Politica Social PDF
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Autor:
Anna Valéria Andrade, Nilza
Ciciliati
11 de Março de 2023
Sumário
Questões Comentadas............................................................................................................. 28
Gabarito.................................................................................................................................... 77
POLÍTICA SOCIAL
1 - Considerações Iniciais
Olá queridos (as) concurseiros (as) de Serviço Social, tudo bem com vocês?
Na aula de hoje vamos estudar sobre um assunto bastante cobrados nas provas de Serviço
Social, principalmente na área de concursos militares: políticas sociais.
Iremos estudar sobre os conteúdos que abrangem Política Social, suas origens, como ela se deu
no contexto internacional e brasileiro, sua ligação com a Questão Social e seu
desenvolvimento no Pós Segunda Guerra Mundial.
Iremos aprofundar, de forma didática, para que você compreenda e acerte todas as questões de
provas, sempre enfatizando os tópicos de maior relevância e que caem, com mais frequência
nos concursos, para você se dar bem, independente do certame que for prestar!
Como é de praxe em todas as nossas aulas, ao final do conteúdo teórico desse e-book,
resolveremos e comentaremos uma bateria de questões de concursos anteriores na área de
Serviço Social, sempre focando nas questões de provas mais recentes e, ao longo da abordagem
teórica de cada subtópico, mostraremos como, de fato, o assunto é abordado nos concursos
públicos pelo Brasil.
Em caso de dúvidas, estarei esperando você para resolvê-las em nosso Fórum, ok?
Para tirar dúvidas e ter acesso a dicas e conteúdos gratuitos, acesse nossas redes sociais:
https://www.instagram.com/annavaleriaandrade
Esse assunto é bastante recorrente nas provas de concursos públicos em Serviço Social,
sendo um tema básico em provas de prefeituras, por exemplo, até provas de nível federal, com
uma importante particularidade: essa é uma temática que "despenca" nas provas de
concursos militares para Assistente Social. Provas da Marinha, Exército e Aeronáutica que
possuem um perfil "clássico", focam bastante em questões com esse assunto.
A bibliografia acerca desse tema é bastante diversificada, mas podemos citar dois livros
chaves que as bancas examinadoras se utilizam com bastante frequência: Política Social:
fundamentos e história, que faz parte da coleção "Biblioteca Básica de Serviço Social da
Editora Cortez, de autoria de Elaine Rossetti Behring e Ivanete Boschetti.
Outra bibliografia de referência nesse assunto é o livro: Política Social: temas &
questões, da autora Potyara Amazoneida P. Pereira, também da Editora Cortez.
1
BEHRING, E. R.; BOSCHETTI, I. B. Política Social: fundamentos e História. 5° ed., Editora Cortez. São Paulo, 2008.
3
Não se pode precisar especificamente a data exata do surgimento das políticas sociais
no contexto mundial, porém os estudos que falam desse assunto relatam que suas primeiras
iniciativas estão ligadas à ascensão do capitalismo com a Revolução Industrial, aliado às
lutas de classes e ao desenvolvimento da intervenção estatal. Sua disseminação está situada
na passagem do capitalismo concorrencial para a fase tardia do capitalismo monopolista, após
a Segunda Guerra Mundial, no pós 1945.
Fique atento (a), querido (a) concurseiro (a), pois essas são informações
importantíssimas que adoram cair nas provas de concursos públicos. Sabendo disso, vamos
esquematizá-las para você fixá-las melhor?
2
PEREIRA, Potyara A. P. Política Social: temas e questões. São Paulo: Cortez, 2008.
SURGIMENTO EXPANSÃO
- Revolução Industrial;
-Luta de classes por direitos; - Pós Segunda Guerra
-Desenvolvimento da intervenção Mundial (Pós-1945)
estatal.
Podemos ressaltar que antes desse período, nas sociedades pré-capitalistas, não existiam
políticas sociais. Havia algumas ações pontuais e assistencialistas, de cunho caridoso e
filantrópico que objetivavam manter a ordem social e punir a vagabundagem.
Legislações pré-industriais
doenças gerados na passagem do feudalismo para o capitalismo. Elas agiam na intersecção entre
a assistência social e o trabalho forçado.
Legislações Pré-industriais
"estabelecer o imperativo do trabalho a todos que dependiam de sua força de trabalho para
sobreviver; obrigar o pobre a aceitar qualquer trabalho que lhe fosse oferecido; regular a
remuneração do trabalho, de modo que o trabalhador pobre não poderia negociar formas de
remuneração; proibir a mendicância dos pobres válidos, obrigando-os a se submeter aos
trabalhos 'oferecidos'".
3
CASTEL, R. As metamorfoses da Questão Social: uma crônica do salário. Petrópolis: Vozes, 1998.
6
Nova Lei dos Pobres (New Poor Law)- Revogou os direitos que foram assegurados pela
Lei Speenhamland e colocou o trabalho como única fonte de renda dos trabalhadores, fez
retornar os trabalhos forçados, de forma obrigatória, a quem fosse capaz de trabalhar.
Mais tarde, em decorrência das lutas dos trabalhadores por melhores condições
trabalhistas, surgiram novas legislações a fim de dar respostas a essas questões e promover a
regulamentação do trabalho, a partir de iniciativas estatais.
Que fique bem claro, queridos (as) concurseiros (as)... As políticas sociais, derivadas de
iniciativas do Estado, surgem para dar respostas concretas aos problemas sociais que foram
gestados na passagem do capitalismo concorrencial para o capitalismo monopolista.
Às
Respostas Em geral
expressões
Políticas Sociais dadas pelo setorizadas e
da Questão
Estado fragmentadas
Social
Assim, temos uma forte ligação do Serviço Social com as políticas sociais, pois elas
visam combater e realizar o enfrentamento dessa Questão Social, que é o objeto de trabalho
ou matéria-prima da profissão. Com base nisso, podemos afirmar que há um vínculo
estrutural entre a constituição das políticas sociais e o surgimento do Serviço Social na
divisão social e técnica de trabalho.
O Estado reprimia essas pessoas e, sabendo que somente a repressão não iria abafar as
crescentes manifestações, promovia em paralelo, a regulamentação das relações de trabalho
através de legislações. Assim, a Questão Social começa a ser tratada como um problema
regulamentado pelo Estado.
"A luta em torno da jornada de trabalho e as respostas das classes e do Estado são,
portanto, as primeiras expressões contundentes da questão social, já repleta naquele
momento de ricas e múltiplas determinações". (GRIFOS NOSSOS).
De forma gradual
Através do movimento de
organização e pressão da classe
trabalhadora e
desenvolvimento das forças
produtivas
Correlações e composições de
forças do Estado
O final do século XIX foi o período em que o Estado passou a realizar ações sociais de
forma mais ampla, sistematizada, planejada e de modo obrigatório em vários países, surgindo
nesse período, a emergência das políticas sociais, em decorrência das lutas travadas pelas
classes trabalhadoras na sociedade.
No início do século XX o sistema capitalista viveu a sua maior crise econômica até
aquele momento: a crise de 1929, que se estendeu até 1932, instaurando-se também, em
paralelo, a Revolução Socialista de 1917, aliado a uma intensa crise econômica a qual gerou
números altíssimos de desemprego e quebra da força e legitimidade política do capitalismo.
Desenvolvimento e
Multiplicação, de forma generalização das políticas
gradativa, das políticas sociais sociais
No período pós-guerra (pós 1945), as tecnologias que antes eram voltadas para a
indústria bélica e para gerir a guerra voltaram-se para a produção da indústria civil, ocasionando
o boom de produção de bens como: carros, televisores, geladeiras, dentre outros, e a
urbanização, o crescimento das cidades e a expansão da indústria automobilística, surgindo os
fenômenos que conhecemos por Fordismo e Keynesianismo e, consequentemente, o
crescimento do capital e das altas taxas de lucros, aliados à superexploração da classe
trabalhadora.
Esse período foi marcado por um grande quadro de desemprego e falências das
empresas, acompanhado de reduções significativas dos salários das pessoas que ainda
trabalhavam. Na tentativa de salvar a economia foi adotado pelos Estados Unidos o famoso
New Deal, na década de 30, o qual consistia na retomada do crescimento econômico, dos
investimentos e empregos americanos.
KEYNESIANISMO
De acordo com Pereira (2008), o Welfare State e suas iniciativas são partes integrantes
do próprio sistema capitalista, pois tratam de uma iniciativa própria desse modo de produção,
visando combater a crise econômica.
Segundo a autora:
"Seu surgimento, por conseguinte, está relacionado a demandas por maior igualdade e
reconhecimento de direitos sociais e segurança econômica, concomitantemente com demandas
do capital de se manter reciclado e preservado. É por isso que os autores como Gough (1982)
vêm o Welfare State como um fenômeno também contraditório, porque, ao mesmo tempo em
que tem que atender necessidades sociais, impondo limites às livres forças do mercado, o faz
preservando a integridade do modo de produção capitalista".
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Diferentemente desses países, por termos sido um país colonizado por outros povos e
termos, no século XIX, uma realidade escravista, foi a partir daí que surgiram as primeiras
expressões da Questão Social, quando o negro deixou de ser escravo e passou a povoar as
grandes cidades, em busca de construir uma nova vida, gerando uma série de problemas sociais
como por exemplo, desemprego, favelização, pobreza, dentre outros.
"Até 1887, dois anos antes da proclamação da República do Brasil (1889), não se registra
nenhuma legislação social. No ano de 1888, há a criação de uma caixa de socorro para a
burocracia pública, inaugurando uma dinâmica categorial de instituição de direitos que será
tônica da proteção social brasileira até os anos 60 do século XX. Em 1889, os funcionários da
Imprensa Nacional e os ferroviários conquistam o direito à pensão e a 15 dias de férias, o que
irá se estender aos funcionários do Ministério da Fazenda no ano seguinte. Em 1891, tem-se a
primeira legislação para a assistência à infância no Brasil, regulamentando o trabalho infantil
(...)".
Foi no ano de 1923 que se deu a primeira iniciativa de formato de Política Social
brasileira: houve a criação da Lei Eloy Chaves, que instituiu a obrigatoriedade de criação das
Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs) para determinadas categorias de trabalhadores
(ferroviários).
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É importante salientar que essas Caixas ou Institutos não se colocavam como direitos
sociais aos trabalhadores e surgiram após muitas lutas e reinvidicações das categorias
profissionais que se organizaram em prol de benefícios para suas categorias de trabalho.
Muita atenção, queridos (as) concurseiros (as), pois as bancas examinadoras adoram
explorar esse assunto nas provas de concursos públicos.
Vamos ver como esse assunto é abordado nas provas de Serviço Social?
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Nesse momento, entre os anos de 1930 e 1943, podemos caracterizar como o período
de introdução da Política Social no Brasil, possuindo como principais medidas, segundo
Behring e Boschetti (2008):
"Em 1930, foi criado o Ministério do Trabalho, e em 1932, a Carteira de Trabalho, a qual
passa a ser documento de cidadania no Brasil: eram portadores de alguns direitos aqueles que
dispunham de emprego registrado em carteira (...). O sistema público começou com os IAPs -
Institutos de Aposentadorias e Pensões -, que se expandem na década de 30, cobrindo risco
ligados à perda da capacidade laborativa (velhice, morte, invalidez, doença), naquelas
categorias de trabalhadores estratégicas, mas com planos pouco uniformizados e orientados
pela lógica contributiva do seguro". (GRIFOS NOSSOS).
Assim como a LBA, outras Instituições surgiram nesse período como o Conselho
Nacional de Serviço Social (CNSS) em 1938, o Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (SENAI), também em 1942 e o Serviço Social da Indústria (SESI), em 1946.
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"O surgimento dessas Instituições representa uma enorme ampliação do mercado de trabalho
para a profissão, tornando o Serviço Social uma atividade institucionalizada e legitimada pelo
Estado e pelo conjunto dominante."
Podemos afirmar que a expansão das Políticas Sociais se deu de forma lenta e
seletiva, com a expansão tímida de direitos, com aspectos corporativistas e fragmentados da
era Vargas.
Com a Ditadura Militar na década de 60, o Brasil vivia a chamado "milagre
econômico" com características fordistas de produção em massa de produtos como automóveis
e eletrodomésticos, expandindo-se também a cobertura das Políticas Sociais brasileiras, com
traços conservadores e de restrição de direitos civis e políticos. Nesse momento, o país vivia
uma intensa internacionalização da economia, com o emprego de capital estrangeiro e
substituição de importações.
O desenvolvimentismo da época intensificou o aprofundamento das relações sociais
capitalistas e a questão social nesse período passou a ser enfrentada através do binômio
repressão/assistência, a fim de promover o controle dos trabalhadores.
Vale salientar que nesse período houve também a expansão e modernização de
Políticas Sociais.
Podemos citar como ações mais importantes dessa época:
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Outra forte característica desse período foi a criação de Políticas Sociais para
pessoas que podiam pagar e para quem não podia pagar pelos serviços.
Podemos citar como exemplo os serviços de saúde, os quais eram acessados
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Os anos 80, conhecidos como década perdida, deu-se o fim da Regime Militar e foi
um período acompanhado de uma grande crise econômica, endividamento externo e crescentes
índices de inflação, desemprego, aumento da dívida externa, dentre outros problemas.
A criação da Constituição Federal de 1988 foi peça fundamental para o retorno das
liberdades democráticas, afirmação dos direitos sociais, trabalhistas, dentre outros. A partir
desse evento, a Assistência Social passa a ser colocada como um direito do cidadão e dever do
Estado, formando juntamente com a Previdência Social e a Saúde o tripé da Seguridade
Social, expresso no Artigo 194 da Carta Magna:
"Art. 194. A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos
poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à Saúde, à
Previdência e à Assistência Social".
Nos anos 90, o Brasil chega a uma situação de grande endividamento, aliado a uma
profunda crise e a uma questão social gravíssima.
Nesse período, houve o ajuste estrutural do capitalismo, de base neoliberal, que trouxe
consequências drásticas principalmente aos países subdesenvolvidos, dentre eles o Brasil, pois
vivenciamos as conquistas da recém criada Constituição de 1988 nesse período, desencadeada
pelo movimento de redemocratização brasileiro. Porém, em paralelo, vivenciamos também as
consequências da contrarreforma neoliberal, que não objetivava o combate à Questão Social e
o desenvolvimento das Políticas Sociais.
Nessa época foram criados programas clientelistas como o Programa do Leite, o qual
manteve o intenso caráter seletivo e focalizado da Política Social brasileira e não promovia o
enfrentamento da Questão Social.
Apesar dos avanços promovidos pela Constituição de 1988, vivemos no campo das
Políticas Sociais, nos termos de Behring e Boschetti (2008), uma "contraditória convivênvia
entre universalidade e seletividade", processo de que dificultou a implementação das
conquistas preconizadas pela Carta Magna.
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Desemprego Estrutural
Reestruturação Produtiva
Desregulamentação e
flexibilização do trabalho
Crescimento da
precarização dos contratos
de trabalho
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Vale salientar, queridos concurseiros (as), que essa Reestruturação veio acompanhada,
posteriormente, por ajustes neoliberais e pela Contrarreforma do Estado, como veremos
mais adiante e essas mudanças marcaram uma finalização do Welfare State, ou seja, fim do
desenvolvimento de Políticas Sociais amplas e universais no contexto mundial.
Outro ponto importante que merece destaque é que o Brasil teve o que vários autores
consideram como "Welfare State à brasileira", pois suas "Políticas Sociais" desenvolveram-
se de uma maneira muito peculiar, como também abordaremos em nosso próximo subtópico
dessa aula.
"A hegemonia neoliberal na década de 1980 nos países capitalistas centrais não foi capaz de
resolver a crise do capitalismo nem alterou os índices de recessão e baixo crescimento
econômico, conforme defendia. As medidas implementadas, contudo, tiveram efeitos
destrutivos para as condições de vida da classe trabalhadora, pois provocaram aumento do
desemprego, destruição dos postos de trabalho não-qualificados, redução dos salários
devido ao aumento da oferta de mão-de-obra e redução dos gastos com as políticas
sociais." (GRIFOS NOSSOS).
Vamos ver como esse assunto que acabamos de estudar cai nas provas de concursos
públicos pelo Brasil?
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Agora vamos estudar o cenário de contrarreforma neoliberal no Brasil, que teve seu
desenvolvimento por volta da década de 90, com grande ênfase no governo de Fernando
Henrique Cardoso. As mudanças e "reformas" ocasionadas nesse período tinham um objetivo
claro e definido: Combater e dar respostas à grande crise econômica e social advinda da década
de 80.
Apesar dos inúmeros ganhos que tivemos com a criação da Constituição Federal de
1988, o Estado partia para um contexto de intensas privatizações e de cortes de gastos públicos
com o social, que desmontava o "Welfare State à brasileira".
Falando nisso, vamos entender o que foi o Estado de Bem-Estar Social no Brasil?
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Em paralelo a isso, o governo seguia com a "Reforma" do Estado com o Plano Diretor
da Reforma do Estado (PDRE) formulado por Bresser Pereira, que comandava o Ministério de
Administração e da Reforma do Estado (MARE) no governo de FHC.
Dentre uma das ações dessa "Reforma" foi realizada a regulamentação do Terceiro
Setor para a execução das políticas públicas, retirando do Estado a responsabilidade com as
Políticas desse âmbito, em especial as de cunho social, conforme pregava o ideário neoliberal,
colocando a responsabilidade para a sociedade civil, através das ONGs e das Instituições
filantrópicas, pregando a ideia da solidariedade e do amor ao próximo para o desenvolvimento
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Duvido que, com esse mnemônico, você irá esquecer desse assunto tão
importante, querido (a) concurseiro (a), hahahaha! ;)
Vamos ver como esse assunto é cobrado nas provas de concursos públicos?
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"Assim, a tendência geral tem sido a de restrição de redução de direitos, sob a argumento da
crise fiscal do Estado, transformando as políticas sociais - a depender da correlação de forças
entre as classes sociais e segmentos de classe e do grau de consolidação da democracia e da
política social nos países - em ações pontuais e compensatórias direcionadas para os efeitos
mais perversos da crise. As possibilidades preventivas e até eventualmente redistributivas
tornam-se mais limitadas, prevalecendo o já referido trinômio articulado do ideário neoliberal
para as políticas sociais, qual seja: a privatização, a focalização e a descentralização".
(GRIFOS NOSSOS).
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4 – Considerações Finais
Vimos o conteúdo que abrange Política Social, suas origens, como ela se deu no contexto
internacional e brasileiro, sua ligação com a Questão Social e seu desenvolvimento no Pós
Segunda Guerra Mundial.
Um abraço caloroso!
https://www.instagram.com/annavaleriaandrade
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (IBADE)/Pref. de Ji-Paraná - RO/ASSISTENTE SOCIAL-2018)
c) da Constituição de 1988 que inaugura uma nova lógica de efetivação da proteção social.
