Direção Preventivsa
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Direção Preventiva
Diretoria Executiva Geral
Educação Profissional:
Direção Preventiva
Modalidade Presencial
Apostila do Aluno
Atualização novembro/2007
CDU 656.1.08
SUMÁRIO
Apresentação ....................................................................................................................................................... 05
Bibliografia ............................................................................................................................................................ 72
APRESENTAÇÃO
Avaliação:
Considere as opções abaixo e veja em qual delas você se encaixa melhor:
• Se você respondeu afirmativamente a mais de 5 afirmações, atenção: você tem o perfil de
um motorista sujeito a se envolver em colisões no trânsito;
• Se você concordou com 5 ou menos afirmações, então pode ser considerado um motorista
de baixo risco.
“Motorista de baixo risco? Então este é o novo perfil que se espera dos condutores?”
Você está no caminho certo. Mas o motorista que o trânsito espera ver nas ruas brasileiras é um pou-
quinho mais do que um condutor de baixo risco. O condutor que desejamos formar é o motorista preventivo.
Mas esta é uma discussão para o próximo capítulo. A Apresentação teve por objetivo fazer uma
“provocação saudável” para lançá-lo no universo dos temas da direção preventiva, um conceito atual e
cada vez mais consolidado entre os brasileiros.
Antes de avançar para o próximo tópico, alguns lembretes:
• Atente para os ícones presentes em vários momentos da apostila. Eles têm o objetivo de esta-
belecer vínculos de memória e facilitar seu aprendizado, tornando a leitura familiar. Os ícones
são os seguintes:
• Observe a ordem de abordagem dos conteúdos. Eles têm uma razão interna de ser e procuram
lançá-lo na discussão dos temas de forma ordenada e seqüencial. Portanto, evite saltar etapas
e páginas de leitura. Embora muitos tópicos “seduzam nossa atenção”, o conteúdo integral é
importante e deve ser lido na ordem correta.
• Traga seu aprendizado para a vida. Muito do que você vai ler aqui, certamente, poderia se es-
pelhar em alguma experiência que você já viveu. Nem todas, talvez, de lembrança agradável. É
importante aprender com a experiência.
Bom estudo!
UNIDADE 1
DIREÇÃO PREVENTIVA
Apresentação
Anotações
Esta Unidade 1 aborda o conceito de Direção Preventiva e as várias in-
terpretações a ele atribuídas. Como foco central é abordado as atitudes de um
motorista preventivo em oposição aos maus hábitos do trânsito.
Um segundo aspecto igualmente importante é o conjunto de 5 elemen-
tos que constituem a essência da direção preventiva, a saber: conhecimento,
atenção, previsão, decisão e habilidade.
Objetivos
Introdução
Se você responder SIM, por mais que a situação que você está imaginan-
do justifique essa atitude, então você deverá assumir as responsabilidades.
Porque, a partir desse momento, você estará jogando com o risco.
Anotações
ger dos riscos e perigos que estarão presentes ao seu redor.
Direção Preventiva é:
“Conduzir um veículo evitando mortes, sofrimentos, perda de
tempo e dinheiro, independentemente das condições ao nosso
redor e das ações dos outros”.
Fonte: MSD Tecnologia Educacional, Curso de Formação de Condutores.
a) Conhecimento
Prudência é importante.
Mas ela vale muito pouco se você
não sabe, por exemplo, quais os
procedimentos corretos para
realizar uma ultrapassagem se-
gura. Em outras palavras, antes
de se tornar um bom motorista
prático das ruas, você deve estar
de posse dos conhecimentos teó-
ricos que orientarão sua conduta
no trânsito.
Atenção para o conhecimento das leis e regulamentos de trânsito, os
procedimentos para ultrapassagens seguras, o direito de preferência nas vias
e uma série de outras informações essenciais a qualquer pessoa que pretenda
dirigir um veículo. Este é o ponto de partida para uma condução segura.
