Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnológico de Joinville Curso de Engenharia Automotiva
Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnológico de Joinville Curso de Engenharia Automotiva
Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnológico de Joinville Curso de Engenharia Automotiva
Joinville
2021
PEDRO ALMODOVAR PINTO
Joinville
2021
PEDRO ALMODOVAR PINTO
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de
Bacharel em Engenharia Automotiva na Universidade Federal de Santa Catarina,
Centro Tecnológico de Joinville.
Banca Examinadora:
In order to reduce environmental impacts, there is a trend in the market for large brands
to increase the production of hybrid and electric vehicles. Through this new scenario,
there is a need for studies of different powertrain confgurations, seeking to achieve
greater performance in relation to acceleration and speed. The present work aims to
study an electric vehicle model coupling different transmission systems. The study
covers the mathematical modeling of longitudinal dynamics and the use of different
types of transmission systems on the market, evaluating forces generated between
the vehicle and the ground, accelerations and speeds capable of being developed
and the forces of resistance to movement. For the evaluation of the developed study,
a case study is presented using the same electric motor with information provided
by a partner company, alternating between manual, direct and continuously variable
transmission. To compare between the different confgurations of the case study, a
circuit path simulation with ABNT norm is performed. The results found demonstrate
a better use of acceleration, higher maximum speed and time to reach 44 km/h lower
using continuously variable transmission.
O caçador de pipas
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
a Aceleração
G Força da gravidade
m Massa
N, i Rotação do motor
P Potência
q Pressão dinâmica
r Raio dinâmico
ra Raio do pneu
T Torque
Te Torque do motor
V,v Velocidade
α Ângulo de inclinação
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2 Objetivos Específcos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2 REVISÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.1 Forças de Resistência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.1.1 Resistência ao Rolamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.1.2 Resistência ao Aclive . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.1.3 Resistência Aerodinâmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2 Dinâmica Longitudinal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.2.1 Aceleração Máxima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.2.2 Força Trativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.2.3 Força Trativa com Potência Máxima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
2.3 Propulsão Elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.3.1 Motor Síncrono de Excitação Permanente (PMSM) . . . . . . . . . . 32
2.3.2 Inversor de frequência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.4 Transmissão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
2.4.1 Transmissão manual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.4.1.1 Relação de Redução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
2.4.2 Transmissão Continuamente Variável - CVT . . . . . . . . . . . . . . 40
2.4.3 Direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . 45
4.1 Modelo matemático . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . 45
4.2 Perímetro ABNT . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . 47
4.3 Veículo elétrico . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.3.1 Estudo de caso . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.3.1.1 Confguração do Modelo Elétrico de Estudo . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.3.2 Construção da Curva de Torque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
4.3.3 Caso 1 : veículo elétrico com única redução de transmissão . . . . . 52
4.3.3.1 Força trativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
4.3.3.2 Aceleração do Veículo Elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
4.3.3.3 Perímetro Padrão ABNT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
4.3.3.4 Comportamento veicular com norma ABNT . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
4.3.4 Caso 2: veículo elétrico com três marchas . . . . . . . . . . . . . . . 59
4.3.4.1 Análise força trativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
4.3.4.2 Análise da aceleração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
4.3.4.3 Perímetro ABNT para segundo estudo de caso . . . . . . . . . . . . . . . 61
4.3.5 Caso 3: Veículo elétrico com Transmissão Continuamente Variável
(CVT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
4.3.5.1 Força trativa com CVT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
4.3.5.2 Aceleração sistema CVT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
4.3.5.3 Perímetro ABNT para terceiro estudo de caso . . . . . . . . . . . . . . . 66
4.4 Desempenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
5 CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
5.1 Trabalhos Futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
APÊNDICE A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
.1 Validação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
.1.1 Veículo de validação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
.1.2 Força Trativa com Potência Máxima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
.1.3 Aceleração do Fiat Strada 1.4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
.1.4 Veículo de validação em circuito ABNT . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
APÊNDICE B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
A ANEXO A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
14
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO TEÓRICA
Para manter o pneu girando sobre o solo utiliza-se uma certa quantidade de
energia. Essa energia é dissipada em dois locais: o solo e o pneu (NICOLAZZI; ROSA;
LEAL, 2012).
A Figura 1 exibe a construção de um pneu. Sendo um pneu diagonal mostrado
pela Figura 1.a e um pneu radial mostrado pela Figura 1.b. A banda de rodagem é o
componente que tem contato diretamente com o solo e as lonas têm contato com a
parte interna do pneu, servindo para dar estrutura e suportar a pressão interna do ar
que infa o pneu (NICOLAZZI; ROSA; LEAL, 2012).
17
Existe uma força Fr que é a carga suportada pela roda e equilibrada por uma
reação no solo, porém essas forças não são colineares.
Também há uma força Ra que é a força de avanço do veículo. Como reação a
esta força existe uma força contrária no eixo do veículo.
Por não serem forças colineares, existe momento em relação ao ponto C. O
somatório dos momentos deve ser nulo para que esteja em equilíbrio, como mostra a
Equação 2.1.
X
Mc = 0 (2.1)
Ra ra − Fr s = 0 (2.2)
s
Ra = Fr (2.3)
ra
• Mc = Momento em relação ao ponto C da Figura 3;
• R = Força de resistência ao avanço do veículo;
• Fr = Carga do veículo sobre pneu;
• ra = Raio do pneu;
• s = Distância da aplicação da reação em relação ao centro do pneu.
Nicolazzi, Rosa e Leal (2012) comentam sobre a Equação 2.3 que a distância
da aplicação da reação em relação ao centro do pneu s aumenta proporcionalmente
com a profundidade do sulco. Sendo assim, quanto maior a profundidade do sulco,
maior também será a força de resistência ao avanço Ra .
