Lei #963-2014 - Código de Ética e Disciplina Dos Militares de Roraima - Cedmrr (PMRR)
Lei #963-2014 - Código de Ética e Disciplina Dos Militares de Roraima - Cedmrr (PMRR)
Lei #963-2014 - Código de Ética e Disciplina Dos Militares de Roraima - Cedmrr (PMRR)
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
Seção I
Hierarquia Militar
Art. 5º A Hierarquia Militar é a ordenação progressiva da autoridade, em níveis diferentes,
decorrente da obediência dentro das estruturas da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros
Militar, alcançando seu grau máximo no Governador do Estado, que é o Comandante
Supremo de ambas as Corporações.
§1º Posto é o grau hierárquico dos Oficiais, correspondente ao respectivo cargo, conferido
por ato do Governador do Estado e atestado em carta patente.
§2º Graduação é o grau hierárquico das Praças, correspondente ao respectivo cargo,
conferido pelos Comandantes-Gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar.
Art. 6º A Ordenação da Autoridade se faz por postos e graduações, de acordo com o
escalonamento hierárquico, a antiguidade e a precedência funcional.
Art. 7º A ordenação dos postos e graduações, em relação à antiguidade e precedência, se
faz conforme preceitua o Estatuto dos Militares do Estado de Roraima.
Seção II
Disciplina Militar
Art. 8º A Disciplina Militar é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis,
regulamentos, normas e disposições, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por
parte de todos e de cada um dos componentes das instituições militares.
§1º São manifestações essenciais de disciplina, dentre outras:
I - a correção de atitudes;
II - a obediência pronta às ordens dos superiores hierárquicos;
III - a dedicação integral ao serviço;
IV - a colaboração espontânea à disciplina coletiva e à eficiência das Instituições;
V - a consciência das responsabilidades;
VI - a rigorosa observância das prescrições regulamentares.
§2º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos permanentemente pelos
militares na ativa e na inatividade.
Seção III
Obediência às Ordens
Art. 9º As ordens devem ser prontamente obedecidas, desde que não manifestamente
ilegais.
§1º Cabe ao militar estadual a responsabilidade pelas ordens que der e pelas
consequências que delas advierem.
§2º Cabe ao subordinado, ao receber uma ordem, solicitar os esclarecimentos necessários
ao seu total entendimento e compreensão.
§3º Cabe ao militar estadual, que exorbitar ou se omitir no cumprimento de ordem recebida,
a responsabilidade pelos excessos e abusos que cometer ou pelo que deixou de fazer.
§4º Se a violação da disciplina é provocada por terceiro, este, se for militar, responderá pela
transgressão disciplinar.
CAPÍTULO III
DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO
Seção I
Comando
Art. 10. Comando é a soma de autoridade, deveres e responsabilidades que o militar
estadual é investido legalmente, quando conduz homens ou dirige uma Organização Militar.
§1º O Comando é vinculado ao grau hierárquico e constitui prerrogativa impessoal, na qual
se define e se caracteriza como chefe.
§2º Equipara-se a comandante, para efeito de aplicação desta lei, toda autoridade militar
com função de direção e chefia.
Seção II
Subordinação
Art. 11. A subordinação não afeta, de modo algum, a dignidade pessoal do militar estadual e
decorre, exclusivamente, das estruturas hierarquizadas da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar.
Seção III
Oficiais
Art. 12. Os Oficiais são preparados, ao longo da carreira, para o exercício do comando, da
chefia e da direção das Organizações Militares.
Seção IV
Subtenentes e Sargentos
Art. 13. Os Subtenentes e Sargentos auxiliam ou complementam as atividades dos Oficiais
no adestramento e emprego de meios, na instrução, na administração e na operacionalidade
da Instituição.
Parágrafo único. No exercício das atividades mencionadas neste artigo e no comando de
elementos subordinados, os Subtenentes e Sargentos deverão impor-se pela lealdade, pelo
exemplo e pela capacidade profissional e técnica, incumbindo-lhes assegurar a observância
minuciosa e ininterrupta das ordens, das regras do serviço e das normas operativas pelas
Praças que lhes estiverem diretamente subordinadas e a manutenção da coesão e da moral
em todas as circunstâncias.
Seção V
Cabos e Soldados
Art. 14. Os Cabos e Soldados devem ser empregados, prioritariamente, na execução das
atividades operacionais, pautando-se pelo conhecimento das normas necessárias à
realização dos serviços e das missões que lhes forem atribuídas.
TÍTULO II
DA DEONTOLOGIA MILITAR
CAPÍTULO I
DO VALOR MILITAR
Seção I
Deontologia
Art. 15. A Deontologia Militar é constituída pelos valores e deveres éticos traduzidos em
normas de conduta, que se impõem para que o exercício das profissões dos militares
estaduais atinjam plenamente os ideais de realização do bem comum, mediante a
preservação da ordem pública.
Parágrafo único. A Deontologia Militar reúne valores úteis, lógicos e razoáveis destinados a
elevar a profissão dos militares do Estado de Roraima à condição de missão.
Seção II
Camaradagem
Art. 16. A camaradagem é indispensável ao convívio dos militares, devendo-se preservar as
melhores relações sociais entre eles.
Parágrafo único. Cabe a todos os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
Militar incentivarem e manterem a harmonia e a solidariedade entre si.
Seção III
Civilidade
Art. 17. A civilidade é parte da educação militar e, como tal, de interesse vital para a
disciplina consciente, devendo o superior tratar os subordinados com consideração e justiça,
em contrapartida, o subordinado é obrigado a todas as provas de respeito e deferência para
com seus superiores, em conformidade com a legislação vigente.
Parágrafo único. As demonstrações de camaradagem, cortesia e consideração, são
essenciais entre os militares estaduais, devendo ser extensivas aos militares das Forças
Armadas e aos policiais e bombeiros militares de outras corporações.
Seção IV
Valores Militares
Art. 18. São atributos inerentes à conduta do militar estadual, que se consubstanciam em
valores:
I– respeito à dignidade humana;
II – primazia pela liberdade, justiça e solidariedade;
III – promoção do bem-estar social sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade,
religião e quaisquer outras formas de discriminação;
POLÍCIA MILITAR DE RORAIMA - PMRR
Av. Capitão Ene Garcez, 1769, Mecejana - Boa Vista – RR, CEP 69.304-000
Este texto não substitui o original publicado no DOE/RR
GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA
POLÍCIA MILITAR DE RORAIMA - PMRR
"Amazônia: Patrimônio dos Brasileiros"
§5º A dignidade para com o cargo é a observância aos preceitos morais e éticos
vinculados à conduta do militar.
§6º A compatibilidade para com o cargo é a habilitação do militar estadual ao exercício
funcional decorrente da não aplicação do seu preparo técnico-profissional por ineficiência ou
inaptidão técnica, causando prejuízo ao interesse público.
CAPÍTULO II
DA ÉTICA MILITAR
Seção I
Dos Preceitos Fundamentais
Subseção I
Preceitos éticos
Art. 20. O sentimento do dever, o pundonor militar e o decoro da classe impõem a cada um
dos integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar a conduta moral e
profissional irrepreensíveis, com observância dos seguintes preceitos da ética militar:
I – cultuar os símbolos e as tradições da Pátria, do Estado de Roraima e das Instituições
Militares Estaduais e zelar por sua inviolabilidade;
II – preservar a natureza e o meio ambiente;
III – servir à comunidade, procurando, no exercício da suprema missão de preservar a
ordem pública, promover, sempre, o bem-estar comum, dentro da estrita observância das
normas jurídicas e das disposições desta Lei;
IV – atuar com devotamento ao interesse público, colocando-o acima dos anseios
particulares;
V – atuar de forma disciplinada e disciplinadora, com respeito mútuo entre superiores e
subordinados, e preocupação com a integridade física, moral e psíquica dos militares
estaduais, envidando esforços para bem encaminhar a solução dos problemas
apresentados;
VI – ser justo na apreciação de atos e méritos dos subordinados;
VII – cumprir e fazer cumprir, dentro de suas atribuições legalmente definidas, a
Constituição, as leis e as ordens legais das autoridades competentes, exercendo suas
atividades com responsabilidade, incutindo-a em seus subordinados;
VIII – estar sempre preparado para as missões que desempenhe;
IX – exercer as funções com integridade, probidade e equilíbrio, segundo os princípios
que regem a Administração Pública, não sujeitando o cumprimento do dever a influências
indevidas;
X– procurar manter boas relações com outras categorias profissionais, conhecendo e
respeitando-lhes os limites de competência;
XI – ser fiel na vida militar, cumprindo os compromissos relacionados às suas
atribuições de agente público;
XII – manter ânimo forte e fé na missão militar, mesmo diante das dificuldades,
demonstrando persistência no trabalho para solucioná-las;
XIII – manter ambiente de harmonia e camaradagem na vida profissional, solidarizando-
se nas dificuldades que estejam ao seu alcance, minimizando e evitando comentários
depreciativos e/ou desairosos sobre os componentes das instituições militares;
XIV – não pleitear para si, por meio de terceiros, cargo ou função que esteja sendo
exercido por outro militar do Estado;
XV – conduzir-se de modo não subserviente, sem ferir os princípios de respeito e decoro;
XVI – abster-se do uso do Posto, Graduação ou função para obter facilidades pessoais de
qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
XVII – prestar assistência moral e material à família;
XVIII – considerar a verdade, a legalidade e a responsabilidade como fundamentos de
dignidade pessoal;
XIX – exercer a profissão sem discriminações ou restrições de ordem religiosa, política,
racial, de condição social, de gênero ou qualquer outra de caráter discriminatório;
