Manual de Elaboracao Legislativa Proposicoes e Pareceres
Manual de Elaboracao Legislativa Proposicoes e Pareceres
Manual de Elaboracao Legislativa Proposicoes e Pareceres
Capa
Serviço Técnico de Editoração e Produção Gráfica
Adriana de Jesus Reis
Divisão de Imprensa
Foto: José Antonio Teixeira
Editoração
Serviço Técnico de Editoração e Produção Gráfica
Daniela Torres Yamashita
Patrícia Yamamoto Weisz
Jair Pires de Borba Junior
Adriana de Jesus Reis
Sumário
Apresentação............................................................................................8
Nota explicativa......................................................................................10
Principais abreviaturas adotadas.........................................................11
Anexos
ANEXO I..............................................................................................152
DENOMINAÇÃO DE PRÉDIOS, RODOVIAS E REPARTIÇÕES
PÚBLICAS................................................................................ 152
Projeto de Lei.................................................................................... 152
Parecer.............................................................................................. 155
Modelos............................................................................................. 157
ANEXO II............................................................................................. 176
DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA................................. 176
Projeto de Lei . ............................................................................. 176
Parecer..............................................................................................180
Modelos............................................................................................. 181
ANEXO III...........................................................................................191
INCLUSÃO DE EVENTO NO CALENDÁRIO TURÍSTICO ...... 191
Projeto de Lei.................................................................................... 191
Parecer..............................................................................................192
Modelos.............................................................................................193
ANEXO IV...........................................................................................196
INSTITUIÇÃO DE DATA COMEMORATIVA..............................196
Projeto de Lei....................................................................................196
Parecer..............................................................................................196
Modelos.............................................................................................198
ANEXO V.............................................................................................202
CLASSIFICAÇÃO DE MUNICÍPIO COMO ESTÂNCIA
TURÍSTICA OU MUNICÍPIO DE INTERESSE TURÍSTICO...202
Projeto de Lei....................................................................................202
Parecer..............................................................................................207
8 Manual de Elaboração Legislativa
Apresentação
Nota explicativa
1
São Paulo (Estado), Assembleia Legislativa, Manual do processo legislativo, supervisão
geral de Auro Augusto Caliman coordenação geral de José Carlos Borges e Marcia Pupo de
Moura e coordenação de pareceres de Caio Silveira Ramos, São Paulo, ALESP, 2004.
Principais abreviaturas adotadas 11
CF – Constituição Federal
CE – Constituição Estadual
CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito
DC – Departamento de Comissões
DAC – Divisão de Apoio às Comissões
DDI – Departamento de Documentação e Informação
DET – Divisão de Equipe Técnica
DPJ – Divisão de Pesquisa Jurídica
DPL – Divisão de Proposições Legislativas
PEC – Proposta de Emenda à Constituição
PDL – Projeto de Decreto Legislativo
PL – Projeto de Lei
PLC – Projeto de Lei Complementar
PR – Projeto de Resolução
RIAL – Regimento Interno da Assembleia Legislativa
RInf – Requerimento de Informação
SGP – Secretaria Geral Parlamentar
SPL – Sistema do Processo Legislativo
Apresentação 13
Parte I:
Elaboração Legislativa
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
DO ESTADO DE SÃO PAULO
14 Manual de Elaboração Legislativa
Parte I - Elaboração Legislativa 15
1. Introdução
2. Instrumentos de apoio
3. Legislação
4. Proposições
5.3. Autoria
5.4. Projeto
PARTE PRELIMINAR:
• epígrafe;
• ementa;
• fórmula de promulgação.
PARTE NORMATIVA:
• artigos de conteúdo substantivo relacionados com a
matéria regulada.
PARTE FINAL:
• artigos de encerramento, contendo:
• cláusula financeira (quando couber);
• cláusula de vigência;
• cláusula de revogação (quando couber);
• disposições transitórias (se for o caso).
ANEXO (se houver)
JUSTIFICATIVA
FECHO
5.4.1.1.1. Epígrafe
PROJETO DE LEI Nº , DE
5.4.1.1.2. Ementa
5.4.1.4. Anexos
5.4.1.5. Justificativa
5.4.1.6. Fecho
5.4.2.1. Artigo
5.4.2.2. Parágrafo
5.4.2.3. Inciso
5.4.2.4. Item
Artigo 24 − (...)
§ 5º − Não será admitido o aumento da despesa prevista:
1. nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador, ressalvado
o disposto no artigo 174, §§ 1º e 2º;
2. nos projetos sobre organização dos serviços administrativos
da Assembleia Legislativa, do Poder Judiciário e do Ministério
Público.
5.4.2.5. Alínea
meramente estilístico;
• evitar o emprego de expressão ou palavra que possibilite duplo
sentido ao texto;
• escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado na
maior parte do território nacional, evitando o uso de expressões
locais ou regionais;
• usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado o princípio
de que a primeira referência no texto seja acompanhada de
explicitação de seu significado;
• grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais,
exceto data, número de lei e nos casos em que houver prejuízo
para a compreensão do texto;
• indicar, expressamente, o dispositivo objeto de remissão,
preterindo o uso das expressões “anterior”, “seguinte” ou
equivalentes;
• reunir apenas as disposições relacionadas com o objeto da lei
sob as categorias de agregação (Subseção, Seção, Capítulo,
Título e Livro);
• restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único assunto
ou princípio;
• expressar por meio de parágrafos os aspectos complementares
à norma enunciada no “caput” do artigo e as exceções à regra
por este estabelecida;
• promover as discriminações e enumerações por meio dos
incisos, itens e alíneas.
As proposições devem ser redigidas em termos claros e sintéticos
(RIAL, artigo 134). Além de clara e concisa, a redação legislativa deve ser
precisa e coerente.
O artigo 135 do RIAL veda a admissão de proposições que:
• tenham sido redigidas de modo que não se saiba, à simples
leitura, qual a providência objetivada (inciso IV);
• contenham expressões ofensivas a quem quer que seja (inciso
VI);
• não guardem direta relação com a proposição principal, em se
tratando de substitutivo, emenda ou subemenda (inciso VII);
• não tenham sido devidamente redigidas (inciso VIII).
32 Manual de Elaboração Legislativa
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
DO ESTADO DE SÃO PAULO
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 33
34 Manual de Elaboração Legislativa
Definição
Proposição que tem por objetivo promover alterações na CE.
Autoria
A PEC não pode ser apresentada por menos de um terço dos
membros da ALESP (32 Deputados) (CE, artigo 22, I; RIAL, artigo 252,
I). São de simples apoiamento as assinaturas que se seguirem ao número
de proponentes exigido (RIAL, artigo 136, § 2º).
Fundamentos
CF, artigos 60, §§ 1º, 2º, 3º e 5º; e 136 a 141.
CE, artigo 22.
RIAL, artigos 252 a 258.
Observações especiais
Obedece a processo legislativo especial, fixado nos artigos 252 a
258 do RIAL.
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 35
MODELO A
PROPOSTA DE EMENDA Nº , DE ,
À CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO
JUSTIFICATIVA
Assinam 32 Deputados
36 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO B
PROPOSTA DE EMENDA Nº , DE ,
À CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Assinam 32 Deputados
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 37
Definição
Proposição que se destina a regular as matérias de competência do
Legislativo, nos casos expressos na CE, sujeitando-se, após aprovada, à
sanção ou ao veto governamental.
Autoria
A iniciativa de projetos de lei complementar cabe, nos termos da CE
e do RIAL, à Mesa, às Comissões ou às Deputadas e Deputados (RIAL,
artigo 146, I, II e III).
A proposição de iniciativa de Deputada ou Deputado poderá ser
apresentada individual ou coletivamente (RIAL, artigo 136).
Fundamentos
CF artigos 59, II e 61.
CE, artigos 19; 21, II; 23 a 26; 28; 29; 38, p.u.; 76, “caput”; 92; 93,
§ 3º; 94; 97, p.u.; 103, § 1º; 145, p.u.; 146, “caput”; 153, “caput”; e 154,
“caput” e §§ 2º e 3º; ADCT, artigos 48 e 61.
RIAL, artigos 133, I, “b”; 145 a 153; e 196, III, “a”.
Observações especiais
Uma matéria deverá ser disciplinada por meio de lei complementar
quando a Constituição assim o exigir expressamente.
