Protocolo de Assistencia Obstetrica Rede Cegonha-Crm-Pb
Protocolo de Assistencia Obstetrica Rede Cegonha-Crm-Pb
Protocolo de Assistencia Obstetrica Rede Cegonha-Crm-Pb
COLABORADORES
Edição:
Caroline Wanderley Espinola
Guilherme Wanderley Espinola
Ilustração da capa
FLÁVIO TAVARES (Artista Plástico)
ISBN 978-65-5608-081-9
EDITORA
www.ideiaeditora.com.br
contato@ideiaeditora.com.br
PREFÁCIO ................................................................................. 7
APRESENTAÇÃO ....................................................................... 9
INTRODUÇÃO ......................................................................... 11
ABORTAMENTO ...................................................................... 13
ALTA HOSPITALAR SEGURA ................................................... 26
AMNIORREXE PREMATURA E CORIOAMNIONITE .................... 34
ASSISTÊNCIA AO PARTO CESARIANO...................................... 45
ASSISTÊNCIA AO PARTO DE RISCO HABITUAL ........................ 59
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL ....................................... 81
CARDIOPATIAS E GESTAÇÃO ................................................ 102
CEFALEIA PÓS-PUNÇÃO DURAL (CEFALEIA PÓS-
RAQUIANESTESIA) ............................................................... 117
DIABETES E GESTAÇÃO ........................................................ 120
DISTÚRBIOS DO LÍQUIDO AMNIÓTICO .................................. 133
DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL (DHPN) ........................... 140
DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL (DTG) .................... 151
EPILEPSIA E GESTAÇÃO ........................................................ 160
GESTAÇÃO E HIV - MANEJO OBSTÉTRICO E VIAS DE PARTO . 166
GESTAÇÃO ECTÓPICA ........................................................... 174
GESTAÇÃO GEMELAR ............................................................ 183
GESTAÇÃO PÓS-TERMO ........................................................ 198
HEMORRAGIA PÓS-PARTO.................................................... 203
PREFÁCIO
APRESENTAÇÃO
As autoras
INTRODUÇÃO
ABORTAMENTO
1. INTRODUÇÃO
2. FORMAS CLÍNICAS
➢ CONDUTA
➢ CONDUTA
• Internação da paciente
• Solicitação de classificação sanguínea e fator Rh / VDRL. As
pacientes Rh negativo e Coombs indireto negativo devem ser
medicadas com Imunoglobulina anti-Rh para prevenção de
possível aloimunização.
• Hemograma para monitorar anemia e rastrear a infecção
• Acesso venoso, com correção da volemia, se necessário
• Sinais vitais devem ser verificados a cada seis horas: tempera-
tura axilar, frequência cardíaca e pressão arterial.
➢ CONDUTA
• Orientar a paciente
• Prescrever sintomáticos
• Monitorar hemorragia
• Solicitar classificação sanguínea e fator Rh / VDRL
➢ CONDUTA
• Hidratação venosa
• Avaliar necessidade de hemotransfusão
• Solicitar exames laboratoriais como classificação sanguínea,
hemograma, VDRL, nos casos complicados (sepse) solicitar
função hepática, renal, hemocultura, gasometria, lactato, ul-
trassonografia transvaginal e abdome total.
• A antibioticoterapia recomendada é:
✓ Sem sepse
Clindamicina 600mg + SF 0,9% 100ml EV 6/6h +
Gentamicina 240mg + SF 0,9% 100ml EV / dia
✓ Com sepse
Ampicilina 01g EV 6/6h +
Clindamicina 600mg + SF 0,9% 100ml EV 6/6h +
Gentamicina 240mg + SF 0,9% 100ml EV / dia (7 a 10 dias).
Nos casos sem sepse, suspender ATB 48h após ausência de evidência
clínico-laboratorial de infecção. Nos casos com sepse, a duração típica do
tratamento é de 7 a 10 dias. Alta hospitalar após suspensão do ATB.
Solicitar parecer da CCIH sempre que desejável e em casos de não
haver melhora em 48 a 72 horas.
➢ CONDUTA
• Expectante
A conduta expectante pode ser uma opção nessas pacientes uma vez
que nas três semanas que seguem ao decesso do ovo, a grande maioria
evolui em trabalho de abortamento com expulsão do produto da con-
cepção. O coagulograma se impõe quando a retenção é maior que 4 sema-
nas. Solicitar classificação sanguínea / VDRL.
• Esvaziamento uterino
3. ASPECTOS ÉTICOS
3.1 CONSENTIMENTO
3.2 SIGILO
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ACOG Practice Bulletin No. 200 Summary: Early Pregnancy Loss, Obstetrics &
Gynecology: November 2018 - Volume 132 - Issue 5 - p 1311-1313.
Brasil. Ministério da Saúde. A declaração de óbito: documento necessário e im-
portante / Ministério da Saúde, Conselho Federal de Medicina, Centro Brasileiro
de Classificação de Doenças. – 3. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009.38 p. –
(Série A. Normas e Manuais Técnicos).
Brasil. Ministério da Saúde. Atenção humanizada ao abortamento: norma técnica
/ Ministério da saúde, Secretaria de atenção à saúde, Área técnica de saúde da
mulher. – 2. ed. – Brasília: Ministério da saúde, 2011. 60 p. – (Série a. Normas e
manuais técnicos) (Série direitos sexuais e direitos reprodutivos); Caderno nº 4.
Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo para Utilização de Misoprostol em Obste-
trícia, Área técnica da Saúde da Mulher, 2012. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_utilizacao_misopros-
tol_obstetricia.pdf acesso em 16/12/2019.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Ações Pragmáticas Estratégicas. Aspectos jurídicos do atendimento às vítimas de
violência sexual: perguntas e respostas para profissionais de saúde / Ministério
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Pragmáticas Es-
tratégicas. – 2. ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2011.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Análise de Situação de Saúde. Manual de Instruções para o preenchimento da De-
claração de Óbito / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, De-
partamento de Análise de Situação de Saúde. –Brasília: Ministério da Saúde,
2011.54p.: il. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
Doubilet PM, Benson CB, Bourne T, Blaivas M. Diagnostic Criteria for Nonviable
Pregnancy Early in the First Trimester. New England Journal of Medicine.
2013;369(15):1443-51.
1. INTRODUÇÃO
2. FINALIDADE
4. DESCRIÇÃO DA ALTA
• Após 48h (no caso de parto normal, com risco habitual, pode ser
dada alta após 24 ou 36h) com prescrição de analgésico por via
oral, antiflatulento e sulfato ferroso.
• Checar a administração da imunoglobulina Anti-Rh nas pacientes
Rh negativas.
• Dieta, de acordo com as condições clínicas necessárias.
• Orientação para retirada de pontos não absorvíveis com 7 a 10
dias.
5. PONTOS IMPORTANTES
ANEXO 01
Checklist de Alta
ESTADO CLÍNICO S N
Reversão / melhora dos fatores de motivaram a in-
ternação?
Condição obstétrica adequada para alta?
O local do cuidado pós-alta foi orientado?
(USF, pré-natal de alto risco, ambulatório de egres-
sos)
As consultas especializadas “pós-alta” estão agen-
dadas?
EXAMES COMPLEMENTARES
Confirmada a tipagem sanguínea e VDRL?
Administrada a Imunoglobulina nas pacientes Rh
negativas?
Recebeu informação sobre exames alterados?
Os exames da paciente lhe foram entregues?
Orientado em relação a exames/ pareceres penden-
tes e como proceder?
Há exames a serem realizados após a alta?
ANEXO 02
Modelo de resumo de Alta (adaptável às maternidades e às condições
clínicas)
REFERÊNCIAS
AMNIORREXE PREMATURA
E CORIOAMNIONITE
1. INTRODUÇÃO
2. DIAGNÓSTICO
3. CONDUTA OBSTÉTRICA
A. Menos de 23 semanas
B. Entre 23 e 36 semanas
• Na admissão
• Durante a internação
➔ Corticoterapia
o Betametasona 12mg IM a cada 24h por dois dias; ou
o Dexametasona 6mg IM de 12/12h por dois dias.
Contraindicações: evidências de infecção e/ou parto iminente, hipersen-
sibilidade à droga.
➔ TOCÓLISE
O uso de tocolíticos é recomendado na ausência de infecção e no perí-
odo compreendido entre a 23ª e a 34ª semana de gestação.
Quando indicada, a inibição do trabalho de parto deverá ser criteriosa
e não deverá se prolongar por mais de 48 horas, tempo necessário para
completar a corticoterapia, neuroproteção com MgSO4 e/ou transporte
para centro de assistência terciária.
Destaca-se que a neuroproteção é recomendada até 32 semanas (vide
capítulo de trabalho de parto prematuro).
C. > 36 semanas:
• A partir de 36 semanas a interrupção da gestação está indicada,
entretanto admite-se a espera de 24h para que se desencadeie o
o Na admissão:
Esquema de escolha:
4. FLUXOGRAMA
CORIOAMNIONITE
1. INTRODUÇÃO
2. DIAGNÓSTICO
▪ CRITÉRIOS MAIORES
▪ CRITÉRIOS MENORES
• Taquicardia materna persistente
(>100bpm/fora do período febril)
• Taquicardia fetal persistente (>160bpm/
fora do período febril)
• Útero doloroso a palpação
• Líquido amniótico fétido ou aquecido
• Leucocitose (>15.000 a 20.000 ou desvio a
esquerda)
Para o diagnóstico:
• 1 Critério maior + 1 critério menor
• 3 ou mais critérios menores
3. CONDUTA
Os esquemas são:
• Ampicilina 2g IV 6/6h +
• Gentamicina 240mg 1x/dia +
• Metronidazol 500mg OU Clindamicina 600mg IV 6/6h
REFERÊNCIAS
1. INRODUÇÃO
2. INDICAÇÕES
Consolidadas Relativas
Desproporção céfalo-pélvica Feto não-reativo (depende do es-
tágio do trabalho de parto).
fetal segmentar
2 ou mais cesarianas prévias
Morte materna com feto vivo (ce- Macrossomia fetal em gestante di-
sárea post mortem). abética
Falha imediata da ressuscitação na Psicopatias
parada cardiorrespiratória ma-
terna
Vasa prévia Malformações congênitas
Ruptura uterina Cardiotocografia categoria III
Apresentação pélvica (eletiva) Diástole zero ou reversa na artéria
umbilical; Alteração no ducto ve-
noso
Gemelar com o primeiro feto não Vaginismo
cefálico
3. CONTRA-INDICAÇÕES
4. TÉCNICA HABITUAL
4.1. Anestesia
➢ Incisão na pele:
• Transversa: Pfannenstiel (preferencial), Joel-Cohen (transversa e
reta), Maylard e Cherney.
• Mediana: vertical
•
6. PRÉ-OPERATÓRIO
• Jejum: 2 horas sem ingerir líquidos claros, 6 horas sem ingerir dieta leve
e 8 horas sem ingerir refeições regulares, salvo nas emergências obs-
tétricas!
• Banho de aspersão (chuveiro) pré-operatório antes da cirurgia.
7. INTRA-OPERATÓRIO
8. INTERCORRÊNCIAS INTRAOPERATÓRIAS
• Hemorragia (perda maior que 1.000ml associada a sintomas de hi-
povolemia)
• Prolongamento da histerotomia (lesão dos grandes pedículos vas-
culares)
• Aderências
• Lesão visceral (bexiga, intestino, ureter)
• Atonia uterina
• Acretismo placentário
• Extração fetal difícil
9. OPERAÇÕES COMPLEMENTARES
10. PÓS-OPERATÓRIO
- Dieta zero nas primeiras 6h. Após, dieta líquida, seguida de branda.
