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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA PARA A AVALIAÇÃO DO SISTEMA URINÁRIO Rafaela-2-3

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA PARA A AVALIAÇÃO DO


SISTEMA URINÁRIO

Edvaldo Laurindo da Silva RA D3492A9

Filipe Costa Rezende RA D397150

Giovanna Marçal Patrício RA D426fh6

Nelcival Alves Morais RA D492EG3

Rafaela Nunes de Souza Alves RA N209020

Rodrigo Macedo Vasconcelos RA N118512

Goiânia
2019
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA PARA A AVALIAÇÃO DO


SISTEMA URINÁRIO

Trabalho apresentado no Curso Superior de


Tecnologia em Radiologia da UNIP, como requisito
para a aprovação no Projeto Integrado
Multidisciplinar – PIM do 4°/5° período.

Orientador: Prof. Me. Diogo Nery Maciel

Goiânia
2019
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

Coordenador do Curso de Tecnologia em Radiologia – UNIP / Goiânia


Prof. Dr. Thiago Levi Silva Oliveira

Orientador do Projeto Integrado Multidisciplinar - PIM


Prof. Me. Diogo Nery Maciel

Goiânia
2019
Curso Superior de Tecnologia em Radiologia da Universidade Paulista-UNIP
Campus Goiânia/Flamboyant

Alunos(as):

1 - Edvaldo Laurindo da Silva

2 - Filipe Costa Rezende

3 - Giovanna Marçal Patrício

4 - Nelcival Alves Morais

5 - Rafaela Nunes de Souza Alves

6 - Rodrigo Macedo Vasconcelos

Orientador: Prof. Me. Diogo Nery Maciel


Co- Orientadora: Prof. Esp. Débora Rezende Fagundes

BANCA EXAMINADORA

Diogo Nery Maciel


Professor do curso de Superior de Tecnologia em Radiologia da UNIP

Débora Rezende Fagundes


Professor do curso de Superior de Tecnologia em Radiologia da UNIP

Thiago Levi Silva Oliveira


Coordenador do curso de Superior de Tecnologia em Radiologia da UNIP
DEDICATÓRIA

Aos nossos mentores, aqueles visam qualidade para nosso aprendizado e


lutam para que na Universidade Paulista - UNIP a encontremos e possamos
exercer com excelência o que nos foi ensinado.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente а Deus qυе nos permitiu qυе tudo isso acontecesse, ао


longo de nossas vidas, е não somente nestes anos como universitários, mаs que
еm todos os momentos é o maior mestre qυе alguém pode conhecer. Aos nossos
pais, pelo amor, incentivo е apoio incondicional. A esta universidade, sеυ corpo
docente, direção е administração qυе oportunizaram а janela qυе hoje vislumbro
υm horizonte superior, eivado pеlа acendrada confiança nо mérito е ética aqui
presentes. Agradeço а todos оs professores pоr nos proporcionar о conhecimento
nãо apenas racional, mаs а manifestação dо caráter е afetividade dа educação
nо processo dе formação profissional, pоr tudo qυe dedicaram а nós, nãо
somente pоr terem nos ensinado, mаs por terem feito aprender. А palavra mestre,
nunca fará justiça аоs professores dedicados аоs quais sеm nominar terão оs
nossos eternos agradecimentos, e a todos qυе direta оυ indiretamente fizeram
parte dа nossa formação, о nosso muito obrigado.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 10
2. OBJETIVO ........................................................................................................ 11
3. METODOLOGIA ............................................................................................... 12
4. REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................ 13
4.1 Anatomia do Sistema Urinário.................................................................13

4.2 Tomografia Computadorizada.................................................................14

4.2.1 Tomografia Computadorizada Helicoidal......................................15

4.2.2 Uro Tomografia.............................................................................16

4.3Meios de Contraste..................................................................................17

