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AMAR25DOM3 : Linguagens, Códigos E Suas Tecnologias Questões de 91 A 135 Questões de 91 A 95 (Opção Inglês)

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2013 *AMAR25DOM3*

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS


Questões de 91 a 135
Questões de 91 a 95 (opção inglês)
QUESTÃO 91

Disponível em: www.gocomics.com. Acesso em: 26 fev. 2012.

A partir da leitura dessa tirinha, infere-se que o discurso de Calvin teve um efeito diferente do pretendido, uma vez que ele
A decide tirar a neve do quintal para convencer seu pai sobre seu discurso.
B culpa o pai por exercer influência negativa na formação de sua personalidade.
C comenta que suas discussões com o pai não correspondem às suas expectativas.
D conclui que os acontecimentos ruins não fazem falta para a sociedade.
E reclama que é vítima de valores que o levam a atitudes inadequadas.
QUESTÃO 92
Do one thing for diversity and inclusion
The United Nations Alliance of Civilizations (UNAOC) is launching a campaign aimed at engaging people around
the world to Do One Thing to support Cultural Diversity and Inclusion. Every one of us can do ONE thing for diversity
and inclusion; even one very little thing can become a global action if we all take part in it.
Simple things YOU can do to celebrate the World Day for Cultural Diversity for Dialogue and Development
on May 21.
1. Visit an art exhibit or a museum dedicated to other cultures.
2. Read about the great thinkers of other cultures.
3. Visit a place of worship different than yours and participate in the celebration.
4. Spread your own culture around the world and learn about other cultures.
5. Explore music of a different culture.
 There are thousands of things that you can do, are you taking part in it?
UNITED NATIONS ALLIANCE OF CIVILIZATIONS. Disponível em: www.unaoc.org. Acesso em: 16 fev. 2013 (adaptado).

Internautas costumam manifestar suas opiniões sobre artigos on-line por meio da postagem de comentários.
O comentário que exemplifica o engajamento proposto na quarta dica da campanha apresentada no texto é:
A “Lá na minha escola, aprendi a jogar capoeira para uma apresentação no Dia da Consciência Negra.”
B “Outro dia assisti na TV uma reportagem sobre respeito à diversidade. Gente de todos os tipos, várias tribos.
Curti bastante.”
C “Eu me inscrevi no Programa Jovens Embaixadores para mostrar o que tem de bom em meu país e conhecer
outras formas de ser.”
D “Curto muito bater papo na internet. Meus amigos estrangeiros me ajudam a aperfeiçoar minha proficiência em
língua estrangeira.”
E “Pesquisei em sites de culinária e preparei uma festa árabe para uns amigos da escola. Eles adoraram,
principalmente, os doces!”
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 3
*AMAR25DOM4* 2013

QUESTÃO 93 QUESTÃO 94

After prison blaze kills hundreds in Honduras, National Geographic News


UN warns on overcrowding Christine Dell’Amore
Published April 26, 2010
15 February 2012
Our bodies produce a small steady amount of natural
A United Nations human rights official today called on morphine, a new study suggests. Traces of the chemical
Latin American countries to tackle the problem of prison are often found in mouse and human urine, leading
overcrowding in the wake of an overnight fire at a jail in scientists to wonder whether the drug is being made
Honduras that killed hundreds of inmates. More than naturally or being delivered by something the subjects
300 prisoners are reported to have died in the blaze at consumed. The new research shows that mice produce
the prison, located north of the capital, Tegucigalpa, with the “incredible painkiller” — and that humans and other
dozens of others still missing and presumed dead. Antonio mammals possess the same chemical road map for
Maldonado, human rights adviser for the UN system in making it, said study co-author Meinhart Zenk, who studies
Honduras, told UN Radio today that overcrowding may plant-based pharmaceuticals at the Donald Danforth Plant
have contributed to the death toll. “But we have to wait until Science Center in St. Louis, Missouri.
a thorough investigation is conducted so we can reach a
precise cause,” he said. “But of course there is a problem of Disponível em: www.nationalgeographic.com. Acesso em: 27 jul. 2010.

overcrowding in the prison system, not only in this country, Ao ler a matéria publicada na National Geographic,
but also in many other prisons in Latin America.” para a realização de um trabalho escolar, um estudante
Disponível em: www.un.org. Acesso em: 22 fev. 2012 (adaptado). descobriu que
Os noticiários destacam acontecimentos diários, que são A os compostos químicos da morfina, produzidos por
veiculados em jornal impresso, rádio, televisão e internet. humanos, são manipulados no Missouri.
Nesse texto, o acontecimento reportado é a B os ratos e os humanos possuem a mesma via
A ocorrência de um incêndio em um presídio superlotado metabólica para produção de morfina.
em Honduras. C a produção de morfina em grande quantidade
B questão da superlotação nos presídios em Honduras minimiza a dor em ratos e humanos.
e na América Latina. D os seres humanos têm uma predisposição genética
C investigação da morte de um oficial das Nações para inibir a dor.
Unidas em visita a um presídio. E a produção de morfina é um traço incomum entre os
D conclusão do relatório sobre a morte de mais de animais.
trezentos detentos em Honduras.
QUESTÃO 95
E causa da morte de doze detentos em um presídio
superlotado ao norte de Honduras. Steve Jobs: A Life Remembered 1955-2011
Readersdigest.ca takes a look back at Steve Jobs,
and his contribution to our digital world.
CEO. Tech-Guru. Artist. There are few corporate
figures as famous and well-regarded as former-Apple
CEO Steve Jobs. His list of achievements is staggering,
and his contribution to modern technology, digital media,
and indeed the world as a whole, cannot be downplayed.
With his passing on October 5, 2011, readersdigest.ca
looks back at some of his greatest achievements, and
pays our respects to a digital pioneer who helped pave
the way for a generation of technology, and possibilities,
few could have imagined.
Disponível em: www.readersdigest.ca. Acesso em: 25 fev. 2012.

Informações sobre pessoas famosas são recorrentes na


mídia, divulgadas de forma impressa ou virtualmente.
Em relação a Steve Jobs, esse texto propõe
A expor as maiores conquistas da sua empresa.
B descrever suas criações na área da tecnologia.
C enaltecer sua contribuição para o mundo digital.
D lamentar sua ausência na criação de novas tecnologias.
E discutir o impacto de seu trabalho para a geração digital.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 4