Direção Preventiva
b) Atenção
Lembre-se da abordagem sobre transferir o controle da situação ao aca-
so ou a outra pessoa? Pois a atenção tem muito a ver com isso. É preciso estar
sempre alerta para o que se passa à sua volta, para as condições de tráfego,
para o limite de velocidade na via percorrida, etc. Dirigir um veículo significa
prestar atenção constante no trânsito, pois alguns segundos de desatenção
podem gerar acidentes. 13
A importância da atenção para a direção preventiva pode ser resumida
da seguinte forma: O motorista preventivo cuida, o tempo todo, de prevenir
acidentes; os acidentes são provocados, na maioria das vezes, por descuidos.
Então, o motorista preventivo deve manter-se atento o tempo todo.
As muitas faces da atenção
Na verdade, a atenção no trânsito não é concentrada, é difu-
sa. Ela permite ao condutor estar atento, ao mesmo tempo,
14 a todos os elementos envolvidos no trânsito, como a via, a
sinalização, os veículos, o painel do seu próprio veículo, os
pedestres, animais, etc.
Direção Preventiva
c) Previsão
Prever é ser capaz de antecipar situações de perigo, sejam elas mediatas
ou imediatas.
A previsão mediata é aquela que deve ser feita antes de se iniciar uma
viagem. Já a imediata acontece quando o motorista está dirigindo.
Um fator de diferença
Uma boa forma de caracterizar o motorista preventivo, dife-
renciando-o do conceito comum do motorista “habilidoso”, é
a capacidade de previsão.
Prever significa lembrar-se, por exemplo, de verificar o esta-
do dos amortecedores antes de uma viagem. Um motorista habilidoso
e descuidado, que não se lembrasse desse detalhe, poderia enfrentar
sérios problemas, pois não há habilidade que contorne falha mecânica.
d) Decisão
É fundamental decidir e agir prontamente em situações de risco. Nesses
momentos, a decisão é auxiliada pelo conhecimento que o condutor possui,
pela atenção que ele mantém e pela previsão do perigo.
A capacidade de decisão, como você vê, depende totalmente das outras
habilidades e competências do motorista. Para decidir, você precisa ter elementos.
Esses elementos serão úteis se você está atento para a necessidade de usá-los.
e) Habilidade
Saber exatamente qual a melhor maneira de parar, dar marcha a ré, fazer
Anotações
Anotações
• Quando estiver atrás do volante, ninguém pode controlar suas emo-
ções e atitudes além de você.
• Assuma o controle de suas decisões. Não entregue o controle do seu
veículo a outro motorista, cedendo a pressões e a emoções aleatórias.
• Preveja o Perigo: 15
Em algumas vezes, os
acidentes resultam de erros
dos motoristas. A mesma falha
que provoca um acidente leve
pode causar um acidente fatal – a gravidade é determinada pela ocasião. Isso
quer dizer que os acidentes, mesmo os pequenos, merecem ser revistos, anali-
sando-se o tipo de erro cometido para afastar a possibilidade de repetição.
O fato de um motorista ter contribuído para que houvesse um acidente
indica que ele não agiu em tempo, não sabia como ser preventivo, ou ainda,
que desconhecia o perigo.
Lembre-se: para estar preparado para iniciar uma viagem é preciso pre-
ver mentalmente o que poderá acontecer. Assim, é mais fácil descobrir o que
fazer ou como ser preventivo.
• Aja a tempo:
Anotações
• Privação da sensação de liberdade;
• Incômodo com o amarrotamento da roupa;
• Redução da mobilidade.
Anotações
( ) I) Uma boa forma de caracterizar o motorista preventivo, diferen-
ciando-o do conceito comum do motorista “habilidoso”, é a capacidade
de previsão.
( ) II) Prever significa lembrar-se, por exemplo, de verificar o estado dos
amortecedores antes de uma viagem.
( ) III) Um motorista habilidoso e descuidado, que não faça a manuten-
ção periódica do veículo, pode enfrentar sérios problemas, pois não há
habilidade que contorne falha mecânica.
( ) IV) A previsão de possíveis situações de risco que contribuem para
que os acidentes aconteçam deve ser efetuada com antecedência, po-
dendo ser de horas, dias ou, até, semanas, caracterizando a previsão me-
diata.
