O documento discute o rato-toupeira-pelado, um mamífero que possui uma longevidade incomum e raramente desenvolve câncer. Pesquisas indicam que o ambiente interno do roedor, e não características celulares, impedem o desenvolvimento do câncer. Além disso, o rato-toupeira-pelado tem uma velocidade de mutação mais baixa que outros animais, o que reduz a probabilidade de desenvolver mutações cancerígenas. O estudo do roedor pode fornecer pistas para entender
O documento discute o rato-toupeira-pelado, um mamífero que possui uma longevidade incomum e raramente desenvolve câncer. Pesquisas indicam que o ambiente interno do roedor, e não características celulares, impedem o desenvolvimento do câncer. Além disso, o rato-toupeira-pelado tem uma velocidade de mutação mais baixa que outros animais, o que reduz a probabilidade de desenvolver mutações cancerígenas. O estudo do roedor pode fornecer pistas para entender
Título original
ESTUDO DIRIGIDO2 DO TERCEIRO ANO PRIMEIRO BIMESTRE
O documento discute o rato-toupeira-pelado, um mamífero que possui uma longevidade incomum e raramente desenvolve câncer. Pesquisas indicam que o ambiente interno do roedor, e não características celulares, impedem o desenvolvimento do câncer. Além disso, o rato-toupeira-pelado tem uma velocidade de mutação mais baixa que outros animais, o que reduz a probabilidade de desenvolver mutações cancerígenas. O estudo do roedor pode fornecer pistas para entender
O documento discute o rato-toupeira-pelado, um mamífero que possui uma longevidade incomum e raramente desenvolve câncer. Pesquisas indicam que o ambiente interno do roedor, e não características celulares, impedem o desenvolvimento do câncer. Além disso, o rato-toupeira-pelado tem uma velocidade de mutação mais baixa que outros animais, o que reduz a probabilidade de desenvolver mutações cancerígenas. O estudo do roedor pode fornecer pistas para entender
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ESTUDO DIRIGIDO2 DO TERCEIRO
ANO; PRIMEIRO BIMESTRE
O mamífero que não envelhece e pode
ser a chave para humanos vencerem o câncer
Não é segredo para ninguém que o rato-toupeira-pelado -
aquele roedor enrugado e quase sem pelos, com longos dentes salientes - não é o animal mais atraente do planeta. Mas essas criaturas compensam sua pouca beleza com uma série de características extraordinárias que vêm chamando a atenção de zoólogos e pesquisadores da medicina em todo o mundo. Apesar do seu pequeno tamanho (que varia de 7,6 a 33 cm), o rato- toupeira-pelado vive, em média, 30 anos. O roedor é resistente a doenças crônicas, incluindo diabetes, e tem um notável sistema reprodutor. Eles também beneficiam o meio ambiente, agindo como "engenheiros do ecossistema" e aumentando a biodiversidade do solo ao cavar as tocas onde fazem seus ninhos. Imunes às dores e ao envelhecimento, essas criaturas de aparência estranha vêm fascinando os cientistas há muito tempo. Agora, as pesquisas estão revelando que eles podem deter a chave para entender uma série de condições humanas, como o câncer e o envelhecimento. Historicamente, estudamos os ratos e camundongos para entender os segredos da biologia humana. Mas os cientistas acreditam que o rato-toupeira-pelado tem vantagens especiais para a pesquisa médica. O nome científico da espécie - Heterocephalus glaber - significa essencialmente "coisa careca com cabeça diferente". O rato-toupeira-pelado é nativo dos ambientes quentes e tropicais do nordeste da África. No seu ambiente natural, eles vivem em grandes colônias subterrâneas, formando um labirinto de túneis e câmaras que se estende por uma área correspondente a diversos campos de futebol. As rígidas condições onde vivem os ratos-toupeiras-pelados, com baixos níveis de oxigênio, podem ser uma indicação de algumas das características incomuns da sua espécie. A maior parte da vida aeróbica enfrentaria dificuldades para sobreviver nesses ambientes com pouco oxigênio, mas o rato- toupeira-pelado é o animal que tem a vida mais longa entre os roedores. Enquanto um camundongo de porte similar pode viver por dois anos, o rato-toupeira-pelado atinge 30 anos de vida ou mais. Se calcularmos em proporção ao tamanho dos seres humanos, aproximadamente, seria como se nós tivéssemos um primo enrugado capaz de viver até 450 anos. O rato-toupeira-pelado é encontrado nas áreas selvagens do Quênia, Etiópia e da Somália. Ele vive em colônias com cerca de 70 a 80 membros. Algumas chegam a abrigar até 300 indivíduos. São animais altamente sociais. Suas colônias são chefiadas por uma rainha e seguem uma hierarquia rígida. Seus membros desempenham diferentes funções. Existem, por exemplo, os que trazem as partes subterrâneas das plantas, como bulbos, raízes e tubérculos que eles comem, além de fezes. A biologia da espécie é incrivelmente única. Os ratos-toupeiras- pelados são considerados "extremófilos", ou seja, eles conseguem sobreviver em ambientes