Livro - Versao Final - DENISE VIDAL GADELHA FORMIGHIERI
Livro - Versao Final - DENISE VIDAL GADELHA FORMIGHIERI
Livro - Versao Final - DENISE VIDAL GADELHA FORMIGHIERI
DESENHO ARQUITETÔNICO
E DA CONSTRUÇÃO CIVIL
EXERCÍCIOS INTERDISCIPLINARES
DESENHO ARQUITETÔNICO
E DA CONSTRUÇÃO CIVIL
EXERCÍCIOS INTERDISCIPLINARES
FORTALEZA - CEARÁ
2019
Capa: Fotografia de Igor Almeida Machado e edição da autora.
Agradecimento especial ào meu marido, Fábio, e à minha família..
A preparação deste livro não seria possível sem a contribuição do professor Dr.
Jefferson Queiroz Lima e da pedagoga Marcilia Maria Soares Barbosa Macedo, ambos
do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Também
agradeço a contribuição dos professores juízes que validaram o livro, assim como o
auxílio de diversos amigos e desconhecidos que me cederam as imagens das
edificações.
SUMÁRIO
01 APRESENTAÇÃO 30 EXERCICIOS
03 PREFÁCIO
36 MASP
39 EXERCICIOS
OBRAS/EXERCÍCIOS
05 VISTAS ORTOGONAIS
40 MAUSOLÉU CASTELLO BRANCO
06 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA 43 EXERCICIOS
DOMÍNIOS
44 HOTEL UNIQUE
07 PERSPECTIVA CAVALEIRA
47 EXERCICIOS
57 SOBRE A AUTORA
11 MUSEU DO AMANHÃ
15 EXERCÍCIOS
OBRAS/EXERCÍCIOS
APÊNDICE - DESENHO
16 EDIFÍCIO GHERKIN
20 EXERCÍCIOS
21 THE SHARD
25 EXERCÍCIOS
26 PAVILHÃO DE PORTUGAL
APRESENTAÇÃO
Prezado estudante, em suas suas habilidades racionais. Busque o seu professor e peça
esclarecimentos, procure outras fontes de informações, troque ideias com os seus
A representação gráfica é tão importante quanto a escrita. O desenho
colegas compartilhando com eles as diferentes perspectivas adotadas na solução
técnico fornece informações necessárias para a construção de um objeto.
dos desafios postos.
Pensando nisso e visando abordar a maioria dos assuntos relativos ao desenho
técnico de forma sucinta, elaborei uma lista de exercícios para você, aluno(a) de O pressuposto para o uso do livro é que o docente demonstre a utilização
graduação de arquitetura e urbanismo, engenharia civil e do curso técnico em dos instrumentos de desenho e transmita o conhecimento teórico de forma
edificações ou áreas afins poder exercitar seus conhecimentos. Nela está contida satisfatória e com técnica para obter condições. Em momento posterior, ele deve
alguns temas que formam os conhecimentos práticos de desenho técnico. disseminar esta lista de exercícios.
Neste livro, empreguei a ideia que, para entender o desenho técnico, é Se você exercitar com dedicação, conseguirá atingir todos os objetivos
necessário compreender a visão espacial. Portanto, para que esta visão seja mais propostos.
rapidamente obtida, usei edificações existentes, localizadas no Brasil e no mundo
como forma de compreensão da realidade. A intenção portanto, é favorecer
conhecimentos práticos para você tenha a percepção e compreensão do contexto A todos(as), bons estudos!
histórico das obras selecionadas; compreensão da construção das perspectivas e
A autora.
vistas com eficácia e assimilação. Assim, as questões são contextualizadas com a
história das edificações a que se pretende desenhar e com o sistema estrutural
evidente.
