Etica Nas Organizações Nossa Senhora Da Anuciação
Etica Nas Organizações Nossa Senhora Da Anuciação
Etica Nas Organizações Nossa Senhora Da Anuciação
MONOGRAFIA
MONOGRAFIA
III
DEDICATÓRIA
Dedico a Deus por sempre guiar os meus passos, dedico a minha família pelo
incentivo e esforço incondicional de todos, durante esses quatro anos de curso. E a todos
os colegas, professores que de alguma forma contribuíram para a realização deste
trabalho.
IV
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiro à Deus por me ter mantido na trilha certa durante este projecto
de pesquisa com saúde e forças para chegar até ao fim.
Sou grata à minha família pelo apoio que sempre me concedeu durante toda a
minha vida pessoal e académica.
V
DECLARAÇÃO DE AUTOR
Declaro que este trabalho escrito foi levado a cabo de acordo com os regulamentos da
Universidade Jean Piaget de Angola (UniPiaget) e em particular do Regulamento de
Elaboração do Trabalho de Fim de Curso. O trabalho é original excepto onde indicado
por referência especial no texto. Quaisquer visões expressas são as do autor e não
representam de modo algum, quaisquer visões da UniPiaget. Este trabalho, no todo ou em
parte, não foi apresentado para avaliação noutras instituições de ensino superior nacionais
ou estrangeiras.
Mas informo que a norma seguida para a elaboração do trabalho é a Norma APA.
Assinatura:
_______________________________________________________
VI
SIGLÁRIOS
Ed. – Edição
H. - Hipóteses
N.º - Número
P. – Página
Pp. – Páginas
RH – Resursos Humanos
VII
RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo geral a análise a influência do código de ética no
ambiente interno do colégio Nossa Senhora da Anunciação. Porém, foram delineados os
seguintes objetivos específicos: (1) Descrever o código de Ética no ambiente interno. (2)
Identificar as variáveis do código de Ética que influenciam positivamente no ambiente
interno duma organização. (3) Avaliar a influência das variáveis do código de Ética no
ambiente interno do colégio nossa Senhora da Anunciação. Relativamente ao quadro
teórico, a pesquisa buscou tratar primeiramente diferenciou-se a ética e a moral,
Posteriormente o conceito de Ética e a sua constituição, segundo uma abordagem sobre
os diferentes pensamentos, uma visão clássica, como a ética era vista pensamentos de
atires que trouxeram doutrinas, como a ética sofista, a ética de Sócrates, Platão
Aristóteles, a ética Cristã e a moral, a moderna e a contemporânea, as vantagens da ética
nas organizações, a ética como expressão dos direitos humanos. Quanto aos aspectos
metodológicos, optou-se pelo método de investigação misto, isto é, a abordagem
qualitativa e quantitativa. Usou-se como instrumento de investigação usou-se entrevista,
livros e documentos, que facilitou tanto na obtenção dos dados requeridos, assim como
no tratamento e interpretação dos mesmos. Nesta senda, os dados foram tratados com
base na análise descritiva, onde foi possível demonstrar que a ética é um factor
determinante para o bom desempenho das organizações, uma vez que os indicadores por
conta da investigação feita na organização de ensino em questão apontam assim.
VIII
ABSTRACT
The present work had as general objective the analysis of the influence of the code of
ethics in the internal environment of the Nossa Senhora da Anunciação school. However,
the following specific objectives were outlined: (1) Describe the Code of Ethics in the
internal environment. (2) Identify the Code of Ethics variables that positively influence
the internal environment of an organization. (3) Evaluate the influence of the variables of
the Code of Ethics on the internal environment of the Nossa Senhora da Anunciação
College. Regarding the theoretical framework, the research sought to firstly differentiate
between ethics and morals. Subsequently, the concept of Ethics and its constitution,
according to an approach on different thoughts, a classical view, as ethics was seen as
shooting thoughts that they brought doctrines such as the sophistic ethics, the ethics of
Socrates, Plato Aristotle, Christian ethics and morals, modern and contemporary, the
advantages of ethics in organizations, ethics as an expression of human rights. As for the
methodological aspects, we opted for the mixed research method, that is, the qualitative
and quantitative approach. Interviews, books and documents were used as a research
instrument, which facilitated both in obtaining the required data, as well as in their
treatment and interpretation. In this way, the data were treated based on descriptive
analysis, where it was possible to demonstrate that ethics is a determining factor for the
good performance of organizations, since the indicators due to the investigation carried
out in the teaching organization in question point to this.
