Minayo
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NOÇÕES BÁSICAS
1
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Política Social e Direitos Humanos
e Mestra em Política Social pela Universidade Católica de Pelotas – UCPel, bolsista
da CAPES.
2
Mestranda Programa de Pós-Graduação em Política Social e Direitos Humanos e
Bacharela em Direito pela Universidade Católica de Pelotas – UCPel, bolsista da CA-
PES.
3
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Política Social e Direitos Humanos
pela Universidade Católica de Pelotas – UCPel.
1. INTRODUÇÃO
quais sejam:
- A forma de colocação de um item na lista deve induzir a uma
conversa sobre a experiência. Numa entrevista de cunho quali-
tativo [...] deseja-se que a linguagem do roteiro provoque vá-
rias narrativas possíveis das vivências que o entrevistador vai
avaliar; as interpretações que o entrevistado emite sobre elas e
sua visão nas relações sociais envolvidas nessa ação.
- O guia de entrevista deve conter apenas alguns itens indis-
pensáveis para o delineamento do objeto em relação à realidade
empírica, facilitando a abertura, ampliação e aprofundamento
da comunicação.
- Cada questão do roteiro deve fazer parte do delineamento do
objeto, de forma que todos os tópicos em conjunto se encami-
nhem para dar-lhe forma e conteúdo e contribuam para satisfa-
zer as relevâncias previstas no projeto (ponto de vista do inves-
tigador) e as dos informantes (ponto de vista dos entrevista-
dos). (MINAYO, 2014, p. 191).
Salienta-se que, além dessas questões a serem considera-
das, os questionamentos básicos que estruturam esse tipo de ro-
teiro (bem como o de entrevistas abertas e de grupos focais), de-
vem partir de fundamentados teóricos consistentes sobre o
fenômeno social que “[...] oferecem um amplo campo de inter-
rogativas, fruto de novas hipóteses que vão surgindo à medida
que se recebem as respostas do informante” (TRIVIÑOS, 1987,
p. 146). Deste modo, esse tipo de roteiro poderá sofrer modifi-
cações em campo, mas estas devem “[...] ser devidamente acom-
panhadas, constituindo-se num processo reflexivo permanente
do pesquisador” (MINAYO, 2014, p. 192), sem perder o foco do
objeto de estudo.
Com relação ao roteiro de entrevista em grupos focais,
deve ter “[...] por objetivo captar, a partir das trocas realizadas
no grupo, conceitos, sentimentos, atitudes e representações” (RI-
CHARDSON, 2017, p. 229). Esse tipo de roteiro deve ser sufi-
cientemente provocador para permitir discussões entusiasmadas
e participativas, além de “[...] promover condições de aprofun-
damento, fazendo jus ao que se pretende com essa técnica” (MI-
NAYO, 2014, p. 193).
_2146________RJLB, Ano 6 (2020), nº 4
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS