Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Descrição de Projeto

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 25

CENTRO DE ENSINO SUPERIO DO AMAPÁ – CEAP

CENTRO COMERCIAL E SERVIÇOS; SHOPPING CENTERS


CATARINE FERNANDES
FILIPI GUERREIRO MIRANDA
LUIS GUSTAVO PACHECO MIRA
LORRANE
PEDRO HENRIQUE PINHEIRO ALENCAR DE SOUZA
KELVIM ALMEIRA

SHOPPING DE VIZINHANÇA

MACAPA/AP
2023
CENTRO DE ENSINO SUPERIO DO AMAPÁ – CEAP
CENTRO COMERCIAL E SERVIÇOS; SHOPPING CENTERS
CATARINE FERNANDES
FILIPI GUERREIRO MIRANDA
LUIS GUSTAVO PACHECO MIRA
LORRANE
PEDRO HENRIQUE PINHEIRO ALENCAR DE SOUZA
KELVIM ALMEIRA

SHOPPING DE VIZINHANÇA

Trabalho de pesquisa em
correlatos de centros
comerciais e serviços
apresentado como requisito
avaliativo ao professor
Leonardo Beltrão da disciplina
projeto de shopping center do
sétimo semestre letivo do
curso de arquitetura e
urbanismo 7ARQN.

MACAPA/AP
2023
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 01
FIGURA 02
FIGURA 03
FIGURA 04
FIGURA 05
FIGURA 06
FIGURA 07
FIGURA 08
FIGURA 09
FIGURA 10
FIGURA 11
FIGURA 12
FIGURA 13
FIGURA 14
FIGURA 15
FIGURA 16
FIGURA 17
FIGURA 18
FIGURA 19
FIGURA 20
FIGURA 21
SUMARIO

LISTA DE FIGURAS

DESCRIÇÃO DO PROJETO

HISTÓRICO DE OCUPAÇÃO URBANÍSTICA

CARACTERIZAÇÃO DA CIDADE

TEMÁTICA DO PROJETO E CORRELATOS

DRECRIÇÃO DA AREA

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
DESCRIÇÃO DO PROJETO
Idealização de um shopping center de vizinhança de pequeno porte, com
execução na cidade de Macapá-Ap, trazendo características generalistas
amazônicas, em seus conceitos relevantes para dentro da regionalidade
amapaense, arquitetonicamente projetado para evidenciar as relevâncias da biota
amazônica, em seus variados aspectos ecológicos, integrado ao tecido do meio
urbano da cidade, suscitando espaços verdes internos e externos, com a flora local
e espécies relevantes do nosso bioma a qualidade paisagística, responsável ao
estimulo a boa experiência dos usuários e funcionários.

Considerando a ambiência do traçado arquitetônico, da proposição do projeto,


estando categorizado como um shopping de vizinhança, tornando-se um centro
comercial de referência á lojistas específicos, abrangendo a alimentação regional e
também fastfoods, magazine e a promoção a cultura, com formas de lazer voltadas
a conscientização humana a sustentabilidade. Realizando em conjunto uma
variedade de serviços voltados a qualidade de vida da pessoa humana.

HISTÓRICO DE OCUPAÇÃO URBANÍSTICA


Teve seu início aproximadamente em 1750, com os esforços pela defesa
brasileira, de onde partiram para a construção da fortaleza, antes desse período a
região e seus moradores viviam sob a ordem de fazendeiros donos de escravos, no
trabalho de exploração da terra, o início da vila.

... (CANTUÁRIA, Eloane; SILVA, José de Vasconcelos; PELAES, Fátima


MA. 2010), tem origem do ordenamento de uma antiga povoação que vivia
em um dos braços do caudaloso Rio Amazonas. A fundação da Vila data de
fevereiro de 1758, quando a cidade estava sob o comando do sargento-mor
engenheiro Tomás Rodrigues da Costa. Segundo Araújo a nova povoação
foi instalada mais ao norte da antiga ocupação, após o lago que impedia o
crescimento da Vila. Apesar de rudimentares, os levantamentos realizados
por Portugal no período apontaram esta região como estratégica para a
Coroa: a região do Cabo Norte localizava-se no extremo norte da Colônia,
tinha a particularidade de ser cortada pela imaginária Linha do Equador,
além de estar localizada em uma das margens mais estreita do Amazonas,
local ideal para fundar uma possessão portuguesa. Essas terras já haviam
sido cobiçadas por holandeses e os franceses disputavam com Portugal a
posse do lugar. Por causa desses e de outros atributos, Macapá viria a se
transformar em uma experiência-modelo no seu traçado urbanístico,
refletindo o projeto político e administrativo do Marquês de Pombal em
ampliar e fixar o domínio de Portugal nas terras do Norte. Possivelmente por
essa razão, o plano urbano para Macapá tenha sido bastante diferente de
outras cidades fundadas pelos portugueses no Brasil Colônia em meados
do século XVIII.