20
Qr = f G (2.4)
v 2
f =a+b( ) (2.5)
100
• v = Velocidade atual do veículo em m/s
Existem também outras formas de calcular o coefciente de resistência ao
rolamento, porém a Equação 2.5 é a utilizada neste trabalho.
21
Quando um veículo está subindo uma rampa, parte do seu peso é balanceado
por uma reação no solo e a outra parte age no centro de gravidade (CG) de forma
paralela ao solo (NICOLAZZI; ROSA; LEAL, 2012), como mostrado na Figura 4.
Qs = G senα (2.6)
• Qs = Resistência ao aclive;
• G = Peso do veículo;
• α = Ângulo de inclinação em relação a horizontal.
Nicolazzi, Rosa e Leal (2012) citam que os efeitos gerados pela força de
sustentação infuenciam de forma direta na aderência dos pneus, limitando a força
máxima que pode ser transmitida para o solo. Também comentam que a ordem de
perda de potência, por conta da resistência aerodinâmica, na maioria dos carros é
próximo à 30%, indicando, assim, a importância de um estudo aprofundado sobre a
aerodinâmica em um projeto automotivo.
Há três fontes que geram resistência aerodinâmica em um veículo (NICOLAZZI;
ROSA; LEAL, 2012): resistência de forma, resistência de atrito e perdas por corrente
de ar.
A resistência de atrito aerodinâmica ocorre devido a viscosidade, gerando
perdas signifcativas, maior consumo de combustível, impacto na dirigibilidade e
mudanças no comportamento da dinâmica veicular (NICOLAZZI; ROSA; LEAL, 2012).
Perdas por corrente de ar são geradas por entradas que existem para controle
de temperatura do veículo, como por exemplo, o ar que entra no motor para resfriá-lo.
Nicolazzi, Rosa e Leal (2012) citam que essas perdas contribuem cerca de 1% a 10%
da resistência aerodinâmica total dependendo do veículo.
A resistência de forma ocorre devido a geometria da carroceria. Ao passar
por um veículo o ar sofre variação de pressão e velocidade que são dependentes da
velocidade relativa entre o veículo e o ar, da pressão e temperatura do meio. A partir
de certa velocidade, devido ao fato que as forças de pressão superam as forças de
inércia, o escoamento muda de sentido, ocorrendo o descolamento da camada limite,
gerando assim turbulência, como mostrado na Figura 5. Ao passar pelo corpo com
baixas velocidades, mostrados pela Figura 5.a e Figura 5.c, o ar gera uma turbulência
menor que na Figura 5.b e Figura 5.d, onde o ar passa com uma velocidade maior.
Ainda analisando a Figura 5, nota-se que o formato do corpo tem infuência direta para
o descolamento da camada limite, como é possível ver entre a Figura 5.b e Figura 5.d.
Esse descolamento da camada e geração da turbulência são responsáveis diretos
para a geração da resistência aerodinâmica (NICOLAZZI; ROSA; LEAL, 2012).
23
Nicolazzi, Rosa e Leal (2012) afrmam que quanto maior é a área transversal
em que ocorre a turbulência, maior é a resistência aerodinâmica.
O cálculo da resistência aerodinâmica é dado pela Equação 2.7 que é obtida
de forma empírica (NICOLAZZI; ROSA; LEAL, 2012).
Qa = q Cx A (2.7)
• Qa = Resistência aerodinâmica;
• q = Pressão dinâmica;
• Cx = Coefciente de resistência aerodinâmica;
• A = Área projetada da seção transversal do veículo.
Onde o coefciente de resistência aerodinâmica, determinado em testes com
modelos e a pressão dinâmica em condições padrões, com massa específca do ar a
15o C e 750mmHg, é encontrado pela Equação 2.8 (NICOLAZZI; ROSA; LEAL, 2012).
1
q= ρ v2 (2.8)
2
• ρ = Massa específca do ar igual a 1,22557 [kg/m3 ];
• v = Velocidade relativa do vento [m/s].
Para encontrar a área projetada da seção transversal do veículo, Nicolazzi,
Rosa e Leal (2012) apresentam três métodos: desenhos da carroceria do veículo,
método experimental de projeção da área sobre uma parede vertical e através de
máquinas de medição de coordenadas. Sendo que a mais utilizada é a de projeção da
área sobre uma parede vertical.
24
F
a= (2.9)
m
• a = Aceleração;
• F = Força trativa máxima;
• m = Massa.
A força a ser utilizada na Equação 2.9 é a força trativa máxima. Ou seja,
analisando, encontra-se que a aceleração que o veículo desenvolve também é
dependente da potência máxima que alcança, como será abordado adiante.
Outro ponto a ser notado é que, assim como a força trativa decai com o
aumento da velocidade, como mostrado na Equação 2.15, a aceleração também decai,
chegando a quase nula.
A aceleração não se torna nula na primeira análise, pois as forças de resistência
estão sendo desconsideradas, porém, posteriormente neste trabalho, quando forem
introduzidas as forças de resistência junto com a força proveniente da saída da
transmissão, haverá um ponto em que a aceleração se tornará nula. Neste ponto
ocorre um equilíbrio entre a força máxima trativa gerada pelo motor e as forças de
resistência, encontrando assim a velocidade máxima do veículo, que é o ponto em que
o veículo estará em velocidade constante, com somatório de forças nulo.
Outro fator observado através da Equação 2.9, é que a máxima aceleração
26
depende da massa do veículo. Esta análise justifca um dos motivos para a indústria
automotiva se esforçar tanto para que seus materiais tenham redução de peso,
desenvolvendo materiais cada vez mais leves e resistentes. Assim também, com o
objetivo de aumentar a aceleração é que muitos veículos esportivos, como os veículos
de Fórmula 1, utilizam chassis com fbra de carbono, que entrega alta resistência a
uma baixa massa.