A CE exige que sejam complementares, por exemplo, as leis arroladas
no parágrafo único do artigo 23, como a Lei de Organização Judiciária, as
Leis Orgânicas das Polícias Civil e Militar e os Estatutos dos Servidores
Civis e dos Militares. É importante ressaltar que a enumeração ali contida
não é taxativa, já que outros dispositivos da CE exigem a edição de lei
complementar (ex.: parágrafo único do artigo 38).
38 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 39
Definição
Proposição que se destina a regular as matérias de competência do
Legislativo para as quais a CE não exige lei complementar, sujeitando-se,
após aprovada, à sanção ou ao veto governamental.
Autoria
A iniciativa de projetos de lei ordinária cabe, nos termos da CE e do
RIAL, à Mesa, às Comissões ou às Deputadas e Deputados (RIAL, artigo
146, I, II e III).
A proposição de iniciativa de Deputada ou Deputado poderá ser
apresentada individual ou coletivamente (RIAL, artigo 136).
Fundamentos
CF, artigos 59, III, e 61.
CE, artigos 21, III; 24; 25; 28; e 29.
RIAL, artigos 33, II; 133, I, “c”; 145, §1º; e 147 a 153.
Observações
Cabe à Comissão de mérito competente a deliberação conclusiva
sobre projetos de lei de (RIAL, artigo 33, II):
• declaração de utilidade pública de associações civis;
• denominação de estabelecimentos ou próprios públicos;
• instituição de data comemorativa, ou oficialização de eventos
festivos, assim como sua inclusão no calendário turístico.
Dessa deliberação se admite recurso ao Plenário, desde que assinado
por um décimo dos membros da ALESP (10 Deputados) e apresentado em
até três sessões, após a publicação do parecer da Comissão (RIAL, artigo
33, § 1º).
Este manual apresenta em seus anexos dezenas de modelos
específicos para a elaboração de projetos de lei ordinária enquadrados
nos requisitos estabelecidos pelo artigo 33, II, do RIAL, bem como os
respectivos pareceres.
40 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 41
Definição
Proposição que tem por objetivo regular as matérias de competência
privativa do Poder Legislativo, sem a sanção do Governador do Estado.
Tende, por sua natureza, a produzir efeitos externos ao Parlamento.
São matérias típicas de PDL:
• deliberação sobre a prisão de Deputado em caso de flagrante de
crime inafiançável (CE, artigo 14, § 2º; RIAL, artigo 259);
• sustação do andamento da ação contra Deputado denunciado
por crime ocorrido após a diplomação (CE, artigo 14, § 3º);
• julgamento da Assembleia sobre as contas dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário (CE, artigos 20, VI, 47, IX,
e 170; RIAL, artigo 236, § 3º);
• decisão sobre intervenção estadual em Município (CE, artigo
20, VII);
• decisão sobre decretação de estado de calamidade pública em
Município (RIAL, artigo 259-A);
• sustação dos atos normativos do Poder Executivo que exorbitem
do poder regulamentar (CE, artigo 20, IX; RIAL, artigos 31,
XI, e 33-A, II);
• decisão nos processos referentes à fiscalização e ao controle dos
atos da Administração Pública, inclusive empresas, autarquias,
fundações e demais entidades descentralizadas (CE, artigo 20, X);
• decisão sobre a escolha de membros do Tribunal de Contas do
Estado cuja indicação caiba ao Legislativo (CE, artigo 20, XI;
RIAL, artigo 251);
• aprovação prévia dos Conselheiros do Tribunal de Contas do
Estado indicados pelo Governador (CE, artigo 20, XII; RIAL,
artigo 250);
• sustação da execução de contratos da Administração Pública,
com a determinação de que, quando for o caso, seja oficiado
ao Ministério Público ou à Procuradoria-Geral do Estado, ou
a ambos, com vistas à responsabilização administrativa ou
criminal ou à reparação dos prejuízos causados ao Erário (CE,
artigo 33, § 1º; RIAL, artigo 239, § 1º, 1);
• o arquivamento dos autos de processo em que o Tribunal de Contas
do Estado questione a regularidade de certo contrato, quando este
for considerado regular pela ALESP (RIAL, artigo 239, § 1º, 2);
42 Manual de Elaboração Legislativa
Autoria
Nos casos destinados a sustar atos normativos do Poder Executivo
que exorbitem seu poder regulamentar, bem como, em regra, naqueles
referentes ao exercício das prerrogativas constitucionais de fiscalização e
controle da Administração Pública, pode ser apresentado por um ou mais
Deputados ou, ainda, por Comissão (RIAL, artigos 136 e 146, II e III).
Nos casos de tomada de contas (RIAL, artigo 236, § 3º), sustação
de contratos da Administração Pública (RIAL, artigo 239, § 1°) ou de
andamento de ação contra Deputado denunciado por crime ocorrido
após a diplomação (CE, artigo 14, § 3º), deliberação sobre a prisão de
Deputado em caso de flagrante de crime inafiançável (RIAL, artigo 259)
e reconhecimento de estado de calamidade pública (RIAL, artigo 259-A)
são propostos pelas Comissões competentes.
Nos casos de indicação de Conselheiros do Tribunal de Contas do
Estado, são de autoria exclusiva da Mesa (RIAL, artigo 250).
Fundamentos
Sua utilização é prevista na CF (artigo 59, VI), na CE (artigos 21,
IV, e 27) e no RIAL (artigos 133, I, “d”, e 145, “caput” e § 2º).
Ademais, o RIAL regula expressamente sua utilização nos artigos:
31, XI; 33, II, “d”; 33-A, II; 34-C, I; 35-C, § 2º; 120, § 3º, 3; 147 a 153; 236,
§ 3º; 239, § 1º; 250, “caput” e § 1º; 259, “caput” e § 3º; e 259-A, “caput” e
§§ 2º e 6º.
São matérias típicas de PDL as mencionadas na CE, nos artigos 14,
§§ 2º e 3º, 32 e 33, § 1º, bem como em diversos incisos do artigo 20 (por
exemplo, os incisos VI, VII, IX, X, XI, XII, XXIII e XXVI), que delimita
a competência exclusiva da ALESP.
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 43
Observações especiais
Cabe à Comissão de mérito competente a deliberação conclusiva
sobre o PDL a que se refere o artigo 239 do RIAL (RIAL, artigo 33,
II, “d”). Dessa deliberação se admite recurso ao Plenário, desde que
assinado por um décimo dos membros da Assembleia e apresentado em
até três sessões, após a publicação do parecer da Comissão (RIAL, artigo
33, § 1º).
O PDL obedece a processo legislativo especial em alguns casos, como
os de:
• intervenção nos Municípios (RIAL, artigo 141, III);
• indicação dos Conselheiros do Tribunal de Contas e seus
substitutos (RIAL, artigo 142, II);
• julgamento das contas do Governador (RIAL, artigos 142, VII,
e 236, § 4º); e
• suspensão, no todo ou em parte, da execução de qualquer ato,
deliberação ou regulamento declarado inconstitucional pelo
Poder Judiciário (RIAL, artigo 142, VIII).
Ver também a Parte III deste manual (“PARECERES:
MODELOS”).
44 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 45
Definição
É a proposição com a finalidade de regular, com eficácia de lei
ordinária, matéria de competência exclusiva da ALESP, de caráter
político, processual, legislativo ou administrativo, ou quando deva a
Assembleia pronunciar-se em casos concretos, tais como:
• perda de mandato de Deputada ou Deputado;
• qualquer matéria de natureza regimental;
• todo e qualquer assunto de sua economia interna, que não se
compreenda nos limites de simples ato administrativo, a cujo
respeito se proverá regulamento dos seus serviços.
Assim sendo, o PR é adequado, inclusive, para reformar, alterar
ou substituir o RIAL, ou, ainda, para criar ou extinguir cargos no Quadro
da Secretaria da ALESP.
Uma vez aprovado, o PR se torna uma resolução, que é promulgada
pela Mesa e publicada no Diário da Assembleia Legislativa, passando então
a produzir efeitos internos, isto é, efeitos na esfera do Poder Legislativo.
Aliás, a resolução difere do decreto legislativo pela seguinte peculiaridade:
os efeitos produzidos por este são externos; os produzidos por aquela,
internos.
Autoria
A iniciativa de projetos de resolução cabe, nos termos da Constituição
e do RIAL, à Mesa, às Comissões ou às Deputadas e Deputados (RIAL,
artigo 146, I, II e III).
A proposição de iniciativa de Deputada ou Deputado poderá ser
apresentada individual ou coletivamente (RIAL, artigo 136).
Fundamentos
CF, artigo 59, VII.
CE, artigos 20, II, III e XX; 21, V; e 27.
RIAL, artigos 133, I, “e”; 145, §3º; 147 a 153; e 266.
Observações especiais
A elaboração, a redação, a alteração e a consolidação de resoluções
obedecem a regras análogas às fixadas para as leis (CE, artigo 27).
Todavia, convém notar uma diferença importante entre os
projetos de lei e os projetos de resolução: a promulgação dos primeiros
46 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
48 Manual de Elaboração Legislativa
6. Indicação
Definição
Proposição pela qual são sugeridas aos Poderes do Estado ou da
União medidas de interesse público que não caibam em projeto ou moção
de iniciativa da ALESP.
Autoria
Pode ser apresentada por um ou mais Deputados ou por Comissão
(RIAL, artigo 136).
Fundamentos
RIAL, artigos 133, II, e 159 a 161.
Observações especiais
A indicação é sempre dirigida ao Chefe do Poder responsável
pela medida sugerida. Este, por sua vez, a remeterá ao agente ou órgão
competente (Secretarias, por exemplo). Convém elaborar uma indicação
para cada medida proposta, pois assim o Chefe de Poder que a receber
terá mais facilidadade para remetê-la ao agente ou órgão competente.
Entretanto, não há inconveniente em reunir, numa única indicação, diversas
sugestões que tratem de um mesmo assunto.
Ver, no item 8 desta parte, o quadro comparativo de moção e
indicação.
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 49
MODELO A
INDICAÇÃO Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
MODELO B
INDICAÇÃO Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
50 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO C
INDICAÇÃO Nº , DE
JUSTIFICATIVA
7. Moção
Definição
Proposição em que é sugerida a manifestação da ALESP sobre
determinado assunto, apelando, aplaudindo ou protestando.
Autoria
Pode ser apresentada por um ou mais Deputados ou por Comissão
(RIAL, artigo 136).
Fundamentos
RIAL, artigos 31, I; 33, II e §§ 1º e 2º; 133, I, “f”; e 154 a 158.
Observações especiais
Não cabe moção nos seguintes casos (RIAL, artigo 158):
• quando de apoio, aplauso ou solidariedade aos poderes da União,
dos Estados e dos Municípios;
• quando o objetivo por ela visado possa ser atingido mediante
indicação;
• quando o assunto nela versado seja apenas de interesse municipal
ou local.
MODELO A
MOÇÃO Nº , DE
Deputado(a)
MODELO B
MOÇÃO Nº , DE
Deputado(a)
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 53
8. Moção e indicação:
quadro comparativo
Moção Indicação
9. Emendas
Definição
Emenda é proposição acessória, apresentada com a finalidade de
alterar a principal. As emendas são aditivas, supressivas, modificativas,
substitutivas ou aglutinativas.
Emenda aditiva é a que faz acréscimo à proposição principal
(RIAL, artigo 172, § 1º).
Emenda supressiva é a que erradica parte da proposição principal
(RIAL, artigo 172, § 2º).
Emenda modificativa é a que altera em parte a proposição principal
sem a modificar substancialmente (RIAL, artigo 172, § 3º).
Emenda substitutiva, ou substitutivo, é a apresentada como sucedânea
da proposição principal no seu todo (RIAL, artigo 172, § 4º).
Emenda aglutinativa é a que resulta da fusão de outras emendas ou
subemendas, ou destas com o texto, por transação tendente à aproximação
dos respectivos objetos (RIAL, artigo 172, § 5º).
Há, ainda, a subemenda, isto é, “a emenda apresentada a outra” (José
Afonso da Silva, Processo constitucional de formação das leis, 2ª ed., São
Paulo, Malheiros, 2007, p. 193). A subemenda só pode ser apresentada por
Comissão em seu parecer, e classifica-se, por sua vez, em substitutiva, aditiva,
supressiva ou modificativa (RIAL, artigo 173).
Autoria
Pode ser apresentada por:
• um ou mais Deputados (RIAL, artigo 136);
• Comissão, nos termos do RIAL, artigo 175, “caput” e III.
Após o início da discussão de uma propositura, emendas só podem
ser apresentadas se tiverem o apoiamento de pelo menos um quinto dos
membros da ALESP (19 Deputados) e forem comunicadas ao Plenário
(RIAL, artigo 175, “caput” e II).
Depois do encerramento da discussão e antes do início da votação,
podem ser apresentadas emendas aglutinativas, desde que subscritas por dois
terços dos membros da ALESP (63 Deputados) ou por líderes que representem
esse número. Nesta hipótese, a Deputada ou o Deputado individualmente ou os
líderes poderão subscrever somente uma emenda (RIAL, artigo 175, “caput”,
IV).
No caso específico de PEC, só se admitem emendas na fase de Pauta,
exigindo-se que seja subscrita pela terça parte dos membros da ALESP, ou
seja, 32 Deputados (RIAL, artigos 252, I, e 253, §§ 1º e 2º).
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 55
Fundamentos
CF, artigo 63.
CE, artigo 24, § 5º.
RIAL, artigos 14, I, “b” e “c”; 15; 52; 53; 71, § 1º, 2; 122, IV e V; 133, I,
“h”; 135, VII; 148; 151, §§ 1º, 2º e 3º; 156; 171 a 175; 178, IV, V e VI; 193; 201,
p.u.; 203, § 7º; 209, “caput” e §§ 1º e 2º; 216; 218; 220; 243, § 1º; 246, §§ 2º, 3º
e 7º; 247; 253, §§ 1º, 2º e 3º; 258; 259-B, §§ 1º, 2º, 4º, 5º, 7º e 8º; e 259-C, §§
2º e 3º (de todos estes dispositivos, merecem destaque os artigos 171 a 175,
que compõem o Capítulo VI do RIAL, intitulado “Das Emendas”).
Observações especiais
As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias ou ao
projeto de lei do orçamento anual obedecem adicionalmente:
• à CF, artigo 166, §§ 2º, 3º e 4º;
• à CE, artigo 175;
• à Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei
de Responsabilidade Fiscal).
Tais emendas, especialmente as que tendem a modificar os anexos,
exigem formatação especial e podem demandar cálculos de valores. Se
acrescentarem despesas, devem, no corpo da própria emenda, indicar os
recursos correspondentes, a serem obtidos exclusivamente pela anulação
total ou parcial de outras despesas já previstas na proposição. Para sua
elaboração, há disponível, na rede de computadores da Casa, o Sistema
Integrado do Ciclo Orçamentário (SCO).
56 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO A
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 57
MODELO B
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
58 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO C
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 59
MODELO D
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
60 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO E
“PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 61
9.5. Subemenda
MODELO F
PARECER Nº , DE
(...)
Relator(a)
62 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO G
JUSTIFICATIVA
1
A título de exemplo, o modelo deste item aglutinou as emendas dadas como modelo nos
itens 9.1 (Modelo A) e 9.3 e a subemenda dada como modelo no item 9.5.
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 63
10. Requerimentos
Definição
Proposições que encerram petições, de acordo com formalidades
constitucionais e regimentais. São regulados pelo Capítulo V do Título V
do RIAL (artigos 162 a 170).
Podem ser verbais ou escritos, individuais ou coletivos, sujeitos ao
despacho do Presidente ou dependentes de deliberação em Plenário ou nas
Comissões.
Este manual tratará mais detalhadamente apenas dos requerimentos
escritos cuja redação exige formatação especial. São eles os requerimentos de:
10.1. informação;
10.2. constituição de Comissão Parlamentar de Inquérito;
10.3. constituição de Comissão Especial;
10.4. constituição de Comissão de Representação;
10.5. convocação de Secretários de Estado, dirigentes públicos e
privados, Procurador-Geral do Estado e Procurador-Geral de Justiça;
10.6. congratulações ou pesar;
10.7. licença;
10.8. inclusão de proposição na Ordem do Dia;
10.9. retirada de proposição;
10.10. tramitação de urgência.
64 Manual de Elaboração Legislativa
Definição
Proposição principal que visa a requisitar informações dos Secretários
de Estado, dirigentes, diretores e superintendentes de órgãos da administração
pública indireta e fundacional, do Procurador-Geral de Justiça, dos Reitores
das universidades públicas estaduais e dos diretores de Agência Reguladora
sobre assunto relacionado com sua pasta ou instituição, importando crime de
responsabilidade não só a recusa ou o não atendimento, no prazo de trinta
dias, bem como o fornecimento de informações falsas (CE, artigo 20, XVI).
É também o instrumento apropriado para obter informações
do Governador do Estado, sobre atos de sua competência privativa,
e do Presidente do Tribunal de Justiça, sobre questões de natureza
eminentemente administrativa (CE, artigo 20, XXIV).
Esse tipo de proposição pode, ainda, ser usado para requisitar
ao Presidente do Tribunal de Contas informações sobre problemas
de eminente caráter administrativo, com fundamento no artigo 32 da
Constituição Estadual.
Autoria
Pode ser apresentado por um ou mais Deputados (RIAL, artigo 136).
Pode também ser apresentado por Comissão Permanente ou CPI (RIAL,
artigos 31, IV e XIV, e 34-B, II).
Fundamentos
CE, artigos 20, XVI e XXIV; 32; e 52, §§ 1º, 2º e 3º.
Lei nº 4.595, de 18 de junho de 1985, artigo 9º, II e §§ 1º, 2º, 3º e 4º.
RIAL, artigos 14, p.u., 9; 31, IV e XIV; 34-B, II; 133, III; 166; e 167.
Observações especiais
No RInf, o corpo da proposição ou sua parte principal são as questões
formuladas. Aquele a quem se formulam as questões é denominado, em
regra, requerido. Todavia, se aquele a quem se dirigem as questões for o
Governador do Estado, ele recebe a denominação de solicitado.
Importante também é definir, precisa e corretamente, a autoridade e
o órgão responsáveis pela matéria ou problema a cujo respeito se pretende
obter informações.
O RInf tem um preâmbulo padrão, no qual variam apenas os
dispositivos legais e regimentais citados e a autoridade requerida (ou
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 65
MODELO A
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 67
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
68 Manual de Elaboração Legislativa
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº , DE
JUSTIFICATIVA
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Definição
Proposição principal que visa a constituir Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI), com poderes de investigação próprios das autoridades judiciais,
além de outros previstos em lei e no RIAL, para apuração de fato determinado,
por prazo certo e com indicação do número de seus componentes.
Autoria
Exige a assinatura de um terço dos membros da ALESP, ou seja, 32
Deputados (RIAL, artigo 34, “caput” e § 1º).
Fundamentos
CE, artigo 13, § 2º.
Lei nº 11.124, de 10 de abril de 2002, que disciplina a atuação das
Comissões Parlamentares de Inquérito.
RIAL, artigos 18, III, “f”, e 34, “caput” e § 1º.
Observações especiais
Protocolizado por um terço dos membros da Assembleia, o Presidente
ordenará a numeração e publicação do requerimento. Em seguida, se
preenchidos os requisitos constitucionais, o Presidente, mediante Ato, criará a
CPI e, ato contínuo, solicitará aos Líderes a indicação dos respectivos membros
dos Partidos para, nomeando-os, constituir a Comissão. Caso contrário, com as
razões do indeferimento, devolverá o requerimento ao seu primeiro signatário,
que poderá, no prazo de 5 sessões, recorrer ao Plenário, ouvida a Comissão de
Constituição, Justiça e Redação. Provido o recurso pelo Plenário, a CPI será
constituída (RIAL, artigo 34, §§ 1º e 2º).
O Presidente da Assembleia Legislativa deve publicar requerimento
de CPI, no prazo máximo de 2 sessões, quando assinado por, no mínimo,
um terço dos membros da Assembleia (RIAL, artigo 18, III, “f”).
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 71
MODELO
REQUERIMENTO Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Assinam 32 Deputados
72 Manual de Elaboração Legislativa
Definição
Proposição principal que visa a constituir Comissão Especial, que
tem por finalidade a análise de matéria relevante não prevista dentre as de
competência exclusiva das Comissões Permanentes.
Autoria
Não há nenhuma disposição específica a respeito da matéria no
RIAL, de modo que, por analogia, entende-se que o requerimento poderá
ser apresentado por qualquer Deputado ou Comissão.
Fundamentos
RIAL, artigos 35-A a 35-D.
Observações especiais
Este tipo de requerimento deverá definir o objeto dos trabalhos, o
número de membros e o prazo de funcionamento. O prazo não será superior
a 120 dias, prorrogáveis até a metade.
Aprovado o requerimento, a Comissão será constituída por ato da
Mesa, depois de indicados os seus membros pelos Partidos. Não sendo
instalada no prazo de 10 dias, poderá ser declarada extinta. Considera-se
instalada a Comissão que elege seu Presidente e seu Vice-Presidente.
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 73
MODELO
REQUERIMENTO Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
74 Manual de Elaboração Legislativa
Definição
Proposição principal que visa a constituir Comissão de
Representação, com a finalidade de representar a Assembleia em atos
externos.
Autoria
Será constituída pela Mesa ou a requerimento de 15 Parlamentares,
com aprovação do Plenário (RIAL, artigo 35, “caput”).
Fundamentos
RIAL, artigos 35; 90, § 1°, 1, e § 2º; e 169, I.
Observações especiais
A nomeação dos respectivos membros compete ao Presidente
da Assembleia e assegurará, tanto quanto possível, a representação
proporcional dos Partidos (RIAL, artigo 35, parágrafo único).
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 75
MODELO
REQUERIMENTO Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Assinam 15 Deputados
76 Manual de Elaboração Legislativa
Definição
Proposição principal que visa a convocar Secretários de Estado,
dirigentes, diretores e superintendentes de órgãos da administração pública
indireta e fundacional e Reitores de universidades públicas estaduais,
Procurador-Geral de Justiça, Procurador-Geral do Estado e o Defensor
Público-Geral para prestar informações sobre assuntos previamente
determinados, seja nas sessões das Comissões, seja nas do Plenário.
Autoria
Pode ser apresentado por um ou mais Deputados (RIAL, artigo 136).
Pode também ser apresentado por Comissão, assinado pela maioria
de seus membros.
Fundamentos
CE, artigos 13, § 1º, 2, 3 e 4; e 20, XIV e XV.
RIAL, artigos 31, V, VI e VII; 142, IV; 170, IV; e 268 a 273.
Observações especiais
O requerimento de convocação deverá indicar, além da autoridade a
ser convocada, o objeto da convocação, ficando a critério do convocado a
escolha, dentro do prazo de 30 dias, salvo deliberação do Plenário, do dia
e da hora da sessão em que comparecerá.
Caso a convocação seja feita por Comissão, após a aprovação
do requerimento em uma de suas sessões, seu Presidente convocará a
autoridade mediante ofício.
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 77
MODELO A (COMPARECIMENTO
EM REUNIÃO DE COMISSÃO)
REQUERIMENTO Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Observação
Esse tipo de requerimento deve ser protocolizado na Comissão.
No modelo A, o requerimento foi, exemplificativamente, fundamen-
tado no item 2 do § 1º do artigo 13 da CE. Mas, conforme o caso, o
fundamento do requerimento poderá ser o item 3 ou o 4 do mesmo
dispositivo constitucional.
78 Manual de Elaboração Legislativa
REQUERIMENTO Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Observação
No modelo B, o requerimento foi, exemplificativamente, fundamen-
tado no inciso XIV do artigo 20 da CE, combinado com o inciso IV
do artigo 170 e o artigo 268 do RIAL (convocação de Secretário de
Estado). Porém, conforme o caso, o fundamento do requerimento
poderá ser apenas o inciso XIV ou o inciso XV do artigo 20 da CE.
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 79
Definição
Proposição principal que solicita:
• voto de aplauso, regozijo, louvor ou congratulações por ato
público ou acontecimento de alta significação, desde que
não implique apoio ou solidariedade aos Governos Federal,
Estaduais e Municipais (requerimento de congratulações);
• manifestação por motivo de luto nacional ou de pesar por
falecimento de autoridade ou alta personalidade (requerimento
de pesar).
Autoria
Pode ser apresentado por um ou mais Deputados (RIAL, artigo
136).
Fundamentos
Os requerimentos de congratulações e de pesar são previstos,
respectivamente, nos incisos VIII e IX do artigo 165 do RIAL.
Observações especiais
Não se pode manifestar apoio ou solidariedade aos Governos
Federal, Estaduais ou Municipais, nem a acontecimentos de significação
eminentemente privada.
Caso o autor o requeira, será dada ciência a autoridades, ao
homenageado ou aos familiares da pessoa falecida, por meio de ofício.
Esta parte do requerimento não é publicada no Diário da Assembleia.
80 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO A (CONGRATULAÇÕES)
REQUERIMENTO Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 81
MODELO B (CONGRATULAÇÕES)
REQUERIMENTO Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
82 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO C (PESAR)
REQUERIMENTO Nº , DE
Ou:
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 83
Definição
Petição formal e escrita de autorização para que uma Deputada
ou um Deputado se licencie, por período transitório e determinado, com
a finalidade de desempenhar missão diplomática ou cultural de caráter
transitório, tratar da saúde, ou tratar de interesse particular (CE, artigo 17,
II; RIAL, artigo 84, “caput” e incisos).
As Deputadas ainda poderão obter licença-gestante de até
120 dias (CF, artigo 7º, XVIII; RIAL, artigo 84, § 1º) e os Deputados,
licença-paternidade de 5 dias (CF, artigo 7º, XIX; Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, artigo 10, § 1º).
Autoria
A própria Deputada ou o próprio Deputado que pretenda licenciar-se.
Fundamentos
CF, artigo 7º, XVIII, e ADCT, artigo 10, § 1º.
CE, artigo 17, II.
RIAL, artigos 84 a 87.
Observações especiais
A licença depende de requerimento fundamentado, dirigido ao
Presidente da Assembleia e lido na primeira sessão após o seu recebimento
(RIAL, artigo 84, § 3º). Será concedida pelo Presidente da Assembleia,
exceto quando tratar de desempenho de missão diplomática ou cultural de
caráter transitório, caso em que sua concessão será submetida ao Plenário
(RIAL, artigo 84, § 2º). Neste caso, é necessário anexar ao requerimento
o convite, oficial e dirigido ao interessado na licença, da entidade que
promove ou patrocina o evento.
Licença para tratamento de saúde só será deferida quando o pedido
for instruído com atestado médico (RIAL, artigo 86).
Para afastar-se do território nacional por período superior a
15 dias, a Deputada ou Deputado deverá dar prévia ciência à Assembleia, sendo
considerado licenciado nos termos do inciso III do artigo 84 do RIAL, a menos
que requeira licença fundada em outro inciso do mesmo artigo (RIAL, artigo
87).
84 Manual de Elaboração Legislativa
REQUERIMENTO
Deputado(a)
REQUERIMENTO
Requeiro, nos termos do artigo 84, III, combinado com o artigo 87, do Re-
gimento Interno, licença para, no período de [data inicial] a [data final], tratar de
interesse particular.
Registro que viajarei para o exterior e que as despesas decorrentes da via-
gem não importarão ônus ao Poder Legislativo.
Deputado(a)
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 85
MODELO C
(LICENÇA PARA DEMPENHAR MISSÃO CULTURAL
OU DIPLOMÁTICA DE CARÁTER TRANSITÓRIO)
REQUERIMENTO
Deputado(a)
MODELO D (LICENÇA-GESTANTE)
REQUERIMENTO
Deputada
86 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO E (LICENÇA-PATERNIDADE)
REQUERIMENTO
Deputado
Parte II - Espécies de Proposições: Modelos 87
Definição
Proposição acessória que visa a incluir na Ordem do Dia, para
deliberação do Plenário, proposição principal (projeto de lei, moção etc.)
que se encontre em condições regimentais de nela figurar (RIAL, artigo
121, combinado com o artigo 138), isto é, cuja fase de instrução já se tenha
completado.
Autoria
Pode ser apresentado por um ou mais Deputados (RIAL, artigo 136).
Fundamentos
RIAL, artigos 165, VI; 121; e 138.
MODELO
REQUERIMENTO Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
88 Manual de Elaboração Legislativa
Definição
Proposição acessória que se destina a retirar uma proposição de
tramitação.
Autoria
Pode ser apresentado pelo Deputado autor da proposição que
se pretende retirar e, no caso de proposições de Comissão, apenas pelo
respectivo Presidente ou Relator, com a anuência da maioria de seus
membros (RIAL, artigos 169, IV, e 176).
Fundamentos
RIAL, artigos 165, VII; 169, IV; e 176.
Observações Especiais
O autor poderá solicitar, em todas as fases da elaboração legislativa,
a retirada de qualquer proposição, cabendo ao Presidente deferir o pedido
quando ainda não houver parecer ou este lhe for contrário (RIAL, artigo 176,
“caput”). Se a proposição tiver parecer favorável de uma Comissão, embora
o tenha contrário de outra, caberá ao Plenário decidir do pedido de retirada
(RIAL, artigo 176, § 1º). As proposições de Comissão só poderão ser retiradas
a requerimento do Relator ou do respectivo Presidente, num e noutro caso
com anuência da maioria dos seus membros (RIAL, artigo 176, § 2º). Não
serão recebidos pela Mesa pedidos de retirada que não venham devidamente
justificados, no corpo do próprio requerimento (RIAL, artigo 176, § 3º).
Antes de requerer retirada de uma proposição, recomenda-se
consultar o SPL e verificar o seu andamento.
MODELO
REQUERIMENTO
Definição
Proposição acessória que visa a alterar o regime de tramitação de
proposições de ordinária para de urgência.
Autoria
A concessão de urgência, nos casos sujeitos à deliberação do
Plenário, dependerá de requerimento escrito, cuja autoria será: da Mesa ou
de Comissão, quando se tratar de proposição de sua iniciativa; de Líder,
quando se tratar de proposição que tenha por autor membro de sua Bancada
ou ex-Parlamentar que a ela tenha pertencido; do autor da proposição mais
15 Parlamentares; de um terço, no mínimo, dos membros da ALESP, ou
seja, 32 Deputados (RIAL, artigo 226, “caput” e incisos).
Fundamentos
RIAL, artigos 141; 170, II; e 225 a 229.
MODELO
REQUERIMENTO
JUSTIFICATIVA
Parte III:
Pareceres:
Modelos
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
DO ESTADO DE SÃO PAULO
94 Manual de Elaboração Legislativa
Parte III - Pareceres: Modelos 95
1
Juridicidade é a conformidade do projeto de lei ao direito como um todo. Dizemos
que uma matéria é jurídica, ou possui juridicidade, se sua forma e conteúdo estão em
consonância com a Constituição, as leis, os princípios jurídicos, a jurisprudência e os
costumes. É a ideia nuclear da justiça, indicando o direito em sua unidade orgânica. Caso
não haja tal conformidade, a matéria é considerada injurídica ou antijurídica.
Parte III - Pareceres: Modelos 97
2
Embora os artigos 3° e 5° da Lei n° 4.595, de 1985, utilizem a expressão “empresas estatais”
para a obrigatoriedade de encaminhamento da documentação ali arrolada, é inegável que
102 Manual de Elaboração Legislativa
tal fiscalização abrange também as fundações e autarquias. No caso das fundações, a Lei
n° 5.318, de 1986, foi expressa nesse sentido, acrescentando o artigo 7-A à Lei n° 4.595,
de 1985. Quanto às autarquias, entende-se que o poder de fiscalização constitucionalmente
conferido à Assembleia Legislativa obriga o hermeneuta a realizar uma interpretação
teleológica acerca daqueles artigos, sujeitando as autarquias àquelas exigências, no que
couber. Esse entendimento já foi esposado pela Procuradoria desta Assembleia Legislativa,
em seu parecer referente ao Processo RGL n° 3789, de 2002: “(...) muito embora se possa
considerar imprópria a terminologia empregada pelo legislador por ocasião da redação dos
artigos 3° a 7° da lei, não há como afastar a extensão de sua aplicabilidade às autarquias,
no que for compatível com a natureza jurídica destas entidades, na medida em que o
aventado diploma legal buscou regulamentar a fiscalização exercida pela Assembleia
Legislativa sobre todos os atos de gestão administrativa do Poder Executivo, inclusive os
da Administração Indireta, que, indubitavelmente, abarca as autarquias. O próprio artigo
2° da lei reforça tal conclusão, ao expressamente incluir as autarquias enquanto entes da
Administração Indireta passíveis de fiscalização”.
Parte III - Pareceres: Modelos 103
3. Modelos de pareceres
PARECER N° , DE
Relator(a)
106 Manual de Elaboração Legislativa
PARECER N° , DE
EMENDA
Portanto, somos favoráveis ao Projeto de Lei n°..., de ..., com a emenda ora
apresentada.
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 107
PARECER N° , DE
SUBEMENDA
PARECER N° , DE
Relator(a) Especial
Parte III - Pareceres: Modelos 109
PARECER N° , DE
SUBSTITUTIVO
Artigo 1° – ...
Artigo 2º – ...”
Relator(a)
110 Manual de Elaboração Legislativa
Senhor Presidente:
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 111
Senhor Presidente,
Relator(a)
112 Manual de Elaboração Legislativa
COMISSÃO DE ...
PROJETO DE LEI N° ..., DE ...
AUTOR: Deputado(a) ...
OBJETO: ...
Senhor Presidente,
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 113
PARECER N° , DE
Relator(a) Especial
114 Manual de Elaboração Legislativa
PARECER Nº , DE
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 115
PARECER Nº , DE
VOTO EM SEPARADO
AO PROJETO DE LEI Nº ..., DE ...
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO
Deputado(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 117
VOTO VENCEDOR
Deputado(a)
118 Manual de Elaboração Legislativa
VOTO VENCEDOR
Deputado(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 119
PARECER Nº , DE
Relator(a)
120 Manual de Elaboração Legislativa
PARECER Nº DE
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 121
PARECER Nº , DE
Artigo 1º – ...
Artigo 2º – ...
Artigo 3º – ...”
Relator(a)
122 Manual de Elaboração Legislativa
PARECER Nº , DE
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 123
PARECER Nº , DE
OU
Ante o exposto, naquilo que nos compete analisar, somos favoráveis à apro-
vação do Projeto de Lei nº ... e da emenda n,º 1 e contrários à emenda apresentada
pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação.
OU
Ante o exposto, naquilo que nos compete analisar, somos favoráveis à
aprovação do Projeto de Lei nº ..., com a emenda apresentada pela Comissão de
Constituição, Justiça e Redação, e contrários à emenda nº 1.
OU
Ante o exposto, naquilo que nos compete analisar, somos favoráveis à apro-
124 Manual de Elaboração Legislativa
OU
Ante o exposto, naquilo que nos compete analisar, somos contrários à apro-
vação do Projeto de Lei nº ..., da emenda nº 1, bem como da emenda apresentada
pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação.
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 125
PARECER Nº , DE
Relator(a)
126 Manual de Elaboração Legislativa
PARECER Nº , DE
SUBSTITUTIVO
Isto posto, somos pela aprovação da Moção nº ..., de ..., na forma do subs-
titutivo ora apresentado.
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 127
PARECER Nº , DE
Relator(a)
128 Manual de Elaboração Legislativa
PARECER Nº , DE
“REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO
1. ...?
2. ...?
JUSTIFICATIVA
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 129
PARECER Nº , DE
“INDICAÇÃO N° , DE
Relator(a)
130 Manual de Elaboração Legislativa
PARECER Nº , DE
“MOÇÃO N° , DE
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 131
PARECER Nº , DE
“PROJETO DE LEI N° , DE
Artigo 1° – ...
Artigo 2° – ...”
Relator(a)
132 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO – RATIFICAÇÃO
PARECER N° , DE
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 133
PARECER Nº DE
Relator(a)
134 Manual de Elaboração Legislativa
PARECER N° , DE
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 135
PARECER No , DE
Relator(a)
136 Manual de Elaboração Legislativa
PARECER N° , DE
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 137
PARECER Nº , DE
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 139
PARECER Nº , DE
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 141
PARECER Nº , DE
Relator(a)
142 Manual de Elaboração Legislativa
PARECER Nº , DE
Relator(a)
144 Manual de Elaboração Legislativa
Senhor Presidente:
Relator(a)
146 Manual de Elaboração Legislativa
PARECER Nº , DE
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 147
Senhor Presidente:
Relator(a)
148 Manual de Elaboração Legislativa
Senhor Presidente:
Relator(a)
Parte III - Pareceres: Modelos 149
PARECER Nº , DE
“Artigo 14 – (...)
§ 3º - Recebida a denúncia contra Deputado, por crime ocorrido após a
diplomação, o Tribunal de Justiça dará ciência à Assembleia Legislativa, que, por
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus
membros, poderá, até decisão final, sustar o andamento da ação.”
Desta forma, por possuir representação nesta Casa, o Partido ... atende
150 Manual de Elaboração Legislativa
ao disposto acima, fato que lhe confere legitimidade para solicitar a sustação do
processo crime de que ora se cogita.
Assinale-se, ainda, que, a teor do disposto na norma constitucional retro-
transcrita, esta Assembleia Legislativa está autorizada a examinar os fatos delitu-
osos imputados ao(à) Deputado(a) ..., uma vez que ocorreram após a sua diploma-
ção, e, por consequência, encontra-se apta a considerar a conveniência ou não em
se sustar a tramitação do respectivo processo crime.
Após estas considerações preliminares, passamos a examinar o mérito da
questão.
No caso em tela ...
Em vista das razões acima expostas, somos favoráveis à sustação do trâ-
mite do processo criminal movido contra o(a) Deputado(a) ..., razão pela qual
propomos à apreciação dos nobres pares o seguinte
Artigo 1º – Fica sustado o Processo nº ..., movido por ... em face do(a)
Deputado(a) Estadual ..., que tramita perante o Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo.
Relator(a)
Anexos 151
Anexos
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
DO ESTADO DE SÃO PAULO
152 Manual de Elaboração Legislativa
Anexo I 153
ANEXO I
Projeto de Lei
Definição
Para os efeitos deste manual, define-se projeto de lei de
denominação como projeto de lei ordinária que visa especificamente
à atribuição de um nome a determinado prédio, rodovia ou repartição
pública estadual.
Bens municipais, federais ou privados não podem ser denominados
por leis estaduais.
Fundamentos
Além dos requisitos regimentais comuns, os projetos de
lei de denominação exigem cuidados e providências específicos,
especialmente os da Lei nº 14.707, de 8 de março de 2012, que dispõe
sobre a denominação de prédios, rodovias e repartições públicas
estaduais.
A referida lei (artigo 1º, I) permite a atribuição de nomes de
personalidades nacionais ou estrangeiras aos próprios estaduais, desde que
a proposta seja acompanhada de:
Observações finais
Este manual também apresenta modelos de projetos de lei de
denominação de ambulatórios médicos de especialidades (modelo L) e
delegacias de polícia (modelo M).
Parecer
Cota (modelo P)
Na falta de algum documento que deva instruir a proposição, o Relator
deverá requerer de seu autor, por meio de cota, as informações faltantes.
Modelos
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
160 Manual de Elaboração Legislativa
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Anexo I 161
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
162 Manual de Elaboração Legislativa
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Anexo I 163
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
164 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO F (RODOVIA)
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Anexo I 165
PROJETO DE LEI Nº , DE
OU
Denomina “Maria da Silva” o trecho da Rodovia
SP 111 compreendido entre as Rodovias SP 222 e SP
333.
OU
Denomina “José da Silva” o trecho da Rodovia SP
222 compreendido entre Ourissanga e Boa Ventura.
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Anexo I 167
MODELO H (ACESSO)
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
168 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO I (DISPOSITIVO)
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Anexo I 169
MODELO J (VIADUTO)
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
170 Manual de Elaboração Legislativa
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Anexo I 171
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
172 Manual de Elaboração Legislativa
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Anexo I 173
MODELO N
PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E
REDAÇÃO sobre projeto de denominção
PARECER Nº , DE
Relator(a)
174 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO O
PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E
REDAÇÃO sobre projeto de denominação de escola
PARECER Nº , DE
Relator(a)
Anexo I 175
MODELO P
COTA DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO,
JUSTIÇA E REDAÇÃO – Denominação de Próprio Público
Senhor Presidente:
Relator(a)
176 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO Q
PARECER DE COMISSÃO DE MÉRITO sobre projeto de lei de
denominação de estabelecimentos e próprios públicos
PARECER Nº , DE
Relator(a)
Anexo II 177
ANEXO II
Projeto de Lei
Definição
Projeto de lei ordinária que visa a declarar determinada organização
não governamental como sendo de utilidade pública, de modo que ela possa
participar de convênios, programas e projetos governamentais do Estado.
Fundamentos
Além dos requisitos regimentais comuns a todas as leis ordinárias,
os projetos de declaração de utilidade pública exigem cuidados e
providências específicos, pois as entidades devem se enquadrar nos
requisitos exigidos pelas seguintes leis:
• Lei nº 9.994, de 20 de dezembro de 1967, que dispõe sobre
denominação de instituições de amparo à infância;
• Lei nº 2.574, de 4 de dezembro de 1980, que estabelece normas
para declaração de utilidade pública.
Podem ser declaradas de utilidade pública as sociedades civis,
as associações e as fundações constituídas do País com o fim exclusivo
de servir desinteressadamente à coletividade, desde que preencham os
requisitos elencados no artigo 1º da Lei nº 2.574, de 1980, com alterações
posteriores.
REQUISITOS
PREVISTOS NO ART. 1º DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS
DA LEI Nº 2.574/80
INCISO V
Exercício de atividades
de ensino ou de pesquisas
científicas, de cultura, in-
clusive artísticas, filantró- Relatório circunstanciado, com assinatura do pre-
picas ou assistenciais de sidente da entidade, referente aos três anos imedia-
caráter beneficente, carita- tamente anteriores à apresentação da proposição,
tivo, ou religioso, não cir- demonstrando o exercício de atividades dentro de
cunscritas ao âmbito de de- suas finalidades, prestando informações como o
terminada sociedade civil número de beneficiados, trabalhos frequentemente
ou comercial, comprovadas realizados, como os de ensino, pesquisa científica
mediante apresentação de ou cultura (inclusive os trabalhos artísticos), os fi-
relatório circunstanciado, lantrópicos ou assistenciais etc.
referente aos 3 (três) anos
imediatamente anteriores à
formulação da proposição.
INCISO VII
Original ou cópia autenticada da publicação, pela
Publicação, pela imprensa,
imprensa, do demonstrativo da receita obtida e
do demonstrativo da receita
da despesa realizada no exercício anterior ao do
obtida e da despesa realizada
pedido.
no período anterior.
Observações especiais
Os atestados e declarações listados acima devem ser atuais e podem
ser passados:
• conjuntamente, num único documento, como no modelo E; ou
• em documentos separados, que podem ser subscritos por
diferentes autoridades públicas locais.
São consideradas autoridades locais Prefeito, Delegado de Polícia,
Juiz de Direito, Promotor de Justiça e Vereador. Os respectivos atestados
devem possuir firma reconhecida ou ser emitidos em papel timbrado do
órgão ao qual pertence o declarante.
Não se aplica o disposto na Lei nº 8.263, de 24 de março de 1993
(dispensa de autenticação de cópia xerográfica) por não se tratar de processo
administrativo e sim de processo legislativo.
Mesmo que ao projeto tenha sido apensado outro para fins de
instrução, faz-se necessária a atualização ou complementação dos
documentos nele constantes.
Não serão aceitas cópias de planos de trabalho no lugar de relatórios
circunstanciados com as atividades efetivamente realizadas.
Quanto ao demonstrativo financeiro, não será aceita cópia do
recorte do jornal ou de apenas parte da página. Se for cópia autenticada,
deverá reproduzir integralmente a página do jornal. Importa ressaltar que
esse demonstrativo financeiro (receita x despesa) não se confunde com o
balanço patrimonial da entidade (ativos e passivos), não podendo ser aceito
este último em substituição àquele primeiro.
O atestado de idoneidade moral não se confunde com o atestado de
antecedentes criminais, não podendo ser aceito o segundo em substituição
ao primeiro.
Não serão declaradas de utilidade pública as entidades que atendam
exclusivamente a seus sócios e respectivos dependentes (artigo 2º da Lei nº
2.574, de 4 de dezembro de 1980).
Conforme, ainda, dispõe o artigo 1º da Lei nº 9.994, de 20 de dezembro
de 1967, não poderão ser declaradas de utilidade pública as instituições
Anexo II 181
Parecer
Nos termos do artigo 31, § 1º, item 6, do RIAL, o projeto que versar sobre
declaração de utilidade pública será distribuído à Comissão de Constituição,
Justiça e Redação, que, após se manifestar em todos os aspectos, inclusive
no de mérito, deliberará conclusivamente sobre a referida proposição (RIAL,
artigo 33, inciso II, alínea “a”) (modelo F). Dessa deliberação se admite
recurso ao Plenário, desde que assinado por um décimo dos membros da
Assembleia e apresentado em até três sessões, após a publicação do parecer
da Comissão (RIAL, artigo 33, II, “a”, e § 1º).
Constatando a ausência de documento que prove qualquer dos requisitos
exigidos por lei, o Relator poderá, mediante cota, solicitar o envio da proposição
a seu autor, a fim de que este providencie a juntada da documentação necessária
(modelo G). Observe-se que, neste caso, o Relator não emite qualquer juízo de
valor, limitando-se a requerer a juntada dos documentos destinados à instrução
do projeto, sem os quais se torna impossível externar sua manifestação.
182 Manual de Elaboração Legislativa
Modelos
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
184 Manual de Elaboração Legislativa
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Anexo II 185
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
186 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO D (APAE)
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Anexo II 187
MODELO E
ATESTADO
1) ____________________________ – Presidente;
2) ____________________________ – Vice-Presidente;
3) ____________________________ – 1º Secretário;
4) ____________________________ – 2º Secretário;
5) ____________________________ – 1º Tesoureiro;
6) ____________________________ – 2º Tesoureiro.2
________________________________________________
(Assinatura da autoridade pública local)
1
Este parágrafo também pode ser redigido de acordo com o seguinte modelo:
“ATESTO, para os devidos fins, que a _________________________, com sede social
na Rua _________________, está em pleno funcionamento, cumprindo suas finalidades
estatutárias, sem fins lucrativos, desde (ano) .”
2
Esta lista é exemplificativa e pode variar de uma entidade para outra. O importante é que nela
constem todos os cargos de direção e seus respectivos ocupantes em exercício, escolhidos na
conformidade do estatuto e da ata da assembleia de eleição da diretoria atual.
188 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO F
PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E
REDAÇÃO sobre projeto de utilidade pública
PARECER Nº , DE
Relator(a)
190 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO G
COTA DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E
REDAÇÃO – Declaração de Utilidade Pública
Senhor Presidente:
Relator(a)
192 Manual de Elaboração Legislativa
ANEXO III
Projeto de Lei
Definição
Projeto de lei ordinária que visa especificamente à inclusão de
determinado evento no Calendário Turístico do Estado.
No Calendário Turístico poderão figurar todas as festas folclóricas,
religiosas, históricas, culturais, artísticas, agropecuárias, industriais ou
esportivas, desde que representem efetivo interesse turístico local ou regional.
Fundamentos
Não há lei que estabeleça requisitos especiais para que determinado
evento possa ser incluído no Calendário Turístico, ou que exija a juntada
de documentos, relativos ao evento, ao respectivo projeto de lei. Os
fundamentos são os da lei ordinária.
Observações especiais
É extremamente importante que, antes da apresentação do PL, se
verifique o nome correto do evento de que se tratará. Assim, por exemplo,
em relação às festas de peão de boiadeiro: algumas adotam a forma “Festa
de Peão Boiadeiro”; outras, “Festa de Peão de Boiadeiro”.
Da mesma forma, deve-se apurar a época da realização do evento,
para indicá-la corretamente no PL. A respeito desse tópico, cabe assinalar
que a forma habitualmente adotada para expressá-la é “que se realiza,
anualmente, no mês de (...)”. Nada impede, porém, que tal indicação seja
mais específica (ex.: “que se realiza, anualmente, na primeira quinzena de
outubro”, ou “que se realiza, anualmente, no primeiro fim de semana do
mês de maio”) ou mais genérica (ex.: “que se realiza, anualmente, no
primeiro semestre”).
Antes de apresentar o PL incluindo determinado evento no
Calendário Turístico, é aconselhável verificar se tal evento já não é objeto
de lei em vigor ou de projeto em tramitação.
Anexo III 193
Parecer
Observações finais
Este manual apresenta os seguintes modelos: projetos de lei de
inclusão de evento no calendário turístico (modelos A e B) e parecer da
Comissão de mérito (modelo C).
194 Manual de Elaboração Legislativa
Modelos
MODELO A
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Anexo III 195
MODELO B
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
196 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO C
PARECER DE COMISSÃO DE MÉRITO sobre projeto de lei de
inclusão de evento no calendário turístico
PARECER Nº , DE
Relator(a)
Anexo IV 197
ANEXO IV
Projeto de Lei
Definição
Projeto de lei ordinária que visa especificamente à instituição de
dia, semana, mês ou outro período em que se comemorarão ou celebrarão
as realizações de um determinado evento, pessoa ou entidade.