2013 *AMAR25DOM5*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS Malinche, ou Malintzin, foi uma figura chave na história da
conquista espanhola na América, ao atuar como
TECNOLOGIAS
A intérprete do conquistador, possibilitando-lhe
Questões de 91 a 135 conhecer as fragilidades do Império.
B escrava dos espanhóis, colocando-se a serviço dos
Questões de 91 a 95 (opção espanhol) objetivos da Coroa.
C amante do conquistador, dando origem à
QUESTÃO 91 miscigenação étnica.
D voz do seu povo, defendendo os interesses políticos
do Império asteca.
Cabra sola
E maldição dos astecas, infundindo a corrupção no
Hay quien dice que soy como la cabra; governo de Montezuma.
Lo dicen lo repiten, ya lo creo; QUESTÃO 93
Pero soy una cabra muy extraña
Que lleva una medalla y siete cuernos. Pensar la lengua del siglo XXI
¡Cabra! En vez de mala leche yo doy llanto. Aceptada la dicotomía entre “español general”
¡Cabra! Por lo más peligroso me paseo. académico y “español periférico” americano, la capacidad
¡Cabra! Me llevo bien con alimañas todas, financiera de la Real Academia, apoyada por la corona
¡Cabra! Y escribo en los tebeos. y las grandes empresas transnacionales españolas, no
Vivo sola, cabra sola, promueve la conservación de la unidad, sino la unificación
— que no quise cabrito en compañía — del español, dirigida e impuesta desde España (la
cuando subo a lo alto de este valle Fundación Español Urgente: Fundeu). Unidad y unificación
siempre encuentro un lirio de alegría. no son lo mismo: la unidad ha existido siempre y con ella
Y vivo por mi cuenta, cabra sola; la variedad de la lengua, riqueza suprema de nuestras
Que yo a ningún rebaño pertenezco. culturas nacionales; la unificación lleva a la pérdida de
las diferencias culturales, que nutren al ser humano y son
Si sufrir es estar como una cabra,
tan importantes como la diversidad biológica de la Tierra.
Entonces sí lo estoy, no dudar de ello.
FUERTES, G. Poeta de guardia. Barcelona: Lumen, 1990.
Culturas nacionales: desde que nacieron los
primeros criollos, mestizos y mulatos en el continente
No poema, o eu lírico se compara à cabra e no quinto verso hispanoamericano, las diferencias de colonización, las
utiliza a expressão “mala leche” para se autorrepresentar improntas que dejaron en las nacientes sociedades
como uma pessoa americanas los pueblo aborígenes, la explotación de las
A influenciável pela opinião das demais. riquezas naturales, las redes comerciales coloniales fueron
creando culturas propias, diferentes entre sí, aunque con
B consciente de sua diferença perante as outras. el fondo común de la tradición española. Después de las
C conformada por não pertencer a nenhum grupo. independencias, cuando se instituyeron nuestras naciones,
D corajosa diante de situações arriscadas. bajo diferentes influencias, ya francesas, ya inglesas;
E capaz de transformar mau humor em pranto. cuando los inmigrantes italianos, sobre todo, dieron su
pauta a Argentina, Uruguay o Venezuela, esas culturas
nacionales se consolidaron y con ellas su español, pues la
QUESTÃO 92
lengua es, ante todo, constituyente. Así, el español actual
Pero un día, le fue presentado a Cortés un tributo bien de España no es sino una más de las lenguas nacionales
distinto: un obsequio de veinte esclavas llegó hasta el del mundo hispánico. El español actual es el conjunto de
campamento español y entre ellas, Cortés escogió a una. veintidós españoles nacionales, que tienen sus propias
características; ninguno vale más que otro. La lengua del
Descrita por el cronista de la expedición, Bernal siglo XXI es, por eso, una lengua pluricéntrica.
Díaz del Castillo, como mujer de “buen parecer y LARA, L. F. Disponível em: www.revistaenie.clarin.com. Acesso em: 25 fev. 2013.
entremetida y desenvuelta”, el nombre indígena de
O texto aborda a questão da língua espanhola no século
esta mujer era Malintzin, indicativo de que había XXI e tem como função apontar que
nacido bajo signos de contienda y desventura. Sus
A as especificidades culturais rompem com a unidade
padres la vendieron como esclava; los españoles hispânica.
la llamaron doña Marina, pero su pueblo la llamó la
B as variedades do espanhol têm igual relevância
Malinche, la mujer del conquistador, la traidora a los linguística e cultural.
indios. Pero con cualquiera de estos nombres, la mujer
C a unidade linguística do espanhol fortalece a
conoció un extraordinario destino. Se convirtió en “mi identidade cultural hispânica.
lengua”, pues Cortés la hizo su intérprete y amante, la
D a consolidação das diferenças da língua prejudica
lengua que habría de guiarle a lo largo y alto del Imperio sua projeção mundial.
azteca, demostrando que algo estaba podrido en el reino
E a unificação da língua enriquece a competência
de Moctezuma, que en efecto existía gran descontento y linguística dos falantes.
que el Imperio tenía pies de barro.
FUENTES, C. El espejo enterrado. Ciudad de México: FCE, 1992 (fragmento).

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 5


*AMAR25DOM6* 2013

QUESTÃO 94 QUESTÃO 95
Duerme negrito
Duerme, duerme, negrito,
que tu mamá está en el campo,
negrito...
Te va a traer
codornices para ti.
Te va a traer
rica fruta para ti.
Te va a traer
carne de cerdo para ti.
Te va a traer
muchas cosas para ti [...]
Duerme, duerme, negrito,
que tu mamá está en el campo,
negrito...
Trabajando, trabajando duramente, trabajando sí.
Trabajando y no le pagan,
trabajando sí.
TUTE. Tutelandia. Disponível em: www.gocomics.com. Acesso em: 20 fev. 2012. Disponível em: http://letras.mus.br. Acesso em: 26 jun. 2012 (fragmento).

A charge evoca uma situação de disputa. Seu efeito Duerme negrito é uma cantiga de ninar da cultura popular
humorístico reside no(a) hispânica, cuja letra problematiza uma questão social, ao
A destacar o orgulho da mulher como provedora do lar.
A aceitação imediata da provocação.
B evidenciar a ausência afetiva da mãe na criação do filho.
B descaracterização do convite a um desafio.
C retratar a precariedade das relações de trabalho no campo.
C sugestão de armas não convencionais para um duelo.
D ressaltar a inserção da mulher no mercado de trabalho rural.
D deslocamento temporal do comentário lateral.
E exaltar liricamente a voz materna na formação cidadã
E posicionamento relaxado dos personagens.
do filho.

Questões de 96 a 135
QUESTÃO 96

Grupo Escolar de Palmeiras


3º anno 18-11-911
Descripção J B Pereira

A nossa bandeira

“Auri verde pendão de minha terra


Que a brisa do Brazil beija e balança
Estandarte que a luz do sol encerra
As promessas divinas da Esperança.”

A bandeira brazileira é a mais bonita de


todas; vou descrevel-a. O rectangulo verde
indica a cor de nossas mattas. O losango
amarello indica a cor das riquezas naturais
que o nosso caro Brazil encerra como o
ouro. No centro da bandeira vê-se uma esphera azul que indica a
terra, e as estrellas que se acham dentro da esphera representam
os estados. Na faixa dentro da esphera está escripto o lema
Ordem e Progresso, o qual representa a base da republica e a GRUPO ESCOLAR DE PALMEIRAS. Redações
de Maria Anna de Biase e J. B. Pereira sobre a
organização do povo brazileiro. Salve! Bandeira Brazileira Bandeira Nacional. Palmeiras (SP), 18 nov. 1911.
Acervo APESP. Coleção DAESP. C10279.
Disponível em: www.arquivoestado.sp.gov.br.
Acesso em: 15 maio 2013.

O documento foi retirado de uma exposição on-line de manuscritos do estado de São Paulo do início do século XX.
Quanto à relevância social para o leitor da atualidade, o texto
A funciona como veículo de transmissão de valores patrióticos próprios do período em que foi escrito.
B cumpre uma função instrucional de ensinar regras de comportamento em eventos cívicos.
C deixa subentendida a ideia de que o brasileiro preserva as riquezas naturais do país.
D argumenta em favor da construção de uma nação com igualdade de direitos.
E apresenta uma metodologia de ensino restrita a uma determinada época.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 6
2013 *AMAR25DOM7*
QUESTÃO 97 QUESTÃO 98
TEXTO I Querô
Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; DELEGADO — Então desce ele. Vê o que arrancam
e daí a pouco começaram a vir mais. E parece-me que desse sacana.
viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos SARARÁ — Só que tem um porém. Ele é menor.
e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e flechas, que DELEGADO — Então vai com jeito. Depois a gente
todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa entrega pro juiz.
que lhes davam. [...] Andavam todos tão bem-dispostos, (Luz apaga no delegado e acende no repórter, que se
tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito dirige ao público.)
agradavam. REPÓRTER — E o Querô foi espremido, empilhado,
esmagado de corpo e alma num cubículo imundo, com
CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento).
outros meninos. Meninos todos espremidos, empilhados,
TEXTO II esmagados de corpo e alma, alucinados pelos seus
desesperos, cegados por muitas aflições. Muitos
meninos, com seus desesperos e seus ódios, empilhados,
espremidos, esmagados de corpo e alma no imundo
cubículo do reformatório. E foi lá que o Querô cresceu.
MARCOS, P. Melhor teatro. São Paulo: Global, 2003 (fragmento).