Passados alguns períodos históricos, decorrem cerca de 200 anos em que a região
ficou inoperante, esquecendo-se os propósitos da coroa, deixou um planejamento
urbano constituído de uma praça dupla central, igreja e vilarejo.

... (id, 2010) A reforma urbana implantada no Governo de Janary também


iria introduzir o movimento moderno no cenário arquitetônico da cidade de
Macapá através das expressões oriundas do Neo-Colonial e Art Déco, um
modernismo de certa forma tardio, já que no Brasil estes estilos iriam se
desenvolver entre os anos de 1920 e 1930. O arquiteto José Vitor
Contreiras foi o responsável pelo planejamento e execução inicial das obras
na cidade sendo substituído posteriormente pelo engenheiro civil Hildegardo
da Silva Nunes, nomeado Diretor de Viação e Obras Públicas do Território.
O Neo-colonial em Macapá se caracterizou o uso da simetria, das linhas
retas, horizontalidade, limpeza ornamental, largos beirais, vergas de arcos
rebatidos e sobriedade da edificação. Dentre as principais obras de
influência neo-colonial, apontam-se o edifício da residência governamental e
o Hotel de Macapá, já demolido. Na arquitetura Art Déco ficou formas
aerodinâmicas, colunas e capitéis, visível o apego às linhas geométricas e
de aparência cubista, balcões, recuos, esculturas arquitetônicas estilizadas
e baixos-relevos. Entre as edificações mais expressivas destaca-se o
Colégio Amapaense.

CARACTERIZAÇÃO DA CIDADE
Macapá, uma cidade crescente, possui 265 anos, jovem e provinciana em
consideração aos grandes centros metropolitanos da região norte e nordeste, tem
relevância arqueológica com a fortaleza de são José de Macapá, construída no
século XVIII (dezoito) a margem esquerda do rio Amazonas, é considerada a maior
fortificação do Brasil, erguida com o propósito de defender a Amazônia diante da
possibilidade de uma suposta invasão territorial, localizada em uma área extensa de
quase 30 mil metros quadrados, é um dos mais antigos pontos turísticos da capital
amapaense, tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), em 22
de março de 1950, e elevado à categoria de Museu em 2007.O Impacto mais
evidente da construção da Fortaleza foi a criação e desenvolvimento da Vila de São
José de Macapá, que deu origem à capital amapaense. O rio amazonas, chamado
por muitos populares de majestoso, contemplado pelos cidadãos que transitam
pelas rodovias costeiras da cidade, rio este situado no norte da América do Sul, ao
centro da floresta amazônica, maior rio da Terra, tanto em volume d'água quanto em
extensão (6.992,06 km), tem sua origem na nascente do rio Apurímac no alto da
parte ocidental da Cordilheira dos Andes, no sul do Peru, e deságua no Oceano
Atlântico junto ao rio Tocantins no grande Delta do Amazonas, no norte brasileiro
amazônico. Quanto a geografia, tem o privilégio de estar situada na região tropical.

...(TAVARES, João Paulo Nardin, 2014) em torno da Linha do Equador, o


estado do Amapá recebe durante todo o ano uma grande quantidade de
energia solar, que vai lhe dar um clima quente e úmido, que se caracteriza
principalmente pelo regime de precipitação, sujeito a grandes variações
sazonais no regime de precipitação, devido à migração anual da Zona de
Convergência Intertropical (ZCIT), que consiste numa banda de
nebulosidade convectiva que dá a volta no globo, associada à confluência
dos ventos alísios, à baixa pressão atmosférica à superfície na região do
equador, às áreas de máxima temperatura da superfície do mar e à máxima
convergência de umidade em baixos níveis da atmosfera (MELO;
CAVALCANTI; SOUZA, 2009).

