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Aula12 Matrizes Determinantes

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Aula 12 – Matrizes

Livro Digital
e Determinantes

ITA/IME 2020

Professor Victor So
Professor Victor So
Aula 12: ITA/IME 2020

Sumário
Introdução ............................................................................................................... 3
1. Matrizes ............................................................................................................... 4
1.1. Noção Básica ................................................................................................................... 4
1.2. Lei de Formação .............................................................................................................. 5
1.3. Tipos de matrizes ............................................................................................................ 5
1.4. Igualdade entre Matrizes ................................................................................................ 8
1.5. Operações com Matrizes .............................................................................................. 10
1.6. Propriedades Operatórias ............................................................................................. 21
1.7. Matriz Transposta ......................................................................................................... 24
1.8. Traço de uma Matriz ..................................................................................................... 27
1.9. Matrizes Especiais ......................................................................................................... 28
2. Determinante de uma Matriz ............................................................................. 35
2.1. Definição ....................................................................................................................... 35
2.2. Teorema de Laplace ...................................................................................................... 39
2.3. Propriedades dos Determinantes.................................................................................. 43
2.4. Regra de Chió ................................................................................................................ 57
2.5. Cálculo da Matriz Inversa pelo Determinante .............................................................. 59
2.6. Cálculo do Determinante de Matrizes Infinitas ............................................................ 62
3. Lista de Questões ............................................................................................... 68
ITA ........................................................................................................................................ 68
IME ....................................................................................................................................... 81
4. Gabarito ............................................................................................................. 89
ITA ........................................................................................................................................ 89
IME ....................................................................................................................................... 90
5. Lista de Questões Comentadas .......................................................................... 91
ITA ........................................................................................................................................ 91
IME ..................................................................................................................................... 128
6. Considerações Finais da Aula ........................................................................... 161
7. Referências Bibliográficas ................................................................................ 161

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INTRODUÇÃO
Olá,
Nesta aula, estudaremos matrizes e determinantes. Este tema costuma cair com bastante
frequência nas provas do ITA/IME. Veremos os conceitos básicos de matrizes e, principalmente, os
teoremas e propriedades para calcularmos o valor dos seus determinantes.
As matrizes são muito úteis na resolução de sistemas lineares e este será o conteúdo da nossa
próxima aula. Se você já tem familiaridade com matrizes, faça uma leitura rápida da teoria e vá para
a lista de exercícios. O importante é ganhar velocidade e estar com os conceitos bem fixados.
Se você ainda não se sente confortável com esse assunto, leia a teoria com calma e tente
entender os conceitos básicos para saber resolver os exercícios do seu vestibular.
Qualquer dúvida, não hesite em nos procurar. Estamos aqui para auxiliá-lo.
Bons estudos.

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1. MATRIZES
1.1. NOÇÃO BÁSICA
Uma matriz é um agrupamento de informação no formato de tabela com linhas e colunas.
Veja alguns exemplos:
10 8 18 𝜋
𝐴=( )
3 200 1,72 √2
3 2
𝐵=( )
1 1
1 0 1
−1 −2 0
𝐶=
1
[5 4 3]

5 5 0
1 3 3
𝐷=[ ]
1 3 4
0 5 −1
Repare que podemos representar uma matriz usando os parênteses “( )“ ou os colchetes
“[ ]“.
Como podemos ver, uma matriz é formada por elementos dispostos em linhas e colunas.
Cada elemento possui um “endereço” que é composto de duas informações: a qual linha e a qual
coluna ele pertence, nessa ordem.
As linhas são contadas de cima para baixo e as colunas, da esquerda para a direita. Vamos
tomar a seguinte matriz 𝐴 como exemplo:
10 8 18 𝜋
𝐴=( )
3 200 1,72 √2
Nessa matriz, temos 2 linhas e 4 colunas:
10 8 18 𝜋 1ª
𝐴=( )
3 200 1,72 √2 linha 2ª
linha
1ª col 2ª col 3ª col
4ª col
No exemplo, o elemento da primeira linha e da terceira coluna é indicado por 𝑎13 e seu valor
é 18, ou ainda, 𝑎13 = 18.
Podemos dizer que a matriz 𝐴 tem dimensão 2𝑥4 e ela pode ser representada pelas
seguintes notações:
𝐴2𝑥4
Ou

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𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 ), 𝑖 ∈ {1,2} 𝑒 𝑗 ∈ {1,2,3,4} ou simplesmente 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )2𝑥4


𝑎𝑖𝑗 é o elemento da matriz da linha 𝑖 e coluna 𝑗. Usamos a letra minúscula para representar
os elementos da matriz.

1.2. LEI DE FORMAÇÃO


Aprendemos em aulas passadas que podemos calcular os termos de uma progressão com
base em uma fórmula chamada lei de formação. De modo análogo, podemos calcular cada termo
de uma matriz através de uma lei de formação. Vejamos como isso acontece:
𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )2𝑥2 tal que 𝑎𝑖𝑗 = 𝑖 + 𝑗
Essa fórmula nos diz que a matriz 𝐴 é do tipo 2𝑥2, então, ela possui duas linhas e duas
colunas:
𝑎11 𝑎12
𝐴 = (𝑎 𝑎22 )
21

Com base na lei de formação, vamos calcular o valor de cada termo:


𝑎𝑖𝑗 = 𝑖 + 𝑗
𝑎11 = 1 + 1 = 2
𝑎12 = 1 + 2 = 3
𝑎21 = 2 + 1 = 3
𝑎22 = 2 + 2 = 4
Assim, a matriz 𝐴 é dada por:
2 3
𝐴=( )
3 4

1.3. TIPOS DE MATRIZES


Quando dizemos que uma matriz é do tipo 𝐴𝑚𝑥𝑛 ou que 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚𝑥𝑛 significa que a matriz
𝐴 tem 𝑚 linhas e 𝑛 colunas. Podemos dizer também que a matriz 𝐴 tem dimensão 𝑚 𝑥 𝑛.
Vejamos, agora, alguns tipos muito frequentes nas provas.

1.3.1. Matriz linha


Matriz com apenas uma linha, do tipo 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )1𝑥𝑛 , com 𝑖 = 1 e 𝑗 ∈ {1,2, … , 𝑛}.
Exemplo:
1
𝐴 = [1 𝜋 𝛼 √5 −10]
3
𝑨 = (𝒂𝒊𝒋 )
𝟏𝒙6

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1.3.2. Matriz coluna


Matriz com apenas uma coluna, do tipo 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚𝑥1 , com 𝑖 ∈ {1,2, … , 𝑚} e 𝑗 = 1.
2
1
−5
𝐴 = log(7)
𝑒
0
[1+𝑥]
𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )7𝑥1

1.3.3. Matriz quadrada


Matriz com o mesmo número de linhas e de colunas, do tipo 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚𝑥𝑚 , ou ainda, de
ordem 𝑚.
𝛼 𝛽 𝑐 ∆
𝜀 𝜑 𝛾 𝜂
𝐴=[ ]
𝜄 𝑗 𝜅 𝜆
𝜇 𝜈 𝛺 𝜋
= (𝑎𝑖𝑗 )4𝑥4
Embora alguns autores usem como sinônimos as palavras tipo, dimensão e ordem de uma
matriz, é mais indicado a distinção tipo e dimensão para matrizes retangulares e ordem para
matrizes quadradas.
Diagonais da matriz quadrada
As matrizes quadradas têm duas diagonais: a principal e a secundária.
A diagonal principal é o conjunto de todos os elementos de uma matriz quadrada em que 𝑖 =
𝑗, ou seja, em que o número da linha do elemento é igual ao número da coluna.
𝛼 𝛽 𝑐 ∆
𝜀 𝜑 𝛾 𝜂
𝐴=[ ]
𝜄 𝑗 𝜅 𝜆
𝜇 𝜈 𝛺 𝜋
Elementos da diagonal principal : (𝛼, 𝜑, 𝜅, 𝜋)

A diagonal secundária é o conjunto de todos os elementos em que 𝑖 + 𝑗 = 𝑛 + 1, ou seja, em


que o número da linha do elemento somado ao da coluna seja igual à ordem da matriz mais um.
𝛼 𝛽 𝑐 ∆
𝜀 𝜑 𝛾 𝜂
𝐴=[ ]
𝜄 𝑗 𝜅 𝜆
𝜇 𝜈 𝛺 𝜋
Elementos da diagonal secundária : (∆, 𝛾, 𝑗, 𝜇)

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1.3.4. Matriz retangular


Uma matriz é dita retangular quando o número de linhas é diferente do número de colunas,
ou seja, uma matriz do tipo 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚𝑥𝑛 em que 𝑚 ≠ 𝑛.
𝑎 𝑏
𝐴 = [𝑐 𝑑]
𝑒 𝑓
𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )3𝑥2

1.3.5. Matriz nula


A matriz nula possui todos seus elementos iguais a zero.
0 0 0 0
𝐴 = [0 0 0 0]
0 0 0 0
𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )3𝑥4

1.3.6. Matriz diagonal


Uma matriz é considerada diagonal se, além de ser quadrada, todos os elementos em que
𝑖 ≠ 𝑗 são iguais a zero, ou seja, somente os elementos da diagonal principal, 𝑖 = 𝑗 são não nulos.
1 0 0 0
0 2 0 0
𝐴=[ ]
0 0 7 0
0 0 0 5
𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )4𝑥4

1.3.7. Matriz identidade (matriz unidade)


Essa matriz é importantíssima em nosso estudo e o motivo disso nós veremos ainda nesta
aula.
A matriz identidade tem as seguintes características, obrigatoriamente:
✓ é quadrada;
✓ é diagonal;
✓ tem todos os elementos da diagonal principal iguais a 1.
1 0 0
𝐼3 = [0 1 0]
0 0 1
Note que o símbolo da matriz identidade, ou matriz unidade, é 𝐼 e o índice que o acompanha
é a ordem da matriz. No caso do exemplo, 𝐼3 significa matriz identidade de ordem 3.

1.3.8. Matriz triangular


Uma matriz 𝐴 é considerada triangular se todos os elementos acima ou abaixo de sua
diagonal principal são nulos.

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Se os elementos não nulos estiverem acima da diagonal principal, a matriz 𝐴 é dita matriz
triangular superior.
Se os elementos não nulos estiverem abaixo da diagonal principal, a matriz 𝐴 é dita matriz
triangular inferior.
1 5 2 4
0 2 2 1
𝑀𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 → [ ]
0 0 4 9
0 0 0 −4
1 0 0 0
7 2 0 0
𝑀𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 → [ ]
5 8 4 0
1 9 8 −4

1.3.9. Matriz oposta


A oposta da matriz 𝐴 é a matriz −𝐴.
1 −1
𝐴=[ ]
3 0
1 −1
𝑂𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝐴 = −𝐴 = − [ ]
3 0
1 −1
−𝐴 = − [ ]
3 0
−1 −(−1)]
−𝐴 = − [
−3 −0
−1 1
−𝐴 = − [ ]
−3 0

1.4. IGUALDADE ENTRE MATRIZES


Duas matrizes são consideradas iguais se têm o mesmo tipo; além disso, seus elementos são
idênticos e estão nas mesmas posições.
1 2 5 1 2 5
[7 5 1 ] = [7 5 1 ]
4 9 −8 4 9 −8
Mesma ordem, mesmos elementos e mesmas posições de elementos. Matrizes iguais.
𝑎 𝑥 𝑎 𝑥
[ ]≠[ ]
2 5 5 2
Mesma ordem, mesmos elementos, mas em posições diferentes. Matrizes diferentes.
1 0 0
1 0
[0 1 0] ≠ [ ]
0 1
0 0 1
Ordens diferentes. Mesmo duas matrizes identidade, são matrizes diferentes. 𝐼3 ≠ 𝐼2 .

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1 𝑥 1 9
[ ]?[ ]
4 3 4 3
Mesma ordem, mesmas posições. Caso 𝑥 = 9, as matrizes serão iguais. Caso 𝑥 ≠ 9, as
matrizes serão diferentes.

1. Escreva a tabela definida por:


a) 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )2𝑥3 = 𝑖 + 3𝑗
𝑖 + 𝑗; 𝑖 = 𝑗
b) 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )3𝑥2 = {
0; 𝑖 ≠ 𝑗
Resolução:
a) 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )2𝑥3 = 𝑖 + 3𝑗
Analisando a matriz, podemos ver que ela possui 2 linhas e 3 colunas (da informação 2𝑥3).
Assim, 𝑖 ∈ {1,2} e 𝑗 ∈ {1,2,3}. Vamos encontrar cada elemento da matriz:
𝑖 = 1, 𝑗 = 1 ⇒ 𝑎11 = 1 + 3 ⋅ 1 = 4
𝑖 = 2, 𝑗 = 1 ⇒ 𝑎21 = 2 + 3 ⋅ 1 = 5
𝑖 = 1, 𝑗 = 2 ⇒ 𝑎12 = 1 + 3 ⋅ 2 = 7
𝑖 = 2, 𝑗 = 2 ⇒ 𝑎22 = 2 + 3 ⋅ 2 = 8
𝑖 = 1, 𝑗 = 3 ⇒ 𝑎13 = 1 + 3 ⋅ 3 = 10
𝑖 = 2, 𝑗 = 3 ⇒ 𝑎23 = 2 + 3 ⋅ 3 = 11
Portanto, a matriz 𝐴 é dada por:
4 7 10
𝐴=[ ]
5 8 11

𝑖 + 𝑗; 𝑖 = 𝑗
b) 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )3𝑥2 = {
0; 𝑖 ≠ 𝑗
A matriz 𝐴 possui a seguinte forma:
𝑎11 𝑎12
𝑎
𝐴 = [ 21 𝑎22 ]
𝑎31 𝑎32
Se o índice 𝑖 ≠ 𝑗, o elemento da matriz é zero e se 𝑖 = 𝑗, ele será a soma desses índices,
logo:

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2 0
𝐴 = [0 4]
0 0
𝟐 𝟎
𝟒 𝟕 𝟏𝟎
Gabarito: a) 𝑨 = [ ] b) 𝑨 = [𝟎 𝟒]
𝟓 𝟖 𝟏𝟏
𝟎 𝟎
2. Determine 𝑥 e 𝑦 para as igualdades abaixo:
2𝑥 2 4 2
a) ( )=( )
3 5𝑦 3 15
𝑥2 1 𝑥 1
b) [2𝑦 2] = [10 2]
𝑥 3 2𝑥 3
Resolução:
2𝑥 2 4 2
a) ( )=( )
3 5𝑦 3 15
Na igualdade de matrizes, devemos igualar cada elemento cujos índices são iguais. Então:
2𝑥 = 4
{ ⇒𝑥 =2e𝑦 =3
5𝑦 = 15
𝑥2 1 𝑥 1
b) [2𝑦 2] = [10 2]
𝑥 3 2𝑥 3
Igualando os elementos, obtemos:
𝑥 2 = 𝑥 ⇒ 𝑥 = 0 ou 𝑥 = 1
{ 2𝑦 = 10 ⇒ 𝑦 = 5 ⇒ 𝑥 = 0 ou 𝑦 = 5
𝑥 = 3𝑥 ⇒ 𝑥 = 0
Gabarito: a) 𝒙 = 𝟐 𝐞 𝒚 = 𝟑 b) 𝒙 = 𝟎 𝐨𝐮 𝒚 = 𝟓

1.5. OPERAÇÕES COM MATRIZES


É comum, ao iniciarmos o estudo de um conjunto diferente, entendermos como funcionam
as operações fundamentais dentro desse universo.
Veremos, nos próximos passos, como aplicar as operações básicas das matrizes.

1.5.1. Adição
Antes de sabermos como, precisamos saber quando.
Só podemos somar duas matrizes se elas tiverem a mesma dimensão. Atenção, não é
necessário que elas sejam quadradas, só de mesma dimensão.
Assim, seria impossível somarmos uma matriz 𝐴2𝑥3 com uma matriz 𝐵3𝑥5 .

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Quando duas matrizes 𝐴 e 𝐵 são de mesma dimensão, podemos efetuar a soma, que é
definida somando os elementos de 𝐴 e de 𝐵 de mesma posição. Acompanhe.
−1 4
𝐴 = [ 8 6]
7 5
1 2
𝐵 = [−3 6 ]
5 −9
Como as matrizes 𝐴 e 𝐵 são de mesma dimensão, 3𝑥2, podemos efetuar a soma.
−1 4 1 2 −1 + 1 4+2 0 6
𝐴+𝐵 =[ 8 6] + [−3 6 ] = [8 + (−3) 6+6 ]=[5 12 ]
7 5 5 −9 7+5 5 + (−9) 12 −4

1.5.2. Subtração
A subtração é feita de maneira similar à soma. As matrizes devem ser de mesma dimensão e
a subtração é feita elemento a elemento das matrizes. Veja.
Dadas as mesmas matrizes que utilizamos no exemplo da soma.
−1 4
𝐴 = [ 8 6]
7 5
1 2
𝐵 = [−3 6 ]
5 −9
Façamos a matriz 𝐴 − 𝐵.
−1 4 1 2 −1 − 1 4−2 −1 − 1 4−2 −2 2
𝐴−𝐵 =[ 8 6] − [−3 6 ] = [8 − (−3) 6−6 ]=[ 8+3 6 − 6] = [ 11 0]
7 5 5 −9 7−5 5 − (−9) 7−5 5+9 2 14

1.5.3. Multiplicação
A multiplicação entre matrizes é um ponto chave nesta aula. Muito do que veremos adiante
depende do produto matricial.
Podemos multiplicar uma matriz por um escalar (um número real) ou por outra matriz.

Multiplicação de um escalar por uma matriz ou vice-versa


A multiplicação de uma matriz por um escalar é relativamente simples, basta multiplicarmos
todos os elementos da matriz pelo escalar.
1 5 8 3
𝐴 = [−4 6 23 4]
−1 0 9 8

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1 5 8 3
3 ∙ 𝐴 = 3 ∙ [−4 6 23 4]
−1 0 9 8
Desse modo, fazemos a distributiva do número escalar 3 para todos os elementos da matriz
𝐴.
3∙1 3∙5 3∙8 3∙3
3 ∙ 𝐴 = [3 ∙ (−4) 3 ∙ 6 3 ∙ 23 3 ∙ 4]
3 ∙ (−1) 3∙0 3∙9 3∙8
3 15 24 9
3 ∙ 𝐴 = [−12 18 69 12]
−3 0 27 24

Multiplicação entre duas matrizes


Para entender como se dá o produto entre duas matrizes, vamos partir de um exemplo
contextualizado e, a partir do entendimento deste, vamos generalizar o caso para as matrizes em
geral.
Suponha que, em uma confecção, sejam produzidos três tipos de peças: calças, camisas e
vestidos.
Essas peças utilizam, além de outros materiais, botões e zíperes.
As quantidades utilizadas em cada peça são listadas na tabela a seguir.
Item Calça Camisa Vestido
Botões 𝟏 𝟔 𝟑
Zíperes 𝟏 𝟎 𝟏

Nos meses de janeiro a abril do ano passado, a empresa confeccionou as seguintes


quantidades de peças.
Peça Janeiro Fevereiro Março Abril
Calça 𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟓𝟎 𝟏𝟖𝟎 𝟐𝟓𝟎
Camisa 𝟑𝟎𝟎 𝟑𝟓𝟎 𝟓𝟎𝟎 𝟓𝟎𝟎
Vestido 𝟓𝟎 𝟕𝟎 𝟖𝟎 𝟔𝟎

O gerente de almoxarifado quer saber quantos botões foram gastos no mês de janeiro. Como
ele pode, com os dados das tabelas, chegar a esse valor corretamente?
Vamos destacá-los.
Item Calça Camisa Vestido

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Botões 𝟏 𝟔 𝟑
Zíperes 𝟏 𝟎 𝟏

Peça Janeiro Fevereiro Março Abril


Calça 𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟓𝟎 𝟏𝟖𝟎 𝟐𝟓𝟎
Camisa 𝟑𝟎𝟎 𝟑𝟓𝟎 𝟓𝟎𝟎 𝟓𝟎𝟎
Vestido 𝟓𝟎 𝟕𝟎 𝟖𝟎 𝟔𝟎

Com os valores referentes à questão do gerente, para saber a quantidade total de botões
gastos no mês de janeiro daquele ano, fazemos:
𝐵𝑜𝑡õ𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑗𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑜 = 1 ∙ 100 + 6 ∙ 300 + 3 ∙ 50 = 100 + 1800 + 150 = 2.050
Vamos escrever esses dados na forma de matriz e explicitar os valores usados na operação.

1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1

100 150 180 250


𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60

Caso quiséssemos descobrir o mesmo dado sobre o mês de março, poderíamos fazer.

1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1

100 150 180 250


𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60

𝐵𝑜𝑡õ𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑚𝑎𝑟ç𝑜 = 1 ∙ 180 + 6 ∙ 500 + 3 ∙ 80 = 180 + 3.000 + 240 = 3.420


Mais uma.
Como seria o cálculo para saber o número de zíperes gastos no mês de abril?
Vejamos nas matrizes quais seriam os dados relacionados.

1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1

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100 150 180 250


𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60

𝑍í𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑎𝑏𝑟𝑖𝑙 = 1 ∙ 250 + 0 ∙ 500 + 1 ∙ 60 = 250 + 0 + 60 = 310


Perceba que essa operação envolve a multiplicação de valores, mas uma multiplicação
múltipla e, a posteriori, a soma desses valores.
Além disso, utilizamos sempre uma linha da primeira matriz com uma coluna da segunda
matriz.
Estamos caminhando para entender como se dá o produto de matrizes. Vamos mais um
passo.
Caso o gerente da empresa precisasse saber quantos botões e zíperes foram gastos a cada
mês, entre janeiro e abril daquele ano, ele poderia fazer o produto das matrizes inteiras, 𝐴 ∙ 𝐵.
O princípio da multiplicação nós já conseguimos entender: associar uma linha da primeira
matriz a uma coluna da segunda matriz, multiplicar elemento a elemento e somar os produtos.
Vamos, então, fazer o produto total dessas matrizes.

1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1

100 150 180 250


𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60

Lembre-se, linha da primeira matriz com coluna da segunda.


Daremos início ao produto 𝐴 ∙ 𝐵 com a primeira linha da matriz 𝐴 e a primeira coluna da
matriz 𝐵. Esse resultado será colocado na primeira linha e primeira coluna da matriz 𝐴 ∙ 𝐵.
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
100 150 180 250
𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60
𝐴 ∙ 𝐵 = [1 ∙ 100 + 6 ∙ 300 + 3 ∙ 50 ] = [2.050 ]

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Prosseguindo, faremos a primeira linha de 𝐴 com a segunda coluna de 𝐵. O resultado vai para
a primeira linha e segunda coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
100 150 180 250
𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60

𝐴 ∙ 𝐵 = [2.050 1 ∙ 150 + 6 ∙ 350 + 3 ∙ 70 ] = [2.050 2.460 ]

Primeira linha de 𝐴 com terceira coluna de 𝐵. O resultado vai para a primeira linha e terceira
coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
100 150 180 250
𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60

𝐴 ∙ 𝐵 = [2.050 2.460 1 ∙ 180 + 6 ∙ 500 + 3 ∙ 80 ] = [2.050 2.460 3.420 ]

Primeira linha de 𝐴 com quarta coluna de 𝐵. O resultado vai para a primeira linha e quarta
coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
100 150 180 250
𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60

2.050 2.460 3.420 1 ∙ 250 + 6 ∙ 500 + 3 ∙ 60 2.050 2.460 3.420 3.430


𝐴∙𝐵 =[ ]=[ ]

Terminamos aqui a primeira linha da matriz 𝐴. Passemos, então para a segunda.


Segunda linha de 𝐴 com primeira coluna de 𝐵. O resultado vai para a segunda linha e primeira
coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
100 150 180 250
𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60

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2.050 2.460 3.420 3.430 2.050 2.460 3.420 3.430


𝐴∙𝐵 =[ ]=[ ]
1 ∙ 100 + 0 ∙ 300 + 1 ∙ 50 150

Segunda linha de 𝐴 com segunda coluna de 𝐵. O resultado vai para a segunda linha e segunda
coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
100 150 180 250
𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60
2.050 2.460 3.420 3.430 2.050 2.460 3.420 3.430
𝐴∙𝐵 =[ ]=[ ]
150 1 ∙ 150 + 0 ∙ 350 + 1 ∙ 70 150 220

Segunda linha de 𝐴 com terceira coluna de 𝐵. O resultado vai para a segunda linha e terceira
coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
100 150 180 250
𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60

2.050 2.460 3.420 3.430 2.050 2.460 3.420 3.430


𝐴∙𝐵 =[ ]=[ ]
150 220 1 ∙ 180 + 0 ∙ 500 + 1 ∙ 80 150 220 260

Quase acabando, chegamos ao nosso último passo.

Segunda linha de 𝐴 com quarta coluna de 𝐵. O resultado vai para a segunda linha e quarta
coluna de 𝐴 ∙ 𝐵.
1 6 3
𝐴=[ ]
1 0 1
100 150 180 250
𝐵 = [300 350 500 500]
50 70 80 60
2.050 2.460 3.420 3.430 2.050 2.460 3.420 3.430
𝐴∙𝐵 =[ ]=[ ]
150 220 260 1 ∙ 250 + 0 ∙ 500 + 1 ∙ 60 150 220 260 310

Dessa forma, o produto das matrizes é


2.050 2.460 3.420 3.430
𝐴∙𝐵 =[ ]
150 220 260 310

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 16


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Mas o que, afinal, significa esse produto?


Vamos, então, restaurar os títulos das linhas e colunas para entender melhor.

𝐽𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑜 𝐹𝑒𝑣𝑒𝑟𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑀𝑎𝑟ç𝑜 𝐴𝑏𝑟𝑖𝑙


𝐴 ∙ 𝐵 = 𝐵𝑜𝑡õ𝑒𝑠 2.050 2.460 3.420 3.430
[ ]
𝑍í𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠 150 220 260 310

O produto entre as matrizes explicitou outro tipo de dado, que estava implícito nas matrizes
iniciais.
O preço a se pagar por explicitar essa informação foi perder outra, quantas calças, camisas e
vestidos foram feitos em cada mês.
Sempre que conversarmos, daqui para frente, em multiplicação de matrizes, estaremos
considerando este processo que acabamos de fazer: linhas da primeira matriz e colunas da segunda.

Consequências da multiplicação entre duas matrizes


Ao multiplicarmos duas matrizes, utilizamos cada linha da primeira matriz com cada coluna
da segunda.
Isso só pode ser feito se o número de elementos de cada linha da primeira matriz for igual ao
número de elementos de cada coluna da segunda matriz.
Muito bem.
E quantos elementos tem cada linha da primeira matriz? Exatamente o número de colunas
da mesma matriz. O número de colunas de uma matriz indica, também, quantos elementos cada
linha contém.
Quantos elementos cada coluna da segunda matriz possui? Exatamente o número de linhas
que a mesma matriz possui. O número de linhas de uma matriz indica, também, quantos elementos
cada coluna contém.
Desse modo, só podemos efetuar o produto entre matrizes se houver essa compatibilidade,
caso contrário o produto é impossível.
Uma regra prática que pode ajudar bastante nessa análise é a seguinte.
Se queremos multiplicar a matriz 𝐴 pela matriz 𝐵, devemos analisar as dimensões de ambas.
𝐴𝑚𝑥𝑛 ∙ 𝐵𝑝𝑥𝑞

Se 𝑛 e 𝑝 forem iguais, o produto é possível; se forem diferentes, não existe o produto 𝐴 ∙ 𝐵.


Outra coisa interessante é que o tamanho da matriz resultante é determinado pelas
dimensões de 𝐴 e 𝐵.

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Lembra-se de que, ao relacionarmos a segunda linha da primeira matriz com a quarta coluna
da segunda matriz o resultado deveria ser colocado na segunda linha com a quarta coluna da matriz
resultante do produto?
Pois bem, essa relação é o que determina o tamanho da matriz resultante e a regra prática
também explicita essa informação.
Uma vez sendo possível o produto 𝐴 ∙ 𝐵 com 𝑛 = 𝑝, as dimensões da matriz-produto são
dadas por
𝐴𝑚𝑥𝑛 ∙ 𝐵𝑛𝑥𝑞

Podemos dizer então que


𝐴𝑚𝑥𝑛 ∙ 𝐵𝑛𝑥𝑞 = 𝐴 ∙ 𝐵𝑚𝑥𝑞
Vejamos alguns exemplos.
𝐴2𝑥3 ∙ 𝐵3𝑥4 → é 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 → 𝐴 ∙ 𝐵2𝑥4

𝐴3𝑥1 ∙ 𝐵2𝑥5 → 𝑛ã𝑜 é 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙

12 3
𝐴 = [45 1]
27 9
𝜋
𝐵=[ ]
2
Como 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )3𝑥3 e 𝐵 = (𝑏𝑖𝑗 )2𝑥1 , o produto 𝐴 ∙ 𝐵 não é possível.

Essa característica gera outra consequência, acompanhe.


Existe o produto matricial entre a matriz 𝐴2𝑥3 e a matriz 𝐵2𝑥2 ?
Provavelmente você respondeu que não, pois o número de colunas de 𝐴 não é compatível
com o número de linhas de 𝐵.
𝐴2𝑥3 ∙ 𝐵2𝑥2 → 𝑛ã𝑜 é 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙

Outra pergunta. Existiria o produto 𝐵 ∙ 𝐴?


Vejamos.
𝐵2𝑥2 ∙ 𝐴2𝑥3 → é 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 → 𝐵 ∙ 𝐴2𝑥3

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Temos uma conclusão importante para tirar daqui: os produtos 𝐴 ∙ 𝐵 e 𝐵 ∙ 𝐴 são diferentes!
Não existe a propriedade comutativa para o produto entre matrizes, tome muito cuidado com isso.
𝐴∙𝐵 ≠𝐵∙𝐴

Multiplicação da matriz 𝑨 pela matriz identidade e vice-versa


Com o que aprendemos sobre multiplicação de matrizes, vamos fazer o produto de uma
matriz genérica 𝐴 pela matriz identidade de mesma dimensão de 𝐴.
𝑎 𝑏
𝐴=[ ]
𝑐 𝑑
1 0
𝐼=[ ]
0 1
Dessa forma, temos o produto 𝐴 ∙ 𝐼 dado por
𝑎 𝑏 1 0
𝐴∙𝐼 = [
]∙[ ]
𝑐 𝑑 0 1
Fazendo o produto associando cada linha de 𝐴 a cada coluna de 𝐼.
𝑎∙1+𝑏∙0 𝑎∙0+𝑏∙1
𝐴∙𝐼 =[ ]
𝑐∙1+𝑑∙0 𝑐∙0+𝑑∙1
𝑎 𝑏
𝐴∙𝐼 =[ ]=𝐴
𝑐 𝑑
Ou seja
𝐴∙𝐼 =𝐴
Tentemos o contrário, 𝐼 ∙ 𝐴.
𝑎 𝑏
𝐴=[
]
𝑐 𝑑
1 0
𝐼=[ ]
0 1
1 0 𝑎 𝑏
𝐼∙𝐴 =[ ]∙[ ]
0 1 𝑐 𝑑
Fazendo o produto associando cada linha de 𝐼 a cada coluna de 𝐴
1∙𝑎+0∙𝑐 1∙𝑏+0∙𝑑
𝐼∙𝐴 = [ ]
0∙𝑎+1∙𝑐 0∙𝑏+1∙𝑑
𝑎 𝑏
𝐼∙𝐴 =[ ]=𝐴
𝑐 𝑑
Ou seja,
𝐼∙𝐴 =𝐴
Podemos concluir, então, que

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𝐴∙𝐼 =𝐼∙𝐴 =𝐴
Essa propriedade também vale para matrizes maiores. No entanto, só existem matrizes
identidade quadradas, portanto, para valer a propriedade, a matriz 𝐴 também deve ser quadrada.
Por essa característica de não mudar a matriz 𝐴 nos produtos, a matriz 𝐼, além de matriz
identidade e matriz unidade, é chamada de elemento neutro da multiplicação do conjunto das
matrizes.
Vejamos uma aplicação em contexto de prova.

1 𝑎
3. (Unicamp/2017) Sendo 𝑎 um número real, considere a matriz ( ).
0 −1
Então, 𝐴2017 é igual a
1 0
𝑎) ( ).
0 1
1 𝑎
𝑏) ( ).
0 −1
1 1
𝑐) ( ).
1 1
2017
𝑑) (1 𝑎 ).
0 −1
Comentários
Seria improvável uma questão exigir que você calcule uma potência tão alta.
É mais provável que haja uma sequência lógica que nos permite inferir qual seria 𝐴2017 .
Comecemos, então, a calcular as potências de 𝐴 para ver se percebemos o padrão.
1 0
𝐴0 = 𝐼 = ( )
0 1
1 𝑎
𝐴1 = 𝐴 = ( )
0 −1
1 𝑎 1 𝑎 1∙1+𝑎∙0 1 ∙ 𝑎 + 𝑎 ∙ (−1) 1 0
𝐴2 = ( )∙( )=( )=( )=𝐼
0 −1 0 −1 0 ∙ 1 + ( −1 ) ∙ 0 0 ∙ 𝑎 + ( −1 ) ∙ ( −1 ) 0 1
𝐴3 = 𝐴2 ∙ 𝐴 = 𝐼 ∙ 𝐴 = 𝐴
𝐴4 = 𝐴3 ∙ 𝐴 = 𝐴 ∙ 𝐴 = 𝐴2 = 𝐼
𝐴5 = 𝐴4 ∙ 𝐴 = 𝐼 ∙ 𝐴 = 𝐴
𝐴6 = 𝐴5 ∙ 𝐴 = 𝐴 ∙ 𝐴 = 𝐴2 = 𝐼
𝐴7 = 𝐴6 ∙ 𝐴 = 𝐼 ∙ 𝐴 = 𝐴

𝑝𝑎𝑟
Podemos perceber, pela sequência, que 𝐴 = 𝐼 e 𝐴í𝑚𝑝𝑎𝑟 = 𝐴.
1 𝑎
Desse modo, concluímos que 𝐴2017 = 𝐴í𝑚𝑝𝑎𝑟 = 𝐴 = ( ).
0 −1
Gabarito: b)

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1.6. PROPRIEDADES OPERATÓRIAS

Este tópico é muito importante para sabermos resolver algumas questões das provas
ITA/IME.

1.6.1. Adição
Para 𝐴, 𝐵 e 𝐶 matrizes 𝑚 𝑥 𝑛, temos as seguintes propriedades:
P1) 𝑨 + 𝑩 = 𝑩 + 𝑨
P2) (𝑨 + 𝑩) + 𝑪 = 𝑨 + (𝑩 + 𝑪)
P3) 𝑨 + 𝟎 = 𝑨
P4) 𝑨 + (−𝑨) = 𝟎

1.6.2. Multiplicação de matrizes por escalar


As seguintes propriedades são válidas para a multiplicação de matrizes por um número real
escalar. Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes quaisquer do tipo 𝑚 𝑥 𝑛 e 𝛼, 𝛽 ∈ ℝ:
P5) (𝜶 ∙ 𝜷) ∙ 𝑨 = 𝜶 ∙ (𝜷 ∙ 𝑨)
P6) 𝜶(𝑨 + 𝑩) = 𝜶 ∙ 𝑨 + 𝜶 ∙ 𝑩
P7) (𝜶 + 𝜷) ∙ 𝑨 = 𝜶 ∙ 𝑨 + 𝜷 ∙ 𝑨

1.6.3. Multiplicação de matrizes


Para a multiplicação de matrizes, temos as seguintes propriedades:
P8) (𝑨𝑩)𝑪 = 𝑨(𝑩𝑪), para 𝑨𝒎𝒙𝒏 , 𝑩𝒏𝒙𝒑 e 𝑪𝒑𝒙𝒒
P9) 𝑨(𝑩 + 𝑪) = 𝑨𝑩 + 𝑨𝑪, para 𝑨𝒎𝒙𝒏 , 𝑩𝒏𝒙𝒑 e 𝑪𝒏𝒙𝒑
P10) (𝑨 + 𝑩)𝑪 = 𝑨𝑪 + 𝑩𝑪, para 𝑨𝒎𝒙𝒏 , 𝑩𝒎𝒙𝒏 e 𝑪𝒏𝒙𝒑
P11) 𝜶(𝑨𝑩) = (𝜶𝑨)𝑩 = 𝑨(𝜶𝑩), para 𝑨𝒎𝒙𝒏 ,𝑩𝒏𝒙𝒑 e 𝜶 ∈ ℝ

1.6.4. Demonstrações
Vamos ver algumas demonstrações para as propriedades acima:
P1) 𝑨 + 𝑩 = 𝑩 + 𝑨, com 𝑨𝒎𝒙𝒏 𝐞 𝑩𝒎𝒙𝒏
Sejam 𝑋 = 𝐴 + 𝐵 e 𝑌 = 𝐵 + 𝐴, então, os elementos de cada uma dessas matrizes são dados
por:

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𝑋 =𝐴+𝐵 ⇒ 𝑥⏟
𝑖𝑗 = 𝑎⏟
𝑖𝑗 + 𝑏⏟
𝑖𝑗
𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑋 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐴 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐵

𝑌 = 𝐵 + 𝐴 ⇒ 𝑦𝑖𝑗 = 𝑏𝑖𝑗 + 𝑎𝑖𝑗 = 𝑎𝑖𝑗 + 𝑏𝑖𝑗


⇒ 𝑥𝑖𝑗 = 𝑦𝑖𝑗
∴𝑋=𝑌

P8) (𝑨𝑩)𝑪 = 𝑨(𝑩𝑪), para 𝑨𝒎𝒙𝒏 , 𝑩𝒏𝒙𝒑 e 𝑪𝒑𝒙𝒒


Sejam as matrizes 𝐴𝑚𝑥𝑛 , 𝐵𝑛𝑥𝑝 , 𝐶𝑝𝑥𝑞 , 𝐷𝑚𝑥𝑝 , 𝐸𝑛𝑥𝑞 , 𝑋𝑚𝑥𝑞 e 𝑌𝑚𝑥𝑞 . Fazendo 𝐴𝐵 = 𝐷,𝐵𝐶 =
𝐸, 𝐷𝐶 = 𝑋 e 𝐴𝐸 = 𝑌, temos:
𝑛

𝐷 = 𝐴𝐵 ⇒ 𝑑𝑖𝑗 = ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑏𝑘𝑗


𝑘=1
𝑝

𝑋 = 𝐷𝐶 ⇒ 𝑥𝑖𝑙 = ∑ 𝑑𝑖𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑙


𝑗=1

Substituindo 𝑑𝑖𝑗 na equação de 𝑥𝑖𝑙 :


𝑝 𝑛

𝑥𝑖𝑙 = ∑ (∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑏𝑘𝑗 ) ⋅ 𝑐𝑗𝑙


𝑗=1 𝑘=1

Como o somatório é apenas de produtos, podemos incluir o termo 𝑐𝑗𝑙 dentro dos somatórios:
𝑝 𝑛

𝑥𝑖𝑙 = ∑ ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑏𝑘𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑙


𝑗=1 𝑘=1

Para as matrizes 𝐸 e 𝑌:
𝑝

𝐸 = 𝐵𝐶 ⇒ 𝑒𝑘𝑙 = ∑ 𝑏𝑘𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑙


𝑗=1
𝑛

𝑌 = 𝐴𝐸 ⇒ 𝑦𝑖𝑙 = ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑒𝑘𝑙


𝑘=1

Substituindo 𝑒𝑘𝑙 na equação de 𝑦𝑖𝑙 :


𝑛 𝑝 𝑛 𝑝

𝑦𝑖𝑙 = ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ (∑ 𝑏𝑘𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑙 ) = ∑ ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑏𝑘𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑙


𝑘=1 𝑗=1 𝑘=1 𝑗=1

Se alterarmos a ordem dos somatórios, o resultado se mantém, logo:


𝑝 𝑛

𝑦𝑖𝑙 = ∑ ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑏𝑘𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑙


𝑗=1 𝑘=1

⇒ 𝑥𝑖𝑙 = 𝑦𝑖𝑙

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∴𝑋=𝑌
Portanto, a igualdade é válida:
(𝐴𝐵)𝐶 = 𝐴(𝐵𝐶 )

P9) 𝑨(𝑩 + 𝑪) = 𝑨𝑩 + 𝑨𝑪, para 𝑨𝒎𝒙𝒏 , 𝑩𝒏𝒙𝒑 e 𝑪𝒏𝒙𝒑


Seja a matriz 𝑋 de ordem 𝑚 𝑥 𝑝 tal que 𝑋 = 𝐴(𝐵 + 𝐶 ), então, temos:
𝑛 𝑛
𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎
𝑥𝑖𝑘 = ∑(𝑎𝑖𝑗 + 𝑏𝑖𝑗 ) ⋅ 𝑐𝑗𝑘 ⇒ 𝑥𝑖𝑘 = ∑(𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑘 + 𝑏𝑖𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑘 )
𝑗=1 𝑗=1
𝑛 𝑛

𝑖𝑘 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑘 + ∑ 𝑏𝑖𝑗 ⋅ 𝑐𝑗𝑘


⇒ 𝑥⏟
𝑋 ⏟
𝑗=1 ⏟
𝑗=1
𝐴𝐶 𝐵𝐶

∴ 𝑋 = 𝐴𝐶 + 𝐵𝐶

P10) (𝑨 + 𝑩)𝑪 = 𝑨𝑪 + 𝑩𝑪, para 𝑨𝒎𝒙𝒏 , 𝑩𝒎𝒙𝒏 e 𝑪𝒏𝒙𝒑


Demonstração análoga à P9.

P11) 𝜶(𝑨𝑩) = (𝜶𝑨)𝑩 = 𝑨(𝜶𝑩), para 𝑨𝒎𝒙𝒏 ,𝑩𝒏𝒙𝒑 e 𝜶 ∈ ℝ


Fazendo 𝐶 = 𝛼𝐴 e 𝐷 = 𝛼𝐵, temos:
𝑛 𝑛 𝑛

(𝛼𝐴)𝐵 = 𝐶𝐵 = ∑ 𝑐𝑖𝑗 ⋅ 𝑏𝑗𝑘 = ∑(𝛼 ⋅ 𝑎𝑖𝑗 ) ⋅ 𝑏𝑗𝑘 = 𝛼 ⋅ ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝑏𝑗𝑘 = 𝛼(𝐴𝐵)


𝑗=1 𝑗=1 𝑗=1
𝑛 𝑛 𝑛

𝐴(𝛼𝐵) = 𝐴𝐷 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝑑𝑗𝑘 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ (𝛼 ⋅ 𝑏𝑗𝑘 ) = 𝛼 ⋅ ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝑏𝑗𝑘 = 𝛼(𝐴𝐵)


𝑗=1 𝑗=1 𝑗=1

∴ 𝛼 (𝐴𝐵) = (𝛼𝐴)𝐵 = 𝐴(𝛼𝐵)

As seguintes propriedades algébricas não são válidas para as matrizes:


1) 𝑨𝑩 = 𝑩𝑨
Vimos que o produto 𝐴𝐵 e 𝐵𝐴, normalmente, geram resultados diferentes. Essa propriedade
é válida apenas se 𝐴 e 𝐵 são comutativas, isto é, 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴.