No discurso do repórter, a repetição causa um efeito de


sentido de intensificação, construindo a ideia de
A opressão física e moral, que gera rancor nos meninos.
B repressão policial e social, que gera apatia nos meninos.
C polêmica judicial e midiática, que gera confusão entre
os meninos.
D concepção educacional e carcerária, que gera
comoção nos meninos.
E informação crítica e jornalística, que gera indignação
entre os meninos.
QUESTÃO 99
Mal secreto
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
 PORTINARI, C. O descobrimento do Brasil. 1956. Óleo sobre tela, 199 x 169 cm O coração, no rosto se estampasse;
Disponível em: www.portinari.org.br. Acesso em: 12 jun. 2013. Se se pudesse, o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Quanta gente, talvez, que inveja agora
Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam a Nos causa, então piedade nos causasse!
chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, Quanta gente que ri, talvez, consigo
constata-se que Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
A a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das
Quanta gente que ri, talvez existe,
primeiras manifestações artísticas dos portugueses Cuja ventura única consiste
em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a Em parecer aos outros venturosa!
estética literária. CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. Brasília: Alhambra, 1995.

B a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal
pintados, cuja grande significação é a afirmação da e racionalidade na condução temática, o soneto de
arte acadêmica brasileira e a contestação de uma Raimundo Correia reflete sobre a forma como as emoções
linguagem moderna. do indivíduo são julgadas em sociedade. Na concepção
C a carta, como testemunho histórico-político, mostra do eu lírico, esse julgamento revela que
o olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a A a necessidade de ser socialmente aceito leva o
pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação indivíduo a agir de forma dissimulada.
dos nativos. B o sofrimento íntimo torna-se mais ameno quando
D as duas produções, embora usem linguagens compartilhado por um grupo social.
diferentes — verbal e não verbal —, cumprem a C a capacidade de perdoar e aceitar as diferenças
neutraliza o sentimento de inveja.
mesma função social e artística.
D o instinto de solidariedade conduz o indivíduo a
E a pintura e a carta de Caminha são manifestações de apiedar-se do próximo.
grupos étnicos diferentes, produzidas em um mesmo E a transfiguração da angústia em alegria é um artifício
momento histórico, retratando a colonização. nocivo ao convívio social.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 7


*AMAR25DOM8* 2013

QUESTÃO 100 da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da


Síndrome Metabólica. Mas, se há cinco anos os estudos
projetavam um futuro sombrio para os jovens, no cenário
Secretaria de Cultura atual as doenças que viriam na velhice já são parte da
rotina deles. “Os adolescentes já estão sofrendo com
EDITAL hipertensão e diabete”, exemplifica Claudia.
DESGUALDO, P. Revista Saúde. Disponível em: http://saude.abril.com.br.
NOTIFICAÇÃO — Síntese da resolução publicada Acesso em: 28 jul. 2012 (adaptado).
no Diário Oficial da Cidade, 29/07/2011 — página 41
— 511ª Reunião Ordinária, em 21/06/2011. Sobre a relação entre os hábitos da população
adolescente e as suas condições de saúde, as
Resolução nº 08/2011 — TOMBAMENTO dos informações apresentadas no texto indicam que
imóveis da Rua Augusta, nº 349 e n° 353, esquina
com a Rua Marquês de Paranaguá, nº 315, n° 327 A a falta de atividade física somada a uma alimentação
e n° 329 (Setor 010, Quadra 026, Lotes 0016-2 nutricionalmente desequilibrada constituem fatores
e 00170-0), bairro da Consolação, Subprefeitura relacionados ao aparecimento de doenças crônicas
da Sé, conforme o processo administrativo entre os adolescentes.
nº 1991-0.005.365-1. B a diminuição do consumo de alimentos fontes de
carboidratos combinada com um maior consumo de
Folha de S. Paulo, 5 ago. 2011 (adaptado). alimentos ricos em proteínas contribuíram para o
Um leitor interessado nas decisões governamentais aumento da obesidade entre os adolescentes.
escreve uma carta para o jornal que publicou o edital, C a maior participação dos alimentos industrializados e
concordando com a resolução sintetizada no Edital gordurosos na dieta da população adolescente tem
da Secretaria de Cultura. Uma frase adequada para tornado escasso o consumo de sais e açúcares, o
expressar sua concordância é: que prejudica o equilíbrio metabólico.
A Que sábia iniciativa! Os prédios em péssimo estado D a ocorrência de casos de hipertensão e diabetes
de conservação devem ser derrubados. entre os adolescentes advém das condições de
B Até que enfim! Os edifícios localizados nesse trecho alimentação, enquanto que na população adulta os
descaracterizam o conjunto arquitetônico da Rua fatores hereditários são preponderantes.
Augusta. E a prática regular de atividade física é um importante
C Parabéns! O poder público precisa mostrar sua força fator de controle da diabetes entre a população
como guardião das tradições dos moradores locais. adolescente, por provocar um constante aumento da
D Justa decisão! O governo dá mais um passo rumo pressão arterial sistólica.
à eliminação do problema da falta de moradias QUESTÃO 102
populares.
E Congratulações! O patrimônio histórico da cidade
merece todo empenho para ser preservado.

QUESTÃO 101
Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos
A oferta de produtos industrializados e a falta de
tempo têm sua parcela de responsabilidade no aumento
da silhueta dos jovens. “Os nossos hábitos alimentares,
de modo geral, mudaram muito”, observa Vivian Ellinger,
presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia
e Metabologia (SBEM), no Rio de Janeiro. Pesquisas
mostram que, aqui no Brasil, estamos exagerando no sal
e no açúcar, além de tomar pouco leite e comer menos
frutas e feijão. KUCZYNSKIEGO, P. Ilustração, 2008.
Disponível em: http://capu.pl. Acesso em: 3 ago. 2012.
Outro pecado, velho conhecido de quem exibe O artista gráfico polonês Pawla Kuczynskiego nasceu em
excesso de gordura por causa da gula, surge como 1976 e recebeu diversos prêmios por suas ilustrações.
marca da nova geração: a preguiça. “Cem por cento das Nessa obra, ao abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego
meninas que participam do Programa não praticavam usa sua arte para
nenhum esporte”, revela a psicóloga Cristina Freire, que A difundir a origem de marcantes diferenças sociais.
monitora o desenvolvimento emocional das voluntárias. B estabelecer uma postura proativa da sociedade.
Você provavelmente já sabe quais são as C provocar a reflexão sobre essa realidade.
consequências de uma rotina sedentária e cheia de D propor alternativas para solucionar esse problema.
gordura. “E não é novidade que os obesos têm uma E retratar como a questão é enfrentada em vários países
sobrevida menor”, acredita Claudia Cozer, endocrinologista do mundo.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 8


