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Alimentos - Filhos para Mãe

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __

VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARACATI/CE

RAIMUNDA PEREIRA AMARANTE, brasileira, casada, agricultora, portadora da Cédula de


Identidade nº 2008450141-8 SSP/CE, CPF nº 806.491.493-00, residente e domiciliada na Rua Rosa Maria, nº
352, Centro, Fortim/CE, CEP: 62.815-000, representada por sua filha a Sra. Maria Ione Pereira
Amarante, brasileira, casada, do lar, portadora da Cédula de Identidade n° 2006010096140 SSP/CE, e CPF
n° 907.245.263-15, residente e domiciliada na Rua Judite Rodrigues, n° 488, centro, Fortim/Ce, CEP :
62.815-000 sob o patrocínio da Defensoria Pública do Estado do Ceará, por um de seus membros
infrafirmados, constituído na forma do art. 128, XI, da Lei Complementar Federal n o 80/94, prescindindo da
apresentação de procuração, devendo ser intimado pessoalmente, conforme os arts. 185 e 186 do CPC, vem
perante Vossa Excelência ajuizar a presente

AÇÃO DE ALIMENTOS

em face de TATIANA PEREIRA AMARANTE, brasileira, convivente, autônoma, com


endereço residencial na Rua Rosa Maria do Vale, Centro, Viçosa, Fortim/CE, CEP: 62.815-000;
FERNANDO JOSÉ AMARANTE FILHO, brasileiro, casado, autônomo, com endereço residencial na
Rua Rosa Maria do Vale, n° 320, Centro, Viçosa, Fortim/CE, CEP: 62.815-000, TEL: 88 9.9618-8998;
CLEIDIMAR AMARANTE SCIPIÃO, brasileira, casada, do lar, com endereço residencial na Rua
Francisco Nogueira, n° 640, Centro, Fortim/CE, CEP: 62.815-000; MARIA DAS GRAÇAS PEREIRA
AMARANTE, brasileira, convivente, comerciante, com endereço residencial em Guajiru, Fortim/CE, CEP:
62.815-000 ; MARIA DE FÁTIMA PEREIRA AMARANTE, brasileira, convivente, do lar, com
endereço residencial em Sitio Oitizeiro, Fortim/CE, CEP: 62.815-000, de acordo com os fatos e
fundamentos a seguir expostos.

I – CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES:
A) DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA E DAS PRERROGATIVAS DA DEFENSORIA PÚBLICA:
Inicialmente, requer os benefícios da justiça gratuita por ser pobre na forma da lei, não podendo
arcar com custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e do de sua família,
o que faz com fundamento na Lei 1.060/50 e no art. 5o, inciso LXXIV, da Constituição Federal.
Relate-se ainda de oportuno, que a Lei nº 13.105/2015 (Novo Código de Processo Civil), passou
a regulamentar a gratuidade da justiça a partir do Art. 98, em que se reconhece uma presunção relativa de
necessidade às pessoas naturais.

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Por oportuno, válido esclarecer que, por se tratar a requerente de parte assistida judicialmente
pela Defensoria Pública Geral do Estado, possuem as prerrogativas do prazo em dobro e da intimação
pessoal da Defensora Pública afeta a esta Vara, consoante inteligência do art. 5º, caput, da Lei Complementar
Estadual nº 06, de 28 de maio de 1997.
O parágrafo único do supramencionado dispositivo legal, completa o mandamento acima
esposado, ao dispor que “A Defensoria Pública por seus Defensores, representará as partes em juízo e no
exercício das funções institucionais independentemente de procuração, praticando todos os atos do
procedimento e do processo, inclusive os recursais, ressalvados os casos para os quais a lei exija poderes
especiais”. (grifos e aditados nossos).
O Pergaminho Processual Civil (Lei nº 13.105/2015), passou a vislumbrar expressamente a
Defensoria Pública, reforçando suas prerrogativas no Art. 186, tais como prazo em dobro para todas as suas
manifestações, intimação pessoal do Defensor Público, e a intimação pessoal da parte patrocinada quando o
ato processual depender de providência ou informação que somente por ela possa ser realizada ou prestada.

B) DA QUALIFICAÇÃO DA PARTE CONTRÁRIA (Informação do CPF/CNPJ)


Considerando que a Parte Autora não dispõe de todas as informações acerca da parte adversa,
requer, com fundamento no art. 319, §1º do Codex Processual, seja oficiado aos órgãos competentes (INSS,
Receita Federal, INFOSEG, INFOJUD ou SIEL), para que informe o número do CPF ou CNPJ da parte
contrária.

