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Etica Nas Organizações Nossa Senhora Da Anuciação

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Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


(Criada pelo Decreto n. 44-A/01 de 6 de Julho de 2001)

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

MONOGRAFIA

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO CÓDIGO DE ÉTICA NO


AMBIENTE INTERNO DO COLÉGIO NOSSA SENHORA
DA ANUNCIAÇÃO

Autor: Djamila Neto de Sousa Domingos

Licenciatura: Economia e gestão

Opção: Organização Gestão de Empresas

Orientador: Agostinho Alberto

Viana, Fevereiro de 2022


Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


(Criada pelo Decreto n. 44-A/01 de 6 de Julho de 2001)

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

MONOGRAFIA

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO CÓDIGO DE ÉTICA NO


AMBIENTE INTERNO DO COLÉGIO NOSSA SENHORA
DA ANUNCIAÇÃO

Autor: Djamila Neto de Sousa Domingos

Licenciatura: Economia e gestão

Opção: Organização Gestão de Empresas

Orientador: Agostinho Alberto

Viana, Fevereiro de 2022


EPÍGRAFE

“É necessário cuidar da Ética para não anestesiarmos a nossa consciência e


começarmos a achar que tudo é normal”.

(Mário Sérgio Cortella)

III
DEDICATÓRIA

Dedico a Deus por sempre guiar os meus passos, dedico a minha família pelo
incentivo e esforço incondicional de todos, durante esses quatro anos de curso. E a todos
os colegas, professores que de alguma forma contribuíram para a realização deste
trabalho.

IV
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiro à Deus por me ter mantido na trilha certa durante este projecto
de pesquisa com saúde e forças para chegar até ao fim.

Ao meu orientador, Agostinho Alberto por me aceitar de braços abertos e com


muito carinho na feitura deste trabalho, “muito obrigado, Mestre”.

Sou grata à minha família pelo apoio que sempre me concedeu durante toda a
minha vida pessoal e académica.

Resta-me ainda agradecer à Universidade Jean Piaget de Angola e a todos os


professores do meu curso pela elevada qualidade do ensino oferecido “para sempre serão
lembrados”.

V
DECLARAÇÃO DE AUTOR

Declaro que este trabalho escrito foi levado a cabo de acordo com os regulamentos da
Universidade Jean Piaget de Angola (UniPiaget) e em particular do Regulamento de
Elaboração do Trabalho de Fim de Curso. O trabalho é original excepto onde indicado
por referência especial no texto. Quaisquer visões expressas são as do autor e não
representam de modo algum, quaisquer visões da UniPiaget. Este trabalho, no todo ou em
parte, não foi apresentado para avaliação noutras instituições de ensino superior nacionais
ou estrangeiras.

Mas informo que a norma seguida para a elaboração do trabalho é a Norma APA.

Assinatura:

_______________________________________________________

Data: ____/____/ _____

VI
SIGLÁRIOS

APUD. - Citado Por Outro Autor

AT ALL. - E Outros Autores

Ed. – Edição

H. - Hipóteses

N.º - Número

P. – Página

Pp. – Páginas

AOA. – Unidade Monetária Angola (Kwanza)

RH – Resursos Humanos

VII
RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo geral a análise a influência do código de ética no
ambiente interno do colégio Nossa Senhora da Anunciação. Porém, foram delineados os
seguintes objetivos específicos: (1) Descrever o código de Ética no ambiente interno. (2)
Identificar as variáveis do código de Ética que influenciam positivamente no ambiente
interno duma organização. (3) Avaliar a influência das variáveis do código de Ética no
ambiente interno do colégio nossa Senhora da Anunciação. Relativamente ao quadro
teórico, a pesquisa buscou tratar primeiramente diferenciou-se a ética e a moral,
Posteriormente o conceito de Ética e a sua constituição, segundo uma abordagem sobre
os diferentes pensamentos, uma visão clássica, como a ética era vista pensamentos de
atires que trouxeram doutrinas, como a ética sofista, a ética de Sócrates, Platão
Aristóteles, a ética Cristã e a moral, a moderna e a contemporânea, as vantagens da ética
nas organizações, a ética como expressão dos direitos humanos. Quanto aos aspectos
metodológicos, optou-se pelo método de investigação misto, isto é, a abordagem
qualitativa e quantitativa. Usou-se como instrumento de investigação usou-se entrevista,
livros e documentos, que facilitou tanto na obtenção dos dados requeridos, assim como
no tratamento e interpretação dos mesmos. Nesta senda, os dados foram tratados com
base na análise descritiva, onde foi possível demonstrar que a ética é um factor
determinante para o bom desempenho das organizações, uma vez que os indicadores por
conta da investigação feita na organização de ensino em questão apontam assim.

Palavras-chaves: Código, Ética, Organização.

VIII
ABSTRACT

The present work had as general objective the analysis of the influence of the code of
ethics in the internal environment of the Nossa Senhora da Anunciação school. However,
the following specific objectives were outlined: (1) Describe the Code of Ethics in the
internal environment. (2) Identify the Code of Ethics variables that positively influence
the internal environment of an organization. (3) Evaluate the influence of the variables of
the Code of Ethics on the internal environment of the Nossa Senhora da Anunciação
College. Regarding the theoretical framework, the research sought to firstly differentiate
between ethics and morals. Subsequently, the concept of Ethics and its constitution,
according to an approach on different thoughts, a classical view, as ethics was seen as
shooting thoughts that they brought doctrines such as the sophistic ethics, the ethics of
Socrates, Plato Aristotle, Christian ethics and morals, modern and contemporary, the
advantages of ethics in organizations, ethics as an expression of human rights. As for the
methodological aspects, we opted for the mixed research method, that is, the qualitative
and quantitative approach. Interviews, books and documents were used as a research
instrument, which facilitated both in obtaining the required data, as well as in their
treatment and interpretation. In this way, the data were treated based on descriptive
analysis, where it was possible to demonstrate that ethics is a determining factor for the
good performance of organizations, since the indicators due to the investigation carried
out in the teaching organization in question point to this.

Keywords: Code, Ethics, Organization.

IX
INDICÉ GERAL
EPÍGRAFE ..................................................................................................................... III

DEDICATÓRIA ............................................................................................................. IV

AGRADECIMENTOS .....................................................................................................V

DECLARAÇÃO DE AUTOR ........................................................................................ VI

SIGLÁRIOS ................................................................................................................. VII

RESUMO.....................................................................................................................VIII

ABSTRACT ................................................................................................................... IX

INDICÉ GERAL ..............................................................................................................X

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1

IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA .............................................................................. 1

Objetivos Específicos ....................................................................................................... 1

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO ....................................................................................... 2

DEFINIÇÃO DE CONCEITOS ....................................................................................... 3

CAPÍTULO. I - FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO – CIENTÍFICA ............................... 4

1.1.1 O Código De Ética Uma Visão Clássica ............................................................... 7

1.1.2 Código de Ética Sofistas ........................................................................................ 8

1.1.3 Código De Ética Sócrates ...................................................................................... 8

1.1.4 Código De Ética Platão ......................................................................................... 9

1.1.5 Código De Ética Aristóteles ................................................................................ 10

1.1.6 Código De Ética Cristã Medieval ........................................................................ 10

1.1.7 Código De Ética Moderna ................................................................................... 11

1.1.8 Código De Ética Contemporânea ........................................................................ 12

1.1.9 Código De Ética Contemporânea nas Organizações ........................................... 12

1.1.10 Ética competitiva nas organizações ..................................................................... 14

1.1.11 Vantagens da Ética nas Organizações ................................................................. 17


X
1.1.12 Ética como expressão dos direitos humanos ....................................................... 18

1.1.13 A Ética e o Ensino ............................................................................................... 20

CAPÍTULO II: OPÇÕES METODOLOGICAS DO ESTUDO .................................... 21

2.1 MODO DE INVESTIGAÇÃO ............................................................................ 22

2.2 HIPÓTESES ........................................................................................................ 22

CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DOS RESULTADOS ... 24

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO COLÉGIO NOSSA SENHORA DA ANUNCIAÇÃO25

3.2 VISÃO ................................................................................................................. 25

3.3 MISSÃO .............................................................................................................. 25

3.4 VALORES ........................................................................................................... 26

3.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................................................ 27

CONCLUSÃO ................................................................................................................ 38

