02 Falas TCC
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A lei 11.888 assegura as familias com renda de 0 a três salários mínimos assistência
pública e gratuita para projeto e a construção de habitação de interesse social, que trata de um
fundo de recursos públicos que possibilita a contratação de profissionais de arquitetura e
engenharia civil para construção de residencias.
Apesar de estar em vigor desde 2008, o desconhecimento desta lei faz com que ela seja
ignorada na grande maioria das cidades brasileiras, aumentando o distanciamento entre o
profissional e a comunidade carente.
Conforme dispõe a Lei 11.888 de 2008 que assegura que famílias de até três salários
mínimos recebam assistência técnica pública e gratuita para elaboração de projetos,
acompanhamento e execução de obras para edificação, reforma, ampliação ou regularização
fundiária de suas moradias.
Não obstante, a Lei 10.257 de 2001 conhecida como Estatuto das Cidades tem como um
de seus instrumentos de gestão urbana os planos diretores e as Zonas Especiais de Interesse
Social (ZEIS) que é o mecanismo legal de proteger os moradores.
As legislações avançaram, mas as ferramentas são pifiamente usadas e isso se dá pelo
Poder Público e os beneficiários desconhecerem as ferramentas disponíveis para regularização de
moradias. Falta publicidade, divulgação, debate sobre o tema e maior clareza para essas políticas.
Sendo assim, as políticas públicas são ações e programas que são desenvolvidos pelo
Estado para garantir e colocar em prática os direitos que são previstos na Constituição Federal e
em outras leis, com medidas e programas criados pelos governos dedicados a garantir o bem estar
da população.
Além desses direitos, outros que não estejam na lei podem vir a ser garantidos através de
uma política pública onde pode-se encontrar em diversas áreas dentre elas: educação, saúde,
trabalho, lazer, assistência social, meio ambiente, cultura, moradia e transporte.
Um programa da Prefeitura que esteja beneficiando seu bairro, por exemplo, é uma
política pública. O conceito de público, hoje em dia, não quer dizer somente gestão
governamental, mas, um interesse público que permeia o Estado e o Governo (primeiro setor), a
iniciativa privada (segundo setor) e as diversas organizações da sociedade civil (terceiro setor),
(ANDRADE, 2016).
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha em 2015 e CAU/BR aponta que menos
de 15% dos entrevistados no país fizeram reforma ou construção com serviço de arquiteto e
engenheiro. No Nordeste são menos de 7% e a principal razão é o custo. A maioria dos
entrevistados acredita que um arquiteto cobraria de 20% a 40% do valor da obra. Segundo os
profissionais do ramo, esse número gira em torno de 10%. Seria politicamente correto se o
município ou estado incluísse no licenciamento da obra um engenheiro calculista para garantir a
segurança das obras para a população de baixa renda, uma espécie de defensoria pública da
habitação. Segundo a pesquisa, realizada com 2.419 pessoas em todo o Brasil, 54% da população
economicamente ativa já construiu ou reformou imóvel residencial ou comercial. Desse grupo,
85,40% fizeram o serviço por conta própria ou com pedreiros e mestres de obras, amigos e
parentes. Apenas 14,60% contratou arquiteto ou engenheiro. A pesquisa também revela que,
entre aqueles que contrataram arquitetos e urbanistas para auxiliar na obra, há um índice altíssimo
de satisfação: 78%. E que mesmo com essa realidade preocupante, 70% da população
economicamente ativa que considera a possibilidade de contratar um arquiteto e urbanista na
realização de sua próxima construção ou reforma (CAU/BR, 2015).
A informalidade urbana ocorre em quase totalidade das cidades brasileiras, embora não
exclusivamente, a irregularidade é, em sua maior parte, associada a ocupações de população de
baixa renda, que historicamente não teve acesso à produção formal de habitaçãoe, como
consequência, é impedida de concretizar, no quadro da legalidade, seu direito à cidade e exercer
plenamente sua cidadania, (Brasil, 2010). A falta de fiscalização na construção irregular dos
imóveis faz com que permaneça o problema da omissão que é quando alguém morre em razão
disso.
É por esses e outros motivos que acontecem diversas fatalidades relacionadas à
autoconstrução, tanto pela ausência de mão de obra qualificada e do acompanhamento técnico, e
da falta de fiscalização atuante dos órgãos públicos tanto prefeitura como conselhos federais, faz
com que continue a exitir a falta de urbanização e o crescimento acelerado da construção civil de
forma irregular, onde segundo o conselho irá penalizar o fato, porém tarde demais, porque os
serviços já foram executados e que infelizmente gerou a perda de uma vida.
Cadastro Único é um conjunto de informações sobre as famílias brasileiras em situação de
pobreza e extrema pobreza. Essas informações são utilizadas pelo Governo Federal, pelos
Estados e pelos municípios para implementação de políticas públicas capazes de promover a
melhoria da vida dessas famílias. Devem estar cadastradas as famílias de baixa renda: que
ganham até meio salário mínimo por pessoa ou que ganham até 3 (três) salários mínimos de
renda mensal total. Existem diversos programas e benefícios sociais do Governo Federal que
utilizam o Cadastro Único como base para seleção das famílias: • Programa Bolsa Família; •
Programa Minha Casa, Minha vida; • Bolsa Verde – Programa de Apoio à Conservação
Ambiental; • Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI; • Fomento – Programa de
Fomento às Atividades Produtivas Rurais; • Carteira do Idoso; • Aposentadoria para pessoa de
baixa renda; • Programa Brasil Carinhoso; • Programa de Cisternas; • Telefone Popular; • Carta
Social; • Pro Jovem Adolescente; • Tarifa Social de Energia Elétrica;
Passe Livre para pessoas com deficiência; e • Isenção de Taxas em Concursos Públicos.
Os estados e municípios também utilizam os dados do Cadastro Único como base para seus
programas sociais. Resumidamente o programa Bolsa Família é um programa de transferência
direta de renda com condicionalidades. Foi criado pelo Governo Federal após uma união dos
antigos programas como Bolsa Escola, Auxílio Gás, Cartão Alimentação e Bolsa Alimentação,
fazendo parte da política do programa Fome Zero buscando beneficiar famílias em situação de
pobreza ou de extrema pobreza.
A pesquisa científica exige alguma intuição, a afinidade com o tema abordado, o instinto
de busca pela informação devem compor o perfil do pesquisador, mas, sobretudo a libertação,
inclusive de estereótipos e conceitos pré-definidos, pois, a pesquisa pode revelar facetas e
resultados surpreendentes. O método é antes de tudo, atividades ordenadas, tarefas colocadas em
sequência. Acompanhando essas ideias, optou-se por trabalhar seguindo os arranjos dos Estudos
de Caso. Nesse tipo de método costuma-se esgotar o conhecimento sobre um determinado
exemplo ou experiência a respeito de um tema específico. Para o caso deste trabalho procurou-se
adaptar as especificidades do Estudo de Caso, optando por um estudo geral dirigido ao tema
principal: Lei 11.888/2008 da Assistência Técnica Pública e Gratuita. E dentro deste estudo geral,
algumas análises sistemáticas de experiências de AT, que enriquecem o corpo do trabalho. A
pesquisa foi dividida em etapas, para melhor análise e compreensão dos resultados. A Primeira
Etapa direcionou-se ao levantamento de pesquisas bibliográficas, livros, artigos, leis,
levantamentos de informações nos órgãos públicos, conhecimentos técnicos, resgate histórico das
questões habitacionais brasileiras, o crescimento desordenado das cidades, a ocupação das
periferias pelos mais pobres, assim como a prática da autoconstrução. Ainda nesta etapa,
realizou-se o levantamento da Lei 11.888/2008, desde as primeiras movimentações que
impulsionaram sua concepção à aprovação. Na Segunda Etapa ou Análise Sistemática, aborda-se
um panorama nacional de ações de Assistência Técnica, mapeando as experiências desenvolvidas
nos Estados, analisando isolada e sistematicamente experiências que se destacam por suas
