a”.
44. (ITA/2000)
Sendo 𝑥 um número real positivo, considere as matrizes mostradas na figura a seguir
log 1 𝑥 log 1 𝑥 2 1
𝐴=( 3 3 )
0 − log 3 𝑥 1
0 log 1 𝑥 2
3
𝐵=( 1 0 )
−3 log 1 𝑥 −4
3
Comentários
Vamos calcular 𝐴𝐵:
0 log 1 𝑥 2
2
log 1 𝑥 log 1 𝑥 1 3
𝐴𝐵 = ( 3 3 )( 1 0 )
0 − log 3 𝑥 1 −3 log 1 𝑥 −4
3
)𝑡
Para 𝐴𝐵 = (𝐴𝐵 , devemos ter:
log 1 𝑥 ⋅ log 1 𝑥 2 − 4 = − log 3 𝑥 − 3 log 1 𝑥
⏟ 3 ⏟ 3 ⏟ 3
− log3 𝑥 −2 log3 𝑥 − log3 𝑥
1 ± √9 1 ± 3
log 3 𝑥 = =
2 2
log 3 𝑥 = 2 𝑜𝑢 log 3 𝑥 = −1
1
⇒ 𝑥1 = 9 𝑜𝑢 𝑥2 =
3
Portanto, a soma de todos os valores de 𝑥 é:
1 28
𝑥1 + 𝑥2 = 9 + =
3 3
Gabarito: “b”
45. (ITA/2000)
Considere as matrizes reais mostradas na figura adiante
𝑎 0 0 1 0 0
𝑀 = ( 0 𝑏 1) e 𝐼 = ( 0 1 0)
0 0 𝑐 0 0 1
em que 𝑎 ≠ 0 e 𝑎, 𝑏 e 𝑐 formam, nesta ordem, uma progressão geométrica de razão 𝑞 > 0.
Sejam 𝜆1 , 𝜆2 e 𝜆3 as raízes da equação det(𝑀 − 𝜆𝐼) = 0. Se 𝜆1 𝜆2 𝜆3 = 𝑎 e 𝜆1 + 𝜆2 + 𝜆3 = 7𝑎,
então 𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 é igual a
a) 21/8
b) 91/9
c) 36/9
d) 21/16
e) 91/36
Comentários
Vamos calcular as raízes da equação:
𝑎−𝜆 0 0
det(𝑀 − 𝜆𝐼 ) = | 0 𝑏−𝜆 1 | = (𝑎 − 𝜆)(𝑏 − 𝜆)(𝑐 − 𝜆) = 0
0 0 𝑐−𝜆
As raízes são:
𝜆1 = 𝑎; 𝜆2 = 𝑏 e 𝜆3 = 𝑐
Como (𝑎, 𝑏, 𝑐 ) é uma PG de razão 𝑞, temos:
(𝑎, 𝑏, 𝑐 ) = (𝑎, 𝑎𝑞, 𝑎𝑞2 )
Usando os dados do enunciado:
𝑎 + 𝑎𝑞 + 𝑎𝑞2 = 7𝑎 ⇒ 𝑎(𝑞2 + 𝑞 − 6) = 0
Como 𝑎 ≠ 0:
𝑞2 + 𝑞 − 6 = 0 ⇒ 𝑞 = −3 𝑜𝑢 𝑞 = 2
Sabendo que 𝑞 > 0, devemos ter 𝑞 = 2.
46. (ITA/1999)
Sejam 𝑥, 𝑦 e 𝑧 números reais com 𝑦 ≠ 0. Considere a matriz inversível
𝑥 1 1
𝐴 = [𝑦 0 0]
𝑧 −1 1
Então:
a) A soma dos termos da primeira linha de 𝐴−1 é igual a 𝑥 + 1.
b) A soma dos termos da primeira linha de 𝐴−1 é igual a 0.
c) A soma dos termos da primeira coluna de 𝐴−1 é igual a 1.
d) O produto dos termos da segunda linha de 𝐴−1 é igual a 𝑦.
e) O produto dos termos da terceira coluna de 𝐴−1 é igual a 1.
Comentários
Vamos calcular a matriz inversa de 𝐴:
1
𝐴−1 = ⋅ 𝐴̅
det 𝐴
𝑥 1 1 𝑦 0 0 1 0 0
det 𝐴 = |𝑦 0 0| = − |𝑥 1 1| = −𝑦 ⋅ |𝑥 1 1|
𝑧 −1 1 𝑧 −1 1 𝑧 −1 1
Aplicando a regra de Chió:
1 1
det 𝐴 = −𝑦 ⋅ | | = −2𝑦
−1 1
Calculando a matriz adjunta de 𝐴:
𝐴̅ = (𝐴′ )𝑡
0 𝑦 −𝑦 −𝑦 𝑥 + 𝑧 −𝑦
1
0 0
𝑦
1 0 −2 0 1 −𝑥 + 𝑧 1
−1
⇒𝐴 =− ⋅ [−𝑦 𝑥−𝑧 𝑦 ]= −
2𝑦 −𝑦 𝑥+𝑧 −𝑦 2 2𝑦 2
1 −𝑥 − 𝑧 1
[2 2𝑦 2 ]
Analisando as alternativas:
1 1
a) Falsa. A soma dos elementos da primeira coluna é + = 1.
2 2
Gabarito: “c”.
47. (ITA/1999)
Considere as matrizes
1 0 −1 1 0 𝑥 1
𝐴=[ ],𝐼 = [ ] , 𝑋 = [𝑦] , 𝐵 = [ ].
0 −1 2 0 1 2
𝑡
Se 𝑥 e 𝑦 são soluções do sistema (𝐴𝐴 − 3𝐼)𝑋 = 𝐵, então 𝑥 + 𝑦 é igual a:
a) 2
b) 1
c) 0
d) −1
e) −2
Comentários
Vamos encontrar as soluções do sistema:
1 0 𝑥
(𝐴𝐴 − 3𝐼)𝑋 = 𝐵 ⇒ ([1
𝑡 0 −1
] [ 0 −1] − 3 [
1 0 1
]) [𝑦] = [ ]
0 −1 2 0 1 2
−1 2
2 −2 3 0 𝑥 1 −1 −2 𝑥 1
([ ]−[ ]) [𝑦] = [ ] ⇒ [ ] [𝑦 ] = [ ]
−2 5 0 3 2 −2 2 2
−𝑥 − 2𝑦 = 1 (𝐼)
{
−2𝑥 + 2𝑦 = 2 (𝐼𝐼)
Fazendo (𝐼) + (𝐼𝐼):
−3𝑥 = 3 ⇒ 𝑥 = −1
−𝑥 − 2𝑦 = 1 ⇒ 2𝑦 = −(−1) − 1 ⇒ 𝑦 = 0
Portanto, 𝑥 + 𝑦 = −1.
Gabarito: “d”.
48. (ITA/1998)
Sejam as matrizes reais de ordem 2,
2+𝑎 𝑎 1 1
𝐴=[ ] e 𝐵=[ ]
1 1 𝑎 2+𝑎
Então, a soma dos elementos da diagonal principal de (𝐴𝐵)−1 é igual a:
a) 𝑎 + 1
b) 4(𝑎 + 1)
1
c) (5 + 2𝑎 + 𝑎2 )
4
1
d) (1 + 2𝑎 + 𝑎2 )
4
1
e) (5 + 2𝑎 + 𝑎2 )
2
Comentários
Vamos calcular a matriz 𝐴𝐵, usando os dados do enunciado:
2+𝑎 𝑎 1 1 2 2
𝐴𝐵 = [ ][ ] = [𝑎 + 𝑎 + 2 𝑎 + 3𝑎 + 2]
1 1 𝑎 2+𝑎 𝑎+1 𝑎+3
−1
Se 𝐶 = (𝐴𝐵) , queremos calcular 𝑐11 + 𝑐22 . Usando o método do determinante:
1
𝐶= ⋅ [(𝐴𝐵)′ ]𝑡
det(𝐴𝐵 )
1
𝑐11 = ⋅ 𝑐𝑜𝑓11 𝐴𝐵
det(𝐴𝐵 )
1
𝑐22 = ⋅ 𝑐𝑜𝑓22 𝐴𝐵
det(𝐴𝐵 )
Calculando o valor do determinante:
2 2
det 𝐴𝐵 = |𝑎 + 𝑎 + 2 𝑎 + 3𝑎 + 2|
𝑎+1 𝑎+3
Multiplicando a primeira coluna por (−1) e somando à segunda coluna:
2
det 𝐴𝐵 = |𝑎 + 𝑎 + 2 2𝑎| = 2 ⋅ |𝑎2 + 𝑎 + 2 𝑎 | = 2(𝑎 2 + 𝑎 + 2 − 𝑎 2 − 𝑎 )
𝑎+1 2 𝑎+1 1
det 𝐴𝐵 = 4
49. (ITA/1998)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes reais quadradas de ordem 2 que satisfazem a seguinte propriedade:
existe uma matriz 𝑀 inversível tal que: 𝐴 = 𝑀 −1 𝐵𝑀.
Então:
a) det(−𝐴𝑡 ) = det 𝐵
b) det 𝐴 = − det 𝐵
c) det(2𝐴) = 2 det 𝐵
d) Se det 𝐵 ≠ 0 então det(−𝐴𝐵) < 0
e) det(𝐴 − 𝐼) = − det(𝐼 − 𝐵)
Comentários
Aplicando o determinante na propriedade do enunciado, temos:
det 𝐴 = det(𝑀−1 𝐵𝑀)
Usando o Teorema de Binet:
1
det 𝐴 = det(𝑀−1 ) det 𝐵 det 𝑀 = det 𝐵 det 𝑀 = det 𝐵
det 𝑀
⇒ det 𝐴 = det 𝐵
Vamos analisar as alternativas:
a) det(−𝐴𝑡 ) = det 𝐵
Como as matrizes são de ordem 2, temos:
det(−𝐴𝑡 ) = (−1)2 det(𝐴𝑡 ) = det 𝐴 = det 𝐵
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
b) Falsa.
c) Falsa. Pois det(2𝐴) = 22 det 𝐴 = 4 det 𝐴 = 4 det 𝐵
d) Falsa. Não se pode afirmar que det 𝐵 ≠ 0 implica det(−𝐴𝐵) < 0.
e) Falsa. Pois:
𝐴 = 𝑀 −1 𝐵𝑀
Subtraindo 𝑀−1 𝑀 nos dois lados da equação:
⏟−1 𝑀 = 𝑀 −1 𝐵𝑀 − 𝑀−1 𝑀
𝐴−𝑀
𝐼
𝐴 − 𝐼 = 𝑀 −1 (𝐵 − 𝐼)𝑀
Aplicando o determinante:
det(𝐴 − 𝐼) = det[𝑀−1 (𝐵 − 𝐼)𝑀] = det(𝐵 − 𝐼)
A alternativa afirma que:
det(𝐴 − 𝐼) = − det[−(𝐵 − 𝐼)] = −(−1)2 det(𝐵 − 𝐼) = − det(𝐵 − 𝐼)
Gabarito: “a”.
