TRAB de LDPII
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TRAB de LDPII
Código: 708210420
Língua Portuguesa
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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................................2
2.2 A coesão.............................................................................................................................................6
3. Conclusão ............................................................................................................................................8
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1. Introdução
1.1 Objectivos
1.1.2. Geral:
▪ Compreender que a linguística textual é baseada na coesão e coerência.
1.1.3. Específicos:
▪ Reconhecer os aspectos ligados à coesão e coerência textual;
▪ Aprofundar os conhecimentos sobre coesão e coerência textual
1.2 Metodologias
Com vista a tornar o trabalho mais proactivo, recorremos às consultas dos manuais, livros,
bibliografias, para explorarmos assuntos inerentes a temática. E, o tipo de pesquisa neste caso,
é bibliográfica e exploratória.
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2. Marco teórico
2.1 A coerência
A coerência se faz presente no texto desde o sentido que o enunciador busca atingir até a
recepção e interpretação que um enunciatário fará dele. Ou seja, ela estará presente em todos
os momentos em que esse texto for utilizado.
Logo, “a coerência não está apenas nos textos nem só nos usuários, mas no processo que coloca
texto e usuário em relação numa situação”. (KOCH & TRAVAGLIA, 1995, p.40).
Para estes autores, a coerência “se estabelece na interação, na interlocução comunicativa entre
dois usuários”. (p. 11).
É ela, “a responsável pelo sentido que os usuários captam do texto e se dá pela actuação
conjunta de uma série de factores de ordem cognitiva, situacional, sociocultural e interacional”
(p. 52).
Exemplos:
Como se sabe que o facto mais marcante da coerência está em sua formação: Os momentos, as
situações e os usuários de um discurso construirão diferentes sentidos ao mesmo texto,
portanto, um texto pode ser coerente ou incoerente variando de acordo com a situação em que
está utilizado.
Koch e Travaglia (1995), no livro “Texto e Coerência” citam alguns factores que interferem
na coerência textual, tais quais conhecimento linguístico, conhecimento de mundo,
conhecimento partilhado, inferências, factores pragmáticos, situacionalidade,
intencionalidade, aceitabilidade, informatividade, focalização, intertextualidade e relevância.
Sobre alguns desses conceitos discorreremos a partir de agora para entendermos onde se
localizam os maiores problemas de coerência no texto.
Como já dito, o conhecimento de mundo é muito importante na construção da coerência textual,
mas, além disso, é importante que enunciador e enunciatário tenham certo grau de
conhecimento partilhado. Analisando a coerência, esses parecem ser os itens de maior
relevância em sua construção.
Os conceitos linguísticos no texto podem ser causadores de incoerências em partes dele, mas
isso não tira seu sentido total. Quando o enunciatário tem conhecimento do tema tratado pelo
enunciador, ele tem mais facilidade para cooperar na construção do sentido do texto, por isso,
noções básicas do assunto tratado são muito relevantes na construção da coerência de um texto.
Enquanto que o enunciatário depende de conhecimento compartilhado com o enunciador para
interpretar um texto, o bom enunciador deve buscar esses pontos de conhecimento
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compartilhados para que possa produzir seu texto sendo o mais eficiente possível em transmitir
ao enunciatário o que deseja.
É aí que entra a focalização, quando um texto é produzido, todo o conhecimento de mundo dos
envolvidos nesse assunto vira-se para uma parte desse saber. Isso quer dizer que os sujeitos
envolvidos em uma fala focalizam sua atenção em alguns pontos.
O enunciador busca, a partir de seu texto, voltar as atenções para um devido ponto. Já o
enunciatário tentará interpretar o texto de acordo com relações que consegue fazer entre o texto
e seu conhecimento de mundo. É aí que o contexto de cada pessoa se faz importante na
construção da coerência e sentido de um texto.
As inferências constituem um ponto importante a ser discutido, e ainda dependente do
conhecimento de mundo, e muitas vezes, até do conhecimento partilhado. Elas ocorrem quando
algo não está escrito, mas é possível pressupor a partir do texto. Ou seja, algo que não esteja
representado pelo linguístico, mas que seja possível captar através do conhecimento de mundo.
Assim, é necessário perceber que nem tudo o que se depreende a partir do texto é necessário
para sua interpretação. O texto mais qualificado é aquele que facilita as inferências necessárias
para seu entendimento e não possibilita ambigüidades e confusões causadas por inferências
indesejadas ou pouco importantes ao texto.
Segundo Koch e Travaglia (1995), “inferência aquilo que se usa para estabelecer uma relação,
não explícita no texto, entre dois elementos desse texto” (p. 70).
O pragmático é outro factor que implica fortemente na questão da coerência textual. Como já
dito, a linguística textual passou a se preocupar com o externo ao texto, com sua produção, com
seu enunciador, seu enunciatário e muito mais.
Portanto, a coerência, passou a ser vista também de outra forma. Um texto nunca fez sentido
sozinho. Em cada situação, como já vimos o mesmo texto pode ter um sentido diferente. Sendo
assim, provamos a notoriedade do pragmático nessa discussão.
Os factores pragmáticos que interferem na coerência textual são: tipos de actos de fala,
contextos de situação, interação e interlocução, força ilocucionária, intenção comunicativa,
características e crenças do produtor e recebedor do textos, etc. tem a ver com a influência do
pragmático na coerência, (KOCH & TRAVAGLIA, 1995, p. 74).