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2) Produtos notáveis:
(𝐴 + 𝐵)(𝐴 − 𝐵) = 𝐴2 − 𝐵2
(𝐴 + 𝐵)2 = 𝐴2 + 2𝐴𝐵 + 𝐵2
A ordem das matrizes altera o produto. Essas identidades são válidas apenas se 𝐴 e 𝐵 são
matrizes comutativas. Caso contrário, temos:
(𝐴 + 𝐵)(𝐴 − 𝐵) = 𝐴2 − 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴 − 𝐵2
(𝐴 + 𝐵)2 = (𝐴 + 𝐵)(𝐴 + 𝐵) = 𝐴2 + 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴 + 𝐵2
Uma observação interessante é que se 𝐵 = 𝐼 (matriz identidade), os produtos notáveis são
válidos. Veja:
(𝐴 + 𝐼)(𝐴 − 𝐼) = 𝐴2 − 𝐴𝐼 ⏟ − 𝐼2 = 𝐴2 − 𝐼
⏟ + 𝐼𝐴
=𝐴 =𝐴
(𝐴 + 𝐼)2 = (𝐴 + 𝐼)(𝐴 + 𝐼) = 𝐴2 + 𝐴𝐼 + 𝐼𝐴 + 𝐼2 = 𝐴2 + 2𝐴 + 𝐼

3) 𝑨 ⋅ 𝑩 = 𝟎 ⇒ 𝑨 = 𝟎 ou 𝑩 = 𝟎
No produto de matrizes, podemos ter 𝐴 e 𝐵 não nulas tais que 𝐴 ⋅ 𝐵 = 0. Exemplo:
1 2 2 2 1 2 2 2 0 0
𝐴=( ) e𝐵 =( )⇒𝐴⋅𝐵 =( )( )=( )
2 4 −1 −1 2 4 −1 −1 0 0

4) 𝑨𝟐 = 𝟎 ⇒ 𝑨 = 𝟎
Caso análogo à situação 2, com 𝐵 = 𝐴.

5) 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪 ⇒ 𝑨 = 𝟎 ou 𝑩 = 𝑪
Nesse caso, podemos subtrair 𝐴𝐶 nos dois lados da equação matricial:
𝐴𝐵 − 𝐴𝐶 = 𝐴𝐶 − 𝐴𝐶
𝐴𝐵 − 𝐴𝐶 = 0 ⇒ 𝐴(𝐵 − 𝐶 ) = 0
Assim como no caso 2, essa igualdade não implica 𝐴 = 0 ou 𝐵 − 𝐶 = 0.

1.7. MATRIZ TRANSPOSTA

1.7.1. Definição
A transposta de uma matriz 𝐴, simbolizada por 𝐴𝑡 ou 𝐴𝑇 , é a matriz cujas linhas de 𝐴 foram
transformadas em colunas de 𝐴𝑡 .
1 −1 1 3
𝐴=[ ] ⇒ 𝐴𝑡 = [ ]
3 0 −1 0

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1 4
1 2 3
𝐴=[ ] ⇒ 𝐴𝑡 = [2 5]
4 5 6
3 6
Formalmente:
Dada uma matriz 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚𝑥𝑛 , a sua transposta é dada por 𝐴𝑡 = (𝑎𝑗𝑖′ ) tal que 𝑎𝑗𝑖′ = 𝑎𝑖𝑗
𝑛𝑥𝑚
para todo 𝑖 e 𝑗.

1.7.2. Matriz Simétrica


A matriz 𝐴 é considerada simétrica se
𝐴𝑡 = 𝐴
𝑎 3 4
𝐴 = [3 𝑏 5] = 𝐴𝑡
4 5 𝑐
1.7.3. Matriz Antissimétrica
A matriz 𝐴 é considerada antissimétrica se
𝐴𝑡 = −𝐴
0 3 4 0 −3 −4
𝑡
𝐴 = [−3 0 −5] ⇒ 𝐴 = [3 0 5 ] = −𝐴
−4 5 0 4 −5 0
Note que a matriz antissimétrica deve possuir a diagonal principal nula.

1.7.4. Propriedades da matriz transposta


P12) (𝑨𝒕 )𝒕 = 𝑨
P13) (𝑨 + 𝑩)𝒕 = 𝑨𝒕 + 𝑩𝒕
P14) (𝜶𝑨)𝒕 = 𝜶𝑨𝒕
P15) (𝑨𝑩)𝒕 = 𝑩𝒕 𝑨𝒕

Demonstração:
P12) (𝑨𝒕 )𝒕 = 𝑨
Fazendo 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑚𝑥𝑛 e 𝐴𝑡 = (𝑎𝑗𝑖′ ) , temos:
𝑚𝑥𝑛
′′
𝑎𝑖𝑗 = 𝑎𝑗𝑖′ = 𝑎𝑖𝑗 , ∀𝑖, 𝑗
∴ (𝐴𝑡 )𝑡 = 𝐴

P13) (𝑨 + 𝑩)𝒕 = 𝑨𝒕 + 𝑩𝒕

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Sejam as matrizes 𝐴 + 𝐵 = 𝑋 = (𝑥𝑖𝑗 )𝑚𝑥𝑛 e 𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 = 𝑋 𝑡 = (𝑥𝑗𝑖′ ) , então:


𝑛𝑥𝑚

𝑥𝑗𝑖′ = 𝑥𝑖𝑗 = 𝑎𝑖𝑗 + 𝑏𝑖𝑗 = 𝑎𝑗𝑖′ + 𝑏𝑗𝑖′ , ∀𝑖, 𝑗


∴ (𝐴 + 𝐵)𝑡 = 𝐴𝑡 + 𝐵𝑡

P14) (𝜶𝑨)𝒕 = 𝜶𝑨𝒕


Fazendo (𝛼𝐴)𝑡 = (𝑎𝑗𝑖′′ ) , temos:
𝑛𝑥𝑚

𝑎𝑗𝑖′′ = 𝑘 ⋅ 𝑎𝑖𝑗 = 𝑘 ⋅ 𝑎𝑗𝑖′ , ∀𝑖, 𝑗

P15) (𝑨𝑩)𝒕 = 𝑩𝒕 𝑨𝒕
′ )
Fazendo 𝐴𝐵 = 𝑋 = (𝑥𝑖𝑘 )𝑚𝑥𝑝 e (𝐴𝐵)𝑡 = 𝑋 𝑡 = (𝑥𝑘𝑖 𝑝𝑥𝑚 , temos:
𝑛
′ )
(𝑥𝑘𝑖 = 𝑥𝑖𝑘 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝑏𝑗𝑘
𝑗=1

Como o somatório é de elementos da matriz, podemos alterar a ordem:


𝑛
′ )
(𝑥𝑘𝑖 = ∑ 𝑏𝑗𝑘 ⋅ 𝑎𝑖𝑗
𝑗=1

Substituindo 𝑏𝑗𝑘 = 𝑏𝑘𝑗 e 𝑎𝑖𝑗 = 𝑎𝑗𝑖′ :
𝑛
′ ) ′
(𝑥𝑘𝑖 = ∑ 𝑏𝑘𝑗 ⋅ 𝑎𝑗𝑖′

𝑗=1
𝐵 𝑡 𝐴𝑡

Aplicação:
Vamos ver com um exemplo a veracidade das propriedades acima:
𝑎 𝑏 𝑥 𝑦
Seja 𝐴 = [ ]e𝐵 =[ ], então:
𝑐 𝑑 𝑧 𝑤
𝑎 𝑐 𝑎 𝑏
P12) 𝐴𝑡 = [ ] ⇒ (𝐴𝑡 )𝑡 = [ ]
𝑏 𝑑 𝑐 𝑑
𝑎+𝑥 𝑏+𝑦
P13) 𝐴 + 𝐵 = [ ]
𝑐+𝑧 𝑑+𝑤
𝑎+𝑥 𝑐+𝑧 𝑎 𝑐 𝑥 𝑧
⇒ (𝐴 + 𝐵 )𝑡 = [ 𝑏 + 𝑦 𝑑 + 𝑤 ] = [ ] + [𝑦 𝑤 ] = 𝐴𝑡 + 𝐵𝑡
𝑏 𝑑
P14) Para 𝑘 ∈ ℝ:
𝑘𝑎 𝑘𝑏 𝑘𝑎 𝑘𝑐 𝑎 𝑐
𝑘⋅𝐴=[ ] ⇒ (𝑘 ⋅ 𝐴 )𝑡 = [ ]=𝑘⋅[ ] = 𝑘 ⋅ 𝐴𝑡
𝑘𝑐 𝑘𝑑 𝑘𝑏 𝑘𝑑 𝑏 𝑑
𝑎 𝑏 𝑥 𝑦 𝑎𝑥 + 𝑏𝑧 𝑎𝑦 + 𝑏𝑤
P15) 𝐴𝐵 = [ ][ ]=[ ]
𝑐 𝑑 𝑧 𝑤 𝑐𝑥 + 𝑑𝑧 𝑐𝑦 + 𝑑𝑤

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𝑎𝑥 + 𝑏𝑧 𝑐𝑥 + 𝑑𝑧 𝑥 𝑧 𝑎 𝑐
⇒ (𝐴𝐵 )𝑡 = [ ] = [𝑦 𝑤 ] [𝑏 ] = 𝐵𝑡 𝐴𝑡
𝑎𝑦 + 𝑏𝑤 𝑐𝑦 + 𝑑𝑤 𝑑

1.8. TRAÇO DE UMA MATRIZ

1.8.1. Definição
O traço de uma matriz é a soma dos elementos da sua diagonal principal.
Dada a matriz
1 2 5
𝐴 = [3 1 4]
7 4 13
o traço da matriz 𝐴, 𝑡𝑟 𝐴, é dado por:
1 2 5
𝐴 = [3 1 4 ]
7 4 13
𝑡𝑟 𝐴 = 1 + 1 + 13
𝑡𝑟 𝐴 = 15
Usando termos genéricos, para uma matriz 𝐴 de ordem 𝑛:
𝑛

𝑡𝑟𝐴 = ∑ 𝑎𝑖𝑖
𝑖=1

1.8.2. Propriedades
P16) 𝒕𝒓𝑨𝒕 = 𝒕𝒓𝑨
P17) 𝒕𝒓(𝜶𝑨) = 𝜶 ⋅ 𝒕𝒓𝑨
P18) 𝒕𝒓(𝑨 + 𝑩) = 𝒕𝒓𝑨 + 𝒕𝒓𝑩
P19) 𝒕𝒓(𝑨𝑩) = 𝒕𝒓(𝑩𝑨)

Demonstração:
Vamos demonstrar a propriedade P19:
Seja 𝐴𝐵 = 𝐶 = (𝑐𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 e 𝐵𝐴 = 𝐷 = (𝑑𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 , então, temos:
𝑛

𝑐𝑖𝑗 = ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑏𝑘𝑗 𝑛 𝑛


𝑘=1
𝑛 ⇒ 𝑡𝑟𝐶 = ∑ ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑏𝑘𝑖
𝑖=1 𝑘=1
𝑡𝑟𝐶 = ∑ 𝑐𝑖𝑖
{ 𝑖=1

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𝑑𝑘𝑙 = ∑ 𝑏𝑘𝑖 ⋅ 𝑎𝑖𝑙 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛


𝑖=1
𝑛 ⇒ 𝑡𝑟𝐷 = ∑ ∑ 𝑏𝑘𝑖 ⋅ 𝑎𝑖𝑘 = ∑ ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝑏𝑘𝑖
𝑘=1 𝑖=1 𝑖=1 𝑘=1
𝑡𝑟𝐷 = ∑ 𝑑𝑘𝑘
{ 𝑘=1

∴ 𝑡𝑟𝐶 = 𝑡𝑟𝐷

1.9. MATRIZES ESPECIAIS

Neste tópico, veremos algumas definições importantes para a resolução das questões dos
vestibulares. Preste atenção nas definições de matriz inversa, matriz ortogonal e matriz de rotação,
elas já foram cobradas em provas anteriores!
Considere 𝐴 uma matriz quadrada de ordem 𝑛.

1.9.1. Matriz inversa


A inversa da matriz 𝐴 é denotada por 𝐴−1 . A matriz 𝐴 é inversível se, e somente se, ela
satisfazer a seguinte relação:
𝐴𝐴−1 = 𝐴−1 𝐴 = 𝐼𝑛
Se ela não for inversível, ela é classificada como matriz singular.
*Atenção! Alguns exercícios usam o termo invertível no lugar de inversível.

1.9.2. Matriz ortogonal


Uma matriz quadrada 𝐴 de ordem 𝑛 é ortogonal se, e somente se:
i. 𝐴 é inversível.
ii. A inversa de 𝐴 coincide com sua transposta.
𝐴−1 = 𝐴𝑡
Também é válida a seguinte relação:
𝐴𝐴𝑇 = 𝐴𝑇 𝐴 = 𝐼𝑛

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1.9.3. Matriz de rotação


Dado um ponto 𝑃(𝑥, 𝑦) no plano ℝ2 , podemos rotacionar este ponto em torno da origem
(0, 0) sob um ângulo 𝜃 > 0 no sentido anti-horário usando uma matriz de rotação. Vamos encontrar
essa matriz.

Vamos escrever o ponto 𝑃(𝑥, 𝑦) na forma matricial:


𝑥
𝑃 = [𝑦 ]

Seja 𝑃′ (𝑥 ′ , 𝑦 ′ ) o ponto obtido pela rotação de 𝑃(𝑥, 𝑦):


′ 𝑥′
𝑃 = [ ′]
𝑦
Observando o triângulo 𝑃′𝑂𝑄′ da figura e usando as relações trigonométricas, podemos
escrever:
𝑥 ′ = 𝑑 ⋅ cos(𝛼 + 𝜃) (𝐼)
𝑦 ′ = 𝑑 ⋅ sen(𝛼 + 𝜃) (𝐼𝐼)
Do Δ𝑃𝑂𝑄:
𝑥
(𝐼𝐼𝐼)
𝑥 = 𝑑 ⋅ cos 𝛼 ⇒ cos 𝛼 =
𝑑
𝑦
𝑦 = 𝑑 ⋅ sen 𝛼 ⇒ sen 𝛼 = (𝐼𝑉 )
𝑑
Aplicando a fórmula de adição de arcos nas equações (𝐼) e (𝐼𝐼):
𝑥 ′ = 𝑑 ⋅ (cos 𝛼 cos 𝜃 − sen 𝛼 sen 𝜃 )
𝑦 ′ = 𝑑 ⋅ (sen 𝛼 cos 𝜃 + sen 𝜃 cos 𝛼)
Substituindo as identidades (𝐼𝐼𝐼) e (𝐼𝑉 ) nas equações acima:
𝑥 𝑦
𝑥 ′ = 𝑑 ⋅ ( cos 𝜃 − sen 𝜃)
𝑑 𝑑

⇒ 𝑥 = 𝑥 cos 𝜃 − 𝑦 sen 𝜃

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𝑦 𝑥
𝑦 ′ = 𝑑 ⋅ ( cos 𝜃 + sen 𝜃 )
𝑑 𝑑

⇒ 𝑦 = 𝑥 sen 𝜃 + 𝑦 cos 𝜃
Desse modo, podemos escrever as relações acima na forma matricial:
𝑥′ cos 𝜃 − sen 𝜃 𝑥
[ ]=[ ][ ]
𝑦′ sen 𝜃 cos 𝜃 𝑦
A matriz de rotação no sentido anti-horário é dada por 𝑀:
cos 𝜃 − sen 𝜃
𝑀𝑎𝑛𝑡𝑖−ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜 = [ ]
sen 𝜃 cos 𝜃
Se quisermos rotacionar no sentido horário basta inserir −𝜃 no lugar de 𝜃:
cos −𝜃 − sen −𝜃 cos 𝜃 sen 𝜃
𝑀ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜 = [ ]=[ ]
sen −𝜃 cos −𝜃 − sen 𝜃 cos 𝜃

No plano ℝ3 , temos 3 eixos coordenados. Dado um ponto 𝑃(𝑥, 𝑦, 𝑧) no plano ℝ3 , podemos


rotacionar esse ponto em torno do eixo 𝑧 através da seguinte matriz de rotação:
cos 𝜃 − sen 𝜃 0
𝑀𝑧 = [sen 𝜃 cos 𝜃 0]
0 0 1

Para rotacionar 𝑃 em torno do eixo 𝑥, devemos usar a seguinte matriz:

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1 0 0
𝑀𝑥 = [0 cos 𝜃 − sen 𝜃]
0 sen 𝜃 cos 𝜃
Em torno do eixo 𝑦:
cos 𝜃 0 sen 𝜃
𝑀𝑦 = [ 0 1 0 ]
− sen 𝜃 0 cos 𝜃

1.9.4. Matriz nilpotente


𝐴 é uma matriz nilpotente se existir um número 𝑝 ∈ ℤ+ tal que:
𝐴𝑝 = 0
Se 𝑝0 é o menor inteiro positivo que satisfaz essa relação, dizemos que 𝐴 é uma matriz
nilpotente de índice 𝑝0 .

1.9.5. Matriz idempotente


𝐴 é uma matriz idempotente se satisfazer a seguinte relação:
𝐴2 = 𝐴
Consequentemente:
𝐴3 = 𝐴4 = ⋯ = 𝐴𝑛 = 𝐴

1 2 6 1
4. Dados 𝐴 = [ ]e𝐵 =[ ], calcule:
−5 3 4 −7
a) 𝐴 + 𝐵
b) 𝐴 − 𝐵
c) 𝐴𝐵
Resolução:
1 2 6 1 1+6 2+1 7 3
a) 𝐴 + 𝐵 = [ ]+[ ]=[ ]=[ ]
−5 3 4 −7 −5 + 4 3−7 −1 −4

1 2 6 1 1−6 2−1 −5 1
b) 𝐴 − 𝐵 = [ ]−[ ]=[ ]=[ ]
−5 3 4 −7 −5 − 4 3+7 −2 10

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1 2 6 1 1⋅6+2⋅4 1 ⋅ 1 + 2 ⋅ (−7) 14 −13


c) 𝐴𝐵 = [ ][ ]=[ ]=[ ]
−5 3 4 −7 −5 ⋅ 6 + 3 ⋅ 4 −5 ⋅ 1 + 3 ⋅ (−7) −18 −26

𝟕 𝟑 −𝟓 𝟏 𝟏𝟒 −𝟏𝟑
Gabarito: a) [ ] b) [ ] c) [ ]
−𝟏 −𝟒 −𝟐 𝟏𝟎 −𝟏𝟖 −𝟐𝟔

5. Suponha 𝐴 e 𝐵 matrizes reais inversíveis e de ordem 𝑛, tais que 𝐴 + 𝐵 = 𝐴𝐵. Prove que
𝐴−1 + 𝐵−1 = 𝐼.
Resolução:
Se 𝐴 e 𝐵 são matrizes inversíveis, então, podemos escrever:
𝐴𝐴−1 = 𝐴−1 𝐴 = 𝐼
𝐵𝐵−1 = 𝐵−1 𝐵 = 𝐼
Vamos analisar a equação dada:
𝐴 + 𝐵 = 𝐴𝐵
Usando as propriedades matriciais, vamos multiplicar à esquerda ambos os lados por 𝐴−1 :
𝐴−1 (𝐴 + 𝐵) = 𝐴−1 (𝐴𝐵) ⇒ ⏟
𝐴−1 𝐴 + 𝐴−1 𝐵 = (⏟𝐴−1 𝐴) 𝐵 ⇒ 𝐼 + 𝐴−1 𝐵 = 𝐼 ⋅ 𝐵
𝐼 𝐼

Agora, vamos multiplicar à direita ambos os lados por 𝐵−1 :


(𝐼 + 𝐴−1 𝐵)𝐵−1 = 𝐵𝐵−1 ⇒ 𝐵−1 + 𝐴−1 (𝐵𝐵−1 ) = 𝐼 ⇒ 𝐵 −1 + 𝐴−1 = 𝐼
∴ 𝐴−1 + 𝐵−1 = 𝐼
Gabarito: Demonstração

6. 𝐴, 𝐵 e 𝐶 são matrizes quadradas de ordem 𝑛. Se a matriz 𝐶 é antissimétrica, demonstre


que:
(𝐴𝑡 𝐵𝑡 + 3𝐶 )𝑡 = 𝐵𝐴 − 3𝐶
Resolução:
Se 𝐶 é antissimétrica, então:
𝐶 𝑡 = −𝐶
Aplicando as propriedades da transposta, temos:
(𝐴𝑡 𝐵𝑡 + 3𝐶 )𝑡 = (𝐴𝑡 𝐵𝑡 )𝑡 + (3𝐶 )𝑡 = (𝐵𝑡 )𝑡 (𝐴𝑡 )𝑡 + 3𝐶 𝑡 = 𝐵𝐴 + 3𝐶 𝑡
Usando a definição de antissimétrica:
𝐵𝐴 + 3𝐶 𝑡 = 𝐵𝐴 − 3𝐶
∴ (𝐴𝑡 𝐵𝑡 + 3𝐶 )𝑡 = 𝐵𝐴 − 3𝐶
Gabarito: Demonstração

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7. Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes reais e de ordem 𝑛, tais que 𝐴 é inversível. Dado que 𝐴−1 𝐵𝐴−1 = 𝐼.
Mostre que 𝐵 = 𝐴2 .
Resolução:
De acordo com o enunciado, temos:
𝐴−1 𝐵𝐴−1 = 𝐼
Multiplicando à esquerda da equação por 𝐴:
𝐴(𝐴−1 𝐵𝐴−1 ) = 𝐴 ⋅ 𝐼
(⏟𝐴𝐴−1 ) 𝐵𝐴−1 = 𝐴
𝐼

𝐵𝐴−1 = 𝐴
Multiplicando à direita da equação por 𝐴:
(𝐵𝐴−1 )𝐴 = 𝐴 ⋅ 𝐴 ⇒ 𝐵(𝐴−1 𝐴) = 𝐴2
∴ 𝐵 = 𝐴2
Gabarito: Demonstração

8. Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes quadradas de ordem 𝑛. Definimos 𝑡𝑟(𝐴) como a soma dos elementos
da diagonal principal da matriz 𝐴. Demonstre que 𝑡𝑟(𝐴𝐵) = 𝑡𝑟(𝐵𝐴).
Resolução:
Demonstração visto na teoria, propriedade 𝑃19.
Gabarito: Demonstração

9. Uma matriz possui inversa se ela é não singular. Determine uma matriz não singular 𝐵 que
satisfaça a seguinte equação matricial:
3 0
𝐵−1 𝐴 = [ ]
0 −2
1 2
Dado que 𝐴 = [ ].
3 4
Resolução:
Como 𝐵 é não singular, temos que ela é inversível. Assim, vamos multiplicar à esquerda da
equação por 𝐵:
3 0 3 0 3 0
𝐵−1 𝐴 = [ ] ⇒ 𝐵𝐵−1 𝐴 = 𝐵 ⋅ [ ]⇒𝐴=𝐵⋅[ ]
0 −2 0 −2 0 −2
O enunciado nos dá a matriz 𝐴, vamos substituí-la na equação:
1 2 3 0
[
]=𝐵⋅[ ]
3 4 0 −2
Como 𝐵 é inversível e multiplica uma matriz quadrada de ordem 2, podemos afirmar que
ele também é quadrada de ordem 2. Vamos escrever 𝐵 desse modo:

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 33


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𝑏 𝑎
] 𝐵=[
𝑑 𝑐
1 2 𝑎 𝑏 3 0 1 2 3𝑎 −2𝑏
[ ]=[ ]⋅[ ]⇒[ ]=[ ]
3 4 𝑐 𝑑 0 −2 3 4 3𝑐 −2𝑑
Assim, encontramos o seguinte sistema:
1
1 = 3𝑎 𝑎=
3
2 = −2𝑏 𝑏 = −1
{ ⇒
3 = 3𝑐 𝑐=1
4 = −2𝑑 {𝑑 = −2
1/3 −1
∴𝐵=[ ]
1 −2
𝟏/𝟑 −𝟏
Gabarito: 𝑩 = [ ]
𝟏 −𝟐

cos(𝜃) −𝑠𝑒𝑛(𝜃)
10. A matriz 𝑅(𝜃) = [ ] é chamada de matriz de rotação. Dizemos que uma
𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃)
matriz 𝐴 é ortogonal, quando 𝐴𝑡 = 𝐴−1 . Verifique se a matriz 𝑅 (𝜃) é ortogonal. Justifique
sua resposta.
Resolução:
Partindo de 𝐴𝑡 = 𝐴−1 , podemos manipular essa equação e encontrar:
𝐴𝐴𝑡 = 𝐴𝐴−1
𝐴𝐴𝑡 = 𝐼
Então, se 𝐴𝐴𝑡 = 𝐼, podemos afirmar que 𝐴 é ortogonal.
Vamos encontrar a transposta de 𝑅(𝜃) e calcular 𝑅(𝜃)𝑅𝑡 (𝜃):
cos(𝜃) 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝑅 𝑡 (𝜃 ) = [ ]
−𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃)
cos(𝜃) −𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃) 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝑅 (𝜃 )𝑅 𝑡 (𝜃 ) = [ ]⋅[ ]=
𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃) −𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃)
cos2 (𝜃) + 𝑠𝑒𝑛2 (𝜃) cos(𝜃) 𝑠𝑒𝑛(𝜃) − 𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃) 1 0
=[ 2( ) 2( ) ]=[ ]=𝐼
𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos(𝜃) − cos(𝜃) 𝑠𝑒𝑛(𝜃) 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + cos 𝜃 0 1
∴ 𝑅 (𝜃 )𝑅 𝑡 (𝜃 ) = 𝐼
Essa é a definição de matriz ortogonal. Portanto, 𝑅 (𝜃) é ortogonal.
Gabarito: Demonstração

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2. DETERMINANTE DE UMA MATRIZ


2.1. DEFINIÇÃO
A primeira coisa que temos que distinguir é que o determinante de uma matriz 𝐴, simbolizado
por det(𝐴), é um número, não uma matriz. Além disso, só podemos calcular o determinante de
matrizes quadradas.
Mas que número é esse?
Aqui nós inverteremos um pouco a didática.
Primeiro, vamos aprender a calcular o determinante de matrizes de várias ordens. Só na
próxima aula, quando estivermos estudando os sistemas, teremos condições de entender de onde
esses números saíram. Por isso, tenha paciência que chegaremos lá, ok?

2.1.1. Determinante de matriz de ordem 𝟏


Existe matriz de ordem 1?
Pois é, existe sim. É uma matriz que só tem uma linha e uma coluna.
E o determinante desse tipo de matriz é imediato, veja.
𝐴1𝑥1 = [𝑎] → det(𝐴) = 𝑎
Ou seja, o determinante de uma matriz de ordem 1 é o próprio elemento da matriz. Veja o
exemplo.
𝐴1𝑥1 = [3] → det(𝐴) = 3
Essa foi fácil, não? Vamos à próxima.

2.1.2. Determinante de matriz de ordem 𝟐


Para o determinante de uma matriz de ordem 2 já temos que fazer alguns cálculos.
Dada a matriz 𝐴 tal que
𝑎 𝑏
] 𝐴=[
𝑐 𝑑
O determinante de 𝐴, det(𝐴), é dado por uma subtração entre o produto dos elementos da
diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária.
Como é que é?
Calma, vamos esquematizar essa definição no corpo da matriz 𝐴.
𝑎 𝑏
𝐴=[ ]
𝑐 𝑑
Diagonal Diagonal
secundária
Desse modo, o determinante da matriz 𝐴, det(𝐴principal
), que também pode ser representado pela
matriz encerrada por duas barras paralelas, é dado por
𝑎 𝑏
det(𝐴) = | | = 𝑎∙𝑑−𝑏∙𝑐
𝑐 𝑑

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Vejamos um exemplo.
Dada a matriz 𝐴, calcule seu determinante.
1 3
𝐴=[ ]
−2 1
Explicitando os elementos das diagonais, temos.
1 3
𝐴=[ ]
−2 1
Assim,
1 3
det(𝐴) = | | = 1 ∙ 1 − 3 ∙ (−2)
−2 1
det(𝐴) = 1 + 6
det(𝐴) = 7

Uma matriz é escrita entre colchetes:


1 3
] 𝐴=[
−2 1
Um determinante pode ser escrito pela sua expressão ou pela matriz encerrada por duas barras
paralelas:
𝑎 𝑏
det(𝐴) = | |=𝑎∙𝑑−𝑏∙𝑐
𝑐 𝑑

Matrizes e determinantes não são sinônimos.


Faça a distinção na hora da escrita, principalmente em questões abertas.

2.1.3. Determinante de matriz de ordem 𝟑


Para calcular o determinante de uma matriz de ordem 3, utilizaremos a regra de Sarrus, como
detalhada a seguir.
Peguemos, por exemplo, a matriz 𝐴 dada por
1 0 1
−1 −2 0
𝐴=
1
[5 4 3]

O primeiro passo para calcularmos o determinante dessa matriz é duplicarmos a primeira e


a segunda colunas de 𝐴.

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1 0 1 1 0
−1 −2 0 −1 −2
det(𝐴) =
1 1
[5 4 3 ] 5 4

O próximo passo é fazer os produtos dos elementos nas direções tanto da diagonal principal
quanto da diagonal secundária.
Embora possamos fazer ambos os produtos simultaneamente, separaremos em duas partes
para maior clareza.
Façamos primeiro a parte positiva na direção da diagonal principal.
Multiplicaremos os elementos de cada diagonal e somaremos esses produtos. Todo esse
resultado será a parte positiva de nosso determinante.
1 0 1 1 0
−1 −2 0 −1 −2
1 1
[5 4 3] 4
5
1
[1 ∙ (−2) ∙ 3 + 0 ∙ 0 ∙ + 1 ∙ (−1) ∙ 4]
5
[−6 + 0 − 4]
[−10]
−10

E, agora, a parte negativa, na direção da diagonal secundária.


1 0 1 1 0
−1 −2 0 −1 −2
1 1
[5 4 3] 4
5
1
− [1 ∙ (−2) ∙
+ 1 ∙ 0 ∙ 4 + 0 ∙ (−1) ∙ 3]
5
2
− [− + 0 + 0]
5
2
− [− ]
5
2
+
5
O determinante, então, será a soma desses resultados parciais.

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2
det(𝐴) = −10 +
5
−50 + 2
det(𝐴) =
5
48
det(𝐴) = −
5
Uma outra forma de memorizar a regra de Sarrus é através da seguinte figura:

𝑎11 𝑎12 𝑎13 𝑎11 𝑎12 𝑎13


|𝑎21 𝑎22 𝑎23 | |𝑎21 𝑎22 𝑎23 |
𝑎31 𝑎32 𝑎33 𝑎31 𝑎32 𝑎33

Ao invés de duplicar a primeira e a segunda coluna de 𝐴, podemos multiplicar os elementos


de acordo com a trajetória das linhas indicadas:
det 𝐴 = 𝑎11 ⋅ 𝑎22 ⋅ 𝑎33 + 𝑎12 ⋅ 𝑎23 ⋅ 𝑎31 + 𝑎32 ⋅ 𝑎21 ⋅ 𝑎13
−𝑎13 ⋅ 𝑎22 ⋅ 𝑎31 − 𝑎23 ⋅ 𝑎32 ⋅ 𝑎11 − 𝑎21 ⋅ 𝑎12 ⋅ 𝑎33
Usamos as setas apenas para nos guiarmos. Quando resolvermos os exercícios de
determinantes, faremos o cálculo com apenas uma tabela do seguinte modo:

𝑎11 𝑎12 𝑎13


|𝑎21 𝑎22 𝑎23 |
𝑎31 𝑎32 𝑎33

Um pouco confuso, não? Com o tempo, nos acostumaremos a resolver desse modo.

11. Calcule:
a) |5|
5 1
b) | |
2 −2
5 2 −1
c) |3 0 −3|
1 1 2

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 38


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Resolução:
a) |5| = 5
5 1
b) | | = 5 ⋅ (−2) − 2 ⋅ 1 = −10 − 2 = −12
2 −2

5 2 −1 5 2 −1
c) |3 0 −3| |3 0 −3|
1 1 2 1 1 2

= 5 ⋅ 0 ⋅ 2 + 2 ⋅ (−3) ⋅ 1 + 1 ⋅ 3 ⋅ (−1) − ((−1) ⋅ 0 ⋅ 1 + (−3) ⋅ 1 ⋅ 5 + 3 ⋅ 2 ⋅ 2)


= −6 − 3 − (−15 + 12) = −9 − (−3) = −6
*Obs.: Separei em duas tabelas para poder visualizar melhor.
Gabarito: a) 𝟓 b) −𝟏𝟐 c) −𝟔

12. Resolva:
𝑥 1 𝑥
|1 𝑥 −1| = 0
1 3 2
Resolução:
Vamos calcular o determinante:
2𝑥 2 + (−1) + 3𝑥 − 𝑥 2 − (−3𝑥) − 2 = 0
𝑥 2 + 6𝑥 − 3 = 0
Encontrando as raízes:
𝑥 = −3 ± √12 = −3 ± 2√3
Portanto:
𝑆 = {−3 + 2√3; −3 − 2√3}
Gabarito: 𝑺 = {−𝟑 + 𝟐√𝟑; −𝟑 − 𝟐√𝟑}

2.2. TEOREMA DE LAPLACE

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Este teorema é muito útil para resolver as questões de determinantes do ITA/IME e ela
costuma ser cobrada com bastante frequência. Vejamos os conceitos iniciais.

2.2.1. Conceitos iniciais


Até aqui vimos como calcular o determinante de matrizes de ordem 1, 2 e 3. Existem diversos
métodos para se calcular o determinante de uma matriz, mas, antes de aprendê-los, veremos a
definição de menor complementar e cofator de um elemento matricial.
Menor complementar de um elemento
O menor complementar de um elemento matricial 𝑎𝑖𝑗 , representado por 𝐷𝑖𝑗 , é o
determinante de uma submatriz que conseguimos eliminando a linha e a coluna do elemento 𝑎𝑖𝑗 .
Vejamos como obter o menor complementar de um elemento na matriz 𝐴.
1 2 5
𝐴 = [3 1 4 ]
7 4 13
Digamos que precisemos do menor complementar do elemento 𝑎21 , ou seja, precisamos
calcular 𝐷21
Precisamos eliminar, então, a linha e a coluna de 𝑎21 e calcular o determinante da matriz que
sobra.
Podemos ver que o elemento 𝑎21 = 3 está, como indicado, na segunda linha e na terceira
coluna.
1 2 5
𝐴 = [3 1 4]
7 4 13
Dessa forma,
2 5
𝐷21 = | |
4 13
2 5
𝐷21 = | |
4 13
𝐷21 = 2 ∙ 13 − 5 ∙ 4
𝐷21 = 26 − 20
𝐷21 = 6

Todo elemento de uma matriz quadrada tem menor complementar.

Cofator (ou complemento algébrico) de um elemento


O cofator de um elemento 𝑎𝑖𝑗 , representado por 𝐴𝑖𝑗 , é dado pela seguinte fórmula.

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 40


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𝐴𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 ∙ 𝐷𝑖𝑗


Considerando a matriz
1 2 5
𝐴 = [3 1 4 ]
7 4 13
do item anterior e já tendo calculado o menor complementar 𝐷21 , vamos aproveitá-lo e
calcular o cofator 𝐴21 .
𝐷21 = 6
𝐴𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 ∙ 𝐷𝑖𝑗
𝐴21 = (−1)2+1 ∙ 𝐷21
𝐴21 = (−1)3 ∙ 6
𝐴21 = (−1) ∙ 6
𝐴21 = −6
Assim, o menor complementar de 𝑎21 é 𝐴21 = −6.

2.2.2. Matriz dos cofatores


Na seção anterior vimos como calcular o cofator de um número, dado pela fórmula
𝐴𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 ∙ 𝐷𝑖𝑗 .
Pois bem, a matriz dos cofatores, simbolizada por 𝐴′, é uma matriz formada pelos cofatores
de todos os elementos de 𝐴.
Vejamos, então, como é a matriz de cofatores 𝐴′. Seja 𝐴 dada por:
1 −1
𝐴=[ ]
3 0

𝐴𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 ∙ 𝐷𝑖𝑗

1 −1
𝐴11 = (−1)1+1 ∙ 𝐷11 = (−1)2 ∙ | | = 1∙0 = 0
3 0

1 −1
𝐴12 = (−1)1+2 ∙ 𝐷12 = (−1)3 ∙ | | = (−1) ∙ 3 = −3
3 0

1 −1
𝐴21 = (−1)2+1 ∙ 𝐷21 = (−1)3 ∙ | | = (−1) ∙ (−1) = 1
3 0

1 −1
𝐴22 = (−1)2+2 ∙ 𝐷22 = (−1)4 ∙ | |=1∙1=1
3 0

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 41


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Dessa forma, a matriz de cofatores de 𝐴, ou 𝐴′, é


𝐴11 𝐴12
𝐴′ = [
]
𝐴21 𝐴22
0 −3
𝐴′ = [ ]
1 1
Também podemos representar a matriz dos cofatores de 𝐴 por 𝑐𝑜𝑓(𝐴).

2.2.3. Teorema fundamental de Laplace


Este teorema nos permite calcular o determinante de uma matriz 𝐴 de ordem maior ou igual
a 2. Ela afirma que o valor do determinante de uma matriz 𝐴 é igual a soma dos produtos dos
elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna) pelos respectivos cofatores.
Seja 𝐴 uma matriz quadrada de ordem 𝑛, pelo teorema de Laplace:
I) Escolhendo-se a linha 𝑖 (fixamos 𝑖 e variamos 𝑗):
𝑛

det 𝐴 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝐴𝑖𝑗


𝑗=1

II) Escolhendo-se a coluna 𝑗 (fixamos 𝑗 e variamos 𝑖):


𝑛

det 𝐴 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⋅ 𝐴𝑖𝑗


𝑖=1

Exemplo de aplicação:
10 15 17 39
5 0 3 2
Dada a matriz 𝐴 = [ ]
−9 0 2 5
−4 0 1 3
a) Escolhendo a linha 1 da matriz 𝐴, o seu determinante é dado por:
10 15 17 39
5 0 3 2
𝐴=[ ]
−9 0 2 5
−4 0 1 3
det 𝐴 = 𝑎11 ⋅ 𝐴11 + 𝑎12 ⋅ 𝐴12 + 𝑎13 ⋅ 𝐴13 + 𝑎14 ⋅ 𝐴14
det 𝐴 = 10 ⋅ 𝐴11 + 15 ⋅ 𝐴12 + 17 ⋅ 𝐴13 + 39 ⋅ 𝐴14

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b) Escolhendo a coluna 2 da matriz 𝐴:


10 15 17 39
5 0 3 2
𝐴=[ ]
−9 0 2 5
−4 0 1 3
det 𝐴 = 𝑎12 ⋅ 𝐴12 + 𝑎22 ⋅ 𝐴22 + 𝑎32 ⋅ 𝐴32 + 𝑎42 ⋅ 𝐴42
det 𝐴 = 15 ⋅ 𝐴12 + 0 ⋅ 𝐴22 + 0 ⋅ 𝐴32 + 0 ⋅ 𝐴42
⇒ det 𝐴 = 15 ⋅ 𝐴12
Podemos escolher qualquer fila para calcular o determinante, pois o resultado é o mesmo.
Note que no caso (b), precisamos calcular apenas o cofator 𝐴12 . Desse modo, para facilitar os
cálculos, devemos escolher a fila com a maior quantidade de zeros possível.

2.3. PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES


Estudamos, até agora, o que são as matrizes, as principais operações com matrizes e o
determinante de uma matriz.
Estudaremos, agora, algumas propriedades que podem ser úteis na resolução dos exercícios.
Essas propriedades até podem ser deduzidas na hora, mas há um ganho considerável de
tempo de resolução quando se tem contato com elas previamente.

2.3.1. Fator comum em uma fila da matriz


Entenderemos aqui por fila uma linha ou uma coluna de uma matriz.
Ao multiplicarmos uma fila de uma matriz por uma constante 𝑘, o determinante dessa matriz
também fica multiplicado pela mesma constante 𝑘.
Façamos a demonstração para uma matriz genérica 2𝑥2, embora a propriedade seja válida
para todas as matrizes quadradas (só têm determinantes as matrizes quadradas, lembra?).
𝑎 𝑏
𝐴=[ ]
𝑐 𝑑
Vimos, há algumas páginas, que
𝑎 𝑏
det(𝐴) = |
| = 𝑎 ∙ 𝑑 − 𝑏 ∙ 𝑐.
𝑐 𝑑
Multiplicando uma de suas filas, digamos a segunda coluna, por uma constante 𝑘, teremos,
como resultado, a matriz 𝐴′.
𝑎 𝑘∙𝑏
𝐴′ = [ ]
𝑐 𝑘∙𝑑

Note que multiplicamos apenas uma fila, não a matriz inteira.

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Vejamos o que acontece com o determinante de 𝐴′.


𝑎 𝑘∙𝑏
det(𝐴′) = | |=𝑎∙𝑘∙𝑑−𝑘∙𝑏∙𝑐
𝑐 𝑘∙𝑑
Podemos colocar a constante 𝐶 em evidência.
det(𝐴′) = 𝑎 ∙ 𝑘 ∙ 𝑑 − 𝑘 ∙ 𝑏 ∙ 𝑐 = 𝑘 ∙ (𝑎 ∙ 𝑑 − 𝑏 ∙ 𝑐 )
det(𝐴′) = 𝑘 ∙ (𝑎 ∙ 𝑑 − 𝑏 ∙ 𝑐 )
det(𝐴′) = 𝑘 ∙ det(𝐴)
Exemplo:
Vamos calcular o valor do determinante abaixo:
9 27 27
|3 5 2|
2 3 1
Note que a primeira linha da matriz desse determinante possui o fator comum 9, podemos
colocá-lo em evidência e, assim, facilitamos o seu cálculo:
9 27 27 1 3 3
|3 5 2 | = 9 ⋅ | 3 5 2| = 9 ⋅ (5 + 12 + 27 − 30 − 6 − 9) = 9 ⋅ (−1) = −9
2 3 1 2 3 1

2.3.2. Fator comum na matriz


Ao multiplicarmos uma matriz de ordem 𝑛 por uma constante 𝑘 ∈ ℝ, o seu determinante fica
multiplicado por 𝑘 𝑛 . Essa situação é parecida com a propriedade anterior, porém, todas as filas ficam
multiplicadas pela constante 𝑘 e, por isso, uma matriz multiplicada por 𝑘 resulta em um
determinante multiplicado por ⏟ 𝑘 ⋅ 𝑘 ⋅ … ⋅ 𝑘:
𝑛 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠

det(𝑘 ⋅ 𝐴) = 𝑘 𝑛 det 𝐴
Exemplo:
2 4 4 1 2 2
3
|8 2 10| = 2 ⋅ |4 1 5| = 8 ⋅ (2 + 40 + 8 − 8 − 5 − 16) = 8 ⋅ 21 = 168
8 2 4 4 1 2

2.3.3. Teorema de Bézout


Quando trocamos duas filas de lugar, o determinante é afetado de tal modo que o
determinante da nova matriz 𝐴′ é o oposto do determinante de 𝐴, veja.
Dada a mesma matriz 𝐴, genérica, que nos tem acompanhado.
𝑎 𝑏
𝐴=[ ]
𝑐 𝑑
𝑎 𝑏
det(𝐴) = | | = 𝑎∙𝑑−𝑏∙𝑐
𝑐 𝑑

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Vamos trocar de lugar a primeira e a segunda linhas e ver como det(𝐴) é afetado.
𝑐 𝑑
𝐴′ = [ ]
𝑎 𝑏
𝑐 𝑑
det(𝐴′) = | |=𝑐∙𝑏−𝑑∙𝑎
𝑎 𝑏
det(𝐴′) = 𝑐 ∙ 𝑏 − 𝑑 ∙ 𝑎
Colocando o sinal de negativo em evidência.
det(𝐴′) = −(−𝑐 ∙ 𝑏 + 𝑑 ∙ 𝑎)
Alternando a ordem do argumento dos parênteses.
det(𝐴′) = −(𝑑 ∙ 𝑎 − 𝑐 ∙ 𝑏)
det(𝐴′) = − det(𝐴)
Essa propriedade é conhecida como teorema de Bézout.