O gráfco da aceleração máxima segue o mesmo comportamento do gráfco da
força trativa máxima pela velocidade com potência constante, que pode ser visto na
Figura 9 e que será melhor detalhado posteriormente, já que ao analisar-se a Equação
2.9, nota-se que a aceleração é uma função da força trativa pela massa, sendo a massa
considerada constante.
Para que fque mais visível que o comportamento das curvas de força trativa
e de aceleração ideal são parecidos, na Figura 8, há um exemplo de aceleração
em relação a velocidade retirado de Gillespie (1992), onde é fácil observar que o
comportamento é similar ao da Figura 9. As duas curvas demonstradas na Figura 8
mostram a aceleração típica de um caminhão pesado e de um veículo de passeio,
onde nota-se que o caminhão tem uma capacidade de aceleração muito menor que a
do veículo de passeio por causa da relação potência por peso ser menor. Esses dados
são levados em conta por engenheiros no momento de projetos ao criar as políticas de
design de estradas, como em serras, campo de visão em cruzamentos, e áreas de
aceleração em entrada de rampas (GILLESPIE, 1992).
27
Para encontrar uma força trativa com comportamento físico mais próximo a
realidade, Gillespie (1992) diz que o torque desenvolvido pelo motor e entregue para o
driveline é uma composição do torque que é medido pelo dinamômetro decrescido da
inércia rotacional do motor e da aceleração rotacional do motor, chegando a Equação
2.10.
Tc = Te − Ie αe (2.10)
conta, chegando a Equação 2.11 para o torque que sai da engrenagem de transmissão
(GILLESPIE, 1992).
Td = (Tc − It αe ) Nt (2.11)
Ta = Fx r + Iw αw = (Td − Id αd ) Nf (2.12)
Te Ntf ax
Fx = − (Ie + It ) Ntf2 + Id Nf2 + Iw (2.13)
r r2
• Ntf = Relação de transmissão combinada da transmissão e do diferencial.
Até a Equação 2.13 foi considerada apenas a inércia, porém há, também,
as perdas por viscosidade nos componentes do driveline a serem consideradas.
Gillespie (1992) cita que esse tipo de perda reduz o torque em proporção ao produto
da inefciência de cada componente do driveline. Como regra, a efciência utilizada
para o sistema de transmissão é entre 80% a 90%. O efeito das perdas mecânicas é
encontrado introduzindo um termo na Equação 2.13, gerando a Equação 2.14.
Te Ntf ηtf ax
Fx = − (Ie + It ) Ntf2 + Id Nf2 + Iw (2.14)
r r2
• ηtf = Efciência combinada do driveline.
Gillespie (1992) faz uma análise sobre a Equação 2.14, onde o primeiro termo
mais a esquerda representa a força trativa em seu estado estacionário disponível para
29
O motor é a fonte de energia que transmite força para o solo e faz com que
o veículo se desloque. Contudo, há variadas perdas entre a energia gerada e a que
efetivamente chega ao solo. Muitas dessas perdas são por limitações do sistema de
transmissão, gerando um mal aproveitamento da energia total fornecida do motor.
Para uma análise mais precisa do comportamento da aceleração gerada pelo
powertrain, Gillespie (1992) diz que é necessário fazer uma modelagem do sistema
mecânico no qual a potência do motor é transmitida para o solo.
O começo da modelagem é feita pelo motor, sendo o torque mensurado através
de um dinamômetro, onde parte da energia é reduzida pelos componentes que geram
inércia rotativa e também pela carga gerada por acessórios (GILLESPIE, 1992).
Em um primeiro momento, para encontrar a força trativa máxima, desenvolvida
pela potência máxima, desconsideram-se as forças de viscosidade e resistências
inerciais que ocorrem pela caixa de transmissão, como citado em Gillespie (1992).
É comum que o fabricante do motor disponibilize sua potência. A Equação 2.15
relaciona a potência em relação a velocidade, entregando a força trativa máxima, que é
o máximo de força que o veículo entrega ao solo desconsiderando qualquer perda.
P
FT rativa = (2.15)
V
• FT rativa = Força trativa;
• P = Potência máxima;
• V = Velocidade.
Com a Equação 2.15 analisa-se que a força trativa diminui com o aumento da
velocidade. Quanto maior é a velocidade do veículo, menor a força que ele transmite ao
solo, até alcançar a velocidade máxima, onde a força trativa é nula e o veículo mantém
velocidade máxima constante.
Através da equação 2.15 encontra-se a curva de força trativa com potência
máxima. Um exemplo desta curva é encontrado na Figura 9.
É importante obter-se este tipo de curva no começo de um projeto de powertrain
automotivo para visualizar qual o limite do motor analisado. Entretanto, esta curva é
ideal, e não é possível alcançá-la em um projeto real, por existirem forças de resistência
citadas anteriormente neste trabalho, como por exemplo a viscosidade e inércia rotativa
30
do sistema de transmissão, contudo, faz-se uma análise inicial para verifcar se o motor
selecionado é capaz de cumprir o que lhe foi solicitado através da curva de força trativa
ideal.
Outra análise feita é relacionada a força trativa que o conjunto de marchas de
uma transmissão entrega. Como exemplo destas curvas, citam-se as curvas abaixo da
curva de potência constante da Figura 9.
Para compreender melhor as curvas das marchas demonstradas na Figura 9, é
necessário compreender a defnição de potência demonstrada na Equação 2.16, onde
verifca-se que potência e torque são grandezas proporcionais.
T N 2π
P = (2.16)
60
• P = Potência;
• T = Torque;
• N = Rotação do motor.
A partir de relações de redução é possível multiplicar o torque de forma direta,
contudo, pela Equação 2.16 há a diminuição da potência proporcionalmente.