- Hidratação: Cristalóides 2000 ml EV em 12 horas (50 gts/min). Hidrata-
ção venosa deve ser proporcional às perdas.
- Acesso venoso hidrolisado nas primeiras 24h.
- Ocitocina 5UI em soros alternados.
- Misoprostol via retal, 600 mcg para pacientes de alto risco pra HPP (Ge-
melar, macrossômico, polidramnio, hipotonia uterina).
- Dipirona 1g EV + AD de 6/6h.
- Cetoprofeno (50mg/mL) 100mg (1 amp) + SF 0,9% 100ml EV 12/12h; OU
- Tenoxicam 20mg (1amp) EV 12/12h.
- Bromoprida (5mg/mL) 10 mg (1 amp) + AD EV; OU
- Ondansetrona (2mg/mL) 4mg (1 amp) + SF 0,9% 100ml; OU
- Metoclopramida (5mg/mL) 10mg (1 amp) em caso de vômito.
- Tramadol (50mg/mL) 100mg (1 amp) + SF 0.9% 100ml EV até de 12/12h
em caso de dor intensa ou pacientes alérgicas a dipirona e AINH.
- Sonda de Foley (número 12 ou 14) aberta por 8 horas (a manutenção da
sonda por mais tempo deverá ser prescrita em prontuário, se for neces-
sária).
- Deambulação precoce.
- Enoxaparina 40mg SC (vide indicações no capítulo de profilaxia de
Complicações pós-operatórias:
• Atonia uterina
• Formação de hematomas
• Infecção: ferida operatória, endometrite, ITU
• Formação de fístulas
• Pneumonia
• Atelectasia
• Trombose venosa profunda (TVP) ou tromboembolismo pulmonar
(TEP)
• Coagulopatia
• Apendicite aguda
• Síndrome de Ogilvie: caracterizada por um conjunto de sinais e
sintomas de obstrução do cólon sem uma causa mecânica identifi-
cável.
11. HISTERECTOMIA-CESÁREA
REFERÊNCIAS
Braga GC, Ferriolli E, Quintana SM, Ferriani RA, Pfrimer K, Vieira CS. Immediate
postpartum initiation of etonogestrel-releasing implant: A randomized con-
trolled trial on breastfeeding impact. Contraception. 2015 Dec;92(6):536-42.
Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Gestação de alto risco:
manual técnico. 5. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 302 p. (Série A. Normas
e Manuais Técnicos). Disponível em: <http://bvsms. saude.gov.br/bvs/publica-
coes/gestacao_alto_risco.pdf>.
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção e Critérios
Diagnósticos de Infecções Puerperais em Parto Vaginal e Cirurgia Cesari-
ana/Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2017.
Brasil. Ministério da Saúde. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias
no SUS (CONITEC). Diretrizes de Atenção à Gestante: a operação cesariana. Brasí-
lia: Ministério da Saúde, 2016.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticos de Saúde. Área Técnica de Sa-
úde da Mulher. 2001. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher.
Brasília: Ministério da Saúde. Disponível em: <http:
//bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_13.pdf>.
Freitas F, Costa SHM, Ramos JGL, Magalhães JA. Rotinas em obstetrícia. In: Maga-
lhães, J.A. et. al. Cesariana. 5 ed. PortoAlegre: Artmed, 2006. Cap.23, p. 288-294.
Godinho JVVG, Andrade TS, Pereira GA, Silva TRF, Lopes FC, Oliveira AL, Ramos
PS, Cândido EB, Silva Filho AL; Cesariana Perimortem Perimortem caesarean; FE-
MINA | janeiro/jevereiro 2014 | vol 42 | nº 1.
Montenegro CAB, Rezende Filho J. Obstetrícia. In: Montenegro, C.A.B.; Pereira,
M.N.; Rezende Filho, J. Operação cesariana. 11. ed. Rio de Janeiro: Nacional, 2011.
Cap. 97, p. 944-995.
National Institute for Health and Care Excellence (NICE). Caesarean section Clini-
cal guideline. Published: 23 November 2011 Last updated 4 September 2019. Dis-
ponível em: www.nice.org.uk/guidance/cg132.
ASSISTÊNCIA AO PARTO
DE RISCO HABITUAL
1. INTRODUÇÃO
4. ADMISSÃO
Figura 1. Posições maternas no trabalho de parto e parto (Fonte: Parto e Nascimento; Di-
retrizes para o cuidado multidisciplinar, 2015).
OBS.: Para a OMS, mesmo que as evidências atuais não mostrem be-
nefícios significativos com o uso do partograma, em locais com poucos
18) Alívio da dor no parto: Toda mulher deve se sentir livre para es-
colher a técnica de alívio da dor que pode ajudá-la durante o parto.
Desta forma, tanto métodos farmacológicos quanto não farmaco-
lógicos devem ser disponibilizados pelo serviço.
➢ Analgesia de parto
- Hemorragia;
- A placenta não dequitou 1 hora após o parto.
6. RECOMENDAÇÕES GERAIS
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
Condições maternas:
Hipertensão
Síndrome antifosfolípide
Hipertireoidismo
Hemoglobinopatia
Hipertensão gestacional
Pré-eclâmpsia
Oligodrâmnio
Isoimunização
Métodos clínicos
Métodos biofísicos
• Cardiotocografia anteparto de repouso (CTG basal).
• Perfil biofísico fetal (PBF).
Método hemodinâmico
• Dopplervelocimetria.
• LINHA DE BASE
Taquicardia: FCF basal > 160 bpm por período superior a 10 minutos.
• VARIABILIDADE
Figura 1: CTG: variabilidade reduzida (Fonte: Revista Femina . Ref: Melo ASO, Souza
ASR, Amorim MMR / FEMINA | Junho 2011 | vol 39 | nº 6).
• ACELERAÇÕES TRANSITÓRIAS
• DESACELERAÇÕES
• CLASSIFICAÇÃO DO TRAÇADO
Segundo consenso da FIGO, a cardiotocografia classifica-se em três
classes: normal, suspeita ou patológica, conforme a tabela 2:
3.5 DOPPLERVELOCIMETRIA
• ARTÉRIAS UTERINAS
• ARTÉRIA UMBILICAL
• DUCTO VENOSO
REFERÊNCIAS
Practice Bulletin No. 145: Antepartum Fetal Surveillance. Obstetrics & Gyneco-
logy. 2014;124(1):182-92.
Silveira SK, Trapani Júnior AT. Monitorização fetal intraparto. São Paulo: Federa-
ção Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018.
(Protocolo FEBRASGO - Obstetrícia, no. 100/ Comissão Nacional Especializada em
Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério).
Sotiriadis A, Hernandez-Andrade E, da Silva Costa F, Ghi T, Glanc P, Kahalil A, et
al. ISUOG Practice Guidelines: role of ultrasound in screening for and follow-up
of pre-eclampsia. Ultrasound Obstet Gynecol 2018.
Zugaib M, Behle I. Monitoração fetal eletrônica. São Paulo: Roca, 1981.
CARDIOPATIAS E GESTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
4. DIAGNÓSTICO FUNCIONAL
mWHO II-
mWHO I mWHO II mWHO III mWHO IV
III
Cardiomio-
Lesões sim-
patia peri- Disfunção
ples corrigi- Fallot Cardiopatia
parto recu- grave VE
das, como operado hipertrófica
perada (FE (FE < 30%)
CIA ou CIV
normal)
Cardiomio-
EP, ducto Arritmias Lesões val-
Valva mecâ- patia peri-
patente ou supraven- vares mode-
nica parto com
PVM leves triculares radas*
FE reduzida
Cardiopatia VD sistê-
Coarctação
congênita ci- mico com
corrigida
anótica disfunção
Aorta > 50
Defeito
EM mode- mm ou > 45
septo atrio-
rada mm (Mar-
ventricular
fan)
Aorta 45-50
Coarctação
mm ou 40-45
grave
mm (Marfan)
Fontan com
Taquicardia
complica-
ventricular
ções
Ausente ou
RISCO Leve Moderado Alto Muito alto
mínimo
TAXA DE
EVENTOS
CARDIO- 2,5-5,0% 5,7-10,5% 10-19% 19-27% 40-100%
VASCULA-
RES
*EA, estenose aórtica; EM estenose mitral; EP, estenose pulmonar; PVM, prolapso
valva mitral.
Fonte: OMS.
6. TIPOS DE CARDIOPATIAS
Terapêutica:
6.7 Arritmias
7.6 Anticoagulação
• Valvopatia reumática;
Antibiótico Dose
Ampicilina* venosa 2g
Gentamicina venosa 1,5 mg/kg (máximo 120 mg)
*Repetir 1g IV 6 horas após (Recomendação IIB)
Alergia à penicilina Dose
Vancomicina venosa 1g (diluída em 100 ml de SF,
infundir em uma hora)
Gentamicina venosa 1,5 mg/kg (máximo 120 mg)
9. ASSISTÊNCIA AO PARTO
▪ Decúbito elevado;
• Deambulação precoce.
• Controle com ecocardiograma.
• Profilaxia de trombose venosa profunda, se necessário.
• Assistência ambulatorial.
• Planejamento reprodutivo.
REFERÊNCIAS
Testa CB, Bortolotto MR. Manejo clínico e conduta obstétrica em gestantes cardi-
opatas. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obste-
trícia (FEBRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO - Obstetrícia, no. 85/ Comissão Na-
cional Especializada em Gestação de Alto Risco).
1. DEFINIÇÃO
2. CLÍNICA
3. TRATAMENTO
REFERÊNCIAS
Basurto OX, Martínez GL, Solà I, Bonfill CX. Drug therapy for treating post-dural punc-
ture headache. Cochrane Database of Systematic Reviews 2015, Issue 7. Art. No.:
CD007887.
Basurto OX, Uriona TSM, Martínez GL, Solà I, Bonfill CX. Drug therapy for preventing
post-dural puncture headache. Cochrane Database of Systematic Reviews 2013, Issue
2. Art. No.: CD001792.
Gyanesha P, Radhika K, Sinha M, Haldar R. Cefaleia pós-puncão dural para cesá-
rea: as estratégias preventivas são piores do que a cura? Rev Bras Anestesiol.
2015;65(1):82-83.
Miller RD et al. Miller’s Anesthesia. Elsevier, 8th, 2015.
Vieira VLR, Macedo CF, Sousa Júnior EJM. Cefaleia pós-punção da dura-máter em
obstetrícia. Rev Med Minas Gerais. 2009; 19 (3 Suppl.1):52-58.
Zugaib M. Obstetrícia. Ed. Manole, 2a edição, 2008.
DIABETES E GESTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
2. DEFINIÇÃO
Hiperglicemia na
gestação
Diabetes mellitus
Diabetes mellitus gestacional (tipo 1, tipo 2)
3. RASTREAMENTO
o Jejum <92
o 1h <180
o 2h <153mg/dL
4. DIAGNÓSTICO
5. TRATAMENTO
70 a 95
JEJUM
mg/dL
1 HORA após
140 mg/dL
Metas refeições
Glicêmicas 2 HORAS após
120mg/dL
refeições
70 a 100
Pré-prandiais
mg/dL
Fluxograma 2: Metas glicêmicas (fonte: MS, 2017).