Ao trocar duas filas de uma matriz de lugar, o determinante muda de sinal.


Trocou de novo? Muda de sinal de novo.

2.3.4. Filas paralelas iguais ou proporcionais


Quando duas filas paralelas (duas linhas ou duas colunas) são iguais ou proporcionais, o
determinante da matriz é zero.
Dada a matriz 𝐴 com uma linha sendo a multiplicação de outra linha por uma constante.
2 4
𝐴=[]
6 12
Perceba que a segunda linha é o triplo da primeira.
Calculemos, então, det(𝐴).
2 4
det(𝐴) = | | = 2 ∙ 12 − 4 ∙ 6
6 12
det(𝐴) = 24 − 24
det(𝐴) = 0
Apesar de termos visto em uma matriz singular de ordem 2, essa característica está presente
em todas as matrizes quadradas.

2.3.5. Combinação linear de filas


Dizemos que uma fila 𝐹1 é uma combinação linear de outras (𝐹2, 𝐹3, 𝐹4 … ) quando
𝐹1 = 𝑎 ∙ 𝐹2 + 𝑏 ∙ 𝐹3 + 𝑐 ∙ 𝐹4 + ⋯
Vejamos um exemplo numérico.

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Seja 𝐴 a matriz quadrada abaixo:


1 2 5
𝐴 = [3 1 4 ]
7 4 13
Não é óbvio e precisamos fazer alguns cálculos para perceber. No entanto, note que a terceira
linha 𝐿3 é a soma da primeira com o dobro da segunda.
Assim, podemos dizer que
𝐿3 = 1 ∙ 𝐿1 + 2 ∙ 𝐿2
(7, 4, 16) = 1 ∙ (1, 2, 5) + 2 ∙ (3, 1, 4)
(7, 4, 16) = (1, 2, 5) + (6, 2, 8)
(7, 4, 16) = (7, 4, 16)
Assim,
𝐿3 = 1 ∙ 𝐿1 + 2 ∙ 𝐿2
E o que acontece quando uma matriz tem uma linha como combinação linear de outras?
Simples, seu determinante é nulo.
Calculemos, como exercício, o determinante dessa matriz 𝐴 por meio da regra de Sarrus.
1 2 5
𝐴 = [3 1 4]
7 4 13
Dupliquemos a primeira e a segunda coluna.
1 2 5 1 2
det(𝐴) = |3 1 4| 3 1
7 4 13 7 4

Façamos, então, parte positiva do determinante na direção da diagonal principal.


1 2 5 1 2
|3 1 4| 3 1
7 4 13 7 4
[1 ∙ 1 ∙ 13 + 2 ∙ 4 ∙ 7 + 5 ∙ 3 ∙ 4]
[13 + 56 + 60]
129
E, agora, a parte negativa, na direção da diagonal secundária.
1 2 5 1 2
|3 1 4 | 3 1
7 4 13 7 4
−[5 ∙ 1 ∙ 7 + 1 ∙ 4 ∙ 4 + 2 ∙ 3 ∙ 13]
−[35 + 16 + 78]

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−[129]
−129
O determinante, então, será a soma desses resultados parciais.
det(𝐴) = 129 − 129
det(𝐴) = 0

2.3.6. Matriz triangular


O determinante de uma matriz triangular é igual ao produto de todos os elementos da sua
diagonal principal. Seja 𝐴 uma matriz triangular de ordem 𝑛:
𝑛

det 𝐴 = ∏ 𝑎𝑖𝑖
𝑖=1

Demonstração:
Supondo que 𝑀 seja uma matriz triangular inferior:
𝑎11 0 0 0
𝑎21 𝑎22 0 ⋯ 0
𝑀 = 𝑎31 𝑎32 𝑎33 0
⋮ ⋱ ⋮
[𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 𝑎𝑛3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 ]
Aplicando-se o teorema de Laplace na primeira linha, encontramos:
𝑎11 0 0 0
𝑎21 𝑎22 0 ⋯ 0
|
det 𝑀 = | 𝑎31 𝑎32 𝑎33 0 ||
⋮ ⋱ ⋮
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 𝑎𝑛3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛
det 𝑀 = 𝑎11 ⋅ 𝐴11
Sabemos que o cofator é dado por:
𝐴11 = (−1)1+1 ⋅ 𝐷11 = 𝐷11
𝑎22 0 ⋯ 0
𝑎 𝑎33 0
𝐷11 = | 32 |
⋮ ⋱ ⋮
𝑎𝑛2 𝑎𝑛3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛
det 𝑀 = 𝑎11 ⋅ 𝐷11
𝐷11 é o determinante de uma matriz parecida com a matriz inicial, porém, sem a primeira
linha e coluna. Podemos aplicar o teorema de Laplace na primeira linha das matrizes resultantes e,
assim, sucessivamente:
det 𝑀 = 𝑎11 ⋅ 𝑎22 ⋅ 𝑎33 ⋅ … ⋅ 𝑎𝑛𝑛

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2.3.7. Matriz transposta


O determinante de uma matriz quadrada de ordem 𝑛 é igual ao determinante da sua
transposta:
det 𝐴 = det 𝐴𝑡
Exemplo:
𝑎 𝑏 𝑎 𝑐
Seja 𝑀 = [ ], temos 𝑀𝑡 = [ ]. O determinante dessas matrizes é dado por:
𝑐 𝑑 𝑏 𝑑
det 𝑀 = 𝑎𝑑 − 𝑏𝑐
det 𝑀𝑡 = 𝑎𝑑 − 𝑏𝑐 = det 𝑀

2.3.8. Decomposição em soma


Se uma matriz for da seguinte forma:
𝑎11 𝑎12 𝑏1𝑗 + 𝑐1𝑗 𝑎1𝑛
𝑎21 𝑎22 ⋯ 𝑏2𝑗 + 𝑐2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛
𝐴 = 𝑎31 𝑎32 𝑏3𝑗 + 𝑐3𝑗 𝑎3𝑛
⋮ ⋱ ⋮
[𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑏𝑛𝑗 + 𝑐𝑛𝑗 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 ]
Podemos decompor o cálculo do seu determinante em duas outras:
𝑎11 𝑎12 𝑏1𝑗 + 𝑐1𝑗 𝑎1𝑛
𝑎 𝑎22 ⋯ 𝑏2𝑗 + 𝑐2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛
| 21 |
det 𝐴 = 𝑎31 𝑎32 𝑏3𝑗 + 𝑐3𝑗 𝑎3𝑛
| |
⋮ ⋱ ⋮
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑏𝑛𝑗 + 𝑐𝑛𝑗 ⋯ 𝑎𝑛𝑛
𝑎11 𝑎12 𝑏1𝑗 𝑎1𝑛 𝑎11 𝑎12 𝑐1𝑗 𝑎1𝑛
𝑎 𝑎22 ⋯ 𝑏2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛 𝑎 𝑎22 ⋯ 𝑐2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛
| 21 | |𝑎21 𝑎32 𝑐3𝑗 𝑎3𝑛 |
det 𝐴 = 𝑎31 𝑎32 𝑏3𝑗 𝑎3𝑛 + | 31 |
| | ⋮ ⋱ ⋮
⋮ ⋱ ⋮
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑏𝑛𝑗 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑐𝑛𝑗 ⋯ 𝑎𝑛𝑛

*Essa propriedade também é válida se tivermos uma linha que possa ser decomposta em
soma.
Demonstração:
𝑎11 𝑎12 𝑏1𝑗 + 𝑐1𝑗 𝑎1𝑛
𝑎 𝑎22 ⋯ 𝑏2𝑗 + 𝑐2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛
| 21 |
det 𝐴 = 𝑎31 𝑎32 𝑏3𝑗 + 𝑐3𝑗 𝑎3𝑛
| |
⋮ ⋱ ⋮
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑏𝑛𝑗 + 𝑐𝑛𝑗 ⋯ 𝑎𝑛𝑛
Vamos aplicar o teorema de Laplace na coluna 𝑗 da matriz 𝐴:

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det 𝐴 = (𝑏1𝑗 + 𝑐1𝑗 ) ⋅ 𝐴1𝑗 + ⋯ + (𝑏𝑛𝑗 + 𝑐𝑛𝑗 ) ⋅ 𝐴𝑛𝑗

𝑎11 𝑎12 𝑏1𝑗 𝑎1𝑛 𝑎11 𝑎12 𝑐1𝑗 𝑎1𝑛


𝑎 𝑎22 ⋯ 𝑏2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛 𝑎 𝑎22 ⋯ 𝑐2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛
| 21 | |𝑎21 𝑎32 𝑐3𝑗 𝑎3𝑛 |
det 𝐴 = 𝑎31 𝑎32 𝑏3𝑗 𝑎3𝑛 + | 31 |
| | ⋮ ⋱ ⋮
⋮ ⋱ ⋮
⏟𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑏𝑛𝑗 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 ⏟𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑐𝑛𝑗 ⋯ 𝑎𝑛𝑛
det 𝐴′ det 𝐴′′

Se aplicarmos o teorema de Laplace na coluna 𝑗 das matrizes 𝐴′ e 𝐴′′, encontramos:


det 𝐴′ = (𝑏1𝑗 ) ⋅ 𝐴1𝑗 + ⋯ + (𝑏𝑛𝑗 ) ⋅ 𝐴𝑛𝑗
det 𝐴′′ = (𝑐1𝑗 ) ⋅ 𝐴1𝑗 + ⋯ + (𝑐𝑛𝑗 ) ⋅ 𝐴𝑛𝑗
Assim, podemos ver que:
det 𝐴 = det 𝐴′ + det 𝐴′′
Exemplos:
1 4 6 1 2 6 1 2 6
|2 5 7| = |2 4 7| + |2 1 7|
3 6 8 3 6 8 3 0 8
1 4 6 1 4 6 1 4 6
|2 5 7| = |1 2 6| + |1 3 1|
3 6 8 3 6 8 3 6 8

2.3.9. Teorema de Cauchy


O teorema de Cauchy afirma que a soma dos produtos dos elementos de uma fila qualquer
de uma matriz 𝐴 pelos respectivos cofatores de uma fila paralela é igual a 0.
Vejamos sua aplicação. Seja a matriz 𝐴 de ordem 𝑛 representado abaixo:
𝑎11 𝑎12 𝑎1𝑗 𝑎1𝑛
𝑎21 𝑎22 ⋯ 𝑎2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛
𝐴 = 𝑎31 𝑎32 𝑎3𝑗 𝑎3𝑛
⋮ ⋱ ⋮
[𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 ⋯ 𝑎𝑛𝑗 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 ]
Escolhendo-se os elementos da primeira linha e multiplicando-os pelos cofatores dos
elementos da última linha, ordenadamente, temos:
𝑎11 ⋅ 𝐴𝑛1 + 𝑎12 ⋅ 𝐴𝑛2 + ⋯ + 𝑎1𝑛 ⋅ 𝐴𝑛𝑛 = 0
A soma algébrica acima é equivalente a calcular o determinante da seguinte matriz:
𝑎11 𝑎12 𝑎1𝑗 𝑎1𝑛
𝑎21 𝑎22 ⋯ 𝑎2𝑗 ⋯ 𝑎2𝑛
𝐴 = 𝑎31 𝑎32
′ 𝑎3𝑗 𝑎3𝑛
⋮ ⋱ ⋮
[𝑎11 𝑎12 ⋯ 𝑎1𝑗 ⋯ 𝑎1𝑛 ]

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Aplicando-se o teorema de Laplace na última linha, encontramos:


det 𝐴′ = 𝑎11 ⋅ 𝐴𝑛1 + 𝑎12 ⋅ 𝐴𝑛2 + ⋯ + 𝑎1𝑛 ⋅ 𝐴𝑛𝑛
Como temos duas filas paralelas iguais, o determinante de 𝐴′ é igual a zero:
det 𝐴′ = 𝑎11 ⋅ 𝐴𝑛1 + 𝑎12 ⋅ 𝐴𝑛2 + ⋯ + 𝑎1𝑛 ⋅ 𝐴𝑛𝑛 = 0
E, assim, verificamos o teorema de Cauchy.

2.3.10. Teorema de Jacobi


Atenção neste teorema! Ele é muito usado para resolver as questões do ITA/IME!
O teorema de Jacobi afirma que multiplicando-se uma fila de uma matriz por um número
qualquer e adicionando o resultado obtido a uma fila paralela qualquer, o valor do seu determinante
não se altera.
Exemplo:
Vamos calcular o valor do seguinte determinante:

1 2 3 4
2 4 6 10
det 𝑀 = | |
3 6 8 12
10 12 13 14
Pelo teorema de Jacobi, podemos multiplicar a primeira linha por (−2) e somá-la à segunda
linha:
1 2 3 4 𝑥(−2)
2 4 6 10
| |
3 6 8 12
10 12 13 14
1 2 3 4 1 2 3 4
2 − 1 ⋅ 2 4 − 2 ⋅ 2 6 − 3 ⋅ 2 10 − 4 ⋅ 2 0 0 0 2
| |=| |
3 6 8 12 3 6 8 12
10 12 13 14 10 12 13 14
Agora, vamos multiplicar a primeira linha por (−3) e somá-la à terceira linha:
1 2 3 4 𝑥(−3)
0 0 0 2
| |
3 6 8 12
10 12 13 14
1 2 3 4
0 0 0 2
| |
0 0 −1 0
10 12 13 14

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Usando o teorema de Laplace na terceira linha, encontramos:


1 2 3 4
0 0 0 2
| |
0 0 −1 0
10 12 13 14
det 𝑀 = (−1) ⋅ 𝐴33
1 2 4
𝐴33 = (−1 )3+3 ⋅|0 0 2 | = 40 − 24 = 16
10 12 14
⇒ det 𝑀 = −16
O teorema de Jacobi é muito útil para manipular as matrizes dos determinantes. Ele nos
permite simplificar o cálculo dos determinantes e também ajustar as matrizes de um modo que
possibilite aplicar outras propriedades dos determinantes.

2.3.11. Teorema de Binet


O teorema de Binet diz que, para duas matrizes 𝐴 e 𝐵, quadradas e de mesma ordem, vale
det(𝐴 ∙ 𝐵) = det(𝐴) ∙ det(𝐵).
Exemplo:
Vamos testar o teorema de Binet com as matrizes 𝐴 e 𝐵.
1 3
𝐴=[ ]
−4 2
9 1
𝐵=[ ]
4 5
Temos que
1 3
det(𝐴) = | |
−4 2
det(𝐴) = 1 ∙ 2 − 3 ∙ (−4)
det(𝐴) = 2 + 12
det(𝐴) = 14
9 1
det(𝐵) = | |
4 5
det(𝐵) = 9 ∙ 5 − 1 ∙ 4
det(𝐵) = 45 − 4
det(𝐵 ) = 41

1 3 9 1
𝐴∙𝐵 =[ ]∙[ ]
−4 2 4 5
Preparando as matrizes para o produto matricial.

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1 3 9 1
𝐴∙𝐵 =[ ]∙[ ]
−4 2 4 5
1∙9+3∙4 1∙1+3∙5
𝐴∙𝐵 =[ ]
(−4) ∙ 9 + 2 ∙ 4 (−4) ∙ 1 + 2 ∙ 5
9 + 12 1 + 15
𝐴∙𝐵 = [ ]
−36 + 8 −4 + 10
21 16
𝐴∙𝐵 =[ ]
−28 6

Então,
21 16
det(𝐴 ∙ 𝐵) = | |
−28 6
det(𝐴 ∙ 𝐵) = 21 ∙ 6 − 16 ∙ (−28)
det(𝐴 ∙ 𝐵) = 126 + 448
det(𝐴 ∙ 𝐵) = 574
Segundo o teorema de Binet, temos
det(𝐴 ∙ 𝐵) = det(𝐴) ∙ det(𝐵)
574 = 14 ∙ 41
574 = 574 → 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜
Confirmando a validade do teorema.

Consequência do teorema de Binet


Nós já vimos que
𝐴 ∙ 𝐴−1 = 𝐼
Então,
det(𝐴 ∙ 𝐴−1 ) = det(𝐼) = 1
Pelo teorema de Binet, podemos dizer, também, que
det(𝐴 ∙ 𝐴−1 ) = det(𝐴) ∙ det(𝐴−1 ) = det(𝐼) = 1
Considerando apenas a parte destacada da equação.
det(𝐴) ∙ det(𝐴−1 ) = 1
Dividindo ambos os termos da equação por det(𝐴), temos.
det(𝐴) ∙ det(𝐴−1 ) 1
=
det(𝐴) det(𝐴)
det(𝐴) ∙ det(𝐴−1 ) 1
=
det(𝐴) det(𝐴)

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1
det(𝐴−1 ) =
det(𝐴)
Que é uma relação importante no desenvolvimento de alguns exercícios.

1
det(𝐴−1 ) =
det(𝐴)

2.3.12. Matriz de Vandermonde


A matriz de Vandermonde é toda matriz de ordem 𝑛 ≥ 2 do tipo:
1 1 1 ⋯ 1
𝑎1 𝑎2 𝑎3 ⋯ 𝑎𝑛
𝑎12 𝑎22 𝑎32 ⋯ 𝑎𝑛2
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑛−1 𝑛−1 𝑛−1 𝑛−1
[𝑎1 𝑎2 𝑎3 ⋯ 𝑎𝑛 ]
Note que os elementos de cada coluna dessa matriz formam uma PG cujo primeiro termo é
1.
Indicamos pela letra 𝑉 o determinante da matriz de Vandermonde. Esse valor é dado por:

𝑉 (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 ) = ∏(𝑎𝑖 − 𝑎𝑗 )
𝑖>𝑗

O determinante 𝑉 é igual ao produto de todas as diferenças possíveis entre os elementos


característicos com a condição de que o índice 𝑖 seja maior que o índice 𝑗.
Demonstração:
Vamos provar pelo princípio da indução finita.
1º) Verificando a validade da propriedade para 𝑛 = 2:
1 1
𝐴=[ ] ⇒ det 𝐴 = 𝑎2 − 𝑎1
𝑎1 𝑎2
Logo, a propriedade é válida para 𝑛 = 2.
2º) Supondo que a propriedade seja verdadeira para matrizes de ordem 𝑛 − 1. Então,
devemos demonstrar que ela é verdadeira para matrizes de ordem 𝑛.
1 1 1 ⋯ 1
𝑎1 𝑎2 𝑎3 ⋯ 𝑎𝑛
| |
𝑉 = 𝑎12 𝑎22 𝑎32 ⋯ 𝑎𝑛2 |
|
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑛−1 𝑛−1 𝑛−1 𝑛−1
𝑎1 𝑎2 𝑎3 ⋯ 𝑎𝑛
Vamos aplicar o teorema de Jacobi sucessivas vezes nas linhas do determinante da matriz:

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1 1 1 ⋯ 1 𝑥 (−𝑎1 )
𝑎1 𝑎2 𝑎3 ⋯ 𝑎𝑛 𝑥 (−𝑎1 )
| 2 |
𝑎 𝑎22 𝑎32 ⋯ 𝑎𝑛2
| 1 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ 𝑥 (−𝑎1 )
𝑛−1 𝑛−1 𝑛−1
𝑎1 𝑎2 𝑎3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛−1
1 1 1 ⋯ 1
0 𝑎2 − 𝑎1 𝑎3 − 𝑎1 ⋯ 𝑎𝑛 − 𝑎1
| |
0 𝑎22 − 𝑎2 𝑎1 𝑎32 − 𝑎3 𝑎1 ⋯ 𝑎𝑛2 − 𝑎𝑛 𝑎1
| |
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 𝑎2 − 𝑎2𝑛−2 𝑎1
𝑛−1
𝑎3 − 𝑎3𝑛−2 𝑎1
𝑛−1
⋯ 𝑎𝑛𝑛−1 − 𝑎𝑛𝑛−2 𝑎1
1 1 1 ⋯ 1
0 𝑎2 − 𝑎1 𝑎3 − 𝑎1 ⋯ 𝑎𝑛 − 𝑎1
|0 𝑎2 (𝑎2 − 𝑎1 ) 𝑎3 (𝑎3 − 𝑎1 ) ⋯ 𝑎𝑛 (𝑎𝑛 − 𝑎1 ) ||
|
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑛−2 ( 𝑛−2 ( 𝑛−2 (
0 𝑎2 𝑎2 − 𝑎1 ) 𝑎3 𝑎3 − 𝑎1 ) ⋯ 𝑎𝑛 𝑎𝑛 − 𝑎1 )
Aplicando o teorema de Laplace na primeira coluna, encontramos o seguinte determinante:
𝑎2 − 𝑎1 𝑎3 − 𝑎1 ⋯ 𝑎𝑛 − 𝑎1
𝑎 (𝑎 − 𝑎 ) 𝑎3 (𝑎3 − 𝑎1 ) ⋯ 𝑎𝑛 (𝑎𝑛 − 𝑎1 )
| 2 2⋮ 1 ⋮ ⋱ ⋮ |
𝑎2𝑛−2 (𝑎2 − 𝑎1 ) 𝑎3𝑛−2 (𝑎3 − 𝑎1 ) ⋯ 𝑎𝑛𝑛−2 (𝑎𝑛 − 𝑎1 )
Note que cada coluna possui um fator comum, podemos colocá-los em evidência:
1 1 ⋯ 1
𝑎 𝑎3 ⋯ 𝑎𝑛
𝑉 = (𝑎2 − 𝑎1 ) ⋅ (𝑎3 − 𝑎1 ) ⋅ … ⋅ (𝑎𝑛 − 𝑎1 ) ⋅ | 2 |
⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑛−2
𝑎
⏟2 𝑎3𝑛−2 ⋯ 𝑎𝑛𝑛−2
𝑉′

𝑉′ é o determinante da matriz de Vandermonde de ordem 𝑛 − 1, pela hipótese de indução,


temos:

𝑉 ′ = ∏(𝑎𝑖 − 𝑎𝑗 ) , para 𝑖, 𝑗 ∈ {2, 3, … , 𝑛}


𝑖>𝑗

Portanto:

𝑉 = ∏(𝑎𝑖 − 𝑎𝑗 ) , para 𝑖, 𝑗 ∈ {1, 2, 3, … , 𝑛}


𝑖>𝑗

A propriedade é válida para matrizes de ordem 𝑛 ≥ 2.


O ITA já cobrou a matriz de Vandermonde. Veja:

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 54


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13. (ITA/2003) Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑑 números reais não-nulos. Exprima o valor do determinante da


matriz
𝑏𝑐𝑑 1 𝑎 𝑎2
[ 𝑎𝑐𝑑 1 𝑏 𝑏2 ]
𝑎𝑏𝑑 1 𝑐 𝑐2
𝑎𝑏𝑐 1 𝑑 𝑑2
na forma de um produto de números reais.
Comentários
Note que se multiplicarmos a primeira, segunda, terceira e quarta linha por 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑑,
respectivamente, obtemos o fator comum 𝑎𝑏𝑐𝑑 na primeira coluna:
𝑏𝑐𝑑 𝑎2 1 𝑎 𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑎 𝑎2 𝑎3 1 𝑎 𝑎2 𝑎3
𝑎𝑏𝑐𝑑
⋅[ 𝑎𝑐𝑑 𝑏2 ] = 1 ⋅ |𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑏 𝑏2 𝑏3 | = 𝑎𝑏𝑐𝑑 |1 𝑏 𝑏2 𝑏3 |
1 𝑏
𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑎𝑏𝑑 𝑐2 1
𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑐 𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑐 𝑐 2 𝑐 3 𝑎𝑏𝑐𝑑 1 𝑐 𝑐2 𝑐3
𝑎𝑏𝑐 𝑑2 1 𝑑 𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑑 𝑑 2 𝑑 3 1 𝑑 𝑑2 𝑑3
1 𝑎 𝑎2 𝑎3
2 3
⇒ |1 𝑏 𝑏2 𝑏3 |
1 𝑐 𝑐 𝑐
1 𝑑 𝑑 𝑑32

Lembrando que o determinante de uma matriz é igual ao determinante da sua transposta,


podemos escrever:
1 𝑎 𝑎2 𝑎3 1 1 1 1
2 3 𝑎 𝑏 𝑐 𝑑
|1 𝑏 𝑏2 𝑏3 | = | 2 |
1 𝑐 𝑐 𝑐 𝑎 𝑏2 𝑐 2 𝑑2
1 𝑑 𝑑2 𝑑3 𝑎3 𝑏3 𝑐 3 𝑑3
Assim, obtemos o determinante de uma matriz de Vandermonde, esse valor é dado por:
1 𝑎 𝑎2 𝑎3
|1 𝑏 𝑏2 𝑏3 | = (𝑑 − 𝑐 )(𝑑 − 𝑏)(𝑑 − 𝑎)(𝑐 − 𝑏)(𝑐 − 𝑎)(𝑏 − 𝑎)
1 𝑐 𝑐2 𝑐3
1 𝑑 𝑑2 𝑑3

2.3.13. Matrizes semelhantes


Uma questão que o ITA pode cobrar é sobre matrizes semelhantes. Vamos explorar
esse tema.
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes quadradas de ordem 𝑛. Dizemos que a matriz 𝐴 é semelhante à
matriz 𝐵 se, e somente se, existe uma matriz inversível 𝑃 tal que satisfaça a seguinte relação:
𝐴 = 𝑃−1 𝐵𝑃

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Se essa relação estiver escrita na prova, podemos afirmar que 𝐴 e 𝐵 são matrizes
semelhantes.
Vejamos o que acontece quando aplicamos o determinante nessa igualdade:
det 𝐴 = det(𝑃−1 𝐵𝑃) ⇒ det 𝐴 = det 𝑃−1 ⋅ det 𝐵 ⋅ det 𝑃
𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐵𝑖𝑛𝑒𝑡

1
Sabemos que det 𝑃 −1 = , substituindo essa identidade na igualdade acima, obtemos:
det 𝑃
1
det 𝐴 = ⋅ det 𝐵 ⋅ det 𝑃
det 𝑃
det 𝐴 = det 𝐵
Portanto, se 𝐴 e 𝐵 são matrizes semelhantes, os determinantes delas são iguais.
Outra informação interessante que podemos extrair é a seguinte:
Seja 𝜆 um número real e 𝐼 a matriz identidade de ordem 𝑛, usando as propriedades matriciais
e a definição de matriz inversa, podemos escrever:
(𝑃−1 𝑃) = 𝑃−1 𝜆𝑃 (𝐼)
𝜆𝐼 = 𝜆 ⏟
𝐼

Vamos somar (𝐼) nos dois lados da seguinte igualdade:


+𝑃−1 𝜆𝑃
−1
𝐴 = 𝑃 𝐵𝑃 ⇒ 𝐴 + 𝑃⏟−1 𝜆𝑃 = 𝑃−1 𝐵𝑃 + 𝑃−1 𝜆𝑃 ⇒ 𝐴 + 𝜆𝐼 = 𝑃−1 (𝐵𝑃 + 𝜆𝑃)
𝜆𝐼

Lembrando que 𝜆 é um número real, para fatorar a expressão à direita, devemos escrever 𝜆𝐼:
⇒ 𝐴 + 𝜆𝐼 = 𝑃−1 (𝐵 + 𝜆𝐼)𝑃
Agora, aplicando o determinante:
det(𝐴 + 𝜆𝐼) = det[𝑃−1 (𝐵 + 𝜆𝐼)𝑃]
det(𝐴 + 𝜆𝐼) = det(𝐵 + 𝜆𝐼)
O ITA já cobrou algo sobre esse resultado. Veja:
(ITA/2017)
1 0 0 7 0 2
Sejam 𝐷 = [0 2 0] e 𝑃 = [0 1 0].
0 0 3 2 0 5
Considere 𝐴 = 𝑃 𝐷𝑃. O valor de 𝑑𝑒𝑡(𝐴2 + 𝐴) é
−1

a) 144.
b) 180.
c) 240.
d) 324.
e) 360.
Comentários

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Usando o Teorema de Binet, temos:


det(𝐴2 + 𝐴) = det[𝐴(𝐴 + 𝐼)] = det 𝐴 ⋅ det(𝐴 + 𝐼)
O enunciado da questão afirma que:
𝐴 = 𝑃−1 𝐷𝑃
Aplicando o determinante:
det 𝐴 = det(𝑃−1 𝐷𝑃) = det 𝑃−1 ⋅ det 𝐷 ⋅ det 𝑃 = det 𝐷
Para calcular o determinante de 𝐴 + 𝐼, vamos somar 𝐼 na identidade dada:
𝐴 + 𝐼 = 𝑃−1 𝐷𝑃 + ⏟
𝐼 ⇒ 𝐴 + 𝐼 = 𝑃−1 𝐷𝑃 + 𝑃 −1 𝑃
𝑃−1 𝑃

𝐴 + 𝐼 = 𝑃 −1 (𝐷𝑃 + 𝑃) = 𝑃−1 (𝐷 + 𝐼)𝑃 ⇒ det(𝐴 + 𝐼) = det(𝐷 + 𝐼)


Dessa forma, precisamos calcular o valor da seguinte expressão:
det(𝐴2 + 𝐴) = det 𝐴 ⋅ det(𝐴 + 𝐼) = det 𝐷 ⋅ det(𝐷 + 𝐼)
Vamos calcular det 𝐷:
01 0
det 𝐷 = |0
0| = 6 2
30 0
2 0 0
det(𝐷 + 𝐼) = |0 3 0| = 24
0 0 4
Substituindo esses resultados na equação, obtemos:
det(𝐴2 + 𝐴) = det 𝐷 ⋅ det(𝐷 + 𝐼) = 6 ⋅ 24 = 144
Gabarito: “a”.

2.4. REGRA DE CHIÓ


A regra de Chió é uma consequência do teorema de Jacobi. Ela permite reduzir a ordem de
um determinante de ordem 𝑛 ≥ 2 em uma unidade. Para usar a regra de Chió, a matriz deve possuir
𝑎11 = 1. Vejamos sua definição.
Seja uma matriz 𝑀 de ordem 𝑛 ≥ 2 representada abaixo:
1 𝑎12 𝑎13 ⋯ 𝑎1𝑛
𝑎21 𝑎22 𝑎23 ⋯ 𝑎2𝑛
𝑀 = 𝑎31 𝑎32 𝑎33 ⋯ 𝑎3𝑛
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
[𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 𝑎𝑛3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 ]

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Vamos calcular o determinante de 𝑀. Aplicando o teorema de Laplace, temos:


𝑥 (−𝑎1𝑛 )


𝑥 (−𝑎13 )

𝑥 (−𝑎12 )
1 𝑎12 𝑎13 ⋯ 𝑎1𝑛
𝑎21 𝑎22 𝑎23 ⋯ 𝑎2𝑛
|
det 𝑀 = | 𝑎31 𝑎32 𝑎33 ⋯ 𝑎3𝑛 ||
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 𝑎𝑛3 ⋯ 𝑎𝑛𝑛
1 0 0 ⋯ 0
𝑎21 𝑎22 − 𝑎21 𝑎12 𝑎23 − 𝑎21 𝑎13 ⋯ 𝑎2𝑛 − 𝑎21 𝑎1𝑛
det 𝑀 = ||𝑎31 𝑎32 − 𝑎31 𝑎12 𝑎33 − 𝑎31 𝑎13 ⋯ 𝑎3𝑛 − 𝑎31 𝑎1𝑛 ||
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑎𝑛1 𝑎𝑛2 − 𝑎𝑛1 𝑎12 𝑎𝑛3 − 𝑎𝑛1 𝑎13 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 − 𝑎𝑛1 𝑎1𝑛
Pelo teorema de Laplace na primeira linha, temos:
𝑎22 − 𝑎21 𝑎12 𝑎23 − 𝑎21 𝑎13 ⋯ 𝑎2𝑛 − 𝑎21 𝑎1𝑛
𝑎32 − 𝑎31 𝑎12 𝑎33 − 𝑎31 𝑎13 ⋯ 𝑎3𝑛 − 𝑎31 𝑎1𝑛
det 𝑀′ = | ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ |
𝑎𝑛2 − 𝑎𝑛1 𝑎12 𝑎𝑛3 − 𝑎𝑛1 𝑎13 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 − 𝑎𝑛1 𝑎1𝑛
det 𝑀′ é um determinante de ordem 𝑛 − 1. Essa é a regra de Chió.
Vamos ver na prática como aplicamos a regra de Chió. Seja 𝑀 a matriz abaixo:
1 2 3 4
3 5 8 10
𝑀=[ ]
2 −1 2 5
4 2 15 11
Como 𝑎11 = 1, podemos aplicar a regra de Chió para calcular det 𝑀.
1 2 3 4
3 5 8 10
det 𝑀 = | |
2 −1 2 5
4 2 15 11
5−3⋅2 8 − 3 ⋅ 3 10 − 3 ⋅ 4 −1 −1 −2
det 𝑀 = |−1 − 2 ⋅ 2 2 − 2 ⋅ 3 5 − 2 ⋅ 4 | = |−5 −4 −3|
2 − 4 ⋅ 2 15 − 4 ⋅ 3 11 − 4 ⋅ 4 −6 3 −5
1 1 2
det 𝑀 = (−1)(−1) | 5 4 3 |
−6 3 −5
Aplicando novamente a regra de Chió:
4−5⋅1 3−5⋅2 −1 −7
det 𝑀 = | |=| | = −7 − (−63) = 56
3 − (−6) ⋅ 1 −5 − (−6) ⋅ 2 9 7

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2.5. CÁLCULO DA MATRIZ INVERSA PELO DETERMINANTE


Veremos aqui um método para calcular a inversa de uma matriz usando o seu determinante.
Preliminarmente, precisamos ver a definição de matriz adjunta e o lema de Cramer.

2.5.1. Matriz adjunta


A matriz adjunta de 𝐴, representada por 𝐴̅ ou 𝑎𝑑𝑗(𝐴), é a transposta da matriz de cofatores,
ou seja,
𝐴̅ = (𝐴′ )𝑡
Sendo a matriz
1 −1
𝐴=[ ],
3 0
temos
0 −3
𝐴′ = [ ].
1 1
Dessa forma,
𝐴̅ = (𝐴′ )𝑡
0 −3 𝑡
𝐴̅ = [ ]
1 1
0 1
𝐴̅ = [ ]
−3 1
que é a matriz adjunta de 𝐴.

2.5.2. Lema de Cramer


Se 𝐴 é uma matriz quadrada de ordem 𝑛 e 𝐼𝑛 é a matriz identidade de ordem 𝑛, então:
𝐴 ⋅ 𝐴̅ = 𝐴̅ ⋅ 𝐴 = det 𝐴 ⋅ 𝐼𝑛
Demonstração:
Sejam 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 , 𝐴′ = (𝐴𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 e 𝐴̅ = (𝐵𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 tal que 𝐵𝑖𝑗 = 𝐴𝑗𝑖 .
Vamos calcular 𝐶 = 𝐴 ⋅ 𝐴̅:
𝑛 𝑛

𝑐𝑖𝑗 = ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝐵𝑘𝑗 = ∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝐴𝑗𝑘


𝑘=1 𝑘=1

Desse modo, temos:

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∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝐴𝑖𝑘 = det 𝐴 ; 𝑠𝑒 𝑖 = 𝑗



𝑘=1
𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐿𝑎𝑝𝑙𝑎𝑐𝑒
𝑐𝑖𝑗 = 𝑛

∑ 𝑎𝑖𝑘 ⋅ 𝐴𝑗𝑘 = 0 ; 𝑠𝑒 𝑖 ≠ 𝑗

𝑘=1
{ 𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑢𝑐ℎ𝑦

Portanto, 𝐶 é a matriz diagonal:


det 𝐴 0 0 ⋯ 0
0 det 𝐴 0 ⋯ 0
𝐶= 0 0 det 𝐴 ⋯ 0 = det 𝐴 ⋅ 𝐼𝑛
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
[ 0 0 0 ⋯ det 𝐴]
Analogamente, seja 𝐷 = 𝐴̅ ⋅ 𝐴:
𝑛 𝑛 𝑛

𝑑𝑖𝑗 = ∑ 𝐵𝑖𝑘 ⋅ 𝑎𝑘𝑗 = ∑ 𝐴𝑘𝑖 ⋅ 𝑎𝑘𝑗 = ∑ 𝑎𝑘𝑗 ⋅ 𝐴𝑘𝑖


𝑘=1 𝑘=1 𝑘=1
𝑛

∑ 𝑎𝑘𝑗 ⋅ 𝐴𝑘𝑖 = det 𝐴 ; 𝑠𝑒 𝑖 = 𝑗



𝑘=1
𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐿𝑎𝑝𝑙𝑎𝑐𝑒
𝑑𝑖𝑗 = 𝑛

∑ 𝑎𝑘𝑗 ⋅ 𝐴𝑘𝑖 = 0 ; 𝑠𝑒 𝑖 ≠ 𝑗

𝑘=1
{ 𝑇𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑢𝑐ℎ𝑦

Logo:
det 𝐴 0 0 ⋯ 0
0 det 𝐴 0 ⋯ 0
𝐷= 0 0 det 𝐴 ⋯ 0 = det 𝐴 ⋅ 𝐼𝑛
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
[ 0 0 0 ⋯ det 𝐴]
Assim, podemos concluir:
𝐴 ⋅ 𝐴̅ = 𝐴̅ ⋅ 𝐴 = det 𝐴 ⋅ 𝐼𝑛

2.5.3. Inversa de uma matriz


Se 𝐴 é uma matriz quadrada de ordem 𝑛 e det 𝐴 ≠ 0, então, 𝐴 é inversível e sua fórmula é
dada por:
1
𝐴−1 = ⋅ 𝐴̅
det 𝐴

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Portanto, para que exista a matriz inversa, precisamos ter, obrigatoriamente, det 𝐴 ≠ 0, caso
contrário, não poderíamos fazer a divisão e, consequentemente, não existiria 𝐴−1 .

Só é inversível a matriz em que det 𝐴 ≠ 0.

Demonstração:
Vamos usar o lema de Cramer:
𝐴 ⋅ 𝐴̅ = det 𝐴 ⋅ 𝐼𝑛
Sendo det 𝐴 uma constante, podemos dividir ambos os lados por esse número e escrever:
1
⇒𝐴⋅(⋅ 𝐴̅) = 𝐼𝑛
det 𝐴
Usando a outra identidade do lema de Cramer:
𝐴̅ ⋅ 𝐴 = det 𝐴 ⋅ 𝐼𝑛
1
⇒( ⋅ 𝐴̅) ⋅ 𝐴 = 𝐼𝑛
det 𝐴
Desse modo:
1 1
𝐴⋅( ⋅ 𝐴̅) = ( ⋅ 𝐴̅) ⋅ 𝐴 = 𝐼𝑛 (1)
det 𝐴 det 𝐴
Pela definição de matriz inversa, temos:
𝐴 ⋅ 𝐴−1 = 𝐴−1 ⋅ 𝐴 = 𝐼𝑛 (2)
Portanto, analisando (1) e (2), podemos ver que:
1
𝐴−1 = ⋅ 𝐴̅
det 𝐴

Vejamos um exemplo:
Vamos calcular a inversa da matriz
1 −1
𝐴=[ ]
3 0
O seu determinante é dado por:
1 −1
det(𝐴) = | |
3 0
det(𝐴) = 1 ∙ 0 − (−1) ∙ 3
det(𝐴) = 0 + 3

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det(𝐴) = 3
Devemos encontrar a matriz adjunta de 𝐴, calculando a matriz dos cofatores, encontramos:
0 −3
𝐴′ = [ ]
1 1
Dessa forma:
𝐴̅ = (𝐴′ )𝑡
0 −3 𝑡
𝐴̅ = [ ]
1 1
0 1
𝐴̅ = [ ]
−3 1
Podemos calcular a inversa de 𝐴.
1
𝐴−1 = . 𝐴̅
det(𝐴)
1 0 1
𝐴−1 = .[ ]
3 −3 1
1 1
.0 .1
−1 3 3
𝐴 =
1 1
. (−3) .1
[3 3 ]
1
0
3
𝐴−1 =
1
[ −1
3]

2.6. CÁLCULO DO DETERMINANTE DE MATRIZES INFINITAS


Esse tópico é para os alunos que vão prestar o vestibular do IME. Essa banca adora cobrar o
cálculo do determinante de matrizes infinitas. Para resolvê-las precisamos encontrar um padrão no
determinante. Vamos ver uma questão do IME e aprender com o passo-a-passo da sua resolução.
(IME/2005) Calcule o determinante da matriz 𝑛 𝑥 𝑛 em função de 𝑏, onde 𝑏 é um número
real tal que 𝑏2 ≠ 1.
𝑏2 + 1 𝑏 0 0 ⋯ 0 0
2
𝑏 𝑏 +1 𝑏 0 ⋯ 0 0
| 2 |
0 𝑏 𝑏 +1 𝑏 ⋯ 0 0
0 0 𝑏 𝑏2 + 1 ⋯ 0 0 𝑛 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠
| ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ |
2
0 0 0 0 ⋯ 𝑏 +1 𝑏
⏟ 0 2
0 0 0 ⋯ 𝑏 𝑏 +1 }
𝑛 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎𝑠

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Resolução:
Vamos definir como Δ𝑛 o determinante de ordem 𝑛 representado acima. Para resolver essa
questão, podemos usar o teorema de Laplace na primeira linha e obter:

Δ𝑛 = (𝑏2 + 1) ⋅ 𝐷11 + 𝑏 ⋅ 𝐷12


𝐷11 e 𝐷12 são os menores complementares dos elementos 𝑎11 = 𝑏2 + 1 e 𝑎12 = 𝑏,
respectivamente.
Pela definição de menor complementar, temos:
a) Encontrando o menor complementar para 𝑎11 = 𝑏2 + 1:

𝑏2 + 1 𝑏 0 ⋯ 0 0
2
𝑏 𝑏 +1 𝑏 ⋯ 0 0
| 2 |
𝐷11 = (−1)1+1 ⋅ 0 𝑏 𝑏 +1 ⋯ 0 0
| ⋮ ⋮ ⋮ ⋱
2
⋮ ⋮ |
0 0 0 ⋯ 𝑏 +1 𝑏
⏟ 0 2
0 0 ⋯ 𝑏 𝑏 +1
Δ𝑛−1

Note que o determinante acima é igual ao determinante Δ𝑛 reduzido de uma ordem. Então:
⇒ 𝐷11 = Δ𝑛−1
b) Encontrando o menor complementar para 𝑎12 = 𝑏:

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Podemos aplicar o teorema de Laplace na primeira coluna do determinante acima:


𝑏2 + 1 𝑏 ⋯ 0 0
2
𝑏 𝑏 +1 ⋯ 0 0
𝐷12 = −𝑏 ⋅ || ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
|
⋮ |
0 0 ⋯ 𝑏2 + 1 𝑏
⏟ 0 2
0 ⋯ 𝑏 𝑏 +1
Δ𝑛−2

⇒ 𝐷12 = −𝑏 ⋅ Δ𝑛−2
Substituindo 𝐷11 e 𝐷12 na equação de Δ𝑛 , obtemos:
Δ𝑛 = (𝑏2 + 1) ⋅ Δ𝑛−1 − 𝑏2 ⋅ Δ𝑛−2
Assim, encontramos a seguinte relação de recorrência:
Δ𝑛 − (𝑏2 + 1) ⋅ Δ𝑛−1 + 𝑏2 ⋅ Δ𝑛−2 = 0
Agora, temos diversos modos de resolvê-la. Veja:
Método 1) Vamos encontrar um padrão no determinante do problema.
Para 𝑛 = 1, temos:
Δ1 = |𝑏2 + 1|
Δ1 = 𝑏2 + 1
Para 𝑛 = 2:
2
Δ2 = |𝑏 + 1 2
𝑏 |
𝑏 𝑏 +1
4 2
Δ2 = 𝑏 + 𝑏 + 1
Para 𝑛 = 3:
𝑏2 + 1 𝑏 0
Δ3 = | 𝑏 2
𝑏 +1 𝑏 |
2
0 𝑏 𝑏 +1
6 4 2
Δ3 = 𝑏 + 𝑏 + 𝑏 + 1
Note que Δ1 , Δ2 e Δ3 podem ser vistos como a soma de uma PG de razão 𝑏2 cujo primeiro
termo é 𝑎1 = 1. Aplicando-se a fórmula da soma da PG nesses determinantes, obtemos:

2
𝑏4 − 1
Δ1 = 𝑏 + 1 = 2
𝑏 −1
4 2
𝑏6 − 1
Δ2 = 𝑏 + 𝑏 + 1 = 2
𝑏 −1

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6
𝑏8 − 1
4 2
Δ3 = 𝑏 + 𝑏 + 𝑏 + 1 = 2
𝑏 −1
Perceba o padrão do valor dos determinantes. Vamos fazer a seguinte suposição e provar
que ela é válida por PIF:
𝑏2𝑛+2 − 1
Δ𝑛 =
𝑏2 − 1
1º) Para 𝑘 = 1, sabemos que ela é válida.
2º) Supondo que seja válida para
𝑏2𝑘+2 − 1 𝑏2𝑘 − 1
Δ𝑘 = e Δ𝑘−1 = 2
𝑏2 − 1 𝑏 −1
Precisamos provar que
𝑏2𝑘+4 − 1
Δ𝑘+1 =
𝑏2 − 1
Usando a equação de recorrência, temos:
Δ𝑘+1 = (𝑏2 + 1) ⋅ Δ𝑘 − 𝑏2 ⋅ Δ𝑘−1
Substituindo os valores de Δ𝑘 e Δ𝑘−1 na equação:

2
𝑏2𝑘+2 − 1 2
𝑏2𝑘 − 1
Δ𝑘+1 = (𝑏 + 1) ⋅ ( 2 )−𝑏 ⋅( 2 )
𝑏 −1 𝑏 −1
(𝑏2𝑘+4 − 𝑏2 + 𝑏2𝑘+2 − 1 − 𝑏2𝑘+2 + 𝑏2 )
Δ𝑘+1 =
𝑏2 − 1
𝑏2𝑘+4 − 1
Δ𝑘+1 =
𝑏2 − 1
Portanto, essa fórmula é válida. Logo, a solução do determinante é dada por:
𝑏2𝑛+2 − 1
Δ𝑛 =
𝑏2 − 1

Método 2) Partindo da fórmula de recorrência:


Δ𝑛 = (𝑏2 + 1) ⋅ Δ𝑛−1 − 𝑏2 ⋅ Δ𝑛−2
Vamos fatorar os termos:
Δ𝑛 − Δ𝑛−1 = 𝑏2 ⋅ (Δ𝑛−1 − Δ𝑛−2 )
Podemos alterar o valor de 𝑛 da relação acima e encontrar:
Δ𝑛−1 − Δ𝑛−2 = 𝑏2 ⋅ (Δ𝑛−2 − Δ𝑛−3 )
Δ𝑛−2 − Δ𝑛−3 = 𝑏2 ⋅ (Δ𝑛−3 − Δ𝑛−4 )

Δ4 − Δ3 = 𝑏2 ⋅ (Δ3 − Δ2 )
Δ3 − Δ2 = 𝑏2 ⋅ (Δ2 − Δ1 )

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Sabemos que Δ1 = 𝑏2 + 1 e Δ2 = 𝑏4 + 𝑏2 + 1. Então:


Δ2 − Δ1 = 𝑏4
Δ3 − Δ2 = 𝑏2 ⋅ (Δ2 − Δ1 ) = 𝑏6
Δ4 − Δ3 = 𝑏2 ⋅ (Δ3 − Δ2 ) = 𝑏8

Note que as diferenças entre os determinantes consecutivos formam uma PG de razão 𝑏2
cujo primeiro termo é 𝑏4 :
(⏟Δ2 − Δ1 , Δ3 − Δ2 , … , Δ𝑛 − Δ𝑛−1 ) 𝑃𝐺 𝑑𝑒 𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑏2
𝑛−1 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠

Aplicando-se a soma da PG, obtemos:


𝑏4 ((𝑏2 )𝑛−1 − 1)
Δ𝑛 − Δ𝑛−1 + Δ𝑛−1 − Δ𝑛−2 + ⋯ + Δ2 − Δ1 =
𝑏2 − 1
𝑏2𝑛+2 − 𝑏4
Δ𝑛 − Δ
⏟1 =
2
𝑏2 − 1
𝑏 +1
2𝑛+2 4
𝑏
−𝑏 2
𝑏2𝑛+2 − 𝑏4 + 𝑏4 − 1
Δ𝑛 = +𝑏 +1=
𝑏2 − 1 𝑏2 − 1
𝑏2𝑛+2 − 1
∴ Δ𝑛 =
𝑏2 − 1
Método 3) Esse método envolve assuntos que você irá aprender quando iniciar seus estudos
no ITA/IME e, por isso, pode ser que você não entenda. Mas, não se preocupe! Apenas tente decorar
as etapas envolvidas. Ele pode ser útil na sua prova e é sempre bom ter uma ferramenta a mais para
resolver as questões.