50. (ITA/1997)
Considere as matrizes
2 0 1 −1 0 1
𝐴 = (0 2 0) e 𝐵 = ( 0 −2 0 )
1 0 2 1 0 −1
Sejam 𝜆0 , 𝜆1 e 𝜆2 as raízes da equação det(𝐴 − 𝜆𝐼3 ) = 0 com 𝜆0 ≤ 𝜆1 ≤ 𝜆2 .
Considere as afirmações
(I) 𝐵 = 𝐴 − 𝜆0 𝐼3
(II) 𝐵 = (𝐴 − 𝜆1 𝐼3 )𝐴
(III) 𝐵 = 𝐴(𝐴 − 𝜆2 𝐼3 )
Então
a) todas as afirmações são falsas.
b) todas as afirmações são verdadeiras.
c) apenas (I) é falsa.
d) apenas (II) é falsa.
e) apenas (III) é verdadeira.
Comentários
Vamos encontrar as raízes da equação:
det(𝐴 − 𝜆𝐼3 ) = 0
2−𝜆 0 1
| 0 2−𝜆 0 | = 0 ⇒ (2 − 𝜆 )3 − (2 − 𝜆 ) = 0
1 0 2−𝜆
(2 − 𝜆)[(2 − 𝜆)2 − 1] = 0
2−𝜆 =0⇒𝜆 =2
(2 − 𝜆)2 − 1 = 0 ⇒ (2 − 𝜆) = ±1 ⇒ 𝜆 = 1 𝑜𝑢 𝜆 = 3
Como 𝜆0 ≤ 𝜆1 ≤ 𝜆2 , temos 𝜆0 = 1, 𝜆1 = 2 e 𝜆2 = 3.
Vamos analisar as afirmações:
(I) 𝐵 = 𝐴 − 𝜆0 𝐼3
1 0 1
𝐴 − 1 ⋅ 𝐼3 = (0 1 0) ≠ 𝐵
1 0 1
∴ 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑎
(II) 𝐵 = (𝐴 − 𝜆1 𝐼3 )𝐴
0 0 1 2 0 1 1 0 2
(𝐴 − 2𝐼3 )𝐴 = (0 0 0) ( 0 2 0) = ( 0 0 0) ≠ 𝐵
1 0 0 1 0 2 2 0 1
∴ 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑎
(III) 𝐵 = 𝐴(𝐴 − 𝜆2 𝐼3 )
2 0 1 −1 0 1 −1 0 1
𝐴(𝐴 − 𝜆2 𝐼3 ) = (0 2 0) ( 0 −1 0 ) = ( 0 −2 0 )=𝐵
1 0 2 1 0 −1 1 0 −1
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
Gabarito: “e”.
51. (ITA/1996)
Seja 𝑎 ∈ ℝ e considere as matrizes reais 2𝑥2,
3𝑎 −1 7𝑎−1 8𝑎−3 ]
𝐴=[ ] e 𝐵 = [
−1 3𝑎 7 2−3
O produto 𝐴𝐵 será inversível se e somente se:
a) 𝑎2 − 5𝑎 + 6 ≠ 0
b) 𝑎2 − 5𝑎 ≠ 0
c) 𝑎2 − 3𝑎 ≠ 0
d) 𝑎2 − 2𝑎 + 1 ≠ 0
e) 𝑎2 − 2𝑎 ≠ 0
Comentários
O produto 𝐴𝐵 é inversível se, e somente se, det(𝐴𝐵) ≠ 0.
Vamos aplicar o Teorema de Binet:
3𝑎 −1 7𝑎−1 8𝑎−3
det(𝐴𝐵) = det 𝐴 ⋅ det 𝐵 = | || |
−1 3𝑎 7 2−3
(32𝑎 − 1)(7𝑎−1 ⋅ 2−3 − 7 ⋅ 8𝑎−3 ) ≠ 0
Devemos ter:
32𝑎 − 1 ≠ 0 ⇒ 32𝑎 ≠ 30 ⇒ 2𝑎 ≠ 0 ⇒ 𝑎 ≠ 0
Ou
𝑎−1 −3 𝑎−3
7𝑎−1 𝑎−3
7𝑎−2 7 𝑎−2 7 0
7 ⋅2 −7⋅8 ≠0⇒ ≠7⋅8 ⇒ 𝑎−2 = 1 ⇒ ( ) ≠( )
8 8 8 8
⇒ (𝑎 − 2) ≠ 0
Portanto:
𝑎(𝑎 − 2) ≠ 0
Gabarito: “e”.
52. (ITA/1996)
Considere 𝐴 e 𝐵 matrizes reais 2𝑥2, arbitrárias. Das afirmações a seguir assinale a verdadeira.
Justifique a afirmação verdadeira e dê exemplo para mostrar que cada uma das demais é falsa.
a) Se 𝐴 é não nula então 𝐴 possui inversa.
b) (𝐴𝐵)𝑡 = 𝐴𝑡 𝐵𝑡
c) det(𝐴𝐵) = det(𝐵𝐴)
d) det 𝐴2 = 2 det 𝐴
e) (𝐴 + 𝐵)(𝐴 − 𝐵) = 𝐴2 − 𝐵2
Comentários
a) Falsa.
Sabemos que nem toda matriz não nula resulta em det 𝐴 ≠ 0. Veja o contra-exemplo:
2 1 2 1
𝐴=() ⇒ det 𝐴 = | | = 6 − 6 = 0 ⇒ det 𝐴 = 0
6 3 6 3
Portanto, 𝐴 não é inversível.
b) Falsa.
Vimos que (𝐴𝐵)𝑡 = 𝐵𝑡 𝐴𝑡 e a ordem das matrizes altera o produto.
Contraexemplo:
1 1 0 1 1 2 0 5
𝐴=( ) e𝐵 =( ) ⇒ 𝐴𝑡 = ( ) e 𝐵𝑡 = ( )
2 3 5 3 1 3 1 3
5 4 5 15
𝐴𝐵 = ( ) ⇒ (𝐴𝐵)𝑡 = ( )
15 11 4 11
2 11 5 15
𝐴𝑡 𝐵𝑡 = ( )≠( ) = (𝐴𝐵)𝑡
3 14 4 11
c) Verdadeira.
Pelo Teorema de Binet, temos:
det(𝐴𝐵) = det 𝐴 ⋅ det 𝐵
det(𝐵𝐴) = det 𝐵 ⋅ det 𝐴 = det 𝐴 ⋅ det 𝐵 = det(𝐴𝐵)
d) Falsa.
53. (ITA/1995)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes reais 3𝑥3. Se 𝑡𝑟(𝐴) denota a soma dos elementos da diagonal principal
de 𝐴, considere as afirmações:
[(I)] 𝑡𝑟(𝐴𝑡 ) = 𝑡𝑟(𝐴)
[(II)] Se 𝐴 é inversível, então 𝑡𝑟(𝐴) ≠ 0.
[(III)] 𝑡𝑟(𝐴 + 𝜆𝐵) = 𝑡𝑟(𝐴) + 𝜆𝑡𝑟(𝐵), para todo 𝜆 ∈ ℝ.
Temos que:
a) todas as afirmações são verdadeiras.
b) todas as afirmações são falsas.
c) apenas a afirmação (I) é verdadeira.
d) apenas a afirmação (II) é falsa.
e) apenas a afirmação (III) é falsa.
Comentários
(I) Verdadeira.
A diagonal principal da transposta de uma matriz não se altera. Então, temos:
3
(II) Falsa.
Basta tomar um contraexemplo de uma matriz cujos elementos da diagonal principal são
zeros:
0 1 2
𝐴 = (1 0 3) ⇒ det 𝐴 = 5 ≠ 0 ⇒ 𝐴 é 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠í𝑣𝑒𝑙
1 1 0
𝑡𝑟𝐴 = 0
(III) Verdadeira.
Vamos usar a definição do traço de uma matriz, para 𝐴3𝑥3 e 𝐵3𝑥3 :
3 3 3 3 3
𝑡𝑟(𝐴 + 𝜆𝐵) = ∑(𝑎𝑖𝑖 + 𝜆𝑏𝑖𝑖 ) = ∑ 𝑎𝑖𝑖 + ∑ 𝜆𝑏𝑖𝑖 = ∑ 𝑎𝑖𝑖 + 𝜆 ∑ 𝑏𝑖𝑖 = 𝑡𝑟(𝐴) + 𝜆𝑡𝑟(𝐵)
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1
Gabarito: “d”.
54. (ITA/1995)
Dizemos que duas matrizes 𝑛 𝑥 𝑛 𝐴 e 𝐵 são semelhantes se existe uma matriz 𝑛 𝑥 𝑛 inversível
𝑃 tal que 𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃. Se 𝐴 e 𝐵 são matrizes semelhantes quaisquer, então:
a) 𝐵 é sempre inversível.
b) se 𝐴 é simétrica, então 𝐵 também é simétrica.
c) 𝐵2 é semelhante a 𝐴.
d) se 𝐶 é semelhante a 𝐴, então 𝐵𝐶 é semelhante a 𝐴2 .
e) det(𝜆𝐼 − 𝐵) = det(𝜆𝐼 − 𝐴), onde 𝜆 é um real qualquer.