extremos embaixo da terra, segundo o pesquisador Ewan St. John Smith, que estuda o sistema nervoso sensorial na Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Uma das suas características mais marcantes é que é difícil dizer exatamente a idade de um rato-toupeira-pelado, pois seus sinais de declínio físico são limitados. Enquanto os seres humanos podem ficar cada vez mais enrugados, grisalhos ou suscetíveis a doenças crônicas, "os sinais comuns de envelhecimento esperados na maioria dos mamíferos realmente não parecem acontecer" nesses roedores, segundo Smith. Sua função cardíaca, composição do corpo, qualidade dos ossos ou metabolismo não sofrem mudanças significativas. Na Universidade de Cambridge, a equipe de Smith mantém cinco colônias, que abrigam cerca de 160 ratos-toupeiras-pelados em uma sala aquecida a cerca de 30 °C e umidade de 60%. "Mantenho meus animais em Cambridge há 10 anos e nunca tive um sequer que morresse simplesmente de causas naturais", afirma Smith. Ele conta que, em cativeiro, as brigas entre os roedores costumam ser a principal causa de morte. Seu estilo de vida subterrâneo pode aumentar suas chances de sobrevivência, protegendo as colônias contra o frio, a chuva e os extremos climáticos. No ambiente selvagem, a principal causa de morte são seus predadores, como as cobras. É um quadro muito diferente das causas comuns de morte em seres humanos. "Um em cada dois humanos provavelmente terá câncer", segundo Smith. "Os ratos e os camundongos têm probabilidade similar de desenvolver câncer, mas os ratos-toupeiras-pelados quase nunca têm a doença - é muito raro." O motivo por que o rato-toupeira-pelado escapa do câncer ainda é um mistério. Inúmeras hipóteses foram apresentadas ao longo dos anos e os cientistas lutam para fornecer uma explicação consistente. Uma teoria diz que os ratos-toupeiras-pelados têm uma forma particularmente eficaz de mecanismo anticâncer chamada senescência celular - uma adaptação evolutiva que evita que as células lesionadas se dividam fora de controle e desenvolvam câncer. Outra teoria sugere que esses roedores secretam um "superaçúcar" complexo que impede que as células se aglomerem e formem tumores. As pesquisas mais recentes concentram-se em condições próprias dos seus corpos que impedem a multiplicação das células cancerosas. Especialistas da Universidade de Cambridge indicam que interações com o microambiente interno do rato-toupeira- pelado - o complexo sistema de células e moléculas em volta de uma célula, incluindo o sistema imunológico - evitam a doença e não um mecanismo inerente resistente ao câncer. Em um experimento na Universidade de Cambridge, pesquisadores analisaram 79 linhagens celulares diferentes, cultivadas em tecidos do intestino, rim, pâncreas, pulmão e pele de 11 ratos-toupeiras- pelados individuais. Os pesquisadores infectaram as células com vírus modificados para introduzir genes causadores do câncer. Para sua surpresa, as células dos ratos-toupeiras-pelados infectados começaram a multiplicar-se rapidamente. Isso confirmou que é o ambiente do corpo do roedor que evita o desenvolvimento do câncer e não uma característica em nível celular. A questão pode ainda estar sem resposta, mas o que sabemos é que "o câncer é fundamentalmente o resultado de uma mutação, que causa a proliferação das células de forma descontrolada", afirma Smith. "Em comparação com outras espécies, o rato- toupeira-pelado tem velocidade de mutação muito baixa." Animais com períodos de vida mais curtos tipicamente têm velocidades de mutação mais altas. Mas, inesperadamente, as velocidades de mutação dos ratos-toupeiras-pelados são similares às dos mamíferos de vida mais longa, como as girafas. E velocidade de mutação mais baixa significa que o animal é menos propenso a desenvolver mutações e câncer em um dado período de tempo. Mas a característica mais estranha do rato-toupeira-pelado talvez seja sua insensibilidade à dor. "Provavelmente, é o resultado de uma adaptação evolutiva ao [seu] ambiente com alto nível de dióxido de carbono", explica Smith. O ar que esses roedores respiram é mais rico em CO2 que o ar da atmosfera. Se esse ar exalado ficar preso em túneis subterrâneos, o teor de CO2 se acumula. Para a maioria dos mamíferos, este seria um problema. "O dióxido de carbono reage com água para formar um ácido, chamado ácido carbônico, que pode ativar os nervos para causar dor", afirma o pesquisador. Em muitas doenças inflamatórias, como a artrite reumatoide, as áreas de inchaço dos tecidos, muitas vezes, podem ficar ácidas e causar dor. Mas "o rato-toupeira-pelado não sente o ácido como algo doloroso, não da forma que o suco de limão ou vinagre espalhado sobre cortes da pele causa dor", explica Smith. Ele estudou a base molecular para essa tolerância e identificou um gene que faz com que o ácido aja como anestésico, em vez de ativador dos nervos sensoriais do rato-toupeira-pelado.