( ) a) I, II e IV
( ) b) I, III e IV
( ) c) I, II e III
( ) d) Todas as alternativas são corretas.
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19
UNIDADE 2
CIRCULAÇÃO E CONDUTA NO
TRÂNSITO
Apresentação
Anotações
A unidade 2 – Circulação e conduta no trânsito aborda o importante papel
que o comportamento do condutor tem para a segurança no trânsito, identifi-
cando, primeiramente, os riscos que envolvem certas atitudes e, num segundo
momento, as reações diante de situações inesperadas como, por exemplo, um
estreitamento de pista.
O conceito mais importante a ser explorado diz respeito à postura dos
motoristas em situações tanto rotineiras como inesperadas, de forma a asse-
gurar uma circulação no trânsito sem problemas.
Objetivos
Introdução
LIMITE DE Velocidade
Direção Preventiva
• Nas curvas:
Direção Preventiva
Saiba que ao fazermos uma curva, há forças que atuam no veículo em-
purrando-o para fora da curva. Isto exige certo esforço para não deixar o veí-
culo sair da trajetória. Obviamente, quanto maior a velocidade, mais sentimos
tais forças. Muitas vezes, perde-se o controle do veículo, provocando um ca-
potamento, uma colisão com outros veículos ou, pior ainda, atropelamento de
pedestres e ciclistas.
• Nas descidas:
Antes de iniciar uma descida acentuada, você deve testar os freios. Duran-
te a descida mantenha o câmbio engatado numa marcha reduzida. Jamais des-
ça com o caminhão ou ônibus desengatado. Se o veículo estiver desengatado,
certamente, em caso de perigo, você não vai ter a força do motor para ajudar a
parar ou a reduzir a velocidade. E mais, os freios podem não ser suficientes!
Nunca desligue o motor nas descidas. Com o motor desligado, os freios po-
dem não funcionar adequadamente, e o veículo pode alcançar velocidades des-
controladas. Acrescente-se, a direção poderá travar se o motor estiver desligado.
• Nas ultrapassagens:
A ultrapassagem é uma das manobras mais peri-
Anotações
Anotações
sá-lo e, se necessário, diminuir a velocidade. Já para ultrapassar, a dificuldade
do motorista é saber o tempo e a distância necessários para realizar a mano-
bra, somando-se ainda a velocidade do veículo que vem em sentido contrário.
É importante lembrar que nunca se deve usar a sinalização informal de
setas para indicar ao motorista que vem atrás as condições de ultrapassagens,
já que pode ser que alguns a desconheçam ou a interpretem ao contrário, pro-
vocando acidentes.
Faixas
A sinalização está fundamentada na teoria da engenharia de
tráfego. Você deve respeitá-la. O condutor não deve trafegar
na faixa da esquerda. Esta faixa é somente para ultrapassar!
Onde não houver qualquer tipo de sinalização, ou onde houver sinaliza-
ção permitindo a ultrapassagem, só ultrapasse se a faixa do sentido contrário
de fluxo estiver livre e, mesmo assim, deve decidir em efetuar a ultrapassa-
gem, considerando a potência do seu veículo e a velocidade do veículo que vai
à frente.
26
Cuidado, nas subidas deve-se ultrapassar quando estiver disponível a
terceira faixa, destinada a veículos lentos. Não existindo esta faixa, siga as
mesmas orientações anteriores, mas lembre-se que a potência exigida do seu
Direção Preventiva
veículo será maior que na pista plana. Para efetuar a ultrapassagem, acione
a seta para esquerda, mude de faixa a uma distância segura do veículo à sua
frente e só retorne à faixa normal de tráfego quando puder enxergar o veículo
ultrapassado pelo retrovisor.
Nos declives, as velocidades de todos os veículos são muito maiores.
Lembre-se de que você não pode exceder a velocidade máxima permitida na-
quele trecho da via.