Segundo De Souza e Cunha (2010), observa-se próximo à costa do estado


do Amapá condições oceânicas e atmosféricas que favorecem a formação
de nuvens convectivas sobre o Oceano Atlântico Equatorial, as quais podem
se propagar em direção à Amazônia pelo escoamento de leste, ou seja, os
ventos alísios. A região sofre muitas vezes anomalias nas médias
climatológicas devido a eventos climáticos extremos, resultantes das
variabilidades de larga escala, como por exemplo, os fenômenos El Niño e
La Niña, entre outros (De SOUZA et al. 2000, 2004, 2009; FEDOROVA e
CARVALHO, 2006).

Então, os fenômenos meteorológicos que causam precipitação na região do


estado durante a estação chuvosa são, principalmente, a atividade
convectiva da Zona de Convergência Intertropical (grande escala), e a
interação entre as atividades convectivas locais e a da grande escala.
Durante qualquer época do ano, podem ocorrer chuvas formadas pelas
linhas de instabilidade formadas pela brisa, distúrbios ondulatórios na
atmosfera e convecção úmida profunda local (MOLION, 1987; COHEN et
al., 1989).

Dos fenômenos citados, estão a ocorrência de chuvas de raios e ondas


sonoras (relâmpagos), trombas d’agua e arco-íris, são os que mais ressaltam aos
olhos dos moradores da cidade localizada no meio do mundo.

TEMÁTICA DO PROJETO E CORRELATOS


Após a análise subjetiva do ordenamento urbano da zona a qual estão inseridos os
bairros nos arredores da área de intervenção, zona sul, as margens costeiras do rio
amazonas, notasse a presença de uma série de mercados, supermercados e a
construção de um hipermercado na região, estando caracterizada uma grande oferta
de gêneros alimentícios devido a tais empreendimentos deste ramo. Também
incluso nesta projeção, porem com uma roupagem metodológica diferenciada, com
um viés a conscientização e recordação dos princípios básicos da sustentabilidade
aos usuários, em sua estruturação paisagística, paginação de pisos, cores e
elementos construtivos menos danosos ao ambiente, de fácil modificação as
demandas de lojistas ou a recepção de eventos culturais.
Soi La Salle é um projeto comunitário piloto que passou por uma mudança
desruptiva nos últimos 10 anos. Esta comunidade possui uma área
residencial, mercado, instituição educacional e local religioso. A expansão
resultou em uma escola internacional, condomínio e centro comunitário.
O espaço original era um mercado de frutas frescas. A inquilina anterior era
uma monja budista que alugou este espaço sem qualquer despesa por um
período de 10 anos. Ambas as fachadas, ao longo da região, também
abrigam uma espécie de mercado. Em última análise, este é o conceito
principal do projeto que sustenta o modo de vida e as atividades
comunitárias, preservando mais de 65% dos espaços verdes e mantendo-os
como áreas permeáveis.

Por isso, ele também é entendido como um pulmão para a comunidade ao


redor da área residencial e as 12 escolas em Soi La Salle. A intenção do
projeto é abranger um espaço que pode ser multifuncional, simplificando o
trabalho arquitetônico e estrutural integrando o paisagismo, a parte
mecânica e elétrica. Uma área de vegetação é projetada no terraço para
funcionar como horta. Também projetamos jardins selvagens para serem a
peça central, atuando como um santuário na natureza.
Todo o espaço de varejo está conectado e pode ser modificado para novos
inquilinos. O espaço de locação pode ser funcional no sentido horizontal ou
vertical, utilizando 7 escadas para conectar os pavimentos superiores e os
pavimentos inferiores. Os principais materiais são madeira, aço e o concreto
bruto acabado. A sua deterioração natural fará com que o aspecto material
seja alterado sazonalmente. Nenhum revestimento ou tratamento químico
na superfície é necessário permitindo que o edifício respire e permaneça
sustentável. A cobertura de aço possui uma pequena coluna de concreto
com espaço livre de 3x3 m em um ângulo diferente, criando uma conexão
entre o ambiente e o espaço verde circundante. A cobertura adicional
também pode ser administrada para futuras expansões. A fachada adota
uma proporção específica com os brises da CHANGIGARH (Le Corbusier),
que está localizada em um clima parecido com o da Tailândia.

