Dispõe Sobre A Lei Orgânica e o Estatuto Da Polícia Civil Do Estado Do Rio Grande Do Norte e Dá Outras Providências
Dispõe Sobre A Lei Orgânica e o Estatuto Da Polícia Civil Do Estado Do Rio Grande Do Norte e Dá Outras Providências
Dispõe Sobre A Lei Orgânica e o Estatuto Da Polícia Civil Do Estado Do Rio Grande Do Norte e Dá Outras Providências
LIVRO I
DA LEI ORGÂNICA DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
TÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES INSTITUCIONAIS E DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INSTITUCIONAIS
Art. 1º - Esta Lei Complementar dispõe sobre a organização, as garantias, os direitos e os deveres da
Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte, na forma do artigo 24, inciso XVI, da Constituição
Federal, do artigo 20, XVI, da Constituição Estadual, bem como institui o Estatuto da Polícia Civil
Estadual.
Art. 2º - Incumbe à Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte, órgão integrante e subordinado à
Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), ressalvada a competência da
União, o exercício das funções de polícia judiciária e a apuração das infrações penais, exceto as
militares, cabendo-lhe preservar a ordem e a segurança públicas.
III – coordenar, controlar, orientar e exercer as atividades de polícia judiciária, a cargo das
delegacias de polícia, excetuando-se a competência da Polícia Federal, bem como executar em
todo o Estado as atividades de prevenção e repressão da criminalidade, ressalvadas as atribuições da
Polícia Militar;
IV – prover os meios indispensáveis ao funcionamento dos órgãos que lhe são subordinados;
VIII – articular-se com a Polícia Militar e com os demais órgãos da SESED, do Departamento de
Polícia Federal e das Forças Armadas, a fim de colaborar na defesa e na segurança do Estado e das
instituições;
IX – manter atualizados:
X – supervisionar e controlar a ação policial, na área de sua circunscrição, com o fim de evitar e
reprimir o emprego de violência ou de quaisquer métodos atentatórios à integridade ou à dignidade
do ser humano;
XI – executar, através das delegacias da Capital, da Grande Natal e do Interior, a investigação e a
busca de pessoas desaparecidas;
XII – cumprir as determinações das autoridades judiciárias nos processos criminais relacionados
com prisão ou soltura de réus ou com a execução de diligências;
XIII – exercer outras atividades correlatas, especialmente as que lhe forem atribuídas pelo Secretário
de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social.
Art. 3º - Para os fins desta Lei Complementar, consideram-se policiais civis os servidores
públicos efetivos legalmente investidos nos cargos da carreira da Polícia Civil.
§ 3º - Considera-se agente da autoridade policial todo e qualquer policial civil investido nas
atribuições de seu cargo.
Art. 4º - Fica assegurado à Polícia Civil autonomia administrativa para a gestão orçamentária e
financeira dos recursos alocados em seu orçamento.
Art. 5º - São símbolos oficiais da Polícia Civil o hino, a bandeira, o brasão e o distintivo,
conforme os modelos estabelecidos por ato do Chefe do Poder Executivo.
I – a legalidade;
II – a hierarquia;
III – a disciplina;
V – a moralidade;
VI – a unidade.
Art. 7º - O exercício da função policial, por suas características e finalidades, fundamenta-se nos
princípios da hierarquia e disciplina, no cumprimento das leis, regulamentos e normas de serviço de
acordo com os preceitos abaixo:
I – a hierarquia da função prevalecerá sobre a hierarquia do cargo, na forma desta Lei
Complementar;
II – a precedência entre os integrantes das Classes dos Quadros de Pessoal da Polícia Civil será
estabelecida pela subordinação funcional.
Art. 8º - A função policial é incompatível com qualquer outra atividade, salvo com o exercício
de cargo de professor, respeitada a compatibilidade de horários entre este e o regime de trabalho
definido nesta Lei Complementar.
CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Seção I
Das disposições gerais
e) Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). (incluído pela Lei Complementar nº 563,
de 29 de dezembro de 2015)
a) Diretoria Administrativa; e
II – Setor de Transportes;
IV – Setor de Arquivo;
V – Setor de Informática;
VI – Setor de Patrimônio;
§ 2º - Os titulares dos órgãos que compõem a estrutura básica da Polícia Civil exercerão cargo
comissionados ou função de confiança.
§ 4º - A indicação dos Titulares dos cargos componentes dos órgãos de assessoramento direto
à Delegacia-Geral de Polícia Civil recairá sobre integrantes da carreira de Delegado de Polícia
Civil, com exceção do disposto no art. 9º, inciso II, alínea “b”, por ato do Delegado-Geral da
Polícia Civil em conjunto com o Secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social.
§ 5º - A indicação dos Titulares dos cargos integrantes dos órgãos de atuação instrumental
previstos no inciso IV, “a” e “b” deste artigo, será feita por ato do Delegado-Geral da Polícia Civil
em conjunto com o Secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social.
§ 6º - Em caso da indicação prevista no § 5º deste artigo recair em servidor público efetivo, este
somente fará jus ao acréscimo do valor da Representação do respectivo cargo contido no Anexo III
desta Lei Complementar.
§ 7º As funções de confiança previstas no § 1º, incisos I a IV, deste artigo, serão atribuídas
exclusivamente a servidores públicos efetivos da carreira policial do Estado, cujos valores estão
definidos no Anexo IV desta Lei Complementar.
§ 7º - As funções de confiança previstas nos incisos I a VIII do § 1º deste artigo serão atribuídas
exclusivamente a servidores públicos efetivos da carreira policial civil do Estado do Rio Grande do
Norte, cujos valores das chefias estão definidos no Anexo IV desta Lei Complementar.” (alterada pela
Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
§ 9º - Os órgãos que compõem a estrutura básica da Polícia Civil terão sua estrutura e quadro de
lotação de pessoal definidos em regulamento próprio, por iniciativa do Delegado-Geral de Polícia
Civil ou do Secretário da Segurança Pública e da Defesa Social.
Art. 10 - A estrutura organizacional da Polícia Civil é composta, ainda, pelos seguintes órgãos:
VI – Delegacias Municipais;
Seção II
Das Atribuições dos Órgãos da Polícia Civil
Art. 11 - As atribuições dos titulares dos órgãos que compõem a estrutura organizacional da Polícia
Civil, bem como a competência específica de cada um dos referidos órgãos, são definidas nesta
Lei Complementar.
Subseção I
Da Delegacia-Geral de Polícia Civil
Art. 14 - A escolha do Delegado-Geral de Polícia recairá sobre 01 (um) Delegado de Polícia Civil
de Classe Especial, da ativa, maior de 35 (trinta e cinco) anos de idade, em efetivo exercício na
função e na carreira há mais de 8 (oito) anos, dentre os delegados integrantes do Conselho Superior
de Polícia Civil (CONSEPOL).
V – indicar os Titulares dos cargos e das funções de confiança do respectivo Quadro da Polícia
Civil, observado o disposto nesta Lei Complementar;
VII – avocar, excepcionalmente e mediante ato devidamente motivado, inquéritos policiais para
exame e redistribuição;
XVI – designar 3 (três) Delegados de Polícia Civil, de 3a classe ou de Classe Especial, para
comporem a Comissão de Avaliação de Estágio Probatório, instituída, excepcionalmente, para
avaliar os servidores não-estáveis, sugerida pelo CONSEPOL, na forma do art. 26, § 2°, XIII dessa
Lei Complementar;
XVII – exercer os demais atos necessários à eficaz administração da Polícia Civil, nos termos desta
Lei Complementar.
Subseção II
III – divulgar o trabalho e as ações da Polícia Civil, buscando a valorização das carreiras policiais;
V – promover ações de interação social com a Polícia Militar, Polícia Federal e outras instituições
com atribuições ligadas à atividade policial.
Subseção III
Da Assessoria Técnico-Jurídica (ATJUR)
III – examinar e opinar em processos que lhe forem distribuídos, inclusive os que envolvam
licitação;
IV – preparar estudos, pareceres e minutas, bem como colher dados, informações e subsídios,
interna e externamente, em apoio às decisões do Delegado- Geral de Polícia de Polícia e do
Delegado-Geral de Polícia Adjunto;
VII – exercer outras atividades que forem determinadas pelo Delegado-Geral de Polícia Civil do
Estado.
Subseção IV
Da Academia de Polícia Civil (ACADEPOL)
Art. 20 - A Academia de Polícia Civil é o órgão responsável pelo recrutamento, seleção, formação,
treinamento, aperfeiçoamento, especialização e reciclagem dos policiais civis em todas as áreas e
níveis, competindo-lhe:
I – promover estudos técnico-científicos para o aprimoramento das atividades dos ocupantes dos
quadros funcionais do Grupo Ocupacional Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte;
II – manter cursos de formação profissional para as diversas carreiras policiais, bem como para a
formação funcional dos concursados;
III – organizar e realizar concursos de habilitação para ingresso nos seus diferentes cursos de
formação profissional, destinados ao preenchimento de vagas no quadro de policiais da SESED,
e proceder à apuração dos requisitos exigidos para os candidatos inscritos;
IX – firmar convênios, quando autorizados pelo Delegado-Geral de Polícia Civil, com órgãos
públicos ou entidades privadas no sentido de serem ministrados a seu pessoal cursos de sua
exclusiva competência;
X – elaborar e submeter ao Governador do Estado, por intermédio do Secretário de Segurança
Pública e da Defesa Social, o respectivo Regimento Interno, para disciplina de suas atividades
escolares;
XII – promover a reciclagem física e técnica dos servidores policiais, através de programas de
educação física, aperfeiçoamento de defesa pessoal, treinamento e aperfeiçoamento no trato de
armamentos e munições e técnicas policiais;
XIII – difundir entre os servidores policiais noções básicas sobre Direitos Humanos e garantias
constitucionais e legais do cidadão; e
XIV – exercer outras atividades correlatas, especialmente as que lhe forem atribuídas pelo Delegado-
Geral de Polícia Civil.
Subseção V
Da Divisão Especializada em Investigações de Combate ao Crime Organizado (DEICOR)
III – executar ações de repressão do crime organizado a partir de coleta de informações colhidas pelo
Setor de Inteligência; e
Art. 21-A - Compete à Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), órgão diretamente
vinculado à Delegacia-Geral da Polícia Civil:
I – apurar, com exclusividade, os crimes contra a vida e os demais crimes que visem ao resultado morte,
desde que dolosos e consumados, ocorridos na circunscrição definida em decreto;
III – manter atualizada, em parceria com os órgãos competentes da Secretaria da Segurança Pública e da
Defesa Social (SESED), a estatística criminal dos crimes referidos no inciso I;
V – zelar pela observância e cumprimento do Procedimento Operacional Padrão (POP) pelas autoridades
policiais das demais circunscrições do Estado.
Art. 21-B – A estrutura organizacional da Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), bem
como sua circunscrição e as atribuições dos órgãos e setores que compõem tal estrutura, serão objeto de
regulamentação especifica, definida em decreto.
Parágrafo único. As Delegacias de Homicídios e de Proteção à Pessoa do Estado do Rio Grande do
Norte existentes e as futuramente criadas integram a estrutura da Divisão de Homicídios e de Proteção à
Pessoa (DHPP).
Art. 21-C – A Delegacia-Geral de Polícia Civil disciplinará o Procedimento Operacional Padrão (POP), o
funcionamento da Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no prazo de 30 (trinta) dias a
partir da publicação desta Lei Complementar, sendo facultado ao Diretor da Divisão Especializada de
Homicídios e de Proteção à Pessoa a edição de atos normativos internos.” (NR)
Subseção VI
Das Diretorias de Polícia Civil da Grande Natal (DPGRAN), do Interior (DPCIN), da Divisão de
Polícia Civil do Oeste do Estado (DIVIPOE) e das Delegacias Regionais (DR)
Art. 22 – Compete às Diretorias de Polícia Civil da Grande Natal (DPGRAN) e do Interior (DPCIN), à
Divisão de Polícia Civil do Oeste do Estado (DIVIPOE) e às Delegacias Regionais (DR), a direção, a
coordenação, o controle e a supervisão administrativo-operacional em sua área de atuação específica,
além de desempenhar outras atribuições que lhe forem conferidas ou determinadas por Regulamento.
Subseção VII
Da Diretoria Administrativa e da Diretoria de Planejamento e de Finanças
Subseção VIII
Do Conselho Superior da Polícia Civil (CONSEPOL)
Art. 25. O Conselho Superior de Polícia Civil, presidido pelo Delegado-Geral de Polícia Civil, além deste,
é composto por 17 (dezessete) membros, sendo 9 (nove) Delegados de Polícia de Classe Especial, 05
(cinco) Delegados de Polícia Civil de 3ª Classe, todos eleitos pelo Colegiado de Delegados de Polícia
(COLDEPOL), além de 01 (um) Corregedor-Auxiliar de Disciplina do Pessoal Civil, este considerado
membro nato, de 01 (um) representante da carreira funcional de Escrivão de Polícia Civil e 01 (um)
representante da carreira funcional de Agente de Polícia, ambos de 4ª Classe ou de Classe Especial.
Art. 25. O Conselho Superior de Polícia Civil, presidido pelo Delegado-Geral de Polícia Civil, além deste, é
composto por 17 (dezessete) membros, sendo 9 (nove) Delegados de Polícia de Classe Especial, 05 (cinco)
Delegados de Polícia Civil de 3ª Classe, todos eleitos pelo Colegiado de Delegados de Polícia
(COLDEPOL), além de 01 (um) Corregedor-Auxiliar de Disciplina do Pessoal Civil, este considerado
membro nato, de 01 (um) representante da carreira funcional de Escrivão de Polícia Civil e 01 (um)
representante da carreira funcional de Agente de Polícia, ambos de 1ª Classe ou de Classe Especial.
(Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010).
Art. 25 - O Conselho Superior de Polícia Civil (CONSEPOL), presidido pelo Delegado-Geral de Polícia
Civil, além deste, é composto por 17 (dezessete) membros, assim distribuídos: (Alteração promovida pela
Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
I - 9 (nove) Delegados de Polícia de Classe Sênior ou de Classe Especial, eleitos pelo Colegiado de
Delegados de Polícia (COLDEPOL); (inclusão promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de
2020)
III - 1 (um) Corregedor-Auxiliar de Disciplina do Pessoal Civil, considerado membro nato; (inclusão
promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
§ 2º - A indicação dos Representantes dos Escrivães e dos Agentes, cujos mandatos serão de 2 (dois)
anos, reconduzidos por uma única vez, realizar-se-á por meio de eleição direta promovida pela
representação sindical da categoria, na mesma data em que ocorrer a eleição dos delegados para o
CONSEPOL.
§ 3º - São suplentes dos membros eleitos de que trata o caput deste artigo os demais votados,
observada a ordem decrescente de classificação.
§ 4º - Qualquer membro, exceto o nato, poderá desistir de participar no Conselho Superior, ocasião em
que será imediatamente substituído pelo respectivo suplente.
Art. 26 - O CONSEPOL constitui órgão deliberativo e opinativo das matérias de relevante interesse da
Instituição da Polícia Civil, cujas reuniões versarão sobre a coordenação das atividades da Polícia Civil
na área de Segurança Pública e sobre a resolução de matérias administrativas e disciplinares da
Instituição da Polícia Civil.
II – sugerir estudos e pesquisas, objetivando o contínuo aperfeiçoamento da função policial, ou sobre eles
opinar; e
II – examinar e avaliar as propostas dos órgãos da Polícia Civil, em função dos planos e programas de
trabalho previstos para cada exercício financeiro, atinentes à expansão de recursos humanos e à
aquisição de materiais e equipamentos;
III – opinar sobre anteprojetos de Leis e de Atos Normativos que proponham ao Poder Executivo a
criação, organização ou extinção de cargos e órgãos;
IV – deliberar sobre as questões que lhe forem submetidas pelo Delegado-Geral de Polícia Civil;
XIII – apreciar em grau de recurso as impugnações das decisões tomadas pela Comissão examinadora
do Concurso Público, na forma do artigo 37, parágrafo único, desta Lei Complementar;
§ 3º - Serão convocados todos os membros do CONSEPOL para a participação nas reuniões de que
trata o § 1º deste artigo, ficando as de ordem administrativa e disciplinar restritas aos seguintes
membros: DEGEPOL, os Delegados de Polícia Civil de 3a Classe ou de Classe Especial e o
Corregedor-Auxiliar de Disciplina do Pessoal, integrantes do CONSEPOL.
§ 4º - As decisões expedidas pelo Conselho Superior, tomadas por maioria simples dos seus membros,
deverão ser motivadas.
Subseção IX
Do Colegiado de Delegados de Polícia Civil (COLDEPOL)
I – elaborar e deliberar, mediante voto direto, secreto e facultativo, a lista para a escolha dos
Delegados de Polícia Civil de 3a e Especial Classes que comporão o CONSEPOL;
II – decidir, em grau de recurso, acerca dos pedidos e incidentes de inscrição dos Delegados de
Polícia Civil para concorrer à composição do CONSEPOL, na forma disposta neste artigo; e
III – opinar, por solicitação do Delegado-Geral de Polícia Civil, sobre matéria relativa à autonomia
da Polícia Civil, na forma do art. 4º desta Lei Complementar, e sobre outras de interesse do órgão.
§ 1° - A lista de que trata o inciso I deste artigo será elaborada mediante eleição por voto secreto e
plurinominal dos integrantes do COLDEPOL, em um só escrutínio.
§ 2° - A relação dos inscritos é tornada pública mediante ato-circular amplamente divulgado nas
Unidades Policiais, até 3 (três) dias antes da data da deliberação.
§ 4° - Serão escolhidos para comporem o CONSEPOL os 9 (nove) Delegados de Polícia Civil de Classe
especial e os 5 (cinco) Delegados de Polícia Civil de 3a Classe que receberam o maior número de votos.
§ 5º - Havendo empate, serão adotados como critérios para solução, sucessivamente, o maior tempo
na Classe, na carreira, maior tempo de serviço público e idade mais avançada.
§ 6° Os trabalhos da eleição dos candidatos a comporem o CONSEPOL serão dirigidos por Mesa
Eleitoral, dentre os integrantes do Colegiado de Delegados de Polícia, composta de 3 (três) membros
dessa carreira, em efetivo exercício, sendo 1 (um) Delegado de Classe especial, a quem cabe à
Presidência, e 2 (dois) Delegados de Polícia de 3ª Classe, ou, na ausência destes, de 2a Classe,
sucessivamente.
§ 7º - A constituição da Mesa Eleitoral deve realizar-se até 20 (vinte) dias antes da data prevista para a
escolha dos membros do CONSEPOL, prazo esse que será reduzido à metade no caso de vacância
antecipada do cargo.
I – tornar pública a abertura das inscrições para o preenchimento das vagas existentes no CONSEPOL;
V – lavrar as atas dos trabalhos, de que constem o número de votantes, os incidentes ocorridos, a votação
de cada candidato e a indicação dos mais votados, encaminhando-as ao Colegiado de Delegados de
Polícia Civil nas 24 (vinte e quatro) horas seguintes da eleição;
VI – publicar a relação dos Delegados de Polícia Civil mais votados, na quantidade prevista no §4º deste
artigo, ou do número de vagas abertas e vagas.
§ 9º - Caberá recurso para o Colegiado de Delegados de Polícia Civil das decisões da Mesa:
II – dos incidentes da votação e apuração, até a assinatura da ata, quando interposto pelo suscitante; e
III – da proclamação do resultado, no prazo do inciso I deste parágrafo, contado de sua publicação.
§ 10 - O recurso previsto no § 9º deste artigo deve ser decidido no prazo de 24 (vinte e quatro) horas e
os demais no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, com efeito suspensivo.
§ 11 - As decisões do Colegiado de Delegados de Polícia Civil, quanto à matéria do § 9º deste artigo, são
finais.
Subseção X
Das Unidades Policiais
Art. 28 - As Delegacias de Polícia Civil, distritais, municipais e especializadas são unidades diretamente
subordinadas às respectivas diretorias e delegacias regionais, com competência para a execução de suas
atividades-fim de polícia judiciária e administrativa, nos termos da legislação em vigor e em outros atos
normativos que vierem a dispor sobre a matéria.
Art. 29 - Cada unidade policial terá 01 (um) Delegado Titular, designado pelo Delegado-Geral de Polícia
Civil, escolhido dentre os servidores integrantes da carreira de Delegado de Polícia Civil do Estado.