RECOMENDAÇÕES..................................................................................................... 39

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 40

ANEXOS ........................................................................................................................ 42

XI
INDICÉ DE TABELAS
Tabela 1: Gênero dos Entrevistados. .............................................................................. 27
Tabela 2 Nível Acadêmico ............................................................................................. 27
Tabela 3 Profissão .......................................................................................................... 28
Tabela 4 Experiência de Trabalho .................................................................................. 29
Tabela 5 Questionário ..................................................................................................... 37

XII
INDICÉ DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Género ............................................................................................................ 27
Gráfico 2 Nível de Escolaridade ..................................................................................... 28
Gráfico 3 Profissão ......................................................................................................... 28
Gráfico 4 Experiência Profissional ................................................................................. 29
Gráfico 5 Questão Nº 1 da II Parte ................................................................................. 30
Gráfico 6 Questão Nº 2 da II Parte ................................................................................. 30
Gráfico 7 Questão Nº 3 da II Parte ................................................................................. 31
Gráfico 8 Questão Nº4 da II Parte .................................................................................. 32
Gráfico 9 Questão Nº5 da II Parte .................................................................................. 32
Gráfico 10 Questão Nº6 da II Parte ................................................................................ 33
Gráfico 11 Questão Nº7 da II Parte ................................................................................ 33
Gráfico 12 Questão Nº 8 da II parte ............................................................................... 34
Gráfico 13 Questão Nº 9 da II Parte ............................................................................... 34
Gráfico 14 Questão Nº 10 da II Parte ............................................................................. 35
Gráfico 15 Questão Nº 11 da II Parte ............................................................................. 35
Gráfico 16 Questão Nº 12 da II Parte ............................................................................. 36

XIII
INTRODUÇÃO

Ética é, por definição, o conjunto de valores e normas morais e de conduta de um


indivíduo ou de um grupo social. No âmbito organizacional, reúne as diretrizes e os
princípios que devem ser adotados para nortear o relacionamento da empresa com o seu
público estratégico e com aqueles que, de uma forma ou de outra, ajudam a construir e
moldar sua história. Toda organização é regida por um conjunto de normas, ou regras,
que seria o código ético da empresa, onde os colaboradores internalizam e expressam
como lei.

Independentemente da função que ocupemos dentro de nossa organização, esse é


um dever de cada colaborador. É um instrumento de caráter motivacional em busca do
sucesso de nossa empresa. O caminho para que alcancemos os objetivos de excelência
traçados dentro de nosso planejamento estratégico para os próximos anos.

IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
Tem se registado a inexistência do código de ética nas empresas, elas não
apresentam e nem dão conhecer e as que conhecem os códigos, violam.

Para que seja legítimo em uma organização, o código de ética precisa ser discutido,
compreendido e conhecido internamente por todos os funcionários.

Considerar a diversidade é fundamental para que a construção do código de ética


contemple as diferentes situações enfrentadas pelas pessoas que trabalham numa
organização. Sendo assim, surge a seguinte pergunta:

Qual é a influência do código de ética no ambiente interno do colégio Nossa


Senhora da Anunciação?

OBJETIVOS DO ESTUDO

A fim de resolver o problema de pesquisa o estudo perseguirá os seguintes


objectivos:

GERAL

Analisar a influência do código de Ética no ambiente interno do colégio Nossa


Senhora da Anunciação.

Objetivos Específicos
1- Descrever o código de Ética no ambiente interno.

1
2- Identificar as variáveis do código de Ética que influenciam positivamente no
ambiente interno duma organização.
3- Avaliar a influência das variáveis do código de Ética no ambiente interno.

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO
Teórica: O cuidado com a conduta das pessoas é uma preocupação importante
daquelas que formam profissionais, as universidades e não só são por sua vez que
contribuem junto de práticas de cidadania, manifestadas da ampliação e divulgação do
conhecimento.

Prática: É importante também seguirmos as regras, os códigos, porque ela oferece


as diretrizes adequadas para os funcionários desempenhar com excelência as suas
actividades dentro dos parâmetros culturais que a empresa impõe. Além disso o guia de
conduta ajuda a estabelecer um relacionamento com colegas de trabalho, clientes e
fornecedores que tenha como referência, alguns dos valores mais importantes tais como
o respeito, a responsabilidade e a honestidade.

DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O presente estudo foi realizado com a finalidade de executar uma análise do Código
de Ética no colégio Nossa Senhora da Anunciação. Restringiu-se a área estudada, como
sendo a ética. Os períodos analisados foram de setembro á Junho de 2020, com a
finalidade de apresentar o código de ética nesta organização.

2
DEFINIÇÃO DE CONCEITOS

Ambiente interno: “ambiente interno é o lugar onde as forças e fraquezas (pontos


fortes e fracos) da organização podem ser listado. É a partir desse ambiente que a
empresa pode estabelecer diferenciais competitivo para superar concorrentes e
ganhar novos clientes”.(Certo e Peter 2010,p.92)

Organização: “Organização é uma combinação de esforços individuais que tem por


finalidade realizar propósitos colectivos. Por meio de uma organização torna-se
possível para seguir objectivos que seriam inatingíveis para uma
pessoa”.(Maximiliano 1992,p.20)

Código de Ética: “Código de Ética este é um documento que dita e regula as


normas que regem o funcionamento de determinada empresa ou organização, e o
comportamento dos seus funcionários e membros”. (Aurélio Ferreira 2005, p.383)

3
CAPÍTULO. I - FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO –
CIENTÍFICA

4
1.1 ABORDAGEM CIENTÍFICA RELACTIVO A ÉTICA

Existem várias correntes éticas ao longo da história da humanidade, mas o maior


destaque, dado por vários autores, é o da ética Aristotélica que na Grécia Clássica, através
dos ensinamentos de Sócrates e Platão, foi disseminada por Aristóteles.

De acordo com o filósofo, a ética tinha como finalidade promover o bem. Este bem
que tem a felicidade como propósito de todas as ações e ganha consistência na vida em
sociedade onde ocorrem essas manifestações.

A condição fundamental para realização da felicidade é a virtude e esta, só pode ser


adquirida mediante exercício e esforço, o homem deve desenvolver mecanismos de
ação que garantam a sua aquisição. Tais mecanismos são a educação e as leis. A
educação deverá desenvolver no homem os hábitos virtuosos; as leis organizarão e
protegerão o exercício da virtude pelos membros da sociedade. (Nash 1993.p 23)

Por essa razão é que os estudos sobre a ética na representação do conhecimento são
necessários, uma vez que a mesma se estabelece à medida que se torna uma noção de
limite de poder (controle), pois se distancia do poder sobre os outros e evita ser objeto de
qualquer ideologia. Dessa forma, partindo da concepção filosófica de ética enquanto área
de estudo que trata dos valores e da conduta do homem na sociedade, notadamente no
que tange às regras de conduta que preconizarão direitos e deveres no contexto social.

A ética como um saber normativo, orientador das condutas humanas, diferenciam-


na da moral na medida em que, enquanto esta última busca propor ações concretas
para situações concretas, aquela “remonta à reflexão sobre as diferentes morais e as
diferentes maneiras de justificar racionalmente a vida moral, de modo que sua
maneira de orientar a ação é indireta (Martínez 2005, p.9)

Nesse sentido, se a ética propicia a reflexão das normas, regras e princípios que
envolvem o ser humano, ou seja, o cidadão (componentes psicológicos), de um
determinado espaço, em um determinado tempo, pertencente a uma determinada
sociedade (componentes sociológicos)

“As doutrinas morais se oferecem como orientação imediata para a vida moral das
pessoas [normas de conduta], ao passo que as teorias éticas pretendem antes dar conta
do fenômeno da moralidade em geral” (Martínez, 2005, p.51).

Observa-se, desse modo, que a ética tem por objeto tanto a conduta humana (seus
juízos de apreciação, normas princípios e problemas) quanto a moral propriamente dita
(seus valores, comportamentos e objetos).