Facilite o trânsito
Outros veículos podem querer ultrapassá-lo. Exerça a cida-
dania! Não dificulte a ultrapassagem, mantenha a veloci-
dade do seu veículo ou até mesmo reduza-a ligeiramente,
facilitando para o outro veículo.
Acostamento
Acostamento é uma parte da via, mas é diferenciada da pista de rola-
mento. O acostamento destina-se à parada ou estacionamento de veículos em
situação de emergência, à circulação de pedestres e de bicicletas, quando não
houver local apropriado.
Cruzamentos
Vimos nesta unidade como o condutor deve colaborar para que a circula-
ção não constitua perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, das pessoas
ou de animais. Exemplos de boa conduta no trânsito:
• Não atirar ou abandonar na via objetos ou substâncias que coloquem
em risco a segurança e o fluxo da rodovia;
• Não causar danos a propriedades públicas ou privadas;
• Não colocar o veículo em circulação nas vias públicas sem antes veri-
ficar a existência e as boas condições de funcionamento dos equipa-
mentos de uso obrigatório, bem como se assegurar da existência de
combustível suficiente para chegar ao local de destino.
O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedece
às seguintes normas:
• A circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exce-
ções devidamente sinalizadas;
• O condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal
entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da
pista, considerando-se, entre outras, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas. Direção Preventiva
Fluxo em cruzamentos:
Não se esqueça, quando houver veículos transitando por flu-
xos que se cruzam e não houver sinalização, terá preferên-
cia de passagem:
• No caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele
que estiver circulando por ela;
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• No caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
• Nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;
• A prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar
com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança,
obedecidas as demais normas.
2.3 - Conclusão
Anotações
esquerda. Ultrapasse pela direita. Esta é a única exceção à regra de ultrapas-
sagem, que deve sempre acontecer pela esquerda.
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Anotações
UNIDADE 3
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Apresentação
Anotações
Esta unidade se propõe a discutir como se podem evitar acidentes no
trânsito, seja com outros veículos, pedestres ou ciclistas. Estamos falando, por-
tanto, da principal razão para o surgimento da filosofia da Direção Preventiva.
Objetivos
Introdução
O Brasil gasta bilhões de reais por ano com acidentes de trânsito. Se-
gundo pesquisa feita pelo IPEA (2006), em parceria com o Departamento Na-
35
cional de Trânsito (DENATRAN), os gastos com acidentes atingiram o número
assustador de aproximadamente R$ 28 bilhões por ano (1,45 do PIB brasileiro),
assim distribuídos: acidentes em rodovias federais alcançaram R$ 6,5 bilhões;
em estradas estaduais, R$ 14 bilhões; em estradas municipais, R$ 1,4 bilhão, e
R$ 6 bilhões nas cidades.
Os custos gerados são relativos a:
a) Pessoas: incluem custos de perda de produção, cuidados com a saúde
(pré-hospitalar, hospitalar, pós-hospitalar), remoção e translado;
b) Veículos: referem-se a danos materiais ao veículo, perda de carga e
36 remoção/pátio;
c) Outros custos: referem-se a atendimento da polícia rodoviária e danos
à propriedade pública e privada.
Direção Preventiva
Comparando – I
O Brasil perde, a cada dois anos, em vítimas de acidentes
no trânsito, a mesma quantidade de pessoas que os ameri-
canos perderam em quase 12 anos de guerra no Vietnã.
Segundo pesquisa feita pelo IPEA (2006), nas rodovias federais, os atro-
pelamentos ocupam o segundo lugar no ranking de mortalidade por acidente.
A cada 34 atropelamentos ocorrem 10 mortes. Ocorrem cerca de 4 mil atrope-
lamentos/ano, aproximadamente um a cada duas horas. Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Paraná lideram com 54% das mortes de
pedestres e doze rodovias federais detêm 75,3% das ocorrências envolvendo
pedestres, das quais, as três primeiras (BR-116, BR-101 e BR-040) respondem
por 50% das mortes.
É importante que você saiba que uma vítima classificada como ferida
apresenta um custo médio de R$ 36.305,00 e uma vítima fatal, por sua vez,
representa um custo médio de R$ 270.165,00.