IV – prezar pela boa e amistosa convivência dos servidores policiais sob sua direção;
VIII – indicar ao Delegado-Geral de Polícia Civil o Escrivão e o Agente, dentre os integrantes das
respectivas carreiras, a serem designados para exercerem, respectivamente, a função de Chefia de
Cartório e de Chefia de Investigações da Unidade Policial, cuja titularidade lhe pertence.
VIII – Informar à Delegacia Geral, os policiais aptos a assumir a função de chefia de investigação e
cartório. (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010).
Art. 30. Cada unidade policial terá 01 (um) Chefe de Investigação e 01 (um) Chefe de Cartório,
indicado pela autoridade policial da referida delegacia, designado pelo Delegado-Geral de Polícia,
escolhido entre os ocupantes dos cargos, respectivamente, de Agente e Escrivão de Polícia Civil, de 3a, 4a
ou Especial Classes.
§ 1º Inexistindo Agentes e Escrivães das Classes referidas no caput deste artigo, a escolha será realizada
pelo critério de antiguidade.
II – manter, sob seu controle, toda a escrituração dos livros pertencentes ao cartório da Unidade
Policial, mediante controle e saída de documentos;
III – ter em depósito exclusivo os valores das fianças fixadas pela autoridade policial, bem como os
objetos, valores e coisas apreendidos no curso de procedimentos policiais, acondicionando-os em
mobiliário adequado cuja chave somente o Delegado- Titular de Unidade Policial terá uma cópia;
V – exercer o comando na revista e vigilância dos presos, velando pela sua incolumidade; e
Art. 30 - Cada unidade policial terá 01 (um) Chefe de Investigação e 01 (um) Chefe de Cartório,
designado pelo Delegado-Geral de Polícia, observados os critérios exigidos para o exercício da função.
(Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
§ 1º - Caberá à autoridade policial levantar e informar à Delegacia Geral, os policiais aptos a assumir
a função de chefia de investigação e cartório. (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de
31 de março de 2010)
I – Havendo empate de Policiais com as mesmas características seletivas, ocupará a função o que
obteve maior pontuação na última progressão de níveis; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº
417, de 31 de março de 2010)
I – Havendo empate de policiais ocupantes da mesma classe, assumirá a função de Chefia o policial com
mais tempo de serviço na instituição; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio
de 2020)
II – Persistindo o empate, assumirá a função de Chefia o policial que tiver a idade mais elevada;
(Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
§ 4º - Compete ao Chefe de Cartório, afora as atribuições pertinentes ao cargo: (Alteração promovida pela
Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
I – sugerir ao Delegado Titular da Unidade Policial as atividades a serem distribuídas entre os Escrivães
de Polícia, de acordo com o perfil apresentado; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de
31 de março de 2010)
II – manter, sob seu controle, toda a escrituração dos livros pertencentes ao cartório da Unidade
Policial, mediante controle e saída de documentos; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417,
de 31 de março de 2010)
III – ter, em depósito exclusivo, os valores das fianças fixadas pela autoridade policial, bem como os
objetos, valores e coisas apreendidos no curso de procedimentos policiais, acondicionando- os em
mobiliário adequado cuja chave somente o Delegado- Titular de Unidade Policial terá uma cópia;
(Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
IV – manter atualizados os mapas de controle de inquéritos, processos e boletins; e (Alteração promovida
pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
§ 5º - Compete ao Chefe de Investigações, afora as atribuições pertinentes ao cargo: (acrescido pela Lei
Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
II – comandar o Setor de Investigações, implementando medidas que levem a celeridade das atividades;
(acrescido pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
V – exercer o comando na revista e vigilância dos presos, dentro das suas atribuições legais, velando pela
sua incolumidade; e (acrescido pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
Seção III
Dos Cargos da Polícia Civil
Art. 31 - A Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte é composta, para todos os fins de direito,
pelos cargos integrantes da carreira de Delegado, de Escrivão e Agente, cujas atribuições específicas
encontram-se definidas nesta Lei Complementar.
Subseção I
Das Atribuições do Cargo de Delegado da Polícia Civil
I – instaurar e presidir inquéritos policiais e demais procedimentos que se iniciem na Polícia Judiciária,
destinados a apurar a materialidade e a autoria das infrações penais;
III – requisitar a realização de prova pericial, quando necessária, ou de quaisquer outros exames que
julgar imprescindíveis à elucidação do fato;
XII – dirigir-se aos locais de crime, providenciando para que não se alterem, enquanto necessário, o
estado e a conservação das coisas, supervisionando todos os atos;
XIII – cumprir e fazer cumprir as ordens, normas e instruções emanadas de superior hierárquico;
XIV – fornecer aos seus subordinados ordem de serviço, por escrito, das ações que a eles determinar;
XV – exercer, quando designados pela autoridade competente, cargos e funções integrantes da estrutura
básica da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social do Estado; e
II – lavrar autos de prisão em flagrante delito, autos de exibição e apreensão em flagrante delito e
termos e boletins circunstanciados de ocorrência, quando determinado pela autoridade policial;
III – elaborar termos de entrega de objetos e valores apreendidos, de ordem da autoridade policial;
V – autuar, preparar e ordenar documentos e peças de inquéritos policiais e processos penais sob sua
guarda, submetendo-os regularmente a despacho da autoridade policial;
VII – ter sob a sua responsabilidade inquéritos policiais, termos circunstanciados de ocorrência, processos
penais, além de quaisquer outros procedimentos policiais e penais que estejam sob a sua guarda;
XII – manter atualizada a escrituração de livros sob sua responsabilidade, procedendo às suas aberturas;
XIII - preencher mapas de controle de inquéritos, processos e boletins individual e de vida pregressa;
(Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
XIV – manter em perfeita ordem os arquivos, fichários e demais documentos sob sua responsabilidade;
XVII – acompanhar, quando necessário, e em razão de sua condição funcional, a autoridade policial em
diligência;
XIX - participar de estudos, projetos e pesquisas de natureza técnica ou especializada sobre ciências
criminais e inteligência policial no âmbito da estrutura da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do
Norte; (Inclusão promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
XX - exercer outras atividades correlatas ao cargo. (Inclusão promovida pela Lei Complementar nº 670, de
05 de maio de 2020)
Subseção III
Das Atribuições do Cargo de Agente da Polícia Civil
I - realizar a investigação criminal de denúncias, atos e fatos que caracterizem infrações penais;
(Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
II - efetuar prisões em flagrante, busca pessoal e apreensões necessárias às atividades de polícia judiciária;
(Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
VI – executar revista e vigilância de presos apenas durante o período do inquérito policial de réu preso;
VII – cumprir e fazer cumprir as ordens, normas e instruções emanadas de superior hierárquico; e
VII - cumprir e fazer cumprir as ordens, normas e instruções emanadas de superior hierárquico; (Alteração
promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
VIII - elaborar relatório de diligências, quando necessário; (Alteração promovida pela Lei Complementar
nº 670, de 05 de maio de 2020)
IX - elaborar relatório de investigação criminal, sempre que necessário, que possa conter informações,
indícios, provas, motivações, autoria e materialidade delitiva; (Inclusão promovida pela Lei
Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
X - elaborar relatórios circunstanciados, quando necessário; (Inclusão promovida pela Lei Complementar
nº 670, de 05 de maio de 2020)
XII - confeccionar boletins de ocorrência, proceder à coleta e análise de dados de interesse da investigação
policial; (Inclusão promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
XV - exercer outras atividades correlatas ao cargo. (Inclusão promovida pela Lei Complementar nº 670, de
05 de maio de 2020)
Seção IV
Do Órgão Auxiliar
Subseção Única
Da Comissão de Concurso
Art. 35 - A Comissão de Concurso, órgão auxiliar de natureza transitória, será constituída por
Delegados de Polícia efetivos, designados pelo Delegado-Geral de Polícia Civil, na forma do art. 15,
XV, desta Lei Complementar Estadual, de 01 (um) representante da Ordem dos Advogados do Brasil,
Secção do Estado do Rio Grande do Norte (OAB/RN) e de 01 (um) representante do Ministério Público
Estadual.
Parágrafo único. Os integrantes do Conselho Superior da Polícia Civil não participarão da Comissão de
Concurso.
Art. 37 - As decisões da Comissão Examinadora serão tomadas por maioria absoluta, cabendo ao
Presidente o voto de desempate.
Parágrafo único. Das decisões tomadas pela Comissão Examinadora caberão recursos para o CONSEPOL,
no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.
Art. 38 - O Delegado-Geral de Polícia Civil, no interesse do serviço, poderá dispensar das atribuições
normais os membros da instituição integrantes da Comissão de Concurso.
LIVRO II
DO ESTATUTO DOS POLICIAIS CIVIS DO ESTADO
TÍTULO I
DA ESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA
Art. 39 - As carreiras de Delegado, Escrivão e Agente de Polícia Civil do Estado serão estruturadas da
seguinte forma:
a) Delegado de Polícia de Classe Sênior; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de
maio de 2020)
b) Delegado de Polícia de Classe Especial; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de
maio de 2020)
c) Delegado de Polícia de 4ª Classe; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio
de 2020)
d) Delegado de Polícia de 3ª Classe; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio
de 2020)
e) Delegado de Polícia de 2ª Classe; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de Maio
de 2020)
f) Delegado de Polícia de 1ª Classe; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de Maio
de 2020)
g) Delegado de Polícia Substituto; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de Maio de
2020)
II - Escrivão de Polícia Civil: (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de
2010)
a) Escrivão de Polícia de Classe Especial, Nível I ao V; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº
417, de 31 de março de 2010)
b) Escrivão de Polícia de 1ª Classe, Nível I ao V; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de
31 de março de 2010)
c) Escrivão de Polícia de 2ª Classe, Nível I ao V; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de
31 de março de 2010)
d) Escrivão de Polícia de 3ª Classe, Nível I ao V; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de
31 de março de 2010)
e) Escrivão de Polícia de 4ª Classe, Nível I ao V. (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de
31 de março de 2010)
II - Escrivão de Polícia Civil: (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
a) Escrivão de Polícia Civil Classe Especial; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05
de maio de 2020)
b) Escrivão de Polícia Civil Classe 5; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio
de 2020)
c) Escrivão de Polícia Civil Classe 4; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio
de 2020)
d) Escrivão de Polícia Civil Classe 3; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio
de 2020)
e) Escrivão de Polícia Civil Classe 2; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio
de 2020)
f) Escrivão de Polícia Civil Classe 1; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio
de 2020)
g) Escrivão de Polícia Civil Substituto; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de
maio de 2020)
III – Agente de Polícia Civil: (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de
2010)
a) Agente de Polícia de Classe Especial, Nível I ao V; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº
417, de 31 de março de 2010)
b) Agente de Polícia de 1ª Classe, Nível I ao V; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31
de março de 2010)
c) Agente de Polícia de 2ª Classe, Nível I ao V; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31
de março de 2010)
d) Agente de Polícia de 3ª Classe, Nível I ao V; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31
de março de 2010)
e) Agente de Polícia de 4ª Classe, Nível I ao V. (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31
de março de 2010)
III - Agente de Polícia Civil: (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
a) Agente de Polícia Civil Classe Especial; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de
maio de 2020)
b) Agente de Polícia Civil Classe 5; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de
2020)
c) Agente de Polícia Civil Classe 4; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de
2020)
d) Agente de Polícia Civil Classe 3; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de
2020)
e) Agente de Polícia Civil Classe 2; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de
2020)
f) Agente de Polícia Civil Classe 1; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de
2020)
g) Agente de Polícia Civil Substituto. (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio
de 2020)
TÍTULO II
DO INGRESSO NA CARREIRA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 40. O ingresso na carreira dos servidores policiais civis far-se-á na Classe inicial de Delegado de
Polícia Civil Substituto, Escrivão de Polícia Civil Substituto e Agente de Polícia Civil Substituto.
Art. 40. O ingresso na carreira dos servidores policiais civis far-se-á na Classe inicial de Delegado de
Polícia Civil Substituto, e Escrivão de Polícia Civil 4ª Classe, Nível I e Agente de Polícia Civil 4ª Classe,
Nível I. (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
Art. 40 - O ingresso na carreira dos servidores policiais civis far-se-á na classe inicial de Delegado de
Polícia Civil Substituto, Escrivão de Polícia Civil Substituto e Agente de Polícia Civil Substituto.
(Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
§ 1º - Será necessária a abertura de concurso para provimento do cargo público efetivo quando o
número de vagas exceder 1/5 (um quinto) dos cargos iniciais de cada carreira policial, a juízo do
Conselho Superior de Polícia Civil.
Art. 41 - Os cargos da Polícia Civil, acessíveis a todos os brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos nesta Lei Complementar, subdividem-se em cargos de provimento efetivo ou em comissão.
§ 2º - São requisitos para o ingresso nas carreiras que integram o Grupo Ocupacional Polícia Civil:
I – nacionalidade brasileira;
II – estar em dia com as obrigações eleitorais e no pleno exercício dos direitos políticos;
III – estar quite com o serviço militar, se do sexo masculino, sendo portador de certificado de Reservista
ou de Dispensa de Incorporação;
IV – possuir diploma de graduação em nível superior, expedido por instituição de ensino legalmente
reconhecida, sendo obrigatória, no caso de Delegado de Polícia Civil, a conclusão do curso de Bacharelado
em Direito; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 348, de 18 de julho de 2007).
VII – não possuir antecedentes criminais, provado por meio de apresentação de certidões negativas
expedidas pelos órgãos federal e estadual, consoante as exigências do Edital;
VIII – não ter sido punido com pena de demissão aplicada por órgão ou entidade federal, estadual ou
municipal, integrantes da Administração Pública Direta e Indireta;
§3º - Será exonerado o servidor que, depois de nomeado e durante o estágio probatório, omitiu fato
que impossibilitaria sua matrícula no Curso de Formação Policial.
Art. 43 - Os cargos integrantes da estrutura organizacional da Polícia Civil serão preenchidos por:
I – nomeação;
II – promoção;
III – reintegração;
IV – aproveitamento;
V – readaptação;
VI – reversão; e
VII – recondução.
CAPÍTULO II
DO CONCURSO PÚBLICO
Art. 44 - O ingresso na Classe inicial das carreiras pertencentes à Polícia Civil do Estado far-se-á
mediante concurso público de prova ou provas e títulos, em que sejam avaliadas as qualificações e
aptidões específicas para o desempenho do cargo.
§ 1º O concurso para ingresso na Classe inicial das carreiras de Policial Civil será realizado em 4
(quatro) etapas, sucessivas e eliminatórias:
§1 - O concurso de que trata o caput deste artigo será realizado em 5 (cinco) etapas, sucessivas e
eliminatórias: (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 364, de 30 de setembro de 2008)
II – a segunda etapa será constituída de prova escrita discursiva, com base em matéria objeto do programa
constante do Edital referido no item anterior; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 364, de 30
de setembro de 2008)
III – a terceira etapa será a avaliação física, ressalvado o disposto no § 2º deste artigo; (Alteração
promovida pela Lei Complementar nº 364, de 30 de setembro de 2008)
IV – a quarta etapa consistirá no exame psicotécnico; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 364,
de 30 de setembro de 2008)
V – a quinta etapa consistirá na habilitação em curso de formação específico, promovido pela Academia de
Polícia Civil ou órgão oficial congênere. (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 364, de 30 de
setembro de 2008)
§ 2º Para o provimento do cargo de Escrivão de Polícia, exigir-se-á como terceira etapa do Concurso uma
prova prática de datilografia e/ou de operador em micro computador, em substituição à avaliação física.
§ 2º Para o provimento do cargo de Escrivão de Polícia, exigir-se-á como terceira etapa do Concurso uma
prova prática de operador em micro computador, em substituição à avaliação física. (Alteração promovida
pela Lei Complementar nº 364, de 30 de setembro de 2008)
§ 3º Para o provimento do cargo de Delegado de Polícia Civil, além dos requisitos exigidos nesta Lei
Complementar, é obrigatória a habilitação de Bacharel em Direito em estabelecimento de ensino
superior, comprovado pela apresentação de diploma reconhecido pelo órgão federal competente.
§ 4º É requisito para provimento dos cargos de Escrivão e Agente de Polícia Civil a apresentação de
diploma de conclusão do nível médio, devidamente reconhecido pela autoridade competente.
§ 4º É requisito para provimento dos cargos de Escrivão e de Agente de Polícia Civil a apresentação de
diploma de graduação em nível superior, obtido em instituição de ensino legalmente reconhecida.
(Alteração promovida pela Lei Complementar nº 348, de 18 de julho de 2007).
§ 5º Somente serão convocados para participar do Curso de Formação Profissional Policial, quarta etapa
do certame, 3 (três) vezes o número de vagas constante do edital do concurso público deflagrado,
compreendido neste os candidatos habilitados até a terceira etapa do concurso, de acordo com o cargo
objeto de inscrição.
§ 5º Somente serão corrigidas as provas discursivas dos candidatos que obtiverem nível de acerto na
prova objetiva igual ou superior a 50% (cinquenta por cento), limitando-se o quantitativo a 5 (cinco)
vezes o número de vagas disponibilizadas para cada cargo, segundo a ordem de classificação. (Alteração
promovida pela Lei Complementar nº 364, de 30 de setembro de 2008).
§ 6º Serão convocados para participar do Curso de Formação Profissional Policial, quinta etapa do
certame, até 3 (três) vezes o número de vagas constante do edital do concurso público deflagrado,
compreendido neste os candidatos habilitados até a quarta etapa do concurso, de acordo com o cargo
objeto de inscrição. (Inclusão promovida pela Lei Complementar nº 364, de 30 de setembro de 2008).
Art. 44 - O ingresso na Classe inicial das carreiras pertencentes à Polícia Civil do Estado far-se-á
mediante concurso público de prova ou provas e títulos, em que sejam avaliadas as qualificações e
aptidões específicas para o desempenho do cargo. (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 673, de
20 de outubro de 2020).
§ 1º - O concurso de que trata o caput deste artigo será realizado em 5 (cinco) etapas, sucessivas e
eliminatórias: Alteração promovida pela Lei Complementar nº 673, de 20 de outubro de 2020)
II - a segunda etapa será constituída de prova escrita discursiva, com base em matéria objeto do
programa constante do Edital referido no item anterior; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº
673, de 20 de outubro de 2020)
III - a terceira etapa será a avaliação física, ressalvado o disposto no § 2 deste artigo; (Alteração promovida
pela Lei Complementar nº 673, de 20 de outubro de 2020)
IV - a quarta etapa consistirá no exame psicotécnico; (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 673,
de 20 de outubro de 2020)
§ 2º - Para o provimento do cargo de Escrivão de Polícia, exigir-se-á como terceira etapa do concurso
prova prática de operador em microcomputador, em substituição à avaliação física. (Alteração promovida
pela Lei Complementar nº 673, de 20 de outubro de 2020)
§ 3º - Para o provimento do cargo de Delegado de Polícia Civil, além dos requisitos exigidos nesta Lei
Complementar, é obrigatória a habilitação de Bacharel em Direito em estabelecimento de ensino
superior, comprovado pela apresentação de diploma reconhecido pelo órgão federal competente. (Alteração
promovida pela Lei Complementar nº 673, de 20 de outubro de 2020)
§ 4º - É requisito para provimento dos cargos de Escrivão e de Agente de Polícia Civil a apresentação de
diploma de graduação em nível superior, obtido em instituição de ensino legalmente reconhecida.
(Alteração promovida pela Lei Complementar nº 673, de 20 de outubro de 2020)
§ 5º - Serão convocados para participar do Curso de Formação Profissional Policial, quinta etapa do
certame, até 3 (três) vezes o número de vagas constante do edital do concurso público deflagrado,
compreendido neste os candidatos habilitados até a quarta etapa do concurso, de acordo com o cargo
objeto de inscrição. (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 673, de 20 de outubro de 2020)
Art. 45 - O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, contados a partir da data da
homologação do concurso pela autoridade competente, podendo ser prorrogado uma única vez, por
igual período.
§ 1º - O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que
será publicado no Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação.
§ 3º - Caberá recurso do ato que trata o § 2º para o Secretário de Estado da Segurança Pública e
da Defesa Social.