2013 *AMAR25DOM9*
QUESTÃO 103 QUESTÃO 105
O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, Olá! Negro
exercida dentro de certos e determinados limites de tempo
e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas Os netos de teus mulatos e de teus cafuzos
absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, e a quarta e a quinta gerações de teu sangue sofredor
acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e tentarão apagar a tua cor!
de uma consciência de ser diferente da “vida quotidiana”.
HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2004.
E as gerações dessas gerações quando apagarem
a tua tatuagem execranda,
Segundo o texto, o jogo comporta a possibilidade de não apagarão de suas almas, a tua alma, negro!
fruição. Do ponto de vista das práticas corporais, essa
fruição se estabelece por meio do(a) Pai-João, Mãe-negra, Fulô, Zumbi,
negro-fujão, negro cativo, negro rebelde
A fixação de táticas, que define a padronização para
maior alcance popular. negro cabinda, negro congo, negro ioruba,
negro que foste para o algodão de USA
B competitividade, que impulsiona o interesse pelo sucesso.
para os canaviais do Brasil,
C refinamento técnico, que gera resultados satisfatórios.
para o tronco, para o colar de ferro, para a canga
D caráter lúdico, que permite experiências inusitadas.
de todos os senhores do mundo;
E uso tecnológico, que amplia as opções de lazer. eu melhor compreendo agora os teus blues
QUESTÃO 104 nesta hora triste da raça branca, negro!
Olá, Negro! Olá, Negro!
Novas tecnologias A raça que te enforca, enforca-se de tédio, negro!
Atualmente, prevalece na mídia um discurso de LIMA, J. Obras completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958 (fragmento).
exaltação das novas tecnologias, principalmente aquelas
ligadas às atividades de telecomunicações. Expressões O conflito de gerações e de grupos étnicos reproduz, na
frequentes como “o futuro já chegou”, “maravilhas visão do eu lírico, um contexto social assinalado por
tecnológicas” e “conexão total com o mundo” “fetichizam”
A modernização dos modos de produção e consequente
novos produtos, transformando-os em objetos do desejo,
enriquecimento dos brancos.
de consumo obrigatório. Por esse motivo carregamos
hoje nos bolsos, bolsas e mochilas o “futuro” tão festejado. B preservação da memória ancestral e resistência
negra à apatia cultural dos brancos.
Todavia, não podemos reduzir-nos a meras vítimas
de um aparelho midiático perverso, ou de um aparelho C superação dos costumes antigos por meio da
capitalista controlador. Há perversão, certamente, incorporação de valores dos colonizados.
e controle, sem sombra de dúvida. Entretanto, D nivelamento social de descendentes de escravos e de
desenvolvemos uma relação simbiótica de dependência senhores pela condição de pobreza.
mútua com os veículos de comunicação, que se estreita E antagonismo entre grupos de trabalhadores e lacunas
a cada imagem compartilhada e a cada dossiê pessoal de hereditariedade.
transformado em objeto público de entretenimento.
Não mais como aqueles acorrentados na caverna de QUESTÃO 106
Platão, somos livres para nos aprisionar, por espontânea
vontade, a esta relação sadomasoquista com as Até quando?
estruturas midiáticas, na qual tanto controlamos quanto
somos controlados. Não adianta olhar pro céu
SAMPAIO, A. S. A microfísica do espetáculo. Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br. Com muita fé e pouca luta
Acesso em: 1 mar. 2013 (adaptado).
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
Ao escrever um artigo de opinião, o produtor precisa criar E muita greve, você pode, você deve, pode crer
uma base de orientação linguística que permita alcançar Não adianta olhar pro chão
os leitores e convencê-los com relação ao ponto de vista Virar a cara pra não ver
defendido. Diante disso, nesse texto, a escolha das
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
formas verbais em destaque objetiva
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
A criar relação de subordinação entre leitor e autor, já
que ambos usam as novas tecnologias. GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo).
Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).
B enfatizar a probabilidade de que toda população
brasileira esteja aprisionada às novas tecnologias. As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto
C indicar, de forma clara, o ponto de vista de que hoje A caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
as pessoas são controladas pelas novas tecnologias.
B cunho apelativo, pela predominância de imagens
D tornar o leitor copartícipe do ponto de vista de que metafóricas.
ele manipula as novas tecnologias e por elas é
manipulado. C tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
E demonstrar ao leitor sua parcela de responsabilidade por D espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
deixar que as novas tecnologias controlem as pessoas. E originalidade, pela concisão da linguagem.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 9


*AMAR25DOM10* 2013

QUESTÃO 107 QUESTÃO 109


Jogar limpo
Argumentar não é ganhar uma discussão a qualquer
preço. Convencer alguém de algo é, antes de tudo, uma
alternativa à prática de ganhar uma questão no grito ou na
violência física — ou não física. Não física, dois pontos. Um
político que mente descaradamente pode cativar eleitores.
Uma publicidade que joga baixo pode constranger multidões a
consumir um produto danoso ao ambiente. Há manipulações
psicológicas não só na religião. E é comum pessoas agirem
emocionalmente, porque vítimas de ardilosa — e cangoteira —
sedução. Embora a eficácia a todo preço não seja argumentar,
CAULOS. Disponível em: www.caulos.com. Acesso em: 24 set. 2011. tampouco se trata de admitir só verdades científicas —
formar opinião apenas depois de ver a demonstração e as
O cartum faz uma crítica social. A figura destacada está evidências, como a ciência faz. Argumentar é matéria da vida
em oposição às outras e representa a cotidiana, uma forma de retórica, mas é um raciocínio que
A opressão das minorias sociais. tenta convencer sem se tornar mero cálculo manipulativo, e
pode ser rigoroso sem ser científico.
B carência de recursos tecnológicos.
Língua Portuguesa, São Paulo, ano 5, n. 66, abr. 2011 (adaptado).
C falta de liberdade de expressão.
No fragmento, opta-se por uma construção linguística
D defesa da qualificação profissional. bastante diferente em relação aos padrões normalmente
E reação ao controle do pensamento coletivo. empregados na escrita. Trata-se da frase “Não física, dois
pontos”. Nesse contexto, a escolha por se representar por
QUESTÃO 108 extenso o sinal de pontuação que deveria ser utilizado
A enfatiza a metáfora de que o autor se vale para
Própria dos festejos juninos, a quadrilha nasceu como desenvolver seu ponto de vista sobre a arte de
dança aristocrática, oriunda dos salões franceses, depois argumentar.
difundida por  toda a Europa.
B diz respeito a um recurso de metalinguagem,
No Brasil, foi introduzida como dança de salão evidenciando as relações e as estruturas presentes
e, por sua vez, apropriada e adaptada pelo gosto no enunciado.
popular. Para sua ocorrência, é importante a presença C é um recurso estilístico que promove satisfatoriamente
de um mestre “marcante” ou “marcador”, pois é quem a sequenciação de ideias, introduzindo apostos
determina as figurações diversas que os dançadores exemplificativos.
desenvolvem. Observa-se a constância das seguintes D ilustra a flexibilidade na estruturação do gênero textual, a
marcações: “Tour”, “En avant”, “Chez des dames”, qual se concretiza no emprego da linguagem conotativa.
“Chez des chevaliê”, “Cestinha de flor”, “Balancê”, E prejudica a sequência do texto, provocando
“Caminho da roça”, “Olha a chuva”, “Garranchê”, estranheza no leitor ao não desenvolver explicitamente
“Passeio”, “Coroa de flores”, “Coroa de espinhos” etc. o raciocínio a partir de argumentos.
No Rio de Janeiro, em contexto urbano, apresenta QUESTÃO 110
transformações: surgem novas figurações, o francês
aportuguesado inexiste, o uso de gravações substitui A diva
a música ao vivo, além do aspecto de competição, que Vamos ao teatro, Maria José?
sustenta os festivais de quadrilha, promovidos por órgãos Quem me dera,
de turismo. desmanchei em rosca quinze kilos de farinha,
tou podre. Outro dia a gente vamos.
CASCUDO, L. C. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Melhoramentos, 1976. Falou meio triste, culpada,
As diversas formas de dança são demonstrações da e um pouco alegre por recusar com orgulho.
TEATRO! Disse no espelho.
diversidade cultural do nosso país. Entre elas, a quadrilha TEATRO! Mais alto, desgrenhada.
é considerada uma dança folclórica por TEATRO! E os cacos voaram
A possuir como característica principal os atributos sem nenhum aplauso.
Perfeita.
divinos e religiosos e, por isso, identificar uma nação PRADO, A. Oráculos de maio. São Paulo: Siciliano, 1999.
ou região.
Os diferentes gêneros textuais desempenham funções
B abordar as tradições e costumes de determinados sociais diversas, reconhecidas pelo leitor com base em
povos ou regiões distintas de uma mesma nação. suas características específicas, bem como na situação
C apresentar cunho artístico e técnicas apuradas, comunicativa em que ele é produzido. Assim, o texto A diva
sendo, também, considerada dança-espetáculo. A narra um fato real vivido por Maria José.
D necessitar de vestuário específico para a sua prática, B surpreende o leitor pelo seu efeito poético.
o qual define seu país de origem. C relata uma experiência teatral profissional.
D descreve uma ação típica de uma mulher sonhadora.
E acontecer em salões e festas e ser influenciada por
E defende um ponto de vista relativo ao exercício teatral.
diversos gêneros musicais.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 10


