Biologia Celular II
Biologia Celular II
Biologia Celular II
BIOLOGIA CELULAR
2009/2010
Licenciatura em Biologia
Justin Pereira
1º Semestre
Índice
Biologia Celular
Revisão de conceitos
Células
Organismos compostos por uma única célula – Unicelulares (muito diversificados e podem ser
encontrados em qualquer ambiente)
Os organismos de maiores dimensões são e compostos por mais do que uma célula –
multicelulares (contêm muitos tipos de células, que variam em tamanho, forma e função.)
Membrana plasmática:
Camada hidrofóbica composta por lípidos e proteínas que envolve a célula e que separa o
conteúdo celular do meio envolvente.
Citoplasma:
Composto pelo citosol (solução aquosa altamente concentrada) e por uma variedade de
partículas insolúveis em suspensão (complexos supramoleculares - organelos).
Núcleo
Células procarióticas (grego pro, “antes”, karion “núcleo”):
O material genético não se encontra separado do citoplasma por uma membrana.
Nucleóide
Contrariamente aos organismos procarióticos, os eucariontes apresentam compartimentos
envoltos por uma membrana no citoplasma (organelos):
retículo endoplasmático,
complexo de Golgi,
lisossomas e vacúolos (nas plantas),
cloroplastos (em células fotossintéticas),
etc.
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Núcleo
Complexo de Golgi
Lisossomas e peroxissomas
Os lisossomas são vesículas envoltas por uma membrana que contêm enzimas
digestivas que degradam organelos intracelulares defuntos e macromoléculas
transportadas para o interior da células ( endocitose).
Os peroxissomas são vesículas envoltas por uma membrana que contêm enzimas
envolvidas em várias reacções de oxidação (e.g., destruição do peróxido de
hidrogénio).
Mitocôndrias e cloroplastos
Vacúolo
Vesícula (envolta por uma só membrana) de grandes dimensões (até 90% do volume
celular envolvida na digestão intracelular.
Parede celular
As células vegetais estão envolvidas por uma parede rígida composta por fibrilhas de
celulose imersas numa matriz de outros polissacarídeos.
Transporte de proteínas
Transporte transmembranar – as
proteínas atravessam a membrana de um 8
organelo através de translocadores
proteicos transmembranares
○ Transporte inicial entre o citosol
e o lúmen do RE ou das mitocôndrias
Transporte vesicular – transporte das
proteínas em vesículas. Estas podem
originar-se simplesmente pelo brotar da
membrana de um compartimento,
transportando a proteína no seu interior.
A libertação das proteínas ocorre por
fusão com o compartimento alvo.
○ Exemplo: Transporte entre o RE
e o complexo de Golgi
O núcleo
A presença de um núcleo é a
principal característica que
distingue as células eucarióticas
das procarióticas.
O núcleo é o local onde se
encontra a informação genética
e o centro de controlo da célula
É no núcleo que ocorre a
replicação do DNA, a transcrição
e o processamento do RNA.
Os componentes principais do
núcleo são o invólucro nuclear, o
nucleoplasma, a cromatina
(complexo fibroso composto
pelo DNA e pelas histonas) e o
nucléolo
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Invólucro nuclear
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O invólucro nuclear separa os conteúdos do núcleo do citoplasma.
As duas membranas funcionam como uma barreira que impede a passagem livre de
moléculas entre o núcleo e o citoplasma.
Os únicos canais de passagem são os poros nucleares.
O aparecimento do invólucro nuclear foi extremamente importante uma vez que
permite um melhor controlo da expressão génica (e.g., limitando o acesso ao material
genético a algumas proteínas, apenas).
Poros nucleares
O núcleo apresenta uma estrutura interna que organiza o material genético e localiza
as funções nucleares.
Nas células animais existe uma matriz de lâminas que se estende para lá da lâmina
nuclear até ao interior do núcleo.
Estas lâminas funcionam como locais de ligação da cromatina e permitem a
organização das proteínas em corpos nucleares funcionais.
Têm assim um papel importante na reparação do DNA, regulação de genes e
transdução de sinais.