Seção Única
Do Curso de Formação Profissional
Art. 46 - O Curso de Formação Profissional constitui a última etapa do concurso público para ingresso na
carreira policial, de caráter eliminatório.
§ 3º - As notas obtidas pelos candidatos concorrentes no decorrer do Curso de que trata este artigo
somente serão utilizadas subsidiariamente, para fins de desempate de candidatos quanto à nota final do
concurso.
§ 4º - Após a homologação do concurso, os candidatos, uma vez nomeados e empossados, passarão
a exercer suas funções nas diversas Unidades Policiais indicadas pelos órgãos de execução programática
de que trata esta Lei Complementar.
§ 5º - Enquanto for aluno de curso de formação técnico-profissional realizado para o provimento de
cargos integrantes da carreira de policial civil, o candidato fará jus a uma bolsa de estudos no valor de
50% (cinquenta por cento) da parcela única da Classe inicial do cargo a que se candidatou, constante
do Anexo I desta Lei Complementar.
CAPÍTULO III
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 47 - O estágio probatório compreende o período de 3 (três) anos de efetivo exercício, durante o
qual são apurados os requisitos imprescindíveis à permanência do servidor público, que deverá
preencher os seguintes requisitos:
§ 1º - A apuração da conduta de que trata o inciso II do caput deste artigo abrangerá, inclusive,
o tempo anterior à nomeação.
§ 2º - Somente serão computados como tempo de efetivo exercício, para fins de estágio
probatório, os dias efetivamente trabalhados e os de descanso deles decorrentes, os dias de trânsito,
de férias, e os de outros cursos específicos para a Classe.
§ 3º - A avaliação de desempenho será instaurada 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio
por uma Comissão instituída para esse fim, na forma do artigo 26,
§ 2º, XII, desta Lei Complementar.
§ 5º - Durante o estágio, os servidores policiais somente poderão ter exercício em órgão policial ou
técnico, vedada a requisição a qualquer título, ressalvado o disposto no art. 56 desta Lei Complementar.
§ 6º - Durante o estágio, é vedado ao policial civil concorrer à promoção na carreira, ressalvado o
disposto no art. 61, §§ 1º e 2º desta Lei Complementar.
Art. 48 - O servidor que, em estágio probatório, não satisfizer qualquer dos requisitos previstos no art. 47
desta Lei Complementar será exonerado após apuração criteriosa, ocasião em que lhe será assegurado
o contraditório e a ampla defesa, sob pena de invalidação do ato.
CAPÍTULO IV
DA NOMEAÇÃO
§ 2º - A nomeação para as funções de direção, chefia e assessoramento das atividades da Polícia Civil
recairá, exclusivamente, sobre servidores públicos ocupantes de cargo de provimento efetivo da carreira
policial, nos termos desta Lei Complementar.
Seção I
Da Posse
Art. 50 - A posse é o ato inicial que completa a investidura em cargo público, que se dará pela
assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e
os direitos inerentes ao cargo ocupado, somente alterados por Lei Complementar.
Parágrafo único. O termo de posse será assinado pelo nomeado, no qual o servidor policial assumirá o
seguinte compromisso: “Prometo desempenhar minhas funções com desprendimento e probidade,
respeitando a dignidade e a integridade física do ser humano, observar rigorosamente as Constituições
Federal e Estadual, as leis, os princípios e normas contidas na Lei Orgânica da Polícia Civil”.
I – o Governador do Estado; e
Parágrafo único. O ato de posse para ser realizado pelas autoridades do inciso II deste artigo dependerá
de prévia delegação do Governador do Estado, nos termos do art. 64, parágrafo único, da Constituição
do Estado do Rio Grande do Norte.
Seção II
Do Exercício
§ 1º - O prazo para o servidor entrar em exercício é de 30 (trinta) dias, contados da data da posse ou
da publicação do ato de readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração, recondução, remoção,
redistribuição ou relotação.
§ 2º - O prazo do § 1º deste artigo não se aplica ao servidor investido por eleição, cujo exercício se reputa
iniciado com a assinatura do termo de posse, do qual deve constar declaração nesse sentido.
§ 3° - Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo previsto no § 1º deste
artigo.
§ 4º - A competência para dar exercício, no caso do § 1º deste artigo, é do dirigente do órgão ou entidade
onde for lotado o servidor.
Art. 55 - A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na
carreira, a partir da data da publicação do ato que promover o servidor.
Art. 56 - O policial civil somente poderá ser cedido para ter exercício em órgão que não componha a
estrutura desconcentrada da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED),
respeitando o limite de 3% (três por cento) do respectivo quadro da respectiva categoria.
Parágrafo único. O ônus do disposto no caput recairá exclusivamente sobre o órgão cessionário.
TÍTULO III
DAS FORMAS DE ROVIMENTO DERIVADO
CAPÍTULO I
DA PROMOÇÃO
Seção I
Das disposições gerais
Art. 57 - Promoção é a elevação do servidor de uma Classe para outra imediatamente superior àquela
em que se encontrava na categoria funcional a que pertencer, na respectiva série de Classes da categoria.
Art. 58. A promoção funcional realizar-se-á de forma automática, acontecendo sempre que o policial
completar 05 (cinco) anos na classe, passando para a classe seguinte, condicionada à existência de
vagas. (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
§ 1º Por tempo efetivo na classe entende-se o tempo que o servidor contar, na Polícia Civil do Estado,
deduzidos os interregnos ocorridos ou qualquer interrupção prevista na legislação, exceto: (inclusão
promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
I – o tempo de licença por motivo de saúde; (inclusão promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de
março de 2010)
II – o tempo de licença por motivo de casamento ou falecimento do cônjuge, filhos, pais ou irmãos;
(inclusão promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
III– o período de licença-prêmio; (inclusão promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de
2010)
VI– o período de licença para realização de curso de aperfeiçoamento profissional no país ou no exterior
na forma do art. 131 desta Lei Complementar; (inclusão promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31
de março de 2010)
VII – o tempo de exercício de mandato classista; e (inclusão promovida pela Lei Complementar nº 417, de
31 de março de 2010)
VIII – o período em que o servidor público se encontrar cedido na forma do art. 56 desta Lei
Complementar. (inclusão promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
§ 2º O servidor policial civil declarado inválido definitivamente, em razão do serviço, será promovido à
classe imediatamente superior e aposentado com a parcela única da nova classe. (inclusão promovida pela
Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
§ 3º É vedada a promoção de policial civil enquadrado em uma das situações a que alude o art. 63 da Lei
Complementar nº 270, de 13 de fevereiro de 2004. (inclusão promovida pela Lei Complementar nº 417, de
31 de março de 2010)
Art. 58 - A promoção funcional dos Delegados, Agentes e Escrivães da Polícia Civil dar-se-á: (Alteração
promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
I - de forma automática;
§ 1º - A promoção automática realizar-se-á sempre que o policial civil completar o tempo de efetivo
exercício na classe, conforme quadro dos valores em vigência. (Alteração promovida pela Lei
Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
§ 2º - A promoção por ato de bravura é aquela que resulta de ato ou atos não comuns de coragem e
audácia, que, ultrapassando os limites normais do cumprimento de dever, representem feitos indispensáveis
ou úteis à atividade policial, pelos resultados alcançados ou pelo exemplo positivo deles emanado ou que
importem ou possam importar em risco da própria segurança pessoal. (Alteração promovida pela Lei
Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
§ 3º - A promoção post mortem é aquela que visa a expressar o reconhecimento do Estado do Rio
Grande do Norte ao policial civil falecido no cumprimento do dever ou em razão deste, ou a reconhecer o
direito do policial a quem cabia a promoção, não efetivada por motivo do óbito. (Alteração promovida
pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
Art. 58-A - Aplica-se ao Delegado de Polícia de Classe Especial promoção por mérito sempre que
preencher as seguintes condições: (artigo incluído promovido pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio
de 2020)
a) ter exercido, por um período mínimo de 2 (dois) anos, suas funções em alguma Delegacia
Especializada;
b) ter exercido, por um período mínimo de 2 (dois) anos, qualquer das funções nos órgãos elencados no
art. 9ª, I, II, III e IV, no art. 10, I, ou no art. 17 desta Lei Complementar e, ainda, ter exercido função na
Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), na Polícia Militar do Estado do Rio
Grande do Norte (PMRN), no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte (CBMRN),
ou no Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (ITEP/RN);
c) ter concluído, há pelo menos 2 (dois) anos do requerimento de promoção, curso de pós-
graduação lato sensu e/ou stricto sensu nas áreas de segurança pública, gestão pública ou área correlata
ao cargo;
e) ter atuado como docente em instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação
(MEC), pelo período mínimo de 2 (dois) anos, ou em Academia de Polícia de quaisquer dos órgãos de
segurança elencados no art. 144 da Constituição Federal ou, ainda, em cursos oferecidos pela Secretaria
Nacional de Segurança Pública (SENASP), pelo período mínimo de 60 (sessenta) horas de aulas
ministradas;
f) fiel cumprimento de suas obrigações funcionais, a ser aferido por meio de avaliação de produtividade e
desempenho, nos termos de ato a ser expedido pelo Delegado-Geral de Polícia Civil.
§ 1º - O número de vagas de Delegado de Polícia de Classe Sênior aptas ao preenchimento será igual ao
número inteiro resultado da metade da somatória do número de Delegados Especiais e Delegados
Seniores na ativa na Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte.
§ 2º - Em caso de empate, preencherá a vaga de Delegado de Polícia de Classe Sênior aquele que
detiver a maior somatória de requisitos do caput deste artigo, sendo selecionado o mais antigo, acaso
ainda persista.
§ 3º - As promoções para Delegado de Polícia de Classe Sênior ocorrerão nos meses de maio e
novembro, ocasiões na qual serão efetuados os cálculos a que se refere o § 1º deste artigo.
Art. 58-B - Compete ao Delegado-Geral de Polícia Civil emitir o ato da concessão da promoção
funcional dos policiais civis, assim que verificar o cumprimento dos requisitos previstos nesta Lei
Complementar. (artigo incluído promovido pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
§ 1º - Por tempo de efetivo exercício na classe, entende-se aquele que o policial civil contar na Polícia
Civil do Estado do Rio Grande do Norte, deduzidos os interregnos ocorridos ou qualquer interrupção
prevista na legislação, exceto:
II - o tempo de licença por motivo de casamento ou falecimento do cônjuge, filhos, pais ou irmãos;
VIII - o período em que o servidor público se encontrar cedido na forma do art. 56 desta Lei
Complementar;
§ 3º - É vedada a promoção de servidor da Polícia Civil do Rio Grande do Norte enquadrado em uma
das situações a que alude o art. 63 desta Lei Complementar.
§ 4º - É vedada a promoção de servidor da Polícia Civil do Rio Grande do Norte que tenha sofrido
sanção disciplinar de natureza grave, enquanto durar a punição.”
Art. 59. Para cada categoria, serão elaboradas 02 (duas) listas de classificação, concomitantemente, para
os critérios de Antiguidade e de Merecimento. (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março
de 2010)
Art. 60. As promoções obedecerão obrigatoriamente à ordem de classificação e as vagas abertas para o
preenchimento de cada Classe. (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
Art. 61. Os servidores policiais civis somente poderão ser promovidos após 1 (um) ano de efetivo
exercício na Classe, salvo os de Classe inicial para a Classe seguinte, cujo lapso será de 3 (três) anos de
efetivo exercício. (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
§ 1º Serão dispensados os interstícios de que trata o caput deste artigo se não houver quem preencha
tal requisito na carreira respectiva ou se quem o preencher recusar a promoção. (revogado pela Lei
Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
Art. 62 - Será declarada sem efeito a promoção indevida, não ficando o servidor, nesse caso, obrigado à
restituição de valores percebidos a esse título, salvo na hipótese de declaração falsa ou omissão
intencional.
II – forem condenados pela prática de crime, enquanto durar o cumprimento da pena, mesmo em caso
de suspensão condicional da pena; e
Parágrafo único. Em qualquer das hipóteses dos incisos I e III deste artigo, se o servidor vier a ser,
posteriormente, absolvido ou tiver o processo disciplinar arquivado e, somente por esses motivos não
tiver sido promovido à época em que fazia jus a este direito, deverá ser promovido, independentemente de
vaga, desde que requeira administrativamente.
§ 2º - No caso do impedimento do inciso III, o servidor será promovido se, após a data da promoção,
transcorra o prazo de 06 (seis) meses sem a conclusão definitiva do procedimento que deu causa ao
impedimento, com efeitos retroativos à data do preenchimento dos requisitos da promoção”. (Inclusão
promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
Art. 64. Verificada a existência de vagas, o Setor de Pessoal, até o dia 5 (cinco) de março e 5 (cinco) de
setembro de cada ano, providenciará: (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
I – a distribuição do modelo padrão informativo de Merecimento às Unidades Policiais respectivas
para o preenchimento pelos chefes imediatos dos servidores concorrentes; (revogado pela Lei
Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
Art. 65. O servidor policial civil declarado inválido definitivamente em razão do serviço, será promovido
à Classe imediatamente superior por critério de Merecimento e aposentado com a Parcela Única da nova
Classe, constante do Anexo I desta Lei Complementar. (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de
março de 2010)
Parágrafo único. A promoção de que trata o caput deste artigo não será considerada para efeito de
alternância dos critérios de promoção. (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
Art. 66 - Serão considerados promovidos os servidores que falecerem durante o processo promocional,
mesmo sem o processamento da promoção a que tinham direito por Antiguidade.
Art. 67. As promoções serão realizadas em abril e outubro de cada ano, obedecendo aos limites,
procedimentos e condições pessoais do servidor policial concorrente, estabelecidos nesta Lei
Complementar, existentes até o último dia imediatamente anterior à análise do órgão competente.
(revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
Art. 68. Os direitos e vantagens que decorrerem da promoção serão contados a partir da publicação do
ato, salvo quando publicado fora do prazo legal, caso em que retroagirão ao dia em que deveria ter
ocorrido a promoção. (revogado pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
Art. 68 - Os direitos e vantagens dos Delegados, dos Agentes e dos Escrivães de Polícia Civil,
decorrentes da promoção automática serão contados sempre que concluído o interstício de cada classe,
conforme arts. 58 e 58-A desta Lei Complementar, independentemente da publicação do ato.
(Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos Delegados de Polícia Classe Sênior. (Inclusão
promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
Seção II
Da Promoção por Merecimento
Da Progressão Funcional
Art. 69. Merecimento é a demonstração positiva pelo servidor policial civil, durante sua permanência na
Classe, de pontualidade e assiduidade, de capacidade e eficiência, compreensão dos deveres,
aprimoramento da sua formação intelectual e jurídica. (artigo e seus parágrafos revogados pela Lei
Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
II – a eficiência no desempenho das funções, verificadas pelas referências dos chefes dos órgãos da
Polícia Civil nas inspeções permanentes;
VII – as informações constantes dos relatórios referentes às visitas de inspeção e correição, devendo
constar a assiduidade, a pontualidade de chegada ao local de trabalho e o cumprimento dos prazos
processuais para entrega dos procedimentos policiais pelo servidor policial civil concorrente à promoção
por Merecimento.
§ 2º Nenhum curso será tido como pré-requisito para promoção dos servidores da Polícia Civil.
§ 3º Não poderá concorrer à promoção por Merecimento o servidor policial afastado de suas funções em
razão de:
I – estar em exercício de mandato eletivo federal, distrital, estadual ou municipal;
§ 4º É obrigatória a promoção do servidor policial civil que figurar por 3 (três) vezes consecutivas ou 5
(cinco) vezes alternadas em lista de Merecimento, ressalvada a hipótese do § 3º deste artigo.
§ 5º A promoção por merecimento orientar-se-á pelos critérios objetivos expostos no § 1º deste artigo,
devendo a decisão pela escolha do promovido ser escrita e fundamentada.
“Art. 69. A progressão funcional é a movimentação do Agente e Escrivão da polícia civil limitado ao
cargo ocupado, ao nível imediatamente superior da classe em que estiver enquadrado na respectiva
carreira. (inclusão promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010, posteriormente
revogada pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
§ 1º Para progredir de nível será necessário aliar o interstício de 05 (cinco) anos em exercício no nível,
com a qualificação exigida ao nível seguinte, conforme regulamenta o anexo I desta Lei. (inclusão
promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010, posteriormente revogada pela Lei
Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
§ 2º As parcelas únicas de remuneração dos Agentes e Escrivães de Polícia Civil serão fixadas com
diferença de 05% (cinco por cento) de um nível para outro, na respectiva classe. (inclusão promovida pela
Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010, posteriormente revogada pela Lei Complementar nº
670, de 05 de maio de 2020)
§ 5º Serão computados para fins de progressão nos níveis os cursos homologados e concluídos a partir da
investidura no cargo. (inclusão promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010,
posteriormente revogada pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
§ 6º A conclusão dos cursos será comprovada mediante apresentação dos originais mais cópias
autenticada dos respectivos certificados fornecidos por instituições e/ou entidades legais e formalmente
reconhecidas. (inclusão promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010, posteriormente
revogada pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
§ 8º A graduação em nível superior, exigida como pré-requisito para o ingresso na carreira policial civil
não será considerada para fins de progressão. (inclusão promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31
de março de 2010, posteriormente revogada pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
§ 9º Os cursos realizados para fins de progressão funcional serão computados de acordo com a carga
horária, conforme o Anexo I. (inclusão promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010,
posteriormente revogada pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
§ 10. A pontuação para a progressão será de forma cumulativa. (inclusão promovida pela Lei Complementar
nº 417, de 31 de março de 2010, posteriormente revogada pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de
2020)
§ 11. Será concedida para todos os efeitos legais a progressão funcional que fizer jus o servidor que
vier a se aposentar ou falecer antes da expedição do respectivo ato. (inclusão promovida pela Lei
Complementar nº 417, de 31 de março de 2010, posteriormente revogada pela Lei Complementar nº 670, de
05 de maio de 2020)
§ 12. A progressão funcional inicia-se no Nível I e encerra-se no Nível V. (inclusão promovida pela Lei
Complementar nº 417, de 31 de março de 2010, posteriormente revogada pela Lei Complementar nº 670, de
05 de maio de 2020)
§ 13. Compete ao Delegado Geral de Polícia Civil emitir o ato de concessão da progressão funcional,
que vigorará a partir do mês imediatamente seguinte à confirmação do cumprimento dos respectivos
requisitos; (inclusão promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010, posteriormente
revogada pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
Art. 70. A promoção por Merecimento dependerá de lista tríplice para cada vaga, organizada pelo
Conselho Superior de Polícia Civil, na forma do art. 26, § 2º, inciso XI, desta Lei Complementar.