5
Em que pesem tais aspectos, ressalta que:

Ética e moral possuem dimensões distintas, ainda que complementares, pois, se por
um lado, apresentam convergência no que tange à busca pela definição de valores e
pelo bem-estar, à necessidade de serem aceitas e praticadas, e à influência no
contexto social, apresentam nítida distinção quanto ao pressuposto (a moral parte da
realidade dos costumes enquanto a ética reflete sobre os mesmos), à abrangência.
(Valentim 2004,p.34)

Desse modo, e embora a questão moral integre o universo da ética, pode-se dizer
que, enquanto a moral se atém ao estudo das regras de conduta propriamente ditas em um
dado segmento social no espaço e no tempo, a ética se preocupa com a reflexão sobre os
valores morais, não ditando nem estabelecendo regras e normas de conduta a serem
seguidas, mas, na concepção da ética racional.

“Ou seja, o ser humano deve ter a consciência do bem agir e do bem fazer, sem
ser constrangido a tal: deve sê-lo espontaneamente”. (Marcondes, 2001, p.35)

Então, faz-se necessário entender como o conceito de valor é tratado pela ética. Os
propulsores dos estudos sobre o valor, na ética, foram os filósofos alemães Max Scheler
e Edward Von Hartmann, que desenvolveram pesquisas sobre a substituição da noção de
bem que predominava na área, pela noção de valor, onde dissertavam didaticamente sobre
os valores éticos. Quando se fala de valor distingue-se dois aspectos relativos à existência
das coisas: o primeiro é a concepção da existência natural do objeto com características
que independem do ser humano.

O segundo é a concepção de objetos que passam a existir para o ser humano,


adquirindo características que só existem em relação a ele (Brondani, 2000, p.56).

A definição de valor traz consigo quatro aspectos essenciais: primeiro, a não


existência do valor em si, mas de objetos que possuem valor; segundo, os valores
somente existem na realidade natural e humana como propriedades valiosas dos
objetos; terceiro, os valores exigem a existência de certas propriedades naturais e
físicas; e quarto, as propriedades que sustentam o valor são valiosas somente em
potência, ou seja, em relação ao ser humano (Brondani, 2000, p.45).

A Filosofia, valor é em geral considerado numa acepção moral, para designar o


que proporciona normas à conduta e que, sua natureza é concebida de maneira diferente
de acordo com os sistemas filosóficos.

O estudo sobre a ética divide-se também na forma como os valores são encarados,
por meio da teoria objetivista que se pauta em verdades morais que não podem ser
mudadas e, através da teoria relativista, de natureza mais flexível, que defende ações
éticas relacionadas a circunstâncias existentes em um determinado contexto
6
Dessa forma, enquanto uma acepção moral que proporciona normas de conduta,
têm-se, então, os valores morais, objetos dessa discussão.

“Os valores morais existem unicamente em atos humanos, como por exemplo, o
comportamento de indivíduos e grupos sociais, realizados de forma livre, ou seja, de um
modo consciente e voluntário” (Brondani, 2000, p.47).

Portanto, em que pesem tais condições no âmbito da ORC, destaca-se que o objetivo
desta discussão é identificar pesquisas sobre as questões éticas na representação do
conhecimento, no intuito de encaminhar propostas que possam enfrentar esses desafios.

1.1.1 O Código De Ética Uma Visão Clássica

O estudo da ética remonta aos primórdios da filosofia clássica grega. De lá provém


o significado etimológico da palavra: ethos, que significa costume, modo de agir.

A tradição ética na cultura grega parte de Homero e Hesíodo. As epopéias homéricas


(séculos X-VIII a C.) formulam uma ética aristocrática que fazia da virtude ( aretê )
um atributo inerente à nobreza e manifestado por meio da conduta cortesã e do
heroísmo guerreiro. Originariamente, portanto, a palavra aretê não tem o sentido
preciso de “virtude”. Ainda não atenuada por seu uso posterior puramente ético,
estava de início ligada às noções de função, de realização e de capacitação,
denotando a excelência de tudo o que é útil para algum ato ou fim. (Pessanha, 1999,
p.28)

As doutrinas éticas fundamentais nascem e se desenvolvem pelas relações entre os


homens, e, em particular, pelo seu comportamento moral efetivo.

Desta forma, existe uma inter-relação entre a doutrina ética que vigora em uma
determinada época na história e os padrões de conduta, valores e normas que prevalecem
e estabelecem a moral predominante.

Devido ao processo dinâmico de mudanças verificado nas sociedades, os padrões


de conduta vão sendo (re)visados, valores vão sendo (re)pensados e as normas alteradas,
gerando consequentemente, uma nova moral que será objeto de estudo de uma nova
doutrina ética.

“As doutrinas éticas não podem ser consideradas isoladamente, mas dentro de um
processo de mudança e de sucessão que constitui propriamente a sua história.”
(Vásquez, 1997, p.228)

Importante ressaltar que, o surgimento de uma filosofia voltada para o estudo da


ética se deve ao processo de democratização da vida política em Atenas, quando emerge

7
uma preocupação com os problemas do homem, e, sobretudo, com os problemas políticos
e morais, que não eram objeto de estudo dos primeiros filósofos, chamados pré-
socráticos.

1.1.2 Código de Ética Sofistas

Com o florescimento da democracia na política ateniense, a arte da retórica, do


discurso convincente, passa a fazer parte da vida dos cidadãos, sendo de extrema
necessidade o seu aprendizado para o efetivo exercício dos seus direitos e garantia de
êxito na vida política. Sendo assim, surge o sofista, termo que significa mestre ou sábio,
cuja função principal seria a de ensinar esta arte aos cidadãos em troca de dinheiro,
considerado um escândalo na época.

Não existe nem verdade nem erro, e as normas – por serem humanas – são
transitórias. Protágoras cai assim no relativismo ou subjetivismo (tudo é relativo ao
sujeito, ao ‘homem, medida de todas as coisas’), e Górgias sustenta que é impossível
saber o que existe realmente e o que não existe. (Vásquez, 1997, p.230)

Ocorre que, para o sofista, o discurso sempre será uma visão individualizada da
realidade. Não existe o discurso verdadeiro ou falso, existe o discurso melhor e o pior. O
melhor sempre será o mais convincente, independente da carga de verdade que traga em
si. Sobre isto discorre o autor acima.

1.1.3 Código De Ética Sócrates

Nasce em Atenas em 470 (a.C) e morre em 399 (a.C). Tendo sido condenado à
morte injustamente sob acusações infundadas, aceita resignado a sua pena bebendo
cicuta. Era amigo da maioria dos sofistas, mas seus métodos eram completamente
distintos. O seu ensino não pressupunha pagamento em troca, mas amizade, vontade de
aprender. Não era partidário dos discursos longos dos sofistas. Preferia os diálogos,
perguntas e respostas, para se chegar a conclusões. Escolheu não escrever, para evitar a
divulgação popular das idéias. Cria que o desenvolvimento da filosofia deveria se dar
através de um processo dialógico (a maiêutica).

Resumindo, para Sócrates, bondade, conhecimento e felicidade se entrelaçam


estreitamente. O homem age retamente quando conhece o bem e, conhecendo-o, não
pode deixar de praticá-lo; por outro lado, aspirando ao bem, sente-se dono de si
mesmo e, por conseguinte, é feliz. (Vásquez, 1997, p.231)

A ideia de Sócrates era que se podia chegar à verdade através do diálogo, em


contrapartida aos sofistas, que afirmavam opiniões que poderiam ser verdade somente em

8
determinados momentos, através de seus longos monólogos. Para Vásquez (1997), a ética
socrática é racionalista, sendo composta por três elementos: uma concepção do bem e do
bom; a tese da virtude (areté) como conhecimento, e do vício como ignorância e a tese
segundo a qual a virtude pode ser transmitida ou ensinada. De acordo com o autor:

1.1.4 Código De Ética Platão

Nasce em Atenas em 427 (a. C) e morre em 347 (a. C). É filho de família
aristocrática e sua criação o havia destinado a uma carreira política. No entanto, o
encontro com Sócrates, de quem se torna discípulo, e a morte deste nas circunstâncias em
que ocorreu, determinam uma mudança radical em sua vida.

Usando a fórmula de diálogos abertos, Platão vai aplicar o método socrático na


formulação do seu pensamento. A teoria das idéias é um dos pilares do pensamento
platônico. Se contrapondo aos sofistas que eram partidários do relativismo, Platão
acredita na necessidade de se buscar a verdade, o conhecimento verdadeiro da realidade.
Assim, faz uma relação entre um mundo das idéias e um mundo real, das coisas. No
pensamento de Platão, a alma do homem se eleva por intermédio da razão ao mundo das
idéias, onde a finalidade principal é libertar-se da matéria e contemplar a Idéia do Bem,
da perfeição.

Sobre a ética platônica, A ética de Platão depende intimamente, como a sua política:
a) da sua concepção metafísica (dualismo do mundo sensível e do mundo das idéias
permanentes, eternas, perfeitas e imutáveis, que constituem a verdadeira realidade e
têm como cume a Idéia do Bem, divindade, artífice ou demiurgo do mundo); b) da
sua doutrina da alma (princípio que anima ou move o homem e consta de três partes:
razão, vontade ou ânimo, e apetite; a razão que contempla e quer racionalmente é a
parte superior, e o apetite, relacionado com as necessidade corporais, é a inferior).
(Vásquez, 1997, p.231)

No entanto, para aproximar-se desta idéia de perfeição o indivíduo depende


necessariamente da estrutura do Estado. Daí a sua ética estar relacionada diretamente com
a política, a qual se caracteriza como um outro núcleo central do seu pensamento. Aqui
ele tenta encontrar uma estrutura ideal de cidade e de governo. Platão ainda vai
desenvolver uma vasta discussão sobre a alma, o que é e qual a sua relação com o corpo.

9
1.1.5 Código De Ética Aristóteles
Nasce em Estagira, Macedônia em 384 (a. C) e morre em 322 (a. C). Foi discípulo
de Platão na Academia, em Atenas e mestre de Alexandre “O Grande”. Fundou sua
própria escola, denominada Liceu.

A ética de Aristóteles – como a de Platão – está unida à sua filosofia política, já que
para ele – como para o seu mestre – a comunidade social e política é o meio
necessário da moral. O homem enquanto tal só pode viver na cidade ou polis; é, por
natureza, um animal político, ou seja, social. Por conseguinte, não pode levar uma
vida moral como indivíduo isolado, mas como membro da comunidade. Por sua vez,
a vida moral não é um fim em si mesmo, mas condição ou meio para uma vida
verdadeiramente humana: a vida teórica na qual consistea felicidade. (Vásquez,
1997, p.234)

Para Aristóteles o fim último do homem é atingir a felicidade e, para atingi-la e


sentir-se plenamente realizado, este deve dedicar-se a uma vida contemplativa guiado
pelo seu principal atributo: a razão. Por intermédio do uso da razão o homem deve buscar
um aprendizado constante que levará ao desenvolvimento de virtudes intelectuais e
práticas ou éticas. Para Aristóteles a virtude é o equilíbrio entre dois extremos. Além
disso, outras condições são necessárias para se atingir a felicidade, como maturidade,
bens materiais, liberdade pessoal, saúde, etc.

1.1.6 Código De Ética Cristã Medieval

A sociedade medieval organiza-se sob as bases do Cristianismo, que se impôs


durante dez séculos após se tornar a religião oficial de Roma no Séc. IV.

Em um sistema social estratificado e hierarquizado, a religião, por intermédio da


Igreja, vem garantir uma certa unidade social, monopolizando a vida intelectual, a moral
e a ética, que estarão impregnadas de um conteúdo religioso ao longo deste período. De
acordo com esta moral religiosa, o comportamento do homem deve se pautar a partir de
uma perspectiva sobrenatural, tendo Deus como seu fim último.

As regras de conduta e moral devem ser definidas não com relação à sociedade,
mas com relação a Deus. A ordem divina, sobrenatural, se sobrepõe à ordem natural
humana.

Segundo Vásquez (1997, p.238): “O Cristianismo como religião oferece assim ao


homem certos princípios supremos morais que, por virem de Deus, têm para ele o caráter
de imperativos absolutos e incondicionais.”

10
Portanto, diferentemente de Aristóteles, o fim último do homem passa a ser Deus e
a salvação e tudo deve apontar para estes objetivos. Além disso, o Cristianismo na Idade
Média vem trazer uma idéia extremamente paradoxal para a realidade social na época.

O autor ainda acrescenta que “a ética cristá como a filosofia cristã em geral – parte
de um conjunto de verdades reveladas a respeito de Deus, das relações do homem com o
seu criador e do modo de vida prático que o homem deve seguir para obter a salvação
no outro mundo.” (Vásquez, 1997, p.236).

Em uma sociedade repleta de desigualdades, como divisões entre escravos e


homens livres, servos e senhores feudais, a mensagem cristã vem falar de igualdade entre
os homens. Sobre isto, Vásquez cita: “Assim, pois, a mensagem cristã tinha um profundo
conteúdo moral na Idade Média, isto é, quando era completamente ilusório e utópico
propor-se a realização de uma igualdade real de todos os homens.” Vásquez, (1997,
p.238)

A Filosofia neste período esteve completamente influenciada pelos dogmas


cristãos. Chegou-se a dizer que a Filosofia era escrava da Teologia. Desta forma,
desenvolveu-se, consequentemente, uma ética dogmática, limitada pela religião. Como
principais pensadores desta época:

Santo Agostinho (354-430)

Santo Tomás de Aquino (1226-1274). A ética agostiniana é bastante influenciada


pelo pensamento de Platão, mas, se contrapõe ao racionalismo ético dos gregos, quando
valoriza a experiência pessoal, a interioridade, a vontade e o amor.

Já a ética tomista recebe a influência de Aristóteles, colocando Deus como fim


último que vai levar o homem ao atingimento da felicidade. Para tanto, assim como no
pensamento aristotélico, uma vida contemplativa é o caminho para chegar a este fim.

1.1.7 Código De Ética Moderna

Para Vásquez (1997) pode-se considerar por moderna a ética que dominou desde o
século XVI até o começo do século XIX, diferenciando-se da ética medieval na medida
em que coloca o homem como centro de seu arcabouço teórico e não mais Deus. Sobre
esta mudança, que vai trazer uma série de consequências para a sociedade moderna,
discorre o autor:

11
Na ordem espiritual, a religião deixa de ser a forma ideológica dominante e a Igreja
Católica perde a sua função de guia. Verificam-se os movimentos de reforma, que
destroem a unidade cristã medieval. Na nova sociedade, consolida-se um processo
de separação daquilo que a Idade Média unira: a)a razão separa-se da fé (e a filosofia,
da teologia); b) a natureza, de Deus (e as ciências naturais, dos pressupostos
teológicos); c) o Estado, da Igreja; e d) o homem, de Deus. (Vásquez, 1997, p.240)

Sendo assim, o homem passa a ser o centro da política, da ciência, da arte e da


moral, tornando-se absoluto, como criador e legislador. como expoente principal da
expressão da ética moderna Kant (1724-1804).

Referindo-se ainda a este pressuposto da ética kantiana, por conceber o


comportamento moral como pertencente a um sujeito autônomo e livre, ativo e
criador, Kant é o ponto de partida de uma filosofia e de uma ética na qual o homem
se define antes de tudo como ser ativo, produtor ou criador. (Vásquez, 1997, p.243)

Segundo ele, a ética de Kant está baseada no chamado imperativo categórico que
seria: “Age de maneira que possas querer que o motivo que te levou a agir se torne uma
lei universal. Isto porque, para Kant, o homem como legislador de si mesmo deve agir
por puro respeito ao dever, obedecendo a sua própria consciência ética, que por sua vez,
é determinada pela boa vontade no agir, que é universal e inerente a todos os homens em
todo o tempo e em todas as circunstâncias.

1.1.8 Código De Ética Contemporânea

A ética contemporânea tanto as doutrinas éticas atuais, como aquelas que, embora
surgidas no século XIX, continuam exercendo forte influência nos dias de hoje, como
exemplo, o existencialismo de Kierkegaard (1813-1855) e o marxismo de Karl Marx
(1818-1883).

1.1.9 Código De Ética Contemporânea nas Organizações

O envolvimento das pessoas nas organizações é impossível sem uma ética de


responsabilidade individual e coletiva, apoiada na moral e nos valores defendidos pelas
regras universais. As funções e os papéis das pessoas nas organizações tornam-se efetivas
quando todos se envolvem no seu conjunto, pondo de parte o individualismo, os interesses
pessoais e se adotam comportamentos éticos em consonância com os valores presentes
nas realidades que as integram. Os valores associados à ética exigem critérios de
coerência, empenhamento, comprometimento e verdade na e com a organização.