Comparando - II
A frota americana de veículos é 6,5% maior do que a bra-
sileira. Já o número de vítimas fatais para cada 100 mil ve-
ículos registrados é de 51,5% no Brasil e 17,9% nos Estados
Unidos, uma diferença de mais de 30%.
Anotações
que o mecanismo do freio é acionado até a parada total do veículo.
• Distância de parada é a percorrida pelo veículo desde que o perigo é
visto até sua parada total.
• Distância de seguimento é a distância entre o veículo que está diri-
gindo e o que segue à frente.
Um conceito importante!
Um dos principais cuidados para evitar colisões e acidentes
consiste em manter a distância adequada em relação ao carro
que segue à frente. Esta distância, chamada de distância de
seguimento, pode ser calculada segundo uma fórmula bastante compli-
cada que envolve a velocidade do veículo em função de seu comprimen-
to. Mas ninguém quer sair por aí fazendo cálculos e contas matemáticas
enquanto dirige. Por isso, bom mesmo é usar o bom senso. Mantenha um
espaço razoável entre si e o carro que vai à sua frente. À medida que a
velocidade aumenta, vá aumentando também a distância, pois precisará
de mais espaço para frear caso surja algum imprevisto. Atente para a dis-
tância a que vem o veículo de trás. Se sentir que o motorista está muito
colado, mude de pista ou diminua sua velocidade para dar-lhe passagem.
Lembre-se: não aceite provocações. Muito cuidado com os veículos de
transporte coletivo, escolares e veículos lentos, que podem parar inespe-
radamente. Quando estiver atrás de um desses veículos, aumenta ainda
mais a distância que o separa dele.
Tempo de reação:
Um procedimento preventivo é entrar no cruzamento com o
pé direito descansando sobre o pedal do freio. Assim, a reação 39
do motorista é imediata em uma situação de emergência.
3.3 - Evitando Acidentes com Pedestres e Outros
Integrantes do Trânsito
Colisões na marcha a ré
Atropelamentos
Anotações
Esse tipo de acidente pode ocorrer nas ruas (colisão com árvores, pos-
tes, veículos estacionados, etc.) ou mesmo nas garagens.
Nas ruas, principalmente, esses acidentes podem ter conseqüências gra-
ves aos ocupantes dos veículos e sempre trazem danos materiais. Para evitar esse
tipo de acidente, vale a recomendação básica: dirija cuidadosamente, não ultra-
passando os limites de velocidade e mantendo as práticas de direção preventiva.
Direção Preventiva
Atropelamentos de animais
Como você viu, existem vários tipos de colisão que podem acontecer
com o seu veículo, e os comportamentos perigosos dos condutores nas vias
também são bem variados, mas o fator mais comum nos acidentes é não ter
conseguido desviar ou parar a tempo o seu veículo, evitando a colisão.
Anotações
Como parar: Você, condutor preventivo, deve conhecer os tipos de
Anotações
paradas do veículo, tempo e distância necessários para cada uma delas.
Distância de seguimento: É aquela que você deve manter entre o seu
veículo e o que vai à frente, de forma que você possa parar, mesmo numa
emergência, sem colidir com a traseira do outro.
Distância de reação: É aquela que seu veículo percorre, desde o mo-
mento que você vê a situação de perigo, até o momento em que pisa no
freio. Ou seja, desde o momento em que o condutor tira o pé do acelerador
até colocá-lo no freio.
Distância de frenagem: É aquela que o veículo percorre depois de
você pisar no freio até o momento total da parada. Você sabe que o seu
veículo não pára imediatamente, não é mesmo?
Distância de parada: É aquela que o seu veículo percorre desde o
momento em que você vê o perigo e decide parar até a parada total do
seu veículo, ficando a uma distância segura do outro veículo, pedestre ou
qualquer objeto na via.
Distância segura: Para você saber se está a uma distância segura dos
outros veículos, vai depender do tempo (sol ou chuva), da velocidade, das
condições da via, dos pneus e do freio do carro, da visibilidade e da sua
capacidade de reagir rapidamente.