Comentários
Perceba que o ITA cobra questões de semelhança de matrizes desde 1995 e até em questões
recentes, vimos esse tema cair. Nesse tipo de questão, o importante é saber que quando duas
matrizes são semelhantes, temos a identidade conforme visto nas resoluções das questões acima:
det(𝜆𝐼 − 𝐵) = det(𝜆𝐼 − 𝐴)
Essa identidade vem da seguinte manipulação:
𝑥(−1) +𝜆𝐼
𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃 ⇒ −𝐵 = −𝑃−1 𝐴𝑃 ⇒ 𝜆𝐼 − 𝐵 = 𝜆 ⏟
𝐼 − 𝑃−1 𝐴𝑃
𝑃 −1 𝑃
IME
55. (IME/2019)
Calcule o valor do determinante:
4 2 1
| log 81 log 900 log 300 |
(log 9)2 2 + 4 log 3 + 2(log 3)2 (log 3 + 2)2
a) 1
b) 2
c) 4
d) 8
e) 16
Comentários
Nessa questão, devemos notar que todos os logaritmandos são múltiplos de 3. Vamos
simplificar o determinante:
4 2 1
| log 81 log 900 log 300 |
(log 9)2 2 + 4 log 3 + 2(log 3)2 (log 3 + 2)2
4 2 1
4
= | log 3 log(3 ⋅ 102 )
2
log(3 ⋅ 102 ) |
(log 32 )2 2 + 4 log 3 + 2(log 3)2 (log 3 + 2)2
4 2 1
= | 4 log 3 2 log 3 + 2 log 3 + 2 |
4(log 3)2 2(log 3 + 1)2 (log 3 + 2)2
1 1 1
= 4 ⋅ 2 ⋅ | log 3 log 3 + 1 log 3 + 2 |
(log 3)2 (log 3 + 1)2 (log 3 + 2)2
Agora, perceba que o determinante resultante é de uma matriz de Vandermonde. Então,
temos:
= 4 ⋅ 2 ⋅ (log 3 + 2 − (log 3 + 1))(log 3 + 2 − log 3)(log 3 + 1 − log 3)
= 8 ⋅ 1 ⋅ 2 ⋅ 1 = 16
Gabarito: “e”.
56. (IME/2018)
Sejam 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 e 𝑥4 os quatro primeiros termos de uma P.A. com 𝑥1 = 𝑥 e razão 𝑟, com 𝑥, 𝑟 ∈
ℝ. O determinante de
𝑥1 𝑥1 𝑥1 𝑥1
𝑥1 𝑥2 𝑥2 𝑥2
|𝑥 𝑥2 𝑥3 𝑥3 |
1
𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4
é
a) 0
b) 𝑥 4 ⋅ 𝑟
c) 𝑥 4 ⋅ 𝑟 3
d) 𝑥 ⋅ 𝑟 4
e) 𝑥 ⋅ 𝑟 3
Comentários
Vamos reescrever o determinante. Sabendo que (𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 , 𝑥4 ) são os termos de uma PA com
𝑥1 = 𝑥 e razão 𝑟, temos:
𝑥1 𝑥1 𝑥1 𝑥1 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
𝑥1 𝑥2 𝑥2 𝑥2 𝑥 𝑥+𝑟 𝑥+𝑟 𝑥+𝑟
|𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 | = | |
1 2 3 3 𝑥 𝑥 + 𝑟 𝑥 + 2𝑟 𝑥 + 2𝑟
𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4 𝑥 𝑥 + 𝑟 𝑥 + 2𝑟 𝑥 + 3𝑟
Multiplicando a primeira linha por (−1) e somando às outras linhas:
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 1 1 1 1
0 𝑟 𝑟 𝑟 0 1 1 1
| |=𝑥⋅𝑟⋅𝑟⋅𝑟⋅| |
0 𝑟 2𝑟 2𝑟 0 1 2 2
0 𝑟 2𝑟 3𝑟 0 1 2 3
Podemos aplicar a regra de Chió:
1 1 1
3
= 𝑥 ⋅ 𝑟 ⋅ |1 2 2| = 𝑥 ⋅ 𝑟 3 ⋅ (6 + 2 + 2 − 2 − 4 − 3) = 𝑥 ⋅ 𝑟 3
1 2 3
Gabarito: “e”.
57. (IME/2017)
Seja 𝑀 uma matriz real 2𝑥2. Defina uma função 𝑓 na qual cada elemento da matriz se desloca
𝑎 𝑏
para a posição seguinte no sentido horário, ou seja, se 𝑀 = ( ), implica que 𝑓 (𝑀 ) =
𝑐 𝑑
𝑐 𝑎
( ).
𝑑 𝑏
Encontre todas as matrizes simétricas 2𝑥2 reais na qual 𝑀2 = 𝑓 (𝑀).
Comentários
Vamos encontrar todas as matrizes simétricas 𝑀2𝑥2 tal que 𝑀2 = 𝑓 (𝑀).
Se 𝑀 é simétrica, então, ele é da forma:
𝑎 𝑏
𝑀=( )
𝑏 𝑐
𝑎 𝑏 𝑎 𝑏 𝑏 𝑎
𝑀 2 = 𝑓 (𝑀 ) ⇒ ( )( )=( )
𝑏 𝑐 𝑏 𝑐 𝑐 𝑏
2 2
𝑎 + 𝑏 = 𝑏 (𝐼 )
𝑎𝑏 + 𝑏𝑐 = 𝑎 (𝐼𝐼)
𝑎𝑏 + 𝑏𝑐 = 𝑐 (𝐼𝐼𝐼)
{ 𝑏2 + 𝑐 2 = 𝑏 (𝐼𝑉 )
Das igualdades (𝐼𝐼) e (𝐼𝐼𝐼), temos:
𝑎=𝑐
Substituindo essa identidade no sistema, encontramos:
𝑎 2 + 𝑏 2 = 𝑏 (𝐼 )
2𝑎𝑏 = 𝑎 (𝐼𝐼) 𝑎 2 + 𝑏 2 = 𝑏 (𝐼 )
⇒{
2𝑎𝑏 = 𝑎 (𝐼𝐼𝐼) 2𝑎𝑏 = 𝑎 (𝐼𝐼)
2 2
{𝑏 + 𝑎 = 𝑏 (𝐼𝑉 )
De (𝐼𝐼), temos:
𝑎(2𝑏 − 1) = 0
1
𝑎 = 0 𝑜𝑢 𝑏 =
2
Se 𝑎 = 0, temos de (𝐼):
𝑏2 = 𝑏 ⇒ 𝑏(𝑏 − 1) = 0 ⇒ 𝑏 = 0 𝑜𝑢 𝑏 = 1
Se 𝑏 = 1/2, temos de (𝐼):
1 2 1 1 1
𝑎 + ( ) = ⇒ 𝑎2 = ⇒ 𝑎 = ±
2
2 2 4 2
Portanto, as matrizes que satisfazem ao problema são:
1 1 1 1
−
0 0 0 1
𝑀=( ),𝑀 = ( ) , 𝑀 = (2 2) ou 𝑀 = ( 2 2 )
0 0 1 0 1 1 1 1
−
2 2 2 2
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
𝟎 𝟎 𝟎 𝟏 −
Gabarito: 𝑴 = ( ),𝑴 = ( ) , 𝑴 = (𝟐𝟏 𝟐
𝟏 ) 𝐨𝐮 𝑴 = ( 𝟏
𝟐 𝟐
𝟏)
𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 −
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐
58. (IME/2017)
1 𝑎 −2
Seja 𝐴 = [𝑎 − 2 1 1 ] com 𝑎 ∈ ℝ. Sabe-se que det(𝐴2 − 2𝐴 + 𝐼) = 16. A soma dos
2 −3 1
valores de 𝑎 que satisfazem essa condição é:
Obs.: det(𝑋 ) denota o determinante da matriz 𝑋
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) 4
Comentários
Note que 𝐴2 − 2𝐴 + 𝐼 = (𝐴 − 𝐼)2 . Então, temos:
det(𝐴2 − 2𝐴 + 𝐼) = det(𝐴 − 𝐼)2 = det(𝐴 − 𝐼) ⋅ det(𝐴 − 𝐼) = [det(𝐴 − 𝐼)]2
Aplicando o Teorema de Binet:
⇒ [det(𝐴 − 𝐼)]2 = 16 ⇒ det(𝐴 − 𝐼) = ±4
0 𝑎 −2
det(𝐴 − 𝐼) = |𝑎 − 2 0 1 | = 2𝑎 + 6(𝑎 − 2) = 8𝑎 − 12
2 −3 0
Assim, temos as seguintes possibilidades:
8𝑎 − 12 = 4 ⇒ 𝑎 = 2
Ou
8𝑎 − 12 = −4 ⇒ 𝑎 = 1
Portanto, a soma dos valores de 𝑎 que satisfazem essa condição é 𝑎1 + 𝑎2 = 3.
Gabarito: “d”.
59. (IME/2016)
𝑎 𝑏
Seja 𝐴 = [ ]. O maior valor de 𝑎, com 𝑎 ≠ 1, que satisfaz 𝐴24 = 𝐼 é:
−𝑏 𝑎
Observação: 𝐼 é a matriz identidade 2𝑥2.
1
a)
2
√2
b)
2
√3
c)
2
√2
d) (√3 − 1)
4
√2
e) (√3 + 1)
4
Comentários
Se 𝐴24 = 𝐼, aplicando o determinante, encontramos:
𝐵𝑖𝑛𝑒𝑡
det 𝐴24 = det 𝐼 ⇒ [det 𝐴]24 = 1 ⇒ (𝑎2 + 𝑏2 )24 = 1 ⇒ 𝑎2 + 𝑏2 = 1
Para 𝜃 ∈ [0, 2𝜋], temos que 𝑎 = cos 𝜃 e 𝑏 = − sen 𝜃 satisfazem a equação. Logo, 𝐴 é a
matriz de rotação:
cos 𝜃 − sen 𝜃
𝐴=[ ]
sen 𝜃 cos 𝜃
60. (IME/2015)
Sejam 𝑆 = 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 e 𝑃 = 𝑎 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑐. Calcule o determinante abaixo unicamente em função de
𝑆 e 𝑃.