IX
INDICÉ GERAL
EPÍGRAFE ..................................................................................................................... III
DEDICATÓRIA ............................................................................................................. IV
AGRADECIMENTOS .....................................................................................................V
RESUMO.....................................................................................................................VIII
ABSTRACT ................................................................................................................... IX
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 38
RECOMENDAÇÕES..................................................................................................... 39
ANEXOS ........................................................................................................................ 42
XI
INDICÉ DE TABELAS
Tabela 1: Gênero dos Entrevistados. .............................................................................. 27
Tabela 2 Nível Acadêmico ............................................................................................. 27
Tabela 3 Profissão .......................................................................................................... 28
Tabela 4 Experiência de Trabalho .................................................................................. 29
Tabela 5 Questionário ..................................................................................................... 37
XII
INDICÉ DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Género ............................................................................................................ 27
Gráfico 2 Nível de Escolaridade ..................................................................................... 28
Gráfico 3 Profissão ......................................................................................................... 28
Gráfico 4 Experiência Profissional ................................................................................. 29
Gráfico 5 Questão Nº 1 da II Parte ................................................................................. 30
Gráfico 6 Questão Nº 2 da II Parte ................................................................................. 30
Gráfico 7 Questão Nº 3 da II Parte ................................................................................. 31
Gráfico 8 Questão Nº4 da II Parte .................................................................................. 32
Gráfico 9 Questão Nº5 da II Parte .................................................................................. 32
Gráfico 10 Questão Nº6 da II Parte ................................................................................ 33
Gráfico 11 Questão Nº7 da II Parte ................................................................................ 33
Gráfico 12 Questão Nº 8 da II parte ............................................................................... 34
Gráfico 13 Questão Nº 9 da II Parte ............................................................................... 34
Gráfico 14 Questão Nº 10 da II Parte ............................................................................. 35
Gráfico 15 Questão Nº 11 da II Parte ............................................................................. 35
Gráfico 16 Questão Nº 12 da II Parte ............................................................................. 36
XIII
INTRODUÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
Tem se registado a inexistência do código de ética nas empresas, elas não
apresentam e nem dão conhecer e as que conhecem os códigos, violam.
Para que seja legítimo em uma organização, o código de ética precisa ser discutido,
compreendido e conhecido internamente por todos os funcionários.
OBJETIVOS DO ESTUDO
GERAL
Objetivos Específicos
1- Descrever o código de Ética no ambiente interno.
1
2- Identificar as variáveis do código de Ética que influenciam positivamente no
ambiente interno duma organização.
3- Avaliar a influência das variáveis do código de Ética no ambiente interno.
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO
Teórica: O cuidado com a conduta das pessoas é uma preocupação importante
daquelas que formam profissionais, as universidades e não só são por sua vez que
contribuem junto de práticas de cidadania, manifestadas da ampliação e divulgação do
conhecimento.
DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
O presente estudo foi realizado com a finalidade de executar uma análise do Código
de Ética no colégio Nossa Senhora da Anunciação. Restringiu-se a área estudada, como
sendo a ética. Os períodos analisados foram de setembro á Junho de 2020, com a
finalidade de apresentar o código de ética nesta organização.
2
DEFINIÇÃO DE CONCEITOS
3
CAPÍTULO. I - FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO –
CIENTÍFICA
4
1.1 ABORDAGEM CIENTÍFICA RELACTIVO A ÉTICA
De acordo com o filósofo, a ética tinha como finalidade promover o bem. Este bem
que tem a felicidade como propósito de todas as ações e ganha consistência na vida em
sociedade onde ocorrem essas manifestações.
Por essa razão é que os estudos sobre a ética na representação do conhecimento são
necessários, uma vez que a mesma se estabelece à medida que se torna uma noção de
limite de poder (controle), pois se distancia do poder sobre os outros e evita ser objeto de
qualquer ideologia. Dessa forma, partindo da concepção filosófica de ética enquanto área
de estudo que trata dos valores e da conduta do homem na sociedade, notadamente no
que tange às regras de conduta que preconizarão direitos e deveres no contexto social.