1
INTRODUÇÃO
Dados da literatura mostram uma carência de contextualização, de estruturais da faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo,
levantamento histórico e arquitetônico, e de correlação com a rotina dos estudantes. do arquiteto Vilanovas Artigas; a técnica usada para gerar a forma do Museu
Diversos livros da área não abordam exercícios e, quando abordam, não trazem essa Brasileira da Escultura em São Paulo, do arquiteto Paulo Mendes de Rocha; o sistema
contextualização histórica. Diante disso, procurando melhorar o desempenho didático construtivo industrializado do Centro Administrativo da Bahia em Salvador, do
e a compreensão do aluno, torna-se necessário a realização de novas estratégias arquiteto João Filgueiras Lima.
didáticas que atendam às deficiências dos discentes. Assim, acredita-se que haverá uma melhoria na inteligência espacial dos
Ao acreditar que sólidos descontextualizados, sem coerência, atrapalham a alunos e uma maior atratividade pelos assuntos de desenho se o estudante for atraído
assimilação do aluno de imediato para o desenvolvimento dos desenhos, surgiu a pelo os conteúdos dos cursos que estão inseridos e, ainda, se souberem a história da
ideia deste livro de exercícios com fundamentação teórica baseada em arquitetura e a identificação de sistemas estruturais da obra em que se destina a
interdisciplinaridade no ensino. Com este formato, o discente estudará sobre história desenhar. Dessa forma, é o uso da interdisciplinaridade entre áreas afins que trará
da edificação e os seus sistemas estruturais para, então, desenhar de fato uma maiores resultados no processo de desenvolvimento da visão espacial.
volumetria semelhante à obra analisada nos textos da parte teórica primeiramente
apresentada.
O critério de escolha das edificações foi baseado na sua intenção formal. As
obras têm seu sistema estrutural relacionado ao projeto arquitetônico de forma
exposta ou destacada. A forma exposta são edificações que exibem suas estruturas e
as usam como os principais causadores da forma arquitetônica. A forma destacada é
própria de construções cujo sistema estrutural é explorado como característica do
1
projeto, enaltecendo a forma e a materialidade da estrutura . Além desse critério de
escolha das edificações, a obra selecionada é um símbolo para a cidade em que se
situa, representa um ícone para arquitetura local.
Há vários exemplos em que a técnica construtiva e o sistema estrutural
sobressaem na forma arquitetônica, tais como: os grandes planos e empenas
1
CHING, Francis; ONOUYE, Barry; ZUBERBUHLER, Douglas. Sistemas estruturais ilustrados: padrões, sistemas e
projetos. Tradução Alexandre Salvaterra. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
2
PREFÁCIO
Ao final da leitura do livro e aplicação de seus exercícios, espera-se que o
leitor seja capaz de conhecer o objeto de estudo do desenho técnico e a sua relevância
na arquitetura e engenharia; relacionar os conteúdos aqui propostos com os
aprendizados obtidos ao longo do curso; a partir das dificuldades e das descobertas 5. Perspectiva Cônica de 1 ponto de fuga
vivenciadas, utilizar estes conhecimentos em projetos de engenharia ou arquitetura.
1. Vistas ortogonais
7. Planta baixa
2. Perspectiva Isométrica
8. Corte
3. Perspectiva Cavaleira
9. Escada
3
Há uma progressão de conhecimentos pela condição crescente: exercícios
de menor complexidade para maior, dentro de um mesmo capítulo. Mas existe uma
interdependência entres os capítulos, o que não identifica relevância arquitetônica de
uma edificação sobre as outras.
4
VISTAS ORTOGONAIS
Vistas ortogonais, vistas ortográficas ou projeções ortogonais são a planificação de peças, desenhos, contendo as formas detalhadas e suas respectivas dimensões. O
objetivo é representar peças tridimensionais em um plano bidimensional. É baseado no sistema de diedros, onde as vistas são projetadas sobre planos de projeção. Diedro é o
espaço entre planos de projeção, ortogonais entre si (figura 01). O rebatimento dos planos de projeção resulta nas vistas frontal, lateral esquerda e direita, posterior, superior e
inferior, conforme figura 02.
5
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA
A perspectiva isométrica é classificada como projeção cilíndrica ortogonal. O sistema isométrico de perspectiva é baseado em três eixos axonométricos (x), (y) e (z) que
fazem 120º entre si. Para esboçar os primeiras traços, dispõe-se a linha de terra (LT), interrompendo os eixos x e y e fazendo 30º conforme a figura 03.