6. Acompanhamento Pré-Natal
USG MENSAL
DMG - a partir de
Até 32 semanas
28/32 semanas
MOBILOGRAMA
DM 1 ou DM2 a
partir de 26/28
semanas
Até 38 semanas
- USG 4/4 sem
- CTG semanal / PBF
- Mobilograma diário
Bom controle
metabólico
Após 38 semanas
- USG semanal
- CTG / PBF 2x semana até
parto
Após 32 semanas
Até 36 semanas
- USG 2/2 sem
Mau controle - CTG semanal / PBF
metabólico e/ou - Usg doppler (se vasculopatia)
fatores de risco
- Mobilograma diário
- Avaliar interrupção entre 36
e 37 semanas
Insulina SC em uso: < 40 U/dia 41-80 U/d 81-120 U/d >120 U/d
Dose de insulina suplementar IV (U/hora)
Glicemia capilar (mg/dL) Regime A Regime B Regime C Regime D
<108 0 0 0 0
109-126 0,5 1 2 3
127-144 1 2 3 5
145-162 1,5 3 4 7
163-180 2 4 6 10
>180 3 6 8 13
7. Momento da interrupção
USG entre 38 e 39
semanas
Não
9. Assistência ao Parto
• Cesárea eletiva
▪ DMG
- Suspender insulina da manhã.
▪ DM 1 e 2
Puérperio - 6 semanas
TOTG 75G
Jejum e 2h
Glicemia de Intolerância à
Glicose Diabetes
Normal jejum alterada Mellitus
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
2. DIAGNÓSTICO
➢ MAIOR BOLSÃO
• Oligoâmnio <2 cm
• Normal ≥2 cm e <8 cm e
• Polidrâmnio ≥8 cm (método limitado para casos de am-
niorrexe prematura)
3. CONDUTA
3.1 OLIGOÂMNIO
• ETIOLOGIA
o Avaliação fetal
• TRATAMENTO
3.2 POLIDRÂMNIO
• ETIOLOGIA
o Avaliação Materna
o Avaliação Fetal
• TRATAMENTO
o AMNIODRENAGEM
4. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
REFERÊNCIAS
1. DEFINIÇÃO
2. FISIOPATOLOGIA
3. DIAGNÓSTICO
3.1 CLÍNICO
3.2 LABORATORIAL
➢ Métodos invasivos
➢ Métodos não-invasivos
4. CONDUTA
5. PROFILAXIA
REFERÊNCIAS
Fung Kee Fung K, Eason E, Crane J, Armson A, De La Ronde S, Farine D, et al. Pre-
vention of Rh alloimmunization. J Obstet Gynaecol Can. 2003;25(9): 765-73. Dispo-
nível em: http://www.jogc.com/article/S1701-2163(16)31006-4/pdf
Nardozza LM. Doença hemolítica perinatal. São Paulo: Federação Brasileira das
Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO
- Obstetrícia, no. 36/ Comissão Nacional Especializada em Medicina Fetal).
DOENÇA TROFOBLÁSTICA
GESTACIONAL (DTG)
1. DEFINIÇÃO
2. CLASSIFICAÇÃO
3. FATORES DE RISCO
4. QUADRO CLÍNICO
5. CONDUTA
✓ Exames laboratoriais
✓ Ultrassom transvaginal
✓ Exames complementares
➢ US transvaginal;
➢ Rx de tórax;
➢ Hemograma completo;
➢ Coagulograma;
➢ Função renal e hepática.
➢ TC de tórax se Rx normal;
➢ TC de abdome;
➢ TC/RNM de crânio.
6. TRATAMENTO
Na alta hospitalar
7. SEGUIMENTO DA DTG
- Dosagem de beta-hCG:
Semanal até 3 valores consecutivos negativos (< 5,0 mUI/ml);
Quinzenais até 3 valores negativos;
Mensal até completar 6 meses.
Fatores Pontos de
prognósti- escore
cos
0 1 2 3
História de Parcial Completa Recorrente -
MH em ges-
tação ante-
rior e tipo
de MH à US
na gestação
atual
Tamanho < ou = 1 >1 >2 >3
uterino em
relação à IG
(meses)
Níveis de < 50.000 >50.000 a <100.000 a >1.000.000
beta-hCG <100.000 <1.000.000
(mUI/ml)
Diâmetro - <6 >6 a<10 >10
de cistos te-
caluteíni-
cos (cm)
Idade da - <20 >ou = 40 >50
paciente
(anos)
Complica- - > ou = 1 - -
ções associ-
adas (*)
ESTÁGIO CARACTERÍSTICAS
I Doença confinada ao útero
II Doença se estende além do útero, mas se limita às
estruturas genitais (anexos, vagina e ligamento
largo)
III Doença acomete pulmões com ou sem envolvimento
do trato genital
IV Doença acomete outros sítios de metástases
9. SEGUIMENTO DA NTG
REFERÊNCIAS
Braga A, Growdon WB, Bernstein M, Maestá I, Rudge MV, Goldstein DP, et al.
Molar pregnancy in adolescents. The Journal of reproductive medicine.
2012;57(5-6):225-30.
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Epidemiological report on the treatment of patients with gestational
trophoblastic disease in 10 Brazilian referral centers: results after 12 years since
International FIGO 2000 Consensus. The Journal of reproductive medicine.
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Braga A, Sun Sy, Maestá I, Uberti E. Doença trofoblástica gestacional. São Paulo:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); 2018
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Doença Trofoblástica Gestacional).
Braga A, Campos V, Filho JR, Lin LH, Sun SY, de Souza CB, et al. Is chemotherapy
always necessary for patients with nonmetastatic gestational trophoblastic neo-
plasia with histopathological diagnosis of choriocarcinoma? Gynecol Oncol. 2018;
148 (2):239-46.
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FIGO 2002 Stagingand Risk Factor Scoring System for GestationalTrophoblastic
Disease. Update and Critical Discussion: 2015.
Lurain JR. Gestational trophoblastic disease I: epidemiology, pathology, clinical
presentation and diagnosis of gestational trophoblastic disease, and management
of hydatidiform mole. Am J Obstet Gynecol. 2010; v. 203, n. 6, p. 531- 539.
EPILEPSIA E GESTAÇÃO
1. DEFINIÇÃO
2. CONDUTA OBSTÉTRICA
• Drogas Anticonvulsivantes
• Parto
A via de parto deve ser obstétrica. A cesariana eletiva deve ser reali-
zada em pacientes com convulsões frequentes no terceiro trimestre ou
história de mal epiléptico em situações de estresse acentuado.
A convulsão durante o parto deve ser tratada com benzodiazepínicos
intravenosos e sua ocorrência não deve alterar a via de parto. Deve ser
realizada monitorização fetal contínua e o rastreamento cardíaco fetal po-
derá ser temporariamente deprimido por uma convulsão materna.
• Pós-parto
• Amamentação
PONTOS IMPORTANTES:
✓ Gravidez não é associada à piora ou à melhora no controle
das crises
✓ Não suspender a medicação antiepiléptica, caso já em tra-
tamento
✓ Evitar valproato
✓ Evitar politerapia
✓ Se a primeira convulsão acontecer na gestação, devemos
fazer diagnóstico diferencial com trombose venosa cere-
bral e eclâmpsia.
3.1 CONDUTA
REFERÊNCIAS
Korff CM, Wirrell E. ILAE classification of seizures and epilepsy. Uptodate 2019.
Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/ilae-classification-of-sei-
zures-and-epilepsy
Nomura ML, Pereira BG. Epilepsia na gravidez. São Paulo: Federação Brasileira
das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. (Protocolo FE-
BRASGO - Obstetrícia, no. 88/ Comissão Nacional Especializada em Gestação de
Alto Risco).
Pennell PB, McElrath T. Management of epilepsy during preconception, preg-
nancy, and the postpartum period. Uptodate 2019. Disponível em:
https://www.uptodate.com/contents/management-of-epilepsy-during-precon-
ception-pregnancy-and-the-postpartum-period.
Pennell PB, McElrath T. Risks associated with epilepsy during pregnancy and pos-
tpartum period. Uptodate 2019. Disponível em: https://www.uptodate.com/con-
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riod#:~:text=A%20growing%20body%20of%20literature,%2C%20prematu-
rity%2C%20fetal%20death%2C%20and.
Sabers A. Influences on seizure activity in pregnant women with epilepsy. Epi-
lepsy Behav 2009;15(2):230–234.
Sazgar M. Treatment of Women with Epilepsy. Continuum (Minneap Minn).
2019;25(2):408-430.
Weston J, Bromley R, Jackson CF, Adab N, Clayton-Smith J, Greenhalgh J, Hounsome J,
McKay AJ, Tudur Smith C, Marson AG. Monotherapy treatment of epilepsy in preg-
nancy: congenital malformation outcomes in the child. Cochrane Database of Syste-
matic Reviews 2016, Issue 11. Art. No.: CD010224.
Zugaib, Marcelo –Obstetrícia. Ed. Manole, 2a edição, 2008
1. INTRODUÇÃO
4. ASSISTÊNCIA À CESARIANA
6. ASSISTÊNCIA AO PUÉRPERIO
• DURANTE O PARTO
• DURANTE O PUERPÉRIO
A Terapia anti-retroviral (TARV) não deve ser suspensa após o parto, in-
dependente da contagem de LT-CD4+ e dos sinais e sintomas clínicos. As
pacientes coinfectadas com o vírus da hepatite B e/ou vírus da hepatite C
8. INIBIÇÃO DA LACTAÇÃO
9. BIOSSEGURANÇA NO PARTO
REFERÊNCIAS
Menezes ML. HIV e gravidez. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de
Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO - Obstetrícia,
no. 93/ Comissão Nacional Especializada em Doenças Infecto-Contagiosas).
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Ver-
tical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigi-
lância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções
Sexualmente Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019.
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Utilizados pelo Serviço de Assistência
Especializada Familiar Materno Infantil HULW/UFPB. 2019. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1MHRVoy8LMz8o1dajP9zw-Ub-
mClH67yNd/view.
Townsend CL, Byrne L, Cortina-Borja M, Thorne C, De Ruiter A, Lyall H, et al. Ear-
lier initiation of ART and further decline in mother-to-child HIV transmission
rates, 2000–2011. AIDS. 2014;28(7):1049–1057.
GESTAÇÃO ECTÓPICA
1. INTRODUÇÃO
2. DIAGNÓSTICO
DOR
ATRASO MENSTRUAL
SANGRAMENTO GENITAL
DOR ABDOMINAL
SINAIS DE CHOQUE
FONTE: Adaptado de ELITO JUNIOR, Julio; MONTENEGRO, Nuno Aires Mota de Men-
donça; SOARES, Roberto da Costa and CAMANO, Luiz. Unruptured ectopic preg-
nancy: diagnosis and treatment. State of art. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. [online]. 2008,
vol.30, n.3, pp.149-159.
3. CONDUTA
3.1 EXPECTANTE
Critérios de inclusão
• Níveis de β-hCG inferiores a 5000 mUI/mL;
• Massa anexial com diâmetro inferior a 3,5 cm;
• Ausência de batimentos cárdio-embrionários;
• Ausência de líquido livre na cavidade;
• Paciente hemodinamicamente estável e assinto-
mática ou com sintomatologia mínima;
• Termo de consentimento livre e esclarecido assi-
nado (TCLE).
3.3 CIRÚRGICA
• CONSERVADORA
Critérios de inclusão
• Em pacientes ainda desejosas de engravi-
dar
• GE íntegra
• Contraindicação ou falha do tratamento
clínico
• RADICAL
Critérios de inclusão
• Quando a paciente tiver a prole definida
• Quando o dano tubário tiver sido extenso
FONTE: Adaptado de ELITO JUNIOR, Julio; MONTENEGRO, Nuno Aires Mota de Men-
donça; SOARES, Roberto da Costa and CAMANO, Luiz. Unruptured ectopic preg-
nancy: diagnosis and treatment. State of art. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. [online].
2008, vol.30, n.3, pp.149-159.
Figura 1: Gestação ectópica rota. Fonte: acervo do Hospital Universitário Lauro Wan-
derley (HULW-UFPB).
REFERÊNCIAS
Elito JJ, Montenegro NAMM, Soares RC, Camano L. Gravidez ectópica não rota:
diagnóstico e tratamento. Situação atual. Rev. Bras. Ginecol. Obstet.
2008; 30(3):149-159.
Ghaneie A, Grajo JR, Derr C, Kumm TR. Unusual Ectopic Pregnancies. Journal of
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Kazandi M, Turan V. Ectopic pregnancy; risk factors and comparison of interven-
tion success rates in tubal ectopic pregnancy. Clin Exp Obstet Gynecol. 2011;
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Tulandi, T. Ectopic pregnancy: Choosing a treatment. Uptodate. 2020. Disponível
em: https://www.uptodate.com/contents/ectopic-pregnancy-choosing trea-
tment?search=Ectopic%20pregnancy:%20Choosing%20a%20trea-
tment&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&dis-
play_rank=1.
Tulandi, T. Ectopic pregnancy: Clinical manifestations and diagnosis. Uptodate.
2020. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/ectopic-pregnancy-
clinical-manifestations-and-diagnosis?search=ectopic-pregnancy-clinical-mani-
festations-and-diagnosis.&source=search_result&selec-
tedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1.
Tulandi, T. Ectopic pregnancy: Methotrexate therapy. Uptodate, 2010. Disponível
em: https://www.uptodate.com/contents/ectopic-pregnancy-methotrexate-
therapy?search=Ectopic%20pregnancy:%20Choosing%20a%20trea-
tment&source=search_result&selectedTitle=6~150&usage_type=default&dis-
play_rank=6.
Tulandi, T. Ectopic pregnancy: Surgical treatment. Uptodate. 2020. Disponível
em: https://www.uptodate.com/contents/ectopic-pregnancy-surgical-trea-
tment?search=ectopic-pregnancy-clinical-manifestations-and-diagno-
sis.&source=search_result&selectedTitle=3~150&usage_type=default&dis-
play_rank=3.
GESTAÇÃO GEMELAR
1. INTRODUÇÃO
2. ZIGOTICIDADE E CORIONICIDADE
3. DATAÇÃO DA GESTAÇÃO
4. DETERMINAÇÃO DA CORIONICIDADE
Figura 1: Imagens de ultrassom no primeiro trimestre de: (a) gestação gemelar dico-
riônica diamniótica (b) gestação gemelar monocoriônica e diamniótica. Fonte:
ISUOG, 2016.
6.1 PREMATURIDADE
Estágio I:
✓ Expectante, em acompanhamento semanal através de USG com
Doppler e programação da interrupção da gestação com 34 sema-
nas.
✓ OBS: Polidrâmnio com desconforto respiratório materno ou colo
< 2,5cm: considerar laser ou amniodrenagem seriada se laser não
é possível (>26 semanas).
Estágio II a IV:
✓ < 26 semanas: Laser (padrão-ouro). Prolonga a gravidez e reduz
taxa de danos neurológicos.
✓ > 26 semanas: amniodrenagem seriada. Programar interrupção
com 34 semanas ou na viabilidade se Doppler alterado.
CLASSIFICAÇÃO EM ESTÁGIOS
Fonte: Slaghekke F, Kist WJ, Oepkes D, Pasman SA, Middeldorp JM, Klumper FJ, Wal-
ther FJ, Vandenbussche FP, Lopriore E. Twin anemia-polycythemia sequence: diag-
nostic criteria, classification, perinatal management and outcome. Fetal Diagn Ther
2010; 27: 181–190.
CONDUTA
Estágios 1 e 2 - Expectante
Estágio 3 - Ablação a laser ou resolução da gravidez a depender da idade
gestacional
CONDUTA
CONDUTA
CONDUTA
CONDUTA
CONDUTA
8. RESOLUÇÃO DA GRAVIDEZ
9. VIA DE PARTO
REFERÊNCIAS
ACOG Committee Opinion No. 764: Medically Indicated Late-Preterm and Early-
Term Deliveries. Obstetrics and gynecology. 2019;133(2):e151-e5.
Carvalho FH, Vela HW, Morais AL, Feitosa FE. Manejo de gravidez múltipla. São
Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FE-
BRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO - Obstetrícia, no. 37/ Comissão Nacional Es-
pecializada em Medicina Fetal).
GESTAÇÃO PÓS-TERMO
1. INTRODUÇÃO
2. DEFINIÇÕES
3. FATORES PREDISPONENTES
• Nuliparidade;
• Obesidade;
• Idade materna mais avançada;
• Defeitos na produção fetal de hormônios envolvidos no parto (ca-
sos raros);
• Deficiência de sulfatase placentária;
• Produção em excesso de progesterona.
4. DIAGNÓSTICO
5. COMPLICAÇÕES
• Oligoâmnio
• Macrossomia (tocotraumatismos)
• Alterações do ritmo cardíaco
• Hipóxia neonatal
• Valores baixos de Apgar aos 5 minutos
• Síndrome de aspiração de mecônio
• Complicações neurológicas com maiores taxas de convulsões neo-
natais, alterações no desenvolvimento psicomotor aos 4 anos,
maior taxa de encefalopatia hipóxico-isquêmica
• Maior prevalência de paralisia cerebral aos 4 anos.
6. CONDUTA
REFERÊNCIAS
Keulen JK, Bruinsma A, Kortekaas JC, van Dillen J, Bossuyt PM, Oudijk MA, et al.
Induction of labour at 41 weeks versus expectant management until 42 weeks
(INDEX): multicentre, randomised non-inferiority trial. BMJ. 2019;364:l344.
Valente EP et al. Obstetrícia: diagnóstico e tratamento. 2.ed. Rio de Janeiro:
MedBook, 2018.
WHO recommendations: Induction of labour at or beyond term. Geneva: World
Health Organization; 2018. Disponível em:
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/277233/9789241550413-
eng.pdf?ua=1.
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
1. INTRODUÇÃO
2. DEFINIÇÕES
3. CAUSAS
4. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
QUADRO 1. ES-
TRATIFICAÇÃO DO
RISCO PARA HPP
(Fonte: Organiza-
ção Pan-Ameri-
cana da Saúde
2018)
QUADRO 2. CON-
DUTAS PREVENTI-
VAS BASEADAS NA
ESTRATIFICAÇÃO DE
RISCO PARA HPP NA
ADMISSÃO (Fonte:
Organização Pan-
Americana da Sa-
úde 2018)
5. PREVENÇÃO
Todos os centros obstétricos devem ter protocolos de admi-
nistração de rotina de uterotônicos no pós-parto imediato.
OU
• Esquema endovenoso de 5UI de ocitocina em infusão lenta por
3 minutos, seguido de dose de manutenção (20 UI de ocitocina
diluídas em 500 ml de SF 0,9% a 125ml/h) por 4 a 12 horas, em
bomba de infusão contínua.
*MANEJO CUIDADOSO
7. ABORDAGEM INICIAL
ACESSO 1
• COLETAR EXAMES - HEMOGRAMA, COAGULOGRAMA, TIPAGEM
SANGUÍNEA, PROVA CRUZADA, PROVA DO COÁGULO (teste de Wi-
ener: consiste em retirar 5 ml de sangue e colocar em tubo de en-
saio não heparinizado. Normalmente o sangue coagula em 8 a 10
minutos, se não coagular estima-se uma concentração de fibrino-
gênio menor que 150mg/dL)
• INFUNDIR SF 0.9% OU RL 500ML – CORRER RÁPIDO
• REAVALIAR ESTABILIDADE HEMODINÂMICA APÓS CADA SORO - A
reposição de fluidos deve ser racional, com avaliação da resposta
hemodinâmica materna a cada 250 a 500ml).
• REPETIR ATÉ O TOTAL DE 1500ML, USAR SORO AQUECIDO - Paci-
entes instáveis ou que não respondem adequadamente à infusão
de fluidos após 1500ml de infusão de cristaloides são candidatas a
hemotransfusão emergencial.
ACESSO 2
• INICIAR TRATAMENTO DE ATONIA UTERINA OU ENQUANTO SE
PROCURA OUTRO FOCO (REVISÃO DA CAVIDADE (RESTOS), REVI-
SÃO DO CANAL DE PARTO (LACERAÇÃO, HEMATOMA), COAGULO-
PATIA.
8. TRATAMENTO
8.1 MEDICAMENTOSO
O tratamento medicamentoso da HPP consiste principalmente no uso
de uterotônicos para combater a atonia uterina (que corresponde à maio-
ria dos casos) e no uso do antifibrinolítico (ácido tranexâmico) como tera-
pia adjuvante para controle do sangramento (indicado na hemorragia por
atonia ou por traumas-lacerações e cesarianas).
✓ MEDICAÇÕES UTEROTÔNICAS
✓ MEDICAÇÃO ANTIFIBRINOLÍTICA
8.3 CIRÚRGICO
✓ Conservador
✓ Extirpativo
9.1 ATONIA
9.2 TRAUMA
9.3 TECIDO
9.4 TROMBINA
❖ Hemoglobina> 8g/dl
❖ Hematócrito> 21-24%
❖ Plaquetas > 50 000 (ou >100.000 se sangra-
mento ativo)
❖ Protrombina <1.5 (vezes o plasma controle)
❖ PTTA < 1.5-1.7 (vezes o plasma controle)
❖ Fibrinogênio> 200mg/dL
12.1 MATERIAL
14. CHECK-LIST
REFERÊNCIAS
Haddad SM, Polido CB. Introdução. In: Hemorragia pós-parto. São Paulo:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO);
2019. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, no.1/Comissão Nacional
Especializada em Urgências Obstétricas).
Hatanaka DM, Viesi JH, Teruya A, Cordioli E. Diagnóstico e manejo hemostático
na hemorragia obstétrica: aplicabilidade do uso de hemocomponentes e hemode-
rivados. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obste-
trícia (FEBRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO - Obstetrícia, no. 113/ Comissão
Nacional Especializada em Urgências Obstétricas).
Knobel R, Osanan GC. Avaliação de risco e medidas preventivas. In: Hemorragia
pós-parto. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obs-
tetrícia (FEBRASGO); 2019. Cap. 2. (Série Orientações e Recomendações FE-
BRASGO, no.1/Comissão Nacional Especializada em Urgências Obstétricas).
Lalonde A; International Federation of Gynecology and Obstetrics. Prevention
and treatment of postpartum hemorrhage in low-resource settings. Int J Gynae-
col Obstet. 2012;117(2):108–18.