Nesse sentido, se a ética propicia a reflexão das normas, regras e princípios que
envolvem o ser humano, ou seja, o cidadão (componentes psicológicos), de um
determinado espaço, em um determinado tempo, pertencente a uma determinada
sociedade (componentes sociológicos)
“As doutrinas morais se oferecem como orientação imediata para a vida moral das
pessoas [normas de conduta], ao passo que as teorias éticas pretendem antes dar conta
do fenômeno da moralidade em geral” (Martínez, 2005, p.51).
Observa-se, desse modo, que a ética tem por objeto tanto a conduta humana (seus
juízos de apreciação, normas princípios e problemas) quanto a moral propriamente dita
(seus valores, comportamentos e objetos).
5
Em que pesem tais aspectos, ressalta que:
Ética e moral possuem dimensões distintas, ainda que complementares, pois, se por
um lado, apresentam convergência no que tange à busca pela definição de valores e
pelo bem-estar, à necessidade de serem aceitas e praticadas, e à influência no
contexto social, apresentam nítida distinção quanto ao pressuposto (a moral parte da
realidade dos costumes enquanto a ética reflete sobre os mesmos), à abrangência.
(Valentim 2004,p.34)
Desse modo, e embora a questão moral integre o universo da ética, pode-se dizer
que, enquanto a moral se atém ao estudo das regras de conduta propriamente ditas em um
dado segmento social no espaço e no tempo, a ética se preocupa com a reflexão sobre os
valores morais, não ditando nem estabelecendo regras e normas de conduta a serem
seguidas, mas, na concepção da ética racional.
“Ou seja, o ser humano deve ter a consciência do bem agir e do bem fazer, sem
ser constrangido a tal: deve sê-lo espontaneamente”. (Marcondes, 2001, p.35)
Então, faz-se necessário entender como o conceito de valor é tratado pela ética. Os
propulsores dos estudos sobre o valor, na ética, foram os filósofos alemães Max Scheler
e Edward Von Hartmann, que desenvolveram pesquisas sobre a substituição da noção de
bem que predominava na área, pela noção de valor, onde dissertavam didaticamente sobre
os valores éticos. Quando se fala de valor distingue-se dois aspectos relativos à existência
das coisas: o primeiro é a concepção da existência natural do objeto com características
que independem do ser humano.
O estudo sobre a ética divide-se também na forma como os valores são encarados,
por meio da teoria objetivista que se pauta em verdades morais que não podem ser
mudadas e, através da teoria relativista, de natureza mais flexível, que defende ações
éticas relacionadas a circunstâncias existentes em um determinado contexto
6
Dessa forma, enquanto uma acepção moral que proporciona normas de conduta,
têm-se, então, os valores morais, objetos dessa discussão.
“Os valores morais existem unicamente em atos humanos, como por exemplo, o
comportamento de indivíduos e grupos sociais, realizados de forma livre, ou seja, de um
modo consciente e voluntário” (Brondani, 2000, p.47).
Portanto, em que pesem tais condições no âmbito da ORC, destaca-se que o objetivo
desta discussão é identificar pesquisas sobre as questões éticas na representação do
conhecimento, no intuito de encaminhar propostas que possam enfrentar esses desafios.
Desta forma, existe uma inter-relação entre a doutrina ética que vigora em uma
determinada época na história e os padrões de conduta, valores e normas que prevalecem
e estabelecem a moral predominante.
“As doutrinas éticas não podem ser consideradas isoladamente, mas dentro de um
processo de mudança e de sucessão que constitui propriamente a sua história.”
(Vásquez, 1997, p.228)
7
uma preocupação com os problemas do homem, e, sobretudo, com os problemas políticos
e morais, que não eram objeto de estudo dos primeiros filósofos, chamados pré-
socráticos.
Não existe nem verdade nem erro, e as normas – por serem humanas – são
transitórias. Protágoras cai assim no relativismo ou subjetivismo (tudo é relativo ao
sujeito, ao ‘homem, medida de todas as coisas’), e Górgias sustenta que é impossível
saber o que existe realmente e o que não existe. (Vásquez, 1997, p.230)
Ocorre que, para o sofista, o discurso sempre será uma visão individualizada da
realidade. Não existe o discurso verdadeiro ou falso, existe o discurso melhor e o pior. O
melhor sempre será o mais convincente, independente da carga de verdade que traga em
si. Sobre isto discorre o autor acima.