O prefixo “iso” quer dizer “mesma” e o sufixo “métrica” significa “medida”. Portanto, é uma perspectiva que utiliza as mesmas medidas originais do objeto representado, ou
seja, mantém as proporções do comprimento, largura e altura.
Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é chamada linha isométrica. As linhas não paralelas aos eixos isométricos são linhas não isométricas.
6
PERSPECTIVA CAVALEIRA
A perspectiva cavaleira é classificada como projeção cilíndrica oblíqua. Uma das faces do objeto é representada paralela ao quadro (plano de projeção) e no eixo da
profundidade (z), as semirretas, consideradas linhas fugantes, acompanham os ângulos de 30°, 45º e 60°. Dependendo do ângulo de inclinação das fugantes, as semirretas
receberão um coeficiente de redução. Assim, o desenho parecerá deformado.
O ângulo mais utilizado é 45°. Portanto, a redução aplicada deve ser de ½. Isso significa que se um objeto tem 4cm de profundidade, sua representação será de 2 cm.
7
ROTAÇÃO
Rotação resulta de uma perspectiva isométrica de um objeto representado. É um giro que se faz no sólido em torno dos eixos coordenados, a partir da vista de frente.
Observe os eixos X, Y e Z, na figura 5, nos quais o objeto deverá girar.
8
PERSPECTIVA CÔNICA
A perspectiva cônica é um sistema de representação gráfica baseada na projeção de um sólido tridimensional em que o resultado final é uma reprodução no plano da visão
realista. É a perspectiva que se assemelha ao olhar humano ao copiar o encurtamento perspectivo real, ou seja, aplica-se a redução ou aumento das dimensões do sólido a ser
ilustrado conforme a aproximação do observador.
Um dos principais elementos da perspectiva cônica é o ponto de fuga que representa o encontro de todas as retas de profundidade do plano do objeto observado. Está
situado na linha de horizonte (LH), que por sua vez fica na altura dos olhos do observador, paralelo à linha de terra (LT), onde está situado ou definido o ponto de observação. O
plano do quadro é a superfície plana na qual se representa a perspectiva dos objetos. É o plano que o observador está inserido.
A perspectiva cônica é classificada segundo o seu número de pontos, que são: um, dois e três pontos de fuga:
9
PLANTA BAIXA
Planta baixa é a representação gráfica de uma vista superior, originada de plano secante horizontal a uma altura de 1,5m do piso. Sendo assim, apresenta, portanto, todas
as divisórias da edificação, esquadrias ou qualquer outro elemento que se encontre cortado ou abaixo do plano secante. Nela devem estar detalhadas, em escala, a área, o nome de
cada ambiente e seu respectivo nível, o quadro de esquadrias, as cotas, o norte, a linha de corte. A planta baixa ainda serve para a elaboração dos projetos complementares, tais
como projeto hidráulico, elétrico, estrutural.
CORTE
Corte de uma edificação é a representação gráfica de uma vista, originada de plano secante vertical, dividindo a edificação em duas partes, longitudinalmente ou
transversalmente. O importante é que o desenho exiba o máximo possível de detalhes construtivos, por isso, preferência por linhas de corte que na planta baixa atravessem
esquadrias, desnível de piso, entre outras particularidades que possam gerar dúvidas nos projetos complementares ou ao construtor.
ESCADA
2
De acordo com a ABNT NBR 9050, escada é uma sequência de três degraus ou mais. A largura das escadas deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas , sendo o
mínimo de 1,20m.
Os elementos principais da escada são o degrau, o piso e o espelho. Cada um possui dimensões específicas em norma.
São elas:
a) 0,63m ≤ p + 2e ≤ 0,65m; b) 0,28m ≤ p ≤ 0,32m e c) 0,16m ≤ e ≤ 0,18m;
Onde p = piso, e = espelho.