𝑎 2 + (𝑏 + 𝑐 )2 2𝑏2 (𝑎 + 𝑏 ) 2 + 𝑐 2
| 2𝑎2 (𝑎 + 𝑐 )2 + 𝑏 2 (𝑎 + 𝑏 ) 2 + 𝑐 2 |
𝑎2 𝑏2 (𝑎 + 𝑏 ) 2
Comentários
Questão de manipulação algébrica.
Vamos aplicar o teorema de Jacobi no determinante da matriz:
𝑎 2 + (𝑏 + 𝑐 )2 2𝑏2 (𝑎 + 𝑏 )2 + 𝑐 2
𝐷=| 2𝑎2 (𝑎 + 𝑐 )2 + 𝑏 2 (𝑎 + 𝑏 )2 + 𝑐 2 |
𝑥(−1)
𝑎2 𝑏2 (𝑎 + 𝑏 )2
(𝑏 + 𝑐 )2 𝑏2 c2
𝐷 = | 𝑎2 ( 𝑎 + 𝑐 )2 𝑐2 | 𝑥(−1)
𝑎2 𝑏2 (𝑎 + 𝑏 ) 2
(𝑏 + 𝑐 )2 𝑏2 c2
𝐷 = | 𝑎 2 − (𝑏 + 𝑐 )2 (𝑎 + 𝑐 )2 − 𝑏 2 0 |
𝑎 2 − (𝑏 + 𝑐 )2 0 2
(𝑎 + 𝑏 ) − 𝑐 2
(𝑏 + 𝑐 )2 𝑏2 c2
𝐷 = |(𝑎 − 𝑏 − 𝑐 )(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) (a − b + c)(a + b + c) 0 |
(𝑎 − 𝑏 − 𝑐 )(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) 0 (𝑎 + 𝑏 − 𝑐 )(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )
(𝑏 + 𝑐 ) 2 𝑏2 c2
𝐷 = (𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )2 ⋅ |(𝑎 − 𝑏 − 𝑐 ) (a − b + c ) 0 |
(𝑎 − 𝑏 − 𝑐 ) 0 (𝑎 + 𝑏 − 𝑐 )
𝑥(−1)
2bc b2 c2
( ) 2 (a − b + c )
𝐷 = 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ⋅ | −2𝑐 0 |
−2𝑏 0 (𝑎 + 𝑏 − 𝑐 )
Calculando o determinante:
2
(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) ⋅ [2𝑏𝑐 ⏟
𝐷=⏟ (𝑎 + 𝑏 − 𝑐 ) + 2𝑏𝑐 2 ⏟
(𝑎 − 𝑏 + 𝑐 ) ⏟ (𝑎 − 𝑏 + 𝑐 ) + 2𝑏2 𝑐 ⏟
(𝑎 + 𝑏 − 𝑐 ) ]
𝑆2 𝑆−2𝑏 𝑆−2𝑐 𝑆−2𝑏 𝑆−2𝑐
2
𝐷 = 𝑆 ⋅ 2𝑏𝑐 ⋅ [(𝑆 − 2𝑏)(𝑆 − 2𝑐 ) + 𝑐 (𝑆 − 2𝑏) + 𝑏(𝑆 − 2𝑐 )]
𝐷 = 𝑆 2 ⋅ 2𝑏𝑐 ⋅ [𝑆 2 − 2𝑏𝑆 − 2𝑐𝑆 + 4𝑏𝑐 + 𝑐𝑆 − 2𝑏𝑐 + 𝑏𝑆 − 2𝑏𝑐 ]
𝐷 = 𝑆 2 ⋅ 2𝑏𝑐 ⋅ 𝑆 ⋅ [𝑆 − (⏟𝑏 + 𝑐 )]
𝑆−𝑎
𝐷 = 2𝑆 3 𝑎𝑏𝑐 = 2𝑆 3 𝑃
Gabarito: 𝟐𝑺𝟑 𝑷
61. (IME/2015)
Dada a matriz 𝐴, a soma do módulo dos valores de 𝑥 que tornam o determinante da matriz 𝐴
nulo é:
1 2𝑥 0 0
𝑥2 1 𝑥−1 2
𝐴=[ ]
1 𝑥+4 0 0
𝑥 −1 1 𝑥−2
a) 7
b) 8
c) 9
d) 10
e) 11
Comentários
Queremos det 𝐴 = 0, precisamos encontrar a equação do determinante. Vamos aplicar a
regra de Chió:
1 2𝑥 0 0
2 1 − 2𝑥 3 𝑥 − 1 2
𝑥 1 𝑥−1 2
det 𝐴 = | | = | −𝑥 + 4 0 0 |
1 𝑥+4 0 0 2
−1 − 2𝑥 1 𝑥−2
𝑥 −1 1 𝑥−2
det 𝐴 = 2(−𝑥 + 4) − (−𝑥 + 4)(𝑥 − 1)(𝑥 − 2) = (−𝑥 + 4)(2 − 𝑥 2 + 3𝑥 − 2)
= (−𝑥 + 4)(−𝑥 2 + 3𝑥) = 𝑥 (𝑥 − 4)(𝑥 − 3)
Se det 𝐴 = 0, então:
𝑥 (𝑥 − 4)(𝑥 − 3) = 0 ⇒ 𝑥1 = 0 𝑜𝑢 𝑥2 = 3 𝑜𝑢 𝑥3 = 4
A soma do módulo desses valores é:
|𝑥1 | + |𝑥2 | + |𝑥3 | = 0 + 3 + 4 = 7
Gabarito: “a”.
62. (IME/2014)
𝑎 𝑏 𝑐
Seja a matriz 𝐴 = [𝑏 𝑐 𝑎], em que 𝑎, 𝑏 e 𝑐 são números reais positivos satisfazendo 𝑎𝑏𝑐 =
𝑐 𝑎 𝑏
1. Sabe-se que 𝐴𝑇 𝐴 = 𝐼, em que 𝐴𝑇 é a matriz transposta de 𝐴 e 𝐼 é a matriz identidade de 3ª
ordem. O produto dos possiveis valores de 𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 é
a) 2
b) 4
c) 6
d) 8
e) 10
Comentários
Essa questão foi anulada, veja o motivo:
Note que 𝐴𝑇 = 𝐴, então:
𝑎 𝑏 𝑐 𝑎 𝑏 𝑐 1 0 0
𝐴2 = 𝐼 ⇒ [𝑏 𝑐 𝑎] [𝑏 𝑐 𝑎] = [0 1 0]
𝑐 𝑎 𝑏 𝑐 𝑎 𝑏 0 0 1
Dessa identidade, encontramos as seguintes equações:
2 2 2
{𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 1
𝑎𝑏 + 𝑏𝑐 + 𝑎𝑐 = 0
Podemos usar essas equações para encontrar o valor de 𝑎 + 𝑏 + 𝑐:
(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )2 = ⏟
𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 + 2(𝑎𝑏
⏟ + 𝑏𝑐 + 𝑎𝑐 )
1 0
(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )2 = 1 ⇒ 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = ±1
O problema afirma que 𝑎, 𝑏, 𝑐 são números reais positivos, então, devemos ter:
𝑎+𝑏+𝑐 =1
𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 = 3 ∓ 1
𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 = 2 𝑜𝑢 𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 = 4
Portanto, o produto dos possíveis valores dessa expressão é 2 ⋅ 4 = 8.
Gabarito: Questão anulada
63. (IME/2013)
1 2 3
Seja Δ o determinante da matriz [𝑥 𝑥2 𝑥 3 ]. O número de possíveis valores de 𝑥 reais que
𝑥 𝑥 1
anulam Δ é
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) 4
Comentários
Vamos calcular o valor de 𝑥 que torna o determinante nulo:
1 2 3 1 2 3
2
Δ = |𝑥 𝑥 𝑥 | = 0 ⇒ 𝑥 ⋅ |1 𝑥 𝑥 2 | = 0
3
𝑥 𝑥 1 𝑥 𝑥 1
Pelo teorema de Jacobi, vamos multiplicar a terceira linha por (−1) e somar à segunda linha:
1 2 3 1 2 3
𝑥 ⋅ |1 − 𝑥 2
0 𝑥 − 1| = 0 ⇒ 𝑥 ⋅ |−(𝑥 − 1) 0 (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)| = 0
𝑥 𝑥 1 𝑥 𝑥 1
1 2 3
𝑥 ⋅ (𝑥 − 1) ⋅ |−1 0 𝑥 + 1| = 0
𝑥 𝑥 1
64. (IME/2012)
São dadas as matrizes quadradas inversiveis 𝐴, 𝐵 e 𝐶, de ordem 3. Sabe-se que o determinante
1
de 𝐶 vale (4 − 𝑥), onde 𝑥 é um número real, o determinante da matriz inversa de 𝐵 vale − e
3
que (𝐶𝐴𝑡 )𝑡 = 𝑃−1 𝐵𝑃, onde 𝑃 é uma matriz inversível.
0 0 1
Sabendo que 𝐴 = (3 𝑥 0), determine os possíveis valores de 𝑥.
1 0 0
𝑡
Obs.: (𝑀) é a matriz transposta de 𝑀.
a) −1 e 3
b) 1 e −3
c) 2 e 3
d) 1 e 3
e) −2 e −3
Comentários
Pela igualdade fornecida no enunciado:
(𝐶𝐴𝑡 )𝑡 = 𝑃−1 𝐵𝑃 ⇒ 𝐴𝐶 𝑡 = 𝑃−1 𝐵𝑃
Aplicando o determinante na equação acima:
𝐵𝑖𝑛𝑒𝑡
det(𝐴𝐶 𝑡 ) = det(𝑃−1 𝐵𝑃 ) ⇒ det 𝐴 ⋅ det 𝐶 𝑡 = det 𝑃−1 ⋅ det 𝐵 ⋅ det 𝑃 ⇒ det 𝐴 ⋅ det 𝐶 𝑡 = det 𝐵
Sabendo que det 𝐶 𝑡 = det 𝐶, do enunciado, temos:
det 𝐶 𝑡 = det 𝐶 = 4 − 𝑥
1 1
det 𝐵−1 = = − ⇒ det 𝐵 = −3
det 𝐵 3
det 𝐴 = −𝑥
65. (IME/2012)
Calcule as raízes de 𝑓(𝑥) em função de 𝑎, 𝑏 e 𝑐, sendo 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑥 ∈ ℝ (real) e
𝑥 𝑎 𝑏 𝑐
𝑎 𝑥 𝑐 𝑏
𝑓 (𝑥 ) = | |.