Organização Pan-Americana da Saúde. Recomendações assistenciais para preven-
ção, diagnóstico e tratamento da hemorragia obstétrica. Brasília: OPAS; 2018.
Osanan GC, Knobel R. Tratamento. In: Hemorragia pós-parto. São Paulo: Federa-
ção Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2019.
Cap. 3. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, no.1/Comissão Nacional
Especializada em Urgências Obstétricas).
Pacagnella RC, Borovac-Pinheiro A. Definição e diagnóstico. In: Hemorragia pós-
parto. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrí-
cia (FEBRASGO); 2019. Cap. 1. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO,
no.1/Comissão Nacional Especializada em Urgências Obstétricas).
Practice Bulletin No. 183: Postpartum Hemorrhage. Obstetrics & Gynecology: Oc-
tober 2017 – Volume 130 – Issue 4 – p e168–e186.
HIPERÊMESE GRAVÍDICA
1. INTRODUÇÃO
2. DIAGNÓSTICO
3. EXAMES
• Hemograma.
• Perfil eletrolítico (Na e K)
• Gasometria (de acordo com a gravidade)
• Função hepática (TGO/AST, TGP/ALT, Gama GT, Bilirrubinas) e renal
(ureia e creatinina)
• Amilase, lipase
• Glicemia
• TSH/t4 livre
• Sumário de urina e urocultura
• USG obstétrica e abdominal
• Esofagogastroduodenoscopia (nos casos sem remissão)
EXAMES RESULTADOS
Hemograma Hematócrito elevado, anemia mega-
loblástica
Transaminases, Amilase, Li- Elevadas
pase, Bilirrubinas
Ureia, Creatinina Elevadas
Glicose Diminuída
Proteínas Diminuídas
Tiamina Baixa
Hormônios tireoidianos TSH diminuído, T3 e T4 altos
Perfil eletrolítico Cloro, Potássio e Sódio diminuídos
Gasometria Alcalose metabólica
Rotina de urina Densidade alta, cetonúria
Ultrassom Abdominal Diagnóstico diferencial
Ultrassom pélvico Gestação múltipla, Neoplasia trofo-
blástica Gestacional
Tabela 1: Avaliação laboratorial e complementar na Hiperêmese gravídica. (Fonte:
série orientações e recomendações Febrasgo êmese da gravidez 2018).
4. CLASSIFICAÇÃO
5. CONDUTA
• Antieméticos
▪ Dimenidrinato: 50 a 100 mg IV, a cada 4 – 6 horas até
o máximo de 200 mg/dia
▪ Dramin B6 (amp de 10ml com 3mg/ml=30mg + 50mg
de piridoxina + 1g glicose e de frutose) 1 ampola por
via endovenosa até a cada 8 horas
▪ Metoclopramida: 10 a 20mg, IV, de 6/6 h
▪ Ondansetrona (em casos graves): 4 a 8 mg IV até de 6/6
h – IV lento por 15 a 20 minutos, evitar o uso no pri-
meiro trimestre
▪ Prometazina: 12,5 a 25 mg IM a cada 6 ou 8 h (amp de
2ml – 25mg/ml)
• Sedativos
▪ Levomepromazina – (em solução a 4%) - 3 gotas VO de
8/8 h
▪ Diazepam 5 mg VO ou 10 mg IV até de 8/8 h
• Corticosteróides
▪ Dexametasona (50 mg-IV de 12/12 horas por 24 a 48
horas
▪ Hidrocortisona (50mg VO 12-12h por 24-48h)
▪ Prednisona (10mg VO 12-12h por 7 dias – cp de 5 e
20mg-) não necessita de retirada gradual (esquema
curto)
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
2. CONTRAINDICAÇÕES
2.1ABSOLUTAS
2.2RELATIVAS
3. MÉTODOS
PONTUAÇÃO 0 1 2 3
3.1 FARMACOLÓGICO
o OCITOCINA
➢ RISCOS DA OCITOCINA:
o MISOPROSTOL
A partir de 26 sem, 25mcg, via vaginal, 6/6h por 24h (de prefe-
rência às 6-12-18-24h). Manter até o colo atingir Bishop ≥ 6 em
até 24h.
➢ RISCOS DO MISOPROSTOL:
DOSE TOTAL: 8
COMPRIMIDOS
3.2 MECÂNICO
Técnica:
• Por meio do exame especular, limpar o colo e a vagina
com solução antisséptica (clorexidina aquosa)
• Introduzir no canal cervical uma sonda vesical de de-
mora nº 16 (pode ser 16 a 24)
• Insuflar o balão com 50 a 60 ml de água destilada ou
soro fisiológico
o Amniotomia
4. FLUXOGRAMA
ÍNDICE DE BISHOP
<6 ≥ 6
NÃO SIM
CESÁREA PARTO
FALHA DA VAGINAL
INDUÇÃO
REFERÊNCIAS
INFECÇÃO DO TRATO
URINÁRIO NA GESTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
2. CLASSIFICAÇÃO E CONDUTA
• CONDUTA
2.2. CISTITE
➢ EXAMES
➢ CONDUTA
2.3. PIELONEFRITE
• EXAMES
1. Hemograma;
2. Sumário de urina;
3. Urocultura com antibiograma;
4. PCR;
5. Ultrassom de aparelho urinário (nos casos de suspeita de
pielonefrites complicadas como gestantes em uso de imu-
nossupressão, portadoras de litíase, insuficiência renal, e/
ou rim único).
• CONDUTA
3. PROFILAXIA
REFERÊNCIAS
INFECÇÃO PUERPERAL
1. DEFINIÇÃO
2. FORMAS CLÍNICAS
CONDUTA
EXAMES
• Hemograma;
• Hemocultura;
• Função renal;
• Cultura de urina com antibiograma;
• Cultura do material;
• Raios X do tórax e abdome (nos quadros graves);
• Ultrassonografia na suspeita de abscessos intracavitários ou
da parede abdominal;
SUMÁRIO ISBN 978-65-5608-081-9
Protocolo de Assistência Obstétrica | 251
CONDUTA
• Internação;
• Hidratação;
• Sintomáticos;
• Antibióticos:
EXAMES
• Hemograma;
• Hemocultura;
• Função renal;
• Cultura de urina com antibiograma;
• Cultura do material;
• Raios X do tórax e abdome (nos quadros graves);
• Ultrassonografia na suspeita de abscessos intracavitários ou
da parede abdominal;
SUMÁRIO ISBN 978-65-5608-081-9
Rede Cegonha | 252
CONDUTA
• Internação;
• Hidratação;
• Sintomáticos;
• Antibióticos:
CONDUTA
2.3 ENDOMETRITE
QUADRO CLÍNICO
ACHADOS LABORATORIAIS
EXAMES DE IMAGEM
CONDUTA
• Hidratação;
• Curetagem uterina, se restos placentários;
• Antibioticoterapia inicial – como a infecção é polimicrobiana a an-
tibioticoterapia deve ser de amplo espectro;
• Profilaxia para trombose venosa profunda com enoxaparina só-
dica 40 mg SC 1 vez ao dia;
• Antibioticoterapia:
Esquemas alternativos:
QUADRO CLÍNICO
EXAMES
CONDUTA
EXAMES
• Hemograma + Coagulograma.
• Dopplerfluxometria – na ocorrência de infecção puerperal, a au-
sência de fluxo na veia ovariana é um indicativo de tromboflebite
pélvica.
• Tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética –
avaliam com mais precisão a extensão dos processos infecciosos,
tais como salpingite com piossalpinge, abscessos e tromboflebite
pélvica.
• Parecer do cirurgião vascular.
CONDUTA
2.6 MASTITE
✓ EPIDÊMICA
✓ ENDÊMICA
QUADRO CLÍNICO
EXAMES
• Ultrassonografia mamária;
• Hemograma.
CONDUTA
• Hidratação oral;
• Analgésicos e anti-inflamatórios (paracetamol, ibuprofeno,
piroxicam);
• Antibióticos (7 a 10 dias):
MASTITE EPIDÊMICA IV
MASTITE ENDÊMICA VO
DEFINIÇÃO
EXAMES
• Hemograma;
• USG mamária;
CONDUTA
Drenagem: esvaziamento das lojas, que pode ser por meio de pun-
ção guiada por US (para abscessos < 5cm), ou drenagem cirúrgica e remo-
ção de áreas necróticas quando mais extenso, sendo recomendada coloca-
ção de dreno por 24 h (Penrose).
Esvaziamento manual: o aleitamento materno pode ser suspenso
provisoriamente na mama afetada, com esvaziamento por ordenha ma-
nual, mecânica ou elétrica.
Antibioticoterapia: semelhante ao da mastite, com antibiótico pre-
ferentemente guiado por cultura e antibiograma;
Apoio do banco de leite/posto de coleta de leite humano;
Lembrar-se de fazer diagnóstico diferencial com câncer de mama
(inflamatório).
• Banho pré-operatório;
• Preparo cirúrgico da pele;
• Embrocação ginecológica com produto antisséptico aquoso;
• Antissepsia cirúrgica das mãos;
• Antibioticoprofilaxia 1ª escolha: Cefalosporina de primeira gera-
ção: Cefazolina 2g até 120 kg e 3g acima de 120 kg. Deve ser admi-
nistrada nos 60 minutos que antecedem a incisão, em dose única.
Em caso de duração da cirurgia maior que 4 horas, sangramento
maior que 1,5 L, nova dose deve ser administrada. Pacientes alér-
gicas a cefalosporinas, ou com reação anafilática grave a penici-
lina: Clindamicina 900 mg com ou sem aminoglicosídeo (Gentami-
cina 5mg/kg);
• Evitar remoção manual da placenta;
• Manutenção da normotermia durante a cirurgia;
• Técnica operatória e redução do tempo cirúrgico.
REFERÊNCIAS
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Delivery. Obstetrics & Gynecology. 2018;132(3):e103-e19.
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ticos de Infecções Puerperais em Parto Vaginal e Cirurgia Cesariana/Agência
Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2017.
Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO. Manual de Orien-
tação Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério. 2010.
INSERÇÃO DE DISPOSITIVO
INTRAUTERINO DE COBRE NO
PÓS-PARTO E PÓS-ABORTO
1. INTRODUÇÃO
2. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
•
Qualquer idade (inclusive adolescentes);
•
Desejo da paciente em utilizar DIU de cobre como método
anticoncepcional;
• Termo de Consentimento informado assinado.
3. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
4. TÉCNICAS DE INSERÇÃO
Figura 1: Técnica de inserção manual. (Fonte: ACOG, Women’s health care physici-
ans).
Figura 2: Posicionamento do DIU na pinça. (Fonte: ACOG, Women’s health care physi-
cians).
Figura 3: Técnica de inserção do DIU com pinça. (Fonte: ACOG, Women’s health care
physicians).
5. ORIENTAÇÕES E ACOMPANHAMENTO
REFERÊNCIAS
Heinemann K.; Reed, S.; Moehner, S.; Minh, T. D. Risk of uterine perforation with le-
vonorgestrel-releasing and copper intrauterine devices in the European Active Sur-
veillance Study on Intrauterine Devices. Observational study. Contraception 2015
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infection after post-placental IUD insertion. Contraception. 2001 Mar;63(3):155-8.
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tiveness of long-acting reversible contraception. N Engl J Med. 2012
May;366(21):1998-2007.