1- Segundo o texto :O mamífero que
não envelhece e pode ser a chave para humanos vencerem o câncer é incorreto afirmar: a- O caso do rato-toupeira-pelado é um bom exemplo de como a biodiversidade pode ser esconde vários mistérios científicos úteis para a humanidade. b- O motivo por que o rato-toupeira-pelado escapa do câncer parece estar relacionada ao ambiente do corpo do roedor. c- O rato-toupeira-pelado possui alta longevidade. d- O rato-toupeira-pelado possui característica em suas células que impedem o aparecimento de mutações. e- O rato-toupeira-pelado possui velocidade de mutação mais baixa que outros animais.
As amostras do asteroide Ryugu, coletadas pela missão
Hayabusa-2, contêm compostos orgânicos nitrogenados — entre eles, está a uracila, uma base nitrogenada que faz parte do ácido ribonucleico (RNA). A descoberta foi feita por uma equipe internacional de cientistas liderados por Yasuhiro Oba, professor da Universidade de Hokkaido, no Japão. Vida extraterrestre: conheça iniciativas que buscam sinais de vida fora da Terra Asteroide Ryugu tem os materiais mais primitivos já estudados no Sistema Solar A descoberta representa mais uma evidência de que os compostos que são como "blocos construtores" da vida se formam no espaço, e que podem ter vindo à Terra "de carona" com meteoritos. "Os cientistas já encontraram bases nitrogenadas e vitaminas em alguns meteoritos ricos em carbono, mas sempre houve a possibilidade de contaminação pela exposição ao ambiente da Terra", disse Oba.
Essa possibilidade pode ser descartada no caso das
amostras do asteroide Ryugu, coletadas pela sonda Hayabusa-2 em 2019. O material chegou à Terra em 2020 e, como foi coletado diretamente do asteroide e armazenado em cápsulas seladas para o envio ao nosso planeta, não houve contaminação das amostras.
Para o estudo, os pesquisadores mergulharam as
partículas do asteroide em água quente. Depois, análises do material com diferentes técnicas revelaram a presença da uracila e niacina, um composto conhecido como vitamina B3 e que tem grande importância para o metabolismo dos organismos dos seres vivos. Segundo os autores, a uracila ocorria em menor quantidade, e a vitamina B3 era mais abundante. Eles encontraram também alguns aminoácidos, aminas e ácidos carboxílicos, presentes em proteínas e metabolismo, respectivamente. Para os autores, a diferença de concentração nas duas amostras, coletadas de diferentes lugares do asteroide, podem ser resultado da exposição às condições do espaço. Além disso, eles propõem que os compostos com nitrogênio foram formados a partir de moléculas mais simples, como a amônia, que já se sabe que estão presentes no gelo dos cometas, apesar de não estarem nas amostras. Assim, o Ryugu pode ter surgido como um cometa ou algum outro objeto que esteve em ambientes de baixa temperatura
Vale lembrar que as análises das amostras do Ryugu são
apenas o início, e que ainda há muito a se descobrir sobre como as bases nitrogenadas surgiram no passado da Terra — e as análises das amostras do asteroide Bennu, coletadas pela missão OSIRIS-REx, podem ajudar a desvendar este mistério. "Um estudo comparativo da composição destes asteroides vai trazer novos dados para apoiar estas teorias", disse Oba. O material do Bennu deve chegar neste ano.
2- Segundo o texto: Amostras
do asteroide Ryugu contêm base nitrogenada do RNA é incorreto afirmar: a- As amostras do asteroide Ryugu favorecem a hipótese da Panspermia. b- As amostras do asteroide Ryugu refuta a hipótese para origem da vida mais aceita atualmente. c- As amostras do asteroide Ryugu elucidou completamente os mecanismos da vida no universo. d- Uracila é uma base nitrogenada presente no RNA.