A compactação do DNA ao redor das histonas forma uma fibra de cromatina com 10
nm de diâmetro, composto pelos cromatossomas e pelos segmentos de DNA de
ligação (50 pb)
Este empacotamento diminui em 6x o comprimento do DNA
A cromatina é de seguida compactada pelo enrolamento em fibras de 30 nm,
resultando numa diminuição de 50x do comprimento do DNA. A histona H1 parece ter
um papel importante nesta compactação
A extensão da condensação da cromatina varia durante o ciclo de vida da célula e
desempenha um papel importante na regulação da expressão génica.
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Ribossomas
Ribossomas
Os rRNAs 5.8S, 18S e 28S são transcritos como unidade única no nucléolo através da
RNA polimerase I – precursor 45S RNAr.
O 45 pré-rRNA é processado mas diferentes sub-unidades ribossómicas no nucléolo ou
noutras regiões do núcleo.
As proteínas ribossómicas são sintetizadas no citoplasma e de seguida transportadas
para o núcleo
Para satisfazer a necessidade de transcrever grandes quantidades de moléculas de
rRNA, todas as células contêm múltiplas cópias de genes rRNA
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o e.g. cerca de 200 cópias do genes 5.8S, 18S e 28S rRNA e 2000 cópias do 5S
rRNA, nos humanos. 16
Cada NOR apresenta regiões repetidas de genes rRNA, separadas por um espaçador
de DNA não transcrito.
Estes genes são transcritos muito activamente pela RNA polimerase I.
Nesta imagem temos genes rRNA envoltos por densas cadeias de RNA em
crescimento, formando uma configuração em “Árvore de Natal”.
O primeiro produto da transcrição dos genes rRNA é o 45S pré-RNA, que contém os
rRNAs 18S, 5.8S e 28S e as regiões dos espaçadores transcritos.
Existem espaçadores transcritos externos (ETS) nas regiões terminais 5’ e 3’, e dois
espaçadores transcritos internos (ITS) entre as sequências de rRNAs.
O primeiro passo do processamento é a clivagem no ETS perto do terminal 5’ e
remoção do ETS no terminal 3’.
Clivagens sucessivas resultam na formação dos rRNAs maturos.
O processamento do pré-rRNA envolve t bé til ã 32 também a metilação de bases
específicas e de resíduos de ribose.
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A formação dos ribossomas envolve a montagem dos precursores rRNA com proteínas
ribossómicas e 5S rRNA.
Os genes que codificam as proteínas ribossómicas são transcritos fora do nucléolo pela
RNA polimerase II, obtendo-se mRNAs que são traduzidos nos ribossomas
citoplasmáticos.
As proteínas são transportadas para o nucléolo onde são montadas com os rRNAs
formando pré-ribossomas.
Os 5S rRNAs são também transcritos fora do nucléolo (mas no núcleo) e adicionados
aos pré-ribossomas.
A associação das proteínas ribossomais com o rRNA começa enquanto o pré-RNA
ainda está a ser sintetizado, sendo que metade das proteínas ribossomais são
complexadas antes da clivagem do pré-rRNA.
As restantes proteínas e o 5S rRNA são incorporados à medida que a clivagem
procede.
No início da montagem ocorre a separação do processamento das duas subunidades
ribossomais. Em ambos os casos é completada no núcleo.
As etapas finais de maturação das subunidades ribossomais incluem a exportação dos
pré-ribossomas para o citoplasma, onde se formam as subunidades 40S e 60S dos
ribossomas eucarióticos.
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Membranas Celulares
Membranas celulares
Lípidos
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Os lípidos constituem cerca de 50% da massa da maioria das membranas celulares
(e.g., membrana plasmática)
Uma membrana é composta por três classes de lípidos: fosfoglicerídeos e
esfingolípidos (50-60%) + esteróides (40%).
Todos são moléculas anfipáticas, ou seja, com uma cabeça polar e uma cauda
hidrofóbica.
No entanto diferem na sua estrutura química, abundância e funções que
desempenham na membrana celular.