Art. 70. Não haverá progressão se o servidor na data prevista estiver: (inclusão promovida pela Lei
Complementar nº 417, de 31 de março de 2010, posteriormente revogada pela Lei Complementar nº 670, de
05 de maio de 2020)
I – cumprindo estágio probatório; (inclusão promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de
2010, posteriormente revogada pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
II – em licença para tratar de assuntos particulares; (inclusão promovida pela Lei Complementar nº 417, de
31 de março de 2010, posteriormente revogada pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
III – afastado para o exercício de mandato eletivo, federal, estadual ou municipal; (inclusão promovida
pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010, posteriormente revogada pela Lei Complementar
nº 670, de 05 de maio de 2020)
IV – cumprindo pena de suspensão disciplinar, preso em decorrência de flagrante delito ou por decisão
judicial; (inclusão promovida pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010, posteriormente
revogada pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de 2020)
Art. 71. Competirá ao Delegado-Geral da Polícia Civil a decisão final na composição da lista de
promoção por Merecimento, expedida por meio de ato administrativo devidamente motivado. (revogado
pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
Art. 72. Da apuração do Merecimento será dada ciência ao servidor, sendo-lhe assegurada a ampla
defesa e os meios a ela inerentes para se defender da avaliação realizada. (revogado pela Lei
Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
§ 1º Será de 10 (dez) dias o prazo para recorrer das fases ou dos atos do processo promocional, em petição
dirigida ao DEGEPOL. (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
§ 2º A apresentação do recurso suspenderá a promoção até a decisão final, apenas no tocante à relação de
Merecimento impugnada. (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, após a decisão final do recurso, proceder-se-á à promoção com efeito
retroativo à data em que deveria ter ocorrido. (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de
2010)
Art. 73. O Merecimento é adquirido especificamente na Classe; promovido, o servidor policial civil
começará a adquirir Merecimento a contar de seu ingresso na nova Classe. (revogado pela Lei
Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
Seção III
Da Promoção por Antigüidade
Art. 74. A Antigüidade será apurada na categoria do servidor policial civil, determinada pelo tempo de
efetivo exercício na Classe. (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
§ 1º Por Antigüidade na Classe, entende-se o tempo que o servidor contar, na Polícia Civil do Estado,
deduzidos os interregnos ocorridos ou qualquer interrupção prevista na legislação, exceto: (revogado
pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
I – o tempo de licença por motivo de saúde; (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de
2010)
II –o tempo de licença por motivo de casamento ou falecimento do cônjuge, filhos, pais ou irmãos;
(revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
III –o período de licença-prêmio; (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
VII o tempo de exercício de mandato classista; e (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de
março de 2010)
VIII –o período em que o servidor público se encontrar cedido na forma do art. 56 desta Lei
Complementar. (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
§ 2º Ocorrendo empate na classificação, tanto por Merecimento quanto por Antiguidade, terá precedência,
sucessivamente, o candidato que tiver: (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
I – mais tempo de efetivo exercício na Classe; (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de
2010)
II – mais tempo de efetivo exercício no cargo atualmente ocupado neste Estado; e (revogado pela
Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
III – melhor classificação final do concurso de ingresso na carreira, referente ao cargo em que estiver
ocupando. (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
Art. 75. Aplica-se à promoção por Antiguidade, no que couber, o disposto no arts. 70, 72 e 73 desta
Lei Complementar. (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
CAPÍTULO II
DA REINTEGRAÇÃO
§ 1º - A decisão administrativa que determinar o retorno será proferida em processo de revisão, nos
termos desta Lei Complementar.
§ 4º - Extinto o cargo e não existindo, na mesma unidade policial ou na Classe, vaga a ser ocupada
pelo reintegrado, será ele posto em disponibilidade remunerada ou aproveitado, nos termos desta Lei
Complementar, facultando-lhe a escolha da Unidade Policial onde aguardará aproveitamento.
§ 5º - O servidor policial reintegrado será submetido à inspeção médica e, se considerado incapaz, será
aposentado compulsoriamente, com as vantagens a que teria direito se efetivada a reintegração.
CAPÍTULO III
DO APROVEITAMENTO
CAPÍTULO IV
DA READAPTAÇÃO
CAPÍTULO V
DA REVERSÃO
Art. 79 - A Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando, por junta
médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos da aposentadoria.
§ 1º - A reversão efetivar-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.
§ 2º - Encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente até a
ocorrência de vaga.
§ 3º - Fica vedada a reversão de aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.
CAPÍTULO VI
DA RECONDUÇÃO
Art. 80 - A Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorre de:
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor deverá ser aproveitado em
outro.
CAPÍTULO VII
DA REMOÇÃO
I – a pedido;
§ 1º - Os Delegados de Polícia Civil serão removidos por interesse do serviço, na forma do art. 92 desta
Lei Complementar.
§ 3º - A remoção por permuta será requerida mediante pedido escrito e conjunto, subscrito por ambos os
pretendentes, dirigida ao DEGEPOL, que apreciará o pedido em função da conveniência do serviço e
emitirá decisão fundamentada, de acordo com as respectivas chefias.
§ 5º - Dar-se-á a remoção para outra localidade, por motivo de saúde, comprovado por Junta Médica do
Estado, ressalvado o disposto no art. 92 desta Lei Complementar.
§ 6º - Os servidores policiais civis serão removidos por interesse do serviço mediante decisão
fundamentada do Delegado-Geral de Polícia, cabendo recurso ao Secretário de Estado da Segurança
Pública e da Defesa Social.
CAPÍTULO VIII
DA EXONERAÇÃO
I – a pedido;
Art. 83 - Ao servidor policial sujeito a processo administrativo ou judicial somente será concedida a
exoneração depois de julgado o processo e cumprida a pena disciplinar imposta.
Parágrafo único. Não sendo decidido o processo disciplinar no prazo estabelecido no art. 196, § 1º desta
Lei Complementar, a exoneração será automaticamente concedida.
TÍTULO IV
DAS GARANTIAS, DAS PRERROGATIVAS E DOS DIREITOS DOS
SERVIDORES POLICIAIS CIVIS DO ESTADO
CAPÍTULO I
DAS GARANTIAS E DAS PRERROGATIVAS
II – a inamovibilidade relativa;
Art. 86 - Além das garantias asseguradas pela Constituição Federal de 1988, o policial civil gozará das
seguintes prerrogativas:
II – ser recolhido em dependência ou sala especial quando sujeito a qualquer modalidade de prisão
provisória;
III – cumprir pena, até o trânsito em julgado da sentença, separado dos demais condenados;
IV – ter a prioridade nos serviços de transporte e comunicação, públicos e privados, quando em missão
de caráter urgente, podendo requisitá-los, se necessário;
VI – ter livre acesso aos locais sujeitos à fiscalização policial, quando em serviço e na forma do
Regulamento;
VII – não ser preso, senão por ordem judicial escrita, ou em flagrante delito, casos em que a
autoridade fará no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, a comunicação e a apresentação do
policial ao Delegado-Geral de Polícia Civil, sob pena de responsabilidade;
VIII – gozar do benefício da gratuidade nos transportes coletivos intermunicipais, quando em efetiva e
comprovada perseguição ou ação urgente; e
IX – possuir carteira de identificação funcional, com fé pública, válida em todo o território nacional,
inclusive como documento de identidade civil.
§ 1º - As garantias e prerrogativas previstas nesta Lei Complementar não excluem as que sejam
estabelecidas em outras Leis.
§ 2º - As garantias e prerrogativas dos membros da Polícia Civil são inerentes ao exercício de suas
funções e são irrenunciáveis.
Art. 87 - Quando, no curso de investigação policial, houver indícios de prática de ilícito penal atribuído
a policial civil, a autoridade competente remeterá, imediatamente, cópia do procedimento ao
Corregedor-Geral de Polícia, que deverá tomar as providências cabíveis para a instauração do processo
administrativo disciplinar, sob pena de incorrer em crime de responsabilidade funcional.
Art. 88 - O policial civil, em atividade ou aposentado, tem direito à identidade funcional equivalente
à identidade civil.
Art. 89 - Ficam instituídos como instrumentos de trabalho de uso permanente por cada servidor policial
civil, a serem fornecidos pelo Estado:
I – carteira policial, composta de estojo e cédula de identidade funcional, criada pelo Decreto
Estadual n.º 16.320, de 12 de setembro de 2002;
III – 1 (uma) arma de fogo, com munição suficiente e adequada, em plena condição de uso;
IV – 1 (um) distintivo.
§ 1º - Para cada Unidade Policial serão disponibilizados coletes a prova de balas, em plenas condições
de uso.
Art. 90 - O policial civil não deverá entregar sua arma ou respectiva munição a qualquer pessoa ou
autoridade, pública ou privada, sob pena de responsabilidade, salvo nas seguintes hipóteses:
§ 1º - Poderá haver redução para 6 (seis) horas diárias ininterruptas de acordo com a necessidade do
serviço.
§ 2º - O regime de trabalho definido no caput deste artigo não se aplica aos servidores policiais
lotados nas Equipes de Plantão da Polícia Civil, que deverão observar a seguinte disciplina:
I – de segunda a quinta-feira, das 18h às 8h do dia seguinte, por 72 (setenta e duas) horas de
descanso ininterruptas, e
II – de sexta-feira a domingo, plantões de 24 (vinte e quatro) horas, por 72 (setenta e duas) horas de
descanso.
Seção Única
Da Inamovibilidade do Delegado de Polícia Civil
Art. 92 - O Delegado de Polícia Civil do Estado não poderá ser removido de uma unidade para outra em
prazo inferior a 1 (um) ano, contado de sua posse, na unidade policial em que for lotado.
Parágrafo único. O Delegado de Polícia Civil só poderá ser removido em face da necessidade do
serviço, definida em ato motivado do Delegado-Geral de Polícia Civil, cabendo recurso ao Secretário de
Estado da Segurança Pública e da Defesa Social.
CAPÍTULO II
DA REMUNERAÇÃO
Art. 93 - A remuneração dos servidores policiais civis será constituída em parcela única remuneratória
prevista no Anexo I dessa Lei Complementar, sobre a qual incide exclusivamente o adicional por tempo
de serviço, à razão de 1% (um por cento) ao ano, até o limite de 35 (trinta e cinco) anuênios e ainda
o salário-família, não podendo ultrapassar, em nenhuma hipótese, o limite previsto no art. 37,
XI, da Constituição Federal.
Art. 94 - A remuneração mensal dos Policiais Civis é fixada no Anexo I da presente Lei Complementar.
Art. 95 - As parcelas únicas de remuneração dos servidores policiais civis será fixada em nível
condizente com a relevância da função e de forma a compensar todas as vedações e incompatibilidades
específicas que lhe são impostas.
Art. 96. As parcelas únicas de remuneração dos Delegados, Agentes e Escrivães de Polícia Civil serão
fixadas com diferença de 10% (dez por cento) de uma para outra Classe da respectiva carreira.
Art. 96. As parcelas únicas de remuneração dos Delegados de Polícia Civil passam a ser fixadas, com
incidência de 14% (catorze por cento), a partir da 1ª Classe, e com mesma diferença de percentual entre
as Classes imediatamente superiores e as parcelas únicas de remuneração dos Agentes de Polícia Civil e
Escrivães de Polícia Civil serão fixadas com diferença de 20% (vinte por cento), da classe inferior para a
imediatamente superior de uma para outra Classe da respectiva carreira. (inclusão promovida pela Lei
Complementar nº 417, de 31 de março de 2010, posteriormente revogada pela Lei Complementar nº 670, de
05 de maio de 2020)
Seção Única
Da substituição
Art. 97 - O policial civil convocado ou designado para substituição cumulativa com o exercício do
cargo na Polícia Civil de que é Titular, terá direito à percepção de 1/3 (um terço) do valor da parcela
única da remuneração do substituído.
§ 1º - Na hipótese prevista no caput deste artigo, o substituto não poderá acumular mais de uma
substituição.
§ 2º - Quando a substituição não for cumulativa com o exercício das funções do cargo de que é titular,
o substituto, se de categoria inferior, percebe a mesma parcela única remuneratória do substituído.
CAPÍTULO III
DAS VANTAGENS
Art. 98 - Além da parcela única fixada no Anexo I desta Lei Complementar, poderão ser pagas ao
servidor policial civil do Estado, em decorrência da natureza e das condições com que desempenha suas
atividades profissionais, bem como do tempo de efetivo serviço por ele prestado, as seguintes vantagens:
I – indenizações;
II – gratificações; e
III – adicionais.
§ 2º - Além das vantagens previstas neste artigo, outras poderão ser auferidas pelo servidor policial civil,
de acordo com as normas pertinentes, inclusive as aplicáveis ao servidor em geral, ressalvado o disposto
no art. 37, inciso II, da Constituição Federal.
Art. 99 - As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas para efeito de concessão de
quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
Seção I
Das Indenizações
Art. 100 - Indenização é o quantitativo, isento de qualquer tributação, concedido ao servidor policial
para ressarcimento de despesas decorrentes de obrigações impostas pelo exercício pleno de suas
atribuições.
I – ajuda de custo; e
II – diárias.
§ 2º - Não são incorporáveis à remuneração ou aos proventos do servidor policial quaisquer das
vantagens pecuniárias previstas no § 1º deste artigo.
Subseção I
Da Ajuda de Custo
Art. 101 - Ao servidor policial civil designado, de ofício, para a sede de exercício que implique alteração
do domicílio legal, será paga uma ajuda de custo correspondente ao desembolso da despesa da
mudança, devidamente comprovado, limitado a 1 (um) mês de remuneração, a ser paga pela Delegacia-
Geral de Polícia Civil (DEGEPOL).
§ 1º - À família do servidor policial que falecer na nova sede, é assegurada, dentro do prazo de 1
(um) ano contado do óbito, ajuda de custo, nos termos do caput deste artigo, para o retorno à localidade
de origem, dentro do Estado, em que mantenha vínculos familiares ou de amizade e que tenha o
servidor policial exercido as suas atribuições.
§ 2º - Não terá direito à ajuda de custo de que trata o caput deste artigo o servidor policial com residência
no lugar onde passar a exercer o cargo ou aquele cuja movimentação ocorra a pedido ou por permuta.
§ 3º - O tempo mínimo para a percepção de uma nova ajuda de custo será de 180 (cento e oitenta) dias,
excetuando-se os casos em que haja interesse da administração, sendo os casos omissos resolvidos pelo
CONSEPOL.
Art. 102 - O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, não se
apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 103 - A ajuda de custo não será restituída pelo servidor policial ou seus herdeiros, quando:
Subseção II
Das Diárias
Art. 104 - O servidor policial civil que se afastar da sede a serviço em caráter eventual ou transitório
para execução de missão policial ou realização de cursos de aprimoramento técnico-profissional, fará
jus a passagens e diárias, para cobrir as despesas de estada, alimentação e locomoção.
§ 2º - A diária será concedida por cada dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o
deslocamento não exigir pernoite fora da sede.
§ 3º - Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor
policial não fará jus a diárias.
Art. 105 - A depender de ato autorizador do Delegado-Geral, Secretário de Estado da Segurança Pública e
da Defesa Social ou do Governador do Estado, fará jus à percepção de diárias e passagens o servidor
policial que se afastar do Estado, por prazo não superior a 30 (trinta) dias, em missão relacionada com
a instituição da Polícia Civil, inclusive para participação, como autor de tese, membro de comissão
técnica ou representante do órgão policial, em congressos, simpósios, seminários e outros conclaves.
Art. 106 - O servidor que receber diárias e passagem e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica
obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 1º - Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o afastamento,
restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput deste artigo.
Seção II
Das Gratificações e dos Adicionais
Art. 107 - Além da parcela única prevista no Anexo I desta Lei Complementar são oferecidas ao
servidor policial civil, as seguintes:
I – gratificações:
a) de Chefia de Investigação e Chefia de Cartório, com atribuições previstas no art. 30, §§ 3º e 4º desta
Lei Complementar; e
II – adicionais:
b) de férias.
Subseção I
Da gratificação natalina (13º salário)
Art. 108 - A gratificação natalina, devida a ocupante de cargo de provimento efetivo ou em comissão,
corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que fizer jus no mês de dezembro, por mês de
exercício no respectivo ano.
Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.
Parágrafo único. Juntamente com a remuneração do mês de junho, poderá ser paga até a respectiva
metade como adiantamento da gratificação.
Art. 110 - O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina proporcionalmente aos meses de
exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.
Art. 111 - A gratificação natalina não pode servir de base de cálculo para nenhuma outra vantagem.
Subseção II
Do Adicional por Tempo de Serviço
Art. 112 - Será deferida aos servidores policiais civis a gratificação adicional de 1% (um por cento)
sobre a remuneração, por ano de serviço.
Parágrafo único. Computar-se-á como tempo de serviço para o disposto neste artigo aquele prestado
diretamente à União, aos Estados, aos Municípios e suas respectivas autarquias, fundações, empresas
públicas e sociedades de economia mista.
Subseção III
Do Adicional de férias
Art. 113 - É devido ao servidor, ao entrar em gozo de férias, adicional de 1/3 (um terço) da remuneração
do período correspondente, que lhe é pago independentemente de solicitação.
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS
Seção I
Das Férias
Art. 114 - Os servidores policiais civis terão direito a férias anuais por 30 (trinta) dias corridos, conforme
escala elaborada pela Delegacia-Geral de Polícia, publicada na primeira quinzena de dezembro de cada
ano.
§ 1º - O direito a férias será adquirido após o primeiro ano de exercício.
§ 4º - As férias não poderão ser fracionadas, e somente podem acumular-se em razão da necessidade
do serviço, sendo vedado ultrapassar 2 (dois) períodos.
Seção II
Das Licenças
a) serviço militar;
b) atividade política;
§ 1º - As licenças previstas nos incisos I, II, “a”, “b” e “c”, III, “c”, IV, VI e VII do caput deste artigo
serão concedidas sem prejuízo da remuneração, vantagem ou qualquer direito inerente ao cargo, salvo
disposição legal expressa em contrário.
§ 2º - É vedado o exercício de atividade remunerada durante a licença prevista nos incisos I e II,
“a”, “b” e “c”, do caput deste artigo.
Art. 116 - A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie
será considerada como prorrogação.
Art. 117 - As licenças serão concedidas pelo Delegado-Geral de Polícia Civil a requerimento do
interessado ou de oficio.
Parágrafo único. As licenças do Delegado-Geral da Polícia Civil serão concedidas pelo Secretário de
Estado da Segurança Pública e da Defesa Social.
Subseção I
Da Licença para Tratamento de Saúde do Próprio Servidor Policial
Art. 118 - A licença para tratamento de saúde será concedida a pedido ou de oficio, com base em
inspeção de saúde.
§ 1º - Na hipótese de ser concedida licença por prazo superior a 30 (trinta) dias ou havendo requerimento
de prorrogação que implique licença por período ininterrupto, também superior a 30 (trinta) dias, a
concessão deverá ser precedida de perícia médica oficial.
Art. 119 - Findo o prazo da licença de que trata esta Subseção, o servidor policial civil é submetido à
nova inspeção médica oficial, que opine, conforme o caso, por sua volta ao trabalho, pela prorrogação
ou pela aposentadoria.
Art. 120 - O servidor policial civil que apresentar indícios de lesões orgânicas ou funcionais é
submetido, de ofício, à inspeção médica.
Art. 121 - No curso da licença, o servidor policial civil poderá requerer inspeção médica, caso se julgue
em condições de reassumir o exercício do cargo.
Subseção II
Da Licença de Acidente de Serviço ou Doença Profissional
Art. 122 - A licença por acidente em serviço é concedida nos casos em que do fato resultar dano
físico ou mental que se relacione, direta ou indiretamente, com o exercício das atribuições inerentes ao
cargo ou função.
I – a agressão sofrida e não provocada pelo servidor policial civil, no exercício do cargo ou função; e
II – a doença profissional, assim entendida a que é causada pelas condições de serviço ou por fatos
nele ocorridos.
§ 2º - Considera-se como ocorrido em serviço o acidente sofrido pelo servidor policial civil no
percurso de sua residência para o local de trabalho e vice-versa.
§ 3º - A prova do acidente deverá ser feita no prazo de l0 (dez) dias contados de sua ocorrência,
prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.
Subseção III
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 123 - A licença de que trata esta subseção será precedida por exame perante a Junta Médica Oficial,
considerando-se pessoas da família o cônjuge ou companheiro, os ascendentes, os descendentes ou
dependentes que vivam às expensas do servidor policial civil e constem de seu assentamento funcional.
§ 1º - A licença de que trata este artigo somente será deferida se a assistência direta do servidor
policial civil for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou
mediante compensação de horário do trabalho.
§ 2º - A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, até 90 (noventa) dias,
podendo ser prorrogada por igual período, mediante parecer da junta médica oficial, e, excedida a
prorrogação, a licença deixa de ser remunerada.
§ 3º - O servidor policial civil que tenha descendente portador de necessidades especiais terá direito à
redução de 02 (duas) horas na sua jornada de trabalho, desde que o filho esteja se submetendo a
tratamento médico especializado, devidamente comprovado perante Junta Médica oficial.
Subseção IV
Da Licença por Motivo de Gestação, Adoção ou Guarda Judicial
Art. 124 - A licença à gestante, por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, observará as seguintes
condições:
I – poderá ter início no primeiro dia do 9º (nono) mês de gestação, salvo antecipação por prescrição
médica;
II – no caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto;
III – no caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a mãe será submetida a exame
médico e, se julgada apta, reassumirá o exercício;
IV – em caso de aborto atestado por médico oficial, a licença dar-se-á por 30 (trinta) dias, a partir de
sua ocorrência;
V – a servidora que adotar ou obtiver a guarda judicial de criança de até 1 (um) ano de idade, são
concedidos 90 (noventa) dias de licença; e
VI – para amamentar o próprio filho, até a idade de 6 (seis) meses, a servidora lactante tem direito,
durante a jornada de trabalho, a 1 (uma) hora de descanso, que pode ser parcelada em 2 (dois)
períodos de ½ (meia) hora.
