Relatório Situacional
Relatório Situacional
Relatório Situacional
RELATÓRIO SITUACIONAL
1 IDENTIFICAÇÃO
2 DESCRIÇÃO DA DEMANDA
O presente relatório foi elaborado pelo Técnico e estagiária de psicologia que o subscreve em resposta à
solicitação recebida através do CRAS, procedente do Conselho Tutelar do Município de Santa Luzia do
Itanhi-SE, em encaminhamento da adolescente E.R.S (13 anos), residente do Município de Santa Luzia
do Itanthi-SE, no Povoado Rua da Palha neste município. Conforme ofício do conselho Tutelar, houve
denuncia de a adolescente em questão “vem sofrendo situações de maus tratos por parte do genitor,
gerando conflitos”. O mesmo oficio aduz que em observeção a adolescente estariacom de
estava havendo conflitos no convívio entre o Tutor A.R.S e sua filha mais nova, E.R.S(14) , onde a
mesma declarou que tinha depressão e já tentou suicidio. Diante dos conflitos familiares, este conselho,
requisitou do CRAS que esta família seja avaliada pela Assistência Social.
3 PROCEDIMENTO
No dia 17 de Abril de 2023, comparecemos à comunidade para visita domiciliar a família em tela. No
local, encontramos o responsável pela adolescente na residência, para iniciar o procedimento técnico.
Na ocasião, adentrou-se o recinto localizado no povoado Rua Palha deste Município, Durante a Visita,
fomos atendidos pelo Sr. A.R.S que é o responsável pela usuária E.R.S(14). Questionado onde a
adolescente estava, informou que ela se encontrava no posto de saúde para tomar vacina, ao ser
indagado como era sua relação com a filha, o indivíduo alegou que possuía dificuldades, pois ela não
queria ajudar nos afazeres domésticos e tinha divergências com sua filha mais velha (15) que estava
grávida, segundo o relato do A.R.S os desentendimentos entre as irmãs se dava devido o fato do marido
de sua filha mais velha morar em sua residência e por E.R.S(14) querer levar seu antigo namorado para
morar com eles, e o mesmo não aceitando, pois sua residência moravam mais seis pessoas que também
eram seus filhos, ao ser perguntado como lidava com os problemas em relação a sua filha advertiu que
tentava solucionar dialogando e que não havia agressão física da sua parte e que sua filha no momento
presente está passando boa parte dos dias na casa do primo que também é seu atual namorado.
O responsável informou que não estava passando por dificuldades financeiras, e que atualmente está
recebendo auxílio fornecido pelo governo, porém declarou que possui um empréstimo restando assim
800 reais, além do auxílio do governo alegou que trabalha com pesca.
A partir da coleta de dados feita com os familiares (primo/namorado e seu pai) o responsável A.R.S
agredia sua filha E.R.S enquanto estava sob efeito de álcool, entretanto, seu namorado já presenciou
uma discussão, mas citou que não houve agressão física. Ademais é importante ser frisado que segundo
a fala do namorado/ primo a E.R.S possuía um comportamento divergente quando estava na casa do seu
responsável, mas que esse comportamento não se replicava quando estava na presença do seu seio
familiar.
Ao ser averiguado como estava o comportamento e desempenho escolar da E.R.S a diretora da escola
informou que a adolescente recebeu uma suspensão por ter entrado em um briga com sua colega de
classe. Segundo relatado era necessário que o seu tutor comparecesse na escola juntamente com sua
filha, porém o responsável não compareceu e foi necessário chamá-lo novamente, além disso, a diretora
informou que no contexto escolar a adolescente E.R.S apresenta um comportamento interativo dentro do
seu ciclo de amizade, entretanto caso seja refutada apresenta um comportamento reativo. Já no seu
desempenho escolar a adoslescente apresenta um atraso em comparação aos demais alunos da mesma
idade.
4 ANÁLISE
Verificou-se a partir da visita técnica da equipe do CRAS que a família não está passando por
vulnerabilidade financeira, porém foi identificado que há uma fragilidade no vínculo familiar fazendo-se
necessário o acompanhamento psicológico para a adolescente E.R.S visto que haja uma situação de
sofrimento psicológico da mesma, devido as decorrências em seu contexto familiar. Além disso, por
haver uma violação de direitos se faz necessário a atuação dos CREAS e uma apuração do Conselho
Tutelar em vista que se trata de uma adolescente de 14 anos de idade que aparentemente não reside na
casa do tutor. Nesse sentido, as intervenções aqui sugeridas, referem-se, sobretudo à possibilidade para
essa família, sem, contudo, desconsiderar a situação de todos os usuários em tela, além do cenário – já
exposto.
5 CONCLUSÃO
Diante do exposto, entende-se a necessidade do CRAS para o acompanhamento familiar para que haja
fortalecimento dos vínculos familiares. Sendo assim, é imprescindível que haja uma averiguação
minuciosa do Conselho Tutelar. Além de observar a referida queixa, almejando sempre o protagonismo
dos mesmos, através do fortalecimento dos vínculos sócio-afetivos destas.
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José Alenilson Santos de Oliveira
Psicóloga: CRP - 19/004655