diferentes abordagens relacionadas à Assistência
Técnica, que podem subsidiar através de seus parâmetros, outras ações práticas de AT no
país. A Terceira Etapa ou Estudo Local compreende a pesquisa in loco. Essa etapa se
desenvolveu junto à prefeitura municipal que faz parte do campo de trabalho desta pesquisa. No
caso de existir algum município com práticas de AT pelo governo do estado, esse se tornaria
automaticamente objeto desta pesquisa. No caso de inexistir municípios com ações de AT pelo
estado, como constatado, o trabalho se direciona ao município de Arapiraca que compreende a
grande metrópole do agreste e a segunda maior cidade do estado, pela proximidade, importância,
e conhecimento do autor na região. Desta forma, adotou-se o bairro de Manoel Teles como o
objeto da pesquisa local, para esse trabalho de conclusão. Dai então a investigação optou por
técnicas de pesquisa documental e observação direta de campo. Ao final do trabalho, nas
considerações, discorre-se sobre toda a experiência que o trabalho gerou, observando os
princípios e orientações a respeito da utilização da Lei 11.888/2008, sistematizando diretrizes e
práticas que podem subsidiar experiências futuras
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AREA DE ESTUDO
Governador Mangabeira é um município baiano com extensão rural maior que a parte
urbana e o processo de ocupação das comunidades rurais acontecem de duas maneiras. Grandes
terrenos que são herdados e habitados entre famíliares de forma avulsa e sem critérios. Ou esses
grandes terrenos são fateados e transformados em lotes que passam a ser vendidos e ocupados. A
forma como as construções se dão nessas áreas, impactam na questão urbanística, ambiental e no
que se refere a qualidade de vida.
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Este trabalho tem objetivo de apresentar a lei 11.888/2008 no município de Governador
Mangabeira/BA, a fim de estudar proposta para criar um modelo de assistência técnica em
habitação de interesse social, considerando aspectos como segurança, salubridade, luminosidade
e fatores decorrentes da construção concebida de forma irregular e sem acompanhamento técnico,
bem como propor diretrizes para promover o atendimento às demandas no município
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Outra fato é que devo fazer meu papel de incentivar que pessoas que vão construir ou reformar
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Portanto, apesar da pesquisa reafirmar a hipótese levantada no início desse trabalho, de que, a
falta de informação é um entrave que impossibilita a implantação do programa de Assistência
Técnica no município. Seria incorreto afirmar ser esse o maior problema enfrentado. Ao longo do
desenvolvimento do trabalho ficou de fato demonstrado que existem outras questões e
desdobramentos envolvidos. No caso da Prefeitura Municipal de Governador Mangabeira, apesar
de não faltar informação, convênio, corpo técnico, de haver possibilidade de recurso
financeiro,não existi lei municipal específica e nem aplicação da Lei 11.888/2008 para
implantação do Programa de Arquitetura e Engenharia Pública nos Bairros.
Ficou, portanto, demonstrado que, a falta de informação não é o único desafio a ser vencido para
efetivação da lei. Existe uma série de outros fatores que contribuem fortemente para a questão,
como: • Vontade política para implantação; • Falta de equipes técnicas capacitadas para ações de
assistência técnica; • Falta de cooperação entre estados e municípios; • Dificuldade de acesso aos
recursos federais; e • A falta de articulação dos conselhos profissionais de arquitetura e de
engenharia, junto aos governos municipal, estadual efederal. Estes entre outros fatores e todos
eles associados, contribuem fortemente para a estagnação da referida Lei. É necessário, portanto,
equalizar todas essas questões para que a Lei 11.888/2008, de fato possa se implantada em todo o
país.