INSUFICIÊNCIA CERVICAL
1. INTRODUÇÃO
2. ETIOLOGIA
3. DIAGNÓSTICO
3.1 CLINICO
História clássica de IC
A) ANTES DA GESTAÇÃO
• Histerossalpingografia (HSG): deve ser realizada na fase lútea
do ciclo menstrual. A confirmação do diagnóstico se dá ao ob-
servar alargamento do segmento istmocervical, na altura do
orifício interno do colo uterino, cujo limite superior é de 10
mm.
• Passagem da vela de Hegar no. 8: a introdução de vela de Hegar
número 8 confirma o diagnóstico.
B) DURANTE A GESTAÇÃO
• Ultrassonografia do colo do útero: deve ser realizada por via
transvaginal. São sugestivos de insuficiência cervical: colo
SUMÁRIO ISBN 978-65-5608-081-9
Protocolo de Assistência Obstétrica | 273
4. TRATAMENTO
• Hemorragia ativa;
• Trabalho de parto prematuro;
• Rotura de membranas;
• Corioamnionite;
• Polidrâmnio;
• Anomalia fetal letal.
Pontos importantes:
5 ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL
▪ Papanicolaou;
▪ Pesquisa de infecção vaginal (bacterioscópico, pesquisa para
Trichomonas vaginalis, Chlamidia spp., cultura para Neisseria go-
norrhoeae, fungos e anaeróbios);
▪ Coagulograma;
▪ Exames de rotina pré-natal, inclusive ultrassonografia obsté-
trica com medida da translucência nucal.
6 RETIRADA DO FIO
REFERÊNCIAS
LAQUEADURA TUBÁRIA
1. INTRODUÇÃO
2. CONTRA-INDICAÇÕES
3. VANTAGENS
4. DESVANTAGENS
5. REVERSÃO
7. TÉCNICAS CIRÚRGICAS
• Laparotomia
o A técnica mais utilizada em cirurgia aberta é a de Pome-
roy.
o As técnicas de Uchida e Irving são mais complexas, podem
ser utilizadas após a ineficácia das técnicas habituais e são
executadas mais facilmente por laparotomia.
• Laparoscopia vem avançando suas técnicas com coagulação por
energia bipolar, ou colocação de anéis de silicone de Yoon; os clips,
por HULKA JF.
• Histeroscopia (técnica ESSURE®): colocação de uma pequena mola
nas tubas, que causa uma inflamação e cicatrização local.
• Culdotomia (incisão no fundo de saco vaginal). A técnica realizada
dependerá da experiência do cirurgião.
• Identificação da tuba
• Preensão de um segmento da tuba (mais frequentemente o istmo)
• Ligadura desta alça com fio absorvível, do tipo Vicryl ou CAT-GUT
(1 ou 0)
• Identificação da tuba
• Pinçamento sem tracionar a tuba
• Confecção de uma pequena janela no mesosalpinge escolhendo re-
gião entre os vasos e bem próxima à tuba
• Passam-se dois fios à volta da tuba, amarrando-os para cada lado
• Identificação da tuba
• Pinçamento sem tracionar a tuba
• Infiltração na serosa da trompa por cerca de 5 cm com solução sa-
lina de vasopresina
• Incisão da serosa expondo a camada muscular da trompa
• Ligadura e secção deste segmento
9. ORIENTAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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2004. 308p.; 21 cm. Febrasgo. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/ima-
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Conselho Federal de Medicina 30 de maio de 2009.
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Brasil. Ministério da Saúde. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/por-
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226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece pe-
nalidades e dá outras providências. Disponível em: http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9263.htm
Dias R, Nahás EAP, Rogenski OM, De Luca LA, Viscomi FA, Lopes RGC. Síndrome
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ença benigna. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/pt/noti-
cias/item/315-salpingectomia-bilateral-oportunista-para-prevencao-do-cancer-
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Rede Cegonha | 288
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tet Gynec. 1953;1(4):472-5. Registry. Obstet Gynecol. 2004;103:47-50.
1. INTRODUÇÃO
2. DEFINIÇÃO
3. CLASSIFICAÇÃO
Em 2018 a RMM no Brasil foi de 59,1 óbitos para cada 100.000 nas-
cido vivos, número muito além das metas estabelecidas para o milênio
pela ONU, sendo cerca de 75% representados pelas causas obstétricas DI-
RETAS tendo as doenças hipertensivas como responsável por um terço
dessas mortes, seguida das síndromes hemorrágicas. Em mais de 60 % das
vezes os óbitos ocorreram no puerpério.
Na Paraíba, a RMM em 2019 foi de 61,62 mortes por 100 mil nascidos
vivos sendo as principais causas desses óbitos devido as síndromes hiper-
tensivas seguidas das síndromes hemorrágicas, doenças tromboembóli-
cas, infecções e outras causas.
A ONU, reestabeleceu então uma meta a ser alcançada até 2030 de
RMM de até 70 mortes por 100 mil nascidos vivos onde cada país se com-
prometeu a reduzir em 7,5% a sua RMM a cada ano. Algumas ações pro-
postas para se atingir tais objetivos são trabalhar o acesso e a qualidade
da assistência reprodutiva e materno-infantil com treinamento das equi-
pes, estruturação dos serviços de emergência, qualificação dos Pré-Natais
de alto risco, vigilância e discussão dos óbitos pelos comitês locais de mor-
talidades, qualificação dos sistemas de informação e melhor uso dos dados
coletados.
1. DEFINIÇÃO
maior em usuárias do SUS, que precisaram viajar mais de uma hora para
receber assistência ou que aguardaram mais de uma hora para a admissão,
o que fortalece o modelo causal dos 3 atrasos:
2. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
CLÍNICOS
Cianose aguda
Gasping (padrão respiratório terminal)
FR > 40 ou < 6 irpm
Choque (hipotensão grave persistente, definida como PAS < 90 mmHg
por mais de 60 minutos com pulso de pelo menos 120 bpm, apesar da
infusão de líquidos (>2 L)
Oligúria não responsiva a líquidos ou diuréticos (débito < 30 ml/hora
por 4 hora ou < 400 ml nas 24 horas)
Distúrbios da coagulação
Perda da consciência por 12 horas ou mais (Glasgow < 10)
Perda da consciência e ausência de pulso ou batimentos cardíacos
Acidente vascular cerebral
Convulsões não controladas
PAS: Pressão arterial sistólica; PAD: Pressão arterial diastólica; SO2: saturação de oxigênio;
PaO2/FiO2: pressão arterial parcial de oxigenação/fração inspirada de oxigênio.
Fonte: Say L, Souza JP, Pattinsos RC; WHO working group on Maternal Mortality and Mor-
bidity classifications. Maternal near miss-towasdr a standard tool for monitoring quality
of maternal health care. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol 2009;23(3):287-96.
REFERÊNCIAS
PARADA CARDIORESPIRATÓRIA
NA GESTAÇÃO
1. DEFINIÇÃO
2. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
• PERDA DA CONSCIÊNCIA;
• AUSÊNCIAS DE MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS OU RESPIRAÇÃO
AGÔNICA (“GASPING”);
• AUSÊNCIA DE PULSO OU DÚVIDA DA PRESENÇA.
3. CAUSAS
4. CONDUTA
IMPORTANTE!
C – CIRCULAÇÃO
A – VIAS AÉREAS – AJUDA
B – BREATHING – RESPIRAÇÃO
D – DESFIBRILAÇÃO
COMPRESSÕES
• COMPRIMA FORTE E RÁPIDO
≥ 5CM PROFUNDIDADE E ≥ 100 VEZES/MIN
• REVEZAR FUNÇÃO DE MCE A CADA 2 MIN
VENTILAÇÃO
• O2 A 100%
• INSPIRAÇÃO DE 1 SEG
• 30 COMPRESSÕES
• 2 VENTILAÇÕES
CHOQUE
▪ BIFÁSICO 120 A 200J
▪ MONOFÁSICO 360J
▪ DESCONHECIDO 200J
FÁRMACOS
• EPINEFRINA IV/IO: 1MG A CADA 3 A 5 MIN;
• AMIODARONA IV/IO:
1ª. DOSE 300MG BOLUS;
2ª. DOSE 150MG BOLUS;
• 20 ML DE SOLUÇÃO SALINA A 0,9%.
• Hipovolemia.
• Hipóxia.
• Hipotermia.
• Hidrogênio (acidose).
• Hipo/Hipercalemia.
• “Tablets” (drogas).
• Tamponamento cardíaco.
• Tensão no tórax (pneumotórax)
• Tromboembolismo pulmonar.
• Tromboembolismo coronariano.
REFERÊNCIAS
PARTO DISTÓCICO
1. INTRODUÇÃO
➢ Conduta
o Amniotomia;
o Ocitocina 01 ampola (5UI) + SF 0,9% 500ml IV 8 gotas/mi-
nuto (ou 24ml/h em BIC). Aumentar o gotejamento, gra-
dualmente a cada 30 minutos até dose máxima de 32 go-
tas/minutos (alguns autores preconizam dose máxima de
até 64 gts/min).
➢ Conduta
o Suspensão imediata da ocitocina (tem meia-vida curta)
o DLE
o Se não resolver: hidratação venosa, uso de betamiméticos
(terbutalina) ou até analgesia do parto
o Tentar amniodrenagem ou amniotomia (sobredistensão)
o Tocolíticos (se taquissistolia)
• Terbutalina 0,25mg (1/2 amp) subcutâneo (amp tem
0,5mg) ou
• Nifedipina 20mg VO a cada 30min (máx de 4 doses)
➢ Conduta
o Analgesia de parto (oferecer, se possível, principalmente
nas pacientes ansiosas e poliqueixosas, onde a liberação
de catecolaminas decorrente do estresse pode levar à in-
coordenação uterina)
o Amniotomia
o Ocitocina (a ocitocina sensibiliza o marcapasso uterino,
sendo útil nas inversões de gradiente ou incoordenação de
1º grau)
2.3 PREVENÇÃO
Diâmetro bi-isquiático
➢ Colo uterino:
4. DISTOCIA DO OBJETO
Fetos que apresentam peso maior que 4000g podem prejudicar a evo-
lução do trabalho de parto. Em alguns casos, a bacia materna não apre-
senta diâmetro que permita a passagem do feto, mesmo que estes não
apresentem um peso adequado, ao que se denomina desproporção cefalo-
pélvica (DCP).
➢ Cefálicas defletidas
1° 2°
3°
90°
180°
fetal com ambas as mãos (encaixa nas axilas, com polegares nas
clavículas e restante dos dedos nas escápulas), deslocando fron-
talmente em direção ao pube materno, pressionando o occipito
frontal contra este, levando à flexão e desprendimento da cabeça.
Corresponde a manobra de Bratch em litotomia (cambalhota fe-
tal sobre o abdome materno)
REFERÊNCIAS
Amorim, MMR, Duarte, AC, Andreucci, CB, Knobel, R, Takemoto, MLS. Distocia de
ombro: proposta de um novo algorítmo para conduta em partos em posições não
supinas. Femina. 2013; 41(3), 115–124.
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with classic assistance. J. Perinat. Med. 2015; 43(6): 707–713.
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ção cesariana, Relatório de recomendação. Ministério da Saúde do Brasil; 2017.
Codarin RR, Francisco RP. Discinesias da contratilidade uterina e sua correção.
São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FE-
BRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO - Obstetrícia, no. 103/ Comissão Nacional
Especializada em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério).