Nasce em Atenas em 470 (a.C) e morre em 399 (a.C). Tendo sido condenado à
morte injustamente sob acusações infundadas, aceita resignado a sua pena bebendo
cicuta. Era amigo da maioria dos sofistas, mas seus métodos eram completamente
distintos. O seu ensino não pressupunha pagamento em troca, mas amizade, vontade de
aprender. Não era partidário dos discursos longos dos sofistas. Preferia os diálogos,
perguntas e respostas, para se chegar a conclusões. Escolheu não escrever, para evitar a
divulgação popular das idéias. Cria que o desenvolvimento da filosofia deveria se dar
através de um processo dialógico (a maiêutica).
8
determinados momentos, através de seus longos monólogos. Para Vásquez (1997), a ética
socrática é racionalista, sendo composta por três elementos: uma concepção do bem e do
bom; a tese da virtude (areté) como conhecimento, e do vício como ignorância e a tese
segundo a qual a virtude pode ser transmitida ou ensinada. De acordo com o autor:
Nasce em Atenas em 427 (a. C) e morre em 347 (a. C). É filho de família
aristocrática e sua criação o havia destinado a uma carreira política. No entanto, o
encontro com Sócrates, de quem se torna discípulo, e a morte deste nas circunstâncias em
que ocorreu, determinam uma mudança radical em sua vida.
Sobre a ética platônica, A ética de Platão depende intimamente, como a sua política:
a) da sua concepção metafísica (dualismo do mundo sensível e do mundo das idéias
permanentes, eternas, perfeitas e imutáveis, que constituem a verdadeira realidade e
têm como cume a Idéia do Bem, divindade, artífice ou demiurgo do mundo); b) da
sua doutrina da alma (princípio que anima ou move o homem e consta de três partes:
razão, vontade ou ânimo, e apetite; a razão que contempla e quer racionalmente é a
parte superior, e o apetite, relacionado com as necessidade corporais, é a inferior).
(Vásquez, 1997, p.231)
9
1.1.5 Código De Ética Aristóteles
Nasce em Estagira, Macedônia em 384 (a. C) e morre em 322 (a. C). Foi discípulo
de Platão na Academia, em Atenas e mestre de Alexandre “O Grande”. Fundou sua
própria escola, denominada Liceu.
A ética de Aristóteles – como a de Platão – está unida à sua filosofia política, já que
para ele – como para o seu mestre – a comunidade social e política é o meio
necessário da moral. O homem enquanto tal só pode viver na cidade ou polis; é, por
natureza, um animal político, ou seja, social. Por conseguinte, não pode levar uma
vida moral como indivíduo isolado, mas como membro da comunidade. Por sua vez,
a vida moral não é um fim em si mesmo, mas condição ou meio para uma vida
verdadeiramente humana: a vida teórica na qual consistea felicidade. (Vásquez,
1997, p.234)
As regras de conduta e moral devem ser definidas não com relação à sociedade,
mas com relação a Deus. A ordem divina, sobrenatural, se sobrepõe à ordem natural
humana.
10
Portanto, diferentemente de Aristóteles, o fim último do homem passa a ser Deus e
a salvação e tudo deve apontar para estes objetivos. Além disso, o Cristianismo na Idade
Média vem trazer uma idéia extremamente paradoxal para a realidade social na época.
O autor ainda acrescenta que “a ética cristá como a filosofia cristã em geral – parte
de um conjunto de verdades reveladas a respeito de Deus, das relações do homem com o
seu criador e do modo de vida prático que o homem deve seguir para obter a salvação
no outro mundo.” (Vásquez, 1997, p.236).