O objetivo com as relações de redução é que maiores reduções consigam
entregar uma força maior para que o veículo entre em movimento, sendo assim,
necessariamente em motores de combustão à gasolina, as relações de redução das
primeiras marchas precisam ser altas devido o baixo torque em baixas rotações. A
primeira marcha sempre é a maior relação de redução e as sucessivas são relações
menores. Entretanto, ao se aumentar o torque, de acordo com a Equação 2.15 a
velocidade máxima que uma primeira marcha alcança considerando forças resistivas,
é muito menor que a velocidade fnal que o motor pode adquirir. Isso explica a
necessidade de outras marchas com reduções menores, que disponibilizam torque
e, consequentemente, aceleração menores, mas uma velocidade fnal maior que a
marcha anterior.
Para uma melhor desempenho de aceleração, o ponto de troca ideal entre as
marchas é o ponto onde as linhas se cruzam, expostos na Figura 9 (GILLESPIE, 1992).
31
máximo, é interessante a utilização da maior redução possível, sendo que para algumas
situações talvez seja vantajosa a utilização de mais de uma marcha.
Há dois tipos de motores que podem ser utilizados:
• Motores de corrente contínua;
• Motores de corrente alternada.
Segundo Beretta (2010) a tendência para carros pequenos é utilizar motores
elétricos de corrente alternada do tipo magnético síncrono. Isso devido a boa densidade
de potência transmitida por esse tipo de motor. Bosch (2004) cita que o motor síncrono
atinge alto grau de efciência devido ao emprego de ímãs permanentes feitos de terras
raras, contudo isso encarece o motor.
Motores DC foram muito utilizados nos anos 1980 para protótipos de veículos
elétricos, porém o tamanho e a manutenção requerida por estes tipos de motores
os fzeram obsoletos para a indústria automotiva. Motores AC são mais difíceis de
serem controlados, mas com a evolução de processadores digitais a complexidade
computacional se tornou facilmente gerenciável (HUSAIN, 2021).
Bosch (2004) cita que motores DC são bastante utilizados em empilhadeiras,
pois, apesar de sua baixa efciência e velocidade máxima reduzida, têm custos menores.
No presente trabalho, o modelo estudado utiliza um motor síncrono com
excitação permanente (PMSM).
2.4 Transmissão
O torque de uma engrenagem pode ser encontrado pela Equação 2.17, onde é
possível ver que o torque e o raio da engrenagem são diretamente proporcionais.
T =F r (2.17)
• T = Torque;
• F = Força;
• r = Raio primitivo.
De acordo com Budynas e Nisbett (2011), quando duas engrenagens estão
engrenadas suas velocidades em relação ao ponto primitivo são idênticas, para tanto,
tem-se a relação encontrada na Equação 2.18.
|ω1 | r2
= (2.19)
|ω2 | r1
• ω1 = Velocidade angular da primeira engrenagem;
• ω2 = Velocidade angular da segunda engrenagem;
• r1 = Raio primitivo da primeira engrenagem;
• r2 = Raio primitivo da segunda engrenagem.
Como a quantidade de dentes está proporcionalmente ligada a quantidade de
dentes das engrenagens, a relação de redução é encontrada pela proporção entre
os dentes da engrenagem de saída pela engrenagem de entrada, como mostrado na
Equação 2.20.
Ns
Relação de redução = (2.20)
Ne
• Ns = Quantidade de dentes da engrenagem de saída;
• Ne = Quantidade de dentes da engrenagem de entrada.
Devido motores elétricos terem por natureza seu torque máximo e constante
desde suas rotações inicias até aproximadamente metade de sua faixa de rotação,
é comum encontrar apenas uma única relação de redução. Mas dessa forma sua
velocidade máxima fca limitada. Utilizando-se uma caixa de transmissão, é possível
otimizar para alcançar acelerações e velocidade máxima maiores.
40
2.4.3 Direta
Uma transmissão direta é uma redução de transmissão única que pode ser
acoplada ou desacoplada. Bosch (2004) cita que atualmente veículos elétricos utilizam
apenas uma relação de redução.
A transmissão direta é utilizada em veículos elétricos devido a curva de torque
proporcionada por este tipo de propulsão, que entrega torque máximo desde rotações
iniciais e decai ao decorrer das rotações, como pode ser visto na Figura 11.
Contudo, este tipo de transmissão não aproveita de forma efciente a força
transmitida pelas rotações fnais do motor. Assim, cabe o estudo do tipo de transmissão
em função do motor utilizado, pois, como Bosch (2004) cita, o custo do motor elétrico
está relacionado ao máximo torque por ele entregue. Sendo assim, é possível relacionar
41
o motor elétrico a uma transmissão que aproveite melhor sua força fazendo com que o
veículo necessite de uma propulsão com um custo relativamente menor para alcançar
o resultado esperado.
42
3 METODOLOGIA
Início
Cálculo da
Gráfico força trativa do
aceleração de cada
motor com força trativa de
marcha considerando
cada relação de redução
forças de resistência
Gráfico da aceleração
de cada marcha
Dados de velocidade no
tempo de circuito padrão
Gráfico velocidade
Cálculo tempo de 0 Tempo para atingir de 0
pelo tempo do circuito
km/h a 44 km/h km/h a 44 km/h
padrão
Cálculo velocidade
alcançada ou não
pelo veículo em
circuito padrão
Gráfico velocidade
alcançada por veículo em
circuito padrão
Cálculo aceleração
Gráfico aceleração
alcançada ou não
alcançada pelo veículo
pelo veículo em
em circuito padrão
circuito padrão
Fim
4 RESULTADOS
Te Ntf ηtf
Fx = (4.1)
r
As forças que surgem nas rodas representadas por Fr suportam a força peso,
representado por G, por causa disso e pelo o surgimento da força Ra referente ao atrito,
como descrito anteriormente no referencial teórico, tem-se o surgimento da resistência
ao rolamento, que pode ser calculada pela Equação 4.2, representada a seguir.