Existem tabelas e fórmulas para você calcular esta distância, prin-
cipalmente nas rodovias, mas como elas variam muito, e dependem além
do tipo e peso do veículo, de outros fatores que também variam muito, o
melhor é manter-se o mais longe possível (dentro do bom senso), para ga-
rantir a sua segurança.
Porém, para manter uma distância segura entre os veículos nas rodo-
vias, sem a utilização de cálculos, fórmulas ou tabelas, vamos lhe ensinar
a usar “o ponto de referência fixo”:
Direção Preventiva
43
2. Quando o veículo que está à sua frente passar por este ponto, co-
mece a contar pausadamente: cinqüenta e um, cinqüenta e dois;
3. Se o seu veículo passar pelo ponto de referência antes de contar
(cinqüenta e um e cinqüenta e dois), deve aumentar a distância, diminuindo
44 a velocidade, para ficar em segurança.
4. Se o seu veículo passar pelo ponto de referência após você ter fa-
lado as seis palavras, significa que a sua distância é segura.
Direção Preventiva
Anotações
em que estiver:
Para se conseguir, basta dividir a velocidade por 3.600 segundos.
Exemplos:
a) v= 60 km/h d= 60 = 16,66
3.600
b) v = 80 km/h d= 80 = 22,22
3.600
Distâncias de reação e de frenagem para veículos em pistas seca e molhada: veículos leves
Direção Preventiva
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Distâncias de reação e de frenagem para veículos em pistas seca e molhada: veículos
leves e pesados
• 80 km/h – distância de reação = 22 m (pista seca)
• 80 km/h – distância de frenagem = 58 m (pista seca)
• 80 km/h - distância de reação= 22 m (pista molhada)
• 80 km/h – distância de frenagem = 82 m (pista molhada).
3.5 - Conclusão
las exige suas próprias respostas. Da mesma forma, para evitar acidentes com
pedestres e outros integrantes do trânsito, é importante que o motorista saiba
identificar as atitudes que o ajudam nessa tarefa. Calcular as distâncias corre-
tas é o melhor começo para esse tipo de postura.
dade suficiente.
( ) 3. Pedestres e ciclistas nunca entrarão repentinamente na pista.
( ) 4. Não há necessidade de se perceber uma curva com antecedência
se houver sinalização indicadora.
( ) 5. Quanto mais fechada a curva, maior deverá ser a velocidade.
( ) 6. Os freios devem ser acionados antes de se entrar na curva e não
apenas quando já estiver nela.
( ) a) 1, 3 e 6
Anotações
( ) b) 2, 3 e 4
( ) c) 3, 4 e 5
( ) d) 4, 5 e 6
Direção Preventiva
47
UNIDADE 4
ACIDENTE EVITÁVEL OU
NÃO EVITÁVEL
Apresentação
Anotações
Esta Unidade 4 – Acidente evitável ou não evitável apresenta o funda-
mental conceito de condição adversa, no qual se estudam as principais situa-
ções imprevisíveis, as quais dificultam a ação do condutor.
A ação adequada em condições adversas pode ser fundamental para re-
duzir as probabilidades de um acidente. Mas é fundamental considerar, tam-
bém, que o próprio motorista pode caracterizar uma condição dessa natureza,
seja por fatores alheios à sua vontade, seja por atitudes que são de sua res-
ponsabilidade direta.
Objetivos
Introdução
Essas situações são imprevisíveis. Todo motorista sabe que deve manter 51
luz baixa ao cruzar veículos. As placas de sinalização repetem o alerta nas
rodovias exaustivamente. Mas o motorista preventivo sabe que, mais cedo ou
mais tarde, um motorista descuidado irá esquecer esse procedimento.
O esquecimento pode acontecer quando ele estiver cruzando a mesma
rodovia que você, em sentido contrário. O que fazer nessa situação?
Este exemplo é uma das muitas situações que denominamos
“condições adversas”:
Condições adversas
52 São aquelas que estão além da capacidade de controle do
motorista, exigindo técnicas de direção preventiva que per-
mitam antecipá-las.