2
Norma brasileira (NBR) n°9077/2001 - Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) – Saídas de Emergência em Edifícios
10
MUSEU DO AMANHÃ
- SANTIAGO CALATRAVA -
11
Museu do Amanhã é um museu de arte e ciência que se localiza na cidade costumando explorar a integração de formas orgânicas com movimentos humanos
4
do Rio de Janeiro, tendo sido inaugurado em dezembro de 2015. É um complexo e o futurismo .
cultural com sala de exposições permanentes, espaços de pesquisa, atividades
3 A arquitetura de Calatrava faz parte de um exemplo de arquitetura pós-
educacionais, auditório, cafeteria, restaurante e lojas. Segundo Mèrcher , é um
moderna. O pós-modernismo é crítica ao modernismo das décadas de 1930 a 1960.
“ícone para a identidade local e a internacional”, considerado uma atração turística.
Sua principal característica na arquitetura é a heterogeneidade, usando partes do
passado de maneira eclética e combinando-as à vontade. É um estilo que traz
5
oportunidade de diversificar a forma espacial .
3 4
MÈRCHER, Leonardo Monteiro, R. H. E Rocha, C. (Orgs.) Museu de arte do rio e museu do amanhã: duas JODIDIO, Philip. Calatrava. Colônia, Alemanha: Taschen, 2016.
5
ferramentas à paradiplomacia cultural do rio de janeiro. Anais do VI Seminário Nacional de Pesquisa em Arte HARVEY, David. Condição Pós-Moderna. 13 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2004.
e Cultura Visual Goiânia-GO: UFG, FAV, 2013. Pág 108.
12
O desenho do museu é arrojado e a inspiração de Calatrava foi a fauna e entre cobertura e base de concreto ocorre através de pontos de contato
flora brasileira, trazendo, desta forma, a concretização de uma arquitetura orgânica concentrados na porção central do edifício, de modo a configurar os balanços
e sustentável. O arquiteto faz uso de curvas, ângulos, concreto, metal e vidro. Ao perimetrais”
redor da edificação, do lado externo, encontra-se espelhos d'água. Com isso, emite-
se a ideia que o museu está flutuando sobre o mar, como um navio.
6
Figura 9 - Museu do Amanhã e o espelho dágua. Fonte: Kennedy Lima (2018).
WATTS, Jonathan. Museum of Tomorrow: a captivating invitation to imagine a sustainable world. 2015.
Disponível em: <https://www.theguardian.com/world/2015/dec/17/museum-of-tomorrow-rio-de-janeiro-
brazil-sustainability>. Acesso em: 28 fev. 2018.
7
Equipo Editorial. Museu do Amanhã de Santiago Calatrava é eleito o melhor destino cultural da América do
Sul. 2016. ArchDaily Brasil. Acessado 28 Fev 2018. <https://www.archdaily.com.br/br/797503/museu-do-
amanha-de-santiago-calatrava-e-eleito-o-melhor-destino-cultural-da-america-do-sul>
8
PESSOA, Daniela. Arquiteto espanhol Santiago Calatrava fala sobre o Museu do Amanhã e o Rio. 2015. Pág. 1.
Disponível em: <https://vejario.abril.com.br/cidades/arquiteto-espanhol-santiago-calatrava-fala-sobre-
detalhes-construcao-museu-do-amanha-e-sobre-o-rio/>. Acesso em: 05 mar. 2018.
13
. O museu possui destaque no panorama cultural internacional, uma vez
que foi reconhecido com o prêmio "Leading Culture Destinations Awards", tendo
5
sido o melhor museu do ano de 2016 da América Central e Sul. Segundo o portal
9
online Opinião & Notícia , no início do ano de 2018 já recebeu 2,5 milhões de
visitantes, sendo que mais de 40% são de pessoas as quais não costumam visitar
museus e 90% delas têm disposição para mudanças em suas vidas após o
conhecimento adquirido no museu. Atualmente o museu mais visitado do Brasil em
aproximadamente dois anos de funcionamento.
E assim, por intermédio do valor cultural, histórico e arquitetônico que o
10
museu possui, pretendeu-se apresentar o novo ícone do Rio de Janeiro
9
A HISTÓRIA e as inovações do Museu do Amanhã: Diretor-geral narra a história e aponta os novos projetos do
museu, que em dois anos de funcionamento já se tornou o mais visitado do país. 2018. Disponível em:
<http://opiniaoenoticia.com.br/brasil/historia-e-as-inovacoes-do-museu-do-amanha/>. Acesso em: 06 mar.