Vamos encontrar a solução da recorrência:


Δ𝑛 − (𝑏2 + 1) ⋅ Δ𝑛−1 + 𝑏2 ⋅ Δ𝑛−2 = 0
Devemos encontrar a sua equação característica, para isso, faça:
⏟𝑛 − (𝑏2 + 1) ⋅ Δ⏟
Δ 2
𝑛−1 + 𝑏 ⋅ Δ
⏟𝑛−2 = 0
𝑥2 𝑥1 𝑥0

Equação característica:
𝑥 2 − (𝑏 2 + 1)𝑥 + 𝑏 2 = 0
Essa é uma equação do segundo grau. Vamos calcular o valor do discriminante:
Δ = (𝑏2 + 1)2 − 4𝑏2 = 𝑏4 − 2𝑏2 + 1 = (𝑏2 − 1)2
Como o enunciado afirma que 𝑏2 ≠ 1, temos Δ = (𝑏2 − 1)2 > 0. Logo, a equação
característica possui 2 raízes distintas. Então, a solução da recorrência é dada pela seguinte equação:

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Δ𝑛 = 𝑐1 ⋅ 𝑥1𝑛 + 𝑐2 ⋅ 𝑥2𝑛
Onde 𝑥1 , 𝑥2 são as raízes da equação característica e 𝑐1 , 𝑐2 são constantes.
Vamos calcular as raízes:
(𝑏2 + 1) ± √(𝑏2 − 1)2 𝑏2 + 1 ± (𝑏2 − 1)
𝑥1,2 = =
2 2
2
𝑥1 = 𝑏 e 𝑥2 = 1
Substituindo na fórmula de Δ𝑛 :
Δ𝑛 = 𝑐1 ⋅ 𝑏2𝑛 + 𝑐2
Agora, precisamos encontrar o valor das constantes 𝑐1 e 𝑐2 .
Para 𝑛 = 1, temos:
⏟1 = 𝑐1 ⋅ 𝑏2 + 𝑐2
Δ
𝑏2 +1

𝑐1 ⋅ 𝑏2 + 𝑐2 = 𝑏2 + 1
Para 𝑛 = 2:
Δ
⏟2 = 𝑐1 ⋅ 𝑏4 + 𝑐2
𝑏4 +𝑏2 +1

𝑐1 ⋅ 𝑏4 + 𝑐2 = 𝑏4 + 𝑏2 + 1
Assim, temos o seguinte sistema:
𝑐1 ⋅ 𝑏2 + 𝑐2 = 𝑏2 + 1 (𝐼)
{
𝑐1 ⋅ 𝑏4 + 𝑐2 = 𝑏4 + 𝑏2 + 1 (𝐼𝐼)
Fazendo (𝐼𝐼) − (𝐼):
𝑏2
𝑐1 (𝑏4 − 𝑏2 ) = 𝑏4 ⇒ 𝑐1 =
𝑏2 − 1
Substituindo o valor de 𝑐1 em (𝐼):
𝑏2 2 2 2
𝑏4 1
2
⋅ 𝑏 + 𝑐2 = 𝑏 + 1 ⇒ 𝑐2 = 𝑏 + 1 − 2 =− 2
𝑏 −1 𝑏 −1 𝑏 −1
Desse modo, obtemos:
𝑏2 1
Δ𝑛 = ( 2 ) ⋅ 𝑏2𝑛 + (− 2 )
𝑏 −1 𝑏 −1
𝑏2𝑛+2 − 1
Δ𝑛 =
𝑏2 − 1

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3. LISTA DE QUESTÕES

ITA
14. (ITA/2019)
Considere as seguintes afirmações a respeito de matrizes 𝐴 de ordem 𝑛 𝑥 𝑛 inversiveis, tais
que os seus elementos e os de sua inversa sejam todos números inteiros:
I. |𝑑𝑒𝑡(𝐴)| = 1.
II. 𝐴𝑇 = 𝐴−1 .
III. 𝐴 + 𝐴−1 é uma matriz diagonal.
É(são) sempre VERDADEIRA(S)
a) apenas I.
b) apenas III.
c) apenas I e II.
d) apenas I e III.
e) todas.

15. (ITA/2018)
Uma progressão aritmética (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 ) satisfaz a propriedade: para cada 𝑛 ∈ ℕ, a soma da
𝑎1 𝑎2 𝑎3
progressão é igual a 2𝑛2 + 5𝑛. Nessas condições, o determinante da matriz [ 𝑎4 𝑎5 𝑎6 ]
𝑎7 + 2 𝑎8 𝑎9
é
a) −96.
b) −85.
c) 63.
d) 99.
e) 115.

16. (ITA/2018)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes quadradas 𝑛 𝑥 𝑛 tais que 𝐴 + 𝐵 = 𝐴 ⋅ 𝐵 e 𝐼𝑛 a matriz identidade 𝑛 𝑥 𝑛.
Das afirmações:

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 68


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I. 𝐼𝑛 − 𝐵 é inversível;
II. 𝐼𝑛 − 𝐴 é inversível;
III. 𝐴 ⋅ 𝐵 = 𝐵 ⋅ 𝐴.
é (são) verdadeira(s)
a) Somente I.
b) Somente II.
c) Somente III.
d) Somente I e II.
e) Todas.

17. (ITA/2017)
1 0 0 7 0 2
Sejam 𝐷 = [0 2 0] e 𝑃 = [0 1 0].
0 0 3 2 0 5
Considere 𝐴 = 𝑃−1 𝐷𝑃. O valor de 𝑑𝑒𝑡(𝐴2 + 𝐴) é
a) 144.
b) 180.
c) 240.
d) 324.
e) 360.

18. (ITA/2016)
1 −1 2 1
Se 𝑀 = [ ]e𝑁 =[ ], então 𝑀𝑁 𝑇 − 𝑀−1 𝑁 é igual a
2 0 −1 3
3 5

a) [25 2
3]

2 2
3 1

b) [27 2
5]

2 2
3 11

2 2
c) [13 5]

2 2
3 5

2 2
d) [13 3]

2 2

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3 11

2 2
e) [13 3]

2 2

19. (ITA/2016)
1 0
Seja 𝐴 a matriz de ordem 3𝑥2, dada por 𝐴 = [0 1].
1 1
a) Determine todas as matrizes 𝐵 tais que 𝐵𝐴 = 𝐼2 .
b) Existe uma matriz 𝐵 com 𝐵𝐴 = 𝐼2 que satisfaça 𝐵𝐵𝑇 = 𝐼2 ? Se sim, dê um exemplo de uma
dessas matrizes.

20. (ITA/2015)
Seja 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )5𝑥5 a matriz tal que 𝑎𝑖𝑗 = 2𝑖−1 (2𝑗 − 1), 1 ≤ 𝑖, 𝑗 ≤ 5. Considere as afirmações a
seguir:
I. Os elementos de cada linha 𝑖 formam uma progressão aritmética de razão 2𝑖 .
II. Os elementos de cada coluna 𝑗 formam uma progressão geométrica de razão 2.
III. 𝑡𝑟𝐴 é um número primo.
É (são) verdadeira(s)
a) apenas I.
b) apenas I e II.
c) apenas II e III.
d) apenas I e III.
e) I, ll e III.

21. (ITA/2014)
Seja 𝑀 uma matriz quadrada de ordem 3, inversivel, que satisfaz a igualdade
23
det(2𝑀2 ) − det(√2𝑀3 ) =
det (3𝑀).
9
Então, um valor possível para o determinante da inversa de 𝑀 é
a) 1/3
b) 1/2
c) 2/3
d) 4/5
e) 5/4

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22. (ITA/2014)
Considere as seguintes afirmações sobre as matrizes quadradas 𝐴 e 𝐵 de ordem 𝑛, com 𝐴
inversível e 𝐵 antissimétrica:
I. Se o produto 𝐴𝐵 for inversível, então 𝑛 é par;
II. Se o produto 𝐴𝐵 não for inversível, então 𝑛 é ímpar;
III. Se 𝐵 for inversível, então 𝑛 é par.
Destas afirmações, é (são) verdadeira(s)
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) Todas.
23. (ITA/2014)
2𝑒 −2𝑡 −𝑒 2𝑡 −1
Considere a equação 𝐴(𝑡 ) ⋅ 𝑋 = 𝐵(𝑡), 𝑡 ∈ ℝ, em que 𝐴(𝑡 ) = [ −1 1 1 ],𝑋 =
−3 1 2
𝑥 𝑒𝑡
[𝑦] e 𝐵(𝑡 ) = [−√2]. Sabendo que det 𝐴(𝑡) = 1 e 𝑡 ≠ 0, os valores de 𝑥, 𝑦 e 𝑧 são,
𝑧 0
respectivamente,
a) 2√2, 0, −3√2.
b) −2√2, 0, −3√2.
c) 0, 3√2, 2√2.
d) 0,2√3, √3.
e) 2√3, −√3, 0.

24. (ITA/2013)
Considere 𝐴 ∈ 𝑀5𝑥5 (ℝ) com det(𝐴) = √6 e 𝛼 ∈ ℝ\{0}. Se det(𝛼𝐴𝑡 𝐴𝐴𝑡 ) = √6𝛼 2 , o valor de
𝛼é
a) 1/6
b) √6/6
3
c) √36/6
d) 1
e) √216

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25. (ITA/2012)
Considere a matriz quadrada 𝐴 em que os termos da diagonal principal são 1,1 + 𝑥1 , 1 +
𝑥2 , … ,1 + 𝑥𝑛 e todos os outros termos são iguais a 1. Sabe-se que (𝑥1 , 𝑥2 , … , 𝑥𝑛 ) é uma
progressão geométrica cujo primeiro termo é 1/2 e a razão é 4. Determine a ordem da matriz
𝐴 para que o seu determinante seja igual a 256.

26. (ITA/2011)
Determine todas as matrizes 𝑀 ∈ 𝕄2𝑥2 (ℝ) tais que 𝑀𝑁 = 𝑁𝑀, ∀𝑁 ∈ 𝕄2𝑥2 (ℝ).

27. (ITA/2010)
Sobre os elementos da matriz
𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4
𝑦 𝑦2 𝑦3 𝑦4
𝐴=[ 1 ] ∈ 𝑀4𝑥4 (ℝ)
0 0 0 1
1 0 0 0
sabe-se que (𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 , 𝑥4 ) e (𝑦1 , 𝑦2 , 𝑦3 , 𝑦4 ) são duas progressões geométricas de razão 3 e 4
e de soma 80 e 255, respectivamente, então, det(𝐴−1 ) e o elemento (𝐴−1 )23 valem,
respectivamente,
1
a) e 12
72
1
b) − e −12
72
1
c) − e 12
72
1 1
d) − e
72 12
1 1
e) e
72 12

28. (ITA/2008)
Uma matriz real quadrada 𝐴 é ortogonal se 𝐴 é inversível e 𝐴−1 = 𝐴𝑡 . Determine todas as
matrizes 2𝑥2 que são simétricas e ortogonais, expressando-as, quando for o caso, em termos
de seus elementos que estão fora da diagonal principal.

29. (ITA/2008)
Sejam 𝐴 e 𝐶 matrizes 𝑛 𝑥 𝑛 inversíveis tais que det(𝐼 + 𝐶 −1 𝐴) = 1/3 e det 𝐴 = 5. Sabendo-se
que 𝐵 = 3(𝐴−1 + 𝐶 −1 )𝑡 , então o determinante de 𝐵 é igual a
a) 3𝑛
3𝑛
b) 2 ⋅ ( 2 )
5

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 72


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c) 1/5
3𝑛−1
d)
5

e) 5 ⋅ 3𝑛−1

30. (ITA/2006)
Sejam as matrizes
1 0 1/2 −1 1 3 −1/2 1
−2 5 2 −3 1 −2 −2 3
𝐴=[ ]e𝐵 =[ ]
1 −1 2 1 −1 1 1 1
−5 1 3/2 0 5 −1 1/2 5
Determine o elemento 𝑐34 da matriz 𝐶 = (𝐴 + 𝐵)−1 .

31. (ITA/2006)
𝑎 𝑏 𝑐 −2𝑎 −2𝑏 −2𝑐
Se det 𝑝
[ 𝑞 𝑟] = −1, então o valor do det [2𝑝 + 𝑥 2𝑞 + 𝑦 2𝑟 + 𝑧] é igual a
𝑥 𝑦 𝑧 3𝑥 3𝑦 3𝑧
a) 0
b) 4
c) 8
d) 12
e) 16

32. (ITA/2005)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes 2𝑥2 tais que 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴 e que satisfazem à equação matricial 𝐴2 + 2𝐴𝐵 −
𝐵 = 0. Se 𝐵 é inversível, mostre que (a) 𝐴𝐵−1 = 𝐵−1 𝐴 e que (b) 𝐴 é inversível.

33. (ITA/2004)
Considere as afirmações dadas a seguir, em que 𝐴 é uma matriz quadrada 𝑛𝑥𝑛, 𝑛 ≥ 2:
I. O determinante de 𝐴 é nulo se, e somente se, 𝐴 possui uma linha ou uma coluna nula.
II. Se 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 ) é tal que 𝑎𝑖𝑗 = 0 para 𝑖 > 𝑗, com 𝑖, 𝑗 = 1, 2, … , 𝑛, então det 𝐴 = 𝑎11 𝑎22 … 𝑎𝑛𝑛 .
III. Se 𝐵 for obtida de 𝐴, multiplicando-se a primeira coluna por √2 + 1 e a segunda por √2 −
1, mantendo-se inalteradas as demais colunas, então det 𝐵 = det 𝐴.
Então, podemos afirmar que é (são) verdadeira(s)
a) apenas II.
b) apenas III.

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c) apenas I e II.
d) apenas II e III.
e) todas.

34. (ITA/2004)
Seja 𝑥 ∈ ℝ e a matriz
2𝑥 (𝑥 2 + 1)−1
𝐴=[ ]
2𝑥 log 2 5
Assinale a opção correta.
a) ∀𝑥 ∈ ℝ, 𝐴 possui inversa.
b) Apenas para 𝑥 > 0, 𝐴 possui inversa.
c) São apenas dois os valores de 𝑥 para os quais 𝐴 possui inversa.
d) Não existe valor de 𝑥 para o qual 𝐴 possui inversa.
e) Para 𝑥 = log 2 5 , 𝐴 não possui inversa.

35. (ITA/2004)
Se 𝐴 é uma matriz real, considere as definições:
I. Uma matriz quadrada 𝐴 é ortogonal se e só se 𝐴 for inversível e 𝐴−1 = 𝐴𝑡 .
II. Uma matriz quadrada 𝐴 é diagonal se e só se 𝑎𝑖𝑗 = 0, para todo 𝑖, 𝑗 = 1, … , 𝑛, com 𝑖 ≠ 𝑗.
Determine as matrizes quadradas de ordem 3 que são, simultaneamente, diagonais e
ortogonais.

36. (ITA/2003)
Sejam 𝐴 e 𝑃 matrizes 𝑛 𝑥 𝑛 inversíveis e 𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃.
Das afirmações:
I. 𝐵𝑡 é inversível e (𝐵𝑡 )−1 = (𝐵−1 )𝑡 .
II. Se 𝐴 é simétrica, então 𝐵 também o é.
III. det(𝐴 − 𝜆𝐼) = det(𝐵 − 𝜆𝐼) , ∀𝜆 ∈ ℝ.
é(são) verdadeira(s):
a) todas.
b) apenas I.
c) apenas I e II.
d) apenas I e III.

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e) apenas II e III.

37. (ITA/2003)
Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑑 números reais não-nulos. Exprima o valor do determinante da matriz
𝑏𝑐𝑑 1 𝑎 𝑎2
[ 𝑎𝑐𝑑 1 𝑏 𝑏2 ]
𝑎𝑏𝑑 1 𝑐 𝑐2
𝑎𝑏𝑐 1 𝑑 𝑑2
na forma de um produto de números reais.

38. (ITA/2002)
Seja 𝐴 uma matriz real 2𝑥2. Suponha que 𝛼 e 𝛽 sejam dois números distintos, e 𝑉 e 𝑊 duas
matrizes reais 2𝑥1 não-nulas, tais que 𝐴𝑉 = 𝛼𝑉 e 𝐴𝑊 = 𝛽𝑊.
Se 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ são tais que 𝑎𝑉 + 𝑏𝑊 é igual à matriz nula 2𝑥1, então 𝑎 + 𝑏 vale
a) 0.
b) 1.
c) −1.
d) 1/2.
e) −1/2.

39. (ITA/2002)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes quadradas de ordem 𝑛 tais que 𝐴𝐵 = 𝐴 e 𝐵𝐴 = 𝐵.
Então, [(𝐴 + 𝐵)𝑡 ]2 é igual a
a) (𝐴 + 𝐵)2 .
b) 2(𝐴𝑡 ⋅ 𝐵𝑡 ).
c) 2(𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 ).
d) 𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 .
e) 𝐴𝑡 𝐵𝑡 .

40. (ITA/2002)
Seja a matriz
𝑐𝑜𝑠25° 𝑠𝑒𝑛65°
[ ]
𝑠𝑒𝑛120° 𝑐𝑜𝑠390°
O valor de seu determinante é

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2√2
a)
3
3√3
b)
2
√3
c)
2

d) 1
e) 0

41. (ITA/2001)
Considere a matriz
1 1 1 1
1 2 3 4
𝐴=[ ]
1 4 9 16
1 8 27 64
A soma dos elementos da primeira coluna da matriz inversa de 𝐴 é:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

42. (ITA/2001)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes 𝑛 𝑥 𝑛, e 𝐵 uma matriz simétrica. Dadas as afirmações:
(I) 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴𝑡 é simétrica.
(II) (𝐴 + 𝐴𝑡 + 𝐵) é simétrica.
(III) 𝐴𝐵𝐴𝑡 é simétrica.
temos que:
a) apenas (I) é verdadeira.
b) apenas (II) é verdadeira.
c) apenas (III) é verdadeira.
d) apenas (I) e (III) são verdadeiras.
e) todas as afirmações são verdadeiras.

43. (ITA/2000)
Considere as matrizes mostradas na figura adiante

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1 −1 3 1 0 2 0 𝑥
𝑀 = ( 0 1 0 ) , 𝑁 = ( 3 2 0 ) , 𝑃 = ( 1 ) e 𝑋 = (𝑦 )
2 3 1 1 1 1 0 𝑧
Se 𝑋 é solução de 𝑀−1 𝑁𝑋 = 𝑃, então 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 é igual a
a) 35.
b) 17.
c) 38.
d) 14.
e) 29.

44. (ITA/2000)
Sendo 𝑥 um número real positivo, considere as matrizes mostradas na figura a seguir
log 1 𝑥 log 1 𝑥 2 1
𝐴=( 3 3 )
0 − log 3 𝑥 1
0 log 1 𝑥 2
3
𝐵=( 1 0 )
−3 log 1 𝑥 −4
3

A soma de todos os valores de 𝑥 para os quais (𝐴𝐵) = (𝐴𝐵)𝑡 é igual a


25
a)
3
28
b)
3
32
c)
3
27
d)
2
25
e)
2

45. (ITA/2000)
Considere as matrizes reais mostradas na figura adiante
𝑎 0 0 1 0 0
𝑀 = ( 0 𝑏 1) e 𝐼 = ( 0 1 0)
0 0 𝑐 0 0 1
em que 𝑎 ≠ 0 e 𝑎, 𝑏 e 𝑐 formam, nesta ordem, uma progressão geométrica de razão 𝑞 > 0.
Sejam 𝜆1 , 𝜆2 e 𝜆3 as raízes da equação det(𝑀 − 𝜆𝐼) = 0. Se 𝜆1 𝜆2 𝜆3 = 𝑎 e 𝜆1 + 𝜆2 + 𝜆3 = 7𝑎,
então 𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 é igual a
a) 21/8

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b) 91/9
c) 36/9
d) 21/16
e) 91/36

46. (ITA/1999)
Sejam 𝑥, 𝑦 e 𝑧 números reais com 𝑦 ≠ 0. Considere a matriz inversível
𝑥 1 1
𝐴 = [𝑦 0 0]
𝑧 −1 1
Então:
a) A soma dos termos da primeira linha de 𝐴−1 é igual a 𝑥 + 1.
b) A soma dos termos da primeira linha de 𝐴−1 é igual a 0.
c) A soma dos termos da primeira coluna de 𝐴−1 é igual a 1.
d) O produto dos termos da segunda linha de 𝐴−1 é igual a 𝑦.
e) O produto dos termos da terceira coluna de 𝐴−1 é igual a 1.

47. (ITA/1999)
Considere as matrizes
1 0 −1 1 0 𝑥 1
𝐴=[ ],𝐼 = [ ] , 𝑋 = [𝑦] , 𝐵 = [ ].
0 −1 2 0 1 2
𝑡
Se 𝑥 e 𝑦 são soluções do sistema (𝐴𝐴 − 3𝐼)𝑋 = 𝐵, então 𝑥 + 𝑦 é igual a:
a) 2
b) 1
c) 0
d) −1
e) −2

48. (ITA/1998)
Sejam as matrizes reais de ordem 2,
2+𝑎 𝑎 1 1
𝐴=[ ] e 𝐵=[ ]
1 1 𝑎 2+𝑎
Então, a soma dos elementos da diagonal principal de (𝐴𝐵)−1 é igual a:
a) 𝑎 + 1
b) 4(𝑎 + 1)

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1
c) (5 + 2𝑎 + 𝑎2 )
4
1
d) (1 + 2𝑎 + 𝑎2 )
4
1
e) (5 + 2𝑎 + 𝑎2 )
2

49. (ITA/1998)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes reais quadradas de ordem 2 que satisfazem a seguinte propriedade:
existe uma matriz 𝑀 inversível tal que: 𝐴 = 𝑀 −1 𝐵𝑀.
Então:
a) det(−𝐴𝑡 ) = det 𝐵
b) det 𝐴 = − det 𝐵
c) det(2𝐴) = 2 det 𝐵
d) Se det 𝐵 ≠ 0 então det(−𝐴𝐵) < 0
e) det(𝐴 − 𝐼) = − det(𝐼 − 𝐵)

50. (ITA/1997)
Considere as matrizes
2 0 1 −1 0 1
𝐴 = (0 2 0) e 𝐵 = ( 0 −2 0 )
1 0 2 1 0 −1
Sejam 𝜆0 , 𝜆1 e 𝜆2 as raízes da equação det(𝐴 − 𝜆𝐼3 ) = 0 com 𝜆0 ≤ 𝜆1 ≤ 𝜆2 .
Considere as afirmações
(I) 𝐵 = 𝐴 − 𝜆0 𝐼3
(II) 𝐵 = (𝐴 − 𝜆1 𝐼3 )𝐴
(III) 𝐵 = 𝐴(𝐴 − 𝜆2 𝐼3 )
Então
a) todas as afirmações são falsas.
b) todas as afirmações são verdadeiras.
c) apenas (I) é falsa.
d) apenas (II) é falsa.
e) apenas (III) é verdadeira.

51. (ITA/1996)
Seja 𝑎 ∈ ℝ e considere as matrizes reais 2𝑥2,

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 79


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3𝑎 −1 7𝑎−1 8𝑎−3 ]
𝐴=[ ] e 𝐵 = [
−1 3𝑎 7 2−3
O produto 𝐴𝐵 será inversível se e somente se:
a) 𝑎2 − 5𝑎 + 6 ≠ 0
b) 𝑎2 − 5𝑎 ≠ 0
c) 𝑎2 − 3𝑎 ≠ 0
d) 𝑎2 − 2𝑎 + 1 ≠ 0
e) 𝑎2 − 2𝑎 ≠ 0

52. (ITA/1996)
Considere 𝐴 e 𝐵 matrizes reais 2𝑥2, arbitrárias. Das afirmações a seguir assinale a verdadeira.
Justifique a afirmação verdadeira e dê exemplo para mostrar que cada uma das demais é falsa.
a) Se 𝐴 é não nula então 𝐴 possui inversa.
b) (𝐴𝐵)𝑡 = 𝐴𝑡 𝐵𝑡
c) det(𝐴𝐵) = det(𝐵𝐴)
d) det 𝐴2 = 2 det 𝐴
e) (𝐴 + 𝐵)(𝐴 − 𝐵) = 𝐴2 − 𝐵2

53. (ITA/1995)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes reais 3𝑥3. Se 𝑡𝑟(𝐴) denota a soma dos elementos da diagonal principal
de 𝐴, considere as afirmações:
[(I)] 𝑡𝑟(𝐴𝑡 ) = 𝑡𝑟(𝐴)
[(II)] Se 𝐴 é inversível, então 𝑡𝑟(𝐴) ≠ 0.
[(III)] 𝑡𝑟(𝐴 + 𝜆𝐵) = 𝑡𝑟(𝐴) + 𝜆𝑡𝑟(𝐵), para todo 𝜆 ∈ ℝ.
Temos que:
a) todas as afirmações são verdadeiras.
b) todas as afirmações são falsas.
c) apenas a afirmação (I) é verdadeira.
d) apenas a afirmação (II) é falsa.
e) apenas a afirmação (III) é falsa.

54. (ITA/1995)
Dizemos que duas matrizes 𝑛 𝑥 𝑛 𝐴 e 𝐵 são semelhantes se existe uma matriz 𝑛 𝑥 𝑛 inversível
𝑃 tal que 𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃. Se 𝐴 e 𝐵 são matrizes semelhantes quaisquer, então:

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 80


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a) 𝐵 é sempre inversível.
b) se 𝐴 é simétrica, então 𝐵 também é simétrica.
c) 𝐵2 é semelhante a 𝐴.
d) se 𝐶 é semelhante a 𝐴, então 𝐵𝐶 é semelhante a 𝐴2 .
e) det(𝜆𝐼 − 𝐵) = det(𝜆𝐼 − 𝐴), onde 𝜆 é um real qualquer.

IME
55. (IME/2019)
Calcule o valor do determinante:
4 2 1
| log 81 log 900 log 300 |
(log 9)2 2 + 4 log 3 + 2(log 3)2 (log 3 + 2)2
a) 1
b) 2
c) 4
d) 8
e) 16

56. (IME/2018)
Sejam 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 e 𝑥4 os quatro primeiros termos de uma P.A. com 𝑥1 = 𝑥 e razão 𝑟, com 𝑥, 𝑟 ∈
ℝ. O determinante de
𝑥1 𝑥1 𝑥1 𝑥1
𝑥1 𝑥2 𝑥2 𝑥2
|𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 |
1 2 3 3
𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4
é
a) 0
b) 𝑥 4 ⋅ 𝑟
c) 𝑥 4 ⋅ 𝑟 3
d) 𝑥 ⋅ 𝑟 4
e) 𝑥 ⋅ 𝑟 3

57. (IME/2017)

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 81


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Seja 𝑀 uma matriz real 2𝑥2. Defina uma função 𝑓 na qual cada elemento da matriz se desloca
𝑎 𝑏
para a posição seguinte no sentido horário, ou seja, se 𝑀 = ( ), implica que 𝑓 (𝑀 ) =
𝑐 𝑑
𝑐 𝑎
( ).
𝑑 𝑏
Encontre todas as matrizes simétricas 2𝑥2 reais na qual 𝑀2 = 𝑓 (𝑀).

58. (IME/2017)
1 𝑎 −2
Seja 𝐴 = [𝑎 − 2 1 1 ] com 𝑎 ∈ ℝ. Sabe-se que det(𝐴2 − 2𝐴 + 𝐼) = 16. A soma dos
2 −3 1
valores de 𝑎 que satisfazem essa condição é:
Obs.: det(𝑋 ) denota o determinante da matriz 𝑋
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) 4

59. (IME/2016)
𝑎 𝑏
Seja 𝐴 = [ ]. O maior valor de 𝑎, com 𝑎 ≠ 1, que satisfaz 𝐴24 = 𝐼 é:
−𝑏 𝑎
Observação: 𝐼 é a matriz identidade 2𝑥2.
1
a)
2
√2
b)
2
√3
c)
2
√2
d) (√3 − 1)
4
√2
e) (√3 + 1)
4

60. (IME/2015)
Sejam 𝑆 = 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 e 𝑃 = 𝑎 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑐. Calcule o determinante abaixo unicamente em função de
𝑆 e 𝑃.
𝑎 2 + (𝑏 + 𝑐 )2 2𝑏2 (𝑎 + 𝑏 ) 2 + 𝑐 2
| 2𝑎2 (𝑎 + 𝑐 )2 + 𝑏 2 (𝑎 + 𝑏 ) 2 + 𝑐 2 |
𝑎2 𝑏2 (𝑎 + 𝑏 ) 2

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 82


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61. (IME/2015)
Dada a matriz 𝐴, a soma do módulo dos valores de 𝑥 que tornam o determinante da matriz 𝐴
nulo é:
1 2𝑥 0 0
𝑥2 1 𝑥−1 2
𝐴=[ ]
1 𝑥+4 0 0
𝑥 −1 1 𝑥−2
a) 7
b) 8
c) 9
d) 10
e) 11

62. (IME/2014)
𝑎 𝑏 𝑐
Seja a matriz 𝐴 = [𝑏 𝑐 𝑎], em que 𝑎, 𝑏 e 𝑐 são números reais positivos satisfazendo 𝑎𝑏𝑐 =
𝑐 𝑎 𝑏
1. Sabe-se que 𝐴𝑇 𝐴 = 𝐼, em que 𝐴𝑇 é a matriz transposta de 𝐴 e 𝐼 é a matriz identidade de 3ª
ordem. O produto dos possiveis valores de 𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 é
a) 2
b) 4
c) 6
d) 8
e) 10

63. (IME/2013)
1 2 3
Seja Δ o determinante da matriz [𝑥 𝑥2 𝑥 3 ]. O número de possíveis valores de 𝑥 reais que
𝑥 𝑥 1
anulam Δ é
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) 4

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64. (IME/2012)
São dadas as matrizes quadradas inversiveis 𝐴, 𝐵 e 𝐶, de ordem 3. Sabe-se que o determinante
1
de 𝐶 vale (4 − 𝑥), onde 𝑥 é um número real, o determinante da matriz inversa de 𝐵 vale − e
3
que (𝐶𝐴𝑡 )𝑡 = 𝑃−1 𝐵𝑃, onde 𝑃 é uma matriz inversível.
0 0 1
Sabendo que 𝐴 = (3 𝑥 0), determine os possíveis valores de 𝑥.
1 0 0
𝑡
Obs.: (𝑀) é a matriz transposta de 𝑀.
a) −1 e 3
b) 1 e −3
c) 2 e 3
d) 1 e 3
e) −2 e −3

65. (IME/2012)
Calcule as raízes de 𝑓(𝑥) em função de 𝑎, 𝑏 e 𝑐, sendo 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑥 ∈ ℝ (real) e
𝑥 𝑎 𝑏 𝑐
𝑎 𝑥 𝑐 𝑏
𝑓 (𝑥 ) = | |.
𝑏 𝑐 𝑥 𝑎
𝑐 𝑏 𝑎 𝑥

66. (IME/2010)
𝑦2 + 𝑧2 𝑥𝑦 𝑥𝑧
2 2
Demonstre que a matriz ( 𝑥𝑦 𝑥 +𝑧 𝑦𝑧 ), onde 𝑥, 𝑦, 𝑧 ∈ ℕ, pode ser escrita
𝑥𝑧 𝑦𝑧 𝑥 + 𝑦2
2

como o quadrado de uma matriz simétrica, com traço igual a zero, cujos elementos pertencem
ao conjunto dos números naturais.
Obs.: Traço de uma matriz é a soma dos elementos de sua diagonal principal.

67. (IME/2010)
Considere o determinante de uma matriz de ordem 𝑛, definido por:
1 1 1 1 … 1 1
−1 3 0 0 … 0 0
|0 −1 3 0 … 0 0|
Δ𝑛 = 0 0 −1 3 … 0 0
|… … … … … … …|
0 0 0 0 … 3 0
0 0 0 0 … −1 3

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Sabendo que Δ1 = 1, o valor de Δ10 é


a) 59049
b) 48725
c) 29524
d) 9841
e) 364

68. (IME/2009)
Seja 𝐴 uma matriz quadrada inversível de ordem 4 tal que o resultado da soma (𝐴4 + 3𝐴3 ) é
uma matriz de elementos nulos. O valor do determinante de 𝐴 é
a) −81
b) −27
c) −3
d) 27
e) 81

69. (IME/2008)
Assinale a opção correspondente ao valor da soma das raízes reais da equação:
log 𝑥 log 𝑥 log 𝑥
|log 6𝑥 log 3𝑥 cos 𝑥 | = 0
1 1 log 2 𝑥
a) 1,0
b) 𝜋
c) 10,0
d) 11,0
e) 11,1

70. (IME/2007)
Seja a matriz 𝐷 dada por:
1 1 1
𝐷=[ 𝑝 𝑞 𝑟 ]
𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂) 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂)
na qual 𝑝, 𝑞 e 𝑟 são lados de um triângulo cujos ângulos opostos são, respectivamente,
𝑃̂, 𝑄̂ e 𝑅̂. O valor do determinante de 𝐷 é

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a) −1
b) 0
c) 1
d) 𝜋
e) 𝑝 + 𝑞 + 𝑟

71. (IME/2007)
3 1
1 0
Considere as matrizes 𝐴 = [41 4
3] e 𝐵 = [0 1 ], e seja 𝑃 uma matriz inversível tal que 𝐵 =
2
4 4
𝑃−1 𝐴𝑃. Sendo 𝑛 um número natural, calcule o determinante da matriz 𝐴𝑛 .

72. (IME/2006)
Seja 𝐷𝑛 = det(𝐴𝑛 ), onde
2 −1 0 0 ⋯ 0 0
−1 2 −1 0 ⋯ 0 0
0 −1 2 −1 ⋯ 0 0
𝐴𝑛 =
⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
[0 0 0 0 ⋯ −1 2 ]𝑛𝑥𝑛
Determine 𝐷𝑛 em função de 𝑛 (𝑛 ∈ ℕ, 𝑛 ≥ 1).

73. (IME/2004)
Calcule o número natural 𝑛 que torna o determinante abaixo igual a 5.
1 −1 0 0
0 1 −1 0
| |
0 0 1 −1
log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 + 1) log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1)

74. (IME/2002)
Uma matriz quadrada é denominada ortogonal quando a sua transposta é igual a sua inversa.
Considerando esta definição, determine se a matriz [𝑅], abaixo, é uma matriz ortogonal,
sabendo-se que 𝑛 é um número inteiro e 𝛼 é um ângulo qualquer. Justifique a sua resposta.
cos(𝑛𝛼) −sen(𝑛𝛼) 0
[𝑅] = [sen(𝑛𝛼) cos(𝑛𝛼) 0]
0 0 1

75. (IME/2000)

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Calcule o determinante:
1 1 1 1 1 1 1
1 3 1 1 1 1 1
|1 1 5 1 1 1 1|
𝐷= 1 1 1 7 1 1 1
|1 1 1 1 9 1 1|
1 1 1 1 1 11 1
1 1 1 1 1 1 13

76. (IME/1999)
6 0
Determine uma matriz não singular 𝑃 que satisfaça a equação matricial 𝑃−1 𝐴 = [ ],
0 −1
1 2
onde 𝐴 = [ ].
5 4

77. (IME/1994)
Um aluno, ao inverter a matriz
1 𝑎 𝑏
𝐴 = [0 𝑐 𝑑 ] = [𝑎𝑖𝑗 ], 1 ≤ 𝑗, 𝑗 ≤ 3
4 𝑒 𝑓
cometeu um engano, e considerou o elemento 𝑎13 igual a 3, de forma que acabou invertendo
a matriz
1 𝑎 𝑏
𝐵 = [0 𝑐 𝑑 ] = [𝑏𝑖𝑗 ]
3 𝑒 𝑓
Com esse engano o aluno encontrou
5/2 0 −1/2
−1
𝐵 =[ 3 1 −1 ]
−5/2 0 1/2
Determinar 𝐴−1 .
Obs.: O elemento (3,1) de 𝐵−1 deve ser −3/2.

78. (IME/1993)
Determine os valores de 𝑥 para que:
𝑥 2 4 6
𝑥 𝑥+2 0 10
| 2 |=0
𝑥 0 4𝑥 4
𝑥 4 10 𝑥−2

79. (IME/1992)

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Calcule o valor do determinante abaixo:


𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
| 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 |
𝐷𝑛 =
| 𝑚 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥

80. (IME/1991)
Determine todas as matrizes 𝑋 reais, de dimensões 2𝑥2, tais que 𝐴𝑋 = 𝑋𝐴, para toda matriz
𝐴 real 2𝑥2.

81. (IME/1990)
Calcule o determinante da matriz 𝑛𝑥𝑛 que possui zeros na diagonal principal e todos os outros
elementos iguais a 1.

82. (IME/1989)
Calcule o determinante da matriz
𝑎2 (𝑎 + 1)2 ( 𝑎 + 2)2 (𝑎 + 3)2
𝑏2 (𝑏 + 1)2 ( 𝑏 + 2)2 (𝑏 + 3)2
𝑐2 (𝑐 + 1)2 ( 𝑐 + 2)2 (𝑐 + 3)2
[𝑑 2 (𝑑 + 1)2 ( 𝑑 + 2)2 (𝑑 + 3)2 ]

83. (IME/1988)
Sejam 𝐴, 𝐵 e 𝐶 matrizes 5𝑥5, com elementos reais. Denotando-se por 𝐴′ a matriz transposta
de 𝐴:
a) Mostre que se 𝐴 ⋅ 𝐴′ = 0, então 𝐴 = 0.
b) Mostre que se 𝐵 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′ = 𝐶 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′, então 𝐵 ⋅ 𝐴 = 𝐶 ⋅ 𝐴.

84. (IME/1987)
Sejam
𝑎 𝑏
𝑐 𝑑 𝑖 𝑗 𝑙 𝑚
𝐴=( ) e𝐵 =( )
𝑒 𝑓 𝑛 𝑜 𝑝 𝑞
𝑔 ℎ
duas matrizes de elementos inteiros. Verifique se a matriz 𝐴𝐵 é inversível.