II - DOS FATOS:
A alimentaria demandante nasceu em 07 de setembro de 1947, contando, atualmente com, 75
(setenta e cinco) anos de idade, tendo contraído nupcias com Fernando José Amarante, conforme de
documentos em anexo.
A autora possui seis filhos, cinco dos quais demandados na presente ação, e a sexta é a Sra.
Maria Ione que a está representando. Vale frisar que a promovente não é interditada judicialmente, contudo,
quem exerce com predominância os seus cuidados é a sua filha Maria Ione.
A alimentanda em sua senectude foi acometida de uma plêiade de doenças, as quais demandam
acompanhamento médico, afora ser dependente de uma gama de remédios muitos dos quais lhe são
inacessíveis, frente seus risórios ganhos, cifrados na casa do salário mínimo.
Obtempere-se, que a autora carece com premência de ajuda financeira de seus filhos ( aqui
demandados ), considerando que o pecúlio previdenciário auferido, é manifestamente insuficiente e
notoriamente insignificante, para aquisição dos remédios que faz uso diário, pagamento de honorários
médicos, compra de alimentação específica, de sorte que é portadora de diabete, hipertensão, ansiedade
generalizada e depressão.

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Baldadas as vias suasórias no sentido de obter o socorro espontâneo dos requeridos, serve-se da
presente ação, onde anela fixação pelo juízo de verba alimentar, em quantum suficiente e condizente para
atendimentos de sua plúrimas e variegadas necessidades de pessoa idosa, enferma e doente, amargando no
ocaso da vidam já velha e exangue, a derrelição de seus próprios filhos.
Explicite-se, que a Carta Magna de 1998, tornou cogente a obrigatoriedade dos filhos em
auxiliar sua genitora (mãe), na velhice, carência e enfermidade. Efetivamente, prescreve o artigo 229 da Lei
Fundamental : “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o
dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência e enfermidade”
Isto posto, com sede e ancoradouro no artigo 4° et alii, da Lei n° 5.478 de 25/07/68, artigos
1.694 e 1.696 do Código Civil, artigo 229 da Constituição Federal, oferece para a seleta e dilúcida
consideração de Vossa Excelência, os seguintes REQUERIMENTOS :

DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS:


Sobre os alimentos provisórios, dispõe a Lei nº 5.478/68:
“Art. 2º. O credor, pessoalmente, ou por intermédio de advogado, dirigir-se-á
ao juiz competente, qualificando-se, e exporá suas necessidades, provando,
apenas, o parentesco ou a obrigação de alimentar do devedor, indicando seu
nome e sobrenome, residência ou local de trabalho, profissão e naturalidade,
quanto ganha aproximadamente ou os recursos de que dispõe.
Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a
serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles
não necessita”.
Para a concessão de alimentos provisórios, mister a simples prova do parentesco.
Desta forma, requer que sejam determinados os alimentos provisórios em um salário-mínimo,
sob forma mensal, a ser dividido igualmente entre todos os alimentantes, efetuando o pagamento sempre até
o quinto dia útil de cada mês subsequentes ao vencido, diretamente a requerente, a qual firmará recibo
bastante.

DOS PEDIDOS:
Face ao exposto, requer a Vossa Excelência:
a) A concessão dos benefícios da gratuidade da Justiça em sua integralidade, consoante preconizam os
artigos 98 e 99 do Código de Processo Civil;
c) Sejam arbitrados os alimentos provisórios em um salário-mínimo vigente, dividido igualmente para
cada alimentante, sob forma mensal, efetuando o pagamento sempre até o quinto dia útil de cada mês
subsequentes ao vencido, diretamente a requerente, a qual firmará recibo bastante.

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d) A citação dos requeridos, para comparecer à audiência de conciliação/mediação (cf. artigo 695, §1º do
CPC/1) e apresentação de contestação no prazo de 15 dias subsequentes à sua realização OU protocolo do
pedido de cancelamento pelo(a) promovido(a) (cf. artigo 335, incisos I e II do CPC/15 2) e a intimação dos
Requeridos para todos os atos processuais, objetivando a realização dos seus direitos de defesa e
comprovação dos fatos, para proteção do melhor interesse da criança, sob pena de nulidade, consoante art.
186,§2º, do Código de Processo Civil;
e) A intimação do Representante do Ministério Público para acompanhar o feito em todos os seus termos
(Art. 178, inciso II CPC);
f) Sejam julgados procedentes os pedidos, para determinar em caráter definitivo a prestação alimentícia em
valor não inferior aos requeridos a título de alimentos provisórios, vale dizer, em um salário-mínimo
vigente, dividido igualmente para cada alimentante, sob forma mensal, efetuando o pagamento sempre
até o quinto dia útil de cada mês subsequentes ao vencido, diretamente a requerente, a qual firmará
recibo bastante.
g) A condenação dos(as) Requeridos(as) nas custas processuais e nos honorários advocatícios de
sucumbência, artigo 85, parágrafo 2o, do CPC, sendo que estes deverão ser depositados no Fundo de Apoio e
Aparelhamento da Defensoria Pública do Estado do Ceará – FAADEP (Caixa – Agência 0919 - Conta
Corrente nº 702.833-0).
Dando-se à causa o valor de R$ 9.374,40 (nove mil trezentos e setenta e quatro reais e
quarenta centavos)
Nestes termos,
Pede deferimento.
Aracati-CE, 03 de março 2023
RODRIGO AUGUSTO COSTA DE OLIVEIRA SANTOS
Defensor Público

1
CPC/15. Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela provisória, o juiz ordenará a
citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação, observado o disposto no art. 694.
2
CPC/15. Art. 335.  O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: I - da
audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver
autocomposição; II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a
hipótese do art. 334, § 4o, inciso I;

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