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Comissão de
assistência ao abortameno, parto e puerpério. Distocias. FEBRASGO; 2017. Dispo-
nível em https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/184-disto-
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Kimberly BF et al. Manual de Ginecologia e Obstetrícia do John Hopkins, 4ª ed. Ed
ArtMed, 2012.
Louwen F, Daviss BA, Johnson KC, Reitter A. Does breech delivery in an upright
position instead of on the back improve outcomes and avoid cesareans? Int J
Gynecol Obstet. 2017; 136: 151–161.
Moron AF, Camano L, Kulay Jr L. (eds). Obstetrícia. 1ª ed. Barueri: Editora Manole,
2011.
Nunes, RD, Knobel R, Magalhães C, Polido CBA, Katz L. Distócia de Ombro. Fede-
ração Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2017.
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Polido CBA, Knobel R, Magalhães CMG. Parto em apresentação pélvica. Federação
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nível em: https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/430-parto-em-apre-
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Rezende J. Obstetrícia. Ed. Guanabara Koogan, 13ª edição, 2014.
Urbanetz AA. Ginecologia e Obstetrícia Febrasgo para o Médico Residente. Editora
Manole, 2016.
Wildschut HIJ, van Belzen-Slappendel H, Jans S. The art of vaginal breech birth at
term on all fours. Clin Case Rep. 2017; 5: 182–186.
Zugaib M. Obstetrícia. Ed. Manole, 3ª edição, 2016.
1. INTRODUÇÃO
2. CRITÉRIOS
OBSERVAÇÕES:
6. ROTURA UTERINA
6.1 DIAGNÓSTICO
Outros sinais:
• Deterioração do padrão dos batimentos cardíacos fetais;
• Sangramento vaginal;
• Parada das contrações;
• Subida da apresentação ao toque vaginal;
• Partes fetais palpáveis facilmente no abdome materno;
• Taquicardia importante e hipotensão grave.
6.2 CONDUTA
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
1. FÓRCEPS
1.1 FUNÇÃO
1.2 COMPONENTES
1.4 INDICAÇÕES
- Maternas
• Segundo período prolongado
• Discinesias uterinas (inércia uterina)
• Exaustão materna
• Analgesia de parto
• Evitar o esforço secundário em portadoras de certas doenças car-
díacas, pulmonares, neuromusculares, tumores cerebrais ou
aneurismas
• Presença de cicatriz uterina, cuja solicitação no período expulsivo
possa causar a rotura uterina
- Fetais
• Cabeça derradeira no parto pélvico
• Condições fetais não tranquilizadoras, com intuito de abreviar o
período expulsivo
• Procidência de cordão
• Parada de rotação
• Dilatação completa;
• Proporcionalidade da bacia ao concepto;
• Feto vivo ou morte recente;
• Cabeça insinuada (apresentação no plano +2 e +3 de DeLee);
• Membranas rotas;
• Boa analgesia;
• Bexiga e reto vazios;
• Diagnóstico preciso da variedade de posição;
• A paciente deve concordar com o procedimento (o prontuário
deve conter a indicação do procedimento, a avaliação clínica
da mãe e do feto e um resumo do consentimento informado).
1.6 APLICAÇÃO
• Posição de litotomia;
• Cuidados de assepsia e antissepsia;
MATERNAS FETAIS
Lacerações do colo uterino, da va-
gina, da vulva e do reto
Prolongamento da episiorrafia Céfalo-hematoma
Disjunção da sínfise pubiana Sequelas neurológicas tardias
Infecção Puerperal Hemorragia intra-craniana
Lesão vesical Paralisia do nervo facial e/ou hi-
poglosso
Hematoma perineal Fratura de crânio
Fratura do cóccix
2 VÁCUO EXTRATOR
2.3 APLICAÇÃO
• Posição de litotomia
• Cuidados de assepsia e antissepsia
• Verificar as conexões e o vácuo do aparelho
• Aplicar a cúpula sobre a sutura sagital e próximo da fontanela pos-
terior (centro: 3cm a frente) após enxugar a região do couro cabe-
ludo fetal
• Verificar se não existe tecido materno entre o dispositivo e a ca-
beça fetal palpando em círculo ao redor do mesmo
• Aplicar sucção entre 500 a 600 mmHg, com duração de 1 a 2 min
para atingir a pressão desejada
• A tração deve ser realizada em conjunto com os puxos maternos,
no início da contração, com a mão dominante, enquanto a outra
apoia a descida da cabeça fetal e a cúpula
• Havendo progressão, admite-se duas ou três trações em um perí-
odo de tempo de 15 a 30 minutos
• Remover o dispositivo após desprendimento do polo cefálico
Havendo falha desse método, não tentar aplicar fórceps, pois au-
menta a morbidade fetal.
3 PONTOS IMPORTANTES
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Zugaib, M. Obstetrícia. In: FRANCISCO, R. P.V.et. al. Fórcipe. São Paulo: Manole,
2007. Cap. 22, p. 397-405.
PNEUMOPATIAS E GESTAÇÃO
PNEUMONIA NA GRAVIDEZ
1. INTRODUÇÃO
2. DIAGNÓSTICO
• Tosse produtiva
• Febre
• Dor torácica
• Dispneia / taquipneia
• Astenia
• Estertoração
• Taquicardia
3. EXAMES
4. CONDUTA
1. Antibioticoterapia
2. Cuidados gerais.
3. Oxigenoterapia.
4. Hidratação venosa.
1. INTRODUÇÃO
2. DIAGNÓSTICO
3. EXAMES
4. CONDUTA
5. VIA DE PARTO
6. AMAMENTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Edema agudo de pulmão (EAP) é uma das formas mais graves e fre-
quentes de apresentação da insuficiência cardíaca, sendo uma das princi-
pais emergências clínicas.
Caracteriza-se pela presença de dispneia, associada ao acúmulo
rápido e súbito de líquido no interstício e alvéolos pulmonares. Trata-se
de condição rara em gestantes, sendo uma complicação da pré-eclâmpsia
que ocorre em aproximadamente 7% de todas as gestações (destas, 30%
primigestas), com elevada mortalidade, levando a óbito 3,2 % das pacien-
tes.
2. DIAGNÓSTICO CLÍNICO
1. Quadro moderado:
• Tosse seca e persistente
• Ansiedade
• Poucos estertores crepitantes à ausculta pulmonar
• Taquipneia
• Taquicardia
2. Quadro grave
• Tosse produtiva
• Palidez
• Sudorese
• Dispneia intensa
• Estertoração difusa
• Uso de musculatura acessória (tiragem intercostal, retração de
fúrcula)
• Secreção rósea e bolhosa pela boca e nariz.
• Turgência jugular
3. EXAMES
4. CONDUTA
INFLUENZA A (H1N1)
1. INTRODUÇÃO
2. DIAGNÓSTICO
2.1 Sinais e sintomas: febre > 37,8ºC (curva térmica declina geralmente
em 2 a 3 dias), dor na garganta, artralgias, calafrios, mal-estar, cefaleia,
mialgia, prostração, rinorreia e tosse seca. Em alguns casos: diarreia, vô-
mito, fadiga, rouquidão e hiperemia conjuntival.
3. CONDUTA
• Obs: Para os pacientes que vomitam até uma hora após a in-
gestão do medicamento deve ser administrada uma dose adi-
cional.
4. MEDIDAS PREVENTIVAS
4.2 QUIMIOPROFILAXIA
Indicações:
• Pessoas com risco elevado de complicações não vacinadas ou va-
cinadas há menos de duas semanas, após exposição a caso sus-
peito ou confirmado de influenza.
• Pessoas com graves deficiências imunológicas (exemplos: pes-
soas que usam medicamentos imunossupressores, pessoas com
aids com imunodepressão avançada) ou outros fatores que pos-
sam interferir na resposta à vacinação contra a influenza, após
contato com pessoa com infecção.
• Profissionais de laboratório, não vacinados ou vacinados há me-
nos de 15 dias, que tenham manipulado amostras clínicas de ori-
gem respiratória que contenham o vírus influenza sem uso ade-
quado de EPI.
• Trabalhadores de saúde, não vacinados ou vacinados há menos
de 15 dias e que estiveram envolvidos na realização de procedi-
mentos invasivos geradores de aerossóis ou na manipulação de
secreções de caso suspeito ou confirmado de influenza sem o uso
adequado de EPI.
• Residentes de alto risco em instituições fechadas e hospitais de
longa permanência, durante surtos na instituição.
6. VACINAÇÃO
REFERÊNCIAS
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prevention. Waltham: UpToDated; 2010. Disponível em: http://www.ginas-
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Meletti JFA, Gurgel AKP, Giacomini, ES. Edema agudo de pulmão em paciente pri-
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Towers C, Briggs G, Rojas J. The use of prostaglandin E2 in pregnant patients with
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1. DEFINIÇÃO
2. CLASSIFICAÇÃO
• RCF simétrico;
• RCF assimétrico.
2. DIAGNÓSTICO
3.1 ULTRASSONOGRAFIA
3.2 DOPPLERVELOCIMETRIA
3. ESTÁGIOS
5. CONDUTA
• Doppler da AU:
5.3. Fetos com RCF e Idade Gestacional > 32 semanas (RCF Tardia)
• Doppler da AU;
• CTG;
• PBF;
• Relação Cérebro-placenta.
7. VIA DE PARTO
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
OBSERVAÇÕES:
REFERÊNCIAS
ACOG Practice Bulletin No. 204: Fetal Growth Restriction. Obstet Gynecol 2019;
133: e97.
and its relationship with antepartum parameters
Baschat, AA: Neurodevelopment following fetal growth restriction and its rela-
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Mateus J, Newman RB, Zhang C, et al. Fetal growth patterns in pregnancy-associ-
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Society for Maternal-Fetal M, Martins JG, Biggio JR, Abuhamad A. Society for
Maternal-Fetal Medicine (SMFM) Consult Series #52: Diagnosis and Management
of Fetal Growth Restriction. Am J Obstet Gynecol. 2020.
SANGRAMENTO DE SEGUNDA
METADE DA GESTAÇÃO
INTRODUÇÃO
1.2. DIAGNÓSTICO
1.3. COMPLICAÇÕES
MATERNAS FETAIS
1.4. CONDUTA
2. PLACENTA PRÉVIA
2.1 DEFINIÇÃO
2.2. CLASSIFICAÇÃO
2.3. DIAGNÓSTICO
• Clínico
O quadro clínico consiste em sangramento vaginal indolor (70-80%) de
início súbito e coloração vermelho vivo, imotivado, reincidente, de
gravidade progressiva, na segunda metade da gravidez.
Pacientes com sangramento de segundo ou terceiro trimestre não
devem ser submetidas a exame de toque vaginal que seja afastado o
diagnóstico de placenta prévia. Deve-se realizar exame especular, quando
será evidenciada a presença de sangramento vermelho-vivo.
• Imagem
O diagnóstico de placenta prévia é ultrassonográfico. A
ultrassonografia transvaginal deve ser realizada após 28 semanas de
gestação, sendo o padrão ouro, com melhor definição placentária.
2.4. Tratamento
➢ Tratamento Conservador
• O tratamento conservador está indicado quando o sangramento
materno não for intenso (ausência de alteração hemodinâmica)
em gestações com fetos pré-termo.
• Solicitar reserva de sangue.
• Repouso no leito.
• Administrar Nifedipina caso seja necessário o uso de corticóide.