§ 1º - Se a criança, no caso do inciso V deste artigo, tiver mais de 1 (um) ano de idade, o prazo da
licença é de 30 (trinta) dias.
§ 2º - Pelo nascimento ou adoção de filho, o servidor policial civil tem direito à licença-maternidade de
5 (cinco) dias consecutivos.
Subseção V
Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge ou do Companheiro
Art. 125 - O servidor policial civil, casado ou que mantenha união estável, nos termos da lei, terá
direito à licença sem remuneração quando o cônjuge, servidor público estadual ou federal, for
mandado servir em outro ponto do Estado, ou fora deste, inclusive em território estrangeiro ou ainda
eleito para Congresso Nacional.
§ 1º - A licença dependerá de requerimento devidamente instruído, devendo o pedido ser renovado a
cada 2 (dois) anos.
§ 2º - Finda a causa da licença, o servidor policial deverá reassumir o exercício dentro de 30 (trinta)
dias, sob pena de incorrer em abandono de cargo.
§ 3º - A concessão da licença impedirá a promoção por Merecimento do servidor policial civil, enquanto
estiver em gozo.
§ 4º - Ao servidor policial civil em período de estágio probatório que for concedida a licença de que
trata este artigo, terá suspensa a contagem do respectivo período, nos termos fixados no art. 47, § 2º,
desta Lei Complementar.
Subseção VI
Da Licença para o Serviço Militar
Art. 126 - Ao servidor convocado para o serviço militar é concedida licença, na forma e condições
previstas na legislação específica.
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor tem até 30 (trinta) dias, sem remuneração, para
reassumir o exercício do cargo.
Subseção VII
Da Licença para Atividade Política
Art. 127 - Salvo disposição em contrário da legislação eleitoral, a licença para exercício de atividade
política abrange o período entre a escolha do servidor, em convenção partidária, como candidato a cargo
eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura.
§ 1º - O servidor candidato a cargo eletivo, na localidade onde desempenha suas funções, e que exerça
cargo em comissão ou função de direção ou chefia, cujo cargo tenha atribuições de arrecadação,
fiscalização ou outras indicadas na legislação eleitoral, é dele afastado, a partir do dia imediato ao
do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, pelo prazo estabelecido nessa legislação.
§ 2º - Durante o prazo do § 1º deste artigo, o servidor faz jus à licença como se em efetivo exercício
estivesse, com direito à remuneração do cargo efetivo.
Subseção VIII
Da Licença para Desempenho de Mandato Classista
Art. 128 - É assegurado ao servidor policial civil, sem prejuízo da remuneração, direito à licença para o
desempenho de mandato em associação de Classe ou sindicato representativo da categoria, observadas as
seguintes condições:
I – para os representantes do Sindicato representativo da categoria somente farão jus à licença os eleitos
para cargos de direção ou representação, em número máximo de 4 (quatro) representantes; e
§ 1º - A licença terá duração igual a do mandato, podendo ser prorrogada, por uma única vez, no
caso de reeleição.
§ 2º - Ao servidor policial será assegurada inamovibilidade, a partir do registro de sua candidatura a
cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até 1 (um) ano após o
término do mandato, salvo se a pedido ou em caso de falta grave, nos termos da lei.
Subseção IX
Da Licença-Prêmio por Assiduidade
Art. 129 - A licença-prêmio será devida após cada quinquênio ininterrupto de exercício, pelo prazo de
3 (três) meses, a título de prêmio por assiduidade.
§ 1º - A licença de que trata o caput deste artigo poderá ser convertida em pecúnia em favor dos
beneficiários do policial civil falecido, que não a tiver gozado.
§ 2º - Não se concede licença-prêmio por assiduidade ao servidor policial que, no período aquisitivo:
§ 3º - O número de servidores policiais em gozo simultâneo de licença-prêmio não pode ser superior
a 1/3 (um terço) da lotação da respectiva unidade policial.
Subseção X
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares
Art. 130 - É assegurada a licença para tratar de interesses particulares ao policial civil, pelo prazo de até
3 (três) anos consecutivos, sem remuneração.
§ 1º - A licença de que trata o caput deste artigo poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a
pedido do interessado ou no interesse do serviço.
§ 2º - A licença para trato de interesses particulares, sem remuneração, pode ser renovada uma única
vez, por igual período.
§ 3º - A concessão da licença de que trata esta subseção impedirá a promoção por Merecimento do
servidor policial civil, enquanto estiver em gozo.
§ 4º - Ao servidor policial civil em período de estágio probatório que for concedido a licença de que
trata este artigo, terá suspensa a contagem do respectivo período, nos termos fixados no art. 47 desta
Lei Complementar.
Subseção XI
Da Licença para Aperfeiçoamento Profissional
Art. 131 - A licença para aperfeiçoamento profissional será deferida pelo Secretário de Estado da
Segurança Pública e da Defesa Social, a fim de permitir a qualificação profissional do servidor
policial civil em Cursos de Pós-Graduação em área de natureza jurídica ou policial, oferecidos por
Instituição de Ensino Superior legalmente reconhecidas pelo Ministério da Educação.
§ 1º - A ausência de que trata esta subseção não excederá a 2 (dois) anos, e findo o Curso, somente
decorrido igual período concedido, será permitida nova ausência.
§ 2º - Ao servidor policial beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou
licença para tratar de assuntos de interesse particular antes de decorrido período igual ao da licença,
ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com a licença.
§ 3º - O número de servidores policiais em gozo simultâneo da licença de que trata o caput deste
artigo não pode ser superior a 2% (dois por cento) do corpo efetivo para cada Classe do cargo da carreira
da Polícia Civil.
Art. 132 - O servidor policial civil terá direito aos seguintes afastamentos:
II – investido no mandato de Prefeito, é afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração, na forma estabelecida pela Constituição Federal de 1988;
a) havendo compatibilidade de horários, percebe as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração
do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horários é afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração.
§ 2º - O servidor investido em mandato eletivo, no caso do inciso III, não pode ser removido ou
redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.
Art. 134 - O servidor pode ausentar-se para o exterior, ou para outros pontos do território nacional, sem
perda da remuneração, para cumprimento de missão oficial, a serviço do Estado, por prazo não
superior a 4 (quatro) anos, mediante autorização do Governador do Estado.
Parágrafo único. Finda a missão, somente após o decurso de igual período, é admissível nova ausência
do servidor.
Art. 135 - O afastamento de servidor para atuar em organismo internacional de que o Brasil participe
ou com o qual coopere, dar-se-á com perda total da remuneração.
Seção IV
Das Concessões
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda
judicial ou tutela e irmãos; e
c) frequência a palestras, seminários e cursos de curta duração nas áreas afetas às atribuições da
Polícia Civil, desde que autorizado pelo Delegado-Geral de Polícia Civil.
Art. 137 - É obrigatória a concessão de horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a
incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição em que estiver servindo, sem prejuízo do
exercício do cargo.
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, é exigida a compensação de horário na repartição,
respeitada a duração semanal do trabalho.
Art. 138 - Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da Administração é assegurada, na
localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em
qualquer época, independentemente de vaga.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos, aos
enteados do servidor que vivam em sua companhia, bem como aos menores de idade sob sua guarda,
com autorização judicial.
Seção V
Do Tempo de Serviço
Art. 139 - É contado, para todos os efeitos, o tempo de serviço público estadual, ressalvados os casos em
que a lei exija exercício ininterrupto ou no mesmo cargo.
Art. 140 - A apuração do tempo de serviço é feita em dias, que são convertidos em anos, considerado o
ano como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
Art. 141 - Além das ausências ao serviço previstas no art. 131 desta Lei Complementar, são
consideradas como de efetivo exercício as decorrentes de:
I – férias;
II – exercício de:
a) cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação
ou designação do Presidente da República, ou do Governador do Estado;
b) cargo em comissão ou função de direção, chefia ou assessoramento em órgão ou entidade dos Poderes
do Estado, da União, de outro Estado ou Município, do Distrito Federal ou de Território Federal;
III – missão oficial, a serviço do Estado, no exterior ou no território estadual; IV – afastamento para
V – desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, exceto para efeito de promoção por
merecimento;
VI – júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VII – licença:
d) por assiduidade;
VIII – deslocamento para nova sede no caso do artigo 81 desta Lei Complementar;
Art. 142 - Conta-se apenas para efeito de aposentadoria, disponibilidade e adicional por tempo de
serviço:
I – o tempo de serviço público prestado à União, a outro Estado, a Município ou ao Distrito Federal, e
suas respectivas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista;
II – o período de licença;
III – o tempo de serviço em atividade privada vinculada à Previdência Social, que não poderá exceder
ao tempo de serviço público estadual;
§ 1º - O tempo em que o servidor esteve aposentado é contado apenas para nova aposentadoria.
Seção VI
Do Direito de Petição
Art. 143 - Fica assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos em defesa de direito ou
interesse legítimo.
Art. 144 - O requerimento é dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por
intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.
Art. 145 - Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a
primeira decisão, não podendo ser renovado.
§ 1º - O requerimento e o pedido de reconsideração, de que tratam os arts. 143 e 144 desta Lei
Complementar, devem ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias, e decididos em 30 (trinta) dias,
contados do seu registro no protocolo.
§ 1º - O recurso é dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a
decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.
§ 2º - O recurso é encaminhado na forma do art. 144, segunda parte, desta Lei Complementar
Art. 147 - O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a
contar da publicação ou da ciência pessoal, pelo interessado, da decisão recorrida.
Art. 148 - O pedido de reconsideração e o recurso não têm efeito suspensivo, mas, uma vez providos,
os efeitos da decisão retroagem à data do ato impugnado.
§ 1º - O efeito suspensivo deve ser admitido, pela autoridade competente, quando de sua falta puder
resultar a ineficácia da decisão final que acolher o pedido.
II – em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em Lei.
§ 1º - O prazo de prescrição é contado da data da publicação do ato ou, na falta desta, da ciência
pessoal do interessado.
§ 2º - A prescrição ocorre em caso de ato omissivo na hipótese do art. 145, § 2º, desta Lei
Complementar.
Art. 150 - A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.
Art. 151 - Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na
repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.
Parágrafo único. Em se tratando de advogado, legalmente habilitado, é-lhe facultado receber o processo ou
documento, pelo prazo legal, para exame fora da repartição.
Art. 152 - A administração deve rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade, desde
que observado o prazo prescricional.
Art. 153 - São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força
maior.
TÍTULO V
DA ASSISTÊNCIA E PREVIDÊNCIA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 154 - São benefícios a que faz jus o servidor policial civil estadual ou sua família:
I – aposentadoria;
II – salário-família;
III – auxílio-funeral;
IV – auxílio-natalidade;
V – auxílio-reclusão;
VI – pensão; e
VII – recompensa.
Seção I
Do Salário-Família
Art. 155 - O salário-família será pago aos servidores policiais civis ativos e inativos que possuírem
dependentes definidos nesta Lei Complementar, no percentual de 1% (um por cento) da remuneração do
seu cargo.
§ 1º - Consideram-se dependentes aqueles que vivam total ou parcialmente às expensas do servidor policial
civil:
III – o descendente estudante que frequente curso de nível médio ou superior em estabelecimento de
ensino, e que não exerça atividade remunerada, até a idade de 24 (vinte e quatro) anos;
Art. 156 - Fica assegurada aos dependentes do servidor policial civil falecido a percepção de salário-
família, nas mesmas bases e condições estabelecidas anteriormente.
Art. 157 - O salário-família relativo a cada dependente será devido a partir do mês em que se verificar
o ato ou fato que lhe der origem.
Parágrafo único. Deixará de ser pago o salário-família relativo a cada dependente no mês seguinte ao ato
ou fato que houver determinado sua suspensão.
Seção II
Do Auxílio-Funeral
Parágrafo único. O auxílio-funeral deverá ser pago no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a contar da
apresentação dos comprovantes da despesa, por meio de procedimento administrativo, à pessoa da família
que houver custeado o funeral.
Art. 159 - Se o funeral foi custeado por terceiro, este deverá ser indenizado, observado o disposto no art.
158 desta Lei Complementar.
Art. 160 - Falecendo o servidor em serviço, fora do local do trabalho, inclusive no exterior, as despesas
com o transporte do corpo são custeadas pelo Estado, autarquia ou fundação pública estadual a que servia,
ao tempo do óbito.
Seção III
Do Auxílio-Natalidade
Art. 161 - O auxílio-natalidade é devido ao servidor policial civil, por motivo de nascimento de filho, em
quantia equivalente à menor parcela única de cargo da carreira policial fixada nesta Lei, inclusive no caso
de natimorto.
Parágrafo único. Na hipótese de parto múltiplo, o valor é acrescido de 50% (cinquenta por cento) por
nascituro.
Seção IV
Do Auxílio-Reclusão
Art. 162 - À família do servidor policial civil ativo é devido o auxílio-reclusão, nos seguintes valores:
I – 2/3 (dois terços) da parcela única referente à Classe do servidor policial, quando afastado por
motivo de prisão, em flagrante ou preventiva, ou de sentença de pronúncia, enquanto perdurar a
medida;
II – 1/2 (metade) da parcela única referente à Classe do servidor policial, durante o afastamento em
virtude de condenação, por sentença definitiva, cuja pena não determine a perda do cargo.
Parágrafo único. O pagamento do auxílio-reclusão cessa a partir do dia imediato àquele em que o
servidor for posto em liberdade, ainda que condicional, ou do trânsito em julgado de sentença
condenatória de que resulte a perda do cargo.
Seção V
Da Pensão
Art. 163 - Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal de valor correspondente
ao da respectiva remuneração, observados os limites constitucionais, a partir da data do óbito.
§ 2º - A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem extinguir-se ou reverter por motivo
de morte, cessação de invalidez ou maioridade do beneficiário, observados os limites constitucionais.
I –vitalícia:
a) o cônjuge;
c) o companheiro ou companheira designado que comprove união estável como entidade familiar;
e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos, e a pessoa portadora de deficiência, que vivam
sob a dependência econômica do servidor;
b) o irmão órfão, até 18 (dezoito) anos de idade, não emancipado, ou se inválido, enquanto durar a
invalidez, que comprovem dependência econômica do servidor;
c) o irmão órfão, até 18 (dezoito) anos de idade, e o inválido, enquanto durar a invalidez, que
comprovem dependência econômica do servidor; e
d) a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até 18 (dezoito) anos de idade,
ou, se inválida, enquanto durar a invalidez.
§ 1º A concessão de pensão vitalícia aos beneficiários de que tratam as alíneas “a” e “c” do inciso I
deste artigo exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas “d” e “e”.
§ 2º A concessão da pensão temporária aos beneficiários de que tratam as alíneas “a” e “b” do inciso II
deste artigo exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas “c” e “d”.
Art. 166 - A pensão vitalícia é concedida integralmente ao seu titular, exceto se existirem beneficiários
da pensão temporária, observados os limites constitucionais.
§ 1º - Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vitalícia, o seu valor é distribuído em partes
iguais entre os beneficiários habilitados.
Art. 167 - A pensão pode ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão somente as prestações exigíveis
há mais de 5 (cinco) anos.
Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova posterior à habilitação tardia que implique exclusão
de beneficiário ou redução de pensão só produz efeitos a partir da data em que for apresentada.
Art. 168 - Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime doloso de que tenha
resultado morte do servidor, do qual era dependente.
Art. 169 - É concedida pensão provisória por morte presumida do servidor, nos seguintes casos:
I – o seu falecimento;
IV – a maioridade de filho, irmão órfão ou pessoa designada, aos 18 (dezoito) anos de idade;
VI – a renúncia expressa.
Art. 171 - Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a respectiva cota reverte:
I – da pensão vitalícia para os remanescentes desta pensão ou para os titulares da pensão temporária,
se não houver pensionista remanescente da pensão vitalícia;
II – da pensão temporária para os co-beneficiários ou, na falta destes, para o beneficiário da pensão
vitalícia.
Art. 172 - As pensões são automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos
reajustes dos vencimentos dos servidores em atividade, observados os limites constitucionais.
Art. 173 - Estendem-se aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos
servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou
função em que se deu a aposentadoria, observados os limites constitucionais.
Art. 174 - Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de mais de 2 (duas)
pensões.
Seção VI
Da Recompensa
Art. 175 - Recompensa é o reconhecimento por serviços prestados pelo servidor público policial.
§ 2º - A recompensa constante do inciso I deste artigo, será conferida pela prática de ato que mereça
registro especial ou ultrapasse o cumprimento normal de atribuição, ou se revista de relevância.
§ 3º - A Medalha do Mérito Policial destina-se a premiar o servidor público policial que praticar ato de
bravura ou de excepcional relevância para a organização policial ou para a sociedade.
§ 4º - A Medalha do Serviço Policial destina-se a premiar o servidor público policial, pelos bons serviços
prestados à causa da ordem pública, ao organismo policial e à coletividade policial.
§ 5º - As características e forma de concessão das medalhas serão regulamentadas por decreto do Chefe
do Poder Executivo.
Art. 176 - São competentes para conceder as recompensas estabelecidas pelo art. 175 desta Lei
Complementar:
II – nos casos dos incisos II e III do art. 175, desta Lei Complementar, as autoridades indicadas na
respectiva regulamentação.
Parágrafo único. Os elogios serão fundamentadamente propostos, devendo ser homologados pelo
Conselho Superior de Polícia Civil, sendo computados para efeito de promoção.
TÍTULO VI
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DOS DEVERES
Art. 177 - São deveres do servidor policial civil, além daqueles inerentes aos demais servidores públicos
civis:
d) aos serviços a seu cargo e aos que, na forma da Lei, lhes sejam atribuídos;
X – não utilizar para fins particulares, qualquer que seja o pretexto, o material pertencente ao órgão,
ou destinado à correspondência oficial;
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XV deste artigo será encaminhada à autoridade
imediatamente superior ao representado e apreciada pelo chefe do órgão, ocasião em que este servidor
deverá assegurar-lhe a oportunidade de se defender.
CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES
Art. 178 – Além de outros casos previstos nesta Lei Complementar e em normas específicas, ao servidor
policial civil é proibido:
I – ausentar-se:
a) ao cumprimento de ordem na forma do artigo 177, III, desta Lei Complementar, ao andamento de
documento ou processo ou à execução de obra ou serviço;
b) à realização de inspeção médica, a que deva submeter-se por determinação de autoridade competente;
VI – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de
atribuição de sua responsabilidade ou subordinado;
X – exercer pressão sobre auxiliar, com ameaça de preterições funcionais ou outros meios
intimidativos, para forçá-lo a consentir em relacionamento sexual;
XI – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de
benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau e de cônjuge ou companheiro;
XII – exigir ou aceitar propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de
suas atribuições;
XVI – cometer a outro servidor atribuição estranha ao cargo por ele ocupado, salvo em situações de
emergência ou transitórias e no estrito interesse do serviço;
XVII – dar curso a ato, operação, documento ou objeto sem exigir o cumprimento da obrigação
tributária, a que esteja sujeito, ou sem comunicar o fato, previamente, à autoridade fiscal competente;
XVIII – exercer outras atividades que sejam incompatíveis com o cargo ou função ou com o horário de
trabalho.
Parágrafo único. A enumeração deste artigo não exclui outras proibições legalmente previstas.
CAPÍTULO III
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 179 - O servidor policial responde civil, penal e administrativamente, pelo exercício irregular de
suas atribuições.
Art. 180 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte
em prejuízo ao Erário ou a terceiros.
§ 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responde o servidor perante a Fazenda Pública, em ação
regressiva, na forma do § 1º deste artigo.
§ 3º - A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles é executada até o limite
do valor da herança recebida.
Art. 181 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor nesta
qualidade.
Parágrafo único. A responsabilidade de que trata o caput este artigo é afastada no caso de absolvição
do servidor por sentença criminal, transitada em julgado, que haja negado a existência do fato ou da sua
autoria.
CAPÍTULO IV
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
I – leves;
II – médias; e
III – graves.