12
Os valores são indispensáveis para o desenvolvimento e a confiança entre todos os
participantes da organização, cada um sabe qual a sua posição e por isso havendo a
obrigação de se comportar conforme as funções e os papéis que possui na estrutura
da organização (Rego, 2000, p.56).

Quanto mais altas as posições na hierarquia da organização, maior é a


responsabilidade destas pessoas, maior atenção deve prestar aos valores e aos
comportamentos éticos, pois o exemplo é mais forte do que as palavras por mais corretas
que elas sejam têm pouco efeito, quanto muito tornamse inúteis.

Por conseguinte, a ética tem sempre forte ligação aos valores considerados como
exemplares no envolvimento globalizado da organização (Pinto, 2003, p.98).

Neste sentido a ética é cada vez mais pensada, quando o fenómeno organizacional
é analisado, tendo merecido uma crescente e especial atenção por escolas e autores que
estudam estas matérias. Neste entendimento os valores não são uma opção, são sim uma
necessidade sentida pelas pessoas, assim como também a ética. Podemos afirmar que
ninguém pode viver bem e feliz quando tanto os valores como a ética são postos em causa
através de qualquer método não aceite universalmente. A ética tem como objetivo integrar
de forma harmoniosa os recursos humanos, técnicos e financeiros, de modo a otimizar os
valores pessoais e Maria Olívia Dias sociais da e na organização.

De facto, a ética é a base de toda a actividade seja ela económica, política ou social.
A ética e a moral são um exercício nos negócios, os valores sustentam o envolvimento
das relações nas organizações onde as responsabilidades se distribuem em função do lugar
que ocupam. A conduta de um chefe, diretor ou responsável é muito maior que aquela de
um subordinado. É por isso que os critérios nas suas eleições ou nomeações não devem
por em causa a organização.

Estudos sobre a ética (Moreira, 1996, p.76) “revelam que por vezes os chefes são
escolhidos por favores, amizades, interesses particulares e menos competência científica
ou humana.”

Ora isto não dignifica em nada as pessoas nem as organizações. Os defensores e


preocupados com os valores, com a ética e a moral, adotam atitudes que se identificam
com a dignidade humana, assumem a responsabilidade das suas ações. Estes
comportamentos respeitam os valores dos outros, aplicam o humanismo, há um
envolvimento em causas coletivas dando respostas aos apelos individuais nas
organizações, mas também na comunidade.

13
De facto, a ética e os valores, nas sociedades atuais, exigem muito no seu
seguimento, porém dão um conforto considerável, uma tranquilidade, às pessoas que
investem em pô-los em prática.

Destas considerações é fácil ficarmos com a perceção de que a ética é um fator


relacional, pois refere-se a pessoas que não são coisas, não são instrumentos da
organização, são seres humanos, e por isso devem ser tratadas como tal. Neste
entendimento, a prioridade deve ser colocada no SER e não no TER (Banks e Nohr,
2008, p.20).

Sem dúvida, pelos aspetos que já abordamos, nos dias de hoje, estamos mais
preparados para TER e menos para o SER. Todos estamos de acordo que há uma crise de
ética de valores morais em muitas organizações, mas podemos perguntar o que fazer para
que isto não aconteça? Poderemos questionar-nos da nossa sensibilidade sobre a
realidade, encontraremos muitas razões, no entanto, e porque a nossa vida que é
comandada por valores, deve trabalhar em função de uma conduta aceite e reconhecida
universalmente.

Podemos concluir que todos os dias a ética nos convoca para o desafio dos valores
morais, as mudanças obrigam a adaptações, a uma necessidade que deve ser preocupação
de todas as pessoas, é um erro pensar que a ética é só para alguns. Os valores devem
dominar as nossas condutas éticas, não temos outra opção.

As atitudes e as normas de comportamento na vida de cada um devem assumir


compromissos de responsabilização. Por vezes parece haver um esquecimento destas
condutas que devem regular as nossas ações, ou então fazemos crer que são apenas
exigíveis aos outros não tendo nada a ver conosco.

Na realidade, a honestidade, a seriedade obrigam-nos muito mais a SER. Este SER


existencial que é ser bom, ser correto consigo próprio e com o outros, opção por valores
ético-morais e não antiéticos, mesmo que isso seja violento, mesmo que isso traga algum
cansaço, em termos psicológicos e socias, tenha poucos que o acompanhem, mas
seguramente capaz de lutar por objetivos, e ideais superiores, que do seu ponto de vista
são os melhores, sempre o SER, menos o TER.

1.1.10 Ética competitiva nas organizações

A ética e a competitividade veem na senda do ponto anterior. À primeira vista, ética


e competitividade podem parecer duas áreas conflituosas. Isso ocorre porque a ética nos
lembra valores normas de conduta que visam o bem-estar pessoal e coletivo, como já

14
vimos, mas parece que a competitividade nos conduz para a luta uns com os outros. Porém
pensar deste modo quanto à ética e a competitividade é um engano.

Os processos sociais de cooperação, competição, acomodação e conflito, tratados


em todos os livros de introdução à sociologia geral Maria Olívia Dias, confirmam-no.

O termo competitividade é amplamente utilizado no seio das organizações.


Competitividade que se caracteriza por competição e associando o termo a rivalidade
com outras organizações. Entendido deste modo que uma organização é competitiva
quando é capaz de oferecer serviços de maior qualidade do que as suas congéneres
sem que para isso tome comportamentos antiéticos com os seus colaboradores.
(Maria Olívia Dias 2010,p.47)

A competitividade existe no dia-a-dia de cada um de nós, no trabalho, nos estudos,


nos grupos dos quais fazemos parte, etc.

Competir significa a busca simultânea de dois ou mais indivíduos por uma


vantagem, um estatuto, quando há apenas um lugar, por vezes procura-se destruir o outro
com um certo cinismo. Mais grave ainda quando alguém faz pouco esforço, mas procura
também impedir com estratégias pouco dignas o sucesso dos outros. O problema está no
método como se atinge essa posição, é aqui que se exige a presença da ética.

Assim, a competitividade está presente no trabalho, nos estudos, na carreira, etc.


Nalgumas situações a competitividade, torna-se uma atividade que muitas vezes é
sobrecarregada pela falta de ética das pessoas que formam a organização. A
competitividade seria ótima quando há cooperação, quando cada pessoa, cada
organização se esquece do individual e pensam no coletivo, no bem comum. As teorias
sociológicas, a Sociologia das Organizações e a Doutrina Social da Igreja em particular,
indicam que adotar os padrões éticos de comportamento se tornou fundamental nas
organizações que querem ser competitivas hoje e no futuro. A sua ausência será a sua
morte.

De facto, os princípios éticos são cada vez mais exigidos pelas pessoas e pelas
comunidades em geral. Percebemos assim, que a competitividade pode ser positiva ou
negativa em função do modo como vier praticada por nós. Agir eticamente é ser
competitivo, comprometido consigo mesmo, em sintonia com a essência da ética.

Decisões e ações geram consequências que precisam ser sempre medidas, porém a
ética, como bussola vai permitir um navegar mais tranquilo pela vida, com menor
estresse e maiores realizações. Sendo assim, o que pode ser mais competitivo do que
ser ético? (Magalhães, 2003, p.92).

15
Poderíamos questionar-nos: numa sociedade cada vez mais competitiva, mais
individualista e desumana, que papel desempenha a ética e os valores na conciliação de
interesses?

Para João Leal (1996, p.7), “a competição não pode justificar o injustificável: a
desumanização da nossa sociedade”.

De facto, a relação entre ética e a competitividade sempre foi uma matéria delicada,
mas nos dias de hoje, vivendo-se um contexto tão competitivo e concorrente entre as
pessoas torna-se muitas vezes enviesada com uma certa competição agressiva, os outros
são vistos como inimigos.

Ghilardi, (2014, p.1,2). Salienta que, mesmo com estes envolvimentos, à partida é
possível que exista harmonia entre estes dois elementos, ética e competitividade. É
nossa convicção ser possível, e também desejável, conciliar harmoniosamente ética
e competitividade.

As organizações que souberem adotar critérios de rigor, competência, relações


internas e externas inspirando confiança contam certamente com uma vantagem
competitiva saudável e menos conflituosa. Neste sentido, a ética é indissociável de
qualquer atitude de responsabilidade.