𝑏 𝑐 𝑥 𝑎
𝑐 𝑏 𝑎 𝑥
Comentários
Vamos usar o teorema de Jacobi e somar a segunda, terceira e quarta linha na primeira:
𝑥 𝑎 𝑏 𝑐 𝑥+𝑎+𝑏+𝑐𝑥+𝑎+𝑏+𝑐 𝑥+𝑎+𝑏+𝑐 𝑥+𝑎+𝑏+𝑐
𝑎 𝑥 𝑐 𝑏 𝑎 𝑥 𝑐 𝑏
𝑓 (𝑥 ) = | |=| |
𝑏 𝑐 𝑥 𝑎 𝑏 𝑐 𝑥 𝑎
𝑐 𝑏 𝑎 𝑥 𝑐 𝑏 𝑎 𝑥
1 1 1 1
𝑎 𝑥 𝑐 𝑏
𝑓 (𝑥 ) = (𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) | |
𝑏 𝑐 𝑥 𝑎
𝑐 𝑏 𝑎 𝑥
Agora, podemos usar a regra de Chió:
𝑥−𝑎 𝑐−𝑎 𝑏−𝑎
𝑓 (𝑥 ) = (𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) | 𝑐 − 𝑏 𝑥 − 𝑏 𝑎 − 𝑏 |
𝑏−𝑐 𝑎−𝑐 𝑥−𝑐
Pelo teorema de Jacobi, vamos somar a segunda linha na primeira:
𝑥−𝑎−𝑏+𝑐
𝑥−𝑎−𝑏+𝑐 0
𝑓 (𝑥 ) = ( 𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) | 𝑐−𝑏
𝑥−𝑏 𝑎 − 𝑏|
𝑏−𝑐
𝑎−𝑐 𝑥−𝑐
1 1 0
( ) ( )( )
𝑓 𝑥 = 𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 𝑥 − 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 |𝑐 − 𝑏 𝑥 − 𝑏 𝑎 − 𝑏 |
𝑏−𝑐 𝑎−𝑐 𝑥−𝑐
Aplicando Chió:
𝑥−𝑐 𝑎−𝑏
𝑓 (𝑥) = (𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )(𝑥 − 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 ) | |
𝑎−𝑏 𝑥−𝑐
𝑓(𝑥) = (𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )(𝑥 − 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 )((𝑥 − 𝑐 )2 − (𝑎 − 𝑏)2 )
𝑓(𝑥) = (𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )(𝑥 − 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 )(𝑥 − 𝑎 + 𝑏 − 𝑐 )(𝑥 + 𝑎 − 𝑏 − 𝑐 )
Portanto, as raízes de 𝑓 são dadas por:
𝑓 (𝑥) = 0 ⇒ 𝑥 = −(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) 𝑜𝑢 𝑥 = 𝑎 + 𝑏 − 𝑐 𝑜𝑢 𝑥 = 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 𝑜𝑢 𝑥 = −𝑎 + 𝑏 + 𝑐
Gabarito: 𝒙 = −(𝒂 + 𝒃 + 𝒄) 𝒐𝒖 𝒙 = 𝒂 + 𝒃 − 𝒄 𝒐𝒖 𝒙 = 𝒂 − 𝒃 + 𝒄 𝒐𝒖 𝒙 = −𝒂 + 𝒃 + 𝒄
66. (IME/2010)
𝑦2 + 𝑧2 𝑥𝑦 𝑥𝑧
2 2
Demonstre que a matriz ( 𝑥𝑦 𝑥 +𝑧 𝑦𝑧 ), onde 𝑥, 𝑦, 𝑧 ∈ ℕ, pode ser escrita
𝑥𝑧 𝑦𝑧 𝑥 + 𝑦2
2
como o quadrado de uma matriz simétrica, com traço igual a zero, cujos elementos pertencem
ao conjunto dos números naturais.
Obs.: Traço de uma matriz é a soma dos elementos de sua diagonal principal.
Comentários
Seja 𝑀 uma matriz simétrica 3𝑥3 da forma:
𝑎 𝑑 𝑒
𝑀=( 𝑑 𝑏 𝑓)
𝑒 𝑓 𝑐
O enunciado afirma que o traço de 𝑀 deve ser igual a zero e todos os seus elementos
perntecem ao conjunto dos números naturais, então, temos:
𝑡𝑟𝑀 = 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 0
Como 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ ℕ, devemos ter 𝑎 = 𝑏 = 𝑐 = 0:
0 𝑑 𝑒
𝑀=( 𝑑 0 𝑓)
𝑒 𝑓 0
Queremos uma matriz 𝑀 que satisfaça a seguinte relação:
𝑦2 + 𝑧2 𝑥𝑦 𝑥𝑧
𝑀2 = ( 𝑥𝑦 𝑥 + 𝑧2
2
𝑦𝑧 )
𝑥𝑧 𝑦𝑧 𝑥 + 𝑦2
2
0 𝑑 𝑒 0 𝑑 𝑒 𝑦2 + 𝑧2 𝑥𝑦 𝑥𝑧
( 𝑑 0 𝑓 ) (𝑑 0 𝑓 ) = ( 𝑥𝑦 𝑥 + 𝑧2
2
𝑦𝑧 )
𝑒 𝑓 0 𝑒 𝑓 0 𝑥𝑧 𝑦𝑧 𝑥 + 𝑦2
2
𝑑2 + 𝑒 2 𝑒𝑓 𝑑𝑓 𝑦2 + 𝑧2 𝑥𝑦 𝑥𝑧
( 𝑒𝑓 𝑑2 + 𝑓 2 𝑑𝑒 ) = ( 𝑥𝑦 𝑥2 + 𝑧2 𝑦𝑧 )
𝑑𝑓 𝑑𝑒 𝑒 + 𝑓2
2
𝑥𝑧 𝑦𝑧 𝑥 + 𝑦2
2
Gabarito: Demonstração
67. (IME/2010)
Considere o determinante de uma matriz de ordem 𝑛, definido por:
1 1 1 1 … 1 1
−1 3 0 0 … 0 0
|0 −1 3 0 … 0 0|
Δ𝑛 = 0 0 −1 3 … 0 0
|… … … … … … …|
0 0 0 0 … 3 0
0 0 0 0 … −1 3
Sabendo que Δ1 = 1, o valor de Δ10 é
a) 59049
b) 48725
c) 29524
d) 9841
e) 364
Comentários
Vamos aplicar o teorema de Laplace na primeira coluna, então, para 𝑛 ≥ 2:
Δ𝑛 = 1 ⋅ A11 + (−1) ⋅ 𝐴21
1 1 1 1 … 1 1
3 0 0 … 0 0
−1 3 0 0 … 0 0
|0 −1 3 0 … 0 0
−1 3 0 … 0 0| | 0 −1 3 … 0 0 |
𝐴11 = 0 0 −1 3 … 0 0 = (−1)1+1 ⋅
|… … … … … …|
|… … … … … … …|
0 0 0 … 3 0
0 0 0 0 … 3 0 ⏟0 0 0 … −1 3
0 0 0 0 … −1 3 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑛−1
O determinante acima é de uma matriz triangular de ordem 𝑛 − 1, então, o seu valor é igual
ao produto da diagonal principal:
𝐴11 = 3𝑛−1
1 1 1 1 … 1 1
1 1 1 … 1 1
−1 3 0 0 … 0 0
|0 −1 3 0 … 0 0
−1 3 0 … 0 0| |0 −1 3 … 0 0|
𝐴21 = 0 0 −1 3 … 0 0 = (−1)2+1 ⋅
|… … … … … …|
|… … … … … … …|
0 0 0 … 3 0
0 0 0 0 … 3 0
⏟0 0 0 … −1 3
0 0 0 0 … −1 3 Δ𝑛−1
Nesse caso, o determinante possui a mesma forma de Δ𝑛 com a diferença de uma ordem a
menos:
𝐴21 = −Δ𝑛−1
Então, Δ𝑛 é dado por:
Δ𝑛 = 3𝑛−1 − (−Δ𝑛−1 )
Δ𝑛 − Δ𝑛−1 = 3𝑛−1
Assim, encontramos uma fórmula de recorrência para o determinante. Para calcular Δ10 ,
podemos proceder da seguinte forma:
Δ2
Δ2 − Δ1 = 31
Δ3 − Δ2 = 32
Δ4 − Δ3 = 33
⋮
Δ10 − Δ9 = 39
⏟1 = 31 + 32 + ⋯ + 39
Δ10 − Δ
1
1 + 3 + 32 + ⋯ + 39
⇒ Δ10 = ⏟
10 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠
Essa expressão é a soma de uma PG de razão 𝑞 = 3 cujo primeiro termo é 1, desse modo:
(310 − 1) 310 − 1
Δ10 = 1 ⋅ = = 29524
3−1 2
Gabarito: “c”.