4.4 Equipamento de Tomografia..................................................................18

4.5 Preparo Prévio do Exame.......................................................................19

4.6 Avaliação do Aumento Renal..................................................................20

4.7 Avaliação da Urolitíase...........................................................................21

5. RESULTADO E DISCUSSÕES ........................................................................ 22


6. CONCLUSÃO ................................................................................................... 23
7. REFERÊNCIAS.................................................................................................24
TABELAS, FIGURAS E ANEXOS

Figura 1: Anatomia do Sistema Urinário------------------------------------------------------14

Figura 2: Tomógrafo Siemens ------------------------------------------------------------------15

Figura 3: TCSC Aumento Renal----------------------------------------------------------------20


SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS

JUP – Junção Ureteropélvica


MC – Meio de Contraste
mSv – MiliSievert
TC – Tomografia Computadorizada
TCSC – Tomografia Computadorizada Sem Contraste
TU – Trato Urinário
UE – Urografia Excretora
UGE – Urografia Excretora
US – Ultrassonografia
mA – Miliampère
RESUMO

Tomografia Computadorizada para a Avaliação do Sistema Urinário.


Silva, E.L.¹; Rezende, F.C.¹; Patrício, G.M.¹; Morais, N.A.¹; Alves ,R.N.S.¹;
Vasconcelos, R.M.¹
Maciel, D.M²
1
Aluno do Curso Superior de Tecnologia em Radiologia da Universidade Paulista, campus
Goiânia. 2Professor do Curso Superior de Tecnologia em Radiologia da Universidade Paulista,
campus Goiânia.

RESUMO

Introdução: A tomografia computadorizada é um método de diagnóstico que


utiliza imagens reconstruídas por meio de um computador, a partir da emissão
de vários feixes de raio X por um tubo, que gira em torno do paciente de forma
contínua. Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma
revisão da literatura sobre os métodos de análise da tomografia
computadorizada do sistema urinário. Metodologia: Revisão de literatura
utilizando como tema a avaliação do sistema urinário em Tomografia
Computadorizada Convencional, Tomografia Computadorizada Helicoidal e
Uro-tomografia. Revisão de Literatura: O Sistema Urinário é composto por
dois rins e pelas vias urinárias, formada por dois ureteres, a bexiga urinária e a
uretra. Para o sistema urinário, a TC helicoidal oferece várias vantagens
significativas na avaliação de patologia renal, se colocando à frente das
técnicas de exame por imagem dos rins. A Uro-Tomografia é uma Tomografia
Computadorizada realizada especificamente para a avaliação e investigação de
doenças de todo o trato urinário, incluindo todas as suas estruturas, como os
rins, a bexiga, e os ureteres. Conclusões: Concluindo, a TC apresenta eficácia
superior à UGE na avaliação de pacientes com cólica nefrética, é um método
reprodutível e bem aceito pelos pacientes, em virtude da sua rapidez e
agilidade e sem o desconforto inerente à utilização do uso do meio de
contraste endovenoso.