Entendemos que a competitividade não nos pode separar da ética e da moral, da


responsabilidade associada aos valores, dos princípios e às regras presentes na
organização. A competitividade deve contribuir para o sucesso, tanto das pessoas como
das organizações e não para a sua destruição. Os princípios éticos devem ser utilizados
nos diversos relacionamentos da organização com todos os que a constituem, interna e
externamente.

No entender de Moreira (1999, p. 57), a competitividade quando ligada à ética torna-


se bem mais eficiente e eficaz dentro das organizações. Não temos dúvida que essas
práticas aumentam a confiabilidade nas relações tornando-se assim pontos presentes
quanto à vantagem competitiva da organização.

A ética é competitividade saudável quando respeitamos os outros, é coerência de


vida, é dever de cidadania, é cultura, é responsabilização e harmonia. De modo algum a
ética é conflito.

Teresa Guerra (1996: p. 8), coloca a seguinte questão: “Numa sociedade cada vez
mais competitiva, em que cada empresa procura subsistir às condições atuais de mercado
e de concorrência, que papel desempenham os valores, a ética, e como se conciliam com
os interesses empresariais?”

16
As respostas não são óbvias. Numa sociedade competitiva, como é a atual, onde os
interesses individuais põem em causa os coletivos, a desumanização das organizações, o
papel desempenhado pelos valores e a ética na conciliação de interesses não é fácil. As
organizações são sistemas de cooperação e competição, enquanto há uma colaboração
para atingir os objetivos que são comuns a todos e que constituem os fins da organização.

No entanto, não podemos deixar de pensar também na competição por maiores


privilégios, por promoção pessoal, para obtenção de benefícios, sem que isto seja muitas
vezes feito esmagando o outro, e, por isso entram aqui os conflitos e os comportamentos
antiéticos.

A situação pode estar latente durante longos tempos e explodir em determinados


momentos, principalmente quando há maiores pressões, internas e externas,
contribuindo para o mal estar das relações interpessoais pelo motivo dos interesses
divergentes que são sempre indesejados quando se defende o bem comum como um
dos maiores valores das organizações. Pelo exposto se percebe que pode haver
momentos em que é difícil decidir-se por atitudes comportamentais éticas. Por vezes,
o “eu ético” de cada pessoa entra em conflito com a organização. (Moreira 1999, p.
59).

As relações, independentemente das competências, ou dos estatutos de cada um, há


a necessidade de partilhar valores, princípios universais, dirigidos a todos, valorizando a
dignidade da pessoa humana e garantindo as relações entre todos os recursos humanos na
organização.

“Esta garantia dada pelas leis universais deve também ser legitimada com os
códigos éticos de cada organização.” Teresa Guerra (1996: p. 20)

É importante referir que, quando surgem em contexto organizacional conflitos,


temos de ter uma consciência clara que a participação de todos nas soluções é a melhor
maneira de defender a dignidade das pessoas no presente das organizações, mas também
no seu futuro

1.1.11 Vantagens da Ética nas Organizações

Quando uma organização adota e aplica a ética em seus princípios básicos, ela
desenvolve potencial para crescer de maneira sustentável. Ela é vista pelos clientes
como uma empresa séria e que tem responsabilidade.

As organizações que desrespeitam seus consumidores, fazem propagandas


enganosas ou ofertas falsas principalmente, com o intuito de ganhar dinheiro mais
rapidamente são condenadas ao fracasso. O sucesso dessas organizações costuma ser
passageiro e, da mesma forma que ela cresceu, ela encolhe até desaparecer. (Arruda,
2002, p.6)

17
Dentro da organização, a ética empresarial fomenta boas relações tanto entre os
próprios colaboradores quanto em relação aos clientes. O relacionamento entre todos
passa a ser mais claro, tornando-se agradável para todos os níveis.

Para que a seriedade dos propósitos e a transparência na administração das empresas


ficassem em evidência, gestores e colaboradores passaram a identificar os valores e
a missão das empresas para o qual atuam. É por meio desse mecanismo que a ética
de cada organização passou a ser vista de forma mais clara. Moreira (2002, p. 33)

Atualmente, no mundo corporativo, a ética empresarial passou a ser vista como


meta essencial a ser alcançada. O cultivo dela dentro das organizações passou a ser tratado
com tanta importância quanto os resultados, sucesso financeiro, inovação e excelência.

Problemas relacionados com as atitudes das empresas e que foram vistas pela
população de modo geral como ilegais montadoras de carros que adulteram o modelo
de testes para melhorar sua performance, por exemplo, fizeram o mercado refletir
diante de uma profunda transformação que era necessária: a da cultura das empresas.
(SÁ, 2001, p.61)

A cultura de cada empresa passou a focar no comportamento ético para afastar a


desconfiança e a descrença em relação aos escândalos que afetaram a imagem de uma
série de empresas que tiveram problemas.

1.1.12 Ética como expressão dos direitos humanos

É com a Revolução Francesa e as sucessivas declarações dos direitos humanos que


a universalidade dos direitos das pessoas tem sido defendida. O artigo 1º da Declaração
dos Direitos Humanos (1948) refere o seguinte: “Todos os seres humanos nascem livres
e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns
para com os outros em espírito de fraternidade”.

Não é por acaso, que cada vez mais nasçam organizações, tanto nacionais como
internacionais, reclamando estes direitos. Há uma pressão bastante grande destas
instituições, exigindo a concretização dos direitos que as pessoas têm e zelem pelo
respeito rigoroso dos acordos nacionais e internacionais no que toca aos Direitos dos
Homens.

As organizações interessadas em ter uma boa imagem terão de ficar sensíveis a


estas exigências, sob pena de perderem aquela credibilidade de que tanto se fala
atualmente.

18
“Esta necessidade, sentida por quem de direito, não fica alheia a certos sistemas
que por vezes aparecem de modo sofisticado para contrariar a prática do exercício no
cumprimento destes direitos.” Morin e Prigogine (1998, p.98).

Assim, à medida que progride a mundialização, os interesses individuais,


poderíamos perguntar o que leva uma organização a desrespeitar as pessoas, a não
cumprir o que a lei manda, ou seja, a não fazer caso dos direitos das pessoas, a não
considerar a ética como uma obrigação. Ainda há muito caminho a percorrer até se chegar
à adoção generalizada de boas práticas nas organizações, sobretudo no nosso país. Estas,
no entender de:

Morin e Prigogine (1998, p.46), ainda não têm como objetivo prioritário os valores
ética-morais, ainda fazem pouco consumo da ética, o que interessa são os lucros, as
pessoas são instrumentos de trabalho, são máquinas, isto é inaceitável nas sociedades
de hoje ditas desenvolvidas.

Esta situação faz-nos ter a percepção, de leis e normas que se destinam a impor os
valores ético-morais, na realidade organizacional, ainda são recheados de abusos
cometidos pelo poder. Isto só mostra que a ética parece ser um bem escasso, precisando
que algumas normas se imponham para assegurar os direitos das pessoas. Se a ética na
relação com os direitos humanos se caracteriza pela conduta das pessoas há uma
obrigação que tem de estar sempre em cima da mesa, não pode ser deixada ao acaso.

A ética serve para regular as relações defendendo os direitos de forma objetiva não
abstrata. Neste sentido espera-se que as pessoas tenham uma postura ativa baseada nos
valores.

É imperativo reconhecer que os direitos humanos se associam aos valores ético-


morais, à deontologia, cuja fundamentação sai reforçada ao tomarmos consciência da
importância que a ética assume numa organização, seja ela, lucrativa ou não. Os direitos
são essenciais à pessoa humana.

O mundo somos nós que o fazemos, o sentido de justiça não pertence a grupos
restritos, é de todos nós (Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948). “O homem
é um ser dotado de liberdade e dignidade próprias. Por isso as organizações devem
valorizar o indivíduo com as suas liberdades e direitos”. Chegando a este ponto cabe-
nos salientar que os direitos humanos têm como principal objetivo salvaguardar a
dignidade das pessoas nas organizações.