I – impontualidade habitual;
III – apresentar-se como representante ou servidor lotado no órgão ou unidade de trabalho a que não
pertencer, sem estar expressamente autorizado;
IV – não comparecer às convocações de autoridade superior, quando previamente convocado ou
notificado em razão de serviço, salvo por motivo justificável;
VIII – não comunicar, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, à autoridade a que estiver
subordinado, a impossibilidade de comparecer ao órgão, salvo justo motivo;
XI – indicar ou insinuar nomes de advogados para assistir a pessoas que se encontrem respondendo
a processos ou inquéritos policiais, ou cujas atividades sejam objeto de ação policial.
II – valer-se do cargo com o fim ostensivo ou velado de obter proveito de natureza político-partidária
para si ou para outrem;
IV – deixar de concluir, nos prazos legais, sem motivo justo, inquéritos policiais, sindicância ou
processos administrativos;
VI – patrocinar acordos pecuniários entre partes interessadas, no interior das repartições ou fora delas;
VII – retirar ou ceder, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento, cópia ou
objeto da repartição;
VIII – deixar de tratar superiores hierárquicos, pares, subordinados, advogados, testemunhas, servidores
do Poder Judiciário e o povo em geral com a deferência e a urbanidade devidas;
IX – não se apresentar, sem motivo justo, ao fim de licença para o trato de interesse particular,
férias ou dispensa de serviço, ou ainda, depois de saber que quaisquer delas foram interrompidas por
ordem superior;
XII – fazer uso indevido de arma que lhe haja sido confiada para o serviço;
XIII – permitir que pessoas que estejam sob custódia provisória conservem em seu poder instrumentos
com que possam causar danos a si ou a terceiros nas dependências em que estejam recolhidos;
XIV – ordenar ou executar medida privativa de liberdade individual, sem as formalidades legais ou
com abuso de poder; e
III – apresentar requerimento, queixa ou representação contra servidores policiais, pares, subordinados
ou superiores hierárquicos, sabendo-as infundadas, buscando confundir investigação que exista, ou possa
vir a existir contra sua própria pessoa, ou para prejudicar colegas ou terceiros;
VI – utilizar, ceder ou permitir que outrem use objetos arrecadados, recolhidos ou apreendidos pela
Polícia, salvo as exceções previstas no Decreto-Lei Federal nº 6.368, de 21 de outubro de 1976 e desde
que esteja na forma e nos parâmetros estabelecidos naquela legislação especial;
VII – exercitar atividade particular para cujo desempenho sejam necessários contatos com repartições
policiais, ou que com elas tenham qualquer relação ou vinculação;
VIII – exercer atividades particulares que prejudiquem o fiel desempenho da função policial e que
sejam, social ou moralmente, nocivas à dignidade do cargo, ou afetem a presunção de imparcialidade;
IX – deixar de comunicar fatos caracterizados como transgressões disciplinares que tenham chegado
ao seu conhecimento, cometidos por servidores da instituição;
XII – cobrar carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa que não tenha fundamento
legal;
XVI – abandonar o cargo, sem justa causa, ausentando-se da repartição por mais de 30 (trinta) dias
consecutivos;
XVII – ausentar-se do serviço, sem causa justificável, por mais de 60 (sessenta) dias intercaladamente,
durante 1 (um) ano;
XVIII – abandonar o serviço para o qual tenha sido designado, quando informado previamente;
XIX – constituir-se procurador, ou servir de intermediário perante qualquer repartição pública, salvo
para tratar de interesse legítimo de parente até segundo grau;
XX – praticar ato definido como infração penal que, por sua natureza e configuração, torne-o
incompatível para o exercício da função policial;
XXI – praticar ato lesivo à honra ou ao patrimônio da pessoa, natural ou jurídica, com abuso ou
desvio de poder, ou sem competência legal;
XXIII – revelar fato ou informação de natureza sigilosa de que tem ciência em razão do cargo ou
função, salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou administrativo;
XXV – extraviar ou facilitar o extravio, por negligência, de armas, algemas e outros bens do
patrimônio da instituição, que estejam sob a sua guarda ou responsabilidade, desde que o ato não constitua
crime;
XXVI – adquirir, para revenda, de associações de Classe ou entidades beneficentes em geral, gêneros,
objetos ou quaisquer mercadorias;
XXVII – submeter pessoa, sob sua guarda ou custódia, a tortura, vexame ou constrangimento; e
CAPÍTULO V
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
I – advertência;
II – suspensão;
III – demissão;
Art. 188 - Na aplicação das penalidades serão considerados a natureza e a gravidade da infração cometida,
os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes e atenuantes, os
antecedentes funcionais e as causas de justificação.
§ 1º - São circunstâncias agravantes a transgressão disciplinar haver sido cometida em concurso com dois
ou mais policiais, bem como a reincidência, em qualquer grau de classificação.
Art. 189 - A advertência é aplicada por escrito, nos casos de não observâncias de dever funcional e da
vedação de desvio de servidor para o exercício de atribuições diversas das inerentes ao seu cargo
efetivo, bem como na violação de proibição constante do artigo 178, I a III e V a VII desta Lei
Complementar, quando não couber pena mais grave.
II – violação de proibição diversa das enumeradas no art. 189 desta Lei Complementar e que não
tipifique falta sujeita à penalidade de demissão;
III – transgressões disciplinares previstas nos arts. 184, 185 e 186 desta Lei Complementar, que não
tipifique pena de demissão, na seguinte gradação:
§ 2º - Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade da suspensão pode ser convertida em
multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de remuneração, ficando o servidor obrigado a
permanecer em serviço.
Art. 191 - As sanções disciplinares de advertência e suspensão terão seus registros cancelados após o
decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver,
nesse período, praticado nenhuma infração disciplinar.
II – abandono de cargo;
Art. 194 - As destituições de cargo em comissão ou função de confiança serão aplicadas nos casos de
qualquer infração disciplinar sujeita às sanções administrativas previstas nesta Lei Complementar.
CAPÍTULO VI
DA COMPETÊNCIA PARA IMPOSIÇÃO DAS SANÇÕES DISCIPLINARES
Art. 195 - É competente para a aplicação das penalidades previstas nesta Lei Complementar:
CAPÍTULO VII
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
II – pela prescrição.
§ 5º - Interrompido o curso de prescrição, o prazo recomeça a correr a partir do dia em que cessar a
interrupção.
CAPÍTULO VIII
DO PROCESSO DISCIPLINAR
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 197 - O processo administrativo ou a sindicância são instaurados a fim de apurar as condutas
comissivas ou omissivas do servidor policial civil passíveis de sofrerem sanção administrativa disciplinar.
Art. 198 - São competentes para determinar a instauração de processo administrativo as seguintes
autoridades:
I – o Governador do Estado;
Art. 199 - O servidor policial que tiver ciência de condutas ilícitas no serviço é obrigado a comunicar
ao Chefe imediato, que deverá adotar as providências legais cabíveis.
Art. 200 - As denúncias sobre ilegalidades serão objeto de apuração, desde que contenham a
identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a
denúncia será arquivada por falta de objeto.
Seção II
Da Sindicância
Art. 201 - A autoridade competente designará uma comissão, formada por 3 (três) membros dentre os
integrantes da carreira da Polícia Civil, de Classe igual ou superior ao indiciado.
§ 1º - O prazo para conclusão da sindicância será de 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual
prazo, uma única vez, pela autoridade competente, em despacho fundamentado.
§ 2º - Poderá a Comissão sindicante, por meio despacho fundamentado nos autos, sobrestar os
autos, desde que justificado por motivos que impeçam o prosseguimento das diligências, dada a
ciência ao Corregedor Pessoal Civil.
Art. 202 - O Corregedor Geral da SESED ou a Autoridade Policial que houver solicitado a instauração
da sindicância ou do processo disciplinar providenciará, inicialmente:
I – a remessa à Comissão designada, em 3 (três) vias, dos documentos referentes ao fato que será
apurado com o respectivo ato; e
II – a instauração do inquérito policial quando o fato puder configurar-se como ilícito penal.
Art. 203 - Após a instrução, havendo indiciamento, este será detalhado por meio de despacho nos autos
com a qualificação civil do indiciado, a exposição do fato censurável e a classificação da transgressão
disciplinar, do qual deverá ser notificado o indiciado, assegurando-lhe o contraditório e os meios
inerentes à ampla defesa.
§ 1º - O indiciado terá ciência mediante mandado de notificação pessoal em que o sindicante determinará
o prazo para a defesa que não será superior a 5 (cinco) dias.
§ 2º - Se o indiciado deixar de apresentar a defesa no prazo determinado, será declarado revel por
despacho com a designação de um defensor para apresentá-la em prazo fixado.
§3º - Havendo 2 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum e de 10 (dez) dias.
§ 4º - Os autos somente poderão ser examinados dentro da repartição, ressalvado o direito de retirá-los
ao advogado legalmente constituído pelo indiciado.
Art. 204 - Decorrido o prazo de defesa, a Comissão apresentará relatório que deverá concluir pela
culpa ou isenção de responsabilidade, individualizando a tipificação da infração apurada.
Art. 205 - Não poderá ser encarregado de proceder à sindicância, o parente, consanguíneo ou em linha reta
ou colateral, até terceiro grau, do denunciante ou indiciado, ou de servidor a eles subordinados.
Parágrafo único. Ao servidor designado incumbirá comunicar, desde logo, a autoridade competente, o
impedimento que houver de acordo com este artigo.
Art. 206 - Os membros da Comissão Permanente, bem como os respectivos secretários, dedicarão todo o
seu tempo aos trabalhos pertinentes aos processos administrativos e às sindicâncias a que foram
designados.
Art. 207 - As comissões serão presididas por membros da Polícia Civil de carreira, de Classe igual ou
superior à do indiciado.
Art. 208 - Sempre que a conduta tipificada como ilícita praticada pelo servidor ensejar a imposição de
penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, será obrigatória a instauração imediata de processo disciplinar.
Seção III
Do Processo Administrativo Disciplinar
Art. 209 - Caberá a uma ou mais comissões permanentes de disciplina ou transitória, composta por 3
(três) membros da carreira, presidida por 1 (um) Delegado de Polícia Civil, promover a apuração de
fatos indiciários de transgressão disciplinar previstos nesta Lei Complementar.
I – remessa, em 3 (três) vias, dos documentos referentes ao fato que será apurado com o respectivo ato
da Comissão designada;
II – a instauração do inquérito policial, quando o fato for configurado como ilícito penal.
Art. 211 - A Comissão disciplinar exerce suas atividades com independência e imparcialidade,
assegurado o sigilo necessário à elucidação dos fatos ou exigido pelo interesse da administração.
§ 1º - A Comissão tem, como secretário, 1 (um) servidor policial designado pelo seu presidente,
podendo a indicação recair em um de seus membros.
§ 3º - Também não poderá participar da Comissão de sindicância ou de inquérito, servidor policial civil
de Classe inferior à do indiciado.
§ 4º - As reuniões e as audiências das comissões têm caráter reservado, exceto às partes e seus
advogados.
Art. 212 - O processo disciplinar apresenta as seguintes fases:
I – deflagratória, formalizada em termo lavrado pela Comissão processante, após a publicação do ato que
a constituiu;
II – instrutória; e
III – decisória.
Art. 213 - O prazo para a conclusão do processo administrativo-disciplinar não deve exceder a 60
(sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a Comissão, admitida a sua
prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.
§ 1º - Aplica-se ao processo administrativo disciplinar, o disposto nos §§ 2º, 3º e 4º do art. 201, desta
Lei Complementar, estendendo-se também, o sobrestamento quando o fato for ainda classificado como
crime contra a Administração Pública.
§ 2º - As reuniões da Comissão são registradas em atas que devem detalhar as deliberações adotadas.
Art. 214 - É facultada aos indiciados em processos administrativos disciplinares, em causa própria ou
por seus patronos, advogados ou defensores dativos, nos termos da Lei, a sustentação oral perante o
plenário do Conselho Superior de Polícia, sendo estabelecido o tempo de 30 (trinta) minutos,
prorrogável por mais 15 (quinze) minutos nos casos de tréplica ou aparte.
Seção IV
Da Instrução Processual
Art. 215 - A instrução processual observará o contraditório e a ampla defesa, com a utilização dos
meios de prova juridicamente admitidos.
Art. 216 - Os autos da sindicância, quando meramente preparatória, integram os da instrução processual
como peça informativa.
Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como
ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Corregedor-Geral de Polícia
Civil, independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.
Art. 219 - As testemunhas são intimadas a depor mediante mandado expedido pelo Presidente da
Comissão, devendo a segunda via, com o ciente da testemunha, ser anexada aos autos.
Art. 220 - O depoimento será prestado pessoalmente e o seu teor reduzido a termo.
§ 1º - Fica proibido, em qualquer hipótese, que a testemunha possa apresentar o depoimento por escrito.
§ 2º - As testemunhas são inquiridas, separadamente, sem que uma presencie o depoimento de outra.
§ 3º - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, reciprocamente, caberá à Comissão
promover a acareação entre os depoentes.
Art. 221 - Concluída a inquirição das testemunhas, a Comissão, se ainda não tiver ouvido o indiciado e,
se possível for, promoverá seu interrogatório, observados os procedimentos previstos nesta Lei
Complementar.
§ 1º - Havendo mais de um indiciado, cada um deles será ouvido separadamente e, sempre que
divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida acareação entre eles.
Art. 222 - Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do indiciado, a Comissão proporá à
autoridade competente que ele seja submetido a exame por Junta Médica Oficial, da qual participe pelo
menos 1 (um) médico psiquiatra.
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental é processado em auto apartado e apenso ao processo
principal, após a apresentação do laudo pericial.
Art. 223 - Caracterizada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a
especificação dos fatos a ele imputados, das normas infringidas e das provas que fundamentam a
imputação.
§ 1º - O indiciado é citado por mandado, assinado pelo presidente da comissão, para apresentar defesa
escrita, no prazo de 10 (dez) dias, sendo-lhe assegurada vista do processo na repartição, ressalvado o
disposto no parágrafo único, do art. 126, da Lei Complementar Estadual n.º 122, de 30 de junho de
1994.
§ 3º - O prazo de defesa pode ser prorrogado até o dobro, para o cumprimento de diligências reputadas
indispensáveis.
§ 4º - No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia do mandado de citação, o prazo para
defesa conta-se da data declarada, em termo próprio, pelo membro da Comissão que a tenha efetuado, com
a assinatura de 02 (duas) testemunhas.
Art. 224 - O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à Comissão processante o novo
endereço onde possa ser encontrado.
Art. 225 - Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no
Diário Oficial do Estado.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para a defesa é de 15 (quinze) dias, a partir da última
publicação do edital.
Art. 226 - Considera-se revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal.
§ 1º - A revelia é declarada por termo, nos autos do processo, e devolve o prazo para a defesa.
§ 2º - Para defender o indiciado revel, a autoridade que determinou a instauração do processo designa,
como defensor dativo, o servidor ocupante de cargo de nível igual ou superior ao do indiciado.
Art. 227 - Após a defesa, a Comissão elaborará relatório minucioso, onde deverão ser resumidas as
peças principais dos autos e mencionadas as provas em que se baseou para formar a sua convicção.
Art. 228 - O processo disciplinar, com o relatório da Comissão, será remetido à autoridade que
determinou a sua instauração, para decisão.
Seção V
Da Fase Decisória
Art. 229 - No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade competente
proferirá sua decisão.
Art. 230 - A decisão não fica restrita às conclusões do relatório da Comissão processante, mas
vincula-se às provas dos autos.
§ 1º - Caso não concorde com a conclusão da Comissão processante, a autoridade deverá motivar as
razões por que discorda, por meio de despacho fundamentado nos autos.
§ 2º - Quando o relatório da Comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
fundamentadamente, declarar a responsabilidade do servidor ou isentá-lo.
Art. 231 - Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a invalidade total
ou parcial do processo e ordenará a constituição de outra Comissão, para a instauração de novo
processo, desde que não haja o decurso do prazo prescricional.
Parágrafo único. O julgamento fora do prazo legal não implica invalidade do processo.
Art. 232 - Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar é remetido à
autoridade policial competente para a instauração do inquérito policial, ficando traslado na repartição.
Art. 233 - O servidor policial que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou
aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da sanção administrativa,
caso seja aplicada.
§ 1º - Para o atendimento das disposições do caput deste artigo, os requerimentos de exoneração a pedido
serão instruídos, obrigatoriamente, com informação da Corregedoria Geral.
§ 2º - Tratando-se de servidor policial civil em estágio probatório, a confirmação, no caso deste artigo,
fica suspensa até a decisão do processo na esfera administrativa.
I – ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua repartição, na condição de
testemunha, denunciado ou indiciado;
II – aos membros da Comissão e ao secretário, quando obrigados a se deslocar da sede dos trabalhos
para a realização da missão essencial ao esclarecimento dos fatos, obedecendo-se ao disposto no art. 104,
§ 2º, desta Lei Complementar.
CAPÍTULO IX
DA REVISÃO DO PROCESSO
Art. 235 - O processo disciplinar pode ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se
aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação
da penalidade aplicada.
Art. 237 - A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão,
que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.
Art. 238 - O requerimento de revisão do processo é dirigido ao Titular da SESED ou autoridade
equivalente, que, se o deferir, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se originou
o processo disciplinar.
Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente poderá pedir o dia e a hora para a produção de
provas e inquirição das testemunhas que arrolar.
Art. 240 - A Comissão revisora terá o prazo de 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos.
Art. 241 - Aplicam-se aos trabalhos da Comissão revisora, no que couber, as normas e procedimentos
próprios à Comissão do processo administrativo disciplinar.
Art. 242 - O julgamento cabe à autoridade que aplicou a penalidade, nos termos do art. 195 desta Lei
Complementar.
Parágrafo único. O prazo para julgamento é de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no
curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.
Art. 243 - Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito ou retificada a penalidade,
restabelecendo-se os direitos do servidor, na medida do alcance da decisão.
Art. 244 - O direito à revisão é imprescritível, quanto ao efeito de reabilitação, total ou parcial, do
servidor, mas o ato só produz efeitos financeiros quando requerido no prazo do art. 149.
TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 245 - A partir de 1o de julho de 2004, para os Delegados, e a partir de 1o de abril de 2004, para os
Escrivães e Agentes, fica alterado o regime jurídico concernente à remuneração dos membros da Polícia
Civil do Estado, que passa a ser constituída de parcela única, na forma do art. 144, § 9º, da Constituição
Federal de 1988.
§ 1º - Após as datas fixadas neste artigo, à exceção do adicional por tempo de serviço, do salário-
família e dos acréscimos pecuniários decorrentes desta Lei Complementar, ficam todos os demais, sob
forma de adicionais ou gratificações, pagos a qualquer título, em caráter permanente ou transitório,
aos Policiais Civis, extintos, ficando os respectivos valores representados pelas Parcelas Únicas
constantes do Anexo I desta Lei Complementar.
§ 3º - As vantagens pecuniárias referidas no § 2º deste artigo, percebidas pelos servidores policiais até
a implementação do sistema remuneratório previsto nesta Lei Complementar, serão levadas em
consideração para fins de contribuição previdenciária.
§ 5º - Aos policiais civis em atividade, aposentados e aos pensionistas que, atualmente, percebam
remuneração, proventos ou pensões em valor superior ao limite estabelecido neste artigo, fica
assegurado o direito à percepção da diferença a título de vantagem pessoal, observados os limites
constitucionais.
Art. 246 - Quando houver a vacância de todos os cargos de Investigador de Polícia Civil, estes cargos
serão automaticamente extintos da carreira policial constante da Parte I, Tabela I, do Quadro Geral de
Pessoal do Estado – Grupo Ocupacional Segurança Pública.
§ 1º - Competem ao Investigador de Polícia Civil, enquanto não extinto o cargo, as mesmas atribuições
inerentes ao cargo do Agente de Polícia.
§ 2º - Estender-se-ão aos Investigadores de Polícia Civil inativos todos os benefícios concedidos aos
Agentes de Polícia Civil.
Art. 247 - Fica estipulado o prazo de até 90 (noventa) dias, a contar da publicação desta Lei
Complementar, para ser expedido o Decreto que trate da Organização e Funcionamento do Conselho
Superior de Polícia Civil (CONSEPOL), adaptado às disposições desta Lei Complementar.
Art. 248 - Fica alterado para “Grupo Ocupacional Polícia Civil” a que pertencem os servidores policiais
civis de que trata esta Lei Complementar, em detrimento de “Grupo Ocupacional Segurança Pública”,
constante da Parte I, Tabela I, do Quadro Geral de Pessoal do Estado, instituído pela Lei Estadual n.º
5.074, de 20 de outubro de 1981.