Qr = f G (4.2)
Devido o veículo ser um corpo se movendo em um fuido (ar atmosférico), há
resistência aerodinâmica. Essa resistência na Figura 18 é ilustrada através do vetor
Qa e pode ser calculada pela equação de resistência aerodinâmica, encontrada na
Equação 4.3.
Qa = q Cx A (4.3)
A resultante das forças de resistência que atuam sobre o modelo são devido
a somatória entre a resistência ao rolamento e a resistência aerodinâmica, como
mostrado na Equação 4.4
Qt = Qa + Qr (4.4)
• Qt = Resultante das forças de resistência.
Com base no modelo descrito, a força que move o veículo, gerando velocidade
longitudinal, é resultante da força de tração que o veículo é capaz de fornecer Fx
decrescido da resultante das forças de resistência Qt , como encontrado na Equação
4.5.
Ftotal = Fx − Qt (4.5)
Com a força resultante sendo Ftotal , encontrada através da equação 4.5, calcula-
se através da lei de sobreposição de forças, apresentada na Equação 4.6, a aceleração
máxima que o veículo desenvolve em função do torque e velocidade.
Ftotal
a= (4.6)
m
Além disso, o torque é modifcado por relações provenientes do sistema de
transmissão. Durante o restante do desenvolvimento esse tipo de transformação fcará
melhor exposto.
47
A confguração do veículo no qual este trabalho baseia seus estudos foi cedido
por uma empresa parceira fabricante de veículos elétricos. Na Tabela 1 encontram-se
os dados do veículo e também do motor.
• T = Torque.
• i = Rotação do motor.
Com a Equação 4.7 foram feitas 3500 iterações entre 1 RPM e 4817 RPM, que
foi a faixa de rotações utilizada durante os testes reais para a curva de torque deste
motor.
Figura 23 – Força trativa ideal para potência máxima X velocidade do veículo elétrico.
deste veículo pouco sofre com resistências, contudo não é uma análise correta.
Ocorre que o veículo é analisado em terreno plano, fazendo com que a
resistência ao aclive seja nula. A resistência ao rolamento é constante e a resistência
aerodinâmica, que depende da pressão dinâmica conforme a Equação 2.8, é
proporcional ao quadrado da velocidade. Como a velocidade máxima do veículo é
baixa, faz com que a resistência total também seja baixa.
Para confrmar que as resistências que agem sobre esses chassis são baixas
devido a baixa velocidade que o veículo alcança, analisa-se as resistências com a
variação de velocidade para este chassis entre 0 km/h e 200 km/h, como é visto na
Figura 26. Nesta Figura é apresentado que para a velocidade de 50 km/h a resistência
total é aproximadamente de 230 N, enquanto para 100 km/h, que é o dobro da
velocidade, a resistência total é de aproximadamente 620 N. Logo, para 100 km/h o
veículo tem uma força de resistência ao movimento aproximadamente 2,7 vezes maior
que a 50km/h.
Figura 27 – Simulação veículo elétrico com redução única para perímetro ABNT.
Nota-se pela Figura 27, que o veículo cumpre o circuito de velocidade ABNT
da forma solicitada. A partir de 86 segundos, quando a velocidade é acima de 44 km/h
e posteriormente a partir de 196 segundos, o veículo está abaixo da velocidade exigida
pela norma.
Este teste também depende da aceleração que o veículo é capaz de entregar
conforme a solicitada pela norma. A comparação das acelerações desenvolvidas por
esta confguração do veículo e pela norma pode ser encontrada na Figura 28.
59
Para este caso, é utilizado o mesmo motor, porém são acopladas no sistema de
transmissão mantendo a redução do diferencial de 10,214:1, as três últimas marchas
do veículo de validação para análise do comportamento, encontradas na Tabela 3 no
Apêndice A.
Figura 29 – Força trativa ideal com potência máxima e de cada marcha para
transmissão com três marchas
A força trativa ideal depende do motor, logo, a curva de força trativa ideal pela
velocidade não irá mudar. Contudo, a força trativa real que o veículo entrega devido ao
sistema de transmissão é diferente.
Na Figura 33 encontram-se as curvas de força trativa do sistema CVT. Essas
curvas foram feitas com 100 iterações variando até a redução máxima de 6:1. De forma
mais realista, o CVT realiza muito mais iterações, mas é interessante ver com um
número menor de iterações para notar que o CVT se comporta como várias marchas
de uma transmissão.
Como visto na Figura 33, a curva de força trativa máxima entregue pelo sistema
CVT aproxima-se da curva trativa máxima decrescida das perdas advindas do driveline.
Sabendo disso, gera-se um gráfco com as acelerações que o sistema CVT
entrega quando trabalha com potência máxima, sendo esta curva gerada pela curva
ideal reduzida da efciência e forças de resistência. Na Figura 34 encontra-se a
aceleração do veículo elétrico utilizando a transmissão CVT.
Observa-se que a aceleração em baixas velocidades do veículo com CVT
é superior a aceleração em baixas velocidades dos dois casos anteriores. Isto
é esperado, já que o modelo do primeiro caso contém apenas uma redução de
transmissão e é possível verifcar através da Figura 24, que aproveita pouco da força
trativa em baixa velocidade. As reduções fxas do segundo caso, com o modelo de
três marchas, também não aproveitam de uma melhor forma a força trativa quanto o
CVT. Da mesma maneira, nota-se que o veículo atinge uma velocidade máxima maior,
aproximadamente de 66km/h, utilizando transmissão CVT.
Como feito anteriormente para os outros dois estudos de caso, o sistema CVT
também é medido em relação a seu desempenho no circuito de testes. Espera-se que
o modelo com CVT cumpra uma parte maior do percurso, mas é uma certeza que não
irá cumprir todo o perímetro devido sua velocidade máxima ser inferior a requisitada
pelo teste da norma.
Na Figura 35 encontra-se o desempenho do modelo CVT no circuito da norma
ABNT.