19
Embora as Constituições e as normas promovidas pelos Estados e pelas
Organizações nacionais, europeias e mundiais, cada vez mais protejam as pessoas, a
lógica ainda reflete, infelizmente, o contrário, qualquer um de nós o observa, pena que se
pense de modo individual e não coletivo. Sendo os direitos um conjunto de garantias do
ser humano que tem por finalidade básica o respeito e a sua dignidade, por meio da
proteção contra o arbítrio dos poderes, sejam eles estatais, superiores hierárquicos ou
chefias, o estabelecimento de condições mínimas de vida e desenvolvimento da pessoa
humana, tudo isto tem uma certa dose de ilusão. A prevalência de formas de opressão,
exclusão, desigualdade, e outras restringem o primado dos Direitos Humanos.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos e a literatura constante que vai


surgindo marca como respeito pela legalidade da cidadania a defesa dos direitos
humanos, considerados universais, efetivos, invioláveis, inalienáveis e renunciáveis.
A conduta ética das organizações, na sua maioria, não reflete estas características
(Rodrigues, 2004, p.67).

Observamos ainda um grande débito de cidadania, democracia e direitos humanos


como realidades orientadas para todos.

1.1.13 A Ética e o Ensino

Em qualquer ambiente social, tomar atitudes éticas é extremamente importante, não


apenas pela moral envolvida, mas também como uma forma de se portar mediante os
valores ensinados por toda a vida, seja no seio familiar ou social, como escolas.

A ética e a moral têm uma correlação direta. À medida que a pessoa prima pela ética,
ela reforça a moral. E, na mesma medida, quando se guia pela moralidade, toma para
si uma ética de vida. A ética e a educação, portanto, têm uma relação direta, visto
que os comportamentos éticos são ensinados, reforçados, absorvidos e naturalizados
por cada indivíduo. ( Cervo 2014, p. 27)

Logo, as instituições de ensino, especialmente as de ensino superior, têm, na


maioria das vezes, um código de ética que deve ser obedecido pelos alunos e que também
serve como guia para todos que fazem parte dos quadros da escola ou faculdade. São,
ainda, valores que serão transmitidos e cobrados dos estudantes.

20
CAPÍTULO II: OPÇÕES METODOLOGICAS DO ESTUDO

21
2.1 MODO DE INVESTIGAÇÃO

Neste projecto de investigação far-se-á a aplicação do estudo quantitativo, /


qualitativo e método de investigação de dados onde será estudo de campo, usar-se-á
bibliográfica e documental. Segundo (Freixo, 2011, p.106). “Este método assenta em
estratégias de pesquisa para observar e descrever comportamentos, incluindo a
determinação de factores que possam estar relacionados com um fenómeno em
particular.”

2.2 HIPÓTESES

Segundo Gil (2007, p.20), “a hipótese é uma preposição testável, que pode ou
não solucionar um problema”. Na base dos objectivos atrás mencionados, formulou-se
as seguintes hipóteses:

Ho: O código de ética não tem importância no ambiente interno.

H1: O código de ética tem importância no ambiente interno.

2.3 VARIÁVEIS

(1) Variável Independente: Código de Ética;

(2) Variável Dependente: Ambiente interno Colégio Nossa Senhora da


Anunciação.

De acordo com Pange (2016,p.183). “Variáveis são atributos ou qualidades dos


casos que medem ou registam”.

2.4 POPULAÇÃO E AMOSTRA

Para Murray (2004, p.56). “Uma amostra é o processo de obtenção de amostra


que são uma pequena parte de uma população”.

A população desta pesquisa é de 30 trabalhadores da qual se extraiu a amostra de


10 trabalhadores do colégio Nossa Senhora da Anunciação.

22
2.5 PROCESSAMENTO E TRATAMENTO DE DADOS

Para o presente estudo efetuou-se uma ampla pesquisa de livros, código de ética,
onde coletou-se diversos dados, utilizei o método de análise de conteúdo ,e os resultados
foram elaborados nos aplicativos Word e Excel.

23
CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DOS
RESULTADOS

24
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO COLÉGIO NOSSA SENHORA DA
ANUNCIAÇÃO

Os recursos materiais e financeiros são apenas instrumentos para o


desenvolvimento da ação educativa, científica e cultural, buscando, outrossim, ser centro
de ensino de excelência.

Concluindo, “a educação é, efetivamente, o meio-chave para libertar os povos de


toda a escravidão e fazê-los subir de condições menos humanas a condições mais
humanas”

3.2 VISÃO
É imprescindível visão de futuro na educação cristã, ante os rápidos avanços e
desafio emergentes. Os conflitos sociais, políticos, econômicos, éticos, religiosos,
ideológicos, etc. influenciam na educação, exigindo postura amadurecida para o devido
discernimento.

Para que a educação evangélico-libertadora seja parâmetro do Colégio, é preciso


ter audácia de assumir um processo educativo global, tendo em vista o aluno, inserido
neste mundo em constantes transformações.

O educador cristão deverá desenvolver em sua vida valores, tais como: dignidade
pessoal, firmeza de caráter, solidariedade e união de propostas, fraternidade, honestidade,
aceitação, paciência, força de vontade, tolerância e, acima de tudo, o amor – essência do
processo educativo, no respeito às diferenças individuais.

A trilogia – fé, justiça e amor – norteará toda a comunidade escolar, a fim de que
haja comunhão e participação.

3.3 MISSÃO
Proporcionar ao aluno a formação integral e de qualidade, necessária ao
desenvolvimento de suas potencialidades nos aspectos cognitivos, psíquico e espiritual,
estimulando a vivência de atitudes e valores humanos, preparando-o para o exercício
consciente da cidadania e da vida em sociedade, incutindo-lhe a preocupação com a
ecologia humana e ambiental, assim como com as práticas de sustentabilidade, sem
esquecer a vivência religiosa integral e autêntica.

25
3.4 VALORES

✓ Compaixão;
✓ Justiça;
✓ Cooperação;
✓ Autonomia;
✓ Espiritualidade;
✓ Solidariedade;
✓ Diálogo;
✓ Amizade;
✓ Tolerância;
✓ Responsabilidade;
✓ Sustentabilidade.

Tendo em conta os dados coletados, no colégio Nossa Senhora da Anunciação dos


anos em estudo, relativamente ao Código de Ética, no Colégio nossa Senhora da
Anunciação, verificou-se que o Código de Ética, influencia diretamente o ambiente
interno do Colégio, como mostra as tabelas abaixo.

26
3.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Para análise dos resultados usou-se um questionário de perguntas abertas e fechadas.

Ao Analisarmos os géneros dos entrevistados, percebeu-se que 60% dos


entrevistados são do género masculino, e 40% do género feminino o que perfaz um total
de 100% da nossa amostra.

Tabela 1: Gênero dos Entrevistados.

Descrição Tabela
Género Masculino 60% Feminino 40%
Fonte: Elaboração própria

Gráfico 1 Género

Fonte: Elaboração própria

Relativamente ao nível acadêmico, percebeu-se ainda que 40% dos entrevistados


são bacharel, outros 40% com frequência universitária, e 20% licenciados, como mostra
a tabela e o gráfico abaixo.

Tabela 2 Nível Acadêmico

Descrição Nível de Escolaridade dos entrevistados


Nivel De Escolaridade Basharel 40% Frequência Universitária 40% Licenciado 20%
Fonte: Elaboração própria
27
Gráfico 2 Nível de Escolaridade

Fonte: Elaboração própria

Quanto a Profissão todos entrevistados eram professores de profissão, como mostra a tabela e o
gráfico abaixo.

Tabela 3 Profissão

Descrição Profissão
Profissão Professor 100%
Fonte: Elaboração própria

Gráfico 3 Profissão

Fonte: Elaboração própria

28
Relativo a experiencia de trabalho, 60% tem experiencia de 1 á 5 anos, já
40% tem experiencia de 10 á 33 anos, o que perfaz um total de 100% como ilustra o
gráfico e a tabela abaixo.

Tabela 4 Experiência de Trabalho

Descrição Experiencia de Trabalho


Ano de Experiência Inferior a 5 60% superior a 10 40%
Fonte: Elaboração própria

Gráfico 4Experiência Profissional

Fonte: Elaboração própria

A primeira questão da II Parte os entrevistados responderam da seguinte forma,


80% concorda que a ética é necessária no colégio, ao passo que 20% concorda
parcialmente, sendo que nenhum entrevistado discorda.