Palavras-Chave: Tomografia Computadorizada, Uro-Tomografia, Sistema urinário


1 INTRODUÇÃO

A tomografia computadorizada é um método de diagnóstico que utiliza


imagens reconstruídas por meio de um computador, a partir da emissão de
vários feixes de raio X por um tubo, que gira em torno do paciente de forma
contínua (NAREPALEM et al, 2002).
Quando a primeira tomografia computadorizada foi criada, a imagem
demorava muito para ser gerada. Esse tipo ainda hoje é conhecido como
convencional e nele cada vez que o tubo gira é feito uma imagem do paciente.
Com o passar dos anos, especialistas criaram a tomografia helicoidal, que
lembra muito a espiral de um caderno, na qual o paciente passa no túnel, o
tubo gira e adquire as imagens de forma helicoidal. Nos últimos anos, a
tomografia computadorizada helicoidal sem contraste (TCSC) oral ou
intravenoso tem despontado como alternativa útil, com elevada sensibilidade e
especificidade no diagnóstico da cólica nefrética (KUMAR et al, 2005).
A cólica nefrética representa a principal queixa dos pacientes com
cálculo nas vias urinárias e apresenta maior incidência entre os adultos (40 à
60 anos) do sexo masculino. Os cálculos podem ocorrer em qualquer parte do
trato urinário, sendo o rim o local mais frequente, seguido pelo ureter e bexiga,
respectivamente (Browne et al, 2010).
A urografia excretora (UGE) apresentava, até um passado próximo, a
melhor eficácia entre os exames de diagnóstico por imagem. No entanto, é um
método que prescinde da utilização do meio de contraste iodado e que
apresenta potencial alérgico não-desprezível (DYER et al, 2004).
Atualmente, o tipo mais utilizado é a tomografia helicoidal multislice, ou
seja, de múltiplos cortes, como se fossem vários espirais girando ao mesmo
tempo. Em cada rotação do tubo podem ser adquiridas centenas de imagens
(KIM, 2012).

10
2 OBJETIVOS

Objetivo Geral:

Apresentar uma revisão da literatura sobre os métodos de análise da


tomografia computadorizada do sistema urinário.

Objetivos Específicos:

• Compreender a Uro-tomografia e sua utilização na avaliação de


alterações no sistema urinário;
• Analisar a Tomografia Helicoidal para avaliação do sistema
urinário;
• Entender a Tomografia Computadorizada do Sistema Urinário.

11
3 METODOLOGIA

Trata-se de uma Revisão da literatura, sendo a busca realizada


Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). A
busca foi realizada no período de Fevereiro de 2019 a Abril de 2019,
selecionando-se estudos publicados no período entre 1999 e 2016.
Os métodos utilizados para a avaliação do sistema urinário foram a
Tomografia Computadorizada Convencional, Tomografia Computadorizada
Helicoidal e Uro-Tomografia.

12
4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO

O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e


eliminação da urina, possui a função de filtrar as "impurezas" do sangue que
circula no organismo. O Sistema Urinário é composto por dois rins e pelas vias
urinárias, formada por dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra (KUMAR et al,
2005).
• Rins
Os rins exercem múltiplas funções que podem ser didaticamente
caracterizadas como filtração, reabsorção, homeostase, funções
endocrinológica e metabólica. A função primordial dos rins é a manutenção da
homeostasia, regulando o meio interno predominantemente pela reabsorção de
substâncias e íons filtrados nos glomérulos e excreção de outras substâncias.
Por conseguinte, a unidade básica de filtragem do sangue é chamada néfron,
que é formada pelos glomérulos, pela cápsula glomerular e pelo túbulo renal
(NIKKEN & KRESTIN, 2007).
• Bexiga Urinária
Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na
parte inferior do abdome com a função de acumular a urina que chega dos
ureteres. Na parte inferior da bexiga, encontra-se um esfíncter - músculo
circular que fecha a uretra e controla a micção (REIDY & ROSENBLUM, 2009).
• Ureteres
São dois tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que
conduz a urina dos rins para a bexiga (KUMAR et al, 2005).
• Uretra
Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo (NIKKE
& KRESTIN, 2007).

13
4 REVISÃO DE LITERATURA

Figura 01: Anatomia do Sistema Urinário

Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

4.2 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

A tomografia computadorizada (TC) trata-se de um método de


diagnóstico por imagem que utiliza a radiação x e permite obter a reprodução
de uma secção do corpo humano em quaisquer uns dos três planos do espaço.
Diferentemente das radiografias convencionais, que projetam em um só plano
todas as estruturas atravessadas pelos raios-x, a TC evidencia as relações
estruturais em profundidade, mostrando imagens em “fatias” do corpo humano.
A TC permite enxergar todas as estruturas em camadas, principalmente os
tecidos mineralizados, com uma definição admirável, permitindo a delimitação
de irregularidades tridimensionalmente (KIM, 2012).
A TC é um procedimento indolor, no qual o paciente deve permanecer
deitado e imóvel durante alguns minutos em uma cama hidráulica e ajustável,
enquanto o aparelho tomográfico realiza os registros da área a ser examinada.
Os riscos do exame são inerentes à irradiação e à administração de contraste
iodado, sendo esta última muitas vezes requerida para melhor visualizar as
estruturas corporais que estão sendo estudadas (NAREPALEM et al, 2002)