Para Vásquez (1997) pode-se considerar por moderna a ética que dominou desde o
século XVI até o começo do século XIX, diferenciando-se da ética medieval na medida
em que coloca o homem como centro de seu arcabouço teórico e não mais Deus. Sobre
esta mudança, que vai trazer uma série de consequências para a sociedade moderna,
discorre o autor:
11
Na ordem espiritual, a religião deixa de ser a forma ideológica dominante e a Igreja
Católica perde a sua função de guia. Verificam-se os movimentos de reforma, que
destroem a unidade cristã medieval. Na nova sociedade, consolida-se um processo
de separação daquilo que a Idade Média unira: a)a razão separa-se da fé (e a filosofia,
da teologia); b) a natureza, de Deus (e as ciências naturais, dos pressupostos
teológicos); c) o Estado, da Igreja; e d) o homem, de Deus. (Vásquez, 1997, p.240)
Segundo ele, a ética de Kant está baseada no chamado imperativo categórico que
seria: “Age de maneira que possas querer que o motivo que te levou a agir se torne uma
lei universal. Isto porque, para Kant, o homem como legislador de si mesmo deve agir
por puro respeito ao dever, obedecendo a sua própria consciência ética, que por sua vez,
é determinada pela boa vontade no agir, que é universal e inerente a todos os homens em
todo o tempo e em todas as circunstâncias.
A ética contemporânea tanto as doutrinas éticas atuais, como aquelas que, embora
surgidas no século XIX, continuam exercendo forte influência nos dias de hoje, como
exemplo, o existencialismo de Kierkegaard (1813-1855) e o marxismo de Karl Marx
(1818-1883).
12
Os valores são indispensáveis para o desenvolvimento e a confiança entre todos os
participantes da organização, cada um sabe qual a sua posição e por isso havendo a
obrigação de se comportar conforme as funções e os papéis que possui na estrutura
da organização (Rego, 2000, p.56).
Por conseguinte, a ética tem sempre forte ligação aos valores considerados como
exemplares no envolvimento globalizado da organização (Pinto, 2003, p.98).
Neste sentido a ética é cada vez mais pensada, quando o fenómeno organizacional
é analisado, tendo merecido uma crescente e especial atenção por escolas e autores que
estudam estas matérias. Neste entendimento os valores não são uma opção, são sim uma
necessidade sentida pelas pessoas, assim como também a ética. Podemos afirmar que
ninguém pode viver bem e feliz quando tanto os valores como a ética são postos em causa
através de qualquer método não aceite universalmente. A ética tem como objetivo integrar
de forma harmoniosa os recursos humanos, técnicos e financeiros, de modo a otimizar os
valores pessoais e Maria Olívia Dias sociais da e na organização.
De facto, a ética é a base de toda a actividade seja ela económica, política ou social.
A ética e a moral são um exercício nos negócios, os valores sustentam o envolvimento
das relações nas organizações onde as responsabilidades se distribuem em função do lugar
que ocupam. A conduta de um chefe, diretor ou responsável é muito maior que aquela de
um subordinado. É por isso que os critérios nas suas eleições ou nomeações não devem
por em causa a organização.
Estudos sobre a ética (Moreira, 1996, p.76) “revelam que por vezes os chefes são
escolhidos por favores, amizades, interesses particulares e menos competência científica
ou humana.”
13
De facto, a ética e os valores, nas sociedades atuais, exigem muito no seu
seguimento, porém dão um conforto considerável, uma tranquilidade, às pessoas que
investem em pô-los em prática.
Sem dúvida, pelos aspetos que já abordamos, nos dias de hoje, estamos mais
preparados para TER e menos para o SER. Todos estamos de acordo que há uma crise de
ética de valores morais em muitas organizações, mas podemos perguntar o que fazer para
que isto não aconteça? Poderemos questionar-nos da nossa sensibilidade sobre a
realidade, encontraremos muitas razões, no entanto, e porque a nossa vida que é
comandada por valores, deve trabalhar em função de uma conduta aceite e reconhecida
universalmente.
Podemos concluir que todos os dias a ética nos convoca para o desafio dos valores
morais, as mudanças obrigam a adaptações, a uma necessidade que deve ser preocupação
de todas as pessoas, é um erro pensar que a ética é só para alguns. Os valores devem
dominar as nossas condutas éticas, não temos outra opção.
14
vimos, mas parece que a competitividade nos conduz para a luta uns com os outros. Porém
pensar deste modo quanto à ética e a competitividade é um engano.
De facto, os princípios éticos são cada vez mais exigidos pelas pessoas e pelas
comunidades em geral. Percebemos assim, que a competitividade pode ser positiva ou
negativa em função do modo como vier praticada por nós. Agir eticamente é ser
competitivo, comprometido consigo mesmo, em sintonia com a essência da ética.