2013 *AMAR25DOM11*
QUESTÃO 111 algum percentual na gordura do peixe, a vitamina D
não está em nossas dietas, a não ser que os humanos
Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula artificialmente incrementem um produto alimentar, como
disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da o leite enriquecido com vitamina D. A natureza planejou
pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o que você a produzisse em sua pele, e não a colocasse
nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas direto em sua boca.
sei que o universo jamais começou.
Então, seria a vitamina D realmente uma vitamina?
[...]
Disponível em: www.umaoutravisao.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.
Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta
continuarei a escrever. Como começar pelo início, se as Frequentemente circulam na mídia textos de divulgação
coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pré- científica que apresentam informações divergentes
pré-história já havia os monstros apocalípticos? Se esta sobre um mesmo tema. Comparando os dois textos,
história não existe, passará a existir. Pensar é um ato. constata-se que o Texto II contrapõe-se ao I quando
Sentir é um fato. Os dois juntos — sou eu que escrevo o A comprova cientificamente que a vitamina D não é
que estou escrevendo. [...] Felicidade? Nunca vi palavra uma vitamina.
mais doida, inventada pelas nordestinas que andam por
aí aos montes. B demonstra a verdadeira importância da vitamina D
para a saúde.
Como eu irei dizer agora, esta história será o resultado
de uma visão gradual — há dois anos e meio venho aos C enfatiza que a vitamina D é mais comumente produzida
poucos descobrindo os porquês. É visão da iminência de. pelo corpo que absorvida por meio de alimentos.
De quê? Quem sabe se mais tarde saberei. Como que D afirma que a vitamina D existe na gordura dos peixes
estou escrevendo na hora mesma em que sou lido. Só não e no leite, não em seus derivados.
inicio pelo fim que justificaria o começo — como a morte E levanta a possibilidade de o corpo humano produzir
parece dizer sobre a vida — porque preciso registrar os artificialmente a vitamina D.
fatos antecedentes.
LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998 (fragmento). QUESTÃO 113
A elaboração de uma voz narrativa peculiar acompanha
a trajetória literária de Clarice Lispector, culminada com O bit na galáxia de Gutenberg
a obra A hora da estrela, de 1977, ano da morte da Neste século, a escrita divide terreno com diversos
escritora. Nesse fragmento, nota-se essa peculiaridade meios de comunicação. Essa questão nos faz pensar
porque o narrador na necessidade da “imbricação, na coexistência e
A observa os acontecimentos que narra sob uma interpretação recíproca dos diversos circuitos de produção
ótica distante, sendo indiferente aos fatos e às e difusão do saber...”.
personagens.
É necessário relativizar nossa postura frente às
B relata a história sem ter tido a preocupação de modernas tecnologias, principalmente à informática. Ela é
investigar os motivos que levaram aos eventos que um campo novidativo, sem dúvida, mas suas bases estão
a compõem. nos modelos informativos anteriores, inclusive, na tradição
C revela-se um sujeito que reflete sobre questões oral e na capacidade natural de simular mentalmente os
existenciais e sobre a construção do discurso. acontecimentos do mundo e antecipar as consequências
D admite a dificuldade de escrever uma história em razão de nossos atos. A impressão é a matriz que deflagrou
da complexidade para escolher as palavras exatas. todo esse processo comunicacional eletrônico. Enfatizo,
E propõe-se a discutir questões de natureza filosófica e assim, o parentesco que há entre o computador e os outros
metafísica, incomuns na narrativa de ficção. meios de comunicação, principalmente a escrita, uma
visão da informática como um “desdobramento daquilo
QUESTÃO 112 que a produção literária impressa e, anteriormente, a
tradição oral já traziam consigo”.
TEXTO I NEITZEL, L. C. Disponível em: www.geocities.com. Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado).
É evidente que a vitamina D é importante — mas como
Ao tecer considerações sobre as tecnologias da
obtê-la? Realmente, a vitamina D pode ser produzida
contemporaneidade e os meios de comunicação do
naturalmente pela exposição à luz do sol, mas ela também
existe em alguns alimentos comuns. Entretanto, como passado, esse texto concebe que a escrita contribui para
fonte dessa vitamina, certos alimentos são melhores do uma evolução das novas tecnologias por
que outros. Alguns possuem uma quantidade significativa A se desenvolver paralelamente nos meios tradicionais
de vitamina D, naturalmente, e são alimentos que talvez de comunicação e informação.
você não queira exagerar: manteiga, nata, gema de ovo B cumprir função essencial na contemporaneidade por
e fígado. meio das impressões em papel.
Disponível em: http://saude.hsw.uol.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.
C realizar transição relevante da tradição oral para o
TEXTO II progresso das sociedades humanas.
Todos nós sabemos que a vitamina D (colecalciferol) D oferecer melhoria sistemática do padrão de vida e do
é crucial para sua saúde. Mas a vitamina D é realmente desenvolvimento social humano.
uma vitamina? Está presente nas comidas que os
humanos normalmente consomem? Embora exista em E fornecer base essencial para o progresso das
tecnologias de comunicação e informação.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 11
*AMAR25DOM12* 2013

QUESTÃO 114 organizacional que tanto pode ser concebida para o


papel como para os ambientes digitais. É claro que o
Manta que costura causos e histórias no seio de texto virtual permite concretizar certos aspectos que, no
uma família serve de metáfora da memória em obra papel, são praticamente inviáveis: a conexão imediata,
escrita por autora portuguesa a comparação de trechos de textos na mesma tela, o
“mergulho” nos diversos aprofundamentos de um tema,
O que poderia valer mais do que a manta para como se o texto tivesse camadas, dimensões ou planos.
aquela família? Quadros de pintores famosos? Joias
RAMAL, A. C. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem.
de rainha? Palácios? Uma manta feita de centenas de Porto Alegre: Artmed, 2002.
retalhos de roupas velhas aquecia os pés das crianças
e a memória da avó, que a cada quadrado apontado por Considerando-se a linguagem específica de cada sistema
seus netos resgatava de suas lembranças uma história. de comunicação, como rádio, jornal, TV, internet, segundo
Histórias fantasiosas como a do vestido com um bolso o texto, a hipertextualidade configura-se como um(a)
que abrigava um gnomo comedor de biscoitos; histórias A elemento originário dos textos eletrônicos.
de traquinagem como a do calção transformado em
farrapos no dia em que o menino, que gostava de andar B conexão imediata e reduzida ao texto digital.
de bicicleta de olhos fechados, quebrou o braço; histórias C novo modo de leitura e de organização da escrita.
de saudades, como o avental que carregou uma carta D estratégia de manutenção do papel do leitor com
por mais de um mês... Muitas histórias formavam aquela perfil definido.
manta. Os protagonistas eram pessoas da família, um tio, E modelo de leitura baseado nas informações da
uma tia, o avô, a bisavó, ela mesma, os antigos donos superfície do texto.
das roupas. Um dia, a avó morreu, e as tias passaram
a disputar a manta, todas a queriam, mais do que aos QUESTÃO 116
quadros, joias e palácios deixados por ela. Felizmente, as
tias conseguiram chegar a um acordo, e a manta passou
a ficar cada mês na casa de uma delas. E os retalhos,
à medida que iam se acabando, eram substituídos por
outros retalhos, e novas e antigas histórias foram sendo
incorporadas à manta mais valiosa do mundo.
LASEVICIUS, A. Língua Portuguesa, São Paulo, n. 76, 2012 (adaptado).