Dimensão e padrão são alterados para se adequar ao projeto usando uma


placa de aço perfurada. Isso permite a ventilação e evita a poluição sonora
e poeira da rua principal, desviando também a direção do vento. Esse fator
natural permite que as matérias-primas mudem com o passar do tempo. Por
exemplo, o aço permite que o acabamento rústico exiba sua ferrugem bruta
de forma natural. Nas fachadas relacionadas à escola La Salle, um padrão
distinto é usado para criar uma modulação que se assemelha a um padrão
típico 'Khid', semelhante a um tapete local tailandês.
Ele também atua como uma tela para proteger da chuva e do sol na direção
oeste-leste. À noite, também exibe uma 'silhueta' através da iluminação que
relembra o antigo modo de vida nesta área.
Observando os aspectos comerciais do mercado de trabalho global, o Brasil, Japão
e E.U.A (Estados Unidos da América), como consonantes econômicas do homem e
o mercado de trabalho, prestando serviços das mais variadas escalas ao trabalho e
a níveis da sociedade, evidenciando os centros comerciais urbanos e de prestação
de serviços selecionados, no âmbito oriental, sobre comercio, pode-se reverenciar
centro comercial e cultural do OMA, situado em Tóquio, localizado em um local entre
as vias locais, a uma curta distância dos principais destinos públicos, o
empreendimento é uma nova fase de um esforço para transformar uma certa área
com energia urbana.
Descrevendo a conceituação, elaboração e execução urbanística e
arquitetônica (2022), O projeto se baseia no “With Harajuku” (slogan) NTT,
inaugurado em 2020, de um desenvolvimento urbano maior para facilitar um
novo fluxo de pessoas por uma série de becos, praças e zonas comerciais
para encontros e trocas informais. O Harajuku Quest atrairá pessoas e
atividades de Omotesando e Oku-Harajuku e conectará as duas áreas pela
primeira vez. Omotesando apresenta uma rara via axial em uma área
predominantemente definida por ruas sinuosas e não lineares, com uma
forte identidade urbana definida por árvores zelkova, calçadas largas e uma
série de carros-chefe de marcas globais bem reconhecidas.
A crescente necessidade de marcas expressivas na arquitetura de varejo
contribuiu para o crescimento das escalas de construção na rua ao longo do
tempo, com lojas enfatizando identidades distintas apenas em direção ao
eixo principal. Ao Norte, além do corredor principal de Omotesando, Oku-
Harajuku oferece uma experiência mais íntima, uma paisagem urbana de
"aldeia" de ruas estreitas e orgânicas e prédios em escala humana que
abrigam lojas independentes.
Desde a década de 1970, o bairro cultivou uma cultura jovem distinta e um
movimento criativo com reconhecimento global e influência na moda de rua.
Em resposta aos dois contextos, uma única forma é moldada por duas
manipulações diferentes dentro do envelope de zoneamento do local. Uma
face monolítica e transparente ergue-se em Omotesando, recuada no topo
para trazer luz e recuada no solo para fazer uma passagem de pedestres
para Oku-Harajuku.

Em oposição à verticalidade expansiva, uma série de terraços em escala


humana se eleva em degraus, criando espaços abertos e variados para que
os programas se espalhem em direção a Harajuku. Um dado público no
terraço do segundo nível é expandido para formar uma grande praça para
programas e reuniões culturais, estendendo a vida do bairro para o local e a
atividade de construção além da experiência tradicional de varejo.
Este pequeno centro comercial está localizado em meio a uma área
suburbana da cidade de Córdoba. Córdoba, como a maioria das cidades
argentinas, está sofrendo um processo de dispersão e crescimento em
forma de subúrbios de baixa densidade, modelos urbanos importados, sem
identidade nem qualidade urbana. Neste entorno urbano descontínuo e
anônimo, formado por infinitas residências individuais e edifícios isolados,
consideramos necessário construir não apenas um lugar para satisfazer as
necessidades de compra do setor, mas também um lugar de encontro
significativo que se transforme em um ponto de referência para a região,
dotando-o de urbanidade e de características próprias da cidade tradicional.
Este espaço na cidade tradicional é a praça maior, lugar de encontro, cívico
e comercial, pondo te referência para toda a cidade.
Os subúrbios não possuem nenhuma dessas características, por isso
propusemos que este novo centro comercial fosse também uma praça
pública que permite introduzir algumas das características da cidade
tradicional no entorno suburbano. Este edifício pretende não apenas
satisfazer os estritos requerimentos comerciais do cliente, mas também
fornece um novo espaço urbano para a região.
O edifício não deveria ser um objeto icônico, mas um plano de fundo neutro
para um espaço público que permita diversas atividades e funcione como
lugar de encontro. O coração do projeto é a praça, e os edifícios que a
rodeiam apenas uma forma de conter e definir o vazio. A praça é delimitada
por três elementos independentes conectados entre si por uma galeria mais
baixa que serve para reduzir a percepção de escala do conjunto a partir do
interior da praça. Uma rigorosa modulação permitiu vincular os grandes
vãos dos edifícios pré-fabricados e os vãos menores da galeria metálica. A
flexibilidade foi um dos principais requisitos, que, paradoxalmente, se
resolveu através dessa rigorosa modulação que controla a totalidade do
conjunto. Construir um espaço urbano significativo em meio a um subúrbio
anônimo é possível, e a resposta não é nova: trata-se de recuperar e
ressignificar as qualidades urbanas de nossa cidade tradicional, neste caso
a praça, para poder, a partir da arquitetura, contribuir com uma região da
cidade que carece de urbanidade.
Sobre a historicidade em construções de shoppings centers no Brasil pode-se
atribuir relevância a construção do shopping Iguatemi, em São Paulo.