Comentários
Foi a partir da Constituição Federal de 1988 que as políticas públicas e sociais passaram a ser
vistas não mais como uma benesse do Estado, mas como um direito garantido a todos os cidadãos.
b) As políticas sociais no Brasil tiveram, nos anos 80, formulações mais impactantes na vida dos
trabalhadores e ganharam mais impulso, após o processo de transição política desenvolvido em
uma conjuntura de agravamento das questões sociais e escassez de recursos.
Comentários
Perceba, queridos (as) concurseiros (as), que a questão quer a alternativa INCORRETA.
Atente-se para isso!
A alternativa A está incorreta, pois as políticas sociais são vistas como mecanismos de
manutenção da força de trabalho, em alguns momentos e, em outros, como conquistas dos
trabalhadores, uma vez que a construção dessas políticas é decorrente do processo de exploração
capitalista que gera as lutas sociais da classe trabalhadora, expressando interesses da classe
dominante e as necessidades das classes subalternizadas.
A alternativa B está incorreta, pois os anos 80, tido como a década perdida, viveu-se no Brasil
uma grande crise econômica, acompanhada de endividamento externo. Nesse período deu-se
também a criação da Constituição Cidadã de 1988, trazendo o retorno de liberdades democráticas
e afirmação de direitos sociais, acompanhados de um agravamento da Questão Social advindos
do cenário de crise e desemprego que o país vivia. Como a questão pede a alternativa errada, esse
não é o gabarito.
A alternativa C está correta, pois é errado dizer que as políticas sociais brasileiras sempre
tiveram um caráter assistencialista, paternalista e clientelista por meio de medidas paliativas e
fragmentadas. De fato, inicialmente, tais políticas tiveram essa conotação, porém, a partir da
Constituição Federal de 1988, as políticas sociais ganham um patamar de direito do cidadão
concedido pelo Estado. Assim, com o advento da Carta Magna, a intervenção nas manifestações
da questão social deixa ter o cunho exclusivo de manter a ordem social, como afirma a alternativa,
pois entrará no campo da garantia de direitos, conforme já afirmamos. Como a questão pede a
alternativa incorreta, esse é o gabarito da questão.
A alternativa D está incorreta, pois as políticas sociais brasileiras, de fato, possuem caráter
fragmentário, setorial e emergencial e são respostas do Estado às reinvidicações da classe
trabalhadora por direitos. Dessa forma, representam interesses da classe dominante e as
necessidades das classes subalternizadas, conforme já comentamos.
b) A partir dos anos 1990, houve um aumento das parcerias entre o Estado e a sociedade civil,
com compartilhamento e repasse das funções estatais no atendimento das necessidades sociais
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da população para o terceiro setor. Esse fenômeno não traz impactos negativos para o cidadão
nem para a sociedade, uma vez que o indivíduo continuará a ser assistido em suas necessidades.
c) Na esfera estatal, constata‐se que o Estado realiza a redução dos gastos sociais, o que contribui
para o processo de desresponsabilização na oferta das políticas sociais, caracterizando o Estado
Mínimo.
e) O aumento das organizações não governamentais na oferta das políticas sociais está
diretamente relacionado com o fortalecimento da sociedade civil, com o aumento do controle
social por parte da população e com a conquista de direitos sociais.
Comentários
A alternativa B está errada, pois houve, de fato, um aumento das parcerias entre o Estado e a
sociedade civil nos anos 90, com compartilhamento e repasse das funções estatais no atendimento
das necessidades sociais da população para o terceiro setor. Porém, esse fenômeno traz também
consequências negativas, pois retira do Estado a sua responsabilidade na resolução desses
problemas e os transfere para a sociedade civil como única responsável pelo seu enfrentamento.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois há por parte do Estado, uma redução
dos gastos sociais como uma das característica da lógica neoliberal que prega a diminuição e
desresponsabilização estatal em gastos com políticas sociais, focando no crescimento dos lucros
gerados pela economia, fato que caracteriza o Estado mínimo para o social e máximo para o
capital.
A alternativa D está errada, pois as políticas sociais na sociedade capitalista são concebidas
como concessões do Estado e incorporam apenas uma parte das demandas da classe trabalhadora
e das classes populares, pois essas políticas possuem caráter clientelista, focalista e fragmentado,
não sendo desenvolvidas sob a ótica dos direitos.
A alternativa E está errada, pois o aumento das Organizações não governamentais na oferta das
políticas sociais está, muitas vezes, relacionado com a desresponsabilização do Estado no
combate aos problemas sociais que são, em sua maior parte, de sua responsabilidade. O Estado
não pode transferir essa responsabilidade somente para as ONGs e para a sociedade civil,
devendo cumprir seu papel de ser o principal agente no enfrentamento desses problemas. A
sociedade tem uma responsabilidade de auxiliar o Estado nesse enfrentamento e não de substituí-
lo.
30
Na década de 90, as políticas sociais passam a ser tratadas por outra perspectiva.
a) Adoção de uma concepção residual que retira o caráter universal das políticas sociais.
b) Redução da questão social à questão da pobreza, com outra compreensão desse fenômeno.
Comentários
Lembrem-se que a questão pede a alternativa ERRADA, pois pede a EXCEÇÃO do que se
constitui como enfrentamento às políticas sociais no contexto neoliberal.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois não há uma associação entre a questão
social e às desigualdades sociais com a esfera pública por parte do Estado. Nesse contexto, o
Estado quer eximir-se da culpa e da resolução dos problemas sociais, transferindo para a esfera
privada e para a sociedade civil tal responsabilidade e enfrentamento.
Não retrata(m) tendência(s) que incide(m) no campo das políticas sociais o(a):
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Comentários
A alternativa A está errada, pois o Estado quer eximir-se da sua responsabilidade diante da
oferta e da efetivação das políticas sociais, transferindo-a para a sociedade civil.
A alternativa C está errada, pois há, de fato, a lógica da privatização e da mercantilização dos
serviços nas áreas de saúde e educação.
A alternativa E está errada, pois há o desmonte da seguridade social e das políticas sociais de
um modo em geral, acompanhados da fragilização dos espaços de participação e de controle
democrático previstos na Constituição Federal de 1988.
Segundo Netto (2007), embora o combate às desigualdades não faça parte do conjunto
prático ideológico do neoliberalismo, há um elenco neoliberal de programas voltados para
o enfrentamento da pobreza:
Comentários
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A alternativa A está errada, pois as políticas sociais possuem cunho emergencial, são
desenvolvidas de modo focalizado e reduzidas à dimensão assistencial e fragmentada.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois o sistema de proteção social brasileiro
não é desenvolvido com base na implementação de serviços públicos de alta qualidade.
Conforme comentamos anteriormente, é desenvolvido de modo focalizado, assistencialista e
fragmentado.
A alternativa D está errada, pois há por parte do Estado e do setor público a desresponsabilização
diante da oferta e da efetivação das políticas sociais, transferindo-a para a sociedade civil.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois foi no final da República Velha,
especialmente nos anos 20 do século XX, que se inicia as primeiras lutas de trabalhadores no
mercado de trabalho, juntamente com as primeiras iniciativas de legislações voltadas para a
realidade trabalhista. No ano de 1923 deu-se a primeira iniciativa de formato de Política Social
brasileira, com a criação da Lei Eloy Chaves, que instituiu a obrigatoriedade da criação das
Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP's) para determinadas categorias de trabalhadores
(ferroviários). Posteriormente, por volta de 1930 foram criados os Institutos de Aposentadorias
e Pensões (IAP's), expandindo-se para outras categorias de trabalhadores (comerciários,
marítimos, industriais, por exemplo). Essas iniciativas consistiram nos primeiros esboços do
sistema de proteção social brasileiro.
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II. Crítica ao Welfare State, compreendido como responsável pela desmotivação e pela
concorrência desleal.
III. Caberia ao Estado a ampliação dos benefícios sociais, visando assim aquecer o
consumo.
IV. Para a doutrina neoliberal é necessário mais mercado livre e menos Estado social.
a) I e II
b) II e IV
c) III e IV
d) I e IV
Comentários
A assertiva está INCORRETA, pois de acordo com o ideário neoliberal, o Estado deve
enfraquecer a organização da sociedade civil, bem como os movimentos sociais e sindicatos, para
com isso, desarticular qualquer tentativa de empoderamento da população.
II. Crítica ao Welfare State, compreendido como responsável pela desmotivação e pela
concorrência desleal.
A assertiva está CORRETA, pois o neoliberalismo prega que gastos com o social são
desnecessários e que afetarão a economia de modo negativo.
III. Caberia ao Estado a ampliação dos benefícios sociais, visando assim aquecer o
consumo.
IV. Para a doutrina neoliberal é necessário mais mercado livre e menos Estado social.
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A política social no Brasil tem origem nos anos de 1930, associada formalmente a direitos
sociais conquistados pela classe trabalhadora. Acerca do tema, assinale a alternativa
incorreta:
a) A política social brasileira, no contexto de 1930 a 1964, foi submetida a práticas populistas e
nacional-desenvolvimentistas.
b) No período de 1964 a 1985, a política social foi utilizada como compensação ao cerceamento
dos direitos civis e políticos, praticado pelo Estado.
d) Nas décadas de 1990 e 2000, a política social mantém um padrão meritocrático e conservador,
impossibilitando o acesso dos trabalhadores à proteção social.
Comentários
A alternativa B está incorreta, pois em virtude da Ditadura Militar, a política social foi utilizada
como compensação ao cerceamento dos direitos civis e políticos, praticado pelo Estado naquele
momento histórico.
A alternativa C está incorreta, pois o período de 1985 a 1990 refletia um marco para a conquista
de direitos de cidadania inéditos no Brasil com a promulgação da Constituição Federal de 1988.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois apesar dessa época o ideário
neoliberal encontrar-se em pleno vigor, não houve a impossibilidade do acesso dos trabalhadores
à proteção social, uma vez que o neoliberalismo adota políticas sociais assistencialistas e
focalizadas que promovem os mínimos sociais.