Nota-se que a aceleração com CVT é superior aos casos anteriores através
da Figura 36, quando o veículo cumpre as acelerações propostas até 198 segundos.
Observa-se que a limitação ocorre por causa da máxima velocidade que o veículo
desenvolve.
4.4 Desempenho
5 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
CRISTEA, D. et al. Sequential gearbox shifting for a hybrid vehicle. Scientifc Bulletin,
Automotive Series, UNIVERSITY OF PITESTI, v. 20, 2010.
G1. Empresa criada na fusão da Fiat Chrysler com a Peugeot Citroën vai se
chamar Stellantis. 2020. Disponível em: <https://g1.globo.com/carros/noticia/2020/07/
15/empresa-criada-com-a-fusao-da-fca-com-a-psa-vai-se-chamar-stellantis.ghtml>.
Acesso em: 16 janeiro de 2021.
HUSAIN, I. Electric and Hybrid Vehicles: Design Fundamentals. [S.l.]: CRC Press,
2021. v. 3.
NICOLAZZI, L. C.; ROSA, E. da; COSTA MACHADO LEAL, L. da. Uma introdução
à modelagem quase-estática de automóveis. [S.l.]: GRANTE Departamento de
engenharia mecânica da UFSC, 2012. v. 1.
APÊNDICE A
.1 Validação
P
FT rativa = (1)
V
76
Na Figura 38, nota-se que a velocidade e a força trativa que o veículo transmite
ao solo são grandezas inversas, contudo, o decrescimento da força trativa em relação a
velocidade é mais acentuado até aproximadamente 70 km/h, sendo possível observar
que é necessária uma relação de marchas com redução alta em baixas velocidades a
fm de aproveitar melhor a força trativa dessa região. Devido as relações de redução das
primeiras marchas da transmissão serem elevadas a faixa de velocidade que entrega é
menor.
De acordo com a Figura 38 observa-se que caso a transmissão de força do
motor até as rodas fosse ideal e aproveitasse 100% da força trativa transmitida, o
veículo superaria a velocidade de 200km/h, porém, pelos dados de fcha técnica deste
veículo, referenciada na Tabela 3, sua velocidade máxima é de 163 km/h.
A próxima análise é em relação ao escalonamento de marchas, encontrado na
Tabela 3. Para calcular este escalonamento utilizou-se a efciência mecânica de 90%
empregando a Equação 4.1. O resultado encontra-se na Figura 39.
77
Figura 39 – Força trativa máxima e de cada marcha X velocidade do Fiat Strada 1.4
APÊNDICE B
@author: pedro
"""
import matplotlib.patches as mpatches
import matplotlib.pyplot as plt
import numpy as np
#dados do carro
p=8830; #potência do veículo [W]
r=0.269; #raio dinâmico [m]
dif=10.214; #relação do diferencial
mar=[1.444,1.029,0.872]; #relação de marchas
u=0.65; #rendimento mecânico
m=650; #massa do veículo [kg]
g=9.81; #aceleração gravidade [m/s]
inc=.1; #inclinação [%]
b=(np.arctan(inc/100)); #ângulo de inclinação [radianos]
print (b*180/np.pi)
1
83
Fres[i,j]= -m*g*np.sin(b) - m*g*np.cos(b)*(0.015+0.052*(V[i,j]/100)**2) - 0.5*1.
# Vaz[i,4]=np.sqrt(-10**4*(-F[i,4]+m*g*np.sin(b)+0.015*m*g*np.cos(b))/(0.052*m*g*np.cos(b)-0.
#plt.plot(V,F)
ac=[0]*len(vc);
tamanho=1
while tamanho<(len(vc)):
if (tamanho-1)>0:
ac[tamanho]=(vc[tamanho]-vc[tamanho-1])/3.6 #aceleração circuito padrão em m/s²
else:
ac[tamanho]=0
tamanho+=1
tca=np.linspace(1,len(ac),len(ac))
marc2=np.linspace(0,0,len(vc))
marc=0.0
#acmarcha=np.linspace(0,0,len(vc))
#marchas a serem listadas
#listMarchas=[0]*len(vc)
#rotações das marchas listadas
listRotacao=[0]*len(vc)
#Possíveis marchas
#marPossiveis = [0]*len(mar)
passaOuNaoABNT = [0]*len(vc)
for i in range (len(vc)):
#verifica se a aceleração é nula, menor que zero ou se a velocidade é 0, onde o veículo esta
if (vc[i] == 0):
passaOuNaoABNT[i] = vc[i]
continue
for j in range (len(mar)):
#preciso verificar se essa marcha é suficiente em velocidade e aceleração, se não for, p
#Primeiro vou verificar se a marcha alcança a velocidade
if (vc[i]/3.6 <= 4817*2*np.pi*r/(mar[j]*dif*60) and vc[i]/3.6 >= 1*2*np.pi*r/(mar[j]*dif*
#Ok, nesse caso o veículo consegue atingir a velocidade na marcha determinada
#Precisamos avaliar agora se o veículo nessa marcha consegue alcançar a aceleração
wPossiveis = vc[i]/3.6 * mar[j] * dif * 60 / (2*np.pi*r)
aPossiveis = ((wPossiveis*mar[j]*dif*u/r - m*g*np.sin(b) - m*g*np.cos(b)*(
if(ac[i] <= aPossiveis):
passaOuNaoABNT[i] = vc[i]
break
else:
passaOuNaoABNT[i] = passaOuNaoABNT[i-1]
elif(vc[i]/3.6 < 1*2*np.pi*r/(mar[j]*dif*60) and j==0):
passaOuNaoABNT[i] = vc[i]
break
else :
passaOuNaoABNT[i] = passaOuNaoABNT[i-1]
2
84
acABNT=[0]*len(vc);
size=1
while size<(len(vc)):
if (size-1)>0:
acABNT[size]=(passaOuNaoABNT[size]-passaOuNaoABNT[size-1])/3.6 #aceleração circuito padrão e
else:
acABNT[size]=0
size+=1
#plt.ylim(-3,3)
#plt.xlabel('Tempo [s]')
#plt.ylabel('aceleracao [m/s^2]')
#plt.grid(True)