14
4 REVISÃO DE LITERATURA

Figura 02: Tomógrafo Siemens.

Fonte: UNESP.

4.2.1 TOMOGRAFIA HELICOIDAL

A Tomografia Computadorizada Helicoidal é um avanço técnico que


permite imagens mais rápidas e precisas do que a Tomografia
Computadorizada padrão. Foi uma mudança estratégica introduzida em 1990.
Na Tomografia Computadorizada convencional, cada corte é adquirido
separadamente e a mesa move o paciente através “gantry” em incremento
entre os cortes. Na TC helicoidal, o paciente é movido através do “gantry”
continuamente, enquanto o exame também é realizado ininterruptamente,
então o feixe de raios X atravessa o paciente formando uma hélice. Depois de
toda a região anatômica ser examinada, os dados podem ser reconstruídos em
cortes individuais. A aquisição de um “conjunto de dados de volume” do volume
anatômico examinado, permite excelentes reconstruções de imagem bi e
tridimensionais (NAREPALEM et al, 2002)
Para o sistema urinário, a TC helicoidal oferece várias vantagens
significativas na avaliação de patologia renal, se colocando à frente das
técnicas de exame por imagem dos rins. Como em outras aplicações, as

15
4 REVISÃO DE LITERATURA

vantagens principais são a obtenção de conjuntos de dados volumétricos e a


possibilidade de ter a imagem durante várias fases do realce por contraste. A
imagem pode ser realizada nas fases arterial, medular cortical, ou de equilíbrio
do realce renal (Galvão et al, 2002).
O estudo da fase arterial é ideal para a avaliação do suprimento arterial,
particularmente quando uma nefrectomia parcial está por ser realizada. O
estudo da fase cortical medular é útil para descrever os padrões de realce
venoso do rim e a permeabilidade da veia renal e da veia inferior. Além destas
aplicações clássicas na doença inflamatória renal e doença neoplásica, a TC
helicoidal permite novas aplicações vasculares. Isto inclui a avaliação de
estenose arterial renal, tanto quanto a avaliação de potenciais doadores de rins
(NAREPALEM et al, 2002).

4.2.2 URO – TOMOGRAFIA

A Uro-Tomografia é uma Tomografia Computadorizada realizada


especificamente para a avaliação e investigação de doenças de todo o trato
urinário, incluindo todas as suas estruturas, como os rins, a bexiga, e os
ureteres. O exame funciona basicamente como qualquer outra TC, através
da geração de diversas imagens que juntas formam uma figura de diversas
estruturas do corpo, incluindo tecidos moles como os dos órgãos (KIM, 2012).
Por intermédio deste exame obtemos uma melhor avaliação da urolitíase
das massas renais incluindo as pequenas lesões e das lesões da mucosa de
todo o trato urinário. Além disto, podemos detectar com precisão a eventual
presença de patologias extra - urinárias existentes no abdome ou na pelve
(DYER et al, 2004).
Muito embora não exista ainda uma padronização técnica para a sua
realização, os resultados preliminares aliados ao contínuo aperfeiçoamento da
técnica, têm permitido o diagnóstico, inclusive, de lesões uroteliais muito
pequenas até então de difícil detecção radiológica. Outra vantagem adicional é