A autora descreve a importância da manta para aquela


família, ao verbalizar que “novas e antigas histórias foram
sendo incorporadas à manta mais valiosa do mundo”.
Essa valorização evidencia-se pela
A oposição entre os objetos de valor, como joias,
palácios e quadros, e a velha manta.
B descrição detalhada dos aspectos físicos da manta,
como cor e tamanho dos retalhos.
C valorização da manta como objeto de herança familiar
disputado por todos.
D comparação entre a manta que protege do frio e a
manta que aquecia os pés das crianças.
E correlação entre os retalhos da manta e as muitas
histórias de tradição oral que os formavam.
Disponível em: http://orion-oblog.blogspot.com.br. Acesso em: 6 jun. 2012 (adaptado).

QUESTÃO 115 O cartaz aborda a questão do aquecimento global.


A relação entre os recursos verbais e não verbais
O hipertexto permite — ou, de certo modo, em nessa propaganda revela que
alguns casos, até mesmo exige — a participação de
diversos autores na sua construção, a redefinição A o discurso ambientalista propõe formas radicais de
dos papéis de autor e leitor e a revisão dos modelos resolver os problemas climáticos.
tradicionais de leitura e de escrita. Por seu enorme B a preservação da vida na Terra depende de ações de
potencial para se estabelecerem conexões, ele facilita dessalinização da água marinha.
o desenvolvimento de trabalhos coletivamente, o C a acomodação da topografia terrestre desencadeia o
estabelecimento da comunicação e a aquisição de natural degelo das calotas polares.
informação de maneira cooperativa.
D o descongelamento das calotas polares diminui a
Embora haja quem identifique o hipertexto quantidade de água doce potável do mundo.
exclusivamente com os textos eletrônicos, produzidos E a agressão ao planeta é dependente da posição
em determinado tipo de meio ou de tecnologia, ele não assumida pelo homem frente aos problemas
deve ser limitado a isso, já que consiste numa forma ambientais.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 12


2013 *AMAR25DOM13*
QUESTÃO 117 QUESTÃO 119
Mesmo tendo a trajetória do movimento interrompida
com a prisão de seus dois líderes, o tropicalismo não
deixou de cumprir seu papel de vanguarda na música
popular brasileira. A partir da década de 70 do século
passado, em lugar do produto musical de exportação
de nível internacional prometido pelos baianos com a
“retomada da linha evolutória”, instituiu-se nos meios de
comunicação e na indústria do lazer uma nova era musical.
TINHORÃO, J. R. Pequena história da música popular: da modinha ao tropicalismo.
São Paulo: Art, 1986 (adaptado).

A nova era musical mencionada no texto evidencia um


gênero que incorporou a cultura de massa e se adequou
à realidade brasileira. Esse gênero está representado Disponível em: http://clubedamafalda.blogspot.com.br. Acesso em: 21 set. 2011.

pela obra cujo trecho da letra é: Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora
A A estrela d'alva / No céu desponta / E a lua anda tonta / para o efeito de humor está indicado pelo(a)
Com tamanho esplendor. (As pastorinhas, Noel Rosa e
João de Barro) A emprego de uma oração adversativa, que orienta a
B Hoje / Eu quero a rosa mais linda que houver / Quero quebra da expectativa ao final.
a primeira estrela que vier / Para enfeitar a noite do B uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de
meu bem. (A noite do meu bem, Dolores Duran) causa e efeito entre as ações.
C No rancho fundo / Bem pra lá do fim do mundo / Onde C retomada do substantivo "mãe", que desfaz a
a dor e a saudade / Contam coisas da cidade. (No
ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos.
rancho fundo, Ary Barroso e Lamartine Babo)
D Baby Baby / Não adianta chamar / Quando alguém D utilização da forma pronominal "la", que reflete um
está perdido / Procurando se encontrar. (Ovelha tratamento formal do filho em relação à "mãe".
negra, Rita Lee) E repetição da forma verbal "é", que reforça a relação
E Pois há menos peixinhos a nadar no mar / Do que de adição existente entre as orações.
os beijinhos que eu darei / Na sua boca. (Chega de
saudade, Tom Jobim e Vinicius de Moraes) QUESTÃO 120
QUESTÃO 118
Futebol: “A rebeldia é que muda o mundo”
Conheça a história de Afonsinho, o primeiro
jogador do futebol brasileiro a derrotar a cartolagem e a
conquistar o Passe Livre, há exatos 40 anos
Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira
vez, então com a camisa do Santos (porque depois
voltaria a atuar pelo New York Cosmos, dos Estados
Unidos), em 1972, quando foi questionado se, finalmente,
sentia-se um homem livre. O Rei respondeu sem titubear:
— Homem livre no futebol só conheço um: o
Afonsinho. Este sim pode dizer, usando as suas palavras,
que deu o grito de independência ou morte. Ninguém
mais. O resto é conversa.
Apesar de suas declarações serem motivo de
chacota por parte da mídia futebolística e até dos Disponível em: www.filosofia.com.br. Acesso em: 30 abr. 2010.
torcedores brasileiros, o Atleta do Século acertou.
E provavelmente acertaria novamente hoje. Pelas características da linguagem visual e pelas
Pela admiração por um de seus colegas de clube escolhas vocabulares, pode-se entender que o
daquele ano. Pelo reconhecimento do caráter e texto possibilita a reflexão sobre uma problemática
personalidade de um dos jogadores mais contestadores contemporânea ao
do futebol nacional. E principalmente em razão da história
de luta — e vitória — de Afonsinho sobre os cartolas. A criticar o transporte rodoviário brasileiro, em razão da
ANDREUCCI, R. Disponível em: http://carosamigos.terra.com.br. Acesso em: 19 ago. 2011. grande quantidade de caminhões nas estradas.
O autor utiliza marcas linguísticas que dão ao texto um B ironizar a dificuldade de locomoção no trânsito urbano,
caráter informal. Uma dessas marcas é identificada em: devida ao grande fluxo de veículos.
A “[...] o Atleta do Século acertou.” C expor a questão do movimento como um problema
B “O Rei respondeu sem titubear [...]”. existente desde tempos antigos, conforme frase citada.
C “E provavelmente acertaria novamente hoje.”
D “Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira D restringir os problemas de tráfego a veículos particulares,
vez [...]”. defendendo, como solução, o transporte público.
E “Pela admiração por um de seus colegas de clube E propor a ampliação de vias nas estradas, detalhando
daquele ano.” o espaço exíguo ocupado pelos veículos nas ruas.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 13


*AMAR25DOM14* 2013

QUESTÃO 121 Naquela noite não padeci essa triste sensação de


enfado, mas outra, e deleitosa. As fantasias tumultuavam-
Gripado, penso entre espirros em como a palavra me cá dentro, vinham umas sobre outras, à semelhança
gripe nos chegou após uma série de contágios entre de devotas que se abalroam para ver o anjo-cantor das
línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe procissões. Não ouvia os instantes perdidos, mas os
que disseminou pela Europa, além do vírus propriamente minutos ganhados.
dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992 (fragmento).