Fosfolípidos – fosfoglicerídeos
Esfingolípidos
Compostos derivados da
esfingosina, um amino álcool com
uma longa cadeia hidrocarbonada
Os esfingolípidos são compostos
por uma cadeia longa de ácidos
gordos ligados ao grupo amino
esfingosina.
O esfingolípido mais comum é a esfingomielina (SM; fosfolípidos) – semelhante à
fosfatidilcolina mas com o grupo hidroxílico terminal ligado à esfingosina
Como apresenta o grupo fosfato pode também ser considerado um fosfolípido.
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Esteróides
Cada membrana celular tem propriedades únicas ditadas por uma mistura específica
de lípidos e proteínas.
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Balsas lipídicas
Proteínas membranares
As proteínas são o outro constituinte principal das membranas celulares (25% a 76%
da massa das membranas celulares)
o Membrana plasmática – 50% lípidos / 50% proteínas
o Membrana mitocondrial – 24% lípidos / 76% proteínas
o Uma vez que as proteínas apresentam dimensões muito superiores aos
lípidos, esta percentagem corresponde a 1 proteína por 50 a 100 moléculas
de lípidos.
As proteínas associadas a uma membrana em particular são responsáveis pelas suas
características distintivas.
Proteínas
Funções:
blocos de construção de tecidos (proteínas estruturais)
catalisadores (enzimas)
transporte (e.g. Oxigénio)
defesa por anticorpos
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Estrutura
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Grupo R – variável
Grupo amínico
Grupo carboxílico
Proteínas membranares
Um pouco de história
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Evolução dos modelos moleculares da organização das biomembranas:
Overton (1902) – monocamada lipídica
Danielli & Davson (1935) – bicamada lipídica com proteínas aderentes a cada
superfície
Robertson (1959) – unidade de membrana
Singer & Nicolson (1972) – modelo do mosaico fluido
Técnica de criofractura
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Metodologia:
Proteínas transmembranares
Glicoforina
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Proteínas banda 3
Uma das excepções à estrutura típica das proteínas transmembranares (α-hélice), são
as porinas.
As porinas são uma classe de proteínas que formam canais aquosos nas membranas
externas das bactérias.
As porinas atravessam as membranas com um conjunto de folhas-ß (8-22) que se
dobram para formar uma estrutura tipo "barril” que apresenta o poro aquoso.
Os aminoácidos hidrofóbicos das folhas-ß interagem com o interior da membrana.
As porinas podem existir quer como monómeros quer como multímeros – com vários
canais através dos quais as moléculas polares se podem difundir atravessando a
membrana
Glicocálice
A esta camada de oligossacarídeos que funciona como uma cobertura existente na superfície
celular, designa-se de glicocálice.
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Transporte de proteínas
mitocôndria,
cloroplastos
peroxissomas
núcleos
Transporte de proteínas
2) Assim que a proteína com a sequência sinalizadora interage com a proteína receptora,
é movida para um canal de translocação que permite à proteína passar pela bicamada
membranar.
Sequências sinalizadoras
Sequências sinalizadoras
Grupos de aminoácidos
Casos especiais
Transporte núcleo-citoplasma
O primeiro sinal de localização nuclear a ser mapeado com detalhe foi o antigene T do
vírus 40 de símio (SV40) – proteína que inicia a replicação do DNA viral nas células
infectadas.
Foi identificado porque descobriram que uma mutação de um único a.a. (lisina)
impedia a importação para o núcleo acumulação do antigene T no citoplasma.
Sinal de localização nuclear com 7 (8) aminoácidos – a adição desta sequência a outras
proteínas citoplasmáticas é suficiente para as dirigir para o interior do núcleo.
Transporte de proteínas totalmente dobradas para o núcleo através dos poros e das
subunidades ribossómicas para o citoplasma como uma partícula completa.
Cada membro desta família codifica uma proteína receptora solúvel (existente no
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citosol) que é especializada no transporte de um conjunto específico de proteínas
cargo (a serem transportadas).
A ligação das importinas nem sempre é directa. Por vezes são necessários adaptadores
adicionais.