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A alternativa E está incorreta, pois a partir do ano de 2016, houve de fato, uma intensa tentativa
de desmonte da seguridade social, com apresentações de projetos de Lei e aprovação de emenda
constitucional, que congelava os gastos públicos para execução das políticas sociais, fruto das
características neoliberais intensamente disseminadas desde a década de 90 e que se aprofunda,
ainda com mais força no Brasil nesse período.
a) numa intervenção profissional que vai na direção do ajustamento dos indivíduos ao seu meio
social, na perspectiva de minimizar conflitos e contribuir para a manutenção da ordem capitalista.
e) na impossibilidade de contribuir para as lutas e movimentos dos trabalhadores, uma vez que
os próprios assistentes sociais, enquanto trabalhadores assalariados, também tiveram seus
direitos reduzidos.
Comentários
De acordo com Behring e Boschetti (2011), os anos 1980 são conhecidos como a década
perdida do ponto de vista econômico, ainda que também sejam lembrados como período
de conquistas democráticas, em função das lutas sociais e da Constituição de 1988.
a) Ocorreu no Brasil forte queda da inflação e crescente investimento nos serviços sociais, apesar
da forte crise entre os países vizinhos.
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b) Houve forte crescimento das taxas de juros nos países ao sul da Linha do Equador, seguida
pela queda das exportações de matérias-primas.
Comentários
A questão pede a alternativa ERRADA. Percebam como isso é recorrente nas provas de
concursos públicos. As bancas examinadoras utilizam-se desse artifício na intenção de fazer o
(a) candidato (a) desatento (a) errar a questão e marcar a alternativa correta.
Fiquem atentos (as) a esses pequenos detalhes que podem fazer o (a) concurseiro (a) perder a
questão e, muitas vezes, ficar desclassificado (a) por causa desses detalhes que parecem
bobagens!
A alternativa A está correta, pois no Brasil não ocorreu uma forte queda da inflação e crescente
investimento nos serviços sociais na década de 1980. Ao contrário do que se afirma, ocorreu uma
hiperinflação nesse período, acompanhada de pouquíssimos investimentos nos serviços e
políticas sociais. Como a questão pede a alternativa errada, esse é o seu gabarito.
A alternativa B está errada, pois de fato, houve forte crescimento das taxas de juros nos países
ao sul da Linha do Equador, considerados países subdesenvolvidos, seguida pela queda das
exportações de matérias-primas, em virtude da crise econômica que assolava esses países e o
mundo.
A alternativa C está errada, pois a década de 80 tida como a década perdida, ocasionou um
estrangulamento da economia latino-americana, a qual entre 1980 e 1985, obteve indicadores
catastróficos, com baixíssimo crescimento do PIB, acompanhado de um alto número de
desemprego e hiperinflação.
A alternativa D está errada, pois houve uma intensificação e aprofundamento das dificuldades
de formulação de políticas econômicas de impacto nos investimentos e na redistribuição de renda
no Brasil e na América Latina, ocasionando drásticos problemas para esses países e suas
populações.
37
c) O Estado de Bem-Estar, por ser uma forma de regulação, não se constitui um processo
dinâmico resultante da relação conflituosa entre interesses contrários e, historicamente, tem se
colocado a serviço precipuamente da classe subalternizada.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois o Estado de Bem-Estar é gerado pelo próprio sistema
capitalista e é considerado um complexo modelo de proteção social, ancorado nos conceitos de
seguridade e cidadania social que satisfaz aos interesses da classe dominante e às necessidades
da classe trabalhadora, sem constituir-se propriamente em um Estado como a sua denominação
afirma.
A alternativa B está incorreta, pois o Estado de Bem-Estar é caracterizado por ser um fenômeno
contraditório, uma vez que ao mesmo tempo visa atender às necessidades sociais da classe
trabalhadora, o faz preservando a integridade e os interesses do modo de produção capitalista e
da classe dominante.
A alternativa C é o gabarito da questão, pois afirma de forma equivocada, que o Estado de Bem-
Estar não se constitui um processo dinâmico resultante da relação conflituosa entre interesses
contrários. Sabemos que o Estado de Bem-Estar surge exatamente dessa relação conflituosa entre
os interesses das classes trabalhadoras que reinvidicavam seus direitos às classes dominantes e
que foi uma estratégia criada para ajudar aos países no enfrentamento da crise econômica que
assolava o mundo no pós Segunda Guerra Mundial, não se colocando à serviço precipuamente
da classe subalternizada como afirma a alternativa. Como a questão pede a alternativa errada,
esse é o gabarito da questão.
Considerando a obra “Políticas Sociais: temas & questões” de Pereira (2011), assinale a
alternativa que representa a compreensão da autora sobre as políticas sociais:
a) A compreensão da política social perpassa pela perspectiva micro, ou seja, sua abordagem é
avessa ao contraditório e à dinâmica relacional.
38
d) A política social possui como função elementar condenar e agir contra as excrecências sociais
e fará sentido se for controlada pelas classes dominadas e funcionar como meio de satisfação das
necessidades sociais e não das necessidades do capital.
Comentários
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois conforme afirma Potyara Pereira em
seu livro "Política Social - Temas e questões": A política social possui como função elementar
condenar e agir contra as excrecências sociais e só fará sentido se for controlada pelas classes
dominadas e funcionar como meio de satisfação das necessidades sociais e não das necessidades
do capital.
Considerando Sposati et al. (2010), para quem as políticas sociais não são simples produtos
unidirecionais e autônomos da burocracia das instituições governamentais, marque a
alternativa que NÃO reflete as reflexões feitas pelas autoras em relação ao assistencial e à
conquista da cidadania:
a) No assistencial está contida a possibilidade de negação dele próprio e de sua constituição como
espaço de expansão da cidadania às classes subalternizadas.
b) O assistencial, como ótica do Estado, visa assegurar amplas condições de vida e de trabalho
aos pobres e, desta forma, gera uma instabilidade à dominação.
c) Por mais paradoxal que possa parecer, o avanço das políticas sociais terminam por ser menos
a ação do Estado em prover a justiça social e mais o resultado das lutas concretas da população.
d) O assistencial, para a população, constitui-se, para além do acesso a bens e serviços, como um
espaço político de luta. É, pois, no espaço das relações sociais que se dá a busca de uma nova
forma de cidadania.
Comentários
A questão pede a alternativa que NÃO reflete as reflexões feitas pelas autoras em relação ao
assistencial e à conquista da cidadania, ou seja, a questão pede a alternativa ERRADA.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Sposati et al. (2010):
39
"A intervenção do Estado, face aos impactos destrutivos que a desigualdade extrema produz,
visa assegurar condições mínimas de vida e de trabalho aos pobres e, desta forma, uma
estabilidade mínima à dominação".
No que se refere às reflexões realizadas por Sposati et al. (2010) no livro “Assistência na
Trajetória das Políticas Sociais Brasileiras: uma questão em análise”, verifica-se que o
assistencial é uma das características em que se expressa a ação do Estado brasileiro nas
políticas governamentais de corte social. Portanto, são características atribuídas ao caráter
assistencial das políticas sociais brasileiras, tendo como contexto histórico o final da década
de 70, EXCETO:
c) O caráter emergencial atribuído às políticas sociais, sendo este entendido como respostas
estatais fragmentadas e eventuais.
d) As políticas sociais brasileiras terminam sendo mais um conjunto de programas, cuja unidade
se faz a reboque dos casuísmos de que surgiram.
Comentários
A alternativa A está correta, pois o caráter assistencial das políticas sociais brasileiras não
objetiva a sua uniformização, universalização e unificação, uma vez que se caracteriza sob a ótica
assistencialista, fragmentada e focalizada. Como a questão pede a alternativa errada, esse é o seu
gabarito.
A alternativa B está incorreta, pois as políticas sociais brasileiras caracterizam-se pelo uso de
mecanismos seletivos como forma de ingresso das demandas sociais, em contraposição à
universalização.
A alternativa C está incorreta, pois as políticas sociais brasileiras possuem caráter emergencial,
baseadas em respostas estatais fragmentadas e de cunho eventual.
A alternativa D está incorreta, pois de fato, as políticas sociais brasileiras são caracterizadas
como um conjunto de programas, constituindo-se como ações fragmentadas avessas ao princípio
de universalidade que deveriam se constituir.
40
Comentários
A alternativa B está errada, pois o neoliberalismo não prega a celeridade das políticas de
assistência estudantil com equilíbrio entre o acesso e a permanência do estudante no ensino
superior. Ao contrário do que se afirma na alternativa, há uma diminuição de acesso dos
estudantes ao ensino superior por diminuição de gastos estatais nesse setor, acompanhado de uma
diminuição da permanência dos estudantes nas universidades.
A alternativa C está errada, pois o neoliberalismo traz como uma de suas consequências o
aumento dos processos de judicialização para o acesso da população aos direitos sociais, uma
vez que esses usuários, na maioria das vezes, só terão seus direitos garantidos por parte do Estado
através da intervenção de medidas judiciais.
A alternativa D está errada, pois ao contrário do que se afirma na alternativa, haverá o aumento
da pobreza e, ao mesmo tempo, das desigualdades sociais.
Comentários
A alternativa A está errada, pois a reestruturação produtiva teve impacto negativo na qualidade
de vida da classe trabalhadora no Brasil, uma vez que promoveu o desemprego estrutural,
precarização das relações de trabalho, diminuição dos salários, dentre outros.
b) A cultura da crise fomentada na década de 1980 foi uma estratégia da sociedade civil para
disputar ideologicamente a constituição da hegemonia com a burguesia, uma vez que ela
estimulava a população a questionar a implementação das políticas neoliberais.