grippe. O primeiro era um termo derivado do latim O capítulo apresenta o instante em que Brás Cubas
medieval influentia, que significava “influência dos astros revive a sensação do beijo trocado com Virgília, casada
sobre os homens”. O segundo era apenas a forma nominal com Lobo Neves. Nesse contexto, a metáfora do relógio
do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse desconstrói certos paradigmas românticos, porque
referência ao modo violento como o vírus se apossa do A o narrador e Virgília não têm percepção do tempo em
organismo infectado. seus encontros adúlteros.
RODRIGUES, S. Sobre palavras.Veja, São Paulo, 30 nov. 2011. B como “defunto autor”, Brás Cubas reconhece a
Para se entender o trecho como uma unidade de inutilidade de tentar acompanhar o fluxo do tempo.
sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre C na contagem das horas, o narrador metaforiza o
seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída desejo de triunfar e acumular riquezas.
predominantemente pela retomada de um termo por outro D o relógio representa a materialização do tempo e
e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que há redireciona o comportamento idealista de Brás Cubas.
coesão por elipse do sujeito é: E o narrador compara a duração do sabor do beijo à
A “[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de perpetuidade do relógio.
contágios entre línguas.” QUESTÃO 123
B “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe [...]”.
C “O primeiro era um termo derivado do latim medieval Para Carr, internet atua no comércio da distração
influentia, que significava ‘influência dos astros sobre Autor de “A Geração Superficial” analisa a influência
os homens’.” da tecnologia na mente
D “O segundo era apenas a forma nominal do verbo O jornalista americano Nicholas Carr acredita que a
gripper [...]”. internet não estimula a inteligência de ninguém. O autor
E “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento explica descobertas científicas sobre o funcionamento do
como o vírus se apossa do organismo infectado.” cérebro humano e teoriza sobre a influência da internet
em nossa forma de pensar.
QUESTÃO 122 Para ele, a rede torna o raciocínio de quem navega
mais raso, além de fragmentar a atenção de seus usuários.
Capítulo LIV — A pêndula Mais: Carr afirma que há empresas obtendo lucro
Saí dali a saborear o beijo. Não pude dormir; estirei- com a recente fragilidade de nossa atenção. “Quanto
me na cama, é certo, mas foi o mesmo que nada. Ouvi mais tempo passamos on-line e quanto mais rápido
as horas todas da noite. Usualmente, quando eu perdia o passamos de uma informação para a outra, mais dinheiro
as empresas de internet fazem”, avalia.
sono, o bater da pêndula fazia-me muito mal; esse tique-
taque soturno, vagaroso e seco parecia dizer a cada “Essas empresas estão no comércio da distração e
golpe que eu ia ter um instante menos de vida. Imaginava são experts em nos manter cada vez mais famintos por
então um velho diabo, sentado entre dois sacos, o da vida informação fragmentada em partes pequenas. É claro
e o da morte, e a contá-las assim: que elas têm interesse em nos estimular e tirar vantagem
da nossa compulsão por tecnologia.”
— Outra de menos... ROXO, E. Folha de S. Paulo, 18 fev. 2012 (adaptado).

— Outra de menos... A crítica do jornalista norte-americano que justifica o título


do texto é a de que a internet
— Outra de menos...
A mantém os usuários cada vez menos preocupados
— Outra de menos... com a qualidade da informação.
O mais singular é que, se o relógio parava, eu dava- B torna o raciocínio de quem navega mais raso, além de
lhe corda, para que ele não deixasse de bater nunca, e fragmentar a atenção de seus usuários.
eu pudesse contar todos os meus instantes perdidos. C desestimula a inteligência, de acordo com
Invenções há, que se transformam ou acabam; as descobertas científicas sobre o cérebro.
mesmas instituições morrem; o relógio é definitivo e D influencia nossa forma de pensar com a
perpétuo. O derradeiro homem, ao despedir-se do sol frio superficialidade dos meios eletrônicos.
e gasto, há de ter um relógio na algibeira, para saber a E garante a empresas a obtenção de mais lucro com a
hora exata em que morre. recente fragilidade de nossa atenção.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 14
2013 *AMAR25DOM15*
QUESTÃO 124 QUESTÃO 125
Na verdade, o que se chama genericamente de índios
é um grupo de mais de trezentos povos que, juntos, falam
mais de 180 línguas diferentes. Cada um desses povos
possui diferentes histórias, lendas, tradições, conceitos
e olhares sobre a vida, sobre a liberdade, sobre o tempo
e sobre a natureza. Em comum, tais comunidades
apresentam a profunda comunhão com o ambiente em que
vivem, o respeito em relação aos indivíduos mais velhos, a CURY, C. Disponível em: http://tirasnacionais.blogspot.com. Acesso em: 13 nov. 2011.

preocupação com as futuras gerações, e o senso de que A tirinha denota a postura assumida por seu produtor
a felicidade individual depende do êxito do grupo. Para frente ao uso social da tecnologia para fins de interação e
eles, o sucesso é resultado de uma construção coletiva. de informação. Tal posicionamento é expresso, de forma
Estas ideias, partilhadas pelos povos indígenas, são argumentativa, por meio de uma atitude
indispensáveis para construir qualquer noção moderna de A crítica, expressa pelas ironias.
civilização. Os verdadeiros representantes do atraso no B resignada, expressa pelas enumerações.
nosso país não são os índios, mas aqueles que se pautam C indignada, expressa pelos discursos diretos.
D agressiva, expressa pela contra-argumentação.
por visões preconceituosas e ultrapassadas de “progresso”.
E alienada, expressa pela negação da realidade.
AZZI, R. As razões de ser guarani-kaiowá. Disponível em: www.outraspalavras.net.
Acesso em: 7 dez. 2012. QUESTÃO 126
Considerando-se as informações abordadas no texto, ao Dúvida
iniciá-lo com a expressão “Na verdade”, o autor tem como
Dois compadres viajavam de carro por uma estrada
objetivo principal de fazenda quando um bicho cruzou a frente do carro.
A expor as características comuns entre os povos Um dos compadres falou:
indígenas no Brasil e suas ideias modernas e civilizadas. — Passou um largato ali!
B trazer uma abordagem inédita sobre os povos O outro perguntou:
indígenas no Brasil e, assim, ser reconhecido como — Lagarto ou largato?
especialista no assunto. O primeiro respondeu:
C mostrar os povos indígenas vivendo em comunhão — Num sei não, o bicho passou muito rápido.
Piadas coloridas. Rio de Janeiro: Gênero, 2006.
com a natureza, e, por isso, sugerir que se deve
respeitar o meio ambiente e esses povos. Na piada, a quebra de expectativa contribui para produzir
D usar a conhecida oposição entre moderno e antigo o efeito de humor. Esse efeito ocorre porque um dos
personagens
como uma forma de respeitar a maneira ultrapassada
como vivem os povos indígenas em diferentes regiões A reconhece a espécie do animal avistado.
do Brasil. B tem dúvida sobre a pronúncia do nome do réptil.
E apresentar informações pouco divulgadas a respeito C desconsidera o conteúdo linguístico da pergunta.
dos indígenas no Brasil, para defender o caráter D constata o fato de um bicho cruzar a frente do carro.
desses povos como civilizações, em contraposição a E apresenta duas possibilidades de sentido para a
visões preconcebidas. mesma palavra.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 15


*AMAR25DOM16* 2013

QUESTÃO 127 Os objetivos que motivam os seres humanos a


estabelecer comunicação determinam, em uma situação
de interlocução, o predomínio de uma ou de outra função
de linguagem. Nesse texto, predomina a função que se
caracteriza por
A tentar persuadir o leitor acerca da necessidade de se
tomarem certas medidas para a elaboração de um livro.
B enfatizar a percepção subjetiva do autor, que projeta
para sua obra seus sonhos e histórias.
C apontar para o estabelecimento de interlocução de
modo superficial e automático, entre o leitor e o livro.
D fazer um exercício de reflexão a respeito dos princípios
que estruturam a forma e o conteúdo de um livro.
E retratar as etapas do processo de produção de um
livro, as quais antecedem o contato entre leitor e obra.

QUESTÃO 129
(Tradução da placa: “Não me esqueçam quando eu for um nome importante.”)
NAZARETH, P. Mercado de Artes / Mercado de Bananas. Miami Art Basel, EUA, 2011.
Disponível em: www.40forever.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.

A contemporaneidade identificada na performance /


instalação do artista mineiro Paulo Nazareth reside
principalmente na forma como ele
A resgata conhecidas referências do modernismo
mineiro.
B utiliza técnicas e suportes tradicionais na construção
das formas.
C articula questões de identidade, território e códigos de
linguagens.
D imita o papel das celebridades no mundo
contemporâneo.
E camufla o aspecto plástico e a composição visual de
sua montagem.

QUESTÃO 128
Quadrinho quadrado

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA. Oswald de Andrade: o culpado de tudo.


27 set. 2011 a 29 jan. 2012. São Paulo: Prol Gráfica, 2012.