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4. GABARITO

ITA
14. a
15. a
16. e
17. a
18. c
𝒂 𝒂−𝟏 𝟏−𝒂 𝟏 𝟎 𝟎
19. 𝐚) 𝑩 = [ ] 𝐛) 𝐒𝐢𝐦. 𝐄𝐱𝐞𝐦𝐩𝐥𝐨: [ ]
𝒅 𝟏+𝒅 −𝒅 𝟎 𝟏 𝟎
20. e
21. a
22. c
23. b
24. c
25. Ordem 5
𝒙 𝟎
26. 𝑴 = ( ) , 𝐜𝐨𝐦 𝒙 ∈ ℝ
𝟎 𝒙
27. c
√ 𝟐 √ 𝟐
28. (𝟏 𝟎) , (−𝟏 𝟎 ) , ( 𝟏 − 𝒃 𝒃 ) , (− 𝟏 − 𝒃 𝒃 ) , 𝒃 ∈ [−𝟏; 𝟏]
𝟎 𝟏 𝟎 −𝟏 𝒃 −√𝟏 − 𝒃 𝟐
𝒃 √𝟏 − 𝒃𝟐
29. d
𝟐
30. 𝒄𝟑𝟒 = − 𝟏𝟏
31. d
32. Demonstração
33. d
34. a
35.
1 0 0 −1 0 0 1 0 0 1 0 0
(0 1 0) ; ( 0 1 0) ; (0 −1 0) ; (0 1 0 )
0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 −1
−1 0 0 −1 0 0 1 0 0 −1 0 0
( 0 −1 0) ; ( 0 1 0 ) ; (0 −1 0 ) ; ( 0 −1 0 )
0 0 1 0 0 −1 0 0 −1 0 0 −1
36. d
37. (𝒅 − 𝒄)(𝒅 − 𝒃)(𝒅 − 𝒂)(𝒄 − 𝒃)(𝒄 − 𝒂)(𝒃 − 𝒂)
38. a
39. c
40. e
41. a

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42. e
43. a
44. b
45. a
46. c
47. d
48. c
49. a
50. e
51. e
52. c
53. d
54. e

IME
55. e
56. e
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
𝟎 𝟎 𝟎 𝟏 −
57. 𝑴 = ( ),𝑴 = ( ) , 𝑴 = (𝟐𝟏 𝟐
𝟏) 𝐨𝐮 𝑴 = ( 𝟏
𝟐 𝟐
𝟏)
𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 −
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐
58. d
59. e
60. 𝟐𝑺𝟑 𝑷
61. a
62. Questão anulada
63. c
64. d
65. 𝒙 = −(𝒂 + 𝒃 + 𝒄) 𝒐𝒖 𝒙 = 𝒂 + 𝒃 − 𝒄 𝒐𝒖 𝒙 = 𝒂 − 𝒃 + 𝒄 𝒐𝒖 𝒙 = −𝒂 + 𝒃 + 𝒄
66. Demonstração
67. c
68. e
69. e
70. b
𝟏 𝒏
71. 𝐝𝐞𝐭 𝑨𝒏 = ( )
𝟐
72. 𝑫𝒏 = 𝒏 + 𝟏
73. 𝒏 = 𝟑
74. Prova
75. 𝑫 = 𝟒𝟔𝟎𝟖𝟎
𝟏
−𝟐
76. 𝑷 = [𝟔𝟓 ]
−𝟒
𝟔

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𝟓 𝟎 −𝟏
77. 𝑨−𝟏 = [ 𝟖 𝟏 −𝟐]
−𝟒 𝟎 𝟏
𝟒
78. 𝒙 = {−𝟐, 𝟎, }
𝟕
79. 𝑫𝒏 = 𝒙𝒏 + 𝒎𝒏𝒙𝒏−𝟏
𝒎 𝟎
80. 𝑿 = [ ]
𝟎 𝒎
81. 𝑫𝒏 = (𝒏 − 𝟏)(−𝟏)𝒏−𝟏
82. 𝑫 = 𝟎
83. Prova
84. 𝑨𝑩 é não inversível

5. LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS

ITA
14. (ITA/2019)
Considere as seguintes afirmações a respeito de matrizes 𝐴 de ordem 𝑛 𝑥 𝑛 inversiveis, tais
que os seus elementos e os de sua inversa sejam todos números inteiros:
I. |𝑑𝑒𝑡(𝐴)| = 1.
II. 𝐴𝑇 = 𝐴−1 .
III. 𝐴 + 𝐴−1 é uma matriz diagonal.
É(são) sempre VERDADEIRA(S)
a) apenas I.
b) apenas III.
c) apenas I e II.
d) apenas I e III.
e) todas.
Comentários
I. Verdadeira.
Como os elementos da matriz 𝐴 e os de sua inversão são todos inteiros, temos que det 𝐴 e
−1
det 𝐴 são ambos inteiros. Sabendo que:
1
det 𝐴−1 =
det 𝐴

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Temos, necessariamente, det 𝐴 = ±1 e isso implica |det 𝐴| = 1.


II. Falsa.
Temos uma afirmação muito genérica. Normalmente, afirmações desse tipo são falsas, vamos
encontrar um contra-exemplo:
2 1 4 −1 2 7
Se 𝐴 = ( ), temos 𝐴−1 = ( ) e 𝐴𝑇 = ( ).
7 4 −7 2 1 4
Note que |det 𝐴| = 1.
III. Falsa.
Novamente, vamos encontrar um contra-exemplo:
1 2 3 1 −2 5 2 0 8
−1 −1
Se 𝐴 = (0 1 4), temos 𝐴 = (0 1 −4). Logo, 𝐴 + 𝐴 = (0 2 0) e essa não
0 0 1 0 0 1 0 0 2
é uma matriz diagonal.
Gabarito: “a”.

15. (ITA/2018)
Uma progressão aritmética (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 ) satisfaz a propriedade: para cada 𝑛 ∈ ℕ, a soma da
𝑎1 𝑎2 𝑎3
progressão é igual a 2𝑛 + 5𝑛. Nessas condições, o determinante da matriz [ 𝑎4
2 𝑎5 𝑎6 ]
𝑎7 + 2 𝑎8 𝑎9
é
a) −96.
b) −85.
c) 63.
d) 99.
e) 115.
Comentários
O enunciado nos dá a soma dos 𝑛 termos da progressão, podemos encontrar os termos da
PA e sua razão:
𝑆𝑛 = 2𝑛2 + 5𝑛
𝑛 = 1 ⇒ 𝑆1 = 𝑎1 = 2 ⋅ (1)2 + 5 ⋅ 1 = 7
𝑛 = 2 ⇒ 𝑆2 = 𝑎1 + 𝑎2 = 2 ⋅ (2)2 + 5 ⋅ 2 = 18 ⇒ 𝑎2 = 18 − 7 = 11
𝑟 = 𝑎2 − 𝑎1 = 11 − 7 = 4
Vamos substituir os termos da PA e calcular o determinante da matriz:
𝑎1 𝑎2 𝑎3 7 11 15
| 𝑎4 𝑎5 𝑎6 | = |19 23 27|
𝑎7 + 2 𝑎8 𝑎9 33 35 39

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Para facilitar os cálculos, vamos simplificar o determinante. Lembrando que aplicando-se o


Teorema de Jacobi, o determinante não se altera, então, temos:
Multiplicando a segunda coluna por (−1) e somando à terceira:
7 11 15 7 11 4 7 11 1
|19 23 27| = |19 23 4| = 4 ⋅ |19 23 1|
33 35 39 33 35 4 33 35 1

Multiplicando a primeira coluna por (−1) e somando à segunda:


7 11 1 7 4 1 7 2 1
4 ⋅ |19 23 1| = 4 ⋅ |19 4 1| = 8 ⋅ |19 2 1|
33 35 1 33 2 1 33 1 1

Multiplicando a primeira linha por (−1) e somando à segunda e à terceira, encontramos:


7 2 1 7 2 1
8 ⋅ |19 2 1| = 8 ⋅ |12 0 0| = 8 ⋅ (−12) = −96
33 1 1 26 −1 0
Gabarito: “a”.

16. (ITA/2018)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes quadradas 𝑛 𝑥 𝑛 tais que 𝐴 + 𝐵 = 𝐴 ⋅ 𝐵 e 𝐼𝑛 a matriz identidade 𝑛 𝑥 𝑛.
Das afirmações:
I. 𝐼𝑛 − 𝐵 é inversível;
II. 𝐼𝑛 − 𝐴 é inversível;
III. 𝐴 ⋅ 𝐵 = 𝐵 ⋅ 𝐴.
é (são) verdadeira(s)
a) Somente I.
b) Somente II.
c) Somente III.
d) Somente I e II.
e) Todas.
Comentários
Sabemos que uma matriz é inversível se, e somente se, o seu determinante é diferente de
zero. Então, analisando a afirmação I e II, se det(𝐼𝑛 − 𝐵) ≠ 0 e det(𝐼𝑛 − 𝐴) ≠ 0, temos que 𝐼𝑛 − 𝐵
e 𝐼𝑛 − 𝐴 são inversíveis.
O enunciado diz que:
𝐴 + 𝐵 = 𝐴𝐵
Vamos manipular a equação de modo a encontrar 𝐼 − 𝐴 e 𝐼 − 𝐵:

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 93


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𝐴 + 𝐵 = 𝐴𝐵 ⇒ 𝐴 − 𝐴𝐵 + 𝐵 = 0
Subtraindo 𝐼, a matriz identidade 𝑛 𝑥 𝑛, nos dois lados da equação:
𝐴 − 𝐴𝐵 + 𝐵 − 𝐼 = −𝐼 ⇒ 𝐴(𝐼 − 𝐵) − (𝐼 − 𝐵) = −𝐼 ⇒ (𝐴 − 𝐼)(𝐼 − 𝐵) = −𝐼
⇒ (𝐼 − 𝐴)(𝐼 − 𝐵) = 𝐼
Aplicando o determinante, encontramos:
det[(𝐼 − 𝐴)(𝐼 − 𝐵)] = 1 ⇒ det(𝐼 − 𝐴) det(𝐼 − 𝐵 ) = 1
Logo, analisando a equação acima, temos det(𝐼 − 𝐴) ≠ 0 e det(𝐼 − 𝐵) ≠ 0. Portanto, ambas
as matrizes são inversíveis e uma é a inversa da outra (devido ao produto (𝐼 − 𝐴)(𝐼 − 𝐵) = 𝐼).
A afirmação III afirma que 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴. Sabemos que as matrizes (𝐼 − 𝐴) e (𝐼 − 𝐵) são inversas
uma da outra, então:
𝐼 = (𝐼 − 𝐵)(𝐼 − 𝐴) = 𝐼 − 𝐴 − 𝐵 + 𝐵𝐴 = 𝐼 − ⏟
(𝐴 + 𝐵) + 𝐵𝐴 = 𝐼 − 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴
𝐴𝐵

⇒ 𝐼 = 𝐼 − 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴 ⇒ 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴
Portanto, todas as afirmações são verdadeiras.
Gabarito: “e”.

17. (ITA/2017)
1 0 0 7 0 2
Sejam 𝐷 = [0 2 0] e 𝑃 = [0 1 0].
0 0 3 2 0 5
Considere 𝐴 = 𝑃 𝐷𝑃. O valor de 𝑑𝑒𝑡(𝐴2 + 𝐴) é
−1

a) 144.
b) 180.
c) 240.
d) 324.
e) 360.
Comentários
Usando o Teorema de Binet, temos:
det(𝐴2 + 𝐴) = det[𝐴(𝐴 + 𝐼)] = det 𝐴 ⋅ det(𝐴 + 𝐼)
O enunciado da questão afirma que:
𝐴 = 𝑃−1 𝐷𝑃
Aplicando o determinante:
det 𝐴 = det(𝑃−1 𝐷𝑃) = det 𝑃−1 ⋅ det 𝐷 ⋅ det 𝑃 = det 𝐷
Para calcular o determinante de 𝐴 + 𝐼, vamos somar 𝐼 na identidade dada:
𝐴 + 𝐼 = 𝑃−1 𝐷𝑃 + ⏟
𝐼 ⇒ 𝐴 + 𝐼 = 𝑃−1 𝐷𝑃 + 𝑃 −1 𝑃
𝑃−1 𝑃

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 94


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𝐴 + 𝐼 = 𝑃 −1 (𝐷𝑃 + 𝑃) = 𝑃−1 (𝐷 + 𝐼)𝑃 ⇒ det(𝐴 + 𝐼) = det(𝐷 + 𝐼)


Dessa forma, precisamos calcular o valor da seguinte expressão:
det(𝐴2 + 𝐴) = det 𝐴 ⋅ det(𝐴 + 𝐼) = det 𝐷 ⋅ det(𝐷 + 𝐼)
Vamos calcular det 𝐷:
0 1 0
det 𝐷 = |0
0| = 6 2
3 0 0
2 0 0
det(𝐷 + 𝐼) = |0 3 0| = 24
0 0 4
Substituindo esses resultados na equação, obtemos:
det(𝐴2 + 𝐴) = det 𝐷 ⋅ det(𝐷 + 𝐼) = 6 ⋅ 24 = 144
Gabarito: “a”.

18. (ITA/2016)
1 −1 2 1
Se 𝑀 = [ ]e𝑁 =[ ], então 𝑀𝑁 𝑇 − 𝑀−1 𝑁 é igual a
2 0 −1 3
3 5

a) [25 2
3]

2 2
3 1

b) [27 2
5]

2 2
3 11

2 2
c) [13 5]

2 2
3 5

2 2
d) [13 3]

2 2
3 11

2 2
e) [13 3]

2 2

Comentários
𝑎 𝑏
Vamos calcular a inversa de 𝑀, seja 𝑀−1 = [ ]:
𝑐 𝑑
1 −1 𝑎 𝑏 1 0
𝑀𝑀−1 = 𝐼 ⇒ [ ][ ]=[ ]
2 0 𝑐 𝑑 0 1

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 95


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𝑎−𝑐 =1 1
𝑎 = 0 ⇒ 𝑐 = −1 0
𝑏−𝑑 =0 1 1 −1 2]
{ ⇒{ ⇒𝑀 =[
2𝑎 = 0 𝑏= ⇒𝑑= 1
2 2 −1
2𝑏 = 1 2
Calculando o valor da expressão:
1 1 3 3 11
0 − −
1 −1 2 −1 2] [ 2 1 1 −4
𝑀𝑁 𝑇 − 𝑀−1 𝑁 = [ ][ ]−[ ]=[ ]−[ 2 2] = [ 2 2]
2 0 1 3 1 −1 3 4 −2 5 1 13 5
−1 − −
2 2 2 2 2
Gabarito: “c”.

19. (ITA/2016)
1 0
Seja 𝐴 a matriz de ordem 3𝑥2, dada por 𝐴 = [0 1].
1 1
a) Determine todas as matrizes 𝐵 tais que 𝐵𝐴 = 𝐼2 .
b) Existe uma matriz 𝐵 com 𝐵𝐴 = 𝐼2 que satisfaça 𝐵𝐵𝑇 = 𝐼2 ? Se sim, dê um exemplo de uma
dessas matrizes.
Comentários
𝑎 𝑏 𝑐
a) Seja 𝐵 = [ ], então, temos:
𝑑 𝑒 𝑓
𝑎+𝑐 =1
𝑎 𝑏 𝑐 1 0
1 0 𝑏+𝑐 =0
𝐵𝐴 = 𝐼2 ⇒ [ ][ 1] = [ ]⇒{
𝑑 𝑒 𝑓 0 0 1 𝑑 +𝑓 =0
1 1
𝑒+𝑓 =1
Vamos colocar todas as variáveis em função de 𝑎 e 𝑑:
𝑎+𝑐 =1 𝑐 =1−𝑎
𝑏+𝑐 =0 𝑏 = −𝑐 = 𝑎 − 1
{ {
𝑑+𝑓 =0⇒ 𝑓 = −𝑑
𝑒+𝑓 =1 𝑒 =1−𝑓 =1+𝑑
𝑎 𝑎−1 1−𝑎
∴ 𝐵=[ ]
𝑑 1+𝑑 −𝑑
b) Vamos verificar se existe a matriz:
𝑎 𝑑
𝑇 𝑎 𝑎−1 1−𝑎 1 0
𝐵𝐵 = 𝐼2 ⇒ [ ] [𝑎 − 1 1 + 𝑑] = [ ]
𝑑 1+𝑑 −𝑑 0 1
1−𝑎 −𝑑
1
3𝑎2 − 4𝑎 + 1 = 0 ⇒ 𝑎 = 1 𝑜𝑢 𝑎 =
𝑎 2 + (𝑎 − 1) 2 + (1 − 𝑎 )2 = 1 3
2𝑑 + 1
{𝑎𝑑 + (𝑎 − 1)(1 + 𝑑 ) − (1 − 𝑎)𝑑 = 0 ⇒ 3𝑎𝑑 + 𝑎 − 1 − 2𝑑 = 0 ⇒ 𝑎 =
3𝑑 + 1
𝑑 2 + (1 + 𝑑 )2 + 𝑑 2 = 1 2
𝑑 (3𝑑 + 2) = 0 ⇒ 𝑑 = 0 𝑜𝑢 𝑑 = −
{ 3

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Analisando o sistema acima, podemos verificar que as soluções são dadas por:
1 2
(𝑎; 𝑑 ) ∈ {(1; 0); ( ; − )}
3 3
Para 𝑎 = 1 e 𝑑 = 0, temos a seguinte matriz:
1 0 0
𝐵=[ ]
0 1 0
𝒂 𝒂−𝟏 𝟏−𝒂 𝟏 𝟎 𝟎
Gabarito: a) 𝑩 = [ ] b) Sim. Exemplo: [ ]
𝒅 𝟏+𝒅 −𝒅 𝟎 𝟏 𝟎
20. (ITA/2015)
Seja 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )5𝑥5 a matriz tal que 𝑎𝑖𝑗 = 2𝑖−1 (2𝑗 − 1), 1 ≤ 𝑖, 𝑗 ≤ 5. Considere as afirmações a
seguir:
I. Os elementos de cada linha 𝑖 formam uma progressão aritmética de razão 2𝑖 .
II. Os elementos de cada coluna 𝑗 formam uma progressão geométrica de razão 2.
III. 𝑡𝑟𝐴 é um número primo.
É (são) verdadeira(s)
a) apenas I.
b) apenas I e II.
c) apenas II e III.
d) apenas I e III.
e) I, ll e III.
Comentários
I. Vamos analisar os elementos da linha 𝑖.
Se 𝑎𝑖𝑗 = 2𝑖−1 (2𝑗 − 1), então:
𝑎𝑖,𝑗+1 = 2𝑖−1 (2(𝑗 + 1) − 1) = 2𝑖−1 ((2𝑗 − 1) + 2) = ⏟
2𝑖−1 (2𝑗 − 1) + 2𝑖
𝑎𝑖𝑗

⇒ 𝑎𝑖,𝑗+1 − 𝑎𝑖𝑗 = 2𝑖
Os elementos de cada linha dessa matriz formam uma PA de razão 2𝑖 .
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
II. Vamos analisar os elementos de cada coluna:
𝑎𝑖𝑗 = 2𝑖−1 (2𝑗 − 1)
𝑎𝑖+1,𝑗 = 2𝑖 (2𝑗 − 1) = 2 ⋅ 2
⏟𝑖−1 (2𝑗 − 1) = 2 ⋅ 𝑎𝑖𝑗
𝑎𝑖𝑗

⇒ 𝑎𝑖+1,𝑗 = 2 ⋅ 𝑎𝑖𝑗
Pela equação acima, podemos ver que ela é uma PG de razão 𝑞 = 2.

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∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
III. Sendo 𝐴 uma matriz 5𝑥5, então, pela definição de 𝑡𝑟𝐴, temos:
5

𝑡𝑟𝐴 = ∑ 𝑎𝑘,𝑘
𝑘=1

Usando os dados do enunciado:


𝑎𝑖𝑗 = 2𝑖−1 (2𝑗 − 1)
𝑎1,1 = 21−1 (2 ⋅ 1 − 1) = 1
𝑎2,2 = 22−1 (2 ⋅ 2 − 1) = 6
𝑎3,3 = 23−1 (2 ⋅ 3 − 1) = 20
𝑎4,4 = 24−1 (2 ⋅ 4 − 1) = 56
𝑎5,5 = 25−1 (2 ⋅ 5 − 1) = 144
⇒ 𝑡𝑟𝐴 = 1 + 6 + 20 + 56 + 144 = 227
227 é um número primo, logo, afirmação verdadeira.
∴ 𝑇𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑎𝑓𝑖𝑟𝑚𝑎çõ𝑒𝑠 𝑠ã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠
Gabarito: “e”.

21. (ITA/2014)
Seja 𝑀 uma matriz quadrada de ordem 3, inversivel, que satisfaz a igualdade
2
3
det(2𝑀2 ) − det(√2𝑀3 ) =
det (3𝑀).
9
Então, um valor possível para o determinante da inversa de 𝑀 é
a) 1/3
b) 1/2
c) 2/3
d) 4/5
e) 5/4
Comentários
Usando as propriedades dos determinantes e sabendo que a matriz é de ordem 3, temos:
3 2
det(2𝑀2 ) − det(√2𝑀3 ) = det (3𝑀)
9
3 3 2
23 (det 𝑀)2 − √2 (det 𝑀)3 = ⋅ 33 det 𝑀
9
2 3
8(det 𝑀) − 2(det 𝑀) = 6 det 𝑀
Fazendo det 𝑀 = 𝑥:

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2𝑥 3 − 8𝑥 2 + 6𝑥 = 0
𝑥 (𝑥 2 − 4𝑥 + 3) = 0
𝑥 (𝑥 − 3)(𝑥 − 1) = 0
Assim, encontramos os possíveis valores para o determinante de 𝑀:
det 𝑀 = 0 𝑜𝑢 det 𝑀 = 1 𝑜𝑢 det 𝑀 = 3
1
Lembrando que det 𝑀−1 = e que para 𝑀 ter inversa, devemos ter det 𝑀 ≠ 0, temos:
det 𝑀
1
det 𝑀−1 = 1 𝑜𝑢 det 𝑀−1 =
3
Portanto, encontramos o gabarito na letra a.
Gabarito: “a”.

22. (ITA/2014)
Considere as seguintes afirmações sobre as matrizes quadradas 𝐴 e 𝐵 de ordem 𝑛, com 𝐴
inversível e 𝐵 antissimétrica:
I. Se o produto 𝐴𝐵 for inversível, então 𝑛 é par;
II. Se o produto 𝐴𝐵 não for inversível, então 𝑛 é ímpar;
III. Se 𝐵 for inversível, então 𝑛 é par.
Destas afirmações, é (são) verdadeira(s)
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) Todas.
Comentários
I. Vamos verificar se 𝐴𝐵 é inversível:
Se 𝐴 é uma matriz inversível, temos det 𝐴 ≠ 0.
Como 𝐵 é antissimétrica, temos:
𝐵𝑡 = −𝐵 ⇒ det 𝐵 𝑡 = det(−𝐵) ⇒ det 𝐵 = (−1)𝑛 det 𝐵 ⇒ det 𝐵 (1 − (−1)𝑛 ) = 0
Se 𝑛 for par:
det 𝐵 (1 − (−1)𝑛 ) = 0 ⇒ det 𝐵 (1 − 1) = 0
Nesse caso, det 𝐵 não é necessariamente igual a zero.
Se 𝑛 for ímpar:
det 𝐵 (1 − (−1)𝑛 ) = 0 ⇒ det 𝐵 (2) = 0 ⇒ det 𝐵 = 0

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 99


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Então, se 𝐴𝐵 é inversível, temos det(𝐴𝐵) ≠ 0 e, assim, ⏟


det 𝐴 ⋅ ⏟
det 𝐵 ≠ 0. Desse modo,
≠0 ≠0
devemos ter 𝑛 para para det 𝐵 ≠ 0.
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
II. Se 𝐴𝐵 não for inversível, devemos ter det 𝐵 = 0. Sabemos que 𝑛 ímpar implica det 𝐵 = 0,
mas, 𝑛 par também pode ocasionar det 𝐵 = 0. Logo, afirmação falsa.
∴ 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑎
III. Como analisamos na afirmação I, devemos ter 𝑛 par para 𝐵 ser inversível.
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
Gabarito: “c”.

23. (ITA/2014)
2𝑒 −2𝑡 −𝑒 2𝑡 −1
Considere a equação 𝐴(𝑡 ) ⋅ 𝑋 = 𝐵(𝑡), 𝑡 ∈ ℝ, em que 𝐴(𝑡 ) = [ −1 1 1 ],𝑋 =
−3 1 2
𝑥 𝑒𝑡
[𝑦] e 𝐵(𝑡 ) = [−√2]. Sabendo que det 𝐴(𝑡) = 1 e 𝑡 ≠ 0, os valores de 𝑥, 𝑦 e 𝑧 são,
𝑧 0
respectivamente,
a) 2√2, 0, −3√2.
b) −2√2, 0, −3√2.
c) 0, 3√2, 2√2.
d) 0,2√3, √3.
e) 2√3, −√3, 0.
Comentários
Inicialmente, devemos calcular o valor de 𝑡. Se det 𝐴(𝑡 ) = 1, temos:
2𝑒 −2𝑡 −𝑒 2𝑡 −1
det 𝐴(𝑡 ) = | −1 1 1 |=1
−3 1 2
−2𝑡 2𝑡 −2𝑡
4𝑒 + 3𝑒 + 1 − 3 − 2𝑒 − 2𝑒 2𝑡 = 1
2𝑒 −2𝑡 + 𝑒 2𝑡 − 3 = 0
𝑒 4𝑡 − 3𝑒 2𝑡 + 2 = 0 ⇒ (𝑒 2𝑡 − 2)(𝑒 2𝑡 − 1) = 0
Raízes:
𝑒 2𝑡 = 1 ⇒ 𝑡 = 0, não convém, pois 𝑡 ≠ 0
𝑒 2𝑡 = 2 ⇒ 𝑒 𝑡 = √2
⇒ 𝑒 2𝑡 = 2
1
⇒ 𝑒 −2𝑡 =
2

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 100


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Vamos usar a equação para calcular os valores pedidos:


2𝑒 −2𝑡 −𝑒 2𝑡 −1 𝑥 𝑒𝑡
𝐴(𝑡 ) ⋅ 𝑋 = 𝐵(𝑡 ) ⇒ [ −1 1 1 ] [𝑦] = [−√2]
−3 1 2 𝑧 0
1 −2 −1 𝑥 √2
⇒ [−1 1 1 ] [𝑦 ] = [ −√2]
−3 1 2 𝑧 0
𝑥 − 2𝑦 − 𝑧 = √2 (𝐼)
{ −𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = −√2 (𝐼𝐼)
−3𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = 0 (𝐼𝐼𝐼)
Fazendo (𝐼) + (𝐼𝐼), encontramos 𝑦 = 0.
De (𝐼𝐼𝐼), para 𝑦 = 0 temos 𝑧 = 3𝑥/2. Substituindo em (𝐼):
3𝑥 𝑥
𝑥− = √2 ⇒ − = √2 ⇒ 𝑥 = −2√2
2 2
⇒ 𝑧 = −3√2
Portanto:
(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (−2√2, 0, −3√2)
Gabarito: “b”.

24. (ITA/2013)
Considere 𝐴 ∈ 𝑀5𝑥5 (ℝ) com det(𝐴) = √6 e 𝛼 ∈ ℝ\{0}. Se det(𝛼𝐴𝑡 𝐴𝐴𝑡 ) = √6𝛼 2 , o valor de
𝛼é
a) 1/6
b) √6/6
3
c) √36/6
d) 1
e) √216
Comentários
Usando as propriedades dos determinantes e o Teorema de Binet, temos:
det(𝛼𝐴𝑡 𝐴𝐴𝑡 ) = √6𝛼 2 ⇒ 𝛼 5 det 𝐴𝑡 det 𝐴 det 𝐴𝑡 = √6𝛼 2
𝛼 2 (𝛼 3 (det 𝐴)3 − √6) = 0
Como 𝛼 ≠ 0 e det 𝐴 = √6, temos:
3

𝛼 3 (det
⏟ 𝐴) − √6 = 0
√6

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 101


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3
3 1 √36
√6 3
𝛼=√ =√ =
√63 6 6

Gabarito: “c”.

25. (ITA/2012)
Considere a matriz quadrada 𝐴 em que os termos da diagonal principal são 1,1 + 𝑥1 , 1 +
𝑥2 , … ,1 + 𝑥𝑛 e todos os outros termos são iguais a 1. Sabe-se que (𝑥1 , 𝑥2 , … , 𝑥𝑛 ) é uma
progressão geométrica cujo primeiro termo é 1/2 e a razão é 4. Determine a ordem da matriz
𝐴 para que o seu determinante seja igual a 256.
Comentários
De acordo com o enunciado:
1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 + 𝑥1 1 ⋯ 1 1 1 + 𝑥1 1 ⋯ 1
𝐴= 1 1 1 + 𝑥2 1 |
⇒ det 𝐴 = |1 1 1 + 𝑥2 1 |
|
⋮ ⋱ 1 ⋮ ⋱ 1
[1 1 1 ⋯ 1 + 𝑥𝑛 ] 1 1 1 ⋯ 1 + 𝑥𝑛
Já que 𝑎11 = 1, podemos aplicar a regra de Chió:
𝑥1 0 0 0
0 𝑥2 0 ⋯ 0
|
det 𝐴 = | 0 0 𝑥3 0 | = 𝑥1 ⋅ 𝑥2 ⋅ 𝑥3 ⋅ … ⋅ 𝑥𝑛
|
⋮ ⋱ 0
0 0 0 ⋯ 𝑥𝑛
Como (𝑥1 , 𝑥2 , … , 𝑥𝑛 ) é uma PG, podemos usar a propriedade dos termos equidistantes da
PG:
𝑛
2 𝑛
det 𝐴 = 𝑥1 ⋅ 𝑥2 ⋅ 𝑥3 ⋅ … ⋅ 𝑥𝑛 = (𝑥1 ⋅ ⏟𝑛 ) = (𝑥12 ⋅ 𝑞𝑛−1 )2
𝑥
𝑥1 ⋅𝑞𝑛−1

Substituindo os valores:
𝑛
1 2 𝑛−1 2 𝑛
det 𝐴 = (( ) 4 ) = (22𝑛−4 )2 = 2(𝑛−2)𝑛
2
det 𝐴 = 256 ⇒ 2(𝑛−2)𝑛 = 28 ⇒ 𝑛2 − 2𝑛 − 8 = 0
(𝑛 − 4)(𝑛 + 2) = 0 ⇒ 𝑛 = 4 𝑜𝑢 𝑛 = −2
𝑛 é a ordem da matriz, então, deve ser um número positivo. Logo, 𝑛 = 4. Como aplicamos a
regra de Chió uma vez, a ordem da matriz 𝐴 é igual a 𝑛 + 1 = 5.
Gabarito: ordem 5

26. (ITA/2011)

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 102


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Determine todas as matrizes 𝑀 ∈ 𝕄2𝑥2 (ℝ) tais que 𝑀𝑁 = 𝑁𝑀, ∀𝑁 ∈ 𝕄2𝑥2 (ℝ).
Comentários
𝒙 𝒚 𝒂𝒃
Sejam 𝑴 = ( )e𝑵=( ). De acordo com o enunciado, temos:
𝒛 𝒘 𝒄𝒅
𝑴𝑵 = 𝑵𝑴, ∀𝑵 ∈ 𝕄𝟐𝒙𝟐
𝒙 𝒚 𝒂 𝒃 𝒂 𝒃 𝒙 𝒚
⇒( )( )=( )( )
𝒛 𝒘 𝒄 𝒅 𝒄 𝒅 𝒛 𝒘
𝒂𝒙 + 𝒄𝒚 𝒃𝒙 + 𝒅𝒚 𝒂𝒙 + 𝒃𝒛 𝒂𝒚 + 𝒃𝒘
⇒( )=( )
𝒂𝒛 + 𝒄𝒘 𝒃𝒛 + 𝒅𝒘 𝒄𝒙 + 𝒅𝒛 𝒄𝒚 + 𝒅𝒘
Assim, encontramos o seguinte sistema:
𝑎𝑥 + 𝑐𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏𝑧 𝑐𝑦 = 𝑏𝑧 (𝐼)
𝑏𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑎𝑦 + 𝑏𝑤 𝑏𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑎𝑦 + 𝑏𝑤 (𝐼𝐼)
{ ⇒
𝑎𝑧 + 𝑐𝑤 = 𝑐𝑥 + 𝑑𝑧 𝑎𝑧 + 𝑐𝑤 = 𝑐𝑥 + 𝑑𝑧 (𝐼𝐼𝐼)
𝑏𝑧 + 𝑑𝑤 = 𝑐𝑦 + 𝑑𝑤 { 𝑏𝑧 = 𝑐𝑦 (𝐼𝑉 )
Queremos todas as matrizes 𝑀 quadradas de ordem 2 que satisfaçam a equação 𝑀𝑁 = 𝑁𝑀
para qualquer matriz 𝑁 quadrada e real. Como 𝑏 e 𝑐 são elementos da matriz 𝑁, para qualquer valor
dessas variáveis serem válidas, devemos ter pelas equações (𝐼) e (𝐼𝑉 ): 𝑦 = 𝑧 = 0. Substituindo
esses valores nas equações (𝐼𝐼) e (𝐼𝐼𝐼), obtemos:
𝑏𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑎𝑦 + 𝑏𝑤 (𝐼𝐼) ⇒ 𝑏𝑥 = 𝑏𝑤
𝑎𝑧 + 𝑐𝑤 = 𝑐𝑥 + 𝑑𝑧 (𝐼𝐼𝐼) ⇒ 𝑐𝑤 = 𝑐𝑥
Analisando as equações acima, vemos que elas são verdadeiras para qualquer 𝑏, 𝑐 ∈ ℝ se
𝑤 = 𝑥. Desse modo, as matrizes 𝑀 que satisfazem as condições do problema são do tipo:
𝑥 0
𝑀=( ) = 𝑥 ⋅ 𝐼2 , com 𝑥 ∈ ℝ
0 𝑥
𝒙 𝟎
Gabarito: 𝑴 = ( ) , 𝐜𝐨𝐦 𝒙 ∈ ℝ
𝟎 𝒙
27. (ITA/2010)
Sobre os elementos da matriz
𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4
𝑦 𝑦2 𝑦3 𝑦4
𝐴=[ 1 ] ∈ 𝑀4𝑥4 (ℝ)
0 0 0 1
1 0 0 0
sabe-se que (𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 , 𝑥4 ) e (𝑦1 , 𝑦2 , 𝑦3 , 𝑦4 ) são duas progressões geométricas de razão 3 e 4
e de soma 80 e 255, respectivamente, então, det(𝐴−1 ) e o elemento (𝐴−1 )23 valem,
respectivamente,
1
a) e 12
72
1
b) − e −12
72
1
c) − e 12
72
1 1
d) − e
72 12

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 103


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1 1
e) e
72 12

Comentários
Podemos calcular o valor dos termos usando os dados do enunciado.
Para (𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 , 𝑥4 ):
80
𝑥1 + 3𝑥1 + 32 𝑥1 + 33 𝑥1 = 80 ⇒ 𝑥1 = =2
1 + 3 + 9 + 27
Para (𝑦1 , 𝑦2 , 𝑦3 , 𝑦4 ):
255
𝑦1 + 4𝑦1 + 42 𝑦1 + 43 𝑦1 = 255 ⇒ 𝑦1 = =3
1 + 4 + 16 + 64
Então, a matriz 𝐴 é dada por:
2 6 18 54
3 12 48 192
𝐴=[ ]
0 0 0 1
1 0 0 0
Vamos calcular o valor do seu determinante:
2 6 18 54 1 3 9 27
3 12 48 192 1 4 16 64
det 𝐴 = | |=2⋅3⋅| |
0 0 0 1 0 0 0 1
1 0 0 0 1 0 0 0
Aplicando a regra de Chió:
4−3 16 − 9
64 − 27 1 7 37
det 𝐴 = 6 ⋅ | 0 1 |= 6⋅| 0
0 0 1 | = 6 ⋅ (−21 + 9) = −72
0−3 0−9
0 − 27 −3 −9 −27
1 1
det 𝐴−1 = =−
det 𝐴 72
Para encontrar o elemento (𝐴 )23 , não precisamos calcular toda a matriz 𝐴−1 , basta usar o
−1

método do determinante:
1 1
(𝐴−1 )23 = ⋅ 𝑐𝑜𝑓23 𝐴𝑡 = ⋅ 𝑐𝑜𝑓32 𝐴
det 𝐴 det 𝐴
1 2 18 54 1 1 9 27 1
(𝐴 −1 ) 3+2
23 =− ⋅ (−1) ⋅ |3 48 192| = ⋅ 6 ⋅ |1 16 64| = ⋅ (9 ⋅ 64 − 16 ⋅ 27)
72 72 12
1 0 0 1 0 0
−1
(𝐴 )23 = 12
Gabarito: “c”.

28. (ITA/2008)
Uma matriz real quadrada 𝐴 é ortogonal se 𝐴 é inversível e 𝐴−1 = 𝐴𝑡 . Determine todas as
matrizes 2𝑥2 que são simétricas e ortogonais, expressando-as, quando for o caso, em termos
de seus elementos que estão fora da diagonal principal.
Comentários

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 104


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A questão pede todas as matrizes 2𝑥2 simétricas e ortogonais. Se 𝐴 é simétrica, podemos


escrever:
𝑎 𝑏
𝐴 = 𝐴𝑡 ⇒ 𝐴 = (
)
𝑏 𝑐
𝐴 é ortogonal se 𝐴 é inversível e vale a igualdade 𝐴−1 = 𝐴𝑡 , então:
1 0 𝑎 𝑏 𝑎 𝑏
𝐴−1 = 𝐴𝑡 ⇒ ⏟
𝐴𝐴−1 = 𝐴𝐴𝑡 ⇒ ( )=( )( )
𝐼
0 1 𝑏 𝑐 𝑏 𝑐
𝑎2 + 𝑏2 = 1
{𝑎𝑏 + 𝑏𝑐 = 0 ⇒ 𝑏(𝑎 + 𝑐 ) = 0
𝑏2 + 𝑐 2 = 1
I) Se 𝑏 = 0, temos:
𝑏(𝑎 + 𝑐 ) = 0 ⇒ 𝑎 = ±1 e 𝑐 = ±1
Possíveis matrizes:
1 0 −1 0 1 0 −1 0
( ),( ),( ),( )
0 1 0 −1 0 −1 0 1
II) Se 𝑏 ≠ 0, temos
𝑏(𝑎 + 𝑐 ) = 0 ⇒ 𝑐 = −𝑎
𝑎2 + 𝑏2 = 1 ⇒ 𝑎 = ±√1 − 𝑏2 ⇒ 𝑐 = ∓√1 − 𝑏2
Para esse caso, como a matriz deve ser real devemos ter 1 − 𝑏2 ≥ 0:
−1 ≤ 𝑏 ≤ 1
Possíveis matrizes:

±√1 − 𝑏2 𝑏
( ) , 𝑏 ∈ [−1; 1]
𝑏 ∓√1 − 𝑏2
Portanto, as possíveis matrizes são dadas por:

1 0 −1 0 √1 − 𝑏2 𝑏 −√1 − 𝑏2 𝑏
( ),( ),( ),( ) , 𝑏 ∈ [−1; 1]
0 1 0 −1 𝑏 −√1 − 𝑏2 𝑏 √1 − 𝑏 2
1 0 −1 0
As matrizes ( )e( ) já estão inclusas nas matrizes do caso II, com 𝑏 = 0.
0 −1 0 1
𝟏 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟐 𝟐
Gabarito: ( ),( ) , (√𝟏 − 𝒃 𝒃 ) , (−√𝟏 − 𝒃 𝒃 ) , 𝒃 ∈ [−𝟏; 𝟏]
𝟎 𝟏 𝟎 −𝟏 𝒃 −√𝟏 − 𝒃𝟐 𝒃 √𝟏 − 𝒃𝟐
29. (ITA/2008)
Sejam 𝐴 e 𝐶 matrizes 𝑛 𝑥 𝑛 inversíveis tais que det(𝐼 + 𝐶 −1 𝐴) = 1/3 e det 𝐴 = 5. Sabendo-se
que 𝐵 = 3(𝐴−1 + 𝐶 −1 )𝑡 , então o determinante de 𝐵 é igual a
a) 3𝑛
3𝑛
b) 2 ⋅ ( 2 )
5

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 105


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c) 1/5
3𝑛−1
d)
5

e) 5 ⋅ 3𝑛−1
Comentários
Vamos aplicar o determinante em 𝐵:
𝐵 = 3(𝐴−1 + 𝐶 −1 )𝑡 ⇒ det 𝐵 = det[3(𝐴−1 + 𝐶 −1 )𝑡 ]
Agora, devemos manipular a equação de forma a obter as variáveis fornecidas na questão:

det 𝐵 = 3𝑛 ⋅ det (𝐴
⏟−1 + 𝐶 −1 ) = 3𝑛 ⋅ det(𝐴−1 + 𝐶 −1 𝐴𝐴−1 ) = 3𝑛 ⋅ det((𝐼 + 𝐶 −1 𝐴)𝐴−1 )
𝐴−1 +𝐶 −1 𝐼

det(𝐼 + 𝐶 −1 𝐴)
⇒ det 𝐵 = 3𝑛 ⋅ det(𝐼 + 𝐶 −1 𝐴) ⋅ det 𝐴−1 = 3𝑛 ⋅
det 𝐴
Substituindo o valor das variáveis, encontramos:
1
( ) 3𝑛−1
det 𝐵 = 3𝑛 ⋅ 3 =
5 5
Gabarito: “d”.

30. (ITA/2006)
Sejam as matrizes
1 0 1/2 −1 1 3 −1/2 1
−2 5 2 −3 1 −2 −2 3
𝐴=[ ]e𝐵 =[ ]
1 −1 2 1 −1 1 1 1
−5 1 3/2 0 5 −1 1/2 5
Determine o elemento 𝑐34 da matriz 𝐶 = (𝐴 + 𝐵)−1 .
Comentários
Questão que pede o elemento de uma matriz inversa 4𝑥4. Para encontrá-lo, basta usar o
método do determinante:
1 0 1/2 −1 1 3 −1/2 1 2 3 0 0
−2 5 2 −3 1 −2 −2 3 −1 3 0 0
𝐴+𝐵 =[ ]+[ ]=[ ]
1 −1 2 1 −1 1 1 1 0 0 3 2
−5 1 3/2 0 5 −1 1/2 5 0 0 2 5
1 1
𝐶 = (𝐴 + 𝐵 )−1 = ⋅ ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
(𝐴 + 𝐵 ) = ⋅ [(𝐴 + 𝐵)′ ]𝑡
(
det 𝐴 + 𝐵 ) (
det 𝐴 + 𝐵 )
1
𝑐34 = ⋅ 𝑐𝑜𝑓43 (𝐴 + 𝐵)
det(𝐴 + 𝐵 )
Calculando o determinante:

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 106


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2 3 0 0
−1 3 0 0
det(𝐴 + 𝐵) = | |
0 0 3 2
0 0 2 5
Somando a segunda linha com a primeira, temos:
1 6 0 0
−1 3 0 0
det(𝐴 + 𝐵) = | |
0 0 3 2
0 0 2 5
Aplicando a regra de Chió:
9 0 0
det(𝐴 + 𝐵) = |0 2| = 135 − 36 = 99
3
0 5 2
1 6 0
4+3
𝑐𝑜𝑓43 (𝐴 + 𝐵) = (−1) |−1 3 0| = (−1)(6 + 12) = −18
0 0 2
Portanto, o elemento 𝑐34 é dado por:
18 2
𝑐34 = − =−
99 11
𝟐
Gabarito: 𝒄𝟑𝟒 = −
𝟏𝟏

31. (ITA/2006)
𝑎 𝑏 𝑐 −2𝑎 −2𝑏 −2𝑐
Se det [𝑝 𝑞 𝑟] = −1, então o valor do det [2𝑝 + 𝑥 2𝑞 + 𝑦 2𝑟 + 𝑧] é igual a
𝑥 𝑦 𝑧 3𝑥 3𝑦 3𝑧
a) 0
b) 4
c) 8
d) 12
e) 16
Comentários
Usando as propriedades dos determinantes, temos:
−2𝑎 −2𝑏 −2𝑐 𝑎 𝑏 𝑐
det [2𝑝 + 𝑥 2𝑞 + 𝑦 2𝑟 + 𝑧] = −2 ⋅ 3 ⋅ |2𝑝 + 𝑥 2𝑞 + 𝑦 2𝑟 + 𝑧|
3𝑥 3𝑦 3𝑧 𝑥 𝑦 𝑧
Multiplicando a terceira linha por (−1) e somando à segunda linha:
𝑎 𝑏 𝑐 𝑎 𝑏 𝑐
⇒ −6 ⋅ |2𝑝 2𝑞 2𝑟| = −12 ⋅ |𝑝 𝑞 𝑟| = −12 ⋅ (−1) = 12
𝑥 𝑦 𝑧 𝑥 𝑦 𝑧
Gabarito: “d”.