68. (IME/2009)
Seja 𝐴 uma matriz quadrada inversível de ordem 4 tal que o resultado da soma (𝐴4 + 3𝐴3 ) é
uma matriz de elementos nulos. O valor do determinante de 𝐴 é
a) −81
b) −27
c) −3
d) 27
e) 81
Comentários
Do enunciado:
𝐴4 + 3𝐴3 = 𝑂
𝐴4 = −3𝐴3
Aplicando 𝑑𝑒𝑡 dos dois lados:
det 𝐴4 = det (−3𝐴3 )
Mas, a matriz 𝐴 é 4𝑥4, logo:
(det 𝐴)4 = (−3)4 ⋅ det 𝐴3
(det 𝐴)4 = (−3)4 ⋅ (det 𝐴)3
69. (IME/2008)
Assinale a opção correspondente ao valor da soma das raízes reais da equação:
log 𝑥 log 𝑥 log 𝑥
|log 6𝑥 log 3𝑥 cos 𝑥 | = 0
1 1 log 2 𝑥
a) 1,0
b) 𝜋
c) 10,0
d) 11,0
e) 11,1
Comentários
log x log x log x
|log 6x log 3x cos x | = 0
1 1 log 2 x
Colocando log 𝑥 em evidência:
1 1 1
log 𝑥 |log 6x log 3x cos x | = 0
1 1 log 2 x
Pelo teorema de Jacobi, subtraindo a primeira linha da terceira linha, temos:
0 0 1 − log 2 𝑥
log 𝑥 |log 6x log 3x cos x | = 0
1 1 log 2 x
Aplicando teorema de Laplace na primeira linha:
log 6𝑥 log 3𝑥
log 𝑥 ⋅ [(−1)1+3 ⋅ (1 − log 2 𝑥 ) ⋅ | |] = 0
1 1
log 𝑥 ⋅ (1 − log 2 𝑥 ) ⋅ (log 6𝑥 − log 3𝑥) = 0
Portanto, devemos analisar três possibilidades:
1) se log 𝑥 = 0, então:
𝑥=1
2) se (1 − log 2 𝑥 ) = 0, então:
log 2 𝑥 = 1
log 𝑥 = ±1
𝑥 = 10 ou 𝑥 = 10−1
3) se (log 6𝑥 − log 3𝑥 ) = 0, então:
log 6𝑥 − log 3𝑥 = 0
log 6𝑥 = log 3𝑥
6𝑥 = 3𝑥
𝑥=0
Mas isso não é uma raiz, pois log 0 não está definido, ou seja, 𝑥 = 0 não pertence ao domínio
da função logarítmica.
Desse modo, as raízes são 𝑥 = 1, 𝑥 = 10 e 𝑥 = 10−1 = 0,1. Assim:
𝑆 = 1 + 10 + 0,1 = 11,1
Gabarito: “e”
70. (IME/2007)
Seja a matriz 𝐷 dada por:
1 1 1
𝐷=[ 𝑝 𝑞 𝑟 ]
𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂) 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂)
na qual 𝑝, 𝑞 e 𝑟 são lados de um triângulo cujos ângulos opostos são, respectivamente,
𝑃̂, 𝑄̂ e 𝑅̂. O valor do determinante de 𝐷 é
a) −1
b) 0
c) 1
d) 𝜋
e) 𝑝 + 𝑞 + 𝑟
Comentários
Aplicando a lei dos senos no triângulo citado, temos:
𝑝 𝑞 𝑟
= = (𝐼)
𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂) 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂)
Além disso, calculando o determinante 𝐷, temos:
𝐷 = 𝑞 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂) + 𝑝 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂) + 𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) − 𝑞 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) − 𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂) − 𝑝 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂)
Reorganizando:
71. (IME/2007)
3 1
1 0
Considere as matrizes 𝐴 = [41 4
3] e 𝐵 = [0 1 ], e seja 𝑃 uma matriz inversível tal que 𝐵 =
2
4 4
𝑃−1 𝐴𝑃. Sendo 𝑛 um número natural, calcule o determinante da matriz 𝐴𝑛 .
Comentários
Temos que:
det 𝐵 = det(𝑃−1 𝐴𝑃)
det 𝐵 = det 𝑃−1 ⋅ det 𝐴 ⋅ det 𝑃
Mas 𝑃 é inversível, logo:
1
det 𝑃−1 = ⇒ det 𝑃−1 ⋅ det 𝑃 = 1
det 𝑃
Portanto:
det 𝐵 = (det 𝑃−1 ⋅ det 𝑃) ⋅ det 𝐴 ⇒ det 𝐵 = det 𝐴
Do enunciado, temos:
1 0 1
det 𝐵 = | 1| =
0 2
2
Ou seja:
1
det 𝐴 =
2
Para calcular o valor do determinante de 𝐴, basta usar o teorema de Binet:
det 𝐴𝑛 = (det 𝐴)𝑛
𝑛
1 𝑛
∴ det 𝐴 = ( )
2
𝟏 𝒏
Gabarito: 𝐝𝐞𝐭 𝑨𝒏 = ( )
𝟐
72. (IME/2006)
−1 −1 0 0 ⋯ 0 0
0 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
(−1) ⋅ (−1)1+2 ⋅
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
0 0 0 0 ⋯ −1 2 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)
O segundo determinante pode ser calculado utilizando Laplace novamente:
−1 −1 0 0 ⋯ 0 0
0 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
=
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
0 0 0 0 ⋯ −1 2 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)
2 −1 0 0 ⋯ 0 0
−1 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
(−1) ⋅ (−1)1+1 ⋅ +
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
⏟0 0 0 0 ⋯ −1 2
𝐷𝑛−2 (𝑛−2)𝑥(𝑛−2)
0 −1 0 0 ⋯ 0 0
0 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
+ (−1) ⋅ (−1)1+2 ⋅
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
⏟0 0 0 0 ⋯ −1 2
0 (𝑛−2)𝑥(𝑛−2)
Note que a primeira coluna do segundo determinante da soma acima é nula, logo, esse
determinante é nulo.
Portanto, para o segundo determinante, temos:
−1 −1 0 0 ⋯ 0 0
0 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
= −𝐷𝑛−2
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
0 0 0 0 ⋯ −1 2 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)
Assim, o determinante 𝐷𝑛 é dado pela seguinte fórmula de recorrência:
𝐷𝑛 = 2 ⋅ 𝐷(𝑛−1) − 𝐷(𝑛−2)
Usando essa fórmula, podemos escrever:
𝐷𝑛 = 2 ⋅ 𝐷(𝑛−1) − 𝐷𝑛−2
𝐷𝑛−1 = 2 ⋅ 𝐷𝑛−2 − 𝐷𝑛−3
𝐷𝑛−2 = 2 ⋅ 𝐷𝑛−3 − 𝐷𝑛−4
⋮
𝐷4 = 2 ⋅ 𝐷3 − 𝐷2
𝐷3 = 2 ⋅ 𝐷2 − 𝐷1
(+)
𝐷𝑛 = 𝐷𝑛−1 + 𝐷2 − 𝐷1
Desse modo:
𝐷𝑛 = 𝐷𝑛−1 + 𝐷2 − 𝐷1
𝐷𝑛−1 = 𝐷𝑛−2 + 𝐷2 − 𝐷1
⋮
𝐷2 = 𝐷1 + 𝐷2 − 𝐷1
(+)
𝐷𝑛 = 𝐷1 + (𝑛 − 1)(𝐷2 − 𝐷1 )
∴ 𝐷𝑛 = (𝑛 − 1)(𝐷2 − 𝐷1 ) + 𝐷1 (𝐼)
Podemos calcular 𝐷2 e 𝐷1 :
𝐷1 = |2| = 2
2 −1
𝐷2 = | |=3
−1 2
Substituindo esses valores em (𝐼):
𝐷𝑛 = (𝑛 − 1) ⋅ (3 − 2) + 2
𝐷𝑛 = 𝑛 − 1 + 2
∴ 𝐷𝑛 = 𝑛 + 1
Gabarito: 𝑫𝒏 = 𝒏 + 𝟏
73. (IME/2004)
Calcule o número natural 𝑛 que torna o determinante abaixo igual a 5.
1 −1 0 0
0 1 −1 0
| |
0 0 1 −1
log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 + 1) log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1)
Comentários
Seja Δ o determinante apresentado no enunciado. Pelo teorema de Jacobi, somando a
primeira coluna com a segunda, temos:
1 0 0 0
0 1 −1 0
Δ=| |
0 0 1 −1
log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 + 1) + log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1)
1 0 0 0
0 1 −1 0
Δ=| |
0 0 1 −1
log 2 𝑛 − 1)
( log 2 (𝑛 + 1)(𝑛 − 1))
( log 2 𝑛 − 1)
( log 2 (𝑛 − 1)
Aplicando o teorema de Laplace na primeira linha:
1 −1 0
Δ = 1 ⋅ (−1 )1+1 ⋅| 0 1 −1 |
log 2 ( 𝑛 + 1)(𝑛 − 1))
( log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1)
1 −1 0
Δ=| 0 1 −1 |
log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)) log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1)
Para o novo determinante Δ3𝑥3 , devemos somar a primeira coluna com a segunda coluna
novamente:
1 0 0
Δ=| 0 1 −1 |
log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)) log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)2 ) log 2 (𝑛 − 1)
Aplicando Laplace na primeira linha:
1 −1
Δ = |log ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)2 ) | ( ) (( )( )2 )
2 log 2 (𝑛 − 1) = log 2 𝑛 − 1 + log 2 𝑛 + 1 𝑛 − 1
Δ = log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)3 )
Como queremos Δ = 5, temos:
log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)3 ) = 5
(𝑛 + 1)(𝑛 − 1)3 = 25 = 4 ⋅ 23
Portanto 𝑛 + 1 = 4 e 𝑛 − 1 = 2, ou seja, 𝑛 = 3 é solução.
Gabarito: 𝒏 = 𝟑
74. (IME/2002)
Uma matriz quadrada é denominada ortogonal quando a sua transposta é igual a sua inversa.
Considerando esta definição, determine se a matriz [𝑅], abaixo, é uma matriz ortogonal,
sabendo-se que 𝑛 é um número inteiro e 𝛼 é um ângulo qualquer. Justifique a sua resposta.
cos(𝑛𝛼) −sen(𝑛𝛼) 0
[𝑅] = [sen(𝑛𝛼) cos(𝑛𝛼) 0]
0 0 1
Comentários
Vamos calcular a inversa de [𝑅]:
1
[𝑅]−1 = ̅̅̅̅
⋅ [𝑅]
det[𝑅]
1) det[𝑅]:
det[𝑅] = cos2 (𝑛𝛼) + 𝑠𝑒𝑛2 (𝑛𝛼) = 1
̅̅̅̅:
2) [𝑅]
̅̅̅̅ = ([𝑅]𝑐𝑜𝑓 )𝑇
[𝑅]
𝑇
cos(𝑛𝛼) 0 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0
| | −| | 0
0 1 0 1
̅̅̅̅ = − |−𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0|
[𝑅] |
cos (𝑛𝛼) 0
| 0
0 1 0 1
cos (𝑛𝛼) −𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼)
0 0 | |
[ 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) cos (𝑛𝛼) ]
cos(𝑛𝛼) −𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0 𝑇
̅̅̅̅ = [𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) cos(𝑛𝛼) 0]
[𝑅]
0 0 1
cos(𝑛𝛼) 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0
̅̅̅̅
[𝑅] = [−𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼 ) cos(𝑛𝛼) 0]
0 0 1
3) [𝑅]−1 :
1 cos(𝑛𝛼) 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0
[𝑅]−1 = ̅̅̅̅
[𝑅] = 1 ⋅ [−𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) cos(𝑛𝛼) 0]
det[𝑅]
0 0 1
cos(𝑛𝛼) 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0
[𝑅] = [−𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) cos(𝑛𝛼) 0] = [𝑅]𝑇
−1
0 0 1
Logo:
[𝑅]𝑇 = [𝑅]−1
Portanto, [𝑅] é ortogonal.