16
4 REVISÃO DE LITERATURA

a possibilidade de realizarmos um adequado estadiamento radiológico das


lesões tumorais detectadas (KIM, 2012).
A Uro-Tomografia, por apresentar maior sensibilidade diagnóstica, tem
substituído com grande vantagem a urografia excretora na detecção de
tumores parenquimatosos renais, litíases e das lesões do trato urinário. É um
exame realizado em três fases distintas: uma fase sem contraste endovenoso
(para detectar cálculos, hidronefrose e lesões parenquimatosas); uma fase
nefrográfica, 90 segundos após o início da injeção endovenosa do contraste
para detectar lesões parenquimatosas) e uma terceira fase, a fase excretora.
Esta fase excretora, obtida cerca de 10 minutos após o contraste, é realizada
para avaliar toda a extensão do urotélio desde o sistema pielocalicinal até a
bexiga. As principais indicações da Uro-Tomografia são:
a) investigação da hematúria macro ou microscópica;
b) avaliação da hidronefrose;
c) avaliação das fístulas urinárias traumatismo renal e derivações urinárias;
d) no planejamento da cirurgia conservadora laparoscópica;
e) Dor no flanco;
f) Detecção e caracterização de anomalias congênitas do TU (DYER et al,
2004).
Na Uro-Tomografia não otimizada é estimada em 11-25 mSv. Ao
aperfeiçoarmos o protocolo investigação reduzindo o número de fases, o valor
da mA e a extensão da área a ser examinada, podemos reduzir esta dose para
os aceitáveis 12-15 mSv. Devemos sempre considerar que ao realizarmos a
uro-tomografia estamos na maioria das vezes evitando que o paciente seja
submetido a radiação somatória recebida por intermédio da radiografia simples,
da urografia excretora e da TC convencional (KIM, 2012).

4.3 MEIOS DE CONTRATE

O meio de contraste iodado é geralmente administrado por via oral


previamente ao procedimento e/ou por via endovenosa durante o exame. Esta
17
4 REVISÃO DE LITERATURA

substância consegue dar maior definição às imagens tomográficas, melhorando


a qualidade da informação morfológica fornecida pela tomografia. O contraste
iodado pode ser classificado em iônico ou não iônico. Reações adversas ao
(MC) podem ocorrer após uma única ou após múltiplas administrações. Assim
sendo, as reações adversas classificam-se, em leves, moderadas ou graves
(GALVÃO et al, 2001).
• Leves: Não requerem ação terapêutica medicamentosa, sendo
necessário apenas observação. Podem manifestar-se como prurido, urticária
leve, náuseas, vômitos, tontura, exantema (Speck, 1999).
• Moderadas: Exigem tratamento farmacológico e observação cuidadosa,
mas não requerem hospitalização. São caracterizadas por vômitos
persistentes, urticária difusa, cefaleia, edema facial e de laringe,
broncoespasmo ou dispneia, taquicardia, hipo ou hipertensão transitória
(GALVÃO et al, 2001).
• Graves: Requerem suporte terapêutico de emergência. Os sintomas
incluem arritmias com repercussão clínica, hipotensão, broncoespasmo severo,
convulsão, edema pulmonar, síncope, fibrilação atrial ou ventricular e parada
cardio -respiratória (Speck, 1999).
• Medidas preventivas: Na área de diagnósticos por imagem, a
Enfermagem atua em conjunto com a equipe multidisciplinar, realizando
atividades como orientação e preparo do paciente para o procedimento
(GALVÃO et al, 2001).