29
Gráfico 5 Questão Nº 1 da II Parte

Fonte: Elaboração própria

Para a segunda questão, 80% diz que a disponibilidade do código de ética é


importante no colégio, sendo que 20% concorda parcialmente e nenhum dos entrevistados
discorda.

Gráfico 6 Questão Nº 2 da II Parte

Fonte: Elaboração própria


30
Relativamente a questão abaixo, 20% dos entrevistados diz que o código de ética
é valorizado acima dos lucros sendo que, 20% diz que não concorda e outros preferem
abster-se da questão.

Gráfico 7 Questão Nº 3 da II Parte

Fonte: Elaboração própria

A questão abaixo 50% discorda completamente que o código de ética foi


formulado de modos a evitar problemas legais, ao passo que, 40% discorda parcialmente
sendo que 10% concorda totalmente,

31
Gráfico 8 Questão Nº4 da II Parte

Fonte: Elaboração própria

Relativamente a questão abaixo, 92% diz que é indiferente que haja revisão ao código de ética já
outros 3% concordam parcialmente, e outros 3% totalmente, já os 4% discordam totalmente.

Gráfico 9 Questão Nº5 da II Parte

Fonte: Elaboração própria

32
Relativo a 6º questão, 60% concorda totalmente que a ética expressa de forma clara
e objectiva os valores da empresa ao passo que, 20% descorda totalmente, e 10% diz ser
indiferente e ainda outros 10% diz concordar parcialmente.

Gráfico 10 Questão Nº6 da II Parte

Fonte: Elaboração própria

Relativamente a 7º questão, 50% concorda totalmente que a acção disciplinar afligem o código de
ética ao passo que 20% discorda totalmente, já 10% concorda parcialmente, e outros 10% discorda
parcialmente, outros 10% é indiferente.

Gráfico 11 Questão Nº7 da II Parte

Fonte: Elaboração própria

33
Relativo a 12º questão todos concordam que a ética influência no bom Ambiente
de Trabalho.

Gráfico 12 Questão Nº 8 da II parte

Fonte: Elaboração própria

Na questão que segue, 60% discorda parcialmente, que o bom comportamento dos funcionários
advém do código de ética, ao passo que 20% concorda particularmente, já 10% é indiferente, outros 10%
concorda totalmente.

Gráfico 13 Questão Nº 9 da II Parte

Fonte: Elaboração própria


34
Quanto a questão abaixo 60% discorda particularmente que o desempenho dos
professores depende do código de ética ao passo que 10% concorda particularmente, 20%
discorda totalmente outros 10% concorda parcialmente.

Gráfico 14 Questão Nº 10 da II Parte

Fonte: Elaboração própria

A 11º questão 80% dicorda completamente de ter o habito de usar matérias de


trabalho para fuso pessoal, ao passo que 20% discorda parcialmente.

Gráfico 15 Questão Nº 11 da II Parte

Fonte: Elaboração própria

35
Relativamente a 12º questão, 60% diz que não faria, 20% diz que faria, 10% diz que depende da
situação, já outros 10% diz ser indiferente.

Gráfico 16 Questão Nº 12 da II Parte

Fonte: Elaboração própria

A ultima questão obteve-se os seguintes resultados

13- Mencione os aspectos do ambiente de trabalho que são influenciados pelo


cumprimento do código de ética?

R; As respostas foram as seguintes:

➢ Deontologia Profissional
➢ Respeito a Hierarquia
➢ Empatia
➢ Honestidade
➢ Integridade
➢ Competência
➢ Comunicativo
➢ Boa aparência
➢ Respeito aos colegas de Trabalho
➢ Assiduidade
➢ Pontualidade
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➢ Voluntarismo
➢ Simpatia
➢ Sincronia

Tabela 5 Questionário
Concordo Concordo Discordo Discordo
Questões Indiferentes
Totalmente Parcialente Parcialmete Totalmente
1 Código de ética é necessario no Colégio? 80% 20% 0 0 0
A Disponibilidade do Código de Ética é importante
2 80% 20% 0 0 0
no Colégio?
O Còdigo de Ètica é Valorizado acima
3 20% 0 60% 0 20%
dos lucros da empresa?
O Código de Ética foi formulado de
4 10% 0 0 40% 50%
modos a evitar Problemas Legais?
Haverá necessidades de ajuste do Código
5 20% 40% 10 0 30%
de Ética, coso haja uma auditoria externa?
A Ética expressa de forma clara e objetiva
6 60% 10% 10% 0 20%
os Valores da Empresa
Existe Acções diciplinares para Funcionarios
7 60% 10% 10% 5% 15%
que afrigem o Código de Ética?
O Código de Ética influência no bom Ambiente de
8 100% 0 0 0 0
trabalho?
Os Funcionários são bem comportados devido ao
9 10% 10% 0 60% 20%
Código de ètica
O Desempenho dos professores depende do
10 10% 10% 0 60% 20%
Código deÉtica?
Possui o Hábito de utilizar material do Trabalho
11 0 0 0 20% 80%
para o Uso pessoal?
Faria qualquer coisa que esteje a seu alcanse,
12 20% 0 10% 10% 60%
para subir de cargo?

Fonte: Elaboração própria

Indubitavelmente, conseguio-se verificar o impacto da ética no ambiente interno


da instituição de encino Nossa Senhora da Anunciação, uma vez que as questões acima
demostram como os funcionários daquela instituiçõa são influlênciados pela mesma.

Para os funcionários daquela instituição entedem que a ética é necessaria,


entendem ainda a importancia da sua disponibilidade, ao passo que a maioria diz que o
mesmo é valorizado, e que o mesmo foi formulado de modos a evitar problemas na
instituição, e que poderá provavelmente sofrer ajuste caso haja uma auditória externa,
onde 60% concorda que a mesma expressa de forma clara e objectiva os valores da
empresa, e que existem acções disciplinares para funcionários que afligem o código de
ética naquela intituição, e que o código de ética influência no bom ambiente de trabalho,
e que se há um bom comportamento dos funcionários deve-se a moral e não
necessariamente pelo código de ética apresentado por aquela intituição, e que o
desempenho dos docentes não depende do código de ética.
37
CONCLUSÃO

O Código de ética, é uma variável bastante requerida para o bom funcionamento


de qualquer organização, e para o relacionamento interpessoal, o ser humano é um ser
sociável torna-se indispensável o código de ética de modos a nortear o bom
comportamento do homem na sociedade e na organização, com o presente trabalho foi
possível a compreensão de que o código de ética é uma necessidade para as organizações,
visto que ela é um fator fundamental para o comprimento dos objetivos de uma
organização.

Por outra, é com base nas principais atividades da organização de ensino, como
ministração de aula, aconselhamento aos estudantes, orientação aos estudantes durante o
ano lectivo que as organizações de ensino conseguem obter lucros, e consequentemente
comprir o grande objetivo, “Manximização de lucros, minimização de custos”.

Em síntese, a pesquisa evidenciou, a través dos resultados, isto é, por meio da


análise de alguns indicadores como número de professores naquela organização de
ensino, a existência do código de ética, os lucros sobrepõem a ética, a influência do código
de ética nas naquelas organizações o de ensino, pelo que os resultados foram satisfatórios
e podemos considerar que a ética é um fator fundamental, para as organizações.

38
RECOMENDAÇÕES

Dada a relevância do Estudo Recomenda-se as organizações, e não só:

O uso do código de Ética, uma vez que proporcionará os seguintes benéficios:

Desenvolvimento e fortalecimento das relações de confiança, tornando-as mais


estáveis, produtivas e lucrativas para seus clientes e colaboradores.

Criação de um ambiente de trabalho saudável e consequentemente mais


produtivo, atraindo e retendo talentos.

Aumento da confiança e da reciprocidade, por consequência melhorará também


sua imagem, tornando mais sólida sua marca;

Melhora a disposição para o trabalho de equipe, aumentando o diálogo, a


integridade e a sensação de comunidade e de valores compartilhados, apoiando o
crescimento e o amadurecimento dos colaboradores;

Maximiza o comprometimento e a lealdade dos empregados, que passam a


identificar-se mais com a empresa;

Deixa a empresa menos sujeita a multas e processos;


Minimiza problemas de furtos, sabotagens, discriminações e depredações de
instalações;

Minimiza riscos de escândalos, que destroem carreiras e companhias.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Madrid: Fragua.

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ANEXOS

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