42
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Behring (2009):
Existe uma crise estrutural do capital, que teve início nos anos 70 e perdura até nossos dias.
Assim, o capital, em busca de respostas à sua crise, deflagra um processo de reestruturação
produtiva e empresarial, trazendo profundas mudanças no mundo do trabalho. Com base
no cenário apresentado, assinale a alternativa correta:
a) Historicamente, o Serviço Social sempre foi chamado pelas empresas para eliminar focos de
tensões sociais, criar um comportamento produtivo da força de trabalho, contribuindo para
ampliar o absenteísmo, viabilizar benefícios sociais, atuar em relações humanas na esfera do
trabalho.
b) Com a reestruturação produtiva, o Serviço Social passa a atuar na área de recursos humanos,
na esfera da assessoria gerencial e no apoio à criação dos comportamentos improdutivos, ou seja,
construindo o clima social organizacional.
43
Comentários
A alternativa A está errada, pois historicamente, o Serviço Social sempre foi chamado pelas
empresas para eliminar focos de tensões sociais, criar um comportamento produtivo da força de
trabalho, contribuindo para diminuir o absenteísmo, viabilizar benefícios sociais, atuar em
relações humanas na esfera do trabalho.
A alternativa B está errada, pois com a reestruturação produtiva, o Serviço Social passa a atuar
na área de recursos humanos, na esfera da assessoria gerencial e no apoio à criação dos
comportamentos produtivos, ou seja, construindo o clima social organizacional.
A alternativa C está errada, pois visando diminuir os conflitos entre capital e trabalho e
envolver os trabalhadores com as metas das empresas, os assistentes sociais buscam realizar
políticas externas e práticas de gestão pública, integrando-as aos programas organizacionais para
garantia de direitos do trabalhador.
A crise capitalista dos últimos 30 anos, somada à reestruturação produtiva, tem como
resultado a exponenciação da “questão social” e o aumento da pobreza. Uma das
consequências, para o Serviço Social, do deslocamento da atenção à pobreza da esfera
pública dos direitos para a dimensão privada do dever moral, é:
Comentários
44
A alternativa A está errada, pois a reestruturação produtiva e a lógica neoliberal não objetivavam
promover a qualificação profissional dos trabalhadores, uma vez que visavam a retirada de seus
direitos e a diminuição dos postos de trabalhos, aliado a precarização das condições trabalhistas.
Os direitos sociais surgiram em razão do tratamento desumano vivido pela classe operária
e os excessos capitalistas durante a Revolução Industrial. Diante desse tratamento
opressivo, diversos países positivaram em suas constituições os direitos sociais. No Brasil,
os direitos sociais estiveram presentes em todas as constituições, umas com mais intensidade
e em outras menos, merecendo destaque a atual Carta Magna, também chamada de
Constituição Cidadã. Sobre a trajetória dos direitos sociais, assinale a afirmativa
INCORRETA:
b) A Constituição da República Federativa do Brasil, em seu Artigo 6º, estabelece que todos os
cidadãos têm direito “à educação, à saúde, ao trabalho, à moradia, ao lazer, à segurança, à
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados”.
c) A afirmação dos “direitos sociais” derivou da constatação da fragilidade dos “direitos liberais”,
quando o homem, a favor do qual se proclama liberdades, não satisfez ainda necessidades
primárias: alimentar-se, vestir-se, morar, ter condições de saúde, ter segurança diante da doença,
da velhice, do desemprego e dos outros percalços da vida.
45
Comentários
A alternativa A está correta, pois afirmar que os direitos fundamentais nunca representaram
efetivamente a garantia dos cidadãos é uma informação equivocada, uma vez que houve
historicamente uma luta por esses direitos, que teve materialidade a partir da Constituição Federal
de 1988.
d) propicia a manipulação dos programas sociais para angariar subsídios e incentivos fiscais.
Comentários
De acordo com Behring & Boschetti (2006), os anos 90 até os dias de hoje têm sido de
contrarreforma do Estado e de obstaculização e/ou redirecionamento das conquistas da
Constituição de 1988 (CF/88), fruto da ideologia neoliberal implantada no Brasil, que
trouxe impactos significativos para a política social, como a expansão do desemprego e da
violência.
46
b) As classes dominantes brasileiras tinham a seu favor um grande carisma e uma natureza
submissa, popular, pragmática, e com planos, a médio e longo prazo, para reconstrução do Estado
brasileiro, dentro de padrões liberais.
c) Uma abrangente contrarreforma do Estado ocorreu no país, cujo sentido foi definido por
fatores estruturais e conjunturais externos e internos e pela disposição política da coalizão de
centro-direita, protagonizada por Fernando Henrique Cardoso.
d) A contrarreforma só foi possível a partir de algumas condições gerais que ocorreram em anos
anteriores, como, por exemplo, o período da Ditadura Militar, o refluxo dos movimentos sociais
e a ascensão da economia brasileira nos anos 80.
Comentários
A alternativa A está errada, pois na década de 90 houve a difusão e desenvolvimento das ideias
neoliberais, o que causou o falecimento do Estado de Bem-Estar Social. Houve uma reformatação
do Estado brasileiro para aderir ao neoliberalismo e à contrarreforma do Estado.
A alternativa B está errada, pois as classes dominantes brasileiras não tinham a seu favor um
grande carisma e uma natureza submissa, popular, pragmática e seus planos para reconstrução
do Estado brasileiro, dentro de padrões liberais eram a curto prazo e não a médio e longo prazo
conforme afirma a alternativa.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com as referidas autoras:
"Ao longo dos anos 1990, propagou-se na mídia falada e escrita e nos meios políticos e
intelectuais brasileiros uma avassaladora campanha em torno de reformas. A era Fernando
Henrique Cardoso (FHC) foi marcada por esse mote, que já vinha de Collor (...). Reformulando-
se o Estado, com ênfase especial nas privatizações e na previdência social, e, acima de tudo,
desprezando as conquistas de 1988 no terreno da Seguridade Social e outros - a carta
constitucional era vista como perdulária e atrasada - estaria aberto o caminho para o novo
"projeto de modernidade". O principal documento orientador dessa projeção foi o Plano Diretor
da Reforma do Estado (PDRE/MARE,1995), amplamente afinado com as formulações de
Bresser Pereira, então à frente do Ministério da Administração e da Reforma do Estado
(MARE).
A alternativa D está errada, pois a alternativa afirma, de forma equivocada, que a contrarreforma
só foi possível a partir de algumas condições gerais que ocorreram em anos anteriores, como, por
exemplo, o período da Ditadura Militar, o refluxo dos movimentos sociais e a ascensão da
economia brasileira nos anos 80. A década de 80 foi marcada por uma crise econômica, não
houve o refluxo dos movimentos sociais, visto que se encontravam a todo vapor, em decorrência
do movimento pela redemocratização do país e a Ditadura Militar já estava dando os seus
"últimos suspiros" em finais da década de 70 e início da década de 80.
47
A alternativa E está errada, pois as reformas empreendidas no Brasil não tiveram um caráter
democrático e não objetivavam superar o superar o Estado burguês. Ao contrário, visavam
fortalecer esse Estado e a classe dominante, negando princípios constitucionais como:
universalidade, direitos sociais, dentre outros.
Considerando a discussão traçada por Behring (2008), qual opção define corretamente a
expressão contrarreforma, pautando-se na análise do cenário conjuntural brasileiro?
Comentários
A alternativa B está errada, pois não representa um pacto entre as classes, visto que somente
representa os interesses da classe dominante e tem consequências negativas na classe dominada.
Outro erro da questão é afirmar que a CF de 1988 é o maior símbolo da contrarreforma, pois a
Carta Magna vai de encontro aos preceitos antidemocráticos e que não diminuem os direitos dos
trabalhadores, causando-lhes uma série de consequências negativas. Além disso, a
contrarreforma foi um "fenômeno" desenvolvido na década de 90 e não durante o processo de
transição democrática, como afirma a alternativa.
48
A alternativa E está errada, pois não foram promovidas reformas que retiram a tutela estatal
sobre os cidadãos, mas sim reformas que reforçam essa ideia. Além disso, causou o aumento das
refratoriedades da questão social sobre a população e não a diminuição, conforme afirma de
forma equivocada a alternativa.
De acordo com Pereira (2011), que apresenta algumas concepções e propostas acerca da
política social, assinale a opção INCORRETA:
b) A política social representa um conceito complexo que não condiz com a concepção
pragmática de mera providência ou alocação de decisões tomadas pelo Estado e implementadas
verticalmente na sociedade.
c) A política social tem que ser vista como uma política que, antes do questionamento sobre os
recursos a serem distribuídos, considera a desigualdade entre os cidadãos na estrutura de classes
da sociedade.
d) Os direitos sociais e as necessidades humanas se efetivam por meio da política social, sendo
atendidos sob a ótica da cidadania ampliada.
e) a política social, quanto a sua conformação como política, está inserida e se põe num processo
que vai além dos períodos de tomada de decisão, bem como de escolha, estudados pela ciência
política.
Comentários
A alternativa A está correta, pois a política social ou Welfare State representa um processo
dinâmico entre interesses, geralmente de classes, o qual irá atender aos interesses da classe
dominante e as necessidades da classe subalterna, ou seja, atenderá distintos interesses das duas
classes sociais e não somente da classe dominada, conforme afirma de forma equivocada a
alternativa. Como queremos a alternativa errada, esse é o gabarito da questão.