Decisões e ações geram consequências que precisam ser sempre medidas, porém a
ética, como bussola vai permitir um navegar mais tranquilo pela vida, com menor
estresse e maiores realizações. Sendo assim, o que pode ser mais competitivo do que
ser ético? (Magalhães, 2003, p.92).
15
Poderíamos questionar-nos: numa sociedade cada vez mais competitiva, mais
individualista e desumana, que papel desempenha a ética e os valores na conciliação de
interesses?
Para João Leal (1996, p.7), “a competição não pode justificar o injustificável: a
desumanização da nossa sociedade”.
De facto, a relação entre ética e a competitividade sempre foi uma matéria delicada,
mas nos dias de hoje, vivendo-se um contexto tão competitivo e concorrente entre as
pessoas torna-se muitas vezes enviesada com uma certa competição agressiva, os outros
são vistos como inimigos.
Ghilardi, (2014, p.1,2). Salienta que, mesmo com estes envolvimentos, à partida é
possível que exista harmonia entre estes dois elementos, ética e competitividade. É
nossa convicção ser possível, e também desejável, conciliar harmoniosamente ética
e competitividade.
Teresa Guerra (1996: p. 8), coloca a seguinte questão: “Numa sociedade cada vez
mais competitiva, em que cada empresa procura subsistir às condições atuais de mercado
e de concorrência, que papel desempenham os valores, a ética, e como se conciliam com
os interesses empresariais?”
16
As respostas não são óbvias. Numa sociedade competitiva, como é a atual, onde os
interesses individuais põem em causa os coletivos, a desumanização das organizações, o
papel desempenhado pelos valores e a ética na conciliação de interesses não é fácil. As
organizações são sistemas de cooperação e competição, enquanto há uma colaboração
para atingir os objetivos que são comuns a todos e que constituem os fins da organização.
“Esta garantia dada pelas leis universais deve também ser legitimada com os
códigos éticos de cada organização.” Teresa Guerra (1996: p. 20)
Quando uma organização adota e aplica a ética em seus princípios básicos, ela
desenvolve potencial para crescer de maneira sustentável. Ela é vista pelos clientes
como uma empresa séria e que tem responsabilidade.
17
Dentro da organização, a ética empresarial fomenta boas relações tanto entre os
próprios colaboradores quanto em relação aos clientes. O relacionamento entre todos
passa a ser mais claro, tornando-se agradável para todos os níveis.
Problemas relacionados com as atitudes das empresas e que foram vistas pela
população de modo geral como ilegais montadoras de carros que adulteram o modelo
de testes para melhorar sua performance, por exemplo, fizeram o mercado refletir
diante de uma profunda transformação que era necessária: a da cultura das empresas.
(SÁ, 2001, p.61)
Não é por acaso, que cada vez mais nasçam organizações, tanto nacionais como
internacionais, reclamando estes direitos. Há uma pressão bastante grande destas
instituições, exigindo a concretização dos direitos que as pessoas têm e zelem pelo
respeito rigoroso dos acordos nacionais e internacionais no que toca aos Direitos dos
Homens.
18
“Esta necessidade, sentida por quem de direito, não fica alheia a certos sistemas
que por vezes aparecem de modo sofisticado para contrariar a prática do exercício no
cumprimento destes direitos.” Morin e Prigogine (1998, p.98).
Morin e Prigogine (1998, p.46), ainda não têm como objetivo prioritário os valores
ética-morais, ainda fazem pouco consumo da ética, o que interessa são os lucros, as
pessoas são instrumentos de trabalho, são máquinas, isto é inaceitável nas sociedades
de hoje ditas desenvolvidas.
Esta situação faz-nos ter a percepção, de leis e normas que se destinam a impor os
valores ético-morais, na realidade organizacional, ainda são recheados de abusos
cometidos pelo poder. Isto só mostra que a ética parece ser um bem escasso, precisando
que algumas normas se imponham para assegurar os direitos das pessoas. Se a ética na
relação com os direitos humanos se caracteriza pela conduta das pessoas há uma
obrigação que tem de estar sempre em cima da mesa, não pode ser deixada ao acaso.
A ética serve para regular as relações defendendo os direitos de forma objetiva não
abstrata. Neste sentido espera-se que as pessoas tenham uma postura ativa baseada nos
valores.