2018.
10
GRUNOW, Evelise. Museu de dupla escala. 2015. Pág.1 Disponível em:
<http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/santiago-calatrava-museu-amanha-rio-janeiro>. Acesso em:
05 mar. 2018.
14
EXERCÍCIOS
01. Considere as vistas ortogonais simplificadas do Museu do Amanhã
apresentadas na prancha 01, nos desenhos 1 e 2 e represente a perspectiva
isométrica em escala 1:500 de acordo com a colocação da vista frontal no esquema
abaixo:
15
EDIFÍCIO GHERKIN
- NORMAN FOSTER –
LONDRES - INGLATERRA
16
Localizado em Londres, Inglaterra, o edifício é um arranha-céu
popularmente conhecido como “The Gherkin”, pepino em inglês. No início o prédio
era chamado de torre Swiss porque é a sede de uma rede londrina de seguros,
denominada Swiss Re London, mas o nome caiu em desuso. Oficialmente, o edifício
se chama Edifício 30St Mary Axe. Os ocupantes atuais do arranha-céu são diversas
empresas, restaurantes, bares e cafeterias. No ano de 2014, os proprietários do
11
edifício venderam-no para Joseph Safra, brasileiro, dono do banco Safra .
11
WHITE, Anna. Gherkin bought by Brazilian banking giant for £700m: The Gherkin is bought by Brazil's second O edifício tem 49 metros de diâmetro na base, 56,5 metros na parte mais
richest man, Joseph Safra. 2014. Disponível em:
<https://www.telegraph.co.uk/finance/newsbysector/constructionandproperty/11220405/Gherkin-bought-by- larga e se estreita para chegar em 26,5 metros no último andar, configurando,
Brazilian-banking-giant-for-700m.html>. Acesso em: 07 mar. 2018.
12
ARANTES, Pedro Fiori. Forma, valor e renda na arquitetura contemporânea. Ars (são Paulo), [s.l.], v. 8, n. 16, assim, seu formato oval. Na frente e ao redor, há uma praça. No topo, há um domo
p.85-108, 2010. FapUNIFESP (SciELO).
com vista panorâmica de Londres
17
A preocupação do arquiteto foi a ventilação natural e iluminação. Dessa A planta baixa é gerada por um plano circular com uma geometria radial e
forma, projetou aberturas para o exterior e átrios para melhor incidência de luz e a estrutura é constituída de um núcleo central, envolvida por grelha, em formato
fluxo de ventos no sentido vertical. Seu perfil reduz as deflexões do vento em espiral, de aço interconectados diagonalmente, promovendo uma estrutura ícone. O
13
comparação com uma torre retilínea de tamanho similar . sistema de suporte da torre é assegurado por este reforço externo de aço, cuja peça
fundamental é formada por dois poderosos “V” invertidos, totalizando em 19 anéis
em forma de losango. A grade externa da fachada é formada por painéis de
espessura tripla, sendo vidro duplo para o exterior e um vidro laminado no interior,
somando cinco mil e quinhetos painéis ¹¹.
13
AMARAL, Valquiria et al. Arquitetura de Norman Foster. Colloquium Humanarum, [s.l.], v. 12, n. , p.174-181,
20 out. 2015. Associação Prudentina de Educacao e Cultura (APEC).
18
É considerado um edifício “verde”, sendo o primeiro edifício
14
ambientalmente sustentável de Londres . Possui tubos que atuam como sistema
de ventilação natural utilizados para o resfriamento no verão, extraindo o ar quente
do prédio e para o aquecimento no inverno. Além disso, estes permitem uma
entrada mais fácil de luz, com conseqüente redução nos custos de iluminação. O
controle sistemático do microclima interno e das soluções de economia de energia
levando a uma redução de 50% no consumo energético e, em qualquer caso,
15
necessário para um edifício desse tamanho.