#plt.plot(tca, ac, '-', label= 'Aceleracao necessaria circuito ABNT', linewidth = 1, color = 'bl
#plt.plot(tca, acABNT, '.--', label= 'Aceleracao do Veiculo', linewidth = 2, color = 'orange')
#plt.legend()
#plt.show()
#plt.ylim(-1,120)
#plt.xlabel('Tempo [s]')
#plt.ylabel('Velocidade [km/h]')
#plt.grid(True)
#plt.plot(tca, vc, '-', label='Velocidade necessaria percurso ABNT', linewidth = 1, color='black
#plt.plot(tca, passaOuNaoABNT, '--', label='Velocidade do veiculo', linewidth = 2, color='orange
#plt.legend()
#plt.show()
#plt.ylim(-2,2)
#
#plt.xlabel('Tempo [s]')
#plt.ylabel('Marchas')
#plt.plot(tca, listMarchas, '-')
#plt.plot(tca, vc/2, '-')
#plt.grid(True)
#plt.show()
#
3
85
# marc2[i]=marc
#Plots
#Plot curva de torque
#plt.grid(True)
#plt.plot(w,t)
4
86
#Plots ABNT
#Gráfico das velocidades ABNT
#plt.xlabel('Tempo [s]')
#plt.ylabel('Velocidade [km/h]')
#plt.plot(tc,vc,'-')
#plt.grid(True)
#plt.show()
#Torques entregues
#plt.plot(tca,torq,'-')
#plt.grid(True)
#plt.show()
#Rotações ABNT
#plt.plot(tca,wcf,'o')
#plt.grid(True)
#plt.show()
#Transmissão CVT
#Gerando os vetores para CVT
cvt=np.linspace(0.7,6,100) #Gera o vetor das relações do CVT
Fcvt=np.zeros((len(w),len(cvt)))
Vcvt=np.zeros((len(w),len(cvt)))
tcvt=np.linspace(0,0,len(v))
tred=np.linspace(0,0,len(v))
ucvt = 0.94
5
87
#Como notado acima, a curva de força x velocidade do Cvt nos mostra que podemos aproximar para a
fcvt=np.linspace(0.0,0.0,len(v))
acvt=np.linspace(0.0,0.0,len(v))
for i in range (len(v)):
fcvt[i]=p*u*ucvt/v[i];
#sendo assim, a aceleração real também se aproxima da ideal retirando as resistências e sendo mu
for i in range(len(v)):
acvt[i]=(fcvt[i]- m*g*np.sin(b) - m*g*np.cos(b)*(0.015+0.052*(v[i]/100)**2) - 0.
valor = 0.0
for i in range(len(v)):
if (v[i]>44/3.6):
valor = i
break
valor2 = 0.0
for i in range(len(V)):
if (V[i][0]>44/3.6):
valor2 = i
break
print (valor2)
print (valor)
print valor
treal=np.linspace(0.0,0.0,valor2)
tcvtt=np.linspace(0.0,0.0,valor)
vfake = np.linspace(0,0,valor2)
vfake2 = np.linspace(0,0,valor)
6
88
#for j in range (len(mar)):
# for i in range (len(aTemp)):
# if(V[i][0] < 25/3.6 and j == 0):
# aTemp[i][0]=areal[i][0]
# if(V[i][1] >= 25/3.6 and V[i][j]< 32/3.6 and j == 1):
# aTemp[i][1]=areal[i][1]
# if(V[i][2] >= 32/3.6 and j == 2):
# aTemp[i][2]=areal[i][2]
acABNT2=[0]*len(vc);
size2=1
while size2<(len(vc)):
if (size2-1)>0:
acABNT2[size2]=(passaOuNaoABNT2[size2]-passaOuNaoABNT2[size2-1])/3.6 #aceleração circuito pa
else:
acABNT2[size2]=0
size2+=1
#
#plt.ylim(-3,3)
#plt.xlabel('Tempo [s]')
#plt.ylabel('aceleracao [m/s^2]')
7
89
#plt.grid(True)
#plt.plot(tca, ac, '-', label= 'Aceleracao necessaria circuito ABNT', linewidth = 1, color = 'bl
#plt.plot(tca, acABNT2, '.--', label= 'Aceleracao do Veiculo', linewidth = 2, color = 'orange')
#plt.legend()
#plt.show()
#plt.ylim(-1,120)
#plt.xlabel('Tempo [s]')
#plt.ylabel('Velocidade [km/h]')
#plt.grid(True)
#plt.plot(tca, vc, '-', label='Velocidade necessaria percurso ABNT', linewidth = 1, color='black
#plt.plot(tca, passaOuNaoABNT2, '--', label='Velocidade do Veiculo', linewidth = 2, color='orang
#plt.legend()
#plt.show()
#Plots CVT
#plt.xlabel('Velocidade[km/h]')
#plt.ylabel('Tempo [s]')
#plt.grid(True)
#plt.plot(vfake*3.6,treal,'-')
8
90
#plt.grid(True)
#plt.plot(ang,Fa,'-')
#Determinação Rotação
for i in range (len(vc)):
wm[i]=vc[i]/3.6*0.18*dif*60/(2*np.pi*r);
wM[i]=(vc[i]/3.6)*5.6*dif*60/(2*np.pi*r);
pm = np.linspace(0,0,len(fm))
for i in range (len(fm)):
pm[i]=fm[i]*vc[i]/3.6
#Torque Motor
tm = np.linspace(0,0,len(fm))
tM = np.linspace(0,0,len(fm))
for i in range (len(fm)):
tm[i]=fm[i]*r/(0.18*dif*u)
tM[i]=fm[i]*r/(5.6*dif*u)
#(Proposta 2.0)
#Criando Rotação de 6000RPM
wr=6000;
#Determinando Curva de relações de marcha para circuito ABNT
#(Proposta 3.0)
rota=6000 #rotação máxima do motor
#tm[i]=fm[i]*r/(0.18*dif*u)
#wm[i]=vc[i]/3.6*0.18*dif*60/(2*np.pi*r)
#Iremos com equação que relaciona velocidade, rotação e rotação do motor para conseguir
w3=np.linspace(0,0,len(vc))
rel3 = np.linspace(0,0,len(vc))
for i in range (len(wm)):
9
91
if (wM[i]<rota):
w3[i]=wM[i]
rel3[i] = 0.18
else:
calc=6000.0*2.0*np.pi*r/(vc[i]/3.6*dif*60)
w3[i]=6000
rel3[i]=calc
##Potência motor
#plt.plot(tc,pm)
#plt.grid(True)
#plt.xlabel('Tempo[s]')
#plt.ylabel('Potencia [W]')
##Torque motor
#plt.plot(tc,tM)
#plt.grid(True)
#plt.xlabel('Tempo[s]')
#plt.ylabel('Torque [N*m]')
##Relação de marcha
#plt.plot(tc,rel)
#plt.grid(True)
#plt.xlabel('Tempo[s]')
#plt.ylabel('Relacao de marcha')
10
92
A ANEXO A
Anexo B (informativo)
Coordenadas do ciclo de condução urbana
Conforme a tabela B.1.