Gabarito: Prova
75. (IME/2000)
Calcule o determinante:
1 1 1 1 1 1 1
1 3 1 1 1 1 1
|1 1 5 1 1 1 1|
𝐷= 1 1 1 7 1 1 1
|1 1 1 1 9 1 1|
1 1 1 1 1 11 1
1 1 1 1 1 1 13
Comentários
Pelo teorema de Jacobi, vamos multiplicar a primeira coluna por (−1) e somar às outras.
1 0 0 0 0 0 0
1 2 0 0 0 0 0
|1 0 4 0 0 0 0|
𝐷= 1 0 0 6 0 0 0
|1 0 0 0 8 0 0|
1 0 0 0 0 10 0
1 0 0 0 0 0 12
Aplicando o teorema de Laplace na primeira linha:
2 0 0 0 0 0
0 4 0 0 0 0
|0 0 6 0 0 0|
D=1⋅
|0 0 0 8 0 0|
0 0 0 0 10 0
0 0 0 0 0 12
Aplicando teorema de Laplace na primeira linha, novamente:
4 0 0 0 0
0 6 0 0 0
D = 1 ⋅ 2 ⋅ ||0 0 8 0 0 ||
0 0 0 10 0
0 0 0 0 12
Desse modo, podemos observar que realizando esse processo sucessivas vezes, obtemos:
𝐷 = 1 ⋅ 2 ⋅ 4 ⋅ 6 ⋅ 8 ⋅ 10 ⋅ 12
𝐷 = 46080
Gabarito: 𝑫 = 𝟒𝟔𝟎𝟖𝟎
76. (IME/1999)
6 0
Determine uma matriz não singular 𝑃 que satisfaça a equação matricial 𝑃−1 𝐴 = [ ],
0 −1
1 2
onde 𝐴 = [ ].
5 4
Comentários
77. (IME/1994)
Um aluno, ao inverter a matriz
1 𝑎 𝑏
𝐴 = [0 𝑐 𝑑 ] = [𝑎𝑖𝑗 ], 1 ≤ 𝑗, 𝑗 ≤ 3
4 𝑒 𝑓
cometeu um engano, e considerou o elemento 𝑎13 igual a 3, de forma que acabou invertendo
a matriz
1 𝑎 𝑏
𝐵 = [0 𝑐 𝑑 ] = [𝑏𝑖𝑗 ]
3 𝑒 𝑓
5 3
− 𝑏=1
2 2
𝑏=1
Da terceira linha e primeira coluna:
15 3
− 𝑓=0
2 2
𝑓=5
Então a matriz 𝐴 é da forma:
1 𝑎 𝑏 1 0 1
𝐴 = [0 𝑐 𝑑 ] = [0 1 2]
4 𝑒 𝑓 4 0 5
Agora, é necessário inverter 𝐴. Seja 𝐴−1 dado por:
𝑚 𝑛 𝑝
𝐴 = [ 𝑞 𝑟 𝑠]
−1
𝑥 𝑦 𝑧
𝑚 𝑛 𝑝 1 0 1 1 0 0
[ 𝑞 𝑟 𝑠 ] [0 1 2] = [0 1 0]
𝑥 𝑦 𝑧 4 0 5 0 0 1
𝑚 + 4𝑝 𝑛 𝑚 + 2𝑛 + 5𝑝 1 0 0
[ 𝑞 + 4𝑠 𝑟 𝑞 + 2𝑟 + 5𝑠 ] = [0 1 0]
𝑥 + 4𝑧 𝑦 𝑥 + 2𝑦 + 5𝑧 0 0 1
Podemos observar, na segunda coluna que:
𝑛=0 ; 𝑟=1 ; 𝑦=0
Substituindo, temos:
𝑚 + 4𝑝 0 𝑚 + 5𝑝 1 0 0
[ 𝑞 + 4𝑠 1 𝑞 + 2 + 5𝑠] = [0 1 0]
𝑥 + 4𝑧 0 𝑥 + 5𝑧 0 0 1
Da primeira e terceira coluna da primeira linha:
𝑚 + 4𝑝 = 1
{
𝑚 + 5𝑝 = 0
Subtraindo as duas equações:
𝑝 = −1
Substituindo em 𝑚 + 5𝑝 = 0:
𝑚=5
Da primeira e terceira coluna da segunda linha:
𝑞 + 4𝑠 = 0
{
𝑞 + 2 + 5𝑠 = 0
Subtraindo as duas equações:
𝑠 = −2
Substituindo em 𝑞 + 4𝑠 = 0:
𝑞=8
Da primeira e terceira coluna da terceira linha:
𝑥 + 4𝑧 = 0
{
𝑥 + 5𝑧 = 1
Subtraindo as duas equações:
𝑧=1
Substituindo em 𝑥 + 4𝑧 = 0:
𝑥 = −4
Desse modo, temos:
𝑚 𝑛 𝑝
𝐴 −1
= [𝑞 𝑟 𝑠]
𝑥 𝑦 𝑧
5 0 −1
−1
𝐴 =[8 1 −2]
−4 0 1
𝟓 𝟎 −𝟏
−𝟏
Gabarito: 𝑨 =[ 𝟖 𝟏 −𝟐]
−𝟒 𝟎 𝟏
78. (IME/1993)
Determine os valores de 𝑥 para que:
𝑥 2 4 6
𝑥 𝑥+2 0 10
| 2 |=0
𝑥 0 4𝑥 4
𝑥 4 10 𝑥−2
Comentários
Seja:
𝑥 2 4 6
𝑥 𝑥+2 0 10
𝐼=| 2 |
𝑥 0 4𝑥 4
𝑥 4 10 𝑥−2
Por Laplace na terceira linha:
2 4 6 𝑥 2 6 𝑥 2 4
𝐼 = 𝑥 2 ⋅ |𝑥 + 2 0 10 | + 4𝑥 ⋅ | 𝑥 𝑥+2 10 | − 4 ⋅ | 𝑥 𝑥+2 0|
4 10 𝑥 − 2 𝑥 4 𝑥−2 𝑥 4 10
𝐼 = 𝑥 2 ⋅ (−4𝑥 2 + 60𝑥 + 96) + 4𝑥 ⋅ (𝑥 3 − 8𝑥 2 − 8𝑥) − 4 ⋅ (6𝑥 2 + 8𝑥)
𝐼 = 28𝑥 3 + 40𝑥 2 − 32𝑥
𝐼 = 4𝑥 ⋅ (7𝑥 2 + 10𝑥 − 8) = 0
Então, 𝑥1 = 0 é solução. Além disso, devemos achar as soluções de 7𝑥 2 + 10𝑥 − 8 = 0:
−10 ± √102 − 4 ⋅ 7 ⋅ (−8)
𝑥=
2⋅7
−10 ± 18
𝑥=
14
4
𝑥2 = 𝑒 𝑥3 = −2
7
Portanto, os valores de 𝑥 para 𝐼 = 0 são:
4
𝑥 = {−2, 0, }
7
𝟒
Gabarito: 𝒙 = {−𝟐, 𝟎, }
𝟕
79. (IME/1992)
Calcule o valor do determinante abaixo:
𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
| 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 |
𝐷𝑛 =
| 𝑚 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥
Comentários
Podemos escrever 𝐷𝑛 da seguinte forma:
𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
| 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 |
𝐷𝑛 =
| 𝑚 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥
Observe que 𝐷1 = 𝑚 + 𝑥. Além disso:
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚 𝑥 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚 0 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
|𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 | | 0 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 |
𝐷𝑛 = +
|𝑚 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 | |0 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥 0 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥
Seja 𝐴𝑛 a primeira parcela da equação acima e 𝐵𝑛 a segunda parcela, então, podemos
escrever:
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
|𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 |
𝐴𝑛 =
|𝑚 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥
Pelo teorema de Jacobi, podemos multiplicar a primeira coluna por −1 e somar às outras:
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚 𝑚 0 0 0 ⋯ 0
𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚 𝑚 𝑥 0 0 ⋯ 0
|𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 | |𝑚 0 𝑥 0 ⋯ 0 |
𝐴𝑛 = ⇒ 𝐴𝑛 =
|𝑚 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 | |𝑚 0 0 𝑥 ⋯ 0 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥 𝑚 0 0 0 ⋯ 𝑥 𝑛𝑥𝑛
Assim, usando o teorema de Laplace na primeira linha:
𝑥 0 0 ⋯ 0
0 𝑥 0 ⋯ 0
|
𝐴𝑛 = 𝑚 ⋅ |0 0 𝑥 ⋯ 0||
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 0 0 ⋯ 𝑥 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)
Encontramos um determinante de matriz diagonal, portanto:
𝐴𝑛 = 𝑚 ⋅ 𝑥 𝑛−1
Além disso, aplicando Laplace na primeira coluna da segunda parcela de 𝐷𝑛 :
𝑥 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
0 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
|0 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 |
𝐵𝑛 = = 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−1
|0 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥
Desse modo:
𝐷𝑛 = 𝐴𝑛 + 𝐵𝑛
𝐷𝑛 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−1
Note que
⋅𝑥
𝐷𝑛−1 = 𝑥 𝑛−2 + 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−2 ⇒ 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−1 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 2 ⋅ 𝐷𝑛−2
⋅𝑥 2
𝑛−3
𝐷𝑛−2 = 𝑥 + 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−3 ⇒ 𝑥 2 ⋅ 𝐷𝑛−2 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 3 ⋅ 𝐷𝑛−2
⋮
Assim, podemos escrever o seguinte produto:
𝐷𝑛 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−1
𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−1 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 2 ⋅ 𝐷𝑛−2
𝑥 2 ⋅ 𝐷𝑛−2 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 3 ⋅ 𝐷𝑛−3
⋮
{𝑥 𝑛−2 ⋅ 𝐷2 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 𝑛−1 ⋅ 𝐷1
(+)
𝐷𝑛 = 𝑚(𝑛 − 1)𝑥 𝑛−1 + 𝑥 𝑛−1 ⋅ 𝐷1
Substituindo 𝐷1 = 𝑚 + 𝑥 na equação acima:
𝐷𝑛 = 𝑚(𝑛 − 1)𝑥 𝑛−1 + 𝑥 𝑛−1 (𝑚 + 𝑥)
Portanto:
𝐷𝑛 = 𝑥 𝑛 + 𝑚𝑛𝑥 𝑛−1
Gabarito: 𝑫𝒏 = 𝒙𝒏 + 𝒎𝒏𝒙𝒏−𝟏
80. (IME/1991)
Determine todas as matrizes 𝑋 reais, de dimensões 2𝑥2, tais que 𝐴𝑋 = 𝑋𝐴, para toda matriz
𝐴 real 2𝑥2.