XX – atuar com prudência nas ocorrências;
XXI – respeitar a integridade física, moral e psíquica da pessoa do preso ou de quem
esteja sob custódia;
XXII – não solicitar ou provocar publicidade visando à promoção pessoal;
XXIII – observar os direitos e garantias fundamentais, agindo com isenção, equidade e
absoluto respeito pelo ser humano, não usando sua condição de autoridade pública para a
prática de arbitrariedade ou tratamento descortês;
XXIV – exercer a função pública com honestidade, não aceitando vantagens de qualquer
espécie;
XXV – não usar meio ilícito na produção de trabalho intelectual ou em avaliação
profissional, inclusive no âmbito do ensino militar;
XXVI – não abusar dos meios do Estado postos à sua disposição, nem distribuí-los a quem
quer que seja, em detrimento dos fins da Administração Pública, coibindo ainda a
transferência, para fins particulares, de tecnologia própria das funções militares;
XXVII – atuar com eficiência e probidade, zelando pela economia e conservação dos bens
públicos cuja utilização lhe for confiada;
XXVIII – proteger as pessoas, o patrimônio e o meio ambiente com abnegação e
desprendimento pessoal;
XXIX – zelar pelo preparo moral, intelectual e físico próprio e dos subordinados, tendo em
vista o cumprimento da missão comum;
XXX – praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de
cooperação;
XXXI – ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;
Art. 27. O Governador do Estado é competente para aplicar todas as sanções disciplinares
previstas nesta Lei, após o devido processo legal, aos militares estaduais ativos e aos da
reserva remunerada, cabendo às demais autoridades as seguintes competências:
I– ao Comandante-Geral: todas as sanções disciplinares a militares estaduais ativos e
inativos de sua Corporação, exceto ao Chefe da Casa Militar da Governadoria, até os limites
máximos previstos nesta Lei, excluindo-se a demissão e a reforma administrativa disciplinar
de Oficiais;
II – ao Chefe da Casa Militar da Governadoria: as sanções disciplinares de Advertência,
de Repreensão, de Permanência Disciplinar e Detenção Disciplinar a militares estaduais sob
o seu comando, até os limites máximos estabelecidos nesta Lei;
§2º Todas as sanções disciplinares previstas nesta lei só poderão ser aplicadas após a
observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa.
CAPÍTULO II
Do Procedimento Disciplinar
Seção I
Da Comunicação Disciplinar
Art. 28. Todo militar que tiver conhecimento de um fato contrário à disciplina deverá
comunicá-lo ao seu chefe imediato, por escrito, no prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis,
contados da observação ou do conhecimento do fato.
Seção III
Da Representação
Art. 30. A Representação é o instrumento, normalmente redigido sob forma de
requerimento, interposto por militar estadual que se considere vítima de abuso por parte de
autoridade funcionalmente superior que, no exercício de suas funções, atente contra direito
legalmente garantido.
Art. 31. A interposição de Representação deve ser dirigida à Corregedoria, ser feita
individualmente, tratando de casos específicos, cingir-se aos fatos que a motivaram e
fundamentar-se em argumentos e indícios de provas.
Seção IV
Atenuantes
Art. 38. São circunstâncias atenuantes:
I– bom comportamento;
II – relevância de serviços prestados;
III – ter sido cometida a transgressão disciplinar para evitar mal maior;
IV – ter sido cometida a transgressão disciplinar em defesa própria, de seus direitos ou de
outrem, desde que não constitua causa de justificação;
V– falta de capacitação técnica;
VI – ter sido a transgressão disciplinar praticada em decorrência da falta de melhores
esclarecimentos, quando da emissão da ordem, ou de falta de meios adequados para o seu
cumprimento, com obrigatoriedade da comprovação de tais circunstâncias;
VII – ter o agente confessado espontaneamente a autoria da transgressão disciplinar,
quando esta for ignorada ou imputada a outrem;
VIII – por motivo de relevante valor social ou moral;
IX – ter o transgressor procurado diminuir as consequências da transgressão disciplinar,
antes da punição, reparando os danos causados.
Seção V
Agravantes
Art. 39. São circunstâncias agravantes:
I– mau comportamento;
II – prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões disciplinares;
III – reincidência específica da transgressão;
IV – conluio de duas ou mais pessoas;
V– a prática de transgressão durante a execução do serviço;
VI – ser cometida a transgressão em presença de subordinado;
VII – ter abusado o transgressor de sua autoridade hierárquica ou funcional;
VIII – a prática da transgressão com premeditação;
IX – a prática de transgressão em presença de tropa;
X– a prática da transgressão em presença de público;
XI – para satisfazer interesse pessoal ou de terceiros;
XII – para acobertar erro próprio ou de outrem;
XIII – com o fim de obstruir ou dificultar apuração administrativa, policial ou judicial, ou o
esclarecimento da verdade.
XLI – retardar, deixar de cumprir no prazo legal, qualquer procedimento apuratório do qual
seja encarregado, inclusive em comissões, sem apresentar motivos que o justifique;
XLII – afastar-se do serviço para o qual tenha sido designado;
XLIII – deixar o comandante da guarda, o permanência ou o sentinela de cumprir as
prescrições regulamentares com respeito à entrada ou à permanência de civis ou militares
estranhos ao serviço na OM;
XLIV – deixar o Oficial ou Aspirante-a-Oficial, tão logo seus afazeres o permitam, de
apresentar-se ao Oficial de maior posto, ou ao seu substituto legal, da OM onde serve, para
cumprimentá-lo ou por ocasião da passagem do serviço, salvo ordem ou instrução em
contrário;
XLV – deixar o subordinado, quer uniformizado ou não, de cumprimentar superior,
uniformizado ou não, desde que o conheça;
XLVI – deixar o Praça, tão logo seus afazeres o permitam, de apresentar-se ao seu
comandante ou chefe imediato.
§3º SÃO TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES DE NATUREZA GRAVE:
I – agredir física, moral ou psicologicamente preso sob sua guarda ou permitir que outros
o façam;
II – desconsiderar os direitos constitucionais da pessoa no ato da prisão;
III – soltar preso ou dispensar pessoas detidas em ocorrência, sem ordem de autoridade
competente;
IV – usar de força desnecessária no atendimento de ocorrência ou no ato de efetuar prisão;
V – descumprir, retardar ou prejudicar medidas ou ações de ordem judicial, administrativa
ou judiciária de que esteja investido ou que deva promover;
VI – desrespeitar, desconsiderar ou ofender a dignidade da pessoa humana por meio de
palavras, atos ou gestos, no atendimento de ocorrência ou em outras situações;
VII – receber ou permitir que seu subordinado receba, em razão da função pública, qualquer
vantagem;
VIII – violar ou deixar de preservar local de crime quando de serviço ou fora dele;
IX – transportar pessoal ou material, em qualquer meio de transporte, pertencente à
Administração Pública, sem autorização da autoridade competente;
X– abandonar o serviço para o qual tenha sido designado ou recusar-se a executá-lo na
forma determinada;
XI – deixar de encaminhar ou retardar à autoridade competente, no mais curto prazo, e
pela via hierárquica, documento ou processo que receber se não for de sua alçada a
solução;
XII – deixar de punir transgressor da disciplina;
XIII – dormir em serviço, salvo quando autorizado;
XIV – entrar, sair, ou tentar fazê-lo, em OM, com ou sem tropa, não dispondo de prévia
autorização da autoridade competente;
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Av. Capitão Ene Garcez, 1769, Mecejana - Boa Vista – RR, CEP 69.304-000
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Parágrafo único. A sanção de que trata o caput aplica-se às faltas de natureza Leve e
Média.
Subseção III
Permanência Disciplinar
Art. 45. A Permanência Disciplinar consiste no cerceamento da liberdade do punido, o qual
deve permanecer nas dependências das unidades militares, sem que fique, no entanto,
confinado.
§1º O punido comparecerá a todos os atos de instrução e serviços.
§2º Em casos especiais, a critério da autoridade que aplicou, o militar poderá cumprir a
Permanência Disciplinar em sua residência.
Subseção IV
Detenção Disciplinar
Art. 46. A Detenção Disciplinar consiste na retenção do militar, no âmbito de sua
Organização Militar, sem participar de quaisquer serviços ou atividades.
§1º Os dias em que o militar permanecer detido disciplinarmente não contarão como tempo
arregimentado.
§2º A Detenção Disciplinar somente poderá ser aplicada no cometimento de transgressão
disciplinar de natureza Grave.
§3º Quando a Organização Militar não dispuser de instalações apropriadas para aplicação
da detenção, cabe à autoridade que aplicou a punição solicitar ao escalão superior local
apropriado para o cumprimento.
§4º Os militares estaduais em cumprimento de Detenção Disciplinar devem ficar separados
dos presos da Justiça Militar e da Justiça Comum.
§5º A Detenção Disciplinar poderá ser cumprida sem prejuízo da instrução, sendo esta
condição publicada em Boletim Geral da Corporação.
Subseção V
Reforma Administrativa Disciplinar
Art. 47. A Reforma Administrativa Disciplinar consiste na passagem do militar estadual em
atividade para a inatividade, em vista da constatação da falta de condições para o
desempenho das suas funções no serviço ativo.
§1º A Reforma Administrativa Disciplinar será aplicada após a conclusão do Conselho de
Justificação ou Conselho de Disciplina, respectivamente:
I –ao Oficial, quando determinada pelo tribunal competente, que o considerará incapaz de
permanecer no serviço ativo, nos termos da legislação vigente;
II –à Praça com estabilidade, julgada sem condições para o desempenho das funções
inerentes ao cargo, nos termos da legislação vigente.
§2º A Reforma Administrativa Disciplinar do militar é efetuada no grau hierárquico,
Graduação ou Posto que possuir na ativa e com proventos proporcionais ao seu tempo de
serviço.
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Subseção VI
Licenciamento e Exclusão a Bem da Disciplina
Art. 48. O Licenciamento e a Exclusão a Bem da Disciplina consistem no desligamento da
Praça das fileiras da Corporação, conforme legislação em vigor aplicável à espécie.
Subseção VII
Demissão
Art. 49. A Demissão decorre da declaração do tribunal competente sobre a indignidade ou
incompatibilidade com o Oficialato, implicando na perda do Posto e da patente do Oficial
julgado, sendo efetivada por ato do Governador, conforme legislação em vigor aplicável à
espécie.
CAPÍTULO II
DAS NORMAS PARA APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO DAS PUNIÇÕES
Seção I
Limite máximo da Permanência Disciplinar e de Detenção Disciplinar
Art. 50. As punições disciplinares de Permanência Disciplinar ou Detenção Disciplinar não
podem ultrapassar 30 (trinta) dias.
Seção II
Aplicação da punição
Art. 51. A aplicação da punição compreende uma descrição sumária, clara e precisa dos
fatos e circunstâncias que determinaram a transgressão, o enquadramento da punição e a
publicação em Boletim Geral da Corporação.
§1º O enquadramento é a caracterização da transgressão, detalhadamente relacionada com
o comportamento do transgressor e cumprimento da punição.
§2º No enquadramento devem ser necessariamente mencionados:
I– a identificação do procedimento administrativo disciplinar
II – a transgressão cometida, em termos precisos e sintéticos, e as tipificações das
normas transgredidas;
III – as circunstâncias atenuantes e/ou agravantes;
IV – a classificação da transgressão;
V– a punição imposta;
VI – a classificação do comportamento militar em que a Praça punida permaneça ou
ingresse;
VII – local do cumprimento da punição;
VIII – a data do início e do fim do cumprimento ou a determinação para posterior
cumprimento, se o punido estiver enfermo, afastado do serviço ou à disposição de outra
autoridade;
IX – se a punição será com prejuízo ou sem prejuízo da instrução.
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Seção IV
Impedimento do uso do armamento
Art. 64. O militar afastado da função, nos termos deste capítulo, poderá ser impedido do uso
do armamento pela autoridade competente, quando houver indícios suficientes que
recomendem tal medida.
Parágrafo único. A autoridade que motivadamente decidir pelo afastamento do militar da
função deverá determinar o local onde o mesmo cumprirá expediente.
Seção V
Conveniência da medida
Art. 65. A autoridade que decidir pela medida de Recolhimento Disciplinar Cautelar poderá
revogá-la se, no decorrer do procedimento, quando verificar a falta de motivo para que essa
medida subsista, bem como implementá-la novamente, se sobrevierem razões que a
justifiquem
CAPÍTULO IV
DA MODIFICAÇÃO E ANULAÇÃO DAS PUNIÇÕES
Seção I
Competência para Modificação das Punições
Art. 66. A modificação da aplicação de punição pode ser realizada pela autoridade que a
aplicou ou por outra, superior e competente, motivadamente, quando tiver conhecimento de
fatos que recomendem tal procedimento.
Parágrafo único. As modificações da aplicação de punição são:
I –conversão;
II –atenuação;
III – agravação;
IV –revisão.
Subseção I
Conversão
Art. 67. A pedido do transgressor, o cumprimento das Permanências Disciplinares, poderá,
a juízo da autoridade que aplicou a punição, devidamente motivada e publicada em Boletim
Geral da Corporação, ser convertido em prestação de serviço operacional, desde que:
I –não seja reincidente específico;
II –esteja, no mínimo, no comportamento “ótimo”;
III – não haja preponderância de agravantes na dosimetria da sanção disciplinar;
§1º A prestação de serviço operacional consiste na atribuição ao militar, de tarefa,
preferencialmente na atividade fim, fora de sua jornada habitual de trabalho, correspondente
a 01 (um) turno de serviço, não inferior a 08 (oito) horas e que não exceda a 12 (doze)
horas, sem remuneração extra.
§2º Ao militar que optou pela conversão será respeitado, em todo caso, o limite de, no
mínimo, 12 (doze) horas de descanso entre os serviços.
§3º O limite de tempo para a conversão prevista no caput deste artigo é de até 15 (quinze)
turnos.
§4º Na hipótese de conversão, a classificação do comportamento do militar será feita com
base na sanção originária.
§5º Considerar-se-á 01 (um) turno de prestação de serviço operacional equivalente ao
cumprimento de 02 (dois) dias de Permanência Disciplinar.
§6º O prazo para o encaminhamento do pedido de conversão será de 03 (três) dias,
contados da data de publicação da sanção correspondente.
§7º O pedido de conversão elide o recurso administrativo.
§8º Em caso de o fracionamento de turno, decorrente de punição imposta ser um número
impar de dias, será arredondado para menos.
