9.3 Transferências Voluntárias e Destinação de Recursos Públicos para o Setor Privado
9.3 Transferências Voluntárias e Destinação de Recursos Públicos para o Setor Privado
9.3 Transferências Voluntárias e Destinação de Recursos Públicos para o Setor Privado
Referências...................................................................................... 13
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Módulo
Receita, Despesa e
Transferências Voluntárias
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Destaque,h
• São vedadas as transferências voluntárias para aqueles que não instituem e
efetivamente arrecadam os tributos de sua competência.
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O descumprimento desses dispositivos terá como consequência a imediata suspensão das
transferências voluntárias ao ente público que se mostrar negligente nessa questão.
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Destaque,h
• Ser acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no
exercício em que iniciou sua vigência e nos dois seguintes.
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Destaque,h
A “Regra de Ouro” do Orçamento está prevista na Constituição Federal e é
um mecanismo que proíbe o governo de fazer dívidas para pagar despesas
correntes, como salários, benefícios de aposentadoria, contas de luz e outros
custeios da máquina pública.
A LRF reforçou as premissas da “Regra de Ouro” a partir de dispositivos específicos. Ela inclui o
atendimento à “Regra de Ouro” como uma das condições para que entes da federação possam
formalizar seus pleitos, perante o Ministério da Fazenda, com vistas à realização de operações
de crédito.
E, além disso, a referida Lei definiu que o Relatório Resumido da Execução Orçamentária referente
ao último bimestre do exercício deve ser acompanhado de demonstrativo do atendimento da
“Regra de Ouro”.
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É válido salientar que, quando a Regra de Ouro é descumprida, os gestores e o presidente da
República ficam sujeitos a serem enquadrados em crime de responsabilidade.
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Destaque,h
A criação, a expansão ou a implementação de despesa de caráter continuado
só será possível mediante acompanhamento de:
A despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico,
de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no
programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício.
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Compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias
A despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses
instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições.
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Destaque,h
A LRF também instituiu o conceito de despesa obrigatória de caráter
continuado como sendo a despesa corrente derivada de lei, medida provisória
ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de
sua execução por um período superior a dois exercícios.
Para a execução dessas despesas, o ente federativo fica obrigado a adotar um conjunto de medidas
preventivas a fim de não comprometer o equilíbrio fiscal, tais como demonstrar a origem dos
recursos para seu custeio e comprovar que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas
de resultados fiscais.
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Destaque,h
ASegundo a LRF, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração
e em cada ente da federação, não poderá exceder os percentuais da receita
corrente líquida, a seguir discriminados:
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• Incentivo à demissão voluntária.
• Despesa para a convocação extraordinária do Congresso Nacional, em caso de
urgência ou interesse público relevante.
• Despesa decorrente de decisão judicial e de competência anterior.
• Despesa com pessoal, do Distrito Federal e dos estados do Amapá e Roraima,
custeadas com recursos transferidos pela União.
• Despesa com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas
por recursos provenientes:
o Da arrecadação de contribuições dos segurados.
o Da compensação financeira de que trata o § 9° do art. 201 da Constituição
Federal.
o Das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal
finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem
como seu superávit financeiro.
No que tange aos limites individualizados por ente público, a seguinte tabela explicita até quanto
cada órgão poderá gastar de seu orçamento com pessoal:
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2.3. Mecanismos de correção no descontrole das despesas com
pessoal
Segundo a LRF, é tornado nulo de pleno direito o ato que provoque aumento de despesa com
pessoal, que não respeite o limite estabelecido e que não atenda aos requisitos legais.
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Destaque,h
Para isso, a verificação do cumprimento dos limites da despesa com pessoal
será realizada ao final de cada quadrimestre, e, caso constatado que a despesa
total com pessoal excede a 95% do total permitido, fica vedado ao ente
federativo:
Se a despesa total com pessoal ultrapassar os limites previstos pela Lei, o percentual excedente
deverá ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo, pelo menos, um terço no primeiro
deles.
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Destaque,h
A forma como os entes federativos reduzirão as despesas são as seguintes:
• Redução em, pelo menos, vinte por cento das despesas com cargos em
comissão e funções de confiança.
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Vale ressaltar que os contratos de terceirização que visem a substituição de servidores também são
contabilizados como despesa de pessoal.
A LRF prevê ainda que caso o órgão ou poder não alcance a redução das despesas com pessoal no
prazo estabelecido, o ente não poderá receber transferências voluntárias, obter garantia direta ou
indireta de outro ente, nem contratar operações de crédito.
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Destaque,h
Por transferência voluntária, entende-se a entrega de recursos correntes
ou de capital a outro ente da federação, a título de cooperação, auxílio ou
assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal
ou os destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
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Previsão orçamentária de contrapartida que não pode ser destinada ao pagamento
de despesa de pessoal.
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Destaque,h
Vale assinalar que não se aplica a sanção de suspensão de transferência
voluntária quando esta for relativa à ações de educação, saúde e assistência
social.
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Destaque,h
Segundo a LRF, a destinação de recursos para cobrir, direta ou indiretamente,
necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas ocorrerá tão
somente se:
O objetivo foi impedir o que ocorreu na década de 90 com o PROER (O Programa de Estímulo à
Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional), que destinou bilhões de
reais a bancos privados. A LRF estabelece que somente será possível empregar recursos públicos
nessas instituições mediante lei autorizativa específica.
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Referências
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em 05/10/1988.
BRASIL. Emenda Constitucional nº 95, de 15 de dezembro de 2016, alterou o Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, para instituir o Novo Regime Fiscal, e dá outras providências. Diário
Oficial da União.
BRASIL. Lei Federal nº 9.995, de 25 de julho de 2000. Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração
da lei orçamentária de 2001 e dá outras providências. Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2001.
Diário Oficial da União.
BRASIL. Nota Técnica nº 23, de maio de 2017. Repercussões da Emenda Constitucional nº 95/2016
no Processo Orçamentário. Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos
Deputados.
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Câmara dos Deputados.
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CRUZ, Flávio da. (Coord.). Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada: Lei Complementar nº 101,
de 4 de maio de 2000. São Paulo: Atlas, 2000.
KHAIR, Amir Antônio. Lei de Responsabilidade Fiscal: guia de orientação para as prefeituras.
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Brasília: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; BNDES, 2000.
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