Direção Preventiva
Luminosidade
Condições climáticas
Via
Anotações
• Olhar para todas as direções e manter-se alerta.
Trânsito
Veículo
55
O que é mais importante, saber dirigir em condições adversas ou fazer
a manutenção adequada do veículo? Na verdade, ambos os procedimentos
são fundamentais para uma direção segura. Direção Preventiva não é apenas
prevenir acidentes, mortes e perda de tempo; é, também, evitar prejuízos fi-
nanceiros, como aqueles causados por danos ao veículo.
Pneus gastos ou mal calibrados, freios desregulados, suspensão desa-
linhada, direção com folga, sinaleiras e faróis com defeitos, espelhos mal re-
gulados ou sujos, vazamentos de fluidos e falta de revisão são algumas das
situações que tornam o próprio veículo adverso e, portanto, uma causa de aci-
dentes. Observe os equipamentos obrigatórios como triângulo, extintor etc.
56
Cuidando do veículo:
Esta apostila contém um tópico especial sobre manutenção periódica do
veículo. São recomendações importantes para o motorista preventivo
Direção Preventiva
Motorista
Passageiro
Anotações
O fator humano é preponderante na ocorrência de acidentes de trânsi-
to. E isso ultrapassa a questão da embriaguez ou do efeito das drogas. Sem
dúvida, álcool e drogas estão entre os principais causadores de acidentes,
mas, como você verá, outros elementos têm, também, participação decisiva
nas ocorrências de trânsito.
De maneira geral, os aspectos psíquicos/emocionais e os físicos podem
influenciar na ocorrência de acidentes. Os mais comuns são:
Alcool e drogas
Na prática, isso significa que 40% das pessoas que você ama, poderão
se tornar vítimas de acidentes de trânsito provocados por motoristas altera-
dos por uso de drogas ou embriaguez.
Direção Preventiva
mente aceito;
• Teor alcoólico nada tem a ver
com calorias. Cerveja “light” pos-
sui o mesmo teor alcoólico que as
outras, embora seja menos caló-
rica;
• Café não cura bebedeira. A úni-
ca cura para os efeitos do álcool
é a eliminação da substância do
organismo;
• Não existem medicamentos inócuos. A menos que esteja indicado no
rótulo, qualquer remédio pode interferir na habilidade de dirigir.
Aspectos emocionais
O motorista agressor
Quando um motorista comporta-se de modo que irrita os
demais, a ponto de fazê-los perder o controle emocional, é
chamado de motorista agressor.
capaz de fazer.
Outra condição que, assim como raiva, poderá interferir em suas atitu-
des é o estresse. O fato de você estar atrasado para um compromisso pode
desencadear uma situação de estresse. E isso poderá ganhar prioridade de
atenção e mudar sua forma de dirigir...
Anotações
Da intenção ao ato:
Ter consciência de que é preciso manter o controle das pró-
prias emoções é muito diferente de manter esse controle sob
situações estressantes. É importante traçar um plano que per-
mita recuperar o controle das ações quando se está dirigindo.
Aspectos físicos
Idade
Mobilidade
O que fazer?
Observar mais o trânsito para compensar a deficiência auditiva e baixar
o volume interno, tanto das conversas quanto do som.
Visão
Enfermidade
Fadiga e Enjôo
Anotações
Programe a viagem com pausas para descanso e alimentação adequada.
Abra as janelas, areje o ar do veículo.
4.3 - Conclusão
O trânsito já é, por si só, uma situação que exige cuidado e atenção per-
manente. Afinal, o motorista, ao assumir o volante de seu veículo, torna-se
responsável pela própria vida e pela de terceiros: seus passageiros, o pedestre,
o condutor do veículo ao lado.
Algumas situações agravam as condições de trânsito e exigem do mo-
torista preventivo uma atenção extra: são as condições adversas, que podem
surgir a qualquer momento e demandar respostas prontas.