O mundo somos nós que o fazemos, o sentido de justiça não pertence a grupos
restritos, é de todos nós (Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948). “O homem
é um ser dotado de liberdade e dignidade próprias. Por isso as organizações devem
valorizar o indivíduo com as suas liberdades e direitos”. Chegando a este ponto cabe-
nos salientar que os direitos humanos têm como principal objetivo salvaguardar a
dignidade das pessoas nas organizações.
19
Embora as Constituições e as normas promovidas pelos Estados e pelas
Organizações nacionais, europeias e mundiais, cada vez mais protejam as pessoas, a
lógica ainda reflete, infelizmente, o contrário, qualquer um de nós o observa, pena que se
pense de modo individual e não coletivo. Sendo os direitos um conjunto de garantias do
ser humano que tem por finalidade básica o respeito e a sua dignidade, por meio da
proteção contra o arbítrio dos poderes, sejam eles estatais, superiores hierárquicos ou
chefias, o estabelecimento de condições mínimas de vida e desenvolvimento da pessoa
humana, tudo isto tem uma certa dose de ilusão. A prevalência de formas de opressão,
exclusão, desigualdade, e outras restringem o primado dos Direitos Humanos.
A ética e a moral têm uma correlação direta. À medida que a pessoa prima pela ética,
ela reforça a moral. E, na mesma medida, quando se guia pela moralidade, toma para
si uma ética de vida. A ética e a educação, portanto, têm uma relação direta, visto
que os comportamentos éticos são ensinados, reforçados, absorvidos e naturalizados
por cada indivíduo. ( Cervo 2014, p. 27)
20
CAPÍTULO II: OPÇÕES METODOLOGICAS DO ESTUDO
21
2.1 MODO DE INVESTIGAÇÃO
2.2 HIPÓTESES
Segundo Gil (2007, p.20), “a hipótese é uma preposição testável, que pode ou
não solucionar um problema”. Na base dos objectivos atrás mencionados, formulou-se
as seguintes hipóteses:
2.3 VARIÁVEIS
22
2.5 PROCESSAMENTO E TRATAMENTO DE DADOS
Para o presente estudo efetuou-se uma ampla pesquisa de livros, código de ética,
onde coletou-se diversos dados, utilizei o método de análise de conteúdo ,e os resultados
foram elaborados nos aplicativos Word e Excel.
23
CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DOS
RESULTADOS
24
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO COLÉGIO NOSSA SENHORA DA
ANUNCIAÇÃO
3.2 VISÃO
É imprescindível visão de futuro na educação cristã, ante os rápidos avanços e
desafio emergentes. Os conflitos sociais, políticos, econômicos, éticos, religiosos,
ideológicos, etc. influenciam na educação, exigindo postura amadurecida para o devido
discernimento.
O educador cristão deverá desenvolver em sua vida valores, tais como: dignidade
pessoal, firmeza de caráter, solidariedade e união de propostas, fraternidade, honestidade,
aceitação, paciência, força de vontade, tolerância e, acima de tudo, o amor – essência do
processo educativo, no respeito às diferenças individuais.
A trilogia – fé, justiça e amor – norteará toda a comunidade escolar, a fim de que
haja comunhão e participação.
3.3 MISSÃO
Proporcionar ao aluno a formação integral e de qualidade, necessária ao
desenvolvimento de suas potencialidades nos aspectos cognitivos, psíquico e espiritual,
estimulando a vivência de atitudes e valores humanos, preparando-o para o exercício
consciente da cidadania e da vida em sociedade, incutindo-lhe a preocupação com a
ecologia humana e ambiental, assim como com as práticas de sustentabilidade, sem
esquecer a vivência religiosa integral e autêntica.
25
3.4 VALORES
✓ Compaixão;
✓ Justiça;
✓ Cooperação;
✓ Autonomia;
✓ Espiritualidade;
✓ Solidariedade;
✓ Diálogo;
✓ Amizade;
✓ Tolerância;
✓ Responsabilidade;
✓ Sustentabilidade.
26
3.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Descrição Tabela
Género Masculino 60% Feminino 40%
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 1 Género
Quanto a Profissão todos entrevistados eram professores de profissão, como mostra a tabela e o
gráfico abaixo.