Segundo ... (GÓES, Eda. 2016) No Brasil o primeiro shopping, como não
poderia deixar de ser, foi construído em São Paulo em 1966 e batizado
Iguatemi o mesmo nome indígena da rua onde estava localizado. Essa
opção parece conveniente e há de se lembrar que a prática do uso de
nomes indígenas foi utilizada no Romantismo, que se empenhou na
participação de exposições universais, criando seus pavilhões, contribuindo
para afirmar o exótico e único império americano. Porém, foi na década de
1980 que a interiorização dos shoppings, quase repetindo a velha façanha
de antigos bandeirantes, aconteceu. Nesse rumo da Marcha para o Oeste,
encontrava-se Goiânia. Em outubro de 1981 o primeiro desses
estabelecimentos foi inaugurado e batizado com o nome da árvore de
Madagascar transplantada para a Terra Brasilis, o Flamboyant (Delonix
regia). Explicam os empreendedores que o nome escolhido se devia ao fato
de ser essa árvore a preferida dos goianos, principalmente na primavera.
Por um raciocínio tortuoso concluíram que, por ser o “shopping totalmente
fruto de Goiás”, seu nome justificava ser o da árvore apreciada por seus
habitantes. Nomear os shoppings com nomes de plantas tornou-se um
consenso na cidade, quase transformada em um exótico jardim botânico. Ao
Flamboyant sucederam o Shopping Bougainville (Bougainvillea spectablis),
Buriti Shopping (Mauritia flexuosa L) e, entre os mais populares, o Banana
Shopping (Musa X paradisíaca L). Entre todos, para se fazer justiça, a única
planta característica dessa região é o Buriti, uma espécie de palmeira que
cresce em alagados.
Podendo ser evidenciado o como outra referência centro nortista do Brasil, em
prestação de serviços e comercio a construção do shopping center Buriti.

(PEIXOTO, Elane Ribeiro, 2007). Compõe, o Buriti Shopping center situa-


se na linha divisória dos municípios de Goiânia e Aparecida, a Avenida Rio
Verde. Esta via de grande fluxo é parte da GO estrada que se dirige para a
Região Sudoeste do Estado, ao longo da qual se situam vários condomínios
fechados. Esse shopping cresceu e consolidou-se em curto espaço de
tempo, sendo o único capaz de rivalizar-se ao Flamboyant. Inicialmente foi
pensado para abrigar um comércio menos luxuoso, porém a construção dos
condomínios em sua proximidade alterou o perfil desta parte da cidade. As
eficazes pesquisas de mercado assinalaram a necessidade de modificações
o shopping sofreu reformas, acréscimos e sofisticou-se.

(RAMOS, Henrique. 2017) A noção de que os espaços de edifícios


comerciais promovem a desconexão entre os âmbitos público e privado nas
cidades justificou um dos objetivos da pesquisa, uma vez que essa
desconexão impacta negativamente nas atividades econômicas nestes
locais, além de contribuir para o esvaziamento dos espaços urbanos.
Apesar da recente produção de edifícios cada vez mais herméticos ao
espaço da cidade, estudos de morfologia e usos da arquitetura ensejam que
outra realidade é possível, na qual a forma e a configuração do ambiente
construído contribuem para geração de lugares com maior potencial para o
movimento e a permanência de pessoas.