Fundamentos
Não há lei que estabeleça requisitos especiais para instituição de
data comemorativa. Logo, os fundamentos são os da lei ordinária.
Observações especiais
Antes de apresentar projeto de lei que vise à instituição de
determinada data comemorativa, é aconselhável verificar se ela já não é
objeto de lei em vigor ou de projeto em tramitação na Casa.
Saliente-se, também, que a instituição de data comemorativa não
significa, de modo algum, a instituição de feriado estadual ou, menos
ainda, municipal.
As normas gerais para a instituição de feriados se encontram na
Lei Federal nº 9.093, de 12 de setembro de 1995. De acordo com essa lei:
são feriados civis os declarados em lei federal, a data magna do Estado
fixada em lei estadual e, finalmente, os dias do início e do término do ano
do centenário de fundação do Município, fixados em lei municipal (artigo
1º, incisos I, II e III, este último acrescido pela Lei Federal nº 9.935, de 10
de dezembro de 1996); e, ainda, são feriados religiosos os dias de guarda,
declarados em lei municipal, de acordo com a tradição local e em número
não superior a quatro, neste incluída a Sexta-Feira da Paixão (artigo 2º).
A Lei Estadual nº 9.497, de 5 de março de 1997, institui como feriado
civil o dia 9 de julho, data magna do Estado, nos termos do artigo 1º, inciso
II, da Lei Federal nº 9.093, de 1995.
Parecer
admite recurso ao Plenário, desde que assinado por um décimo dos membros
da Assembleia e apresentado em até três sessões, após a publicação do
parecer da Comissão (RIAL, artigo 33, II, “c”, e § 1º).
Todavia, as proposituras que contenham obrigações ao Poder
Executivo (consubstanciadas na existência ou necessidade de inclusão de
cláusula financeira), terão deliberação pelo Plenário, após instrução feita
pelas Comissões.
Observações finais
Este manual apresenta os seguintes modelos: projeto de lei de
instituição de data comemorativa (modelo A), projeto de lei de instituição
de semana comemorativa (modelo B) e parecer (modelo C) da Comissão
de mérito sobre projeto de lei de instituição de data comemorativa.
Anexo IV 199
Modelos
MODELO A
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Anexo IV 201
MODELO B
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
202 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO C
PARECER DE COMISSÃO DE MÉRITO sobre projeto de lei de
instituição de data comemorativa
PARECER Nº , DE
Relator(a)
Anexo V 203
ANEXO V
Projeto de Lei
Definição
Projeto de lei ordinária que visa, especificamente, à classificação de
um determinado Município que atenda a requisitos legais e regulamentares
como Estância Turística ou Município de Interesse Turístico.
Fundamentos
Além dos requisitos regimentais comuns a todos os projetos de lei
ordinária, uma proposição que objetive a classificação de Município em
Estância Turística ou Município de Interesse Turístico deve atender às
seguintes normas jurídicas:
• CE, artigos 23, p.u., 18, e 146, com nova redação, dada pela
Emenda Constitucional nº 40, de 9 de abril de 2015;
• Lei nº 6.470, de 15 de junho de 1989, que autoriza o Poder Executivo
a extinguir a entidade autárquica Fomento de Urbanização e
Melhoria das Estâncias – FUMEST e dá outras providências;
Observações especiais
Todas as Estâncias, independentemente da sua natureza ou vocação,
serão classificadas por lei como Estâncias Turísticas (Lei Complementar nº
1.261, de 29 de abril de 2015, artigo 1º, parágrafo único). Assim, os Mu-
nicípios classificados por lei como Estâncias Balneárias, Hidrominerais,
Climáticas e Turísticas passam a ser classificados como Estâncias Turís-
ticas, sem prejuízo da utilização da terminologia anteriormente adotada,
para efeito de divulgação dos seus principais atrativos, produtos e peculia-
ridades (Lei Complementar nº 1.261, de 2015, artigo 7º).
A classificação de Municípios Turísticos, assim considerados as Es-
tâncias e os Municípios de Interesse Turístico, deve ser feita por lei estadual,
observadas as condições e os requisitos mínimos estabelecidos na Lei Com-
plementar nº 1.261, de 2015. Nos artigos 2º e 4º da referida lei complementar,
encontram-se, respectivamente, condições indispensáveis e cumulativas para a
classificação de Município como Estância Turística e condições indispensáveis
e cumulativas para a classificação de Município como de Interesse Turístico.
O artigo 3º acrescenta ao rol do artigo 2º mais uma condição indispensável e
cumulativa para a classificação de Município como Estância Turística. A tabe-
la seguinte esquematiza as exigências dos artigos 2º, 3º e 4º da Lei Comple-
mentar nº 1.261, de 2015.
Anexo V 205
Condições indispensáveis e
Condições indispensáveis e
cumulativas para a classificação
cumulativas para a classificação de
de Município como de Interesse
Município como Estância Turística
Turístico
(...).”.1
1
Para facilitar a leitura da tabela, são reproduzidos abaixo os dispositivos da Lei
Complementar nº 1.261, de 2015, nela citados:
“Artigo 2º – São condições indispensáveis e cumulativas para a classificação de Município
como Estância Turística:
(...)
II - possuir expressivos atrativos turísticos de uso público e caráter permanente, naturais,
culturais ou artificiais, que identifiquem a sua vocação voltada para algum ou alguns
dos segmentos abaixo relacionados, sintetizados no Anexo I desta lei complementar:
208 Manual de Elaboração Legislativa
Parecer
a) Turismo Social;
b) Ecoturismo;
c) Turismo Cultural;
d) Turismo Religioso;
e) Turismo de Estudos e de Intercâmbio;
f) Turismo de Esportes;
g) Turismo de Pesca;
h) Turismo Náutico;
i) Turismo de Aventura;
j) Turismo de Sol e Praia;
k) Turismo de Negócios e Eventos;
l) Turismo Rural;
m) Turismo de Saúde;
III - dispor, no mínimo, dos seguintes equipamentos e serviços turísticos: meios de
hospedagem, serviços de alimentação, serviços de informação e receptivo turísticos;
IV - dispor de infraestrutura de apoio turístico, como acesso adequado aos atrativos, serviços
de transporte, de comunicação, de segurança e de atendimento médico emergencial, bem
como sinalização indicativa de atrativos turísticos adequada aos padrões internacionais;
V - dispor de infraestrutura básica capaz de atender às populações fixas e flutuantes no que se
refere a abastecimento de água potável, sistema de coleta e tratamento de esgotos sanitários
e gestão de resíduos sólidos;
(...).
(...)
Artigo 4º - São condições indispensáveis e cumulativas para a classificação de Município
como de Interesse Turístico:
(...)
II - dispor de serviço médico emergencial e, no mínimo, dos seguintes equipamentos e
serviços turísticos: meios de hospedagem no local ou na região, serviços de alimentação e
serviço de informação turística;
III - dispor de infraestrutura básica capaz de atender às populações fixas e flutuantes no que
se refere a abastecimento de água potável e coleta de resíduos sólidos;
(...).”.
Anexo V 209
MODELO A
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
Anexo V 211
MODELO B
PROJETO DE LEI Nº , DE
JUSTIFICATIVA
Deputado(a)
212 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO C
PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA
E REDAÇÃO sobre projeto de lei que classifica Município como
Estância Turística
PARECER Nº , DE
Relator(a)
Anexo V 215
MODELO D
COTA DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E
REDAÇÃO solicitando documentos em projeto de lei que classifica
Município como Estância Turística
Senhor Presidente:
Relator(a)
Anexo V 217
MODELO E
COTA DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E
REDAÇÃO solicitando manifestação da Secretaria de Turismo sobre
projeto de lei que classifica Município como Estância Turística
Senhor Presidente:
Relator(a)
Anexo V 219
MODELO F
PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E
REDAÇÃO sobre projeto de lei que classifica Município como de
Interesse Turístico
PARECER Nº , DE
Relator(a)
222 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO G
COTA DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E
REDAÇÃO solicitando documentos em projeto de lei que classifica
Município como de Interesse Turístico
Senhor Presidente:
Relator(a)
224 Manual de Elaboração Legislativa
MODELO H
COTA DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E
REDAÇÃO solicitando manifestação da Secretaria de Turismo sobre
projeto de lei que classifica Município como de Interesse Turístico
Senhor Presidente:
Relator(a)