Comentários
Podemos escrever 𝐴 e 𝑋 das seguintes formas:
𝑎11 𝑎12 𝑥11 𝑥12
𝐴 = [𝑎 𝑎22 ] e 𝑋 = [ 𝑥21 𝑥22 ]
21
Logo, para que as equações acima sejam satisfeitas para todo 𝑎12 e 𝑎21 , devemos ter:
𝑥11 = 𝑥22
Portanto, sendo 𝑥11 = 𝑥22 = 𝑚 e 𝑥21 = 𝑥12 = 0, temos:
𝑚 0
𝑋=[ ]
0 𝑚
𝒎 𝟎
Gabarito: 𝑿 = [ ]
𝟎 𝒎
81. (IME/1990)
Calcule o determinante da matriz 𝑛𝑥𝑛 que possui zeros na diagonal principal e todos os outros
elementos iguais a 1.
Comentários
O determinante citado é:
0 1 1 1 ⋯ 1
1 0 1 1 ⋯ 1
|1 1 0 1 ⋯ 1|
𝐷𝑛 =
|1 1 1 0 ⋯ 1|
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
1 1 1 1 ⋯ 0
Observe que 𝐷1 = 0. Além disso, podemos escrever 𝐷𝑛 da seguinte forma:
1 1 1 1 ⋯ 1 −1 1 1 1 ⋯ 1
1 0 1 1 ⋯ 1 0 0 1 1 ⋯ 1
| 1 1 0 1 ⋯ 1| | 0 1 0 1 ⋯ 1|
𝐷𝑛 = +
| 1 1 1 0 ⋯ 1| | 0 1 1 0 ⋯ 1|
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
1 1 1 1 ⋯ 0 0 1 1 1 ⋯ 0
Seja 𝐴𝑛 a primeira parcela de 𝐷𝑛 e 𝐵𝑛 a segunda parcela de 𝐷𝑛 .
Usando o teorema de Jacobi, podemos multiplicar a primeira coluna de 𝐴𝑛 por (−1) e somar
às outras colunas:
1 1 1 1 ⋯ 1 1 0 0 0 ⋯ 0
1 0 1 1 ⋯ 1 1 −1 0 0 ⋯ 0
|1 1 0 1 ⋯ 1 | | 1 0 −1 0 ⋯ 0|
𝐴𝑛 = =
|1 1 1 0 ⋯ 1| | 1 0 0 −1 ⋯ 0|
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
1 1 1 1 ⋯ 0 1 0 0 0 ⋯ −1
Gabarito: 𝑫𝒏 = (𝒏 − 𝟏)(−𝟏)𝒏−𝟏
82. (IME/1989)
Calcule o determinante da matriz
𝑎2 (𝑎 + 1)2 ( 𝑎 + 2)2 (𝑎 + 3)2
𝑏2 (𝑏 + 1)2 ( 𝑏 + 2)2 (𝑏 + 3)2
𝑐2 (𝑐 + 1)2 ( 𝑐 + 2)2 (𝑐 + 3)2
[𝑑 2 (𝑑 + 1)2 ( 𝑑 + 2)2 (𝑑 + 3)2 ]
Comentários
Chamemos a matriz dada do enunciado de 𝐷.
83. (IME/1988)
Sejam 𝐴, 𝐵 e 𝐶 matrizes 5𝑥5, com elementos reais. Denotando-se por 𝐴′ a matriz transposta
de 𝐴:
a) Mostre que se 𝐴 ⋅ 𝐴′ = 0, então 𝐴 = 0.
b) Mostre que se 𝐵 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′ = 𝐶 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′, então 𝐵 ⋅ 𝐴 = 𝐶 ⋅ 𝐴.
Comentários
a) Como 𝐴′ é a transposta de 𝐴 e considerando 𝐴 = [𝑎𝑖𝑗 ], temos que a diagonal principal de
′
𝐴 ⋅ 𝐴 = [𝑥𝑖𝑗 ] é:
5
2
𝑥𝑖𝑖 = ∑ 𝑎𝑖𝑗
𝑗=1
′
Se 𝐴 ⋅ 𝐴 = 0, temos 𝑥𝑖𝑖 = 0. Para isso, já que a matriz é composta somente por elementos
reais, devemos ter:
5
2
𝑥𝑖𝑖 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 =0
𝑗=1
𝑎𝑖𝑗 = 0
Portanto:
𝐴 = [0𝑖𝑗 ] = 0
b) Inicialmente, temos que:
𝐵 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′ = 𝐶 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′ ⇒ (𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′ = 0
Então, multiplicando por (𝐵 − 𝐶)′ dos dois lados, obtemos:
(𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′ ⋅ (𝐵 − 𝐶 )′ = 0 (𝐼)
Conhecendo a propriedade da transposta do produto matricial, podemos escrever:
′
((𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴) = 𝐴′ ⋅ (𝐵 − 𝐶)′
Substituindo essa relação na equação (𝐼):
′
((𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴) ⋅ ((𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴) = 0
Pelo item anterior, temos que:
𝐴 ⋅ 𝐴′ = 0 ⇒ 𝐴 = 0
Logo:
′
((𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴) ⋅ ((𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴) = 0 ⇒ (𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴 = 0 ⇒ 𝐵 ⋅ 𝐴 = 𝐶 ⋅ 𝐴
Como queríamos demonstrar.
Gabarito: Prova
84. (IME/1987)
Sejam
𝑎 𝑏
𝑐 𝑑 𝑖 𝑗 𝑙 𝑚
𝐴=( ) e𝐵 =( )
𝑒 𝑓 𝑛 𝑜 𝑝 𝑞
𝑔 ℎ
duas matrizes de elementos inteiros. Verifique se a matriz 𝐴𝐵 é inversível.
Comentários
Multiplicando 𝐴𝐵 e calculando seu determinante, temos:
𝑎𝑖 + 𝑏𝑛 𝑎𝑗 + 𝑏𝑜 𝑎𝑙 + 𝑏𝑝 𝑎𝑚 + 𝑏𝑞
𝑐𝑖 + 𝑑𝑛 𝑐𝑗 + 𝑑𝑜 𝑐𝑙 + 𝑑𝑝 𝑐𝑚 + 𝑑𝑞
det 𝐴𝐵 = | |
𝑒𝑖 + 𝑓𝑛 𝑒𝑗 + 𝑓𝑜 𝑒𝑙 + 𝑓𝑝 𝑒𝑚 + 𝑓𝑞
𝑔𝑖 + ℎ𝑛 𝑔𝑗 + ℎ𝑜 𝑔𝑙 + ℎ𝑝 𝑔𝑚 + ℎ𝑞
Vamos trocar a primeira coluna pela primeira coluna multiplicado por 𝑗 e subtraindo a
segunda coluna multiplicada por 𝑖.
𝑎𝑖 + 𝑏𝑛 → (𝑎𝑖 + 𝑏𝑛) ⋅ 𝑗 − (𝑎𝑗 + 𝑏𝑜) ⋅ 𝑖 = 𝑏(𝑛𝑗 − 𝑜𝑖)
𝑐𝑖 + 𝑑𝑛 → (𝑐𝑖 + 𝑑𝑛) ⋅ 𝑗 − (𝑐𝑗 + 𝑑𝑜) ⋅ 𝑖 = 𝑑(𝑛𝑗 − 𝑜𝑖)
𝑏 𝑏 𝑎𝑙 + 𝑏𝑝 𝑎𝑚 + 𝑏𝑞
𝑑 𝑑 𝑐𝑙 + 𝑑𝑝 𝑐𝑚 + 𝑑𝑞
det 𝐴𝐵 = (𝑛𝑗 − 𝑜𝑖)(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗) | |
𝑓 𝑓 𝑒𝑙 + 𝑓𝑝 𝑒𝑚 + 𝑓𝑞
ℎ ℎ 𝑔𝑙 + ℎ𝑝 𝑔𝑚 + ℎ𝑞
Perceba que det 𝐴𝐵 possui duas colunas iguais, o que implica em det 𝐴𝐵 = 0. E como det 𝐴𝐵
é 0, a matriz 𝐴𝐵 não pode ser inversível.
Gabarito: 𝑨𝑩 é não inversível
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Steinbruch, Alfredo. Winterle, Paulo. Álgebra linear. 2. ed. Pearson Makron Books, 1987. 583p.
[2] Iezzi, Gelson. Hazzan, Samuel. Fundamentos de Matemática Elementar, 4: sequências, matrizes,
determinantes e sistemas. 8. Ed. Atual, 2013. 282p.
[3] Rufino, Marcelo. Carneiro, Manoel Leite. Elementos da Matemática volume 3. 3 ed. Vestseller,
2010. 353p.