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 107


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32. (ITA/2005)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes 2𝑥2 tais que 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴 e que satisfazem à equação matricial 𝐴2 + 2𝐴𝐵 −
𝐵 = 0. Se 𝐵 é inversível, mostre que (a) 𝐴𝐵−1 = 𝐵−1 𝐴 e que (b) 𝐴 é inversível.
Comentários
a) Para mostrar essa igualdade, devemos usar 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴. Multiplicando-se essa equação à
direita por 𝐵−1 :
𝐴𝐵𝐵−1 = 𝐵𝐴𝐵 −1 ⇒ 𝐴 = 𝐵𝐴𝐵−1
Agora, multiplicando-se à esquerda por 𝐵 −1 :
𝐵−1 𝐴 = 𝐵−1 𝐵𝐴𝐵−1
∴ 𝐵−1 𝐴 = 𝐴𝐵−1
b) Devemos mostrar que det 𝐴 ≠ 0, usando a equação dada, temos:
𝐴2 + 2𝐴𝐵 − 𝐵 = 0 ⇒ 𝐴𝐴 + 2𝐴𝐵 = 𝐵
Multiplicando-se a equação acima à direita por 𝐵−1 :
𝐴𝐴𝐵−1 + 2𝐴𝐵𝐵−1 = 𝐵𝐵−1 ⇒ 𝐴𝐴𝐵−1 + 2𝐴 = 𝐼 ⇒ 𝐴(𝐴𝐵 −1 + 2𝐼) = 𝐼
Aplicando-se o determinante:
det[𝐴(𝐴𝐵−1 + 2𝐼)] = det 𝐼
det 𝐴 ⋅ det(𝐴𝐵−1 + 2𝐼) = 1
Como o produto desses determinantes resulta no número 1, devemos ter det 𝐴 ≠ 0 e
det(𝐴𝐵−1 + 2𝐼) ≠ 0. Portanto, 𝐴 é inversível.
Gabarito: Demonstração

33. (ITA/2004)
Considere as afirmações dadas a seguir, em que 𝐴 é uma matriz quadrada 𝑛 𝑥 𝑛, 𝑛 ≥ 2:
I. O determinante de 𝐴 é nulo se, e somente se, 𝐴 possui uma linha ou uma coluna nula.
II. Se 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 ) é tal que 𝑎𝑖𝑗 = 0 para 𝑖 > 𝑗, com 𝑖, 𝑗 = 1, 2, … , 𝑛, então det 𝐴 = 𝑎11 𝑎22 … 𝑎𝑛𝑛 .
III. Se 𝐵 for obtida de 𝐴, multiplicando-se a primeira coluna por √2 + 1 e a segunda por √2 −
1, mantendo-se inalteradas as demais colunas, então det 𝐵 = det 𝐴.
Então, podemos afirmar que é (são) verdadeira(s)
a) apenas II.
b) apenas III.
c) apenas I e II.
d) apenas II e III.
e) todas.
Comentários

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 108


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I. Veja que essa afirmação é falsa, pois, temos matrizes que não satisfazem essa condição e
resultam em um determinante diferente de zero. Contra-exemplo:
1 1
𝐴=( ) ⇒ det 𝐴 = 0
2 2
∴ 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑎
II. Temos a seguinte matriz triangular:
𝑎11 𝑎12 𝑎13 𝑎1𝑛
0 𝑎22 𝑎23 ⋯ 𝑎2𝑛
𝐴= 0 0 𝑎33 𝑎3𝑛
⋮ ⋱ ⋮
( 0 0 0 ⋯ 𝑎𝑛𝑛 )
Vimos na aula teórica que o determinante de matrizes triangulares é igual ao produto da sua
diagonal principal, então, temos:
det 𝐴 = 𝑎11 ⋅ 𝑎22 ⋅ … ⋅ 𝑎𝑛𝑛
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
III. Nesse caso, os elementos da primeira e segunda colunas terão os fatores comuns √2 + 1
e √2 − 1, respectivamente. Desse modo, o determinante de 𝐵 é dado por:
det 𝐵 = (√2 + 1)(√2 − 1) det 𝐴 = det 𝐴
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
Gabarito: “d”.

34. (ITA/2004)
Seja 𝑥 ∈ ℝ e a matriz
2𝑥 (𝑥 2 + 1)−1
𝐴=[ ]
2𝑥 log 2 5
Assinale a opção correta.
a) ∀𝑥 ∈ ℝ, 𝐴 possui inversa.
b) Apenas para 𝑥 > 0, 𝐴 possui inversa.
c) São apenas dois os valores de 𝑥 para os quais 𝐴 possui inversa.
d) Não existe valor de 𝑥 para o qual 𝐴 possui inversa.
e) Para 𝑥 = log 2 5 , 𝐴 não possui inversa.
Comentários
Nessa questão, devemos analisar a inversa de 𝐴. Para isso, vamos calcular o seu
determinante:
2𝑥 (𝑥 2 + 1)−1 1
det 𝐴 = | | = 2𝑥 (log 2 5 − 2 )
2𝑥 log 2 5 𝑥 +1
Se det 𝐴 = 0, temos que 𝐴 não possui inversa. Então:

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 109


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1
2𝑥 (log 2 5 − )=0
𝑥2 +1
Temos duas possibilidades:
2𝑥 = 0 ⇒ ∄𝑥 ∈ ℝ que satisfaz essa condição
1 1 1
log 2 5 − = 0 ⇒ log 2 5 = 2 ⇒ 𝑥2 + 1 =
𝑥2 +1 𝑥 +1 log 2 5
𝑥 2 = log 5 2 − 1 ⇒ 𝑥 = ±√log 5 2 − 1
Note que log 5 2 < 1, então, log 5 2 − 1 < 0. Logo, 𝑥 ∉ ℝ.
Assim, ∀𝑥 ∈ ℝ, det 𝐴 ≠ 0 e, portanto, 𝐴 é inversível.
Gabarito: “a”.

35. (ITA/2004)
Se 𝐴 é uma matriz real, considere as definições:
I. Uma matriz quadrada 𝐴 é ortogonal se e só se 𝐴 for inversível e 𝐴−1 = 𝐴𝑡 .
II. Uma matriz quadrada 𝐴 é diagonal se e só se 𝑎𝑖𝑗 = 0, para todo 𝑖, 𝑗 = 1, … , 𝑛, com 𝑖 ≠ 𝑗.
Determine as matrizes quadradas de ordem 3 que são, simultaneamente, diagonais e
ortogonais.
Comentários
A questão pede todas as matrizes 3𝑥3 que são diagonais e ortogonais.
Se 𝐴 é diagonal, então, ela é da forma:
𝑎 0 0
𝐴 = ( 0 𝑏 0)
0 0 𝑐
Como 𝐴 também deve ser ortogonal, temos que 𝐴 é inversível, então, det 𝐴 = 𝑎𝑏𝑐 ≠ 0 e vale
a identidade:
𝑎 0 0 𝑎 0 0 1 0 0
−1 𝑡 −1 𝑡 𝑡
𝐴 = 𝐴 ⇒ 𝐴𝐴 = 𝐴𝐴 ⇒ 𝐴𝐴 = 𝐼 ⇒ (0 𝑏 0) ( 0 𝑏 0) = ( 0 1 0)
⏟0 0 𝑐 ⏟0 0 𝑐 0 0 1
𝐴 𝐴𝑡

𝑎2 = 1
{𝑏2 = 1 ⇒ 𝑎 = ±1; 𝑏 = ±1 e 𝑐 = ±1
𝑐2 = 1
Portanto, todas as matrizes de ordem 3 são dadas por:
1 0 0 −1 0 0 1 0 0 1 0 0
( 0 1 0) ; ( 0 1 0) ; ( 0 −1 0) ; ( 0 1 0 )
0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 −1
−1 0 0 −1 0 0 1 0 0 −1 0 0
( 0 −1 0) ; ( 0 1 0 ) ; (0 −1 0 ) ; ( 0 −1 0 )
0 0 1 0 0 −1 0 0 −1 0 0 −1

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 110


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𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎
Gabarito: (𝟎 𝟏 𝟎) ; ( 𝟎 𝟏 𝟎) ; (𝟎 −𝟏 𝟎) ; (𝟎 𝟏 𝟎 )
𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏
−𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎
( 𝟎 −𝟏 𝟎) ; ( 𝟎 𝟏 𝟎 ) ; (𝟎 −𝟏 𝟎 ) ; ( 𝟎 −𝟏 𝟎 )
𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏 𝟎 𝟎 −𝟏
36. (ITA/2003)
Sejam 𝐴 e 𝑃 matrizes 𝑛 𝑥 𝑛 inversíveis e 𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃.
Das afirmações:
I. 𝐵𝑡 é inversível e (𝐵𝑡 )−1 = (𝐵−1 )𝑡 .
II. Se 𝐴 é simétrica, então 𝐵 também o é.
III. det(𝐴 − 𝜆𝐼) = det(𝐵 − 𝜆𝐼) , ∀𝜆 ∈ ℝ.
é(são) verdadeira(s):
a) todas.
b) apenas I.
c) apenas I e II.
d) apenas I e III.
e) apenas II e III.
Comentários
I. Aplicando o determinante em 𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃:
det 𝐵 = det 𝑃−1 𝐴𝑃 = det 𝑃−1 det 𝐴 det 𝑃 = det 𝐴
Como 𝐴 é inversível, temos det 𝐴 ≠ 0. Sabendo que det 𝐵𝑡 = det 𝐵 = det 𝐴 ≠ 0, então, 𝐵𝑡
é inversível e vale a propriedade (𝐵𝑡 )−1 = (𝐵−1 )𝑡 .
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
II. A afirmação diz que 𝐴 = 𝐴𝑡 ⇒ 𝐵 = 𝐵𝑡 . Vamos verificar:
𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃
𝐵 𝑡 = (𝑃−1 𝐴𝑃)𝑡 = 𝑃𝑡 𝐴𝑡 (𝑃−1 )𝑡 = 𝑃𝑡 𝐴(𝑃−1 )𝑡 ≠ 𝐵
∴ 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑎
III. Sendo 𝜆 uma constante, temos:
𝑃−1 𝑃 = 𝑃−1 𝜆𝑃
𝜆𝐼 = 𝜆 ⏟
𝐼

Subtraindo 𝑃−1 𝜆𝑃 em ambos os lados da equação 𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃:


𝐵 − 𝑃 −1 𝜆𝑃 = 𝑃−1 𝐴𝑃 − 𝑃−1 𝜆𝑃 ⇒ 𝐵 − 𝜆𝐼 = 𝑃−1 (𝐴 − 𝜆𝐼)𝑃
Aplicando o determinante na equação acima:
det(𝐵 − 𝜆𝐼) = det[𝑃−1 (𝐴 − 𝜆𝐼)𝑃] = det 𝑃−1 det(𝐴 − 𝜆𝐼) det 𝑃 = det(𝐴 − 𝜆𝐼)

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 111


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∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
Gabarito: “d”.

37. (ITA/2003)
Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑑 números reais não-nulos. Exprima o valor do determinante da matriz
𝑏𝑐𝑑 1 𝑎 𝑎2
[ 𝑎𝑐𝑑 1 𝑏 𝑏2 ]
𝑎𝑏𝑑 1 𝑐 𝑐2
𝑎𝑏𝑐 1 𝑑 𝑑2
na forma de um produto de números reais.
Comentários
Note que se multiplicarmos a primeira, segunda, terceira e quarta linha por 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑑,
respectivamente, obtemos o fator comum 𝑎𝑏𝑐𝑑 na primeira coluna:
𝑏𝑐𝑑 𝑎2 1 𝑎 𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑎 𝑎2 𝑎3 1 𝑎 𝑎2 𝑎3
𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑎𝑐𝑑 𝑏2 ] = 1 ⋅ |𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑏 𝑏2 𝑏3 | = 𝑎𝑏𝑐𝑑 |1 𝑏 𝑏2 𝑏3 |
1 𝑏
⋅[
𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑎𝑏𝑑 𝑐2 1 𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑐 𝑐 2 𝑐 3
𝑐 𝑎𝑏𝑐𝑑 1 𝑐 𝑐 2 𝑐 3
𝑎𝑏𝑐 𝑑2 1 𝑑 𝑎𝑏𝑐𝑑 𝑑 𝑑 2 𝑑 3 1 𝑑 𝑑2 𝑑3
1 𝑎 𝑎2 𝑎3
2 3
⇒ |1 𝑏 𝑏2 𝑏3 |
1 𝑐 𝑐 𝑐
1 𝑑 𝑑 𝑑3
2

Lembrando que o determinante de uma matriz é igual ao determinante da sua transposta,


podemos escrever:
1 𝑎 𝑎2 𝑎3 1 1 1 1
2 3 𝑎 𝑏 𝑐 𝑑
|1 𝑏 𝑏2 𝑏3 | = | 2 |
1 𝑐 𝑐 𝑐 𝑎 𝑏2 𝑐 2 𝑑2
1 𝑑 𝑑2 𝑑3 𝑎3 𝑏3 𝑐 3 𝑑3
Assim, obtemos o determinante de uma matriz de Vandermonde, esse valor é dado por:
1 𝑎 𝑎2 𝑎3
2 3
|1 𝑏 𝑏2 𝑏3 | = (𝑑 − 𝑐 )(𝑑 − 𝑏)(𝑑 − 𝑎)(𝑐 − 𝑏)(𝑐 − 𝑎)(𝑏 − 𝑎)
1 𝑐 𝑐 𝑐
1 𝑑 𝑑 𝑑32

Gabarito: (𝒅 − 𝒄)(𝒅 − 𝒃)(𝒅 − 𝒂)(𝒄 − 𝒃)(𝒄 − 𝒂)(𝒃 − 𝒂)

38. (ITA/2002)
Seja 𝐴 uma matriz real 2𝑥2. Suponha que 𝛼 e 𝛽 sejam dois números distintos, e 𝑉 e 𝑊 duas
matrizes reais 2𝑥1 não-nulas, tais que 𝐴𝑉 = 𝛼𝑉 e 𝐴𝑊 = 𝛽𝑊.
Se 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ são tais que 𝑎𝑉 + 𝑏𝑊 é igual à matriz nula 2𝑥1, então 𝑎 + 𝑏 vale
a) 0.
b) 1.
c) −1.

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 112


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d) 1/2.
e) −1/2.
Comentários
De acordo com o enunciado, temos 𝑎𝑉 + 𝑏𝑊 = 02𝑥1 :
𝑎𝑉 = −𝑏𝑊
Se 𝐴𝑊 = 𝛽𝑊 e 𝑏 é uma constante, então, multiplicando essa equação pela constante (−𝑏):
(−𝑏)𝐴𝑊 = (−𝑏)𝛽𝑊 ⇒ 𝐴 ⏟
(−𝑏𝑊 ) = 𝛽 ⏟
(−𝑏𝑊 ) ⇒ 𝐴𝑎𝑉 = 𝛽𝑎𝑉 ⇒ 𝑎 (⏟
𝐴𝑉 ) = 𝛽𝑎𝑉
𝑎𝑉 𝑎𝑉 𝛼𝑉

𝑎𝛼𝑉 − 𝛽𝑎𝑉 = 0 ⇒ [𝑎(𝛼 − 𝛽)]𝑉 = 02𝑥1


Como 𝑉 é uma matriz 2𝑥1 não nula e 𝛼 ≠ 𝛽, devemos ter 𝑎 = 0.
Sendo 𝑎𝑉 = −𝑏𝑊 e 𝑊 ≠ 02𝑥1 , então:
𝑎𝑉 = 0 = −𝑏𝑊 ⇒ 𝑏 = 0
Portanto, 𝑎 + 𝑏 = 0
Gabarito: “a”.

39. (ITA/2002)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes quadradas de ordem 𝑛 tais que 𝐴𝐵 = 𝐴 e 𝐵𝐴 = 𝐵.
Então, [(𝐴 + 𝐵)𝑡 ]2 é igual a
a) (𝐴 + 𝐵)2 .
b) 2(𝐴𝑡 ⋅ 𝐵𝑡 ).
c) 2(𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 ).
d) 𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 .
e) 𝐴𝑡 𝐵𝑡 .
Comentários
Vamos analisar a expressão [(𝐴 + 𝐵)𝑡 ]2 :
[(𝐴 + 𝐵)𝑡 ]2 = (𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 )2 = (𝐴𝑡 )2 + 𝐴𝑡 𝐵𝑡 + 𝐵𝑡 𝐴𝑡 + (𝐵𝑡 )2
⇒ [(𝐴 + 𝐵)𝑡 ]2 = (𝐴2 )𝑡 + (𝐵𝐴)𝑡 + (𝐴𝐵)𝑡 + (𝐵 2 )𝑡
Usando as equações 𝐴𝐵 = 𝐴 e 𝐵𝐴 = 𝐵, temos:
Multiplicando 𝐴𝐵 = 𝐴 à direita por 𝐴:
𝐴𝐵𝐴 = 𝐴2 ⇒ 𝐴 (⏟
𝐵𝐴) = 𝐴2 ⇒ 𝐴𝐵
⏟ = 𝐴2 ⇒ 𝐴 = 𝐴2
𝐵 𝐴

Multiplicando 𝐵𝐴 = 𝐵 à direita por 𝐵:


𝐵𝐴𝐵 = 𝐵2 ⇒ 𝐵 ⏟
(𝐴𝐵) = 𝐵2 ⇒ 𝐵𝐴
⏟ = 𝐵2 ⇒ 𝐵 = 𝐵2
𝐴 𝐵

Substituindo essas igualdades na equação, obtemos:

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 113


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[(𝐴 + 𝐵)𝑡 ]2 = 𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 + 𝐴𝑡 + 𝐵𝑡 = 2(𝐴𝑡 + 𝐵 𝑡 )


Gabarito: “c”.

40. (ITA/2002)
Seja a matriz
𝑐𝑜𝑠25° 𝑠𝑒𝑛65°
[ ]
𝑠𝑒𝑛120° 𝑐𝑜𝑠390°
O valor de seu determinante é
2√2
a)
3
3√3
b)
2
√3
c)
2

d) 1
e) 0
Comentários
Sabendo que 𝑠𝑒𝑛65° = 𝑐𝑜𝑠25° e cos 390° = cos 30°, temos:
𝑐𝑜𝑠25° 𝑠𝑒𝑛65° 𝑐𝑜𝑠25° 𝑐𝑜𝑠25°
| |=| | = cos 25° cos 30° − cos 25° sen 120°
𝑠𝑒𝑛120° 𝑐𝑜𝑠390° 𝑠𝑒𝑛120° 𝑐𝑜𝑠30°
√3 √3
⇒ cos 25° ( − )=0
2 2
Gabarito: “e”.

41. (ITA/2001)
Considere a matriz
1 1 1 1
1 2 3 4
𝐴=[ ]
1 4 9 16
1 8 27 64
A soma dos elementos da primeira coluna da matriz inversa de 𝐴 é:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentários
O bizu nessa questão é notar os elementos 1 na primeira linha de 𝐴.

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 114


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𝑎 𝑏 𝑐 𝑑
𝑒 𝑓 𝑔 ℎ
Fazendo 𝐴−1 =[ ] e usando a definição de inversa:
𝑖 𝑗 𝑘 𝑙
𝑚 𝑛 𝑜 𝑝
𝐴𝐴−1 = 𝐼
1 1 1 1 𝑎 𝑏 𝑐 𝑑 1 0 0 0
1 2 3 4 𝑒 𝑓 𝑔 ℎ 0 1 0 0
[ ][ ]=[ ]
1 4 9 16 𝑖 𝑗 𝑘 𝑙 0 0 1 0
1 8 27 64 𝑚 𝑛 𝑜 𝑝 0 0 0 1
Queremos calcular o valor de 𝑎 + 𝑒 + 𝑖 + 𝑚. Pelo produto das matrizes acima, temos:
𝑎+𝑒+𝑖+𝑚=1
Portanto, a soma dos elementos da primeira coluna da inversa de 𝐴 é 1.
Gabarito: “a”.

42. (ITA/2001)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes 𝑛 𝑥 𝑛, e 𝐵 uma matriz simétrica. Dadas as afirmações:
(I) 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴𝑡 é simétrica.
(II) (𝐴 + 𝐴𝑡 + 𝐵) é simétrica.
(III) 𝐴𝐵𝐴𝑡 é simétrica.
temos que:
a) apenas (I) é verdadeira.
b) apenas (II) é verdadeira.
c) apenas (III) é verdadeira.
d) apenas (I) e (III) são verdadeiras.
e) todas as afirmações são verdadeiras.
Comentários
I. Se 𝐵 é simétrica, temos 𝐵 = 𝐵𝑡 . Então:
(𝐴𝐵 + 𝐵𝐴𝑡 )𝑡 = (𝐴𝐵)𝑡 + (𝐵𝐴𝑡 )𝑡 = 𝐵𝑡 𝐴𝑡 + (𝐴𝑡 )𝑡 𝐵𝑡 = 𝐵𝐴𝑡 + 𝐴𝐵 = 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴𝑡
Assim, 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴𝑡 é simétrica.
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
II. (𝐴 + 𝐴𝑡 + 𝐵)𝑡 = 𝐴𝑡 + (𝐴𝑡 )𝑡 + 𝐵𝑡 = 𝐴𝑡 + 𝐴 + 𝐵 = 𝐴 + 𝐴𝑡 + 𝐵
Logo, (𝐴 + 𝐴𝑡 + 𝐵) é simétrica.
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
III. (𝐴𝐵𝐴𝑡 )𝑡 = (𝐴𝑡 )𝑡 𝐵𝑡 𝐴𝑡 = 𝐴𝐵𝐴𝑡
Logo, 𝐴𝐵𝐴𝑡 é simétrica.

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 115


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∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
Gabarito: “e”.

43. (ITA/2000)
Considere as matrizes mostradas na figura adiante
1 −1 3 1 0 2 0 𝑥
𝑀 = ( 0 1 0 ) , 𝑁 = ( 3 2 0 ) , 𝑃 = ( 1 ) e 𝑋 = (𝑦 )
2 3 1 1 1 1 0 𝑧
Se 𝑋 é solução de 𝑀−1 𝑁𝑋 = 𝑃, então 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 é igual a
a) 35.
b) 17.
c) 38.
d) 14.
e) 29.
Comentários
Multiplicando a equação 𝑀−1 𝑁𝑋 = 𝑃 por 𝑀 à esquerda, temos:
𝑀𝑀−1 𝑁𝑋 = 𝑀𝑃 ⇒ 𝑁𝑋 = 𝑀𝑃
1 0 2 𝑥 1 −1 3 0
(3 2 0 ) ( 𝑦 ) = ( 0 1 0) ( 1)
1 1 1 𝑧 2 3 1 0
𝑥 + 2𝑧 = −1 (𝐼)
{ 3𝑥 + 2𝑦 = 1 (𝐼𝐼)
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 3 (𝐼𝐼𝐼)
De (𝐼), temos:
−1 − 𝑥
𝑧=
2
De (𝐼𝐼):
1 − 3𝑥
𝑦=
2
Substituindo essas variáveis em (𝐼𝐼𝐼):
1 − 3𝑥 −1 − 𝑥
𝑥+ +( ) = 3 ⇒ 2𝑥 + 1 − 3𝑥 − 1 − 𝑥 = 6 ⇒ −2𝑥 = 6 ⇒ 𝑥 = −3
2 2
−1 − (−3)
⇒𝑧= =1
2
1 − 3(−3)
⇒𝑦= =5
2
Portanto, o valor da expressão pedida é dada por:
𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 = (−3)2 + 52 + 11 = 35

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 116


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Gabarito: “a”.

44. (ITA/2000)
Sendo 𝑥 um número real positivo, considere as matrizes mostradas na figura a seguir
log 1 𝑥 log 1 𝑥 2 1
𝐴=( 3 3 )
0 − log 3 𝑥 1
0 log 1 𝑥 2
3
𝐵=( 1 0 )
−3 log 1 𝑥 −4
3

A soma de todos os valores de 𝑥 para os quais (𝐴𝐵) = (𝐴𝐵)𝑡 é igual a


25
a)
3
28
b)
3
32
c)
3
27
d)
2
25
e)
2

Comentários
Vamos calcular 𝐴𝐵:
0 log 1 𝑥 2
2
log 1 𝑥 log 1 𝑥 1 3
𝐴𝐵 = ( 3 3 )( 1 0 )
0 − log 3 𝑥 1 −3 log 1 𝑥 −4
3

log 1 𝑥 2 − 3 log 1 𝑥 log 1 𝑥 ⋅ log 1 𝑥 2 − 4


3 3 3 3
𝐴𝐵 = ( )
− log 3 𝑥 − 3 log 1 𝑥 −4
3

log 1 𝑥 2 − 3 log 1 𝑥 − log 3 𝑥 − 3 log 1 𝑥


3 3 3
⇒ (𝐴𝐵 )𝑡 =( )
log 1 𝑥 ⋅ log 1 𝑥 2 − 4 −4
3 3

)𝑡
Para 𝐴𝐵 = (𝐴𝐵 , devemos ter:
log 1 𝑥 ⋅ log 1 𝑥 2 − 4 = − log 3 𝑥 − 3 log 1 𝑥
⏟ 3 ⏟ 3 ⏟ 3
− log3 𝑥 −2 log3 𝑥 − log3 𝑥

2(log 3 𝑥)2 − 4 = − log 3 𝑥 + 3 log 3 𝑥 ⇒ 2(log 3 𝑥 )2 − 2 log 3 𝑥 − 4 = 0


⇒ (log 3 𝑥 )2 − log 3 𝑥 − 2 = 0
Encontrando as raízes:

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 117


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1 ± √9 1 ± 3
log 3 𝑥 = =
2 2
log 3 𝑥 = 2 𝑜𝑢 log 3 𝑥 = −1
1
⇒ 𝑥1 = 9 𝑜𝑢 𝑥2 =
3
Portanto, a soma de todos os valores de 𝑥 é:
1 28
𝑥1 + 𝑥2 = 9 + =
3 3
Gabarito: “b”

45. (ITA/2000)
Considere as matrizes reais mostradas na figura adiante
𝑎 0 0 1 0 0
𝑀 = ( 0 𝑏 1) e 𝐼 = ( 0 1 0)
0 0 𝑐 0 0 1
em que 𝑎 ≠ 0 e 𝑎, 𝑏 e 𝑐 formam, nesta ordem, uma progressão geométrica de razão 𝑞 > 0.
Sejam 𝜆1 , 𝜆2 e 𝜆3 as raízes da equação det(𝑀 − 𝜆𝐼) = 0. Se 𝜆1 𝜆2 𝜆3 = 𝑎 e 𝜆1 + 𝜆2 + 𝜆3 = 7𝑎,
então 𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 é igual a
a) 21/8
b) 91/9
c) 36/9
d) 21/16
e) 91/36
Comentários
Vamos calcular as raízes da equação:
𝑎−𝜆 0 0
det(𝑀 − 𝜆𝐼 ) = | 0 𝑏−𝜆 1 | = (𝑎 − 𝜆)(𝑏 − 𝜆)(𝑐 − 𝜆) = 0
0 0 𝑐−𝜆
As raízes são:
𝜆1 = 𝑎; 𝜆2 = 𝑏 e 𝜆3 = 𝑐
Como (𝑎, 𝑏, 𝑐 ) é uma PG de razão 𝑞, temos:
(𝑎, 𝑏, 𝑐 ) = (𝑎, 𝑎𝑞, 𝑎𝑞2 )
Usando os dados do enunciado:
𝑎 + 𝑎𝑞 + 𝑎𝑞2 = 7𝑎 ⇒ 𝑎(𝑞2 + 𝑞 − 6) = 0
Como 𝑎 ≠ 0:
𝑞2 + 𝑞 − 6 = 0 ⇒ 𝑞 = −3 𝑜𝑢 𝑞 = 2
Sabendo que 𝑞 > 0, devemos ter 𝑞 = 2.

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 118


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Usando a outra informação:


𝑎 ⋅ 𝑎𝑞 ⋅ 𝑎𝑞2 = 𝑎 ⇒ 𝑎3 𝑞3 = 𝑎
Como 𝑎 ≠ 0 e 𝑞 = 2:
1
𝑎 2 23 = 1 ⇒ 𝑎 2 =
8
1 1
𝑏 = 𝑎𝑞 ⇒ 𝑏2 = 𝑎2 𝑞2 = ⋅ 4 =
8 2
1
𝑐 = 𝑎𝑞2 ⇒ 𝑐 2 = 𝑎2 𝑞4 = ⋅ 16 = 2
8
Portanto:
1 1 21
𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 = + +2=
8 2 8
Gabarito: “a”.

46. (ITA/1999)
Sejam 𝑥, 𝑦 e 𝑧 números reais com 𝑦 ≠ 0. Considere a matriz inversível
𝑥 1 1
𝐴 = [𝑦 0 0]
𝑧 −1 1
Então:
a) A soma dos termos da primeira linha de 𝐴−1 é igual a 𝑥 + 1.
b) A soma dos termos da primeira linha de 𝐴−1 é igual a 0.
c) A soma dos termos da primeira coluna de 𝐴−1 é igual a 1.
d) O produto dos termos da segunda linha de 𝐴−1 é igual a 𝑦.
e) O produto dos termos da terceira coluna de 𝐴−1 é igual a 1.
Comentários
Vamos calcular a matriz inversa de 𝐴:
1
𝐴−1 = ⋅ 𝐴̅
det 𝐴
𝑥 1 1 𝑦 0 0 1 0 0
det 𝐴 = |𝑦 0 0| = − |𝑥 1 1| = −𝑦 ⋅ |𝑥 1 1|
𝑧 −1 1 𝑧 −1 1 𝑧 −1 1
Aplicando a regra de Chió:
1 1
det 𝐴 = −𝑦 ⋅ | | = −2𝑦
−1 1
Calculando a matriz adjunta de 𝐴:
𝐴̅ = (𝐴′ )𝑡

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 119


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𝐴11 𝐴12 𝐴13


Lembrando que 𝐴 = [𝐴21 𝐴22 𝐴23 ] e que 𝐴𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 𝐷𝑖𝑗 , temos:

𝐴31 𝐴23 𝐴33


0 −𝑦 −𝑦 0 −2 0
𝐴 = [−2 𝑥 − 𝑧 𝑥 + 𝑧] ⇒ 𝐴̅ = [−𝑦 𝑥 − 𝑧 𝑦 ]

0 𝑦 −𝑦 −𝑦 𝑥 + 𝑧 −𝑦
1
0 0
𝑦
1 0 −2 0 1 −𝑥 + 𝑧 1
−1
⇒𝐴 =− ⋅ [−𝑦 𝑥−𝑧 𝑦 ]= −
2𝑦 −𝑦 𝑥+𝑧 −𝑦 2 2𝑦 2
1 −𝑥 − 𝑧 1
[2 2𝑦 2 ]
Analisando as alternativas:
1 1
a) Falsa. A soma dos elementos da primeira coluna é + = 1.
2 2

b) Falsa. A soma dos termos da primeira linha é 1/𝑦.


c) Verdadeira. Conforme visto no item a.
1 −𝑥+𝑧 1
d) Falsa. O produto dos termos da segunda linha é ⋅ ( ) (− ) ≠ 𝑦.
2 2𝑦 2
1 1 1
e) Falsa. O produto dos termos da terceira coluna é (− ) ( ) = − .
2 2 4

Gabarito: “c”.

47. (ITA/1999)
Considere as matrizes
1 0 −1 1 0 𝑥 1
𝐴=[ ],𝐼 = [ ] , 𝑋 = [𝑦] , 𝐵 = [ ].
0 −1 2 0 1 2
𝑡
Se 𝑥 e 𝑦 são soluções do sistema (𝐴𝐴 − 3𝐼)𝑋 = 𝐵, então 𝑥 + 𝑦 é igual a:
a) 2
b) 1
c) 0
d) −1
e) −2
Comentários
Vamos encontrar as soluções do sistema:
1 0 𝑥
(𝐴𝐴 − 3𝐼)𝑋 = 𝐵 ⇒ ([1
𝑡 0 −1
] [ 0 −1] − 3 [
1 0 1
]) [𝑦] = [ ]
0 −1 2 0 1 2
−1 2
2 −2 3 0 𝑥 1 −1 −2 𝑥 1
([ ]−[ ]) [𝑦] = [ ] ⇒ [ ] [𝑦 ] = [ ]
−2 5 0 3 2 −2 2 2

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 120


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−𝑥 − 2𝑦 = 1 (𝐼)
{
−2𝑥 + 2𝑦 = 2 (𝐼𝐼)
Fazendo (𝐼) + (𝐼𝐼):
−3𝑥 = 3 ⇒ 𝑥 = −1
−𝑥 − 2𝑦 = 1 ⇒ 2𝑦 = −(−1) − 1 ⇒ 𝑦 = 0
Portanto, 𝑥 + 𝑦 = −1.
Gabarito: “d”.

48. (ITA/1998)
Sejam as matrizes reais de ordem 2,
2+𝑎 𝑎 1 1
𝐴=[ ] e 𝐵=[ ]
1 1 𝑎 2+𝑎
Então, a soma dos elementos da diagonal principal de (𝐴𝐵)−1 é igual a:
a) 𝑎 + 1
b) 4(𝑎 + 1)
1
c) (5 + 2𝑎 + 𝑎2 )
4
1
d) (1 + 2𝑎 + 𝑎2 )
4
1
e) (5 + 2𝑎 + 𝑎2 )
2

Comentários
Vamos calcular a matriz 𝐴𝐵, usando os dados do enunciado:
2+𝑎 𝑎 1 1 2 2
𝐴𝐵 = [ ][ ] = [𝑎 + 𝑎 + 2 𝑎 + 3𝑎 + 2]
1 1 𝑎 2+𝑎 𝑎+1 𝑎+3
−1
Se 𝐶 = (𝐴𝐵) , queremos calcular 𝑐11 + 𝑐22 . Usando o método do determinante:
1
𝐶= ⋅ [(𝐴𝐵)′ ]𝑡
det(𝐴𝐵 )
1
𝑐11 = ⋅ 𝑐𝑜𝑓11 𝐴𝐵
det(𝐴𝐵 )
1
𝑐22 = ⋅ 𝑐𝑜𝑓22 𝐴𝐵
det(𝐴𝐵 )
Calculando o valor do determinante:
2 2
det 𝐴𝐵 = |𝑎 + 𝑎 + 2 𝑎 + 3𝑎 + 2|
𝑎+1 𝑎+3
Multiplicando a primeira coluna por (−1) e somando à segunda coluna:
2
det 𝐴𝐵 = |𝑎 + 𝑎 + 2 2𝑎| = 2 ⋅ |𝑎2 + 𝑎 + 2 𝑎 | = 2(𝑎 2 + 𝑎 + 2 − 𝑎 2 − 𝑎 )
𝑎+1 2 𝑎+1 1
det 𝐴𝐵 = 4

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 121


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Encontrando os elementos da diagonal principal:


1 𝑎+3
⋅ (−1)1+1 ⋅ (𝑎 + 3) =
𝑐11 =
4 4
2
1 𝑎 +𝑎+2
𝑐22 = ⋅ (−1)2+2 ⋅ (𝑎2 + 𝑎 + 2) =
4 4
Portanto, a soma da diagonal principal é dada por:
𝑎 + 3 𝑎2 + 𝑎 + 2 𝑎2 + 2𝑎 + 5
𝑐11 + 𝑐22 = + =
4 4 4
Gabarito: “c”.

49. (ITA/1998)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes reais quadradas de ordem 2 que satisfazem a seguinte propriedade:
existe uma matriz 𝑀 inversível tal que: 𝐴 = 𝑀 −1 𝐵𝑀.
Então:
a) det(−𝐴𝑡 ) = det 𝐵
b) det 𝐴 = − det 𝐵
c) det(2𝐴) = 2 det 𝐵
d) Se det 𝐵 ≠ 0 então det(−𝐴𝐵) < 0
e) det(𝐴 − 𝐼) = − det(𝐼 − 𝐵)
Comentários
Aplicando o determinante na propriedade do enunciado, temos:
det 𝐴 = det(𝑀−1 𝐵𝑀)
Usando o Teorema de Binet:
1
det 𝐴 = det(𝑀−1 ) det 𝐵 det 𝑀 = det 𝐵 det 𝑀 = det 𝐵
det 𝑀
⇒ det 𝐴 = det 𝐵
Vamos analisar as alternativas:
a) det(−𝐴𝑡 ) = det 𝐵
Como as matrizes são de ordem 2, temos:
det(−𝐴𝑡 ) = (−1)2 det(𝐴𝑡 ) = det 𝐴 = det 𝐵
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
b) Falsa.
c) Falsa. Pois det(2𝐴) = 22 det 𝐴 = 4 det 𝐴 = 4 det 𝐵
d) Falsa. Não se pode afirmar que det 𝐵 ≠ 0 implica det(−𝐴𝐵) < 0.
e) Falsa. Pois:

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 122


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𝐴 = 𝑀 −1 𝐵𝑀
Subtraindo 𝑀−1 𝑀 nos dois lados da equação:
⏟−1 𝑀 = 𝑀 −1 𝐵𝑀 − 𝑀−1 𝑀
𝐴−𝑀
𝐼

𝐴 − 𝐼 = 𝑀 −1 (𝐵 − 𝐼)𝑀
Aplicando o determinante:
det(𝐴 − 𝐼) = det[𝑀−1 (𝐵 − 𝐼)𝑀] = det(𝐵 − 𝐼)
A alternativa afirma que:
det(𝐴 − 𝐼) = − det[−(𝐵 − 𝐼)] = −(−1)2 det(𝐵 − 𝐼) = − det(𝐵 − 𝐼)
Gabarito: “a”.

50. (ITA/1997)
Considere as matrizes
2 0 1 −1 0 1
𝐴 = (0 2 0) e 𝐵 = ( 0 −2 0 )
1 0 2 1 0 −1
Sejam 𝜆0 , 𝜆1 e 𝜆2 as raízes da equação det(𝐴 − 𝜆𝐼3 ) = 0 com 𝜆0 ≤ 𝜆1 ≤ 𝜆2 .
Considere as afirmações
(I) 𝐵 = 𝐴 − 𝜆0 𝐼3
(II) 𝐵 = (𝐴 − 𝜆1 𝐼3 )𝐴
(III) 𝐵 = 𝐴(𝐴 − 𝜆2 𝐼3 )
Então
a) todas as afirmações são falsas.
b) todas as afirmações são verdadeiras.
c) apenas (I) é falsa.
d) apenas (II) é falsa.
e) apenas (III) é verdadeira.
Comentários
Vamos encontrar as raízes da equação:
det(𝐴 − 𝜆𝐼3 ) = 0
2−𝜆 0 1
| 0 2−𝜆 0 | = 0 ⇒ (2 − 𝜆 )3 − (2 − 𝜆 ) = 0
1 0 2−𝜆
(2 − 𝜆)[(2 − 𝜆)2 − 1] = 0
2−𝜆 =0⇒𝜆 =2
(2 − 𝜆)2 − 1 = 0 ⇒ (2 − 𝜆) = ±1 ⇒ 𝜆 = 1 𝑜𝑢 𝜆 = 3

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 123


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Como 𝜆0 ≤ 𝜆1 ≤ 𝜆2 , temos 𝜆0 = 1, 𝜆1 = 2 e 𝜆2 = 3.
Vamos analisar as afirmações:
(I) 𝐵 = 𝐴 − 𝜆0 𝐼3
1 0 1
𝐴 − 1 ⋅ 𝐼3 = (0 1 0) ≠ 𝐵
1 0 1
∴ 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑎
(II) 𝐵 = (𝐴 − 𝜆1 𝐼3 )𝐴
0 0 1 2 0 1 1 0 2
(𝐴 − 2𝐼3 )𝐴 = (0 0 0) ( 0 2 0) = ( 0 0 0) ≠ 𝐵
1 0 0 1 0 2 2 0 1
∴ 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑎
(III) 𝐵 = 𝐴(𝐴 − 𝜆2 𝐼3 )
2 0 1 −1 0 1 −1 0 1
𝐴(𝐴 − 𝜆2 𝐼3 ) = (0 2 0) ( 0 −1 0 ) = ( 0 −2 0 )=𝐵
1 0 2 1 0 −1 1 0 −1
∴ 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
Gabarito: “e”.

51. (ITA/1996)
Seja 𝑎 ∈ ℝ e considere as matrizes reais 2𝑥2,
3𝑎 −1 7𝑎−1 8𝑎−3 ]
𝐴=[ ] e 𝐵 = [
−1 3𝑎 7 2−3
O produto 𝐴𝐵 será inversível se e somente se:
a) 𝑎2 − 5𝑎 + 6 ≠ 0
b) 𝑎2 − 5𝑎 ≠ 0
c) 𝑎2 − 3𝑎 ≠ 0
d) 𝑎2 − 2𝑎 + 1 ≠ 0
e) 𝑎2 − 2𝑎 ≠ 0
Comentários
O produto 𝐴𝐵 é inversível se, e somente se, det(𝐴𝐵) ≠ 0.
Vamos aplicar o Teorema de Binet:
3𝑎 −1 7𝑎−1 8𝑎−3
det(𝐴𝐵) = det 𝐴 ⋅ det 𝐵 = | || |
−1 3𝑎 7 2−3
(32𝑎 − 1)(7𝑎−1 ⋅ 2−3 − 7 ⋅ 8𝑎−3 ) ≠ 0
Devemos ter:
32𝑎 − 1 ≠ 0 ⇒ 32𝑎 ≠ 30 ⇒ 2𝑎 ≠ 0 ⇒ 𝑎 ≠ 0

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 124


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Ou

𝑎−1 −3 𝑎−3
7𝑎−1 𝑎−3
7𝑎−2 7 𝑎−2 7 0
7 ⋅2 −7⋅8 ≠0⇒ ≠7⋅8 ⇒ 𝑎−2 = 1 ⇒ ( ) ≠( )
8 8 8 8
⇒ (𝑎 − 2) ≠ 0
Portanto:
𝑎(𝑎 − 2) ≠ 0
Gabarito: “e”.