Art. 249 - A primeira eleição do Conselho Superior de Polícia ocorrerá 06 (seis) meses após a
publicação desta Lei Complementar, cabendo ao atual Delegado-Geral de Polícia Civil, publicar edital de
eleição, bem como expedir regulamento referente à mesma em consonância com as diretrizes estabelecidas
na presente Lei Complementar.
Art. 250 - A partir do ano de 2008, será exigido como requisito para o ingresso na carreira de Agentes
e Escrivães de Polícia a conclusão em Curso de Graduação (3º grau), comprovada por meio de
diploma devidamente reconhecido por Instituição de Ensino Superior credenciada pela autoridade
pública competente. (revogado pela Lei Complementar nº 348, 18 de julho de 2007)
TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 251 - Os atuais cargos de Agente de Polícia Classes: “E”, “D”, “C”, “B”, “A” e Especial,
juntamente com seus integrantes, ficam transformados em Agentes de Polícia Classes: substituto, 1ª, 2ª,
3ª, 4ª e Especial, respectivamente. (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
Art. 252 - Os atuais cargos de Escrivão de Polícia Classes: “E”, “D”, “C”, “B”, “A” e Especial,
juntamente com seus integrantes, ficam transformados em Escrivão de Polícia Classes: substituto, 1ª, 2ª,
3ª, 4ª e Especial, respectivamente. (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de março de 2010)
Art. 253 - Ficam criados e incluídos no Quadro Geral do Pessoal do Estado, parte I, Tabela I, seguintes
cargos de carreira, de provimento efetivo:
I – da carreira de Delegado de Polícia Civil:
Art. 254 - Ficam extintos do Quadro Geral do Pessoal do Estado, parte I, Tabela I, os seguintes cargos
de carreira, de provimento efetivo, 10 (dez) cargos de Delegado de Polícia Classe Substituto.
Art. 255 - Os cargos das carreiras de Delegado, após a criação e extinção dos cargos dos arts. 253, I,
e 254, desta Lei Complementar, ficam estruturados da seguinte forma: (revogado pela Lei Complementar
nº 417, de 31 de março de 2010)
Art. 257 - A Carreira de Agente de Polícia Civil, após a criação dos cargos prevista no art. 253, III,
desta Lei Complementar, possui a seguinte estrutura: (revogado pela Lei Complementar nº 417, de 31 de
março de 2010)
Art. 258 - Ficam criados e incluídos no Quadro Geral do Pessoal do Estado, Parte I, Tabela I, os
seguintes Cargos de provimento em comissão e funções de confiança:
Art. 259 - Na Polícia Civil farão jus à Representação pelo cargo, o Delegado- Geral de Polícia Civil,
o Delegado-Geral de Polícia Civil Adjunto, o Secretário Executivo e de Comunicação Social, o
Assessor Técnico-Jurídico, o Diretor da Academia de Polícia Civil, o Diretor da Divisão Especializada
em Investigação e Combate ao Crime Organizado, o Diretor da Polícia Civil da Grande Natal, o Diretor
de Polícia Civil do Interior, os Diretores Administrativo e de Planejamento e Financeiro, o Sub-Diretor
de Polícia Civil do Oeste, os Delegados Regionais, os Chefes dos Setores de Pessoal, Transportes,
Almoxarifado e Arquivo.
TÍTULO IV
CAPÍTULO II
Seção Única
Da Substituição e Acumulação
Art. 259 - Farão jus à representação pelo cargo na Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte,
o Delegado-Geral de Polícia Civil, o Delegado-Geral de Polícia Civil Adjunto, o Secretário Executivo e
de Comunicação Social, o Assessor Técnico-Jurídico, o Diretor da Academia de Polícia Civil, o
Diretor da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado, o Diretor da
Polícia Civil da Grande Natal, o Diretor de Polícia Civil do Interior, os Diretores Administrativo e de
Planejamento e Financeiro, o Subdiretor de Polícia Civil do Oeste, os Delegados Regionais, e os
Chefes dos Setores de Pessoal, de Transportes, de Almoxarifado, de Arquivo, de Informática, de
Patrimônio, de Compras e de Rádio. (Alteração promovida pela Lei Complementar nº 670, de 05 de maio de
2020)
Art. 260 - Ficam extintos na Parte II Tabela I, do Quadro Geral de Pessoal do Estado – Polícia Civil,
a partir do período para a transição do sistema remuneratório fixado nesta Lei Complementar, as
seguintes funções gratificadas:
I – 3 (três) Funções gratificadas de Delegado Chefe Executivo, criadas pela Lei n.º 8.012/01;
III – 2 (duas) Chefias de unidade instrumental, criadas pela Lei Complementar n.º 163/99.
Art. 261 - Quando todas as Delegacias em sede de Comarcas forem titularizadas por Delegados de
Polícia Civil de carreira, as 27 (vinte e sete) Funções de Direção Chefia Segurança Pública – FDCS
IV e as 105 (cento e cinco) Funções de Direção e Chefia FDCS V, criadas pela Lei Complementar
Estadual n.º 163, de 05 de fevereiro de 19999, serão automaticamente extintas.
Art. 262 - Os prazos constantes da presente Lei Complementar começam a correr a partir da data da
cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
§ 1º - Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em
dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal.
§ 3º - Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do vencimento não
houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês.
Art. 264 - Ficam revogados, com a publicação da presente Lei Complementar, os seguintes dispositivos:
Art. 3o da Lei Estadual n.º 8.012, de 09 de novembro de 2001; arts. 1o, 2o, 4o, 7o, I, todos da Lei
Estadual n.º 5.936, de 19 de outubro de 1989; arts. 1o e 6o da Lei Estadual n.º 5.993, de 09 de abril de
1990; arts. 1o, 2o, 3o, 4o, 9o e 10 da Lei Estadual n.º 6.049, de 31 de outubro de 1990; Lei Estadual n.º
6.595, de 22 de abril de 1994; arts. 1o, 2o, 3o, 5o, 6o, parágrafo único, 8o, 17, 18, 19, da Lei Estadual n.º
5.074, de 20 de outubro de 1981; art. 2o da Lei Complementar Estadual n.º 249, de 24 de junho de 2003;
o Decreto Estadual n.º 10.902, de 26 de dezembro de 1990, no que dispuser ao contrário da presente
Lei Complementar e os demais dispositivos até a expedição de regulamento na forma do art. 247; o
Decreto Estadual n.º 15.764, de 28 de novembro de 2001; os arts. 1o a 14 do Decreto Estadual n.º
10.854, de 28 de novembro de 1990; e demais disposições legais em contrário.
Art. 265 - Ficam revogados a partir do dia 1º de abril de 2004 os seguintes dispositivos: o art. 1º, II, da
Lei Estadual n.º 8.012, de 09 de novembro de 2001; o art. 7o Lei Estadual n.º 5.993, de 09 de abril de
1990; o art. 12 da Lei Estadual n.º 5.074, de 20 de outubro de 1981; e demais disposições legais em
contrário.
Art. 266 - Ficam revogados a partir de 1o de julho de 2004 os seguintes dispositivos: os arts. 1º, I, 12,
da Lei Estadual n.º 8.012, de 9 de novembro de 2001; o art. 5o da Lei Estadual n.º 5.936, de 19 de
outubro de 1989; e demais disposições legais em contrário.
I – 152 (cento e cinquenta e duas) funções gratificadas de segurança pública (FGSPU-3) criadas no art.
7º, III, da Lei Estadual n.º 7.851, de 28 de junho de 2000, em 76 (setenta e seis) funções pela
Chefia de Cartório e 76 (setenta e seis) funções pela Chefia de Investigação; e
II – 76 (setenta e seis) funções gratificadas de segurança pública (FGSPU-3) criadas na Lei
Complementar Estadual n.º 163, de 05 de fevereiro de 1999, em 38 (trinta e oito) funções pela
Chefias de Cartório e 38 (trinta e oito) funções pela Chefia de Investigação.
Art. 268 - Aplicam-se subsidiariamente aos servidores da Polícia Civil as disposições da Lei
Complementar Estadual n.º 122, de 30 de junho de 1994, que instituiu o Regime Jurídico Único, dos
Servidores Públicos Civis do Estado e das Autarquias e Fundações Públicas, no que não contrariar com as
disposições da presente Lei Complementar.
I – Tabela da Parcela Única atribuída aos cargos da carreira, de provimento efetivo, da Polícia Civil
(Anexo I);
II – Quadro das Representações atribuídas aos cargos de provimento em comissão dos órgãos de
Direção-Geral, de Assessoramento Direto, de Execução Programática e outros integrantes da Polícia
Civil (Anexo II);
III – Quadro das representações atribuídas aos cargos de provimento em comissão do órgãos de Atuação
Instrumental da Polícia Civil (Anexo III); e
IV – Quadro das funções de Direção, Chefia e Assessoramento da Polícia Civil do Estado (Anexo IV).
Art. 270 - Na hipótese de aumento geral dos servidores públicos estaduais, inclusive durante o período
de implantação das tabelas em anexo, seus valores serão automaticamente atualizados pelo índice geral
aplicado.
Art. 271 - As despesas decorrentes desta Lei Complementar ocorrerão à conta do Orçamento Geral do
Estado.
Art. 272 - A presente Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
ANEXO II
ANEXO IV
DOE Nº 10.678
Data:14.2.2004
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LEI COMPLEMENTAR Nº 348, DE 18 DE JULHO DE 2007.
Altera a Lei Complementar Estadual n.º 270, de 13 de fevereiro de 2004, que dispõe sobre a Lei
Orgânica e o Estatuto da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte, e dá outras providências.
Art. 1º Os valores correspondentes à parcela única mensal devida aos titulares dos cargos públicos de
provimento efetivo de Delegado, Escrivão e Agente de Polícia Civil, fixados no Anexo I da Lei
Complementar Estadual n.º 270, de 13 de fevereiro de 2004, passam a vigorar de acordo com o Anexo
I desta Lei Complementar.
Art. 2º Os valores das Gratificações de Chefia de Cartório e Chefia de Investigação, fixados no Anexo
IV da Lei Complementar Estadual n.º 270, de 2004, passam a vigorar de acordo com o Anexo II desta
Lei Complementar.
Art. 3º Altera o art. 41, § 2º, IV, da Lei Complementar Estadual n.º 270, de 2004.
Art. 4º Altera o art. 44, § 4º, da Lei Complementar Estadual n.º 270, de 2004.
Art. 5º Os efeitos financeiros de correntes desta Lei Complementar estendem-se aos Delegados,
Escrivães e Agentes de Polícia Civil aposentados e aos pensionistas.
Art.6º As despesas decorrentes da implementação desta Lei Complementar correrão por conta de
dotações da Lei Orçamentária Anual (LOA), consignadas para a SESED.
Art. 8º Fica revogado o art. 250 da Lei Complementar Estadual n.º 270, de 13 de fevereiro de 2004.
Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal, 18 de julho de 2007, 186º da Independência e 119º
da República.
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LEI COMPLEMENTAR Nº 364, DE 30 DE SETEMBRO DE 2008.
Altera o artigo 44 da Lei Complementar nº 270, de 13 de fevereiro de 2004, que dispõe sobre a Lei
Orgânica e o Estatuto da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte e dá outras providências.
“Art. 44..............................................................................................
§ 1. O concurso de que trata o caput deste artigo será realizado em 5
(cinco) etapas, sucessivas e eliminatórias:
I – a primeira etapa, de caráter eliminatório e classificatório,
compreenderá a avaliação de conhecimentos teóricos gerais e
específicos, por meio de prova escrita objetiva, com base em matéria
objeto do programa definido em Edital, publicado no Diário Oficial
do Estado;
II – a segunda etapa será constituída de prova escrita discursiva, com
base em matéria objeto do programa constante do Edital referido no
item anterior;
III – a terceira etapa será a avaliação física, ressalvado o disposto no §
2º deste artigo;
IV – a quarta etapa consistirá no exame psicotécnico;
V – a quinta etapa consistirá na habilitação em curso de formação
específico, promovido pela Academia de Polícia Civil ou órgão
oficial congênere.
§ 2º Para o provimento do cargo de Escrivão de Polícia, exigir-se-á
como terceira etapa do concurso prova prática de operador em micro
computador, em substituição à avaliação física.
................................................................................................................
......................................................................................................
§ 5º Somente serão corrigidas as provas discursivas dos candidatos
que obtiverem nível de acerto na prova objetiva igual ou superior a
50% (cinqüenta por cento), limitando-se o quantitativo a 5 (cinco)
vezes o número de vagas disponibilizadas para cada cargo, segundo a
ordem de classificação.
§ 6º Serão convocados para participar do Curso de Formação
Profissional Policial, quinta etapa do certame, até 3 (três) vezes o
número de vagas constante do edital do concurso público deflagrado,
compreendido neste os candidatos habilitados até a quarta etapa do
concurso, de acordo com o cargo objeto de inscrição”. (NR)
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LEI COMPLEMENTAR nº 417, DE 31 DE MARÇO DE 2010.
Art. 1º O Art. 25, da Lei Complementar nº 270, de 13 de fevereiro de 2004, passa a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 25. O Conselho Superior de Polícia Civil, presidido pelo Delegado-
Geral de Polícia Civil, além deste, é composto por 17 (dezessete) membros,
sendo 9 (nove) Delegados de Polícia de Classe Especial, 05 (cinco)
Delegados de Polícia Civil de 3ª Classe, todos eleitos pelo Colegiado de
Delegados de Polícia (COLDEPOL), além de 01 (um) Corregedor-Auxiliar
de Disciplina do Pessoal Civil, este considerado membro nato, de 01 (um)
representante da carreira funcional de Escrivão de Polícia Civil e 01 (um)
representante da carreira funcional de Agente de Polícia, ambos de 1ª
Classe ou de Classe Especial. (NR).
Art. 2º O Inciso VIII do § 2º da Art. 29, da Lei Complementar nº 270, de 13 de fevereiro de 2004,
passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 3º Fica alterado o Art. 30, seus §§ 1º, 2º, 3º e 4º, e seus incisos, da Lei Complementar 270, de 13
de fevereiro de 2004, acrescido do § 5º, passando a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 30. Cada unidade policial terá 01 (um) Chefe de Investigação e 01 (um)
Chefe de Cartório, designado pelo Delegado-Geral de Polícia, observados os
critérios exigidos para o exercício da função.
§ 1º Caberá à autoridade policial levantar e informar à Delegacia Geral, os
policiais aptos a assumir a função de chefia de investigação e cartório.
§ 2º As funções de Chefia de Investigação e Chefia de Cartório, destinadas
aos cargos de Agente e Escrivão de Policial Civil, devem ser ocupadas pelo
Policial que possuir Classe mais antiga e melhor classificação nos níveis, o
que aliará a experiência à qualificação profissional, observado os seguintes
critérios:
I - Havendo empate de Policiais com as mesmas características seletivas,
ocupará a função o que obteve maior pontuação na última progressão de
níveis;
II – Persistindo o empate, assumirá a função de Chefia o policial que tiver a
idade mais elevada;
III - O valor correspondente à Chefia de Investigação e Chefia de Cartório
passará a obedecer ao constante no Anexo II desta Lei.
§ 3º Nas licenças e afastamentos temporários do chefe de investigação e
chefe de cartório, o Delegado Geral nomeará entre os servidores lotados
naquela unidade, um substituto, obedecendo aos critérios estabelecidos nesta
Lei Complementar.
§ 4º Compete ao Chefe de Cartório, afora as atribuições pertinentes ao cargo:
I – sugerir ao Delegado Titular da Unidade Policial as atividades a serem
distribuídas entre os Escrivães de Polícia, de acordo com o perfil
apresentado;
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II – manter, sob seu controle, toda a escrituração dos livros pertencentes ao
cartório da Unidade Policial, mediante controle e saída de documentos;
III – ter, em depósito exclusivo, os valores das fianças fixadas pela
autoridade policial, bem como os objetos, valores e coisas apreendidos no
curso de procedimentos policiais, acondicionando os em mobiliário
adequado cuja chave somente o Delegado- Titular de Unidade Policial terá
uma cópia;
IV – manter atualizados os mapas de controle de inquéritos, processos e
boletins; e
V – proibir a entrada e permanência de pessoas estranhas no Cartório e no
Setor de Arquivo da Unidade Policial, para a salvaguarda dos documentos
policiais sob sua responsabilidade.
§ 5º Compete ao Chefe de Investigações, afora as atribuições pertinentes ao
cargo:
I – sugerir ao Delegado-Titular da Unidade Policial as atividades a serem
distribuídas entre os Agentes de Polícia, de acordo com o perfil apresentado;
II – comandar o Setor de Investigações, implementando medidas que levem a
celeridade das atividades;
III – gerenciar o atendimento ao público e o registro de ocorrências criminais
e operacionais, como também o encaminhamento de providências;
IV – organizar a ordem de cumprimento de mandados e de ordens de
serviços expedidas pela Autoridade Policial ou Judiciária competente;
V – exercer o comando na revista e vigilância dos presos, dentro das suas
atribuições legais, velando pela sua incolumidade; e
VI – comunicar, imediatamente e por escrito, ao Delegado Titular qualquer
irregularidade e ilegalidade de que tome conhecimento no âmbito da
Unidade Policial.
.....................................................................................................”(NR)
Art. 4º O Art. 39, Incisos II e III da Lei Complementar 270, de 13 de fevereiro de 2004, passa a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 39 ...............................................................................................:
II - Escrivão de Polícia Civil:
a) Escrivão de Polícia de Classe Especial, Nível I ao V;
b) Escrivão de Polícia de 1ª Classe, Nível I ao V;
c) Escrivão de Polícia de 2ª Classe, Nível I ao V;
d) Escrivão de Polícia de 3ª Classe, Nível I ao V;
e) Escrivão de Polícia de 4ª Classe, Nível I ao V.
III – Agente de Polícia Civil:
a) Agente de Polícia de Classe Especial, Nível I ao V;
b) Agente de Polícia de 1ª Classe, Nível I ao V;
c) Agente de Polícia de 2ª Classe, Nível I ao V;
d) Agente de Polícia de 3ª Classe, Nível I ao V;
e) Agente de Polícia de 4ª Classe, Nível I ao V.
.....................................................................................................”(NR)
Art. 5º O Art. 40 da Lei Complementar 270, de 13 de fevereiro de 2004, passa a vigorar com a
seguinte redação:
Art. 40. O ingresso na carreira dos servidores policiais civis far-se-á na
Classe inicial de Delegado de Polícia Civil Substituto, e Escrivão de Polícia
Civil 4ª Classe, Nível I e Agente de Polícia Civil 4ª Classe, Nível I”.
....................................................................................................”(NR).
Art. 6º O Art. 58, da Lei Complementar 270, de 13 de fevereiro de 2004, acrescido do § 1º, Incisos I,
II, III, IV, V, VI, VII e VIII, e § 2º, passa a vigorar com a seguinte redação:
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passando para a classe seguinte, condicionada à existência de vagas. § 1º Por
tempo efetivo na classe entende-se o tempo que o servidor contar, na Polícia
Civil do Estado, deduzidos os interregnos ocorridos ou qualquer interrupção
prevista na legislação, exceto: I – o tempo de licença por motivo de saúde; II
– o tempo de licença por motivo de casamento ou falecimento do cônjuge,
filhos, pais ou irmãos; III – o período de licença-prêmio; IV – o período de
afastamento em virtude de representação ou missão oficial da Polícia Civil;
V – o tempo de afastamento em virtude de processo criminal que terminar
por arquivamento ou absolvição; VI – o período de licença para realização de
curso de aperfeiçoamento profissional no país ou no exterior na forma do art.
131 desta Lei Complementar; VII – o tempo de exercício de mandato
classista; e VIII – o período em que o servidor público se encontrar cedido na
forma do art. 56 desta Lei Complementar.
§ 2º O servidor policial civil declarado inválido definitivamente, em razão do
serviço, será promovido à classe imediatamente superior e aposentado com a
parcela única da nova classe. § 3º É vedada a promoção de policial civil
enquadrado em uma das situações a que alude o art. 63 da Lei Complementar
nº 270, de 13 de fevereiro de 2004.” (NR)
...................................................................................................” (NR)
Art. 7º A Seção II do Capítulo I – Da Promoção, Título III – Das Formas de Provimento Derivado, da
Lei Complementar 270, de 13 de fevereiro de 2004, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Seção II
DA PROGRESSÃO FUNCIONAL
Art. 8º Fica alterado o Art. 69, seus §§ 1º, 2º, 3º, 4º e 5º, e seus incisos, da Lei Complementar 270, de
13 de fevereiro de 2004, acrescido dos §§ 6º, 7º, 8º, 9º, 10, 11, 12 e 13, passando a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 69. A progressão funcional é a movimentação do Agente e Escrivão da
polícia civil limitado ao cargo ocupado, ao nível imediatamente superior da
classe em que estiver enquadrado na respectiva carreira.
§ 1º Para progredir de nível será necessário aliar o interstício de 05 (cinco)
anos em exercício no nível, com a qualificação exigida ao nível seguinte,
conforme regulamenta o anexo I desta Lei.
§ 2º As parcelas únicas de remuneração dos Agentes e Escrivães de Polícia
Civil serão fixadas com diferença de 05% (cinco por cento) de um nível para
outro, na respectiva classe.
§ 3º A progressão funcional independe de requerimento do policial civil,
cabendo ao Setor Pessoal da Delegacia Geral de Polícia Civil apurar, o
interstício e divulgar, por edital, a contagem daqueles aptos à movimentação;
§ 4º Os documentos comprobatórios pertinentes à qualificação Profissional,
constantes no Anexo I, sofrerão análise semestralmente; a pontuação atingida
deverá ser divulgada para acompanhamento, e ambos deverão ficar
arquivados nas pastas individuais de cada Policial.
§ 5º Serão computados para fins de progressão nos níveis os cursos
homologados e concluídos a partir da investidura no cargo.
§ 6º A conclusão dos cursos será comprovada mediante apresentação dos
originais mais cópias autenticadas dos respectivos certificados fornecidos por
instituições e/ou entidades legais e formalmente reconhecidas.
§ 7º A participação em tais eventos como: palestras, seminários, conferência,
encontro, congresso, fóruns de debate, serão computados mediante
apresentação de certificados de participação emitidos por instituição e/ou
entidade legal e formalmente reconhecida.
§ 8º A graduação em nível superior, exigida como pré-requisito para o
ingresso na carreira policial civil não será considerada para fins de
progressão.
§ 9º Os cursos realizados para fins de progressão funcional serão computados
de acordo com a carga horária, conforme o Anexo I.
§ 10º A pontuação para a progressão será de forma cumulativa.
§ 11º Será concedida para todos os efeitos legais a progressão funcional que
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fizer jus o servidor que vier a se aposentar ou falecer antes da expedição do
respectivo ato.
§ 12º A progressão funcional inicia-se no Nível I e encerra-se no Nível V.
§ 13º Compete ao Delegado Geral de Polícia Civil emitir o ato de concessão
da progressão funcional, que vigorará a partir do mês imediatamente seguinte
à confirmação do cumprimento dos respectivos requisitos;
Art. 9º O Art.70, da Lei Complementar 270, de 13 de fevereiro de 2004, acrescido dos incisos I, II, III
e IV, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 10. O Art. 96 da Lei Complementar 270, de 13 de fevereiro de 2004, passa a vigorar com a
seguinte redação:
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 11. As carreiras instituídas nesta Lei Complementar serão formadas pelos cargos efetivos a
seguir enumerados:
Art. 12. Os atuais cargos de Escrivão de Polícia Classes: 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e Especial, juntamente
com seus integrantes, ficam transformados em Escrivão de Polícia Classes: 4ª, 3ª, 2ª, 1ª e Especial,
respectivamente.
Art. 13. Os atuais cargos de Agente de Polícia Classes: 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e Especial, juntamente com seus
integrantes, ficam transformados em Agentes de Polícia Classes: 4ª, 3ª, 2ª, 1ª e Especial,
respectivamente. Parágrafo Único. Ficam extintas as atuais classes de Agente de Polícia Substituto.
Art. 14. Ficam criados e incluídos no Quadro Geral de Pessoal do Estado do Rio Grande do Norte, os
seguintes cargos de provimento efetivo:
I- 100 (cem) cargos da Carreira de Delegado de Polícia Civil:
II- 468 (quatrocentos e sessenta e oito) cargos da Carreira de Escrivão de Polícia Civil:
III- 2.765 (dois mil, setecentos e sessenta e cinco) cargos da Carreira de Agente de Polícia Civil:
Art. 15. Ficam extintos do Quadro Geral do Pessoal do Estado, parte I, Tabela I, os seguintes cargos
de provimento efetivo:
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I – da Carreira de Escrivão de Polícia Civil:
a) 164 (cento e sessenta e quatro) cargos de Escrivão de Polícia Classe Substituto;
II – da Carreira de Agente de Polícia Civil:
a) 512 (quinhentos e doze) cargos de Agente de Polícia Classe Substituto;
Art. 16. Ficam criadas e incluídas no Quadro Geral de pessoal do Estado, as seguintes funções
gratificadas de Chefias de Investigação e Cartório:
I – 136 (cento e trinta e seis) Chefias de Investigação;
II –136 (cento e trinta e seis) Chefias de Cartório.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 17. O enquadramento constitui direito pessoal dos servidores lotados no Quadro de provimento
efetivo do Grupo Ocupacional Polícia Civil, que possuam o tempo de efetivo exercício na carreira a
qual pertencem.
Art. 18. O enquadramento busca organizar e distribuir os atuais servidores Policiais Civis, ocupantes
do cargo de Escrivão e Agente de Polícia nas classes, observando os requisitos exigidos.
Art. 19. O enquadramento dos servidores Policiais Civis ocupantes do Cargo de Delegado de Polícia
Civil obedecerá aos seguintes critérios:
§ 1º Os atuais ocupantes do Cargo de Delegado de Polícia Classe Substituto que estejam cumprindo
estágio probatório, não farão jus ao enquadramento previsto no Inciso I do §1º deste artigo.
Art. 20. O enquadramento dos servidores Policiais Civis ocupantes do Cargo de Escrivão de Polícia
obedecerá aos seguintes critérios:
§ 1º Os atuais ocupantes do Cargo de Escrivão de Polícia Classe Substituto que estejam cumprindo
estágio probatório, não farão jus ao enquadramento previsto no Inciso I deste artigo, e passarão a
ocupar a 4ª Classe.
Art. 21. O enquadramento dos servidores Policiais Civis ocupantes do Cargo de Agente de Polícia
obedecerá aos seguintes critérios:
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II - Os atuais ocupantes da 1ª Classe passarão a integrar a 2ª Classe;
III - Os atuais ocupantes da 2ª Classe passarão a integrar a 1ª Classe;
IV - Os atuais ocupantes das 3ª e 4ª Classes passarão a integrar a Classe Especial;
V - Os atuais ocupantes da Classe Especial permanecem na mesma Classe.
§ 1º Os atuais ocupantes do Cargo de Agente de Polícia Classe substituto que estejam cumprindo
estágio probatório não farão jus ao enquadramento previsto no Inciso I deste artigo, e passarão a
ocupar a 4ª Classe;
Art. 22. O enquadramento de que trata os artigos 19, 20 e 21 se estendem aos aposentados e
pensionistas.
Art. 23. Os atuais servidores policiais civis ocupantes dos cargos de Agentes e Escrivães de
Polícia serão enquadrados nos níveis para os quais estiverem habilitados, observados os
requisitos exigidos nesta lei Complementar.
Art. 24. O enquadramento busca organizar e distribuir os atuais servidores Policiais Civis nos
respectivos níveis, observando o requisito temporal aliado à qualificação profissional
comprovada através da pontuação exigida conforme anexo I desta Lei.
Parágrafo Único. O enquadramento nos níveis passará a vigorar a partir de Abril de 2011.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 25. Ficam revogados, com a publicação da presente Lei Complementar, os seguintes
dispositivos: Art. 59; Art. 60; Art. 61 e seus §§ 1º e 2º; Art. 64 e seus Incisos; Art. 65 e seu § único;
Art. 67; Art. 71; Art. 72 e seus §§ 1º 2º e 3º; Art. 73; Art. 74 e todos os seus §§ e Incisos; Art. 75;
Art. 251; Art. 252; Art. 255 e seus incisos; Art. 256 e seus Incisos, e o Art. 257 seus Incisos, da
Lei Complementar nº 270, de 13 de fevereiro de 2004.
Art. 26. O enquadramento nas classes dos servidores Policiais Civis previsto nesta Lei
Complementar substituem as promoções de Classes referentes ao período de abril de 2005 a Abril de
2010.
Art. 27. Os atuais ocupantes dos cargos de Fiscal de Trânsito terão sua remuneração no
mesmo valor da parcela única concernente ao Agente de Polícia Civil 4ª classe.
Art. 28. Os efeitos pecuniários desta Lei Complementar serão estendidos aos aposentados e
pensionistas, dos cargos da Polícia Civil, bem como, dos cargos dos Fiscais de Trânsito.
Art. 29. Ficam alterados os valores dos subsídios dos servidores policiais civis, passando a ser
de acordo com os valores constantes dos Anexos III e IV desta Lei Complementar.
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Art. 30. Ficam alterados os valores das Gratificações de Chefia de Investigação e Chefia de
Cartório, conforme o Anexo II desta Lei Complementar.
I – Quadro de exigência para progressão de níveis dos Agentes e Escrivães de Polícia Civil do
Estado do Rio Grande do Norte (Anexo I).
II – Quadro de pontuação relativo à qualificação profissional a ser utilizada para progressão de
níveis dos Agentes e Escrivães de Polícia Civil do Rio Grande do Norte (Anexo I).
III – Quadro das funções de Direção, Chefia e Assessoramento da Polícia Civil do Estado (Anexo
II).
IV – Tabela da Parcela Única atribuída aos cargos da carreira, de provimento efetivo, da Polícia
Civil (Anexo III e IV);
Art. 32. As despesas decorrentes desta Lei Complementar ocorrerão à conta do Orçamento Geral
do Estado, ficando sua implantação condicionada à adequação aos limites definidos na Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Art. 33. A presente Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal, 31 de março de 2010, 189º da Independência e 122º
da República.
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ANEXO I
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• – CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO, COM CARGA HORÁRIA MÍNIMA DE 160
HORAS
Especialização latu sensu 30 (trinta) pontos
Mestrado 40 (quarenta) pontos
Doutorado 50 (cinqüenta) pontos
Pós- Doutorado 60 (sessenta) pontos
ANEXO II
ANEXO III
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CARGO NÍLVEL NÍLVEL NÍLVEL NÍLVEL NÍLVEL
CLASSES
PÚBLICO I II III IV V
ESPECIAL 4.858,62 5.101,55 5.356,63 5.624,46 5.905,68
1ª
4.224,88 4.436,13 4.657,93 4.890,83 5.135,37
CLASSE
ESCRIVÃO
DE 2ª
3.673,81 3.857,50 4.050,38 4.252,90 4.465,54
POLÍCIA CLASSE
CIVIL 3ª
3.194,62 3.354,35 3.522,07 3.698,17 3.883,08
CLASSE
4ª
2.777,93 2.916,83 3.062,67 3.215,80 3.376,59
CLASSE
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ANEXO IV
CATEGORIA NÍVEL I
DELEGADO ESPECIAL R$ 17.237,00
DELEGADO 3ª CLASSE R$ 15.120,00
DELEGADO 2ª CLASSE R$ 13.263,00
DELEGADO 1ª CLASSE R$ 11.643,00
DELEGADO SUBSTITUTO R$ 9.185,40
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LEI COMPLEMENTAR Nº 523, DE 18 DE JULHO DE 2014.
Art. 1º. Ficam alterados, nos termos do Anexo Único desta Lei Complementar, os valores da
contraprestação pecuniária devida aos ocupantes dos cargos públicos de provimento efetivo de
delegado de polícia civil, escrivão de polícia civil e agente de polícia civil, previstos no art. 29 da
Lei Complementar Estadual n.º 417, de 21 de março de 2010, que modificou o teor do Anexo I da
Lei Complementar Estadual n.º 270, de 13 de fevereiro de 2004.
Parágrafo único. A redação dos Anexos III e IV da Lei Complementar Estadual n.º 417, de
2010, passa a vigorar conforme o disposto no Anexo Único desta Lei Complementar.
Art. 2º Esta Lei Complementar entra em vigor no dia 1.º de março de 2015.
Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal, 18 de julho de 2014, 193º da Independência e 126º da
República.
ROSALBA CIARLINI
Antônio Alber da Nóbrega
Eliéser Girão Monteiro Filho
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ANEXO ÚNICO
“(...)
ANEXO III
TABELAS DE VALORES CORRESPONDENTES À CONTRAPRESTAÇÃO
PECUNIÁRIA DEVIDA AOS OCUPANTES DOS CARGOS DE PROVIMENTO EFETIVO
INTEGRANTES DA CARREIRA DE DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO
RIO GRANDE DO NORTE
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ANEXO IV
TABELAS DE VALORES CORRESPONDENTES À CONTRAPRESTAÇÃO
PECUNIÁRIA DEVIDA AOS OCUPANTES DOS CARGOS DE PROVIMENTO
EFETIVO INTEGRANTES DAS CARREIRAS DE AGENTE E DE ESCRIVÃO DE
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
“Art. 9º ..............................................................................................
II - ......................................................................................................
Art. 2º. O Capítulo II, Seção II, da Lei Complementar Estadual nº 270, de
2004, passa a vigorar acrescido da seguinte Subseção e artigos:
“Subseção V-A
Da Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP)
ROBINSON FARIA
Kalina Leite Gonçalves
VALOR
FUNÇÕES GRATIFICADAS CRIADAS QUANTIDADE VALOR TOTAL
UNITÁRIO
DIRETOR DA DHPP 1 1.500,00 1.500,00
CHEFE DE CARTÓRIO 9 600,00 5.400,00
CHEFE DE INVESTIGAÇÃO 9 600,00 5.400,00
TOTAL R$ 12.300,00
Art. 1º A Lei Complementar Estadual nº 270, de 13 de fevereiro de 2004, passa a vigorar com as
seguintes alterações:
“Art. 9º ................................................................................................
...............................................................................................................
§ 7º As funções de confiança previstas nos incisos I a VIII do § 1º deste artigo
serão atribuídas exclusivamente a servidores públicos efetivos da carreira policial civil
do Estado do Rio Grande do Norte, cujos valores das chefias estão definidos no Anexo
IV desta Lei Complementar.” (NR)
“Art. 25. O Conselho Superior de Polícia Civil (CONSEPOL), presidido pelo
Delegado-Geral de Polícia Civil, além deste, é composto por 17 (dezessete)
membros, assim distribuídos:
Art. 2º A Lei Complementar Estadual nº 417, de 31 de março de 2010, passa a vigorar com as
seguintes alterações:
“Art. 12. Os atuais cargos de Escrivão de Polícia Civil Classes: 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e
Especial, juntamente com seus integrantes, ficam transformados em Escrivão de Polícia
Civil Classes: Especial, 5, 4, 3, 2, 1 e Substituto, respectivamente.
Parágrafo único. Os ocupantes dos cargos de Escrivão de Polícia
Classes: 4ª, 3ª, 2ª, 1ª e Especial serão enquadrados de acordo com o tempo de
polícia civil no Estado do Rio Grande do Norte.” (NR)
“Art. 13. Os atuais cargos de Agente de Polícia Civil das Classes: 4ª, 3ª, 2ª, 1ª
e Especial, juntamente com seus integrantes, ficam transformados em Agente de
Polícia Civil Classes: Especial, 5, 4, 3, 2, 1 e Substituto, respectivamente.
Parágrafo único. Os ocupantes dos cargos de Agente de Polícia Civil
Classes: 4ª, 3ª, 2ª, 1ª e Especial, serão enquadrados de acordo com o tempo de
polícia civil no Estado do Rio Grande do Norte.” (NR)
Parágrafo único. Por ocasião do cumprimento do disposto no caput, não será admitido qualquer
enquadramento que acarrete redução dos vencimentos do servidor policial civil.
Art. 5º O enquadramento dos servidores policiais civis ocupantes dos cargos de Delegado, de
Agente e de Escrivão de Polícia Civil obedecerá ao critério de tempo de serviço na Polícia Civil do Estado do
Rio Grande do Norte, conforme o disposto nos Anexos I e II desta Lei Complementar.
Parágrafo único. Serão computados para efeito das promoções automáticas, após o
enquadramento dos servidores decorrente da vigência desta Lei Complementar, o total do tempo de serviço
prestado na Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte, independente do tempo de serviço exercido na
classe.
Art. 6º O enquadramento de que trata o art. 4º desta Lei Complementar estende- se aos
aposentados e pensionistas, respeitada a irredutibilidade salarial.
§ 4º Para os fins do disposto no art. 58-A, I, da Lei Complementar Estadual nº 270, de 2004,
poderão ser somados os tempos na atividade e inatividade.
Art. 7º Não será aplicado o número de vagas previsto no art. 58, § 5º, da Lei Complementar
Estadual nº 270, de 2004, para o enquadramento decorrente da publicação desta Lei Complementar.
Art. 9º Os efeitos pecuniários desta Lei Complementar serão estendidos aos aposentados e
pensionistas dos cargos de Delegado, de Agente e de Escrivão de Polícia Civil, bem como dos cargos de Fiscais de
Trânsito e de Investigador Policial.
Art. 10. Ficam alterados, nos termos do Anexo I desta Lei Complementar, os valores da parcela
única devida aos ocupantes dos cargos públicos de provimento efetivo de Delegados de Polícia Civil, prevista
na Lei Complementar Estadual nº 523, de 18 de julho de 2014.
Art. 11. Ficam alterados, nos termos do Anexo II desta Lei Complementar, os valores da
parcela única devida aos ocupantes dos cargos públicos de provimento efetivo de Agentes e de Escrivães de
Polícia Civil, prevista na Lei Complementar Estadual nº 523, de 2014.
Art. 12. As prerrogativas e direitos dos Delegados de Polícia da Classe Especial se aplicam
aos Delegados de Polícia Classe Sênior, após a vigência desta Lei Complementar.
Art. 13. As despesas decorrentes desta Lei Complementar ocorrerão à conta do Orçamento Geral
do Estado.
Art. 14. Ficam revogados os seguintes dispositivos da Lei Complementar Estadual nº 270,
de 13 de fevereiro de 2004:
Art. 15. Esta Lei Complementar entra em vigor na no dia 1º de novembro de 2020.
FÁTIMA BEZERRA
Francisco Canindé de Araújo Silva
ANEXO II
QUADRO DOS VALORES CORRESPONDENTES À PARCELA ÚNICA DEVIDA AOS
OCUPANTES DOS CARGOS DE PROVIMENTO EFETIVO INTEGRANTES DAS CARREIRAS DE
AGENTES E DE ESCRIVÃES DE POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
DOE
Nº. 14.539 Data:
13.11.2019
Pág. 01
DOE
Nº. 14.540 Data:
14.11.2019
Pág. 02
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LEI COMPLEMENTAR Nº 673, DE 20 DE OUTUBRO DE 2020.
Art. 1º O art. 44, da Lei Complementar Estadual nº 270, de 13 de fevereiro de 2004, passa a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 44. O ingresso na Classe inicial das carreiras pertencentes à Polícia Civil do
Estado farse-á mediante concurso público de prova ou provas e títulos, em que sejam
avaliadas as qualificações e aptidões específicas para o desempenho do cargo.
§ 1º O concurso de que trata o caput deste artigo será realizado em 5 (cinco) etapas,
sucessivas e eliminatórias:
VII - a segunda etapa será constituída de prova escrita discursiva, com base em matéria
objeto do programa constante do Edital referido no item anterior;
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§ 2º Para o provimento do cargo de Escrivão de Polícia, exigir-se-á como terceira etapa do
concurso prova prática de operador em microcomputador, em substituição à avaliação física.
§ 3º Para o provimento do cargo de Delegado de Polícia Civil, além dos requisitos exigidos
nesta Lei Complementar, é obrigatória a habilitação de Bacharel em Direito em
estabelecimento de ensino superior, comprovado pela apresentação de diploma reconhecido
pelo órgão federal competente.
FÁTIMA BEZERRA
Maria Virgínia Ferreira Lopes
Francisco Canindé de Araújo Silva
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