Duas proteínas reguladoras específicas para a Ran regulam a conversão entre os dois
estados:
Proteína activadora da GTPase (Ran GAP) – converte Ran-GTP em Ran-GDP no citosol
Factor de troca de guanina nuclear (Ran GEF) – converte Ran-GDP em Ran-GTP no
núcleo)
No núcleo, a Ran GEF estimula a troca do GDP ligado ao Ran por GTP, levando à
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conversão de Ran/GDP em Ran/GTP.
Consequentemente, é mantida uma concentração de Ran/GTP mais elevada no
núcleo.
A Ran regula o movimento através do poro nuclear controlando a actividade dos
receptores de transporte nucleares.
Transporte núcleo-citoplasma
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Mecanismo de regulação:
Factores de transcrição (ou outras proteínas) – existe a associação de proteínas
citoplasmáticas que mascaram os NLSs – estes factores permanecem no citoplasma.
Transporte de RNAs
Mitocôndrias
As sequências sinalizadoras
que dirigem as proteínas para
a matriz mitocondrial são as
mais estudadas e
compreendidas:
o Todas apresentam
uma α-hélice
anfipática.
a.a. com
carga positiva
agregados
num dos
lados da
hélice e a.a.
hidrofóbicos
no lado posto.
Estes complexos contêm alguns componentes que funcionam como receptores das
proteínas e outros componentes que formam canais de translocação.
As proteínas individuais dos complexos Tom e Tim são designadas de acordo com os
seus pesos moleculares:
Este estado é garantido por interacção com outras proteínas e apresenta custos
energéticos:
Chaperonas da família Hsp70.
Proteínas que se ligam directamente à sequência sinalizadora.
Conceito social de chaperões – indivíduo que acompanha homens ou
mulheres não casadas para evitar o contacto social/sexual com
pessoas indesejadas ou comportamento incorrecto (uso abusivo de
álcool ou drogas).
Numa primeira fase os receptores do complexo TOM (e.g., Tom20, Tom22 e Tom5)
ligam-se à sequência sinalizadora da proteína.
As proteínas (chaperonas e outras proteínas) que se encontravam a interagir com a
cadeia polipeptídica são removidas num processo que requer energia e a proteína
atravessa o canal de translocação com a sequência sinalizadora à frente.
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Na maior parte dos casos, a sequência sinalizadora é clivada pela peptidase existente
na matriz (MPP).
A cadeia polipeptídica é ligada a outras chaperonas Hsp70 da matriz que facilitam o
arranjo proteico – conformação final da proteína.
Alguns polipeptidos são ainda transferidos para chaperonas Hsp60, onde ocorre um
arranjo adicional.
Algumas proteínas são dirigidas para outros locais da mitocôndria que não a matriz
mitocondrial.
Muitas das proteínas da membrana mitocondrial interna são pequenas moléculas
transportadoras envolvidas na troca de nucleótidos e iões entre a mitocôndria e o
citosol.
Estas proteínas não apresentam sequências de sinalização terminais, mas sim sinais de
importação múltiplos internos.
Não são reconhecidas pela Tom20, mas em associação com a chaperona Hsp90 são
reconhecidas pela proteína receptora Tom70
Este segundo sinal dirige a proteína para uma translocase (transportadora) – Oxa1.
Aqui as proteínas ou são transportadas para o espaço intermembranar ou paradas
pelos sinais de paragem de transferência e inseridas na membrana mitocondrial
interna.
A Oxa1 é igualmente a translocase para as proteínas do espaço intermembranar e da
membrana mitocondrial interna que são codificadas pelo mtDNA e sintetizadas nos
ribossomas mitocondriais existentes na matriz.
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o O espaço intermembranar
entre as duas membranas do
invólucro cloroplastidial.
o O lúmen do tilacóide.
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A maior parte das proteínas são marcadas para importação para os cloroplastos por
sequências de 30 a 100 a.a. localizadas no terminal-N – peptídeos de trânsito.
Estes peptídeos são removidos por clivagem proteolítica no estroma.
Um complexo guia reconhece os peptídeos de trânsito e dirige a proteína para a
translocase da membrana cloroplastidial externa (complexo Toc) onde se liga aos
receptores Toc34 e Toc 159.