3- Faça uma resenha argumentativa de 10 linhas
do texto a seguir:
Ao longo da história do ser humano
um dos maiores e constantes questionamentos é “De onde nós viemos?”. Esta pergunta nunca respondida gerou muitas intrigas, mortes, raciocínios diversos e Teorias Científicas e Versões Religiosas que tentam explicar a origem da vida na Terra (e mesmo no Universo). Na disputa entre as teorias para a Origem da Vida quem se destacou no campo da Ciência foi Charles Darwin e seus seguidores com a Teoria da Evolução das Espécies. Há quem discorde de Darwin e que ‘jure’ até hoje que ‘o homem não veio do macaco’. Mas, o fato é que a ciência mudou desde as observações e anotações de Darwin na viagem que fez no veleiro Beagle. Pensamentos e estudos continuam sendo realizados e muito discutidos a fim de suprir a curiosidade humana. Inicialmente, as idéias que guiam as teorias sobre origem da vida eram fundamentalmente filosóficas e religiosas. Com o desenvolvimento das ciências (física, química, biologia), o pensamento científico acabou ocupando uma grande porção na fundamentação dessas hipóteses e teorias. A seguir serão abordadas teorias e hipóteses importantes para a compreensão desse assunto. Teoria Criacionista – Versão Religiosa O Criacionismo é uma corrente que afirma todos os seres vivos terem sido criados individualmente por uma entidade divina (Adão e Eva). Pelo Criacionismo, Deus fez o homem, como reportado na Bíblia. Segundo esse pensamento, todos os seres vivos são imutáveis e são iguais desde o momento de sua criação (antievolucionista). Essa é a primeira ideia sobre origem da vida, aceita até hoje por milhares de fiéis. Perceba na imagem como na origem os embriões são muito semelhantes. A diferenciação ocorre ao longo do processo. Clique na imagem para ver uma aula completa. Teoria Cosmogênica (Panspermia Cósmica) • Essa teoria sugere que os seres vivos tenham surgido não na Terra, mas em outros planetas. • Formas de resistência dos seres, como esporos, chegaram a Terra através de meteoritos. • Essa teoria não é muito esclarecedora porque não explica como a vida surgiu nesse outro planeta. Teorias da Abiogênese • Chamada também de Geração Espontânea, ela afirma que ser vivo pode surgir de matéria bruta (não viva). • Filósofos, como Demócrito e Aristóteles, acreditavam que rãs e crocodilos brotam do lodo dos pântanos, e vermes e moscas brotavam do lixo. • Aristóteles afirmava que havia um princípio ativo, ou força vital, que permitia à matéria bruta gerar vida, espontaneamente. • Baptista von Helmont, no século XIX, prescreveu receita para produzir camundongos envolvendo camisa suja com suor e trigo em um canto calmo e escuro por 21 dias. Teorias da Evolução Química dos Sistemas • A teoria sugere que, ao longo do tempo, foram ocorrendo associações de moléculas, formando substâncias cada vez mais complexas. O agrupamento seria tão complexo ao ponto de formar a vida. • Características da Terra primitiva: atmosfera com vapor de água, amônia (NH3), hidrogênio (H2) e metano (CH4); descargas elétricas (raios); muita radiação solar (ausência de ozônio) e grande atividade vulcânica. • Oparin e Haldene, em 1936, levando em conta as condições da Terra primitiva, formularam uma hipótese. Ao longo de milhões de anos, nos oceanos primitivos, inúmeras reações entre moléculas da Terra primitiva teriam formado compostos orgânicos, como proteínas, lipídios e ácidos nucléicos. Proteínas em rochas muito quentes, ao irem para água, agregavam-se, formando coloides. Coloides na água formariam coacervados, que são pré-células, e não seres vivos. Esses coacervados englobariam ácidos nucléicos, lipídios e, futuramente, formariam células complexas. • Stanley Miller, em 1953, montou um aparelho onde simulava a atmosfera primitiva, com vapor de água, amônia, hidrogênio e metano. Além disso, aplicava descargas elétricas para simular raios de tempestades e aquecia constantemente, tentando reproduzir as condições da Terra primitiva. Depois de algumas horas foi possível observar a presença de aminoácidos. Em 1959, Sindney Fox reproduziu o experimento e, aquecendo por um longo tempo, percebeu a formação de coacervados.