49
Behring e Boschetti (2013) citam que o centro da reforma do estado brasileiro, na década
de 1990, foi o ajuste fiscal. O reformismo neoliberal trouxe em si uma forte incoerência
entre o discurso da chamada reforma e a política econômica. Segundo as autoras, as
políticas sociais não deixaram de existir, no entanto suas formulações foram capturadas
por uma lógica de adaptação ao novo contexto. Daí decorre o trinômio do neoliberalismo
para as políticas sociais.
Comentários
Uma questão sobre o famoso "trinômio FDP" abordado por Behring e Boschetti em seu livro "
Políticas sociais: fundamentos e história.
"A 'reforma', tal como foi conduzida, acabou tendo um impacto pífio em termos de aumentar a
capacidade de implementação eficiente de políticas públicas, considerando sua relação com a
política econômica e o boom da dívida pública. Houve uma forte tendência de
desresponsabilização pela política social - em nome da qual se faria a 'reforma' -, acompanhada
do desprezo pelo padrão constitucional de seguridade social. Isso ocorreu vis-à-vis um
crescimento da demanda social, associado ao aumento do desemprego e da pobreza,
aprofundados pela macroeconomia do Plano Real. Isso significou uma ausência de política
social? Claro que não, mas as formulações de política social foram capturadas por uma lógica
de adaptação ao novo contexto. Daí decorre o trinômio do neoliberalismo para as políticas
sociais - privatização, focalização/seletividade e descentralização (...)". (GRIFOS
NOSSOS).
50
Comentários
Em “Assistência na Trajetória das Políticas Sociais Brasileiras” (Sposati) foi discorrido que
o significado da prática do assistente social se desenvolve em quase um movimento pendular
entre prover bens e serviços à população, representar o apoio do Estado e constituir uma
força na direção do avanço da presença dos interesses e da organização popular como
forma de desmascarar o ilusório. Há de se ter presente que as ações das políticas sociais
apresentam uma dupla face de reforço da exclusão e esperança de usufruto de bens e
serviços que acabam por se converter em possibilidade de mobilização popular pela
conquista e apropriação destes. Nesta seara, as políticas sociais antecipam as necessidades
da população e apresentam as seguintes tendências em relação aos conflitos e às lutas
populares:
Comentários
Essa é uma questão daquelas que conhecemos como "casca de banana", pois apresenta as
alternativas bem parecidas umas com as outras. Percebam que a banca examinadora mudar
apenas os verbos nas três primeiras alternativas, na intenção de confundir a cabeça do (a)
candidato (a). Muito cuidado com questões desde tipo.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois as políticas sociais objetivam dar
respostas às necessidades das classes trabalhadoras na intenção de abafar os conflitos de classes
e desmobilizar as lutas populares, promovendo o controle dos trabalhadores para trazer
benefícios ao capital.
51
Segundo Behring e Boschetti (2006), a avaliação das políticas sociais ultrapassa a utilização
de técnicas racionais e métodos preocupados com a relação custo/benefício e/ou eficiência
e eficácia, e deve se situar na compreensão do
significado________________________________________.
Comentários
A questão cobra na sua alternativa correta, o texto exato do artigo "Avaliação de políticas,
programas e projetos sociais" da autora Ivanete Boschetti, que compõe a coletânea "Serviço
Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais", organizada pelo CFESS e pela ABEPSS.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Boschetti (2009):
No texto, “Serviço Social e política social: 80 anos de uma relação visceral", Behring e
Boschetti (in Silva 2016) descrevem o vínculo ontológico entre Política Social e Serviço
Social, afirmando, sobretudo, que o Serviço Social no Brasil hoje tem uma grande
responsabilidade pela política social. De acordo com os autores é correto afirmar que:
b) a resultado do trabalho profissional dos assistentes sociais estará sempre determinado, por um
lado, peias políticas sociais, que estão longe de garantir a universalidade e a redução da
desigualdade estrutural, e por outro lado, pela sua condição de trabalhador inserido na divisão
sociotécnica do trabalho.
52
c) é comum que o Serviço Social se confunda com algumas políticas sociais, vinculando-se
exclusivamente a alguma delas, instituindo-se e consubstanciando-se materialmente no processo
teórico-politico de sua condução.
d) apesar de sua condição sociopolítica privilegiada, nas últimas três décadas, o Serviço Social
perdeu a oportunidade de se firmar como fundamental campo de reflexão, formulação e
teorização crítica sobre a política social na sociabilidade capitalista.
Comentários
Essa é uma daquelas questões "maliciosas" tipo "casca de banana" que se você, querido (a)
concurseiro (a), não estiver bem atento (a) aos detalhes das alternativas, acaba passando
despercebido (a) e até perdendo a questão. Vamos analisar as alternativas.
A alternativa A está errada, pois apesar da intervenção no campo das políticas sociais ter sofrido
consequências em virtude da diminuição e despriorização das Políticas Sociais no cenário
neoliberal, em decorrência do desmonte do Estado Social e do retrocesso de direitos, não deixou
de constituir-se no principal espaço de atuação profissional do Assistente Social.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois de fato, o trabalho profissional dos
assistentes sociais estará sempre determinado pelas implementação, execução e gerenciamento
de Políticas Sociais, as quais não garantem a universalidade e não reduz as desigualdades de
classes presentes no sistema capitalista, pois historicamente o Brasil desenvolveu suas Políticas
baseadas no assistencialismo, fragmentação e descontinuidade das ações. A partir da CF de 1988
tais Políticas ganham o status de direito, mas continuam ainda sendo desenvolvidas sob a ótica
da privatização, focalização e descentralização, como afirmar as autoras Behring e Boschetti.
Aliado a isso, o Assistente Social é um trabalhador assalariado que depende do desenvolvimento
de sua força de trabalho para sobreviver, uma vez que é trabalhador inserido na divisão
sociotécnica do trabalho e necessita do desenvolvimento dessas Políticas Sociais e do
enfrentamento da Questão Social para existir enquanto profissão.
A alternativa C está errada, pois o Serviço Social não se confunde com políticas sociais e não
se vincula exclusivamente a nenhuma delas.
A alternativa D está errada, pois o Serviço Social não pode se firmar como fundamental campo
de reflexão, formulação e teorização crítica sobre a política social na sociabilidade capitalista
pois não se constitui como ciência. Utiliza-se das ciências sociais e outras áreas afins para
promover essa reflexão.
A alternativa E está errada, pois em contexto de crise, as políticas sociais são os principais alvos
de cortes do Estado, o qual não atua no combate à sua mercantilização, à sua focalização e à sua
privatização.
53
O Serviço Social tem compromisso com os direitos civis, sociais e políticos e as políticas
sociais. Sobre o assunto dos direitos e a trajetória das políticas sociais no Brasil, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Comentários
A questão está ERRADA, pois de acordo com as autoras Behring e Boschetti, em seu livro
"Política Social: fundamentos e história:
"Assim, a tendência geral tem sido a de restrição de redução de direitos, sob a argumento da
crise fiscal do Estado, transformando as políticas sociais - a depender da correlação de forças
entre as classes sociais e segmentos de classe e do grau de consolidação da democracia e da
política social nos países - em ações pontuais e compensatórias direcionadas para os efeitos
mais perversos da crise. As possibilidades preventivas e até eventualmente redistributivas
tornam-se mais limitadas, prevalecendo o já referido trinômio articulado do ideário neoliberal
para as políticas sociais, qual seja: a privatização, a focalização e a descentralização".
(GRIFOS NOSSOS).
O Serviço Social tem compromisso com os direitos civis, sociais e políticos e as políticas
sociais. Sobre o assunto dos direitos e a trajetória das políticas sociais no Brasil, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Comentários
A questão está ERRADA, pois de fato, a construção das políticas sociais é decorrente do
processo de exploração capitalista e das lutas sociais da classe trabalhadora. Porém, não expressa
54
os interesses exclusivos da classe dominante, uma vez que expressa os interesses das classes
dominantes e as necessidades das classes trabalhadoras.
Outro erro da questão é o fato dela afirmar que a construção de políticas sociais remonta a um
movimento linear e unilateral no processo de exploração capitalista. Esse processo não é dado de
forma linear e unilateral, uma vez que por trás dele há uma intensa luta de classes.
O Serviço Social tem compromisso com os direitos civis, sociais e políticos e as políticas
sociais. Sobre o assunto dos direitos e a trajetória das políticas sociais no Brasil, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Comentários
A questão está CERTA, pois conforme já comentamos anteriormente, a construção das políticas
sociais é decorrente do processo de exploração capitalista e das lutas sociais da classe
trabalhadora, expressando os interesses das classes dominantes e as necessidades das classes
trabalhadoras.
O Serviço Social tem compromisso com os direitos civis, sociais e políticos e as políticas
sociais. Sobre o assunto dos direitos e a trajetória das políticas sociais no Brasil, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Comentários
A questão está ERRADA, pois as políticas sociais são, de fato, interpretadas à luz da perspectiva
marxista, porém, possuem expressão nas múltiplas questões da realidade social que são
constantemente mutáveis, não se apresentando como fato social isolado.
55
Comentários
A questão novamente trata do famoso trinômio abordado pelas autoras Elaine Behring e Ivanete
Boschetti, em seu livro "Política Social: fundamentos e história.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Behring e Boschetti
(2008):
"Assim, a tendência geral tem sido a de restrição de redução de direitos, sob a argumento da
crise fiscal do Estado, transformando as políticas sociais - a depender da correlação de forças
entre as classes sociais e segmentos de classe e do grau de consolidação da democracia e da
política social nos países - em ações pontuais e compensatórias direcionadas para os efeitos
mais perversos da crise. As possibilidades preventivas e até eventualmente redistributivas
tornam-se mais limitadas, prevalecendo o já referido trinômio articulado do ideário neoliberal
para as políticas sociais, qual seja: a privatização, a focalização e a descentralização".