Ainda muito ligada aos factores pragmáticos, temos a situacionalidade, isto é, um conjunto de
factores que dão relevância aos assuntos tratados em um texto em determinada situação. Se
essa relevância é pequena, o texto parecerá incoerente, o que poderia impossibilitar ou
dificultar o entendimento do conteúdo do texto.
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“De acordo com Giora (1985), uma das principais condições para o estabelecimento da
coerência é a relevância discursiva” (KOCH & TRAVAGLIA, 1995, p. 95).
O texto será coerente quando os enunciados de um mesmo texto tratarem de um mesmo tópico
discursivo; caso não haja uma ligação entre os enunciados, o texto só será coerente se entre
esses enunciados houver um conectivo explícito.
2.2 A coesão
A partir da coesão, é possível fazer as ligações entre os elementos do texto e, com isso,
percebemos a ação de um elemento sobre o outro, montando o sentido do texto como um todo,
fazendo as relações de sentido no interior o texto. Percebemos, assim, que a coesão tem grande
influência na coerência.
“A coesão ocorre quando a interpretação de algum elemento no discurso é dependente da de
outro e, um pressupõe o outro, no sentido de que não se pode ser efetivamente decodificado a
não ser por recurso ao outro” (p. 4). (KOCH, 2005, p. 16).
Segundo Koch (2005), o conceito de coesão textual diz respeito a todos os processos de
sequencialização que asseguram (ou tornam recuperável) uma ligação linguística significativa
entre os elementos que ocorrem na superfície textual, (pp. 18-19).
Koch (2005), afirma que:
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Elemento de referência é um item da língua que não constitui um significado semântico
sozinho, ele precisa remeter a outras palavras para constituir um valor no contexto em que é
usado.
Segundo Koch (2005), para esses autores há dois tipos de referência, são elas: “A exofórica e
a endofórica”; enquanto a primeira remete a algo externo ao texto, a segunda remete a algo
explicitado no texto (p. 21).
O segundo caso, referência endofórica, pode ocorrer de duas formas: anáfora ou catáfora A
anáfora ocorre quando a referência é feita a algo já explicitado no texto, ao passo que a
catáfora é o nome dado à referência feita a algo que ainda será apresentado no texto.
Já uma substituição ocorre quando o item ao qual se faz referência tem algum contraste com o
item referencial. Isso é, quando o item traz alguma informação nova ou diferente. Para que não
haja a repetição de uma palavra, ou até de uma frase, é usada a substituição.
A elipse ocorre quando a recuperação de um elemento pode ser facilmente processada pelo
contexto, tornando desnecessário um item responsável por essa referência.
As conjunções são utilizadas quando queremos valorar a ligação entre dois elementos de
um texto.
A conjunção “permite estabelecer relações significativas entre elementos ou orações do
texto”. (KOCH, 2005, p. 21).
Temos, por fim, a coesão lexical, que se utiliza de repetição, sinonímia, hiperonímia, nomes
genéricos e colocação para fazer a remissão a alguns elementos do texto.
Texto adaptado
Na coerência
O texto nos é difícl de entender por:
▪ falta da relevância discursiva o que resulta ser incoerente devido a oposição explícita
das ideias.
▪ não haver correlação entre o pensamento e a linguagem no texto;
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▪ contradições e falta de articulação das ideias.
Quanto a natureza gramatical há problema, só o sentido da afirmação carece de uma
coerência.
Na coesão
Vimos que o texto não é coeso porque:
▪ apresenta ideias desorganizadas;
▪ não mantém a sequência textual por meio de conectores.
▪ as ideias não tem a lógica.
3. Conclusão
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Importa-nos deixar um rescaldo nesta última tranche daquilo que discorreu ao longo do
trabalho e frisar que a coerência não está no texto, não nos é possível apontá-la, destacála,
sublinhá-la ou coisa que o valha, mas somos nós, leitores, em um efectivo processo de interação
com o autor e o texto, baseados nas pistas que nos são dadas e nos conhecimentos que
possuímos, que construímos a coerência.
Em geral, considerasse que a coesão resulta do encadeamento de proposições, da linearidade,
do texto, enquanto a coerência se apoia na coesão, mas também faz intervir normas gerais, não
lineares, ligadas em especial ao contexto e ao género do discurso. Neste ponto, a terminologia
é confusa; certos linguistas utilizam a noção de conexão, em vez do que acima, se chamou
coesão. Mas outros falam de conexão apenas para os laços que os conectores estabelecem entre
as frases.
Percebemos no decorrer no trabalho que cada elemento responsável pela coesão textual
funciona no interior do texto como um pequeno nó, que serve para “amarrar” duas ou mais
ideias. Existem, porém, diferentes tipos de “nós” textuais.” Por exemplo, na língua portuguesa,
os pronomes constituem a principal fonte desses “nós” linguísticos, ao substituírem
substantivos ou expressões.
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3.1 Referências bibliográficas
Giora, R. (1985). Notes towards a theory of text coherence. Poetics Today, 6:(4), p. 699-715
Koch, I. G. V. & Travaglia, L.C. (1995). Texto e coerência. 4.ed. – São Paulo: Cortez.
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