52. (ITA/1996)
Considere 𝐴 e 𝐵 matrizes reais 2𝑥2, arbitrárias. Das afirmações a seguir assinale a verdadeira.
Justifique a afirmação verdadeira e dê exemplo para mostrar que cada uma das demais é falsa.
a) Se 𝐴 é não nula então 𝐴 possui inversa.
b) (𝐴𝐵)𝑡 = 𝐴𝑡 𝐵𝑡
c) det(𝐴𝐵) = det(𝐵𝐴)
d) det 𝐴2 = 2 det 𝐴
e) (𝐴 + 𝐵)(𝐴 − 𝐵) = 𝐴2 − 𝐵2
Comentários
a) Falsa.
Sabemos que nem toda matriz não nula resulta em det 𝐴 ≠ 0. Veja o contra-exemplo:
2 1 2 1
𝐴=() ⇒ det 𝐴 = | | = 6 − 6 = 0 ⇒ det 𝐴 = 0
6 3 6 3
Portanto, 𝐴 não é inversível.
b) Falsa.
Vimos que (𝐴𝐵)𝑡 = 𝐵𝑡 𝐴𝑡 e a ordem das matrizes altera o produto.
Contraexemplo:
1 1 0 1 1 2 0 5
𝐴=( ) e𝐵 =( ) ⇒ 𝐴𝑡 = ( ) e 𝐵𝑡 = ( )
2 3 5 3 1 3 1 3
5 4 5 15
𝐴𝐵 = ( ) ⇒ (𝐴𝐵)𝑡 = ( )
15 11 4 11
2 11 5 15
𝐴𝑡 𝐵𝑡 = ( )≠( ) = (𝐴𝐵)𝑡
3 14 4 11
c) Verdadeira.
Pelo Teorema de Binet, temos:
det(𝐴𝐵) = det 𝐴 ⋅ det 𝐵
det(𝐵𝐴) = det 𝐵 ⋅ det 𝐴 = det 𝐴 ⋅ det 𝐵 = det(𝐴𝐵)
d) Falsa.

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 125


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Pelo Teorema de Binet:


det 𝐴2 = det(𝐴𝐴) = det 𝐴 ⋅ det 𝐴 = (det 𝐴)2
Nesse caso, nem sempre (det 𝐴)2 = 2 det 𝐴. Contra-exemplo:
2 2
𝐴=( ) ⇒ det 𝐴 = 6
3 6
2 det 𝐴 = 12 ≠ 36 = (det 𝐴)2
e) Falsa.
Vimos na aula teórica que (𝐴 + 𝐵)(𝐴 − 𝐵 ) = 𝐴2 − 𝐴𝐵 + 𝐵𝐴 − 𝐵2 . Veja o contraexemplo:
1 1 0 1
𝐴=( ) e𝐵 =( )
3 2 5 3
(𝐴 + 𝐵)(𝐴 − 𝐵) = (1 2) ( 1 0) = ( −5 0)
7 6 −3 0 −11 0
3 4 5 3 −2 1
𝐴2 − 𝐵2 = ( )−( )=( )
8 8 15 14 −7 −6
⇒ (𝐴 + 𝐵)(𝐴 − 𝐵) ≠ 𝐴2 − 𝐵2
Gabarito: “c”.

53. (ITA/1995)
Sejam 𝐴 e 𝐵 matrizes reais 3𝑥3. Se 𝑡𝑟(𝐴) denota a soma dos elementos da diagonal principal
de 𝐴, considere as afirmações:
[(I)] 𝑡𝑟(𝐴𝑡 ) = 𝑡𝑟(𝐴)
[(II)] Se 𝐴 é inversível, então 𝑡𝑟(𝐴) ≠ 0.
[(III)] 𝑡𝑟(𝐴 + 𝜆𝐵) = 𝑡𝑟(𝐴) + 𝜆𝑡𝑟(𝐵), para todo 𝜆 ∈ ℝ.
Temos que:
a) todas as afirmações são verdadeiras.
b) todas as afirmações são falsas.
c) apenas a afirmação (I) é verdadeira.
d) apenas a afirmação (II) é falsa.
e) apenas a afirmação (III) é falsa.
Comentários
(I) Verdadeira.
A diagonal principal da transposta de uma matriz não se altera. Então, temos:
3

𝑡𝑟(𝐴𝑡 ) = ∑ 𝑎𝑖𝑖 = 𝑡𝑟(𝐴)


𝑖=1

(II) Falsa.

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 126


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Basta tomar um contraexemplo de uma matriz cujos elementos da diagonal principal são
zeros:
0 1 2
𝐴 = (1 0 3) ⇒ det 𝐴 = 5 ≠ 0 ⇒ 𝐴 é 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠í𝑣𝑒𝑙
1 1 0
𝑡𝑟𝐴 = 0
(III) Verdadeira.
Vamos usar a definição do traço de uma matriz, para 𝐴3𝑥3 e 𝐵3𝑥3 :
3 3 3 3 3

𝑡𝑟(𝐴 + 𝜆𝐵) = ∑(𝑎𝑖𝑖 + 𝜆𝑏𝑖𝑖 ) = ∑ 𝑎𝑖𝑖 + ∑ 𝜆𝑏𝑖𝑖 = ∑ 𝑎𝑖𝑖 + 𝜆 ∑ 𝑏𝑖𝑖 = 𝑡𝑟(𝐴) + 𝜆𝑡𝑟(𝐵)
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1

Gabarito: “d”.

54. (ITA/1995)
Dizemos que duas matrizes 𝑛 𝑥 𝑛 𝐴 e 𝐵 são semelhantes se existe uma matriz 𝑛 𝑥 𝑛 inversível
𝑃 tal que 𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃. Se 𝐴 e 𝐵 são matrizes semelhantes quaisquer, então:
a) 𝐵 é sempre inversível.
b) se 𝐴 é simétrica, então 𝐵 também é simétrica.
c) 𝐵2 é semelhante a 𝐴.
d) se 𝐶 é semelhante a 𝐴, então 𝐵𝐶 é semelhante a 𝐴2 .
e) det(𝜆𝐼 − 𝐵) = det(𝜆𝐼 − 𝐴), onde 𝜆 é um real qualquer.
Comentários
Perceba que o ITA cobra questões de semelhança de matrizes desde 1995 e até em questões
recentes, vimos esse tema cair. Nesse tipo de questão, o importante é saber que quando duas
matrizes são semelhantes, temos a identidade conforme visto nas resoluções das questões acima:
det(𝜆𝐼 − 𝐵) = det(𝜆𝐼 − 𝐴)
Essa identidade vem da seguinte manipulação:
𝑥(−1) +𝜆𝐼
𝐵 = 𝑃−1 𝐴𝑃 ⇒ −𝐵 = −𝑃−1 𝐴𝑃 ⇒ 𝜆𝐼 − 𝐵 = 𝜆 ⏟
𝐼 − 𝑃−1 𝐴𝑃
𝑃 −1 𝑃

𝜆𝐼 − 𝐵 = 𝑃−1 𝜆𝑃 − 𝑃−1 𝐴𝑃 ⇒ 𝜆𝐼 − 𝐵 = 𝑃−1 (𝜆𝐼 − 𝐴)𝑃


Aplicando o determinante e o Teorema de Binet:
det(𝜆𝐼 − 𝐵) = det[𝑃−1 (𝜆𝐼 − 𝐴)𝑃]
det(𝜆𝐼 − 𝐵) = det(𝑃−1 ) ⋅ det(𝜆𝐼 − 𝐴) ⋅ det 𝑃
∴ det(𝜆𝐼 − 𝐵) = det(𝜆𝐼 − 𝐴)
As outras afirmações são muito genéricas e, por isso, podemos encontrar para cada uma
delas um contraexemplo.
Gabarito: “e”.

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 127


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IME
55. (IME/2019)
Calcule o valor do determinante:
4 2 1
| log 81 log 900 log 300 |
(log 9)2 2 + 4 log 3 + 2(log 3)2 (log 3 + 2)2
a) 1
b) 2
c) 4
d) 8
e) 16
Comentários
Nessa questão, devemos notar que todos os logaritmandos são múltiplos de 3. Vamos
simplificar o determinante:
4 2 1
| log 81 log 900 log 300 |
(log 9)2 2 + 4 log 3 + 2(log 3)2 (log 3 + 2)2
4 2 1
4
= | log 3 log(3 ⋅ 102 )
2
log(3 ⋅ 102 ) |
(log 32 )2 2 + 4 log 3 + 2(log 3)2 (log 3 + 2)2
4 2 1
= | 4 log 3 2 log 3 + 2 log 3 + 2 |
4(log 3)2 2(log 3 + 1)2 (log 3 + 2)2
1 1 1
= 4 ⋅ 2 ⋅ | log 3 log 3 + 1 log 3 + 2 |
(log 3)2 (log 3 + 1)2 (log 3 + 2)2
Agora, perceba que o determinante resultante é de uma matriz de Vandermonde. Então,
temos:
= 4 ⋅ 2 ⋅ (log 3 + 2 − (log 3 + 1))(log 3 + 2 − log 3)(log 3 + 1 − log 3)
= 8 ⋅ 1 ⋅ 2 ⋅ 1 = 16
Gabarito: “e”.

56. (IME/2018)
Sejam 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 e 𝑥4 os quatro primeiros termos de uma P.A. com 𝑥1 = 𝑥 e razão 𝑟, com 𝑥, 𝑟 ∈
ℝ. O determinante de

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 128


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𝑥1 𝑥1 𝑥1 𝑥1
𝑥1 𝑥2 𝑥2 𝑥2
|𝑥 𝑥2 𝑥3 𝑥3 |
1
𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4
é
a) 0
b) 𝑥 4 ⋅ 𝑟
c) 𝑥 4 ⋅ 𝑟 3
d) 𝑥 ⋅ 𝑟 4
e) 𝑥 ⋅ 𝑟 3
Comentários
Vamos reescrever o determinante. Sabendo que (𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 , 𝑥4 ) são os termos de uma PA com
𝑥1 = 𝑥 e razão 𝑟, temos:
𝑥1 𝑥1 𝑥1 𝑥1 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
𝑥1 𝑥2 𝑥2 𝑥2 𝑥 𝑥+𝑟 𝑥+𝑟 𝑥+𝑟
|𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 | = | |
1 2 3 3 𝑥 𝑥 + 𝑟 𝑥 + 2𝑟 𝑥 + 2𝑟
𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4 𝑥 𝑥 + 𝑟 𝑥 + 2𝑟 𝑥 + 3𝑟
Multiplicando a primeira linha por (−1) e somando às outras linhas:
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 1 1 1 1
0 𝑟 𝑟 𝑟 0 1 1 1
| |=𝑥⋅𝑟⋅𝑟⋅𝑟⋅| |
0 𝑟 2𝑟 2𝑟 0 1 2 2
0 𝑟 2𝑟 3𝑟 0 1 2 3
Podemos aplicar a regra de Chió:
1 1 1
3
= 𝑥 ⋅ 𝑟 ⋅ |1 2 2| = 𝑥 ⋅ 𝑟 3 ⋅ (6 + 2 + 2 − 2 − 4 − 3) = 𝑥 ⋅ 𝑟 3
1 2 3
Gabarito: “e”.

57. (IME/2017)
Seja 𝑀 uma matriz real 2𝑥2. Defina uma função 𝑓 na qual cada elemento da matriz se desloca
𝑎 𝑏
para a posição seguinte no sentido horário, ou seja, se 𝑀 = ( ), implica que 𝑓 (𝑀 ) =
𝑐 𝑑
𝑐 𝑎
( ).
𝑑 𝑏
Encontre todas as matrizes simétricas 2𝑥2 reais na qual 𝑀2 = 𝑓 (𝑀).
Comentários
Vamos encontrar todas as matrizes simétricas 𝑀2𝑥2 tal que 𝑀2 = 𝑓 (𝑀).
Se 𝑀 é simétrica, então, ele é da forma:
𝑎 𝑏
𝑀=( )
𝑏 𝑐

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 129


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𝑎 𝑏 𝑎 𝑏 𝑏 𝑎
𝑀 2 = 𝑓 (𝑀 ) ⇒ ( )( )=( )
𝑏 𝑐 𝑏 𝑐 𝑐 𝑏
2 2
𝑎 + 𝑏 = 𝑏 (𝐼 )
𝑎𝑏 + 𝑏𝑐 = 𝑎 (𝐼𝐼)
𝑎𝑏 + 𝑏𝑐 = 𝑐 (𝐼𝐼𝐼)
{ 𝑏2 + 𝑐 2 = 𝑏 (𝐼𝑉 )
Das igualdades (𝐼𝐼) e (𝐼𝐼𝐼), temos:
𝑎=𝑐
Substituindo essa identidade no sistema, encontramos:
𝑎 2 + 𝑏 2 = 𝑏 (𝐼 )
2𝑎𝑏 = 𝑎 (𝐼𝐼) 𝑎 2 + 𝑏 2 = 𝑏 (𝐼 )
⇒{
2𝑎𝑏 = 𝑎 (𝐼𝐼𝐼) 2𝑎𝑏 = 𝑎 (𝐼𝐼)
2 2
{𝑏 + 𝑎 = 𝑏 (𝐼𝑉 )
De (𝐼𝐼), temos:
𝑎(2𝑏 − 1) = 0
1
𝑎 = 0 𝑜𝑢 𝑏 =
2
Se 𝑎 = 0, temos de (𝐼):
𝑏2 = 𝑏 ⇒ 𝑏(𝑏 − 1) = 0 ⇒ 𝑏 = 0 𝑜𝑢 𝑏 = 1
Se 𝑏 = 1/2, temos de (𝐼):
1 2 1 1 1
𝑎 + ( ) = ⇒ 𝑎2 = ⇒ 𝑎 = ±
2
2 2 4 2
Portanto, as matrizes que satisfazem ao problema são:
1 1 1 1

0 0 0 1
𝑀=( ),𝑀 = ( ) , 𝑀 = (2 2) ou 𝑀 = ( 2 2 )
0 0 1 0 1 1 1 1

2 2 2 2
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
𝟎 𝟎 𝟎 𝟏 −
Gabarito: 𝑴 = ( ),𝑴 = ( ) , 𝑴 = (𝟐𝟏 𝟐
𝟏 ) 𝐨𝐮 𝑴 = ( 𝟏
𝟐 𝟐
𝟏)
𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 −
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐

58. (IME/2017)
1 𝑎 −2
Seja 𝐴 = [𝑎 − 2 1 1 ] com 𝑎 ∈ ℝ. Sabe-se que det(𝐴2 − 2𝐴 + 𝐼) = 16. A soma dos
2 −3 1
valores de 𝑎 que satisfazem essa condição é:
Obs.: det(𝑋 ) denota o determinante da matriz 𝑋
a) 0
b) 1

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 130


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c) 2
d) 3
e) 4
Comentários
Note que 𝐴2 − 2𝐴 + 𝐼 = (𝐴 − 𝐼)2 . Então, temos:
det(𝐴2 − 2𝐴 + 𝐼) = det(𝐴 − 𝐼)2 = det(𝐴 − 𝐼) ⋅ det(𝐴 − 𝐼) = [det(𝐴 − 𝐼)]2
Aplicando o Teorema de Binet:
⇒ [det(𝐴 − 𝐼)]2 = 16 ⇒ det(𝐴 − 𝐼) = ±4
0 𝑎 −2
det(𝐴 − 𝐼) = |𝑎 − 2 0 1 | = 2𝑎 + 6(𝑎 − 2) = 8𝑎 − 12
2 −3 0
Assim, temos as seguintes possibilidades:
8𝑎 − 12 = 4 ⇒ 𝑎 = 2
Ou
8𝑎 − 12 = −4 ⇒ 𝑎 = 1
Portanto, a soma dos valores de 𝑎 que satisfazem essa condição é 𝑎1 + 𝑎2 = 3.
Gabarito: “d”.

59. (IME/2016)
𝑎 𝑏
Seja 𝐴 = [ ]. O maior valor de 𝑎, com 𝑎 ≠ 1, que satisfaz 𝐴24 = 𝐼 é:
−𝑏 𝑎
Observação: 𝐼 é a matriz identidade 2𝑥2.
1
a)
2
√2
b)
2
√3
c)
2
√2
d) (√3 − 1)
4
√2
e) (√3 + 1)
4

Comentários
Se 𝐴24 = 𝐼, aplicando o determinante, encontramos:
𝐵𝑖𝑛𝑒𝑡
det 𝐴24 = det 𝐼 ⇒ [det 𝐴]24 = 1 ⇒ (𝑎2 + 𝑏2 )24 = 1 ⇒ 𝑎2 + 𝑏2 = 1
Para 𝜃 ∈ [0, 2𝜋], temos que 𝑎 = cos 𝜃 e 𝑏 = − sen 𝜃 satisfazem a equação. Logo, 𝐴 é a
matriz de rotação:
cos 𝜃 − sen 𝜃
𝐴=[ ]
sen 𝜃 cos 𝜃

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 131


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Para a matriz de rotação, temos:


cos 𝑛𝜃 −sen 𝑛𝜃
𝐴𝑛 = [ ]
sen 𝑛𝜃 cos 𝑛𝜃
Desse modo:
cos(24𝜃) − sen(24𝜃) 𝟏 𝟎
𝑨𝟐𝟒 = [ ]=[ ]
sen(24𝜃) cos(24𝜃) 𝟎 𝟏
⇒ cos(24𝜃) = 1 e sen(24𝜃) = 0
24𝜃 = 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ
𝑘𝜋
⇒𝜃=
12
𝑘𝜋
⇒ 𝑎 = cos ( )
12
Queremos o maior valor de 𝑎, como 𝑎 ≠ 1, encontramos o maior valor quando 𝑘 = 1. Então:
𝜋
𝑎 = cos ( )
12
Esse é o cosseno de 15°:
√2 √3 1 √2
cos(45° − 30°) = cos 45° cos 30° + sen 45° sen 30° = ( + )= (√3 + 1)
2 2 2 4
Gabarito: “e”.

60. (IME/2015)
Sejam 𝑆 = 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 e 𝑃 = 𝑎 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑐. Calcule o determinante abaixo unicamente em função de
𝑆 e 𝑃.
𝑎 2 + (𝑏 + 𝑐 )2 2𝑏2 (𝑎 + 𝑏 ) 2 + 𝑐 2
| 2𝑎2 (𝑎 + 𝑐 )2 + 𝑏 2 (𝑎 + 𝑏 ) 2 + 𝑐 2 |
𝑎2 𝑏2 (𝑎 + 𝑏 ) 2
Comentários
Questão de manipulação algébrica.
Vamos aplicar o teorema de Jacobi no determinante da matriz:
𝑎 2 + (𝑏 + 𝑐 )2 2𝑏2 (𝑎 + 𝑏 )2 + 𝑐 2
𝐷=| 2𝑎2 (𝑎 + 𝑐 )2 + 𝑏 2 (𝑎 + 𝑏 )2 + 𝑐 2 |
𝑥(−1)
𝑎2 𝑏2 (𝑎 + 𝑏 )2
(𝑏 + 𝑐 )2 𝑏2 c2
𝐷 = | 𝑎2 ( 𝑎 + 𝑐 )2 𝑐2 | 𝑥(−1)
𝑎2 𝑏2 (𝑎 + 𝑏 ) 2
(𝑏 + 𝑐 )2 𝑏2 c2
𝐷 = | 𝑎 2 − (𝑏 + 𝑐 )2 (𝑎 + 𝑐 )2 − 𝑏 2 0 |
𝑎 2 − (𝑏 + 𝑐 )2 0 2
(𝑎 + 𝑏 ) − 𝑐 2

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 132


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(𝑏 + 𝑐 )2 𝑏2 c2
𝐷 = |(𝑎 − 𝑏 − 𝑐 )(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) (a − b + c)(a + b + c) 0 |
(𝑎 − 𝑏 − 𝑐 )(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) 0 (𝑎 + 𝑏 − 𝑐 )(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )

(𝑏 + 𝑐 ) 2 𝑏2 c2
𝐷 = (𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )2 ⋅ |(𝑎 − 𝑏 − 𝑐 ) (a − b + c ) 0 |
(𝑎 − 𝑏 − 𝑐 ) 0 (𝑎 + 𝑏 − 𝑐 )

𝑥(−1)
2bc b2 c2
( ) 2 (a − b + c )
𝐷 = 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ⋅ | −2𝑐 0 |
−2𝑏 0 (𝑎 + 𝑏 − 𝑐 )
Calculando o determinante:
2
(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) ⋅ [2𝑏𝑐 ⏟
𝐷=⏟ (𝑎 + 𝑏 − 𝑐 ) + 2𝑏𝑐 2 ⏟
(𝑎 − 𝑏 + 𝑐 ) ⏟ (𝑎 − 𝑏 + 𝑐 ) + 2𝑏2 𝑐 ⏟
(𝑎 + 𝑏 − 𝑐 ) ]
𝑆2 𝑆−2𝑏 𝑆−2𝑐 𝑆−2𝑏 𝑆−2𝑐
2
𝐷 = 𝑆 ⋅ 2𝑏𝑐 ⋅ [(𝑆 − 2𝑏)(𝑆 − 2𝑐 ) + 𝑐 (𝑆 − 2𝑏) + 𝑏(𝑆 − 2𝑐 )]
𝐷 = 𝑆 2 ⋅ 2𝑏𝑐 ⋅ [𝑆 2 − 2𝑏𝑆 − 2𝑐𝑆 + 4𝑏𝑐 + 𝑐𝑆 − 2𝑏𝑐 + 𝑏𝑆 − 2𝑏𝑐 ]

𝐷 = 𝑆 2 ⋅ 2𝑏𝑐 ⋅ 𝑆 ⋅ [𝑆 − (⏟𝑏 + 𝑐 )]
𝑆−𝑎

𝐷 = 2𝑆 3 𝑎𝑏𝑐 = 2𝑆 3 𝑃
Gabarito: 𝟐𝑺𝟑 𝑷

61. (IME/2015)
Dada a matriz 𝐴, a soma do módulo dos valores de 𝑥 que tornam o determinante da matriz 𝐴
nulo é:
1 2𝑥 0 0
𝑥2 1 𝑥−1 2
𝐴=[ ]
1 𝑥+4 0 0
𝑥 −1 1 𝑥−2
a) 7
b) 8
c) 9
d) 10
e) 11
Comentários
Queremos det 𝐴 = 0, precisamos encontrar a equação do determinante. Vamos aplicar a
regra de Chió:

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 133


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1 2𝑥 0 0
2 1 − 2𝑥 3 𝑥 − 1 2
𝑥 1 𝑥−1 2
det 𝐴 = | | = | −𝑥 + 4 0 0 |
1 𝑥+4 0 0 2
−1 − 2𝑥 1 𝑥−2
𝑥 −1 1 𝑥−2
det 𝐴 = 2(−𝑥 + 4) − (−𝑥 + 4)(𝑥 − 1)(𝑥 − 2) = (−𝑥 + 4)(2 − 𝑥 2 + 3𝑥 − 2)
= (−𝑥 + 4)(−𝑥 2 + 3𝑥) = 𝑥 (𝑥 − 4)(𝑥 − 3)
Se det 𝐴 = 0, então:
𝑥 (𝑥 − 4)(𝑥 − 3) = 0 ⇒ 𝑥1 = 0 𝑜𝑢 𝑥2 = 3 𝑜𝑢 𝑥3 = 4
A soma do módulo desses valores é:
|𝑥1 | + |𝑥2 | + |𝑥3 | = 0 + 3 + 4 = 7
Gabarito: “a”.

62. (IME/2014)
𝑎 𝑏 𝑐
Seja a matriz 𝐴 = [𝑏 𝑐 𝑎], em que 𝑎, 𝑏 e 𝑐 são números reais positivos satisfazendo 𝑎𝑏𝑐 =
𝑐 𝑎 𝑏
1. Sabe-se que 𝐴𝑇 𝐴 = 𝐼, em que 𝐴𝑇 é a matriz transposta de 𝐴 e 𝐼 é a matriz identidade de 3ª
ordem. O produto dos possiveis valores de 𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 é
a) 2
b) 4
c) 6
d) 8
e) 10
Comentários
Essa questão foi anulada, veja o motivo:
Note que 𝐴𝑇 = 𝐴, então:
𝑎 𝑏 𝑐 𝑎 𝑏 𝑐 1 0 0
𝐴2 = 𝐼 ⇒ [𝑏 𝑐 𝑎] [𝑏 𝑐 𝑎] = [0 1 0]
𝑐 𝑎 𝑏 𝑐 𝑎 𝑏 0 0 1
Dessa identidade, encontramos as seguintes equações:
2 2 2
{𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 1
𝑎𝑏 + 𝑏𝑐 + 𝑎𝑐 = 0
Podemos usar essas equações para encontrar o valor de 𝑎 + 𝑏 + 𝑐:
(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )2 = ⏟
𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 + 2(𝑎𝑏
⏟ + 𝑏𝑐 + 𝑎𝑐 )
1 0
(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )2 = 1 ⇒ 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = ±1
O problema afirma que 𝑎, 𝑏, 𝑐 são números reais positivos, então, devemos ter:
𝑎+𝑏+𝑐 =1

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 134


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Sabendo que 𝑎𝑏𝑐 = 1, podemos usar a desigualdade das médias:


𝑎+𝑏+𝑐 3
≥ √𝑎𝑏𝑐
3
𝑎+𝑏+𝑐 ≥3
Nesse caso, encontramos um sistema sem solução, pois 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 1 e pela desigualdade,
vemos que o menor valor que 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 assume é 3.
Por esse motivo, a questão foi anulada.
Se não houvesse a restrição de 𝑎, 𝑏, 𝑐 ser positiva, poderíamos resolver o problema aplicando
o determinante na identidade 𝐴2 = 𝐼:
𝐵𝑖𝑛𝑒𝑡
det(𝐴2 ) = det 𝐼 ⇒ (det 𝐴)2 = 1 ⇒ det 𝐴 = ±1
⏟ − (𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 ) = ±1
det 𝐴 = 3 𝑎𝑏𝑐
1

𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 = 3 ∓ 1
𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 = 2 𝑜𝑢 𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 = 4
Portanto, o produto dos possíveis valores dessa expressão é 2 ⋅ 4 = 8.
Gabarito: Questão anulada

63. (IME/2013)
1 2 3
Seja Δ o determinante da matriz [𝑥 𝑥2 𝑥 3 ]. O número de possíveis valores de 𝑥 reais que
𝑥 𝑥 1
anulam Δ é
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) 4
Comentários
Vamos calcular o valor de 𝑥 que torna o determinante nulo:
1 2 3 1 2 3
2
Δ = |𝑥 𝑥 𝑥 | = 0 ⇒ 𝑥 ⋅ |1 𝑥 𝑥 2 | = 0
3

𝑥 𝑥 1 𝑥 𝑥 1
Pelo teorema de Jacobi, vamos multiplicar a terceira linha por (−1) e somar à segunda linha:
1 2 3 1 2 3
𝑥 ⋅ |1 − 𝑥 2
0 𝑥 − 1| = 0 ⇒ 𝑥 ⋅ |−(𝑥 − 1) 0 (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)| = 0
𝑥 𝑥 1 𝑥 𝑥 1
1 2 3
𝑥 ⋅ (𝑥 − 1) ⋅ |−1 0 𝑥 + 1| = 0
𝑥 𝑥 1

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 135


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Aplicando a regra de Chió:


2 𝑥+4
𝑥 ⋅ (𝑥 − 1) ⋅ | | = 0 ⇒ 𝑥 ⋅ (𝑥 − 1) ⋅ (2(1 − 3𝑥) + 𝑥 (𝑥 + 4)) = 0
−𝑥 1 − 3𝑥
𝑥 (𝑥 − 1)(2 − 6𝑥 + 𝑥 2 + 4𝑥) = 0
𝑥 (𝑥 − 1)(𝑥 2 − 2𝑥 + 2) = 0
Note que o discriminante da equação quadrática acima é menor que zero, logo, as raízes
dessa equação não são reais:
𝑥 2 − 2𝑥 + 2 = 0 ⇒ 𝑥 ∉ ℝ
Portanto, as únicas raízes são:
𝑥 = 0 𝑜𝑢 𝑥 = 1
Temos 2 raízes reais.
Gabarito: “c”.

64. (IME/2012)
São dadas as matrizes quadradas inversiveis 𝐴, 𝐵 e 𝐶, de ordem 3. Sabe-se que o determinante
1
de 𝐶 vale (4 − 𝑥), onde 𝑥 é um número real, o determinante da matriz inversa de 𝐵 vale − e
3
que (𝐶𝐴𝑡 )𝑡 = 𝑃−1 𝐵𝑃, onde 𝑃 é uma matriz inversível.
0 0 1
Sabendo que 𝐴 = (3 𝑥 0), determine os possíveis valores de 𝑥.
1 0 0
𝑡
Obs.: (𝑀) é a matriz transposta de 𝑀.
a) −1 e 3
b) 1 e −3
c) 2 e 3
d) 1 e 3
e) −2 e −3
Comentários
Pela igualdade fornecida no enunciado:
(𝐶𝐴𝑡 )𝑡 = 𝑃−1 𝐵𝑃 ⇒ 𝐴𝐶 𝑡 = 𝑃−1 𝐵𝑃
Aplicando o determinante na equação acima:
𝐵𝑖𝑛𝑒𝑡
det(𝐴𝐶 𝑡 ) = det(𝑃−1 𝐵𝑃 ) ⇒ det 𝐴 ⋅ det 𝐶 𝑡 = det 𝑃−1 ⋅ det 𝐵 ⋅ det 𝑃 ⇒ det 𝐴 ⋅ det 𝐶 𝑡 = det 𝐵
Sabendo que det 𝐶 𝑡 = det 𝐶, do enunciado, temos:
det 𝐶 𝑡 = det 𝐶 = 4 − 𝑥
1 1
det 𝐵−1 = = − ⇒ det 𝐵 = −3
det 𝐵 3
det 𝐴 = −𝑥

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 136


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Substituindo os valores na equação dos determinantes:


−𝑥 (4 − 𝑥) = −3
𝑥 2 − 4𝑥 + 3 = 0 ⇒ (𝑥 − 3)(𝑥 − 1) = 0 ⇒ 𝑥 = 3 𝑜𝑢 𝑥 = 1
Gabarito: “d”.

65. (IME/2012)
Calcule as raízes de 𝑓(𝑥) em função de 𝑎, 𝑏 e 𝑐, sendo 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑥 ∈ ℝ (real) e
𝑥 𝑎 𝑏 𝑐
𝑎 𝑥 𝑐 𝑏
𝑓 (𝑥 ) = | |.
𝑏 𝑐 𝑥 𝑎
𝑐 𝑏 𝑎 𝑥
Comentários
Vamos usar o teorema de Jacobi e somar a segunda, terceira e quarta linha na primeira:
𝑥 𝑎 𝑏 𝑐 𝑥+𝑎+𝑏+𝑐𝑥+𝑎+𝑏+𝑐 𝑥+𝑎+𝑏+𝑐 𝑥+𝑎+𝑏+𝑐
𝑎 𝑥 𝑐 𝑏 𝑎 𝑥 𝑐 𝑏
𝑓 (𝑥 ) = | |=| |
𝑏 𝑐 𝑥 𝑎 𝑏 𝑐 𝑥 𝑎
𝑐 𝑏 𝑎 𝑥 𝑐 𝑏 𝑎 𝑥
1 1 1 1
𝑎 𝑥 𝑐 𝑏
𝑓 (𝑥 ) = (𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) | |
𝑏 𝑐 𝑥 𝑎
𝑐 𝑏 𝑎 𝑥
Agora, podemos usar a regra de Chió:
𝑥−𝑎 𝑐−𝑎 𝑏−𝑎
𝑓 (𝑥 ) = (𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) | 𝑐 − 𝑏 𝑥 − 𝑏 𝑎 − 𝑏 |
𝑏−𝑐 𝑎−𝑐 𝑥−𝑐
Pelo teorema de Jacobi, vamos somar a segunda linha na primeira:
𝑥−𝑎−𝑏+𝑐
𝑥−𝑎−𝑏+𝑐 0
𝑓 (𝑥 ) = ( 𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) | 𝑐−𝑏
𝑥−𝑏 𝑎 − 𝑏|
𝑏−𝑐
𝑎−𝑐 𝑥−𝑐
1 1 0
( ) ( )( )
𝑓 𝑥 = 𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 𝑥 − 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 |𝑐 − 𝑏 𝑥 − 𝑏 𝑎 − 𝑏 |
𝑏−𝑐 𝑎−𝑐 𝑥−𝑐
Aplicando Chió:
𝑥−𝑐 𝑎−𝑏
𝑓 (𝑥) = (𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )(𝑥 − 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 ) | |
𝑎−𝑏 𝑥−𝑐
𝑓(𝑥) = (𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )(𝑥 − 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 )((𝑥 − 𝑐 )2 − (𝑎 − 𝑏)2 )
𝑓(𝑥) = (𝑥 + 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )(𝑥 − 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 )(𝑥 − 𝑎 + 𝑏 − 𝑐 )(𝑥 + 𝑎 − 𝑏 − 𝑐 )
Portanto, as raízes de 𝑓 são dadas por:
𝑓 (𝑥) = 0 ⇒ 𝑥 = −(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) 𝑜𝑢 𝑥 = 𝑎 + 𝑏 − 𝑐 𝑜𝑢 𝑥 = 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 𝑜𝑢 𝑥 = −𝑎 + 𝑏 + 𝑐
Gabarito: 𝒙 = −(𝒂 + 𝒃 + 𝒄) 𝒐𝒖 𝒙 = 𝒂 + 𝒃 − 𝒄 𝒐𝒖 𝒙 = 𝒂 − 𝒃 + 𝒄 𝒐𝒖 𝒙 = −𝒂 + 𝒃 + 𝒄

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 137


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66. (IME/2010)
𝑦2 + 𝑧2 𝑥𝑦 𝑥𝑧
2 2
Demonstre que a matriz ( 𝑥𝑦 𝑥 +𝑧 𝑦𝑧 ), onde 𝑥, 𝑦, 𝑧 ∈ ℕ, pode ser escrita
𝑥𝑧 𝑦𝑧 𝑥 + 𝑦2
2

como o quadrado de uma matriz simétrica, com traço igual a zero, cujos elementos pertencem
ao conjunto dos números naturais.
Obs.: Traço de uma matriz é a soma dos elementos de sua diagonal principal.
Comentários
Seja 𝑀 uma matriz simétrica 3𝑥3 da forma:
𝑎 𝑑 𝑒
𝑀=( 𝑑 𝑏 𝑓)
𝑒 𝑓 𝑐
O enunciado afirma que o traço de 𝑀 deve ser igual a zero e todos os seus elementos
perntecem ao conjunto dos números naturais, então, temos:
𝑡𝑟𝑀 = 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 0
Como 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ ℕ, devemos ter 𝑎 = 𝑏 = 𝑐 = 0:
0 𝑑 𝑒
𝑀=( 𝑑 0 𝑓)
𝑒 𝑓 0
Queremos uma matriz 𝑀 que satisfaça a seguinte relação:
𝑦2 + 𝑧2 𝑥𝑦 𝑥𝑧
𝑀2 = ( 𝑥𝑦 𝑥 + 𝑧2
2
𝑦𝑧 )
𝑥𝑧 𝑦𝑧 𝑥 + 𝑦2
2

0 𝑑 𝑒 0 𝑑 𝑒 𝑦2 + 𝑧2 𝑥𝑦 𝑥𝑧
( 𝑑 0 𝑓 ) (𝑑 0 𝑓 ) = ( 𝑥𝑦 𝑥 + 𝑧2
2
𝑦𝑧 )
𝑒 𝑓 0 𝑒 𝑓 0 𝑥𝑧 𝑦𝑧 𝑥 + 𝑦2
2

𝑑2 + 𝑒 2 𝑒𝑓 𝑑𝑓 𝑦2 + 𝑧2 𝑥𝑦 𝑥𝑧
( 𝑒𝑓 𝑑2 + 𝑓 2 𝑑𝑒 ) = ( 𝑥𝑦 𝑥2 + 𝑧2 𝑦𝑧 )
𝑑𝑓 𝑑𝑒 𝑒 + 𝑓2
2
𝑥𝑧 𝑦𝑧 𝑥 + 𝑦2
2

Se tomarmos 𝑑 = 𝑧, 𝑒 = 𝑦 e 𝑓 = 𝑥, temos que a igualdade é satisfeita.


0 𝑧 𝑦
Assim, 𝑀 = ( 𝑧 0 𝑥 ) é a matriz simétrica de traço igual a zero e cujos elementos são
𝑦 𝑥 0
naturais que satisfaz a relação:
𝑦2 + 𝑧2 𝑥𝑦 𝑥𝑧
𝑀2 = ( 𝑥𝑦 𝑥2 + 𝑧2 𝑦𝑧 )
𝑥𝑧 𝑦𝑧 𝑥 + 𝑦2
2

Gabarito: Demonstração

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 138


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67. (IME/2010)
Considere o determinante de uma matriz de ordem 𝑛, definido por:
1 1 1 1 … 1 1
−1 3 0 0 … 0 0
|0 −1 3 0 … 0 0|
Δ𝑛 = 0 0 −1 3 … 0 0
|… … … … … … …|
0 0 0 0 … 3 0
0 0 0 0 … −1 3
Sabendo que Δ1 = 1, o valor de Δ10 é
a) 59049
b) 48725
c) 29524
d) 9841
e) 364
Comentários
Vamos aplicar o teorema de Laplace na primeira coluna, então, para 𝑛 ≥ 2:
Δ𝑛 = 1 ⋅ A11 + (−1) ⋅ 𝐴21
1 1 1 1 … 1 1
3 0 0 … 0 0
−1 3 0 0 … 0 0
|0 −1 3 0 … 0 0
−1 3 0 … 0 0| | 0 −1 3 … 0 0 |
𝐴11 = 0 0 −1 3 … 0 0 = (−1)1+1 ⋅
|… … … … … …|
|… … … … … … …|
0 0 0 … 3 0
0 0 0 0 … 3 0 ⏟0 0 0 … −1 3
0 0 0 0 … −1 3 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑛−1

O determinante acima é de uma matriz triangular de ordem 𝑛 − 1, então, o seu valor é igual
ao produto da diagonal principal:
𝐴11 = 3𝑛−1
1 1 1 1 … 1 1
1 1 1 … 1 1
−1 3 0 0 … 0 0
|0 −1 3 0 … 0 0
−1 3 0 … 0 0| |0 −1 3 … 0 0|
𝐴21 = 0 0 −1 3 … 0 0 = (−1)2+1 ⋅
|… … … … … …|
|… … … … … … …|
0 0 0 … 3 0
0 0 0 0 … 3 0
⏟0 0 0 … −1 3
0 0 0 0 … −1 3 Δ𝑛−1

Nesse caso, o determinante possui a mesma forma de Δ𝑛 com a diferença de uma ordem a
menos:
𝐴21 = −Δ𝑛−1
Então, Δ𝑛 é dado por:

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 139


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Δ𝑛 = 3𝑛−1 − (−Δ𝑛−1 )
Δ𝑛 − Δ𝑛−1 = 3𝑛−1
Assim, encontramos uma fórmula de recorrência para o determinante. Para calcular Δ10 ,
podemos proceder da seguinte forma:
Δ2
Δ2 − Δ1 = 31
Δ3 − Δ2 = 32
Δ4 − Δ3 = 33

Δ10 − Δ9 = 39

⏟1 = 31 + 32 + ⋯ + 39
Δ10 − Δ
1

1 + 3 + 32 + ⋯ + 39
⇒ Δ10 = ⏟
10 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠

Essa expressão é a soma de uma PG de razão 𝑞 = 3 cujo primeiro termo é 1, desse modo:
(310 − 1) 310 − 1
Δ10 = 1 ⋅ = = 29524
3−1 2
Gabarito: “c”.