(HOLANDA, 2010; GARCIA et al, 2011; TENÓRIO, 2012; NETTO,


VARGAS e SABOYA, 2012). Com base na teoria da sintaxe espacial, que
usa relações matemáticas e ferramentas computacionais para descrever e
compreender espaço e forma urbanos e suas implicações sociais, defende-
se que a forma edilícia tem efeitos sobre o desempenho do edifício como
elemento indutor de vitalidade urbana, com presença e urbanidade. O
processo de concepção projetual foi então estruturado a partir da
identificação de tais atributos para o edifício pretendido, sendo vitalidade
urbana materializada por continuidade edilícia, diversidade de usos,
conexão entre os âmbitos público e privado, densidade satisfatória e
configuração da malha que favoreça movimento e presença de pessoas
(NETTO, VARGAS e SABOYA, 2012; VARGAS, 2003; HILLIER et al, 1993;
JACOBS, 2014 [1961]); copresença encontrada em espaços que favorecem
a percepção da existência do outro, cociência, e da coexistência dos corpos
em um mesmo lugar, possibilitando tanto interações espontâneas entre
seus múltiplos atores, ou apenas os “contatos passivos de se ver e ouvir” a
que se refere Jan Ghel (HOLANDA, 2013; JACOBS, 2014 [1961]; GEHL,
2013); e urbanidade representada por espaços urbanos com forte presença
e diversidade de pessoas e atividades, ênfase na escala humana, nas
relações de pertencimento com o lugar e em sensações de conforto e
segurança (HOLANDA, 2002, TENÓRIO, 2012; NETTO, 2014).