4.4 EQUIPAMENTO DE TOMOGRAFIA

O aparelho de tomografia computadorizada tradicional apresenta três


componentes principais:
1) O gantry, no interior do qual se localizam o tubo de raios-x e um anel
de detectores de radiação, constituído por cristais de cintilação;
2) A mesa, que acomoda o paciente deitado e que, durante o exame,

18
4 REVISÃO DE LITERATURA

movimenta-se em direção ao interior do gantry;


3) o computador, que reconstrói a imagem tomográfica a partir das
informações adquiridas no gantry (AMIS et al, 2007).
O técnico ou operador de TC acompanha o exame pelo computador, que
geralmente fica fora da sala que acomoda o gantry e a mesa, separado por
uma parede de vidro plumbífero (Narepalem et al, 2002).
Neste aparelho, a fonte de raios-x emite um feixe estreito (colimado) em
forma de leque, direcionado a um anel com diversos detectores. Durante o
exame, no interior do gantry, o tubo de raios-x gira dentro do anel estacionário
de receptores. Os sinais recebidos pelos detectores dependem da absorção
dos tecidos atravessados pelo feixe radiográfico e são registrados e
processados matematicamente no computador. Por meio de múltiplas
projeções no curso de 360º ao redor do paciente, os receptores registram uma
série de valores de atenuação dos raios-x. Estes múltiplos coeficientes de
atenuação são submetidos a complexos cálculos matemáticos pelo princípio da
matriz, permitindo ao computador reconstruir a imagem de uma secção do
corpo humano. Outro acessório que é imprescindível na qualidade dos exames
de TC principalmente com o uso de contraste, que é a bomba injetora, para
administração de meio contraste intravenoso (Kim, 2012).

4.5 PREPARO PRÉVIO DO EXAME

1. Jejum absoluto de 04 horas para as TC que precisam de contraste;


2. Diabéticos em uso de Metformina, devem consultar seu médico sobre a
necessidade de suspender a medicação por 48 horas após realização
do exame;
3. Alérgicos ao contraste, devem comparecer ao Hospital Cárdio Pulmonar
para receber o preparo para sensibilização 48 horas antes do exame;
4. Lactantes não deverão amamentar por 24 horas após o exame (KUMAR
et al, 2005).

19
4 REVISÃO DE LITERATURA

4.6 AVALIAÇÃO DO AUMENTO RENAL

Assimetria renal é encontrada, na maioria das vezes, em pacientes


assintomáticos durante avaliação radiológica. O rim de um adulto tem diâmetro
longitudinal de 10-12 cm. Define-se assimetria renal pela diferença superior a
1,5 cm entre as medidas longitudinais dos rins. Todos os pacientes
diagnosticados devem ser investigados, sob risco de possível deterioração da
função renal em virtude da própria assimetria ou condição subjacente ( Nikken
& Krestin, 2007).
A tomografia computadorizada associa a vantagem de cortes
anatômicos sem sobreposição com alta resolução de contraste. É possível
maior detalhamento da morfologia das lesões, especialmente nos casos de
neoplasias e coleções renais adjacentes. A tomografia computadorizada
helicoidal sem contraste é exame padrão ouro para avaliar pacientes com
cálculos ou trauma renal ( Quaia, 2011).

Figura 03: TCSC evidenciando importante aumento renal esquerdo (seta),


comparado ao rim direto e associado a hidronefrose (asterisco).

Fonte: Scielo. Autor D'Ippolito, G 2001.