Subseção II
Atenuação
Art. 68. A atenuação da punição consiste na diminuição ou transformação da punição
proposta ou aplicada em outra menos rigorosa, se assim exigir o interesse da disciplina e da
ação educativa do punido, respeitado os limites mínimos estabelecidos no artigo 53 desta
Lei.
Subseção III
Agravação
Art. 69. A agravação da punição consiste no aumento ou na transformação da punição
proposta ou aplicada em outra mais rigorosa, se assim exigir o interesse da disciplina,
respeitados os limites mínimos estabelecidos no artigo 53 desta Lei.
Parágrafo único. Não caberá agravamento da sanção em razão da interposição de recurso
disciplinar.
Subseção IV
Revisão
Art. 70. Caberá revisão, que será processada em autos apartados, dos processos findos,
exauridos os recursos administrativos admitidos, quando o interessado aduza fatos novos
capazes de elidir as razões que fundamentaram o ato punitivo.
§1º São autoridades competentes para decidir sobre o pedido de revisão:
I –o Governador do Estado, quando aplicou a punição disciplinar ou quando esta foi aplicada
pelo Comandante-Geral ou Chefe da Casa Militar da Governadoria;
II –o Comandante-Geral, quando a punição disciplinar tiver sido aplicada por seus
comandados.
§2º O direito à revisão prescreverá em 05 (cinco) anos.
§3º Não será admissível à reiteração do pedido de revisão, salvo se baseado em novas
provas ou novo fundamento.
§4º Decidindo procedente a revisão, poderá o Governador do Estado ou o Comandante-
Geral absolver o recorrente, alterar a classificação da transgressão da disciplina, modificar a
sanção disciplinar ou anular o processo administrativo, e, em hipótese alguma, poderá ser
agravada a sanção.
§5º Não haverá recurso contra decisão proferida em grau de revisão.
Seção II
Competência para Anulação das Punições
Art. 71. A anulação de punição é de competência do Comandante-Geral e do
Subcomandante-Geral, quando tiverem conhecimento de fatos que recomendem tal
procedimento.
Seção III
Anulação
Art. 72. A anulação de punição consiste em declarar, fundamentadamente, a ilegalidade da
punição disciplinar e do procedimento administrativo que a motivou e far-se-á no prazo
máximo de 05 (cinco) anos, a contar da publicação do ato em Boletim Geral da Corporação.
§1º A anulação, sendo concedida ainda durante o cumprimento da punição, importa em ser
o punido posto em liberdade imediatamente.
§2º A anulação da punição deve eliminar toda e qualquer anotação ou registro nas
alterações do militar, relativos à sua aplicação, devendo os assentamentos serem refeitos.
§3º A autoridade que tome conhecimento de comprovada ilegalidade na aplicação de
punição e não tenha competência para anulá-la deve, fundamentadamente, encaminhar a
documentação correspondente à autoridade competente.
TÍTULO III
DO COMPORTAMENTO
CAPÍTULO I
DA CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E MELHORIA DE COMPORTAMENTO
Seção I
Do Comportamento
Art. 73. O Comportamento militar das Praças espelha o seu procedimento profissional, sob
o ponto de vista disciplinar.
§1º A classificação e reclassificação do comportamento são de competência do
Comandante-Geral e dos Comandantes de OM, obedecido o disposto neste capítulo e,
necessariamente, publicadas em Boletim Geral da Corporação.
§2º Ao ser incluída na Instituição Militar, a Praça será classificada no comportamento
“BOM”.
Seção II
Espécies de comportamento
Art. 74. O comportamento disciplinar da Praça deve ser classificado em:
I –excepcional: quando, no período de 08 (oito) anos de efetivo serviço na Corporação
Militar, não tenha sofrido qualquer punição disciplinar;
II – ótimo: quando, no período de 04 (quatro) anos de efetivo serviço na Corporação Militar,
tenha sido punida com até uma Permanência Disciplinar ou o correspondente;
III – bom: quando, no período de 02 (dois) anos de efetivo serviço na Corporação Militar,
tenha sido punida com até duas Detenções Disciplinares ou o correspondente;
IV – insuficiente: quando, no período de 01 (um) ano de efetivo serviço na Corporação
Militar, tenha sido punida com até duas Detenções Disciplinares ou o correspondente;
V –mau: quando, no período de 01 (um) ano de efetivo serviço na Corporação Militar, tenha
sido punida com mais de duas Detenções Disciplinares ou o correspondente.
Seção III
Contagem Automática para Reclassificação
Art. 75. A contagem de tempo para mudança de comportamento é automática e inicia na
data em que se encerra o cumprimento da punição, observados os prazos previstos no
artigo anterior.
Seção IV
Equivalências de Comportamentos
Art. 76. Para efeito de classificação e reclassificação do comportamento disciplinar, ficam
estabelecidas as seguintes equivalências:
I –02 (duas) repreensões equivalem a 01 (uma) permanência disciplinar;
II –04 (quatro) repreensões equivalem a 01 (uma) detenção disciplinar;
III – 02 (duas) permanências disciplinares equivalem a 01 (uma) detenção disciplinar.