DRECRIÇÃO DA AREA

O lote está localizado na rua Jovino Dinoá, n° 4322 - Bairro Beirol, Macapá -
AP. A Latitude/Longitude 0,013236-51,061745. Onde está situado é nas
coordenadas 0°00'43.8"N 51°03'42.0"W Ao fazer o levantamento topográfico do
terreno, foi possível analisar que ele está disposto em uma área em que há declive
acentuado nas curvas de nível 1.70 a 5.70, formando um talude íngreme nesta
região, porém a área a ser trabalhada está nos níveis mais baixos, favorecendo o
acesso ao local. Outro fator a ser considerado é sua massa vegetal em grande
quantidade, sendo caracterizadas por árvores de médio e grande porte, além das
vegetações arbustivas e rasteiras. Em seu entorno podemos ver que há uma vasta
quantidade de edificações de uso comercial e por ser um setor de lazer, percebe-se
várias praças disponíveis para a população, o qual será favorável para a proposta de
shopping. Ademais, há edificações de caráter público como o Sesc e o hospital
CEMED. As principais vias são arteriais e de fluxo constante.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
AMAPÁ, Território Federal do. Relatório das Atividades do Govêrno do Território
Federal do Amapá, em 1944, apresentado ao Excelentíssimo Senhor Presidente da
República pelo Capitão Janary Gentil Nunes, Governador do Território. Rio de
Janeiro:Imprensa Oficial, 1946.
CANTUÁRIA, Eloane; SILVA, José de Vasconcelos; PELAES, Fátima MA. O
Inventário de Conhecimento dos Bens Imóveis da Cidade de Macapá e o Legado do
Movimento Moderno. Anais do I Seminário Internacional da Academia de Escolas de
Arquitectura e Urbanismo de Lingua Portuguesa. Lisboa, Faculdade de Arquitectura
da Universidade Técnica de Lisboa, 2010.
Centro comercial e praça pública ACAECE / BLT arquitectos
https://www.archdaily.com.br/br/921819/centro-comercial-e-praca-publica-acaece-blt-
arquitectos?ad_source=search&ad_medium=projects_tab Acessado dia 22/03/2023
Centro Comercial Comunitário DADFA / M space
https://www.archdaily.com.br/br/985745/centro-comercial-comunitario-dadfa-m-
space?ad_source=search Acessado dia 25/03/2023
COEHN, J.C.P.; SILVA DIAS, M.A.F.; NOBRE, C.A. Aspectos climatológicos das
linhas de instabilidade na Amazônia. Climanálise: Boletim de Monitoramento e
Análise Climática, v.4,n.11, p.34 - 40, 1989.
CUNHA, Helenilza Ferreira Albuquerque (coord.). Tempo, Clima e Recursos
Hídricos: Resultados do projeto REMETAP no estado do Amapá. Macapá: IEPA,
2010. p.177-195.
De SOUZA, E.B.; CUNHA, A.C. Climatologia de Precipitação no Amapá e
mecanismos climáticos de grande escala. In: CUNHA, Alan Cavalcanti da; De
SOUZA, Everaldo Barreiros,
De SOUZA, E.B. et.al. Precipitação sazonal sobre a Amazônia Oriental no Período
Chuvoso:Observações e Simulações Regionais com o REGCM3. Revista Brasileira
de Meteorologia,v.24, n.2, p.111-124, 2009.
FEDOROVA, N.; CARVALHO, M.H. Processos sinóticos em anos de La Niña e de El
Niño: nebulosidade convectiva nas regiões equatoriais e tropicais da América do Sul
e oceanos adjacentes. Revista Brasileira de Meteorologia, v.21, n.1, p.1-14, 2006.
GARCIA, Cláudia da Conceição et al. Passado, presente e futuro de uma avenida
moderna: W-3, Brasília. In: HOLANDA, Frederico de (Org). Arquitetura e Urbanidade.
2.ed. Brasília: FRBH, 2011. p. 66-93.
GEHL, Jan. Cidades para pessoas. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2013. 262 p.
GÓES, Eda. SHOPPING CENTER: CONSUMO, SIMULAÇÃO E CONTROLE
SOCIAL. Finisterra: Revista Portuguesa de Geografia, v. 51, n. 102, 2016.
Hidrografia: Rio Amazonas. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional
Fundepar http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?
foto=906&evento=7 (acessado 02/03/2023)
HOLANDA, Frederico de. O espaço de exceção. Brasília: Editora UnB, 2002. 466 p
HOLANDA, Frederico de (Org.). Arquitetura e Urbanidade. 2.ed. Brasília: FRBH,
2011. p.13-16
HOLANDA, Frederico de. 10 mandamentos da arquitetura. Brasília: FRBH, 2013.
341p
JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. 3.ed. São Paulo: Wmf Martins
Fontes, 2014[1961]. 510p.
MELO, A.B.C.; CAVALCANTI, I.F.A.; SOUZA, P.F. Zona de Convergência
Intertropical do Atlântico. In: CAVALCANTI, Iracema F.A. et al. (org.). Tempo e clima
no Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2009. p.25-42
MOLION, L.C.B. Climatologia Dinâmica da Região Amazônica: Mecanismos de
precipitação. Revista Brasileira de Meteorologia, v.2, p.107-117, 1987.
NETTO, Vinicius M.; VARGAS, Júlio César; SABOYA, Renato T. de. (Buscando). Os
efeitos sociais da morfologia arquitetônica. Urbe. Revista Brasileira de Gestão
Urbana, Curitiba, v.4, n.2, p.261-282, jul. /dez. 2012.
NETTO, Vinícius M. Urbanidade e a condição do outro. In: Cidade & sociedade: as
tramas da prática e seus espaços. Porto Alegre: Sulina, 2014. p. 189-225
Novo centro comercial e cultural do OMA em Tóquio começa a ser construído
https://www.archdaily.com.br/br/991694/novo-centro-comercial-e-cultural-do-oma-
em-toquio-comeca-a-ser-construido Acessado dia 19/03/2023
PEIXOTO, Elane Ribeiro et al. GT4-462 Goiânia, a Cidade Genérica. Anais
ENANPUR, v. 12, n. 1, 2007.
Principal ponto turístico da capital amapaense, a Fortaleza de São José de Macapá
é considerada a maior fortificação do Brasil. https://portalamazonia.com/amazonia-
az/fortaleza-de-sao-jose-do-macapa JORNALISMO@PORTALAMAZONIA.COM
(acessado 02/03/2023)
RAMOS, Henrique. Projeto Arquitetônico de Centro Comercial e de Serviços:
conceitos e concepção de um edifício aberto à cidade. Revista Projetar-Projeto e
Percepção do Ambiente, v. 2, n. 1, p. 137-142, 2017.
RISSINGER, Maurício Ambrosi. Novo Centro Comercial Benjamin. 2009.
TAVARES, João Paulo Nardin. Características da climatologia de Macapá-AP.
Caminhos de geografia, v. 15, n. 50, p. 138-151, 2014.
TENORIO, Gabriela de Souza. Ao desocupado em cima da ponte: Brasília,
arquitetura e vida pública. 2012. 391f. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo)
- Universidade de Brasília. Brasília, 2012

Você também pode gostar