Nessas situações inesperadas, o fator humano pode ter participação fun-
damental, tornando o próprio motorista uma condição adversa para as situa-
ções de trânsito do dia-a-dia.
( ) b) Habilidade do motorista
( ) c) Condições climáticas
( ) d) Trânsito
( ) c) 1, 2, 3 e 4
( ) d) Nenhuma alternativa está correta.
Anotações
Esta Unidade 5 aborda a importante questão dos cuidados com o veículo,
considerados no contexto da manutenção periódica e preventiva. Apresenta,
também, os principais procedimentos para uma boa manutenção do veículo e
enfatiza a importância da regularidade na adoção desses procedimentos.
Objetivos
Introdução
Direção Preventiva
Uma opção segura para checagem dos itens do seu veículo é observar a
tabela abaixo:
Uma vez por Uma vez por mês Uma vez por ano
semana
Nível do óleo do Nível do óleo caixa Limpador do pára-
motor de marchas brisas
Sistemas hidráu-
licos
Anotações
Em viagem:
Como qualquer outra técnica de direção preventiva, quan-
do você transformar em hábito a rotina de inspecionar o
veículo antes de viajar, perceberá os benefícios.
Pneus
Anotações
Você sabe quais são as princi-
pais funções dos pneus? São três fun-
ções importantes: impulsionar; frear;
e manter a dirigibilidade do veículo.
Deve-se sempre conferir: ca-
libragem; desgaste; deformações na
carcaça (os pneus não podem apre-
sentar bolhas ou cortes); e dimensões
irregulares (diferentes das recomen-
dadas pelo fabricante).
E mais, vibrações do volante indi-
cam possíveis problemas com o balan-
ceamento das rodas. O veículo puxando
para um dos lados indica um possível problema com a calibragem dos pneus ou
com o alinhamento da direção.
Enfim, todos estes problemas podem reduzir a estabilidade e a capa-
cidade de frenagem do veículo. É importante verificar os pneus estepes ou
sobressalentes.
Suspensão e amortecedores
Sistema de iluminação
Anotações
O sistema de freios desgasta-se com o uso do seu veículo e, portanto,
tem sua eficiência reduzida.
Cuidando dos freios: Os freios gastos exigem maiores distâncias para frear.
Usualmente, o sistema de freios é composto por: sistema hidráulico, flui-
do, discos e pastilhas ou lonas, dependendo do tipo de veículo. É preciso verifi-
car, periodicamente, o nível do reservatório de fluido; a existência de manchas
no piso, sob o veículo; se o disco, pastilhas e lonas de freio não estão gastos.
Sem excessos:
Ao dirigir, evite utilizar tanto as freadas bruscas, quanto
as desnecessárias, já que estes procedimentos desgastam
mais rapidamente os componentes do sistema de freios.
Retrovisor interno
Saiba que quanto mais você enxerga o que acontece à sua volta enquan-
to guia, maior a probabilidade de evitar situações de perigo. Nos veículos com
o retrovisor interno, sente-se na posição correta e ajuste-o numa posição que
dê a você uma visão ampla do vidro traseiro.
Retrovisores externos
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5.1 - Conclusão
Tão importante quanto ver os demais é também ser visto. Para isso, uti-
lize adequadamente os faróis, luzes indicadoras de direção (seta), pisca-alerta
(quando necessário), e mantenha sempre em perfeito funcionamento as luzes
de ré e de freio. A sinalização das manobras no trânsito é fundamental para
que todas as pessoas que utilizam as vias possam perceber a presença do veí-
culo e prever seus movimentos.
Apesar de não ser obrigatório, o uso do farol baixo aceso durante o dia,
nas estradas, é recomendado pelas autoridades de trânsito. Isso facilita a visu-
alização dos veículos a uma distância segura para qualquer ação preventiva.
Anotações
dependendo do tipo de veículo. Estamos nos referindo ao:
( ) a) Sistema de freios
( ) b) Sistema de amortecimento
( ) c) Sistema de suspensão
( ) d) Sistema de direção
Direção Preventiva
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Bibliografia
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm . Acesso
em 10 nov. 2007.