(GRIFOS NOSSOS).
Behring e Boschetti (2013) citam que o centro da reforma do estado brasileiro, na década
de 1990, foi o ajuste fiscal. O reformismo neoliberal trouxe em si uma forte incoerência
entre o discurso da chamada reforma e a política econômica. Segundo as autoras, as
políticas sociais não deixaram de existir, no entanto suas formulações foram capturadas
por uma lógica de adaptação ao novo contexto. Daí decorre o trinômio do neoliberalismo
para as políticas sociais.
56
Comentários
A questão novamente trata do famoso trinômio abordado pelas autoras Elaine Behring e Ivanete
Boschetti, em seu livro "Política Social: fundamentos e história. Perceba como ele é abordado
com muita frequência pelas provas...
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Behring e Boschetti
(2008):
"Assim, a tendência geral tem sido a de restrição de redução de direitos, sob a argumento da
crise fiscal do Estado, transformando as políticas sociais - a depender da correlação de forças
entre as classes sociais e segmentos de classe e do grau de consolidação da democracia e da
política social nos países - em ações pontuais e compensatórias direcionadas para os efeitos
mais perversos da crise. As possibilidades preventivas e até eventualmente redistributivas
tornam-se mais limitadas, prevalecendo o já referido trinômio articulado do ideário neoliberal
para as políticas sociais, qual seja: a privatização, a focalização e a descentralização".
(GRIFOS NOSSOS).
d) Ocorre uma ampliação das políticas sociais e aumento na extensão de sua cobertura devido à
parceria entre iniciativa privada e Estado no trato com o social.
Comentários
57
A alternativa A está errada, pois o contexto neoliberal não faz esforço em realizar a garantia dos
direitos sociais, bem como não possui uma política redistributiva. Ao contrário do que é afirmado
na alternativa, o neoliberalismo não enfatiza gastos na área social, pois acreditar serem "gastos
desnecessários. Promove também a redução de direitos e realiza ações pontuais e compensatórias
direcionadas para os efeitos mais perversos da crise. As possibilidades preventivas e até
eventualmente redistributivas tornam-se mais limitadas, prevalecendo o já referido trinômio
articulado do ideário neoliberal para as políticas sociais que as autoras Behring e Boschetti (2008)
chamam de privatização, focalização e descentralização.
A alternativa B está errada, pois as políticas sociais no contexto neoliberal não são
implementadas sob a ótica da ampliação dos direitos de cidadania, mas sim através de ações
pontuais e compensatórias, de cunho assistencialista.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois de fato, a lógica pregada pelo
neoliberalismo realiza um enxugamento, racionalização e restrição das políticas em relação a
programas sociais cada vez mais seletivos, focalizados e emergenciais que não resolvem, de fato,
as manifestações da questão social como pobreza, violência, favelização, dentre outras
expressões.
A alternativa D está errada, pois não ocorre uma ampliação das políticas sociais nem o aumento
na extensão de sua cobertura devido à parceria entre iniciativa privada e Estado no trato com o
social. Ao contrário do que afirma essa alternativa, o Estado coloca nas mãos da iniciativa privada
(através de ações voluntaristas) o trato pontual e focalizado com ações de cunho social,
desresponsabilizando-se do enfrentamento da questão social.
a) Apelo à filantropia.
58
Comentários
Perceba, queridos (as) concurseiros (as) que a questão pede a alternativa errada. Destaque essa
informação para não se confundir na hora de responder a questão.
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LISTA DE QUESTÕES
1. (IBADE)/Pref. de Ji-Paraná - RO/ASSISTENTE SOCIAL-2018)
c) da Constituição de 1988 que inaugura uma nova lógica de efetivação da proteção social.
b) As políticas sociais no Brasil tiveram, nos anos 80, formulações mais impactantes na vida dos
trabalhadores e ganharam mais impulso, após o processo de transição política desenvolvido em
uma conjuntura de agravamento das questões sociais e escassez de recursos.
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b) A partir dos anos 1990, houve um aumento das parcerias entre o Estado e a sociedade civil,
com compartilhamento e repasse das funções estatais no atendimento das necessidades sociais
da população para o terceiro setor. Esse fenômeno não traz impactos negativos para o cidadão
nem para a sociedade, uma vez que o indivíduo continuará a ser assistido em suas necessidades.
c) Na esfera estatal, constata‐se que o Estado realiza a redução dos gastos sociais, o que contribui
para o processo de desresponsabilização na oferta das políticas sociais, caracterizando o Estado
Mínimo.
e) O aumento das organizações não governamentais na oferta das políticas sociais está
diretamente relacionado com o fortalecimento da sociedade civil, com o aumento do controle
social por parte da população e com a conquista de direitos sociais.
Na década de 90, as políticas sociais passam a ser tratadas por outra perspectiva.
a) Adoção de uma concepção residual que retira o caráter universal das políticas sociais.
b) Redução da questão social à questão da pobreza, com outra compreensão desse fenômeno.
Não retrata(m) tendência(s) que incide(m) no campo das políticas sociais o(a):
Segundo Netto (2007), embora o combate às desigualdades não faça parte do conjunto
prático ideológico do neoliberalismo, há um elenco neoliberal de programas voltados para
o enfrentamento da pobreza:
II. Crítica ao Welfare State, compreendido como responsável pela desmotivação e pela
concorrência desleal.
III. Caberia ao Estado a ampliação dos benefícios sociais, visando assim aquecer o
consumo.
IV. Para a doutrina neoliberal é necessário mais mercado livre e menos Estado social.
a) I e II
b) II e IV
c) III e IV
d) I e IV
A política social no Brasil tem origem nos anos de 1930, associada formalmente a direitos
sociais conquistados pela classe trabalhadora. Acerca do tema, assinale a alternativa
incorreta:
a) A política social brasileira, no contexto de 1930 a 1964, foi submetida a práticas populistas e
nacional-desenvolvimentistas.
b) No período de 1964 a 1985, a política social foi utilizada como compensação ao cerceamento
dos direitos civis e políticos, praticado pelo Estado.
d) Nas décadas de 1990 e 2000, a política social mantém um padrão meritocrático e conservador,
impossibilitando o acesso dos trabalhadores à proteção social.
a) numa intervenção profissional que vai na direção do ajustamento dos indivíduos ao seu meio
social, na perspectiva de minimizar conflitos e contribuir para a manutenção da ordem capitalista.
e) na impossibilidade de contribuir para as lutas e movimentos dos trabalhadores, uma vez que
os próprios assistentes sociais, enquanto trabalhadores assalariados, também tiveram seus
direitos reduzidos.
De acordo com Behring e Boschetti (2011), os anos 1980 são conhecidos como a década
perdida do ponto de vista econômico, ainda que também sejam lembrados como período
de conquistas democráticas, em função das lutas sociais e da Constituição de 1988.
a) Ocorreu no Brasil forte queda da inflação e crescente investimento nos serviços sociais, apesar
da forte crise entre os países vizinhos.
b) Houve forte crescimento das taxas de juros nos países ao sul da Linha do Equador, seguida
pela queda das exportações de matérias-primas.
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c) O Estado de Bem-Estar, por ser uma forma de regulação, não se constitui um processo
dinâmico resultante da relação conflituosa entre interesses contrários e, historicamente, tem se
colocado a serviço precipuamente da classe subalternizada.
Considerando a obra “Políticas Sociais: temas & questões” de Pereira (2011), assinale a
alternativa que representa a compreensão da autora sobre as políticas sociais:
a) A compreensão da política social perpassa pela perspectiva micro, ou seja, sua abordagem é
avessa ao contraditório e à dinâmica relacional.
d) A política social possui como função elementar condenar e agir contra as excrecências sociais
e fará sentido se for controlada pelas classes dominadas e funcionar como meio de satisfação das
necessidades sociais e não das necessidades do capital.
Considerando Sposati et al. (2010), para quem as políticas sociais não são simples produtos
unidirecionais e autônomos da burocracia das instituições governamentais, marque a
alternativa que NÃO reflete as reflexões feitas pelas autoras em relação ao assistencial e à
conquista da cidadania:
a) No assistencial está contida a possibilidade de negação dele próprio e de sua constituição como
espaço de expansão da cidadania às classes subalternizadas.
b) O assistencial, como ótica do Estado, visa assegurar amplas condições de vida e de trabalho
aos pobres e, desta forma, gera uma instabilidade à dominação.
c) Por mais paradoxal que possa parecer, o avanço das políticas sociais terminam por ser menos
a ação do Estado em prover a justiça social e mais o resultado das lutas concretas da população.
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d) O assistencial, para a população, constitui-se, para além do acesso a bens e serviços, como um
espaço político de luta. É, pois, no espaço das relações sociais que se dá a busca de uma nova
forma de cidadania.
No que se refere às reflexões realizadas por Sposati et al. (2010) no livro “Assistência na
Trajetória das Políticas Sociais Brasileiras: uma questão em análise”, verifica-se que o
assistencial é uma das características em que se expressa a ação do Estado brasileiro nas
políticas governamentais de corte social. Portanto, são características atribuídas ao caráter
assistencial das políticas sociais brasileiras, tendo como contexto histórico o final da década
de 70, EXCETO:
c) O caráter emergencial atribuído às políticas sociais, sendo este entendido como respostas
estatais fragmentadas e eventuais.
d) As políticas sociais brasileiras terminam sendo mais um conjunto de programas, cuja unidade
se faz a reboque dos casuísmos de que surgiram.
b) A cultura da crise fomentada na década de 1980 foi uma estratégia da sociedade civil para
disputar ideologicamente a constituição da hegemonia com a burguesia, uma vez que ela
estimulava a população a questionar a implementação das políticas neoliberais.