O município, por ser o primeiro a ser atingido pelas construções realizadas sem auxílio técnico e
por ser o ator principal na implantaçãodo programa depara-se com a necessidade de criar ou
reformular a legislação municipal de habitação. O Plano Diretor e o Plano Municipal de
Habitação podem dar o suporte necessário para a utilização mais efetiva da arquitetura e
engenharia pública. Não obstante, a parceria com o estado é fundamental, é preciso observar as
especificidades de cada município. Não se pode em nenhuma hipótese relegar os direitos da
população à vontade política, por isso, todas as ações precisam estar muito bem planejadas e
legalmente articuladas, paraquese torne uma política municipal contínua, independente da gestão
partidária. Estima-se, portanto, que a elaboração dos Planos Municipais de Habitação, a
flexibilização da burocracia institucional, a obrigatoriedade de aplicação de recursos, a
regulamentação do FNHIS, a capacitação da equipe técnica municipal e o próprio conhecimento
da Lei Federal são de fundamental importância para nortear os municípios brasileiros na
formulação e aplicação de legislação municipal. È importante que essa legislação inclua a
Assistência Técnica dentro da política municipal de habitação, levando em consideração as
diretrizes propostas pela Lei Federal 11.888/2008. Cabe aqui acrescentar que a busca pela
qualidade de vida por parte da população menos endinheirada é uma questão de direito do
cidadão e, consequentemente é parte inseparável da construção da prática de cidadania.
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Assim sendo, o conceito de assistência deve ser desconstruído, pois a lei é um documento legal
que garante auxílio profissional para a construção da moradia, caracterizando um direito do
cidadão. Sendo assim, o país carece de um alinhamento dos governos federal e municipal, para
que haja uma obrigatoriedade de verbas destinadas a habitação de interesse social, como existe
para as secretarias da saúde e educação, ampliando a responsabilidade fiscal também para a
habitação, onde caso o gestor não invita recursos nesse setor, pode perder o seu mandato.
após a aproximação dos profissionais habilitados com os moradores, as necessidades serão mais
fáceis de serem transforadas em soluções, deixando o imóvel mais agradável, ambientalmente
sustentável e adequado às suas necessidades e orçamento. Desse modo, finalmente, serão
promovidas ações para assegurar que famílias de baixa renda, para que assim os cidadãos
Patoenses tenham garantido o direito à moradia digna
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Este projeto foi desenvolvido por meio de uma pesquisa aplicada, visando aprimorar as
informações e identificar perspectivas para implantação de assistência técnica pública e gratuita a
famílias de baixa renda em habitações de interesse social, tendo o município de João
Monlevade/MG como o caso prático.
Para realização desta investigação foram utilizados procedimentos técnicos auxiliados por
métodos bibliográficos e documentais vinculados a estudos de casos em municípios onde foi
implantada a assistência técnica pública e gratuita. A pesquisa bibliográfica fez-se necessária para
analisar contribuições técnicas sobre o tema, esclarecendo o conteúdo a partir de manuais e
referências teóricas publicadas. Já a pesquisa documental, caracteriza-se pela análise de
informações provenientes de documentos relacionados ao assunto
O estudo de caso “é um estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro do seu contexto
de realidade, quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas e
no qual são utilizadas várias fontes de evidência” (Yin, 2005 apud Gil, 2008). Finalmente, a
análise do conteúdo foi qualitativa, tendo em vista que o objetivo final deste trabalho é propor
uma estratégia de que poderá vir a resultar na oferta de assistência técnica pública e gratuita em
habitações de interesse social para famílias de baixa renda. A pesquisa qualitativa, por sua vez,
busca aprofundar sua compreensão com diferentes abordagens sobre dados não métricos de
forma que o objetivo da amostra seja produzir novas informações (Gerhardt & Silveira, 2009). Os
materiais e métodos foram realizados em duas (2) partes divididas em levantamento e
interpretação dos dados. A fase de levantamento de dados envolveu o levantamento bibliográfico,
a pesquisa documental e os estudos de casos.
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