68. (IME/2009)
Seja 𝐴 uma matriz quadrada inversível de ordem 4 tal que o resultado da soma (𝐴4 + 3𝐴3 ) é
uma matriz de elementos nulos. O valor do determinante de 𝐴 é
a) −81
b) −27
c) −3
d) 27
e) 81
Comentários
Do enunciado:
𝐴4 + 3𝐴3 = 𝑂
𝐴4 = −3𝐴3
Aplicando 𝑑𝑒𝑡 dos dois lados:
det 𝐴4 = det (−3𝐴3 )
Mas, a matriz 𝐴 é 4𝑥4, logo:
(det 𝐴)4 = (−3)4 ⋅ det 𝐴3
(det 𝐴)4 = (−3)4 ⋅ (det 𝐴)3

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 140


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(det 𝐴)4 − [34 ⋅ (det 𝐴)3 ] = 0


(det 𝐴)3 (det 𝐴 − 34 ) = 0
Então, det 𝐴 = 0 ou det 𝐴 = 34 = 81. Contudo, o enunciado diz que 𝐴 é inversível, então,
det 𝐴 ≠ 0. Portanto:
det 𝐴 = 81
Gabarito: “e”

69. (IME/2008)
Assinale a opção correspondente ao valor da soma das raízes reais da equação:
log 𝑥 log 𝑥 log 𝑥
|log 6𝑥 log 3𝑥 cos 𝑥 | = 0
1 1 log 2 𝑥
a) 1,0
b) 𝜋
c) 10,0
d) 11,0
e) 11,1
Comentários
log x log x log x
|log 6x log 3x cos x | = 0
1 1 log 2 x
Colocando log 𝑥 em evidência:
1 1 1
log 𝑥 |log 6x log 3x cos x | = 0
1 1 log 2 x
Pelo teorema de Jacobi, subtraindo a primeira linha da terceira linha, temos:
0 0 1 − log 2 𝑥
log 𝑥 |log 6x log 3x cos x | = 0
1 1 log 2 x
Aplicando teorema de Laplace na primeira linha:
log 6𝑥 log 3𝑥
log 𝑥 ⋅ [(−1)1+3 ⋅ (1 − log 2 𝑥 ) ⋅ | |] = 0
1 1
log 𝑥 ⋅ (1 − log 2 𝑥 ) ⋅ (log 6𝑥 − log 3𝑥) = 0
Portanto, devemos analisar três possibilidades:
1) se log 𝑥 = 0, então:
𝑥=1

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 141


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2) se (1 − log 2 𝑥 ) = 0, então:
log 2 𝑥 = 1
log 𝑥 = ±1
𝑥 = 10 ou 𝑥 = 10−1
3) se (log 6𝑥 − log 3𝑥 ) = 0, então:
log 6𝑥 − log 3𝑥 = 0
log 6𝑥 = log 3𝑥
6𝑥 = 3𝑥
𝑥=0
Mas isso não é uma raiz, pois log 0 não está definido, ou seja, 𝑥 = 0 não pertence ao domínio
da função logarítmica.
Desse modo, as raízes são 𝑥 = 1, 𝑥 = 10 e 𝑥 = 10−1 = 0,1. Assim:
𝑆 = 1 + 10 + 0,1 = 11,1
Gabarito: “e”

70. (IME/2007)
Seja a matriz 𝐷 dada por:
1 1 1
𝐷=[ 𝑝 𝑞 𝑟 ]
𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂) 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂)
na qual 𝑝, 𝑞 e 𝑟 são lados de um triângulo cujos ângulos opostos são, respectivamente,
𝑃̂, 𝑄̂ e 𝑅̂. O valor do determinante de 𝐷 é
a) −1
b) 0
c) 1
d) 𝜋
e) 𝑝 + 𝑞 + 𝑟
Comentários
Aplicando a lei dos senos no triângulo citado, temos:
𝑝 𝑞 𝑟
= = (𝐼)
𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂) 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂)
Além disso, calculando o determinante 𝐷, temos:
𝐷 = 𝑞 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂) + 𝑝 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂) + 𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) − 𝑞 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) − 𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂) − 𝑝 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂)
Reorganizando:

𝐷 = (𝑞 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂) − 𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂)) + (𝑝 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂) − 𝑞 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑃̂)) + (𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) − 𝑝 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂ ))

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 142


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De (𝐼), temos que:


𝑞 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂) = 𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂)
𝑝 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑄̂ ) = 𝑞 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑃̂)
𝑟 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑃̂) = 𝑝 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝑅̂)
Logo,
𝐷 =0+0+0=0
Gabarito: “b”

71. (IME/2007)
3 1
1 0
Considere as matrizes 𝐴 = [41 4
3] e 𝐵 = [0 1 ], e seja 𝑃 uma matriz inversível tal que 𝐵 =
2
4 4
𝑃−1 𝐴𝑃. Sendo 𝑛 um número natural, calcule o determinante da matriz 𝐴𝑛 .
Comentários
Temos que:
det 𝐵 = det(𝑃−1 𝐴𝑃)
det 𝐵 = det 𝑃−1 ⋅ det 𝐴 ⋅ det 𝑃
Mas 𝑃 é inversível, logo:
1
det 𝑃−1 = ⇒ det 𝑃−1 ⋅ det 𝑃 = 1
det 𝑃
Portanto:
det 𝐵 = (det 𝑃−1 ⋅ det 𝑃) ⋅ det 𝐴 ⇒ det 𝐵 = det 𝐴
Do enunciado, temos:
1 0 1
det 𝐵 = | 1| =
0 2
2
Ou seja:
1
det 𝐴 =
2
Para calcular o valor do determinante de 𝐴, basta usar o teorema de Binet:
det 𝐴𝑛 = (det 𝐴)𝑛

𝑛
1 𝑛
∴ det 𝐴 = ( )
2
𝟏 𝒏
Gabarito: 𝐝𝐞𝐭 𝑨𝒏 = ( )
𝟐

72. (IME/2006)

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 143


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Seja 𝐷𝑛 = det(𝐴𝑛 ), onde


2 −1 0 0 ⋯ 0 0
−1 2 −1 0 ⋯ 0 0
0 −1 2 −1 ⋯ 0 0
𝐴𝑛 =
⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
[0 0 0 0 ⋯ −1 2 ]𝑛𝑥𝑛
Determine 𝐷𝑛 em função de 𝑛 (𝑛 ∈ ℕ, 𝑛 ≥ 1).
Comentários
Aplicando o teorema de Laplace em 𝐷𝑛 na primeira linha:
2 −1 0 0 ⋯ 0 0
−1 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
𝐷𝑛 = 2 ⋅ (−1)1+1 ⋅ +
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
⏟0 0 0 0 ⋯ −1 2
𝐷𝑛−1 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)

−1 −1 0 0 ⋯ 0 0
0 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
(−1) ⋅ (−1)1+2 ⋅
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
0 0 0 0 ⋯ −1 2 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)
O segundo determinante pode ser calculado utilizando Laplace novamente:
−1 −1 0 0 ⋯ 0 0
0 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
=
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
0 0 0 0 ⋯ −1 2 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)
2 −1 0 0 ⋯ 0 0
−1 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
(−1) ⋅ (−1)1+1 ⋅ +
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
⏟0 0 0 0 ⋯ −1 2
𝐷𝑛−2 (𝑛−2)𝑥(𝑛−2)

0 −1 0 0 ⋯ 0 0
0 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
+ (−1) ⋅ (−1)1+2 ⋅
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
⏟0 0 0 0 ⋯ −1 2
0 (𝑛−2)𝑥(𝑛−2)

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 144


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Note que a primeira coluna do segundo determinante da soma acima é nula, logo, esse
determinante é nulo.
Portanto, para o segundo determinante, temos:
−1 −1 0 0 ⋯ 0 0
0 2 −1 0 ⋯ 0 0
|0 −1 2 −1 ⋯ 0 0|
= −𝐷𝑛−2
|⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯|
0 0 0 0 ⋯ 2 −1
0 0 0 0 ⋯ −1 2 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)
Assim, o determinante 𝐷𝑛 é dado pela seguinte fórmula de recorrência:
𝐷𝑛 = 2 ⋅ 𝐷(𝑛−1) − 𝐷(𝑛−2)
Usando essa fórmula, podemos escrever:
𝐷𝑛 = 2 ⋅ 𝐷(𝑛−1) − 𝐷𝑛−2
𝐷𝑛−1 = 2 ⋅ 𝐷𝑛−2 − 𝐷𝑛−3
𝐷𝑛−2 = 2 ⋅ 𝐷𝑛−3 − 𝐷𝑛−4

𝐷4 = 2 ⋅ 𝐷3 − 𝐷2
𝐷3 = 2 ⋅ 𝐷2 − 𝐷1
(+)
𝐷𝑛 = 𝐷𝑛−1 + 𝐷2 − 𝐷1

Desse modo:
𝐷𝑛 = 𝐷𝑛−1 + 𝐷2 − 𝐷1
𝐷𝑛−1 = 𝐷𝑛−2 + 𝐷2 − 𝐷1

𝐷2 = 𝐷1 + 𝐷2 − 𝐷1
(+)
𝐷𝑛 = 𝐷1 + (𝑛 − 1)(𝐷2 − 𝐷1 )
∴ 𝐷𝑛 = (𝑛 − 1)(𝐷2 − 𝐷1 ) + 𝐷1 (𝐼)
Podemos calcular 𝐷2 e 𝐷1 :
𝐷1 = |2| = 2
2 −1
𝐷2 = | |=3
−1 2
Substituindo esses valores em (𝐼):
𝐷𝑛 = (𝑛 − 1) ⋅ (3 − 2) + 2
𝐷𝑛 = 𝑛 − 1 + 2
∴ 𝐷𝑛 = 𝑛 + 1
Gabarito: 𝑫𝒏 = 𝒏 + 𝟏

73. (IME/2004)
Calcule o número natural 𝑛 que torna o determinante abaixo igual a 5.

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 145


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1 −1 0 0
0 1 −1 0
| |
0 0 1 −1
log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 + 1) log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1)
Comentários
Seja Δ o determinante apresentado no enunciado. Pelo teorema de Jacobi, somando a
primeira coluna com a segunda, temos:
1 0 0 0
0 1 −1 0
Δ=| |
0 0 1 −1
log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 + 1) + log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1)
1 0 0 0
0 1 −1 0
Δ=| |
0 0 1 −1
log 2 𝑛 − 1)
( log 2 (𝑛 + 1)(𝑛 − 1))
( log 2 𝑛 − 1)
( log 2 (𝑛 − 1)
Aplicando o teorema de Laplace na primeira linha:
1 −1 0
Δ = 1 ⋅ (−1 )1+1 ⋅| 0 1 −1 |
log 2 ( 𝑛 + 1)(𝑛 − 1))
( log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1)
1 −1 0
Δ=| 0 1 −1 |
log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)) log 2 (𝑛 − 1) log 2 (𝑛 − 1)
Para o novo determinante Δ3𝑥3 , devemos somar a primeira coluna com a segunda coluna
novamente:
1 0 0
Δ=| 0 1 −1 |
log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)) log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)2 ) log 2 (𝑛 − 1)
Aplicando Laplace na primeira linha:
1 −1
Δ = |log ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)2 ) | ( ) (( )( )2 )
2 log 2 (𝑛 − 1) = log 2 𝑛 − 1 + log 2 𝑛 + 1 𝑛 − 1
Δ = log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)3 )
Como queremos Δ = 5, temos:
log 2 ((𝑛 + 1)(𝑛 − 1)3 ) = 5
(𝑛 + 1)(𝑛 − 1)3 = 25 = 4 ⋅ 23
Portanto 𝑛 + 1 = 4 e 𝑛 − 1 = 2, ou seja, 𝑛 = 3 é solução.
Gabarito: 𝒏 = 𝟑

74. (IME/2002)

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 146


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Uma matriz quadrada é denominada ortogonal quando a sua transposta é igual a sua inversa.
Considerando esta definição, determine se a matriz [𝑅], abaixo, é uma matriz ortogonal,
sabendo-se que 𝑛 é um número inteiro e 𝛼 é um ângulo qualquer. Justifique a sua resposta.
cos(𝑛𝛼) −sen(𝑛𝛼) 0
[𝑅] = [sen(𝑛𝛼) cos(𝑛𝛼) 0]
0 0 1
Comentários
Vamos calcular a inversa de [𝑅]:
1
[𝑅]−1 = ̅̅̅̅
⋅ [𝑅]
det[𝑅]
1) det[𝑅]:
det[𝑅] = cos2 (𝑛𝛼) + 𝑠𝑒𝑛2 (𝑛𝛼) = 1
̅̅̅̅:
2) [𝑅]
̅̅̅̅ = ([𝑅]𝑐𝑜𝑓 )𝑇
[𝑅]

𝑇
cos(𝑛𝛼) 0 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0
| | −| | 0
0 1 0 1
̅̅̅̅ = − |−𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0|
[𝑅] |
cos (𝑛𝛼) 0
| 0
0 1 0 1
cos (𝑛𝛼) −𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼)
0 0 | |
[ 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) cos (𝑛𝛼) ]
cos(𝑛𝛼) −𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0 𝑇
̅̅̅̅ = [𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) cos(𝑛𝛼) 0]
[𝑅]
0 0 1
cos(𝑛𝛼) 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0
̅̅̅̅
[𝑅] = [−𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼 ) cos(𝑛𝛼) 0]
0 0 1
3) [𝑅]−1 :

1 cos(𝑛𝛼) 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0
[𝑅]−1 = ̅̅̅̅
[𝑅] = 1 ⋅ [−𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) cos(𝑛𝛼) 0]
det[𝑅]
0 0 1
cos(𝑛𝛼) 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) 0
[𝑅] = [−𝑠𝑒𝑛(𝑛𝛼) cos(𝑛𝛼) 0] = [𝑅]𝑇
−1

0 0 1
Logo:
[𝑅]𝑇 = [𝑅]−1
Portanto, [𝑅] é ortogonal.
Gabarito: Prova

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 147


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75. (IME/2000)
Calcule o determinante:
1 1 1 1 1 1 1
1 3 1 1 1 1 1
|1 1 5 1 1 1 1|
𝐷= 1 1 1 7 1 1 1
|1 1 1 1 9 1 1|
1 1 1 1 1 11 1
1 1 1 1 1 1 13
Comentários
Pelo teorema de Jacobi, vamos multiplicar a primeira coluna por (−1) e somar às outras.
1 0 0 0 0 0 0
1 2 0 0 0 0 0
|1 0 4 0 0 0 0|
𝐷= 1 0 0 6 0 0 0
|1 0 0 0 8 0 0|
1 0 0 0 0 10 0
1 0 0 0 0 0 12
Aplicando o teorema de Laplace na primeira linha:
2 0 0 0 0 0
0 4 0 0 0 0
|0 0 6 0 0 0|
D=1⋅
|0 0 0 8 0 0|
0 0 0 0 10 0
0 0 0 0 0 12
Aplicando teorema de Laplace na primeira linha, novamente:
4 0 0 0 0
0 6 0 0 0
D = 1 ⋅ 2 ⋅ ||0 0 8 0 0 ||
0 0 0 10 0
0 0 0 0 12
Desse modo, podemos observar que realizando esse processo sucessivas vezes, obtemos:
𝐷 = 1 ⋅ 2 ⋅ 4 ⋅ 6 ⋅ 8 ⋅ 10 ⋅ 12
𝐷 = 46080
Gabarito: 𝑫 = 𝟒𝟔𝟎𝟖𝟎

76. (IME/1999)
6 0
Determine uma matriz não singular 𝑃 que satisfaça a equação matricial 𝑃−1 𝐴 = [ ],
0 −1
1 2
onde 𝐴 = [ ].
5 4
Comentários

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 148


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Temos inicialmente que:


6 0
𝑃−1 𝐴 = [ ]
0 −1
Multiplicando por 𝑃 à esquerda nos dois lados:
6 0
𝑃𝑃−1 𝐴 = 𝑃 [ ]
0 −1
Então:
6 0
𝐴 = 𝑃[ ]
0 −1
𝑎 𝑏
Substituindo 𝐴 e fazendo 𝑃 = [ ]:
𝑐 𝑑
1 2 𝑎 𝑏 6 0
[ ]=[ ][ ]
5 4 𝑐 𝑑 0 −1
1 2 6𝑎 −𝑏
[ ]=[ ]
5 4 6𝑐 −𝑑
Igualando os termos das matrizes, encontramos:
1
6𝑎 = 1 → 𝑎 =
6
−𝑏 = 2 → 𝑏 = −2
5
6𝑐 = 5 → 𝑐 =
6
−𝑑 = 4 → 𝑑 = −4
Portanto:
1
−2
𝑃 = [6 ]
5
−4
6
𝟏
−𝟐
Gabarito: 𝑷 = [𝟔𝟓 ]
−𝟒
𝟔

77. (IME/1994)
Um aluno, ao inverter a matriz
1 𝑎 𝑏
𝐴 = [0 𝑐 𝑑 ] = [𝑎𝑖𝑗 ], 1 ≤ 𝑗, 𝑗 ≤ 3
4 𝑒 𝑓
cometeu um engano, e considerou o elemento 𝑎13 igual a 3, de forma que acabou invertendo
a matriz
1 𝑎 𝑏
𝐵 = [0 𝑐 𝑑 ] = [𝑏𝑖𝑗 ]
3 𝑒 𝑓

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 149


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Com esse engano o aluno encontrou


5/2 0 −1/2
−1
𝐵 =[ 3 1 −1 ]
−5/2 0 1/2
Determinar 𝐴−1 .
Obs.: O elemento (3,1) de 𝐵−1 deve ser −3/2.
Comentários
Inicialmente, temos:
1 0 0
𝐵𝐵−1 = [0 1 0]
0 0 1
Aplicando a observação referente ao elemento (3,1):
5 1
1 𝑎 𝑏 2 0 − 1 0 0
2
[0 𝑐 𝑑] 3 1 −1 = [0 1 0]
3 𝑒 𝑓 3 1 0 0 1

[ 2 0 ]
2
5 3 1 1
+ 3𝑎 − 𝑏 𝑎 − −𝑎+ 𝑏
2 2 2 2
3 1 1 1 0 0
3𝑐 − 𝑑 𝑐 − − 𝑐 + 𝑑 = [0 1 0]
2 2 2 0 0 1
15 3 3 1
[2 + 3𝑒 − 𝑓 𝑒 − − 𝑒 + 𝑓]
2 2 2
Então, dos elementos que estão na segunda coluna:
𝑎=0
𝑐=1
𝑒=0
Substituindo, temos:
5 3 1 1
− 𝑏 0 − + 𝑏
2 2 2 2
3 3 1 1 0 0
3 − 𝑑 1 − + 𝑑 = [0 1 0]
2 2 2 0 0 1
15 3 3 1
[ 2 − 2 𝑓 0 − 2 + 2 𝑓]
Então, da segunda linha e primeira coluna:
3
3− 𝑑 =0
2
𝑑=2
Da primeira linha e primeira coluna:

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 150


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5 3
− 𝑏=1
2 2
𝑏=1
Da terceira linha e primeira coluna:
15 3
− 𝑓=0
2 2
𝑓=5
Então a matriz 𝐴 é da forma:
1 𝑎 𝑏 1 0 1
𝐴 = [0 𝑐 𝑑 ] = [0 1 2]
4 𝑒 𝑓 4 0 5
Agora, é necessário inverter 𝐴. Seja 𝐴−1 dado por:
𝑚 𝑛 𝑝
𝐴 = [ 𝑞 𝑟 𝑠]
−1

𝑥 𝑦 𝑧
𝑚 𝑛 𝑝 1 0 1 1 0 0
[ 𝑞 𝑟 𝑠 ] [0 1 2] = [0 1 0]
𝑥 𝑦 𝑧 4 0 5 0 0 1
𝑚 + 4𝑝 𝑛 𝑚 + 2𝑛 + 5𝑝 1 0 0
[ 𝑞 + 4𝑠 𝑟 𝑞 + 2𝑟 + 5𝑠 ] = [0 1 0]
𝑥 + 4𝑧 𝑦 𝑥 + 2𝑦 + 5𝑧 0 0 1
Podemos observar, na segunda coluna que:
𝑛=0 ; 𝑟=1 ; 𝑦=0
Substituindo, temos:
𝑚 + 4𝑝 0 𝑚 + 5𝑝 1 0 0
[ 𝑞 + 4𝑠 1 𝑞 + 2 + 5𝑠] = [0 1 0]
𝑥 + 4𝑧 0 𝑥 + 5𝑧 0 0 1
Da primeira e terceira coluna da primeira linha:
𝑚 + 4𝑝 = 1
{
𝑚 + 5𝑝 = 0
Subtraindo as duas equações:
𝑝 = −1
Substituindo em 𝑚 + 5𝑝 = 0:
𝑚=5
Da primeira e terceira coluna da segunda linha:
𝑞 + 4𝑠 = 0
{
𝑞 + 2 + 5𝑠 = 0
Subtraindo as duas equações:

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 151


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𝑠 = −2
Substituindo em 𝑞 + 4𝑠 = 0:
𝑞=8
Da primeira e terceira coluna da terceira linha:
𝑥 + 4𝑧 = 0
{
𝑥 + 5𝑧 = 1
Subtraindo as duas equações:
𝑧=1
Substituindo em 𝑥 + 4𝑧 = 0:
𝑥 = −4
Desse modo, temos:
𝑚 𝑛 𝑝
𝐴 −1
= [𝑞 𝑟 𝑠]
𝑥 𝑦 𝑧
5 0 −1
−1
𝐴 =[8 1 −2]
−4 0 1
𝟓 𝟎 −𝟏
−𝟏
Gabarito: 𝑨 =[ 𝟖 𝟏 −𝟐]
−𝟒 𝟎 𝟏
78. (IME/1993)
Determine os valores de 𝑥 para que:
𝑥 2 4 6
𝑥 𝑥+2 0 10
| 2 |=0
𝑥 0 4𝑥 4
𝑥 4 10 𝑥−2
Comentários
Seja:
𝑥 2 4 6
𝑥 𝑥+2 0 10
𝐼=| 2 |
𝑥 0 4𝑥 4
𝑥 4 10 𝑥−2
Por Laplace na terceira linha:
2 4 6 𝑥 2 6 𝑥 2 4
𝐼 = 𝑥 2 ⋅ |𝑥 + 2 0 10 | + 4𝑥 ⋅ | 𝑥 𝑥+2 10 | − 4 ⋅ | 𝑥 𝑥+2 0|
4 10 𝑥 − 2 𝑥 4 𝑥−2 𝑥 4 10
𝐼 = 𝑥 2 ⋅ (−4𝑥 2 + 60𝑥 + 96) + 4𝑥 ⋅ (𝑥 3 − 8𝑥 2 − 8𝑥) − 4 ⋅ (6𝑥 2 + 8𝑥)
𝐼 = 28𝑥 3 + 40𝑥 2 − 32𝑥

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 152


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𝐼 = 4𝑥 ⋅ (7𝑥 2 + 10𝑥 − 8) = 0
Então, 𝑥1 = 0 é solução. Além disso, devemos achar as soluções de 7𝑥 2 + 10𝑥 − 8 = 0:
−10 ± √102 − 4 ⋅ 7 ⋅ (−8)
𝑥=
2⋅7
−10 ± 18
𝑥=
14
4
𝑥2 = 𝑒 𝑥3 = −2
7
Portanto, os valores de 𝑥 para 𝐼 = 0 são:
4
𝑥 = {−2, 0, }
7
𝟒
Gabarito: 𝒙 = {−𝟐, 𝟎, }
𝟕

79. (IME/1992)
Calcule o valor do determinante abaixo:
𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
| 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 |
𝐷𝑛 =
| 𝑚 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥
Comentários
Podemos escrever 𝐷𝑛 da seguinte forma:
𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
| 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 |
𝐷𝑛 =
| 𝑚 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥
Observe que 𝐷1 = 𝑚 + 𝑥. Além disso:
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚 𝑥 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚 0 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
|𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 | | 0 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 |
𝐷𝑛 = +
|𝑚 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 | |0 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥 0 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥
Seja 𝐴𝑛 a primeira parcela da equação acima e 𝐵𝑛 a segunda parcela, então, podemos
escrever:

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 153


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𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
|𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 |
𝐴𝑛 =
|𝑚 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥
Pelo teorema de Jacobi, podemos multiplicar a primeira coluna por −1 e somar às outras:
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚 𝑚 0 0 0 ⋯ 0
𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚 𝑚 𝑥 0 0 ⋯ 0
|𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 | |𝑚 0 𝑥 0 ⋯ 0 |
𝐴𝑛 = ⇒ 𝐴𝑛 =
|𝑚 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 | |𝑚 0 0 𝑥 ⋯ 0 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥 𝑚 0 0 0 ⋯ 𝑥 𝑛𝑥𝑛
Assim, usando o teorema de Laplace na primeira linha:
𝑥 0 0 ⋯ 0
0 𝑥 0 ⋯ 0
|
𝐴𝑛 = 𝑚 ⋅ |0 0 𝑥 ⋯ 0||
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 0 0 ⋯ 𝑥 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)
Encontramos um determinante de matriz diagonal, portanto:
𝐴𝑛 = 𝑚 ⋅ 𝑥 𝑛−1
Além disso, aplicando Laplace na primeira coluna da segunda parcela de 𝐷𝑛 :
𝑥 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
0 𝑚+𝑥 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚
|0 𝑚 𝑚+𝑥 𝑚 ⋯ 𝑚 |
𝐵𝑛 = = 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−1
|0 𝑚 𝑚 𝑚+𝑥 ⋯ 𝑚 |
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 𝑚 𝑚 𝑚 ⋯ 𝑚+𝑥
Desse modo:
𝐷𝑛 = 𝐴𝑛 + 𝐵𝑛
𝐷𝑛 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−1
Note que
⋅𝑥
𝐷𝑛−1 = 𝑥 𝑛−2 + 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−2 ⇒ 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−1 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 2 ⋅ 𝐷𝑛−2
⋅𝑥 2
𝑛−3
𝐷𝑛−2 = 𝑥 + 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−3 ⇒ 𝑥 2 ⋅ 𝐷𝑛−2 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 3 ⋅ 𝐷𝑛−2

Assim, podemos escrever o seguinte produto:

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 154


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𝐷𝑛 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−1
𝑥 ⋅ 𝐷𝑛−1 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 2 ⋅ 𝐷𝑛−2
𝑥 2 ⋅ 𝐷𝑛−2 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 3 ⋅ 𝐷𝑛−3

{𝑥 𝑛−2 ⋅ 𝐷2 = 𝑥 𝑛−1 𝑚 + 𝑥 𝑛−1 ⋅ 𝐷1
(+)
𝐷𝑛 = 𝑚(𝑛 − 1)𝑥 𝑛−1 + 𝑥 𝑛−1 ⋅ 𝐷1
Substituindo 𝐷1 = 𝑚 + 𝑥 na equação acima:
𝐷𝑛 = 𝑚(𝑛 − 1)𝑥 𝑛−1 + 𝑥 𝑛−1 (𝑚 + 𝑥)
Portanto:
𝐷𝑛 = 𝑥 𝑛 + 𝑚𝑛𝑥 𝑛−1
Gabarito: 𝑫𝒏 = 𝒙𝒏 + 𝒎𝒏𝒙𝒏−𝟏

80. (IME/1991)
Determine todas as matrizes 𝑋 reais, de dimensões 2𝑥2, tais que 𝐴𝑋 = 𝑋𝐴, para toda matriz
𝐴 real 2𝑥2.
Comentários
Podemos escrever 𝐴 e 𝑋 das seguintes formas:
𝑎11 𝑎12 𝑥11 𝑥12
𝐴 = [𝑎 𝑎22 ] e 𝑋 = [ 𝑥21 𝑥22 ]
21

Então, fazendo 𝐴𝑋 = 𝑋𝐴, temos:


𝑎 𝑥 +𝑎 𝑥 𝑎11 𝑥12 + 𝑎12 𝑥22
𝐴𝑋 = [𝑎11 𝑥11 + 𝑎12 𝑥21 ]
21 11 22 21 𝑎21 𝑥12 + 𝑎22 𝑥22
𝑥 𝑎 +𝑥 𝑎 𝑥11 𝑎12 + 𝑥12 𝑎22
𝑋𝐴 = [𝑥11 𝑎11 + 𝑥12 𝑎21 𝑥21 𝑎12 + 𝑥22 𝑎22
]
21 11 22 21

Igualando os termos das matrizes:


𝑎 𝑥 + 𝑎12 𝑥21 𝑎11 𝑥12 + 𝑎12 𝑥22 𝑥 𝑎 + 𝑥12 𝑎21 𝑥11 𝑎12 + 𝑥12 𝑎22
[ 11 11 ] = [ 11 11 ]
𝑎21 𝑥11 + 𝑎22 𝑥21 𝑎21 𝑥12 + 𝑎22 𝑥22 𝑥21 𝑎11 + 𝑥22 𝑎21 𝑥21 𝑎12 + 𝑥22 𝑎22
𝑎11 𝑥11 + 𝑎12 𝑥21 = 𝑥11 𝑎11 + 𝑥12 𝑎21
𝑎 𝑥 +𝑎 𝑥 =𝑥 𝑎 +𝑥 𝑎
{ 𝑎21 𝑥11 + 𝑎22 𝑥21 = 𝑥21𝑎11 + 𝑥22𝑎 21
11 12 12 22 11 12 12 22
𝑎21 𝑥12 + 𝑎22 𝑥22 = 𝑥21 𝑎12 + 𝑥22 𝑎22
Da primeira equação:
𝑎11 𝑥11 + 𝑎12 𝑥21 = 𝑥11 𝑎11 + 𝑥12 𝑎21
𝑎12 𝑥21 = 𝑥12 𝑎21
Para que a equação acima seja satisfeita para todo 𝑎12 e 𝑎21 :
𝑥21 = 𝑥12 = 0
Substituindo no sistema:

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𝑎11 𝑥11 = 𝑥11 𝑎11


𝑎 𝑥 = 𝑥22 𝑎21
{ 𝑎21 𝑥11 = 𝑥11 𝑎12
12 22
𝑎22 𝑥22 = 𝑥22 𝑎22
Retirando as equações redundantes:
𝑎21 𝑥11 = 𝑥22 𝑎21
{𝑎 𝑥 = 𝑥 𝑎
12 22 11 12

Logo, para que as equações acima sejam satisfeitas para todo 𝑎12 e 𝑎21 , devemos ter:
𝑥11 = 𝑥22
Portanto, sendo 𝑥11 = 𝑥22 = 𝑚 e 𝑥21 = 𝑥12 = 0, temos:
𝑚 0
𝑋=[ ]
0 𝑚
𝒎 𝟎
Gabarito: 𝑿 = [ ]
𝟎 𝒎
81. (IME/1990)
Calcule o determinante da matriz 𝑛𝑥𝑛 que possui zeros na diagonal principal e todos os outros
elementos iguais a 1.
Comentários
O determinante citado é:
0 1 1 1 ⋯ 1
1 0 1 1 ⋯ 1
|1 1 0 1 ⋯ 1|
𝐷𝑛 =
|1 1 1 0 ⋯ 1|
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
1 1 1 1 ⋯ 0
Observe que 𝐷1 = 0. Além disso, podemos escrever 𝐷𝑛 da seguinte forma:
1 1 1 1 ⋯ 1 −1 1 1 1 ⋯ 1
1 0 1 1 ⋯ 1 0 0 1 1 ⋯ 1
| 1 1 0 1 ⋯ 1| | 0 1 0 1 ⋯ 1|
𝐷𝑛 = +
| 1 1 1 0 ⋯ 1| | 0 1 1 0 ⋯ 1|
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
1 1 1 1 ⋯ 0 0 1 1 1 ⋯ 0
Seja 𝐴𝑛 a primeira parcela de 𝐷𝑛 e 𝐵𝑛 a segunda parcela de 𝐷𝑛 .
Usando o teorema de Jacobi, podemos multiplicar a primeira coluna de 𝐴𝑛 por (−1) e somar
às outras colunas:
1 1 1 1 ⋯ 1 1 0 0 0 ⋯ 0
1 0 1 1 ⋯ 1 1 −1 0 0 ⋯ 0
|1 1 0 1 ⋯ 1 | | 1 0 −1 0 ⋯ 0|
𝐴𝑛 = =
|1 1 1 0 ⋯ 1| | 1 0 0 −1 ⋯ 0|
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
1 1 1 1 ⋯ 0 1 0 0 0 ⋯ −1

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 156


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Assim, podemos aplicar Laplace na primeira linha e obter:


−1 0 0 ⋯ 0
0 −1 0 ⋯ 0
|
𝐴𝑛 = | 0 0 −1 ⋯ 0 ||
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 0 0 ⋯ −1 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)
𝐴𝑛 é o determinante de uma matriz diagonal, logo:
𝐴𝑛 = (−1)𝑛−1
Além disso, de 𝐵𝑛 , temos:
−1 1 1 1 ⋯ 1 0 1 1 1 ⋯ 1
0 0 1 1 ⋯ 1 1 0 1 1 ⋯ 1
|0 1 0 1 ⋯ 1| 𝐿𝑎𝑝𝑙𝑎𝑐𝑒 𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 1 |1 1 0 1 ⋯ 1|
𝐵𝑛 = ⇒ 𝐵𝑛 = (−1) ⋅
|0 1 1 0 ⋯ 1| |1 1 1 0 ⋯ 1|
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 1 1 1 ⋯ 0 𝑛𝑥𝑛 ⏟1 1 1 1 ⋯ 0
𝐷𝑛−1 (𝑛−1)𝑥(𝑛−1)

Então, 𝐵𝑛 = (−1) ⋅ 𝐷𝑛−1 .


Desse modo, o determinante 𝐷𝑛 pode ser escrito como:
𝐷𝑛 = 𝐴𝑛 + 𝐵𝑛
𝐷𝑛 = (−1)𝑛−1 − 𝐷𝑛−1
Com essa fórmula de recorrência, podemos escrever a seguinte soma telescópica:
𝐷𝑛 = (−1)𝑛−1 − 𝐷𝑛−1
( )1 ( )𝑛−1 − (−1)1 𝐷𝑛−2
{ −1 𝐷𝑛−1 = −1

(−1) 𝐷2 = (−1)𝑛−1 − (−1)𝑛−2 𝐷1
𝑛−2
(+)
𝐷𝑛 = (𝑛 − 1)(−1)𝑛−1 − (−1)𝑛−2 𝐷1
Lembrando que 𝐷1 = 0, temos:
𝐷𝑛 = (𝑛 − 1)(−1)𝑛−1

Gabarito: 𝑫𝒏 = (𝒏 − 𝟏)(−𝟏)𝒏−𝟏

82. (IME/1989)
Calcule o determinante da matriz
𝑎2 (𝑎 + 1)2 ( 𝑎 + 2)2 (𝑎 + 3)2
𝑏2 (𝑏 + 1)2 ( 𝑏 + 2)2 (𝑏 + 3)2
𝑐2 (𝑐 + 1)2 ( 𝑐 + 2)2 (𝑐 + 3)2
[𝑑 2 (𝑑 + 1)2 ( 𝑑 + 2)2 (𝑑 + 3)2 ]
Comentários
Chamemos a matriz dada do enunciado de 𝐷.

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 157


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Vamos aplicar Jacobi e subtrair todas as colunas da primeira:


𝑎2 (𝑎 + 1)2 − 𝑎 2 ( 𝑎 + 2)2 − 𝑎 2 (𝑎 + 3 )2 − 𝑎 2
𝑏2 (𝑏 + 1)2 − 𝑏 2 ( 𝑏 + 2)2 − 𝑏 2 (𝑏 + 3 )2 − 𝑏 2
𝐷=| 2 |
𝑐 (𝑐 + 1)2 − 𝑐 2 ( 𝑐 + 2)2 − 𝑐 2 (𝑐 + 3 )2 − 𝑐 2
𝑑2 (𝑑 + 1)2 − 𝑑 2 ( 𝑑 + 2)2 − 𝑑 2 (𝑑 + 3 )2 − 𝑑 2
𝑎2 2𝑎 + 1 4𝑎 + 4 6𝑎 + 9
2
𝐷 = |𝑏2 2𝑏 + 1 4𝑏 + 4 6𝑏 + 9|
𝑐 2𝑐 + 1 4𝑐 + 4 6𝑐 + 9
2
𝑑 2𝑑 + 1 4𝑑 + 4 6𝑑 + 9
Além disso, fazendo a terceira coluna menos duas vezes a segunda:
𝑎2 2𝑎 + 1 2 6𝑎 + 9
2
𝐷 = |𝑏2 2𝑏 + 1 2 6𝑏 + 9|
𝑐 2𝑐 + 1 2 6𝑐 + 9
𝑑 2 2𝑑 + 1 2 6𝑑 + 9
Fazendo a quarta coluna menos três vezes a segunda:
𝑎2 2𝑎 + 1 2 6
2
𝐷 = |𝑏2 2𝑏 + 1 2 6|
𝑐 2𝑐 + 1 2 6
2
𝑑 2𝑑 + 1 2 6
Então, podemos observar que a terceira e a quarta coluna são múltiplas uma da outra. Pela
propriedade dos determinantes, se uma linha é múltipla da outra o determinante é nulo. Portanto:
𝐷=0
Gabarito: 𝑫 = 𝟎

83. (IME/1988)
Sejam 𝐴, 𝐵 e 𝐶 matrizes 5𝑥5, com elementos reais. Denotando-se por 𝐴′ a matriz transposta
de 𝐴:
a) Mostre que se 𝐴 ⋅ 𝐴′ = 0, então 𝐴 = 0.
b) Mostre que se 𝐵 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′ = 𝐶 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′, então 𝐵 ⋅ 𝐴 = 𝐶 ⋅ 𝐴.
Comentários
a) Como 𝐴′ é a transposta de 𝐴 e considerando 𝐴 = [𝑎𝑖𝑗 ], temos que a diagonal principal de

𝐴 ⋅ 𝐴 = [𝑥𝑖𝑗 ] é:
5
2
𝑥𝑖𝑖 = ∑ 𝑎𝑖𝑗
𝑗=1

Se 𝐴 ⋅ 𝐴 = 0, temos 𝑥𝑖𝑖 = 0. Para isso, já que a matriz é composta somente por elementos
reais, devemos ter:
5
2
𝑥𝑖𝑖 = ∑ 𝑎𝑖𝑗 =0
𝑗=1

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 158


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𝑎𝑖𝑗 = 0
Portanto:
𝐴 = [0𝑖𝑗 ] = 0
b) Inicialmente, temos que:
𝐵 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′ = 𝐶 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′ ⇒ (𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′ = 0
Então, multiplicando por (𝐵 − 𝐶)′ dos dois lados, obtemos:
(𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴′ ⋅ (𝐵 − 𝐶 )′ = 0 (𝐼)
Conhecendo a propriedade da transposta do produto matricial, podemos escrever:

((𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴) = 𝐴′ ⋅ (𝐵 − 𝐶)′
Substituindo essa relação na equação (𝐼):

((𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴) ⋅ ((𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴) = 0
Pelo item anterior, temos que:
𝐴 ⋅ 𝐴′ = 0 ⇒ 𝐴 = 0
Logo:

((𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴) ⋅ ((𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴) = 0 ⇒ (𝐵 − 𝐶 ) ⋅ 𝐴 = 0 ⇒ 𝐵 ⋅ 𝐴 = 𝐶 ⋅ 𝐴
Como queríamos demonstrar.
Gabarito: Prova

84. (IME/1987)
Sejam
𝑎 𝑏
𝑐 𝑑 𝑖 𝑗 𝑙 𝑚
𝐴=( ) e𝐵 =( )
𝑒 𝑓 𝑛 𝑜 𝑝 𝑞
𝑔 ℎ
duas matrizes de elementos inteiros. Verifique se a matriz 𝐴𝐵 é inversível.
Comentários
Multiplicando 𝐴𝐵 e calculando seu determinante, temos:
𝑎𝑖 + 𝑏𝑛 𝑎𝑗 + 𝑏𝑜 𝑎𝑙 + 𝑏𝑝 𝑎𝑚 + 𝑏𝑞
𝑐𝑖 + 𝑑𝑛 𝑐𝑗 + 𝑑𝑜 𝑐𝑙 + 𝑑𝑝 𝑐𝑚 + 𝑑𝑞
det 𝐴𝐵 = | |
𝑒𝑖 + 𝑓𝑛 𝑒𝑗 + 𝑓𝑜 𝑒𝑙 + 𝑓𝑝 𝑒𝑚 + 𝑓𝑞
𝑔𝑖 + ℎ𝑛 𝑔𝑗 + ℎ𝑜 𝑔𝑙 + ℎ𝑝 𝑔𝑚 + ℎ𝑞
Vamos trocar a primeira coluna pela primeira coluna multiplicado por 𝑗 e subtraindo a
segunda coluna multiplicada por 𝑖.
𝑎𝑖 + 𝑏𝑛 → (𝑎𝑖 + 𝑏𝑛) ⋅ 𝑗 − (𝑎𝑗 + 𝑏𝑜) ⋅ 𝑖 = 𝑏(𝑛𝑗 − 𝑜𝑖)
𝑐𝑖 + 𝑑𝑛 → (𝑐𝑖 + 𝑑𝑛) ⋅ 𝑗 − (𝑐𝑗 + 𝑑𝑜) ⋅ 𝑖 = 𝑑(𝑛𝑗 − 𝑜𝑖)

Aula 12 – Matrizes e Determinantes 159


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𝑒𝑖 + 𝑓𝑛 → (𝑒𝑖 + 𝑓𝑛) ⋅ 𝑗 − (𝑒𝑗 + 𝑓𝑜) ⋅ 𝑖 = 𝑓(𝑛𝑗 − 𝑜𝑖)


𝑔𝑖 + ℎ𝑛 → (𝑔𝑖 + ℎ𝑛) ⋅ 𝑗 − (𝑔𝑗 + ℎ𝑜) ⋅ 𝑖 = ℎ(𝑛𝑗 − 𝑜𝑖)
Fazendo a substituição acima na matriz do determinante, encontramos:
𝑏(𝑛𝑗 − 𝑜𝑖) 𝑎𝑗 + 𝑏𝑜 𝑎𝑙 + 𝑏𝑝 𝑎𝑚 + 𝑏𝑞
𝑑 (𝑛𝑗 − 𝑜𝑖) 𝑐𝑗 + 𝑑𝑜 𝑐𝑙 + 𝑑𝑝 𝑐𝑚 + 𝑑𝑞
det 𝐴𝐵 = | |
𝑓 (𝑛𝑗 − 𝑜𝑖) 𝑒𝑗 + 𝑓𝑜 𝑒𝑙 + 𝑓𝑝 𝑒𝑚 + 𝑓𝑞
ℎ(𝑛𝑗 − 𝑜𝑖) 𝑔𝑗 + ℎ𝑜 𝑔𝑙 + ℎ𝑝 𝑔𝑚 + ℎ𝑞
𝑏 𝑎𝑗 + 𝑏𝑜 𝑎𝑙 + 𝑏𝑝 𝑎𝑚 + 𝑏𝑞
𝑑 𝑐𝑗 + 𝑑𝑜 𝑐𝑙 + 𝑑𝑝 𝑐𝑚 + 𝑑𝑞
det 𝐴𝐵 = (𝑛𝑗 − 𝑜𝑖) | |
𝑓 𝑒𝑗 + 𝑓𝑜 𝑒𝑙 + 𝑓𝑝 𝑒𝑚 + 𝑓𝑞
ℎ 𝑔𝑗 + ℎ𝑜 𝑔𝑙 + ℎ𝑝 𝑔𝑚 + ℎ𝑞
Vamos trocar agora a segunda coluna pela segunda coluna multiplicado por 𝑙 e subtraindo a
terceira coluna multiplicada por 𝑗.
𝑎𝑗 + 𝑏𝑜 → (𝑎𝑗 + 𝑏𝑜) ⋅ 𝑙 − (𝑎𝑙 + 𝑏𝑝) ⋅ 𝑗 = 𝑏(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗)
𝑐𝑗 + 𝑑𝑜 → (𝑐𝑗 + 𝑑𝑜) ⋅ 𝑙 − (𝑐𝑙 + 𝑑𝑝) ⋅ 𝑗 = 𝑑(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗)
𝑒𝑗 + 𝑓𝑜 → (𝑒𝑗 + 𝑓𝑜) ⋅ 𝑙 − (𝑒𝑙 + 𝑓𝑝) ⋅ 𝑗 = 𝑓(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗)
𝑔𝑗 + ℎ𝑜 → (𝑔𝑗 + ℎ𝑜) ⋅ 𝑙 − (𝑔𝑙 + ℎ𝑝) ⋅ 𝑗 = ℎ(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗)
Repetindo o processo:
𝑏 𝑏(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗) 𝑎𝑙 + 𝑏𝑝 𝑎𝑚 + 𝑏𝑞
𝑑 𝑑(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗) 𝑐𝑙 + 𝑑𝑝 𝑐𝑚 + 𝑑𝑞
det 𝐴𝐵 = (𝑛𝑗 − 𝑜𝑖) | |
𝑓 𝑓(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗) 𝑒𝑙 + 𝑓𝑝 𝑒𝑚 + 𝑓𝑞
ℎ ℎ(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗) 𝑔𝑙 + ℎ𝑝 𝑔𝑚 + ℎ𝑞

𝑏 𝑏 𝑎𝑙 + 𝑏𝑝 𝑎𝑚 + 𝑏𝑞
𝑑 𝑑 𝑐𝑙 + 𝑑𝑝 𝑐𝑚 + 𝑑𝑞
det 𝐴𝐵 = (𝑛𝑗 − 𝑜𝑖)(𝑜𝑙 − 𝑝𝑗) | |
𝑓 𝑓 𝑒𝑙 + 𝑓𝑝 𝑒𝑚 + 𝑓𝑞
ℎ ℎ 𝑔𝑙 + ℎ𝑝 𝑔𝑚 + ℎ𝑞
Perceba que det 𝐴𝐵 possui duas colunas iguais, o que implica em det 𝐴𝐵 = 0. E como det 𝐴𝐵
é 0, a matriz 𝐴𝐵 não pode ser inversível.
Gabarito: 𝑨𝑩 é não inversível

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS DA AULA


Você deve ter percebido que as questões do ITA sobre matrizes são bastante conceituais e as
do IME envolvem bastante cálculos. O segredo para conseguir resolver qualquer questão de
matrizes é entender bem os fundamentos e saber quando aplicar as propriedades matriciais.
Tente entender as definições dos diferentes tipos de matrizes e decorar as propriedades dos
determinantes. Elas serão muito úteis para resolver as questões dessas bancas.
Resolva a lista de exercícios com calma e sempre tire suas dúvidas!
Qualquer problema estamos à disposição.
Bons estudos e até a próxima aula.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Steinbruch, Alfredo. Winterle, Paulo. Álgebra linear. 2. ed. Pearson Makron Books, 1987. 583p.
[2] Iezzi, Gelson. Hazzan, Samuel. Fundamentos de Matemática Elementar, 4: sequências, matrizes,
determinantes e sistemas. 8. Ed. Atual, 2013. 282p.
[3] Rufino, Marcelo. Carneiro, Manoel Leite. Elementos da Matemática volume 3. 3 ed. Vestseller,
2010. 353p.

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