Contrariamente às sequências de sinalização das proteínas mitocondriais, os peptídeos
de trânsito não são carregados positivamente e a membrana cloroplastidial interna
não apresenta um forte potencial eléctrico.
A importação da proteína requer igualmente chaperonas Hsp70 que mantêm a
préproteína distendida.
Adicionalmente moléculas de chaperonas Hsp70 também se encontram ligadas ao
complexo Toc, guiando a entrada da proteína por hidrólise de ATP.
Pelo menos uma proteína do complexo Toc (Toc34), liga GTP – a hidrólise do GTP
fornece uma fonte extra de energia para a translocação proteica.
Os cloroplastos apresentam ainda um receptor separado – Toc54 – que liga
préproteínas com sinais de localização diferentes e que as dirige para o translocador
Toc75.
Após o transporte através do complexo Toc, as pré-proteínas são transferidas para a
translocase do membrana cloroplastidial interna (complexo Tic), chegando ao
estroma.
O Tic é um complexo multiproteico com um ou mais canais proteicos (ainda não está
muito bem estudado).
Uma chaperona da família Hsp100 encontra-se associada ao lado estomático do
complexo Tic e conduz a proteína através do poro.
No estroma, o peptídeo de trânsito é clivado por uma peptidase (“stromal processing
peptidase” - SPP) e a proteína associa-se a chaperonas Hsp70 do estroma.
Tal como na matriz mitocondrial, o arranjo final da proteína é mediado por chaperonas
Hsp60 do estroma.
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Sabe-se ainda muito pouco sobre o modo de transporte e integração das proteínas nas
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membranas do invólucro cloroplastidial.
As proteínas a serem incorporadas na membrana tilacoidal ou no lúmen são
transportadas em dois passos:
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Outros plastídeos
o Cloroplastos – clorofila
o Cromoplastos – carotenóides
Peroxissomas
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Os peroxissomas são organelos pequenos envoltos por uma única membrana, que
contêm enzimas envolvidas numa variedade de reacções metabólicas (incluindo alguns
aspectos relacionados com a energia metabólica).
A maioria das células humanas apresenta 500 peroxissomas.
Os peroxissomas não apresentam os seu próprio genoma e todas as suas proteínas –
peroxinas (Pex1, Pex2, etc.) são sintetizadas pelo genoma nuclear (85 genes).
A maior parte das peroxinas são sintetizadas em ribossomas livres no citosol e
importadas para os peroxissomas como cadeias polipeptídicas completas.
As peroxinas são semelhantes às proteínas eucarióticas.
Os peroxissomas replicam-se por divisão e podem ser gerados muito rapidamente.
Peroxissomas - funções
o Água
o Outros compostos orgânicos por oxidação
o Ácido úrico
o Aminoácidos
o Purinas
o Metanol
o Ácidos gordos (particularmente importante em plantas e leveduras).
A Pex3 e a Pex 16 recrutam a Pex19 para a membrana do RE. Esta interacção leva à
formação de vesículas que se desprendem do RE.
O direccionamento para o interior dos peroxissomas pode ocorrer por duas vias:
o A maioria das peroxinas é reconhecida por uma sequência simples de a.a.
(Ser-Lys-Leu) no terminal-C – sinal de localização no peroxissoma 1
(“peroxisome targeting signal”) ou PTS1.
Retículo endoplasmático
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Para além disso todas as proteínas da via de secreção (exterior da célula, mas também
Complexo de Golgi e lisossomas) são primeiro endereçadas para o RE.
Retículo endoplasmático
o Períodos de caça mais longos (120 minutos), revelaram que as proteínas são
transportadas do complexo de Golgi para a superfície celular em vesículas
secretoras.
VIA SECRETORA:
Sequências sinalizadoras
Experiência base:
Experiência base:
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Teoria do sinal
Experiência de descoberta:
Experiência de descoberta:
As SRP são compostas por seis polipeptídeos e um RNA pequeno citoplasmático (SRP
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RNA com duas dobradiças – “hinge 1” e “hinge 2”) que forma o esqueleto.