TÍTULO IV
CAPITULO I
DAS RECOMPENSAS
Seção I
Definição
Art. 77. As recompensas constituem reconhecimento dos bons serviços prestados por
militares.
Seção II
Espécies de recompensas
Art. 78. Além de outras previstas em leis e regulamentos, são recompensas militares:
I –elogio;
II –dispensas do serviço;
III – dispensa da revista do recolher e do pernoite nos centros de formação, para alunos dos
cursos de formação.
Seção III
Espécies de elogio
Art. 79. O elogio pode ser individual ou coletivo e poderá ser feito perante a tropa.
§1º O elogio individual, que coloca em relevo as qualidades morais e profissionais do militar,
somente poderá ser formulado a militares que se destacaram da coletividade no
desempenho de ato de serviço ou ação meritória, abordados os aspectos principais
referentes ao caráter, à coragem, ao desprendimento, ao compromisso e comprometimento,
à inteligência, às condutas civil e militar; referente às culturas profissionais em geral, à
capacidade como instrutor, à capacidade como comandante e como administrador ou à
capacidade física.
§2º O elogio coletivo visa reconhecer e ressaltar um grupo de militares ou fração de tropa ao
cumprir destacadamente uma determinada missão.
§3º Os elogios, individual e coletivo, deverão ser publicados em Boletim Geral da
Corporação.
§4º O elogio perante a tropa é procedido de maneira formal, e poderá ser feito durante as
reuniões, paradas, formaturas e afins.
§5º As observações positivas, individuais ou coletivas, elaboradas por autoridades ou
representantes da sociedade civil, serão registradas como elogio nos assentamentos do
militar se devidamente ratificadas pela autoridade militar competente.
Seção IV
Dispensas do Serviço
Art. 80. As dispensas do serviço como recompensa podem ser total ou parcial.
I –A dispensa total do serviço isenta o militar de todos os trabalhos da OM, inclusive de
instrução e expediente;
II –A dispensa parcial do serviço isenta o militar de alguns trabalhos, que devem ser
especificados na concessão.
§1º A dispensa total do serviço é concedida pelo prazo máximo de 08 (oito) dias, não
podendo ultrapassar o total de 16 (dezesseis) dias no decorrer de 01 (um) ano civil, e não
invalida o direito de férias.
§2º O ato administrativo que concede a dispensa do serviço, devidamente publicado, deverá
indicar o início e o término da dispensa.
Seção V
Dispensa da Revista do Recolher e do Pernoite
Art. 81. As dispensas da revista do recolher e do pernoite nos cursos de formação podem
ser incluídas em uma mesma concessão.
Parágrafo único. Essas dispensas não isentam o aluno do serviço ou instrução para o qual
esteja escalado ou deva comparecer.
Seção VI
Competência para Concessão
Art.82. São competentes para conceder as recompensas de que trata este capítulo às
autoridades especificadas nos incisos I ao VIII do art. 27 desta Lei.
§1º Para a concessão de dispensa total do serviço e expediente, serão observados os
limites de dias e competências seguintes:
I –até 08 (oito) dias, a competência será das autoridades previstas nos incisos I ao VI do art.
27 desta Lei;
II –até 05 (cinco) dias, a competência será das autoridades previstas no inciso VII do art. 27
desta Lei;
III – até 03 (três) dias, a competência será das autoridades previstas no inciso VIII do art. 27
desta Lei.
§2º O Comandante, ao verificar que o subordinado fará jus à dispensa como recompensa,
além dos limites de sua competência, deverá solicitar ao Comandante imediato a referida
concessão.
CAPÍTULO II
DO RECURSO DISCIPLINAR
Seção I
Interposição
Art. 83. Interpor, na esfera administrativa, recurso disciplinar é direito do militar que se sentir
prejudicado, ofendido ou injustiçado por qualquer ato ou decisão administrativa.
Art. 84. Da decisão que aplicar sanção disciplinar caberá recurso à autoridade superior, com
efeito suspensivo, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, contados a partir do primeiro dia útil
posterior ao da publicação do ato ou decisão administrativa.
Parágrafo único. Expirado esse prazo e não interposto nenhum recurso, a autoridade que
aplicou a sanção certificará o trânsito em julgado da decisão e adotará providências para o
cumprimento da sanção disciplinar.
Art. 85. O recurso disciplinar, encaminhado por intermédio da autoridade que aplicou a
sanção, será dirigido à autoridade imediatamente superior àquela, por meio de petição ou
requerimento, contendo os seguintes requisitos:
I – exposição do fato e do direito;
II – as razões do pedido de reforma da decisão.
Parágrafo único. Recebido o recurso disciplinar, a autoridade que aplicou a sanção poderá
reconsiderar a sua decisão, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, se entender procedente o
pedido, e, caso contrário, encaminhá-lo-á ao destinatário, instruído com os argumentos e
documentação necessários.
POLÍCIA MILITAR DE RORAIMA - PMRR
Av. Capitão Ene Garcez, 1769, Mecejana - Boa Vista – RR, CEP 69.304-000
Este texto não substitui o original publicado no DOE/RR
GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA
POLÍCIA MILITAR DE RORAIMA - PMRR
"Amazônia: Patrimônio dos Brasileiros"
Art. 86. A autoridade imediatamente superior proferirá decisão em 05 (cinco) dias úteis,
explicitando o fundamento legal, fático e a finalidade.
SeçãoII
Pressupostos
Art. 87. O recurso, para ser conhecido, deve conter os seguintes pressupostos:
I –legitimidade para recorrer;
II –a ocorrência de prejuízo em decisão disciplinar;
III – tempestividade.
SeçãoIII
Prazos para o Recurso
Art.88. Todos os prazos serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias,
sábado, domingo, feriado ou dia em que não houver expediente.
§1º Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.
§2º A terminação dos prazos será certificada nos autos pelo escrivão; será, porém,
considerado findo o prazo, ainda que omitida aquela formalidade, se feita a prova do dia em
que começou a correr.
§3º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte, se o vencimento cair
em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes do horário normal.
§4º Não correrão os prazos, por impedimento do encarregado do procedimento, motivo de
força maior ou obstáculo judicial ou administrativo oposto pela parte contrária, devidamente
comprovado.
CAPÍTULO III
CANCELAMENTO DE PUNIÇÕES
Seção I
Definição
Art. 89. Cancelamento de punição é o direito concedido ao militar de ter desconsiderada a
averbação de punições e outras anotações a elas relacionadas em suas alterações.
Seção II
Condições para concessão
Art. 90. O cancelamento da punição deve ser concedido ao militar que o requerer dentro
das seguintes condições, cumulativamente:
I –não ser a transgressão, objeto da punição, atentatória ao sentimento do dever, à honra
pessoal, ao pundonor militar ou ao decoro da classe;
II –ter conceito favorável de seu comandante imediato;
III – ter completado 05 (cinco) anos sem qualquer punição.
§2º Enquanto não regulamentado o rito do PAD, no âmbito das Corporações Militares do
Estado de Roraima, aplicam-se subsidiariamente as formalidades previstas no Conselho de
Disciplina.
Seção V
Das Sindicâncias
Art. 96. As Sindicâncias seguirão rito próprio e serão destinadas a apurar faltas disciplinares
praticadas por militares do Estado de Roraima.
I –a Sindicância Inquisitorial tem cunho investigativo e objetiva verificar a existência de
materialidade e indício de autoria de transgressões disciplinares, a fim de subsidiar a
instauração de procedimento adequado ou o seu arquivamento;
II –a Sindicância Sumária objetiva a apuração de faltas disciplinares, cuja autoria e
materialidade restarem comprovadas, cabendo apenas elucidar as circunstâncias em que se
deram, sendo oportunizados os princípios da ampla defesa e do contraditório, orientando-se
pelos critérios da simplicidade, celeridade e informalismo moderado;
III – a Sindicância Regular tem como objetivo apurar as transgressões disciplinares, quando
comprovada a existência de materialidade e indício de autoria, sendo oportunizados os
princípios da ampla defesa e do contraditório.
Parágrafo único. O rito das Sindicâncias e suas formalidades deverão ser regulamentados
por decreto do Executivo, mediante proposta dos Comandantes-Gerais das Corporações
Militares, no prazo de 90 (noventa) dias, após a entrada em vigor deste Código.
Seção VI
Prescrição
Art. 97. O direito de punir da administração militar prescreve:
I –em 02 (dois) anos, a contar da data do fato, se o processo administrativo disciplinar não
for instaurado;
II –em 02 (dois) anos, a contar da data de abertura do processo administrativo disciplinar, se
este não for concluído ou não houver interposição de recurso disciplinar;
III – em 01 (um) ano, após a solução definitiva, se não ocorrer a aplicação da sanção
disciplinar.
Parágrafo único. Os prazos prescricionais consideram-se suspensos por motivo de força
maior, obstáculo judicial ou administrativo, devidamente comprovado e certificado nos autos.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 98. Aplicam-se aos procedimentos apuratórios em trâmite, as normas contidas neste
Código a partir da sua entrada em vigor.
Art. 99. Nos processos elencados nos incisos I e II do artigo 92 desta Lei, deve ser aplicada
subsidiariamente aos militares ativos e inativos do Estado de Roraima a legislação
específica federal, até a criação de legislação estadual própria.
Art. 100. Aplicam-se a esta Lei, subsidiariamente, as normas do Código de Processo Penal
Militar.
Art. 101. Fica revogado o Decreto nº 3.384, de 4 de março de 1999.
Art. 102. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.