• Tocólise é contra-indicada nos casos de sangramento profuso com
repercussão hemodinâmica importante.
• Tratamento da anemia.
• Hemotransfusão nos casos de Hb abaixo de 7.0 mg/dl ou se houver
sinais de descompensação hemodinâmica.
• Solicitar classificação sanguínea e fator Rh.
• As pacientes Rh negativo não sensibilizadas, devem receber
imunoglobulina anti-Rh quando houver sangramento.
• Sempre avaliar necessidade de manutenção do internamento.
• Fetos mortos
• Estabilidade materna
• Placentas de inserção baixa / marginal (mais que 20 mm do
orifício cervical interno).
3. ACRETISMO PLACENTÁRIO
3.1 CLASSIFICAÇÃO
3.3 DIAGNÓSTICO
Foto 1: Histerotomia fúndica com extração fetal pélvica (acervo Instituto Cândida
Vargas).
Foto 2: Placenta prévia centro total com acretismo (acervo Instituto Cândida Vargas).
4. ROTURA UTERINA
4.1 DEFINIÇÃO
o Durante a gravidez
SUMÁRIO ISBN 978-65-5608-081-9
Protocolo de Assistência Obstétrica | 383
4.3 DIAGNÓSTICO
4.4 CONDUTA
• Solicitar ajuda
• Monitorização
• Sala de cirurgia disponível
• Estabilização materna
• Laparotomia (a incisão deverá ser preferencialmente
mediana infra-umbilical).
REPARO UTERINO OU
ANTIBIOTICOPROFI- HISTERECTOMIA
ANESTESIA GERAL
LAXIA (PROLE CONSTITUIDA E
CONDIÇÕES CLÍNICAS)
INFORMAR FAMÍLIA E
REGISTRAR EVENTO E
MANOBRAS EM
PRONTUÁRIO
5.1 DEFINIÇÃO
5.2 DIAGNÓSTICO
5.3 CONDUTA
6.1 DEFINIÇÃO
REFERÊNCIAS
Norwitz ER, Park JS. Overview of the etiology and evaluation of vaginal bleeding
in pregnant women. Uptodate, 2020. Disponível em:
https://www.uptodate.com/contents/overview-of-the-etiology-and-evaluation-
of-vaginal-bleeding-in-pregnant-women.
Oyelese Y, Ananth CV. Placental abruption: Management and long-term
prognosis. Uptodate, 2020. Disponível em:
https://www.uptodate.com/contents/placental-abruption-management-and-
long-term-prognosis.
Sibai BM. Videoatlas: condutas em emergências obstétricas/ Baha M. Sibai;
tradução Douglas Arthur Omena Futuro... [et al]. 1.ed. – Rio de Janeiro: Elsevier,
2013.
Urbanetz AA. Ginecologia e Obstetrícia: Febrasgo para o médico residente.
Barueri, SP: Manole, 2016.
1. INTRODUÇÃO
3. DIAGNÓSTICO
Tabela 1 : Escore SOFA modificado para a obstetrícia (fonte: guidelines for the inves-
tigation and management sepsis in pregnancy, 2017).
4. CONDUTA
IMPORTANTE!
• Sempre registrar em prontuário a condição clínica antes de ini-
ciar o tratamento, após 1h e após as 6h.
• Os pacotes devem ser iniciados imediatamente após o diagnóstico
e não devem ser adiados até admissão em UTI.
• Os antibióticos devem ser iniciados em, no máximo, 1 hora da che-
gada à maternidade. Frente a uma paciente com suspeita de sepse
materna, não se deve esperar os resultados das culturas para
iniciar o antibiótico.
4. ESCORE DE MEOWS
5. PONTOS IMPORTANTES
REFERÊNCIAS
SÍFILIS E GESTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
2. QUADRO CLÍNICO
EFEITO PROZONA
5. TRATAMENTO
subcutânea, essa dose pode ser repetida a cada 15 minutos, de duas a três
vezes. A via intramuscular tem ação mais rápida que a subcutânea.
O paciente deve ser colocado em posição de Trendelenburg e, se a
hipotensão estiver presente, deve-se fazer a infusão rápida de solução fi-
siológica.
Considerar o uso de salbutamol (5mg/ml aerosol, 2mg-4mg VO de
6h/6h), bromidato de fenoterol (até 1 gota para cada 3 quilos em crianças,
máximo de 8 gotas, adultos 8 a 10 gotas) ou terbutalina (0,5mg-1mg/ina-
lação de 6h/6h , 2,5mg-5 mgVO de 6h/6h), se ocorrer broncoespasmo. O
uso de corticoides orais ou venosos e anti-histamínicos é útil apenas para
evitar uma evolução arrastada e não é útil para a fase aguda.
As pacientes com alergia comprovada à penicilina deverão reali-
zar preferencialmente a dessensibilização e, em seguida, o tratamento
com penicilina sob internamento hospitalar. No entanto, na impossibili-
dade de realizar a dessensibilização, a gestante poderá ser tratada no am-
biente ambulatorial ou na Atenção Primária de Saúde com Ceftriaxona 1
g, IV (intravenoso) ou IM (intramuscular), em dose única diária, por 8 a 10
dias ou eritromicina (estearato), 500 mg, por via oral, de 6/6 horas durante
15 dias, para a sífilis recente ou durante 30 dias, para a sífilis tardia.
As gestantes tratadas com outras drogas que não a penicilina serão
consideradas inadequadamente tratadas em relação à transmissão verti-
cal, sendo obrigatória a investigação e o tratamento adequado do recém-
nato.
TÍTULO x DILUIÇÃO
8. PONTOS IMPORTANTES
REFERÊNCIAS
SÍNDROMES HIPERTENSIVAS
NA GESTAÇÃO
1. DEFINIÇÕES
2. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
2.1 PRÉ-ECLÂMPSIA
3. CONDUTA
- Internação;
- Dieta normossódica;
- Solicitar exames laboratoriais (hemograma, proteinúria 24
horas ou relação proteína/creatinina urinária, TGO, creati-
nina e bilirrubinas);
- Ultrassonografia obstétrica com Doppler;
- Corticoterapia para maturação pulmonar fetal entre 23 e 34
semanas;
ESQUEMA SUGERIDO
- ATAQUE: 6g = 12 mL de MgSO4 50% + 100 mL de SG 5% IV em 30 minutos
- MANUTENÇÃO: 1g/h = 12 mL de MgSO4 50% + 488 mL de SG 5% IV em
bomba de infusão– 84 ml/h
ESQUEMA DE PRITCHARD
- ATAQUE: 4g (8 ml de MgSO4 à 50%) + 12 ml de AD IV associado à 10g (20
ml de MgSO4 à 50%) IM profundo (10 ml em cada nádega)
- MANUTENÇÃO: 5g (10 ml de MgSO4 à 50%) IM (alternar nádegas) a cada
4h
CUIDADOS E MONITORAMENTO:
- Manter antagonista (Gluconato de Cálcio a 10%) à beira do
leito;
- Cuidados da enfermagem a cada 2h: FR, PA, FC e diurese (me-
dir e anotar);
- Reavaliação médica a cada 4 a 6 horas: Pulso, pressão arterial,
frequência respiratória, reflexos profundos e diurese;
- Considerar diminuição da dose caso alterações dos parâme-
tros;
- Suspender infusão se: FR < 14, reflexos ausentes,
diurese < 25 ml/hora;
• TRATAMENTO
- Infusão ANTI-HIPERTENSIVO
cautelosa de DE MANUTENÇÃO NA
cristalóides: 84 ml/hora
GESTANTE
concomitante ao MgSO4 em segundo
acesso venoso.
MEDICAÇÃO DOSE
3.4 ECLÂMPSIA
ETAPA PROCEDIMENTO
4. PROPEDÊUTICA FETAL
5. INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO
Medicação Dose
3ª escolha: Diurético
- Hidroclorotiazida 25 mg/dia pela manhã
- Furosemida 20 mg/dia pela manhã
ATENÇÃO:
7. PREVENÇÃO DA PRÉ-ECLÂMPSIA
REFERÊNCIAS
TIREOIDOPATIAS E GESTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Gravidez + Gravidez +
Dosa- Gravidez Hipotire- Hipertireoi-
Hipotireoi- Hipertire-
gem Normal oidismo dismo
dismo oidismo
T4 li- Aumen-
Normal Diminuído Diminuído Aumentado
vre tado
2. HIPOTIREOIDISMO
2.3 TRATAMENTO
2.3 SEGUIMENTO
3. HIPERTIREOIDISMO
3.2 TRATAMENTO
3.3 SEGUIMENTO
4. NÓDULOS TIREOIDIANOS
REFERÊNCIAS
TOXOPLASMOSE E GESTAÇÃO
1. DEFINIÇÃO
2. TRANSMISSÃO
3. DIAGNÓSTICO E CONDUTA
4. PROFILAXIA E TRATAMENTO
5. AMAMENTAÇÃO
REFERÊNCIAS
1. DEFINIÇÃO
2. DIAGNÓSTICO
3. EXAMES COMPLEMENTARES
4. CONDUTA
Contraindicações
B) TERBUTALINA (betamimético)
Pontos importantes:
RESGATE:
Sugere-se repetição da corticoterapia após 15 dias da dose de ataque
inicial se apresentar novo episódio com risco elevado de parto pré-
termo antes de 34 semanas.
o Indicações:
o Duração do tratamento:
o Retratamento:
REFERÊNCIAS
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Souza E, Fava JL, Musiello RB, Camano L. Trabalho de parto prematuro: uso
racional da tocólise. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de
Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO - Obstetrícia,
no. 29/ Comissão Nacional Especializada em Perinatologia).
TROMBOEMBOLISMO VENOSO NO
CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
1. INTRODUÇÃO
2.1 TVP
• Edema de membros inferiores, acompanhado ou não de
dor e empastamento na panturrilha;
• Dor nas extremidades;
• Diminuição do pulso;
• Palpação de cordão endurecido no membro afetado;
• Sinal de Homan (dorsiflexão do pé provocando dor em
panturrilha);
• Diferença de 2 cm entre a circunferência do membro
afetado e o normal.
2.2 TEP
• Dispneia;
• Dor pleurítica;
SUMÁRIO ISBN 978-65-5608-081-9
Rede Cegonha | 448
• Tromboembolismo prévio;
• Trombofilia hereditária ou adquirida de alto risco (SAF, homozi-
gose para fator V de Leiden e para mutação da protrombina – fator
II, deficiência de antitrombina, associação de duas ou mais trom-
bofilia);
• Necessidade de heparina de baixo peso molecular (HPBM) durante
a gestação.
• Anemia falciforme;
• Diabetes Mellitus tipo I com nefropatia;
• Trombofilias de baixo risco ((heterozigose para fator V de
Leiden e para mutação da protrombina – fator II, deficiên-
cia de proteína C e proteína S);
* mutação da MTHFR não é trombofilia;
• Usuária de drogas endovenosas.
4. CONDUTA
Puerpério: 40mg/dia
5. ORIENTAÇÕES ANTE-PARTO
• Sangramento ativo;
• Alergia ou plaquetopenia (queda de 50% do valor basal) induzidas
por heparina;
• Hipertensão arterial não controlada (≥ 180 x 110 mmHg);
• Coagulopatia (plaquetopenia < 70 mil ou TP com INR >1,5);
• Insuficiência renal (creatinina > 1,5mg/dL);
• Peso < 40 kg.
REFERÊNCIAS
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