Estudos recentes revelaram que quer as proteínas SRP quer o SRP RNA estão
envolvidos na interacção com o ribossoma.
O SRP RNA liga-se às proteínas e ao RNAr da subunidade grande do ribossoma de tal
forma que o local de encaixe da sequência sinalizadora se encontra junto do local de
saída da cadeia nascente e o domínio de pausa da tradução se encontra posicionado
entre as subunidades ribossomais.
A estrutura sugere que α-hélices delimitam um canal através do qual a proteína pode
atravessar a membrana.
O canal apresenta um portão (pequena hélice – amarelo) que garante que o canal se
encontra habitualmente encerrado.
O poro é uma estrutura dinâmica que só abre quando a cadeia polipeptídica atravessa
o canal.
Nas células de mamíferos existem algumas proteínas (muito poucas) que são
transferidas para o RE após a tradução completa em ribossomas livres no citoplasma.
Da membrana do RE, estas proteínas prosseguem para o seu destino final seguindo a
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mesma via das proteínas secretoras.
No entanto, estas proteínas são transportadas como componentes membranares e
não como proteínas solúveis.
Durante o transporte, a orientação da proteína membranar é preservada – a
orientação final destas proteínas membranares é estabelecido durante a sua
biossíntese na membrana do RE.
Vários tipos de classes topológicas de membranas integrais são sintetizados no RE.
Topologia de uma proteína membranar – número de vezes que a cadeia polipeptídica
atravessa a membrana e orientação dos segmentos proteicos.
As proteínas membranares integrais estão embebidas nas membranas pelas suas
sequências hidrofóbicas que atravessam a bicamada lipídica.
As porções das proteínas integrais que se inserem nas membranas são usualmente
α-hélices compostas por 20 a 25 aminoácidos hidrofóbicos.
A presença de uma α-hélice maximiza as ligações de hidrogénio entre as cadeias
laterais hidrofóbicas dos a.a. e as caudas dos ácidos gordos dos fosfolípidos.
Categorias de membranas integrais de acordo com a sua topologia:
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Exemplo: insulina
Glicolisação
O local activo desta enzima apenas se encontra exposto no lado do lúmen (as
proteínas citosólicas não são glicosiladas desta forma) e está associado a cada
translocador proteico.
Estes intermediários
fornecem a molécula de
açúcar ao dolicol numa
sequência ordenada.
Ainda no RE, são removidos três resíduos de glucose através de duas enzimas
distintas.
Oligossacarídeos O-linked
Menos frequentemente, os
oligossacarídeos estão ligados ao grupo
hidroxil da cadeia lateral de uma serina,
treonina ou hidroxilisina –
oligossacarídeos O-linked.
o Etanolamina (fosfatidil)
o N-acetilglucosamina (glicosil)
o Manose (glicosil)
o Glucosamina (glicosil)
o Inositol
Controlo de qualidade no RE
As proteínas com defeitos na conformação (para alguns casos mais de 80% dos casos)
são translocadas para o citosol (processo ainda pouco conhecido) onde são
desglicosiladas, ubiquitinadas e degradadas nos proteossomas
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Uma vez que os lípidos membranares são extremamente hidrofóbicos, estas moléculas
são sintetizadas em associação com as membranas celulares já existentes (a grande
maioria no RE).
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Transporte de fosfolípidos
Via de Secreção
Via da secreção
2 – As proteínas que não pertencem ao RE são movidas em vesículas de transporte que brotam
do RE e que se fundem para formar novas cisternas do Complexo de Golgi-cis – transporte 87
para diante ou dianteiro (anterógrado)
4 – Cada cisterna do cis-Golgi, com o seu conteúdo proteico, move-se da face cis para a face
trans do complexo de Golgi, por um processo não vesicular designado de maturação das
cisternas.
Transporte de VSVG (glicoproteína viral) ligada à GFP (“green fluorescent protein”) através da
via de secreção – microscopia de fluorescência após transfecção de cultura de células com um
gene híbrido que codifica ambas as proteínas.
Transporte Vesicular
o Receptores
o Canais iónicos
o Transportadores
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