Tabela 3 Profissão
Descrição Profissão
Profissão Professor 100%
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 3 Profissão
28
Relativo a experiencia de trabalho, 60% tem experiencia de 1 á 5 anos, já
40% tem experiencia de 10 á 33 anos, o que perfaz um total de 100% como ilustra o
gráfico e a tabela abaixo.
29
Gráfico 5 Questão Nº 1 da II Parte
31
Gráfico 8 Questão Nº4 da II Parte
Relativamente a questão abaixo, 92% diz que é indiferente que haja revisão ao código de ética já
outros 3% concordam parcialmente, e outros 3% totalmente, já os 4% discordam totalmente.
32
Relativo a 6º questão, 60% concorda totalmente que a ética expressa de forma clara
e objectiva os valores da empresa ao passo que, 20% descorda totalmente, e 10% diz ser
indiferente e ainda outros 10% diz concordar parcialmente.
Relativamente a 7º questão, 50% concorda totalmente que a acção disciplinar afligem o código de
ética ao passo que 20% discorda totalmente, já 10% concorda parcialmente, e outros 10% discorda
parcialmente, outros 10% é indiferente.
33
Relativo a 12º questão todos concordam que a ética influência no bom Ambiente
de Trabalho.
Na questão que segue, 60% discorda parcialmente, que o bom comportamento dos funcionários
advém do código de ética, ao passo que 20% concorda particularmente, já 10% é indiferente, outros 10%
concorda totalmente.
35
Relativamente a 12º questão, 60% diz que não faria, 20% diz que faria, 10% diz que depende da
situação, já outros 10% diz ser indiferente.
➢ Deontologia Profissional
➢ Respeito a Hierarquia
➢ Empatia
➢ Honestidade
➢ Integridade
➢ Competência
➢ Comunicativo
➢ Boa aparência
➢ Respeito aos colegas de Trabalho
➢ Assiduidade
➢ Pontualidade
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➢ Voluntarismo
➢ Simpatia
➢ Sincronia
Tabela 5 Questionário
Concordo Concordo Discordo Discordo
Questões Indiferentes
Totalmente Parcialente Parcialmete Totalmente
1 Código de ética é necessario no Colégio? 80% 20% 0 0 0
A Disponibilidade do Código de Ética é importante
2 80% 20% 0 0 0
no Colégio?
O Còdigo de Ètica é Valorizado acima
3 20% 0 60% 0 20%
dos lucros da empresa?
O Código de Ética foi formulado de
4 10% 0 0 40% 50%
modos a evitar Problemas Legais?
Haverá necessidades de ajuste do Código
5 20% 40% 10 0 30%
de Ética, coso haja uma auditoria externa?
A Ética expressa de forma clara e objetiva
6 60% 10% 10% 0 20%
os Valores da Empresa
Existe Acções diciplinares para Funcionarios
7 60% 10% 10% 5% 15%
que afrigem o Código de Ética?
O Código de Ética influência no bom Ambiente de
8 100% 0 0 0 0
trabalho?
Os Funcionários são bem comportados devido ao
9 10% 10% 0 60% 20%
Código de ètica
O Desempenho dos professores depende do
10 10% 10% 0 60% 20%
Código deÉtica?
Possui o Hábito de utilizar material do Trabalho
11 0 0 0 20% 80%
para o Uso pessoal?
Faria qualquer coisa que esteje a seu alcanse,
12 20% 0 10% 10% 60%
para subir de cargo?
Por outra, é com base nas principais atividades da organização de ensino, como
ministração de aula, aconselhamento aos estudantes, orientação aos estudantes durante o
ano lectivo que as organizações de ensino conseguem obter lucros, e consequentemente
comprir o grande objetivo, “Manximização de lucros, minimização de custos”.
38
RECOMENDAÇÕES
39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALENCASTRO. (2010). Ética empresarial na prátic. Coritiba Brasil: Intersabere.
Certo, A. (2010). A Ética no Ambiente Interno das Organizações. São Paulo: Brás.
KANT, Immanuel. ( 2002). Crítica da Razão Prática. São Paulo: Martins Fontes.
Martela, J.F. (2016). A Inflência da Ética nas organizações. Portugal: Porto editora.
40
Simão, M. (2001). A Conciencia do Bem Agir. Rio de Janeiro: Atlás.
41
ANEXOS
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