O poema de Oswald de Andrade remonta à ideia de que a


brasilidade está relacionada ao futebol. Quanto à questão
da identidade nacional, as anotações em torno dos versos
constituem
A direcionamentos possíveis para uma leitura crítica de
dados histórico-culturais.
B forma clássica da construção poética brasileira.
C rejeição à ideia do Brasil como o país do futebol.
D intervenções de um leitor estrangeiro no exercício de
leitura poética.
E lembretes de palavras tipicamente brasileiras
XAVIER, C. Disponível em: www.releituras.com. Acesso em: 24 abr. 2010.
substitutivas das originais.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 16
2013 *AMAR25DOM17*
QUESTÃO 130 Dessa forma, o anonimato pode aumentar a
crueldade dos comentários e das ameaças e os efeitos
O que a internet esconde de você podem ser tão graves ou piores. “O autor, assim como
o alvo, tem dificuldade de sair de seu papel e retomar
Sites de busca manipulam resultados. Redes sociais valores esquecidos ou formar novos”, explica Luciene
decidem quem vai ser seu amigo — e descartam as Tognetta, doutora em Psicologia Escolar e pesquisadora
pessoas sem avisar. E, para cada site que você pode da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de
acessar, há 400 outros invisíveis. Prepare-se para Campinas (Unicamp).
conhecer o lado oculto da internet.
Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br.  Acesso em: 3 ago. 2012 (adaptado).

Segundo o texto, com as tecnologias de informação e


comunicação, a prática do bullying ganha novas nuances
de perversidade e é potencializada pelo fato de
A atingir um grupo maior de espectadores.
B dificultar a identificação do agressor incógnito.
C impedir a retomada de valores consolidados pela vítima.
D possibilitar a participação de um número maior de autores.
E proporcionar o uso de uma variedade de ferramentas
da internet.

QUESTÃO 132

Casados e independentes
Um novo levantamento do IBGE mostra que o número de
casamentos entre pessoas na faixa dos 60 anos cresce,
desde 2003, a um ritmo 60% maior que o observado na
população brasileira como um todo...

Aumento no número de casamentos (entre 2003 e 2008)


Entre pessoas Na população
GRAVATÁ, A. Superinteressante, São Paulo, ed. 297, nov. 2011 (adaptado). acima dos 60 brasileira

Analisando-se as informações verbais e a imagem associada


a uma cabeça humana, compreende-se que a venda
44% 28%
A representa a amplitude de informações que compõem ...e um fator determinante é que cada vez mais pessoas nessa
a internet, às quais temos acesso em redes sociais e idade estão no mercado de trabalho, o que lhes garante a
sites de busca. independência financeira necessária para o matrimônio.
B faz uma denúncia quanto às informações que são População com mais de 60 anos no mercado de trabalho
omitidas dos usuários da rede, sendo empregada no
sentido conotativo. Em 2003 Hoje*

C diz respeito a um buraco negro digital, onde estão


escondidas as informações buscadas pelo usuário
nos sites que acessa.
31% 38%
D está associada a um conjunto de restrições sociais Fontes: IBGE e Organização Internacional do Trabalho (OIT)
presentes na vida daqueles que estão sempre * Com base no último dado disponível, de 2008

conectados à internet. Veja, São Paulo, 21 abr. 2010 (adaptado).

E remete às bases de dados da web, protegidas por Os gráficos expõem dados estatísticos por meio de
senhas ou assinaturas e às quais o navegador não linguagem verbal e não verbal. No texto, o uso desse recurso
tem acesso.
A exemplifica o aumento da expectativa de vida da
QUESTÃO 131 população.
B explica o crescimento da confiança na instituição do
O que é bullying virtual ou cyberbullying? casamento.
É o bullying que ocorre em meios eletrônicos, com  C mostra que a população brasileira aumentou nos
mensagens difamatórias ou ameaçadoras circulando por últimos cinco anos.
e-mails, sites, blogs (os diários virtuais), redes sociais e D indica que as taxas de casamento e emprego
celulares. É quase uma extensão do que dizem e fazem cresceram na mesma proporção.
na escola, mas com o agravante de que as pessoas E sintetiza o crescente número de casamentos e de
envolvidas não estão cara a cara. ocupação no mercado de trabalho.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 17


*AMAR25DOM18* 2013

QUESTÃO 133 QUESTÃO 134


Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a
Lusofonia
pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente
rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moça; menina; aquela entre doze e dezoito anos de idade. [...]
(Brasil), meretriz. Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos
os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana,
Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,
no café, em frente da chávena de café, enquanto assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas
as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o
alisa os cabelos com a mão. Mas não posso escrever este desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social,
poema sobre essa rapariga porque, no brasil, a palavra em condições de liberdade e de dignidade.
rapariga não quer dizer o que ela diz em portugal. Então, Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade
terei de escrever a mulher nova do café, a jovem do café, em geral e do poder público assegurar, com absoluta
a menina do café, para que a reputação da pobre rapariga prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer,
que alisa os cabelos com a mão, num café de lisboa, não à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
fique estragada para sempre quando este poema atravessar o liberdade e à convivência familiar e comunitária. [...]
atlântico para desembarcar no rio de janeiro. E isto tudo BRASIL. Lei n. 8 069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da criança e do adolescente.
Disponível em: www.planalto.gov.br (fragmento).
sem pensar em áfrica, porque aí lá terei
Para cumprir sua função social, o Estatuto da criança
de escrever sobre a moça do café, para e do adolescente apresenta características próprias
evitar o tom demasiado continental da rapariga, que é desse gênero quanto ao uso da língua e quanto à
uma palavra que já me está a pôr com dores composição textual. Entre essas características,
de cabeça até porque, no fundo, a única coisa que eu queria destaca-se o emprego de
era escrever um poema sobre a rapariga do A repetição vocabular para facilitar o entendimento.
café. A solução, então, é mudar de café, e limitar-me a B palavras e construções que evitem ambiguidade.
escrever um poema sobre aquele café onde nenhuma C expressões informais para apresentar os direitos.
rapariga se D frases na ordem direta para apresentar as informações
pode sentar à mesa porque só servem café ao balcão. mais relevantes.
E exemplificações que auxiliem a compreensão dos
JÚDICE, N. Matéria do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008.
conceitos formulados.
O texto traz em relevo as funções metalinguística e
QUESTÃO 135
poética. Seu caráter metalinguístico justifica-se pela
O sociólogo espanhol Manuel Castells sustenta que
A discussão da dificuldade de se fazer arte inovadora “a comunicação de valores e a mobilização em torno
no mundo contemporâneo. do sentido são fundamentais. Os movimentos culturais
(entendidos como movimentos que têm como objetivo
B defesa do movimento artístico da pós-modernidade, defender ou propor modos próprios de vida e sentido)
típico do século XX. constroem-se em torno de sistemas de comunicação —
essencialmente a internet e os meios de comunicação
C abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se
— porque esta é a principal via que esses movimentos
volta para assuntos rotineiros. encontram para chegar àquelas pessoas que podem
D tematização do fazer artístico, pela discussão do ato eventualmente partilhar os seus valores, e a partir daqui
atuar na consciência da sociedade no seu conjunto”.
de construção da própria obra.
Disponível em: www.compolitica.org. Acesso em: 2 mar. 2012 (adaptado).
E valorização do efeito de estranhamento causado no
Em 2011, após uma forte mobilização popular via redes
público, o que faz a obra ser reconhecida.
sociais, houve a queda do governo de Hosni Mubarak, no
Egito. Esse evento ratifica o argumento de que
A a internet atribui verdadeiros valores culturais aos
seus usuários.
B a consciência das sociedades foi estabelecida com o
advento da internet.
C a revolução tecnológica tem como principal objetivo a
deposição de governantes antidemocráticos.
D os recursos tecnológicos estão a serviço dos opressores
e do fortalecimento de suas práticas políticas.
E os sistemas de comunicação são mecanismos
importantes de adesão e compartilhamento de
valores sociais.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 18

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