Existe uma crise estrutural do capital, que teve início nos anos 70 e perdura até nossos dias.
Assim, o capital, em busca de respostas à sua crise, deflagra um processo de reestruturação
produtiva e empresarial, trazendo profundas mudanças no mundo do trabalho. Com base
no cenário apresentado, assinale a alternativa correta:
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a) Historicamente, o Serviço Social sempre foi chamado pelas empresas para eliminar focos de
tensões sociais, criar um comportamento produtivo da força de trabalho, contribuindo para
ampliar o absenteísmo, viabilizar benefícios sociais, atuar em relações humanas na esfera do
trabalho.
b) Com a reestruturação produtiva, o Serviço Social passa a atuar na área de recursos humanos,
na esfera da assessoria gerencial e no apoio à criação dos comportamentos improdutivos, ou seja,
construindo o clima social organizacional.
A crise capitalista dos últimos 30 anos, somada à reestruturação produtiva, tem como
resultado a exponenciação da “questão social” e o aumento da pobreza. Uma das
consequências, para o Serviço Social, do deslocamento da atenção à pobreza da esfera
pública dos direitos para a dimensão privada do dever moral, é:
Os direitos sociais surgiram em razão do tratamento desumano vivido pela classe operária
e os excessos capitalistas durante a Revolução Industrial. Diante desse tratamento
opressivo, diversos países positivaram em suas constituições os direitos sociais. No Brasil,
os direitos sociais estiveram presentes em todas as constituições, umas com mais intensidade
e em outras menos, merecendo destaque a atual Carta Magna, também chamada de
Constituição Cidadã. Sobre a trajetória dos direitos sociais, assinale a afirmativa
INCORRETA:
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b) A Constituição da República Federativa do Brasil, em seu Artigo 6º, estabelece que todos os
cidadãos têm direito “à educação, à saúde, ao trabalho, à moradia, ao lazer, à segurança, à
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados”.
c) A afirmação dos “direitos sociais” derivou da constatação da fragilidade dos “direitos liberais”,
quando o homem, a favor do qual se proclama liberdades, não satisfez ainda necessidades
primárias: alimentar-se, vestir-se, morar, ter condições de saúde, ter segurança diante da doença,
da velhice, do desemprego e dos outros percalços da vida.
d) propicia a manipulação dos programas sociais para angariar subsídios e incentivos fiscais.
De acordo com Behring & Boschetti (2006), os anos 90 até os dias de hoje têm sido de
contra-reforma do Estado e de obstaculização e/ou redirecionamento das conquistas da
Constituição de 1988 (CF/88), fruto da ideologia neoliberal implantada no Brasil, que
trouxe impactos significativos para a política social, como a expansão do desemprego e da
violência.
b) As classes dominantes brasileiras tinham a seu favor um grande carisma e uma natureza
submissa, popular, pragmática, e com planos, a médio e longo prazo, para reconstrução do Estado
brasileiro, dentro de padrões liberais.
c) Uma abrangente contrarreforma do Estado ocorreu no país, cujo sentido foi definido por
fatores estruturais e conjunturais externos e internos e pela disposição política da coalizão de
centro-direita, protagonizada por Fernando Henrique Cardoso.
d) A contrarreforma só foi possível a partir de algumas condições gerais que ocorreram em anos
anteriores, como, por exemplo, o período da Ditadura Militar, o refluxo dos movimentos sociais
e a ascensão da economia brasileira nos anos 80.
Considerando a discussão traçada por Behring (2008), qual opção define corretamente a
expressão contra-reforma, pautando-se na análise do cenário conjuntural brasileiro?
De acordo com Pereira (2011), que apresenta algumas concepções e propostas acerca da
política social, assinale a opção INCORRETA:
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b) A política social representa um conceito complexo que não condiz com a concepção
pragmática de mera providência ou alocação de decisões tomadas pelo Estado e implementadas
verticalmente na sociedade.
c) A política social tem que ser vista como uma política que, antes do questionamento sobre os
recursos a serem distribuídos, considera a desigualdade entre os cidadãos na estrutura de classes
da sociedade.
d) Os direitos sociais e as necessidades humanas se efetivam por meio da política social, sendo
atendidos sob a ótica da cidadania ampliada.
e) a política social, quanto a sua conformação como política, está inserida e se põe num processo
que vai além dos períodos de tomada de decisão, bem como de escolha, estudados pela ciência
política.
Behring e Boschetti (2013) citam que o centro da reforma do estado brasileiro, na década
de 1990, foi o ajuste fiscal. O reformismo neoliberal trouxe em si uma forte incoerência
entre o discurso da chamada reforma e a política econômica. Segundo as autoras, as
políticas sociais não deixaram de existir, no entanto suas formulações foram capturadas
por uma lógica de adaptação ao novo contexto. Daí decorre o trinômio do neoliberalismo
para as políticas sociais.
Em “Assistência na Trajetória das Políticas Sociais Brasileiras” (Sposati) foi discorrido que
o significado da prática do assistente social se desenvolve em quase um movimento pendular
entre prover bens e serviços à população, representar o apoio do Estado e constituir uma
força na direção do avanço da presença dos interesses e da organização popular como
forma de desmascarar o ilusório. Há de se ter presente que as ações das políticas sociais
apresentam uma dupla face de reforço da exclusão e esperança de usufruto de bens e
serviços que acabam por se converter em possibilidade de mobilização popular pela
conquista e apropriação destes. Nesta seara, as políticas sociais antecipam as necessidades
da população e apresentam as seguintes tendências em relação aos conflitos e às lutas
populares:
Segundo Behring e Boschett (2006), a avaliação das políticas sociais ultrapassa a utilização
de técnicas racionais e métodos preocupados com a relação custo/benefício e/ou eficiência
e eficácia, e deve se situar na compreensão do
significado________________________________________.
No texto, “Serviço Social e política social: 80 anos de uma relação visceral", Behring e
Boschetti (in Silva 2016) descrevem o vínculo ontológico entre Política Social e Serviço
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Social, afirmando, sobretudo, que o Serviço Social no Brasil hoje tem uma grande
responsabilidade pela política social. De acordo com os autores é correto afirmar que:
b) a resultado do trabalho profissional dos assistentes sociais estará sempre determinado, por um
lado, peias políticas sociais, que estão longe de garantir a universalidade e a redução da
desigualdade estrutural, e por outro lado, pela sua condição de trabalhador inserido na divisão
sociotécnica do trabalho.
c) é comum que o Serviço Social se confunda com algumas políticas sociais, vinculando-se
exclusivamente a alguma delas, instituindo-se e consubstanciando-se materialmente no processo
teórico-politico de sua condução.
d) apesar de sua condição sociopolítica privilegiada, nas últimas três décadas, o Serviço Social
perdeu a oportunidade de se firmar como fundamental campo de reflexão, formulação e
teorização crítica sobre a política social na sociabilidade capitalista.
O Serviço Social tem compromisso com os direitos civis, sociais e políticos e as políticas
sociais. Sobre o assunto dos direitos e a trajetória das políticas sociais no Brasil, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
O Serviço Social tem compromisso com os direitos civis, sociais e políticos e as políticas
sociais. Sobre o assunto dos direitos e a trajetória das políticas sociais no Brasil, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
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( ) Errado
O Serviço Social tem compromisso com os direitos civis, sociais e políticos e as políticas
sociais. Sobre o assunto dos direitos e a trajetória das políticas sociais no Brasil, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
O Serviço Social tem compromisso com os direitos civis, sociais e políticos e as políticas
sociais. Sobre o assunto dos direitos e a trajetória das políticas sociais no Brasil, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
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Behring e Boschetti (2013) citam que o centro da reforma do estado brasileiro, na década
de 1990, foi o ajuste fiscal. O reformismo neoliberal trouxe em si uma forte incoerência
entre o discurso da chamada reforma e a política econômica. Segundo as autoras, as
políticas sociais não deixaram de existir, no entanto suas formulações foram capturadas
por uma lógica de adaptação ao novo contexto. Daí decorre o trinômio do neoliberalismo
para as políticas sociais.
d) Ocorre uma ampliação das políticas sociais e aumento na extensão de sua cobertura devido à
parceria entre iniciativa privada e Estado no trato com o social.
a) Apelo à filantropia.
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GABARITO
1. C 21. A
2. C 22. B
3. C 23. C
4. C 24. A
5. D 25. A
6. B 26. D
7. A 27. A
8. B 28. C
9. D 29. C
10. D 30. B
15. A 35. C
16. A 36. D
17. B 37. C
18. A 38. C
19. D
20. C
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEHRING, E. R. Brasil em contrarreforma: desestruturação do Estado e perda de direitos.
Editora Cortez. São Paulo, 2003.
IAMAMOTO, M. V.; CARVALHO, R. de. Relações sociais e serviço social no Brasil: esboço
de uma interpretação histórico- metodológica. 2 ed. São Paulo: Cortez; [Lima, Peru]: Celats,
1983.
PEREIRA, Potyara A. P. Política Social: temas e questões. São Paulo: Cortez, 2008.
SPOSATI, Aldaíza de Oliveira. Assistência na trajetória das políticas sociais brasileiras: uma
questão em análise, 8.ed. São Paulo. Cortez, 2003.
YAZBEK, Maria Carmelita. Classes subalternas e assistência social. São Paulo: Cortez, 1993.
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