Prova 3 Ano
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Prova 3 Ano
A epopéia marítima portuguesa, descrita pelo poeta, foi revestida de ousadias e destemores,
no entanto, ela só foi possível porque Portugal, antes de outros países europeus, reuniu as
necessárias condições para a conquista dos mares. Cite e explique duas precondições que
possibilitaram o pioneirismo português no processo de expansão marítima.
Chantada a Cruz, com as Armas e a divisa de Vossa Alteza, que primeiramente lhe pregaram,
armaram altar ao pé dela. Ali disse missa o padre Frei Henrique (...). Ali estiveram conosco
(...) cinqüenta ou sessenta deles, assentados todos de joelhos, assim como nós. (...) [Na terra],
até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal (...)
Porém, o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. E esta deve
ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.
(Pero Vaz de Caminha. Carta do Achamento do Brasil, 10.05.1500.)
A respeito da tela e do texto, é correto afirmar que
a) demonstram a submissão da monarquia portuguesa à contra-reforma católica.
b) expressam o encantamento dos europeus com a exuberância natural da terra.
c) atestam, como documentos históricos, o caráter conflituoso dos primeiros contatos entre
brancos e índios.
d) representam o índio sem idealização, reservandolhe lugar de destaque no quadro, o que era
pouco comum.
e) apresentam uma leitura do passado na qual os portugueses figuram como portadores da
civilização—-
4) No Brasil, costumam dizer que para os escravos são necessários três PPP, a saber, pau, pão
e pano. E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, prouvera
a Deus que tão abundante fosse o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo.
(André João Antonil, Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas, 1711)
a) Qual a crítica ao sistema escravista feita pelo autor do trecho apresentado?
b) Indique dois motivos que explicam a introdução da escravidão negra na porção americana
do Império português.
6) Não é minha intenção que não haja escravos... nós só queremos os lícitos, e defendemos
(proibimos) os ilícitos.
Essa posição do jesuíta Antônio Vieira, na segunda metade do século XVII,
a) aceita a escravidão negra mas condena a indígena.-----------
b) admite a escravidão apenas em caso de guerra justa.
c) apóia a proibição da escravidão aos que se convertem ao cristianismo.
d) restringe a escravidão ao trabalho estritamente necessário.
e) conserva o mesmo ponto de vista tradicional sobre a escravidão em geral.
7) Em Roma antiga, e no Brasil colonial e monárquico, os escravos eram numerosos e
empregados nas mais diversas atividades. Compare a escravidão nessas duas sociedades,
mostrando suas semelhanças e diferenças.
9) “Não, é nossa terra, a terra do índio. Isso que a gente quer mostrar pro Brasil: gostamos
muito do Brasil, amamos o Brasil, valorizamos as coisas do Brasil porque o adubo do Brasil
são os corpos dos nossos antepassados e todo o patrimônio ecológico que existe por aqui foi
protegido pelos povos indígenas. Quando Cabral chegou, a gente o recebeu com sinceridade,
com a verdade, e o pessoal achou que a gente era inocente demais e aí fomos traídos: aquilo
que era nosso, que a gente queria repartir, passou a ser objeto de ambição. Do ponto de vista
do colonizador, era tomar para dominar a terra, dominar nossa cultura, anulando a gente
como civilização.”
(Revista “Caros Amigos”, ano 4, n. 37, abril/2000, p. 36)
A respeito do início da colonização, período abordado pelo texto, pode-se afirmar que a
primeira forma de exploração econômica exercida pelos colonizadores e a dominação cultural
e religiosa difundida pelo território brasileiro são, respectivamente:
a) a plantation no Nordeste e as bandeiras realizadas pelos paulistas.
b) a extração das "drogas do sertão" e a implantação das missões.
c) o escambo de pau-brasil e a catequização empreendida pela Companhia de Jesus.-----
d) a mineração no Sudeste e a imposição da "língua geral" em toda a Colônia.
e) o cultivo da cana-de-açúcar e a "domesticação" dos índios por meio da agricultura.
10) O Brasil foi dividido em quinze quinhões, por uma série de linhas paralelas ao equador
que iam do litoral ao meridiano de Tordesilhas, sendo os quinhões entregues (…) [a] um
grupo diversificado, no qual havia gente da pequena nobreza, burocratas e comerciantes,
tendo em comum suas ligações com a Coroa.
(B. Fausto, História do Brasil.)
No texto, o historiador refere-se às
A) câmaras setoriais.
B) sesmarias.
C) colônias de povoamento.
D) capitanias hereditárias.
E) controladorias.
11) Em 1694, tropas comandadas pelo paulista Domingos Jorge Velho destruíram o quilombo
de Palmares, que havia se formado desde o início do século XVII. Poucos sobreviveram ao
ataque final, refugiando-se nas matas da Serra da Barriga sob a liderança de Zumbi, morto em
20 de novembro de 1695, depois de resistir por quase dois anos.
a) O que foi o quilombo de Palmares?
b) Explique por que o dia da morte de Zumbi é considerado o "dia nacional da consciência
negra".
12) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados a Europa pelos árabes no século
Vlll, durante a ldade Media, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos Xl e Xlll)
que a sua procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e
produzido em pequena escala no sul da ltália, mas continuou a ser um produto de luxo,
extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.
Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por
Portugal para dar início a colonização brasileira, em virtude de
a) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.
b) os árabes serem aliados históricos dos portugueses.
c) a mão de obra necessaria para o cultivo ser insuficiente.
d) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto.
e) os nativos da America dominarem uma tecnica de cultivo semelhante