20
4 REVISÃO DE LITERATURA

4.7 AVALIAÇÃO DA UROLITÍASE

A tomografia computadorizada (TC) helicoidal tem desempenhado papel


importante no diagnóstico e tratamento da litíase renal, sendo nos últimos anos
considerada, por alguns autores, como um “divisor de águas”, papel antes
atribuído à urografia excretora (UE) (Smith, 2016).
Os cálculos do trato urinário podem ser originários de placas de Randall
situadas no revestimento dos ductos coletores nas papilas renais, que podem
se destacar e ser eliminadas ou formar cálculos, alojados frequentemente na
região das papilas e cálices. Os cálculos tendem a ser assintomáticos até
causarem obstrução, com sintomas típicos de cólica renal ou ureteral (Browne
et al, 2010).
A UE foi, por muito tempo, considerada o exame de imagem ideal na
abordagem de pacientes com urolitíase. Porém, estudos atuais mostram que a
sensibilidade, especificidade e acurácia diagnóstica da TC têm se tornado
superiores à UE na avaliação desses pacientes. A TC é mais sensível para a
detecção do cálculo (94%), em relação à UE (52% a 69%), e permite a
determinação de seu tamanho e localização de forma precisa, além de fornecer
diagnósticos alternativos para dor lombar aguda. A UE permanece como o
melhor método para a visualização do sistema coletor urinário e a TC como o
melhor método para a detecção de cálculos urinários (Quaia, 2011).
Uma comparação prospectiva da US com a TC helicoidal para detecção
de urolitíase, concluiu que a TC não contrastada tem sensibilidade maior para a
detecção de cálculos ureterais do que a US (Smith, 2016).

21
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Até um passado recente, a UGE era considerada o método mais


apropriado para a avaliação dos pacientes com cólica nefrética, por suas
elevadas sensibilidade e especificidade. Entre os limites da UGE podemos citar
o uso de meio de contraste, tempo de exame, que pode se prolongar por várias
horas devido a retardo na excreção renal, dificuldade na detecção de cálculos
projetados sobre estruturas ósseas e limitações quanto a estabelecer um
diagnóstico diferencial com a ureterolitíase. (DYER et al, 2004).
Estudos recentes procuraram demonstrar a eficácia da TCSC na
avaliação de pacientes com cólica nefrética. Esses trabalhos apontam para
uma sensibilidade que varia entre 96% e 98% e especificidade entre 98% e
100%. A TCSC apresenta outras vantagens importantes, como a possibilidade
de obter outros diagnósticos diferenciais extra -urinários (por exemplo,
diverticulite aguda, apendicite aguda, apendicite epiplóica, entre outras
doenças que podem simular o quadro clínico de ureterolitíase), ao contrário da
UGE. O curto tempo de exame, que geralmente não excede os dez minutos
entre o posicionamento e a dispensa do paciente, pode ser considerada outra
vantagem da TCSC. (Smith, 2016).

22
6 CONCLUSÃO

A tomografia computadorizada (TC) fornece imagens do trato urinário e


das estruturas que o rodeiam. Um contraste radiopaco é muitas vezes
administrado na veia (por via intravenosa). Depois de administrar o contraste,
as imagens são registradas imediatamente para obter mais detalhes sobre os
rins e, muitas vezes, 10 minutos depois, para obter mais detalhes sobre os
canais musculares que levam a urina dos rins para a bexiga (ureteres).
A tomografia computadorizada de abdômen tem um custo maior, mas
tem uma maior precisão diagnóstica. Tem também uma grande vantagem
sobre os outros métodos diagnósticos porque permite medir a densidade do
cálculo (dureza do cálculo) em unidades Hounsfield e assim permitir, quando
indicado um tratamento intervencionista, escolher o melhor método para o
tratamento.
A TC apresenta eficácia superior à UGE na avaliação de pacientes com
cólica nefrética, é um método reprodutível e bem aceito pelos pacientes, em
virtude da sua rapidez e agilidade e sem o desconforto inerente à utilização do
uso do meio de contraste endovenoso.

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7 REFERÊNCIAS

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white paper on radiation dose in medicine. J Am Coll Radiol. 2007;4:272-84.
Dyer RB, Chen MY, Zagoria RJ. Classic signs in uroradiology.
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Galvão Filho MM, D’Ippolito G, Hartmann LG, et al. O valor da tomografia


computadorizada helicoidal sem contraste na avaliação de pacientes com
dor no flanco. Radiol Bras. 2001;34:129–34.

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patológicas das doenças. 7ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier; 2005.

Narepalem N, Sundaram CP, Boridy IC, Yan Y, Heiken JP, Clayman RV.
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revised edition. Germany: Springer; 1999.139 p.

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diverticula complicated by uroliathasis. Br J Radiol. 2010;83:888– 94.

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