340
350 0,0
17,5 0,0
22,9 0,0
27,8 0,0
32,2 0,0
36,2 0,0
38,1 0,0
40,6 1,6
42,8 6,9
45,2 12,2
48,3
360 49,6 50,9 51,7 52,3 54,1 55,5 55,7 56,2 56,0 55,5
370 55,8 57,1 57,9 57,9 57,9 57,9 57,9 57,9 58,1 58,6
380 58,7 58,6 57,9 56,5 54,9 53,9 50,5 46,7 41,4 37,0
390 32,7 28,2 23,3 19,3 14,0 8,7 3,4 0,0 0,0 0,0
400 0,0 0,0 0,0 4,2 9,5 14,5 20,1 25,4 30,7 36,0
410 40,2 41,2 44,3 46,7 48,3 48,4 48,3 47,8 47,2 46,3
420 45,1 40,2 34,9 29,6 24,3 19,0 13,7 8,4 3,1 0,0
430 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
440 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,3 10,6
450 15,9 21,2 26,6 31,0 37,2 42,5 44,7 46,8 50,7 53,1
460 54,1 56,0 56,5 57,3 58,1 57,9 58,1 58,3 57,9 57,5
470 57,9 57,9 57,3 57,1 57,0 56,6 56,6 56,6 56,6 56,6
480 56,6 56,3 56,5 56,6 57,1 56,6 56,3 56,3 56,3 56,0
490 55,7 55,8 53,9 51,5 48,4 45,1 41,0 36,2 31,9 26,6
Cópia não autorizada
28 NBR 6601:2001
94
Tempo 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
500 21,2 16,6 11,6 6,4 1,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
510 0,0 1,9 5,6 8,9 10,5 13,7 15,4 16,9 19,2 22,5
520 25,7 28,5 30,6 32,3 33,8 35,4 37,0 38,3 39,4 40,1
530 40,2 40,2 40,2 40,2 40,2 40,2 41,2 41,5 41,8 41,2
540 40,6 40,2 40,2 40,2 39,3 37,2 31,9 26,6 21,2 15,9
550 10,6 5,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
560 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,3
570 10,6 15,9 20,9 23,5 25,7 27,4 27,4 27,4 28,2 28,5
580 28,5 28,2 27,4 27,2 26,7 27,4 27,5 27,4 26,7 26,6
590 26,6 26,7 27,4 28,3 29,8 30,9 32,5 33,8 34,0 34,1
600 34,8 35,4 36,0 36,2 36,2 36,2 36,5 38,1 40,4 41,8
610 42,6 43,5 42,0 36,7 31,4 26,1 20,8 15,4 10,1 4,8
620 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
630 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
640 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,2 7,2 12,6 16,4
650 20,1 22,5 24,6 28,2 31,5 33,8 35,7 37,5 39,4 40,7
660 41,2 41,8 43,9 43,1 42,3 42,5 42,6 42,6 41,8 41,0
670 38,0 34,4 29,8 26,4 23,3 18,7 14,0 9,3 5,6 3,2
680 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
690 0,0 0,0 0,0 0,0 2,3 5,3 7,1 10,5 14,8 18,2
700 21,7 23,5 26,4 26,9 26,6 26,6 29,3 30,9 32,3 34,6
710 36,2 36,2 35,6 36,5 37,5 37,8 36,2 34,8 33,0 29,0
720 24,1 19,3 14,5 10,0 7,2 4,8 3,4 0,8 0,8 5,1
730
740 10,5
41,0 15,4
42,6 20,1
43,6 22,5
44,4 25,7
44,9 29,0
45,5 31,5
46,0 34,6
46,0 37,2
45,5 39,4
45,4
750 45,1 44,3 43,1 41,0 37,8 34,6 30,6 26,6 24,0 20,1
760 15,1 10,0 4,8 2,4 2,4 0,8 0,0 4,8 10,1 15,4
770 20,8 25,4 28,2 29,6 31,4 33,3 35,4 37,3 40,2 42,6
780 44,3 45,1 45,5 46,5 46,5 46,5 46,3 45,9 45,5 45,5
790 45,5 45,4 44,4 44,3 44,3 44,3 44,3 44,3 44,3 44,4
800 45,1 45,9 48,3 49,9 51,5 53,1 53,1 54,1 54,7 55,2
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Cópia não autorizada
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