14
YUDELSON, Jerry. Green Building Trends: Europe. 9 ed. Washington-EUA: Island Press, 2009
15
30ST Mary Axe (The Gherkin). Disponível em: <https://en.wikiarquitectura.com/building/30-st-mary-axe-the-
gherkin/>. Acesso em: 09 mar. 2018.
19
EXERCÍCIOS
Para os exercícios, considere a planta apresentada. Trata-se do pavimento 01. Desenvolva uma perspectiva cônica de 1 ponto de fuga baseada em trecho
tipo do edifício Gherkin: da planta baixa de um pavimento do edifício Gherkin exposta na prancha 2, em
escala de 1/100. Considere as alturas, verificando a vista no desenho 1 na prancha
3. Suponha ainda que a linha do horizonte (LH) está a 1,7m acima da linha de terra
(LT) e o observador posicionado no centro.
16
Figura 14 - PLANTA BAIXA. Fonte: Michaelo Sullivan .
16
Disponível em < http://www.michaelosullivan.com/offices-for-ion-trading/#> Acesso em 30 abr 2018.
20
THE SHARD
- RENZO PIANO -
LONDRES – INGLATERRA
21
The Shard, ou também conhecido como London Bridge Tower, é mais um O fim de sua construção foi no ano de 2012 e com isso, se tornou o edifício
arranha-céu imponente localizado na capital da Inglaterra, Londres. É um marco mais alto de Londres, com 306 metros de altura. É de uso misto, recebe escritórios,
para cidade e uma das principais atrações turísticas da cidade, sendo visto a cerca restaurantes, apartamentos exclusivos, um hotel (Shangri-La com cinco estrelas),
de 60 km de raio. De acordo com o horário do dia, das condições climáticas e do além de um terraço panorâmico e uma galeria de observação ao ar livre. O nome da
17
ângulo pelo qual são vistos, os oito lados do edifício mudam de cor . torre, traduzida para a língua portuguesa, significa caco de vidro, visto que é
18
composto de placas de vidro na fachada .
20
CILENTO, Karen. The Shard / Renzo Piano. 2009. Disponível em: <https://www.archdaily.com/33494/the-
shard-renzo-piano>. Acesso em: 15 mar. 2018.
21
THE Shard. Disponível em: <https://www.emporis.com/buildings/101995/the-shard-london-united-
kingdom>. Acesso em: 15 mar. 2018. Figura 16 - The Shard. Fonte: Alvaro Vidal (2018).
22
MONTEIRO, Paula Garcia. Inaugurada a torre mais alta da Europa: The Shard/Renzo Piano. 2012. Disponível
em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-59533/inaugurada-a-torre-mais-alta-da-europa-the-shard-renzo- O Shard ainda conta com uma estrutura híbrida, que muda nos diferentes
piano>. Acesso em: 15 mar. 2018.
23
ZANETTE, Emerson. Renzo Piano projeta o The Shard, em Londres, edifício mais alto da União Europeia. 2012. pavimentos. O elemento principal da estrutura é o núcleo rígido de concreto
Disponível em: <http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/221/renzo-piano-projeta-o-the-shard-em-
londres-edificio-mais-264538-1.aspx>. Acesso em: 15 mar. 2018. moldado in loco no centro do edifício. Nele, são abrigados as principais instalações,
23
elevadores e escadas de emergência. Este núcleo é o que assegura a estabilidade
em relação às forças horizontais dos ventos e aos abalos sísmicos. A estrutura
reticulada é composta por pilares e vigas metálicas e lajes steel deck com concreto
leve até o 39º andar. Nos pavimentos intermediários, até o 68°, os pilares são de
concreto moldado in loco de alta resistência e as lajes são protendidas. O edifício
continua a ser composto de estrutura metálica, a partir do 69º andar, onde ficam a
24
galeria de observação e os pisos técnicos .
24
FARIA, Renato. Pirâmide londrina: Edifício mais alto da Europa emprega estrutura híbrida e soluções
inovadoras para transporte vertical. 2012. Disponível em: <http://techne17.pini.com.br/engenharia-
civil/185/artigo287980-2.aspx>. Acesso em: 29 mar. 2018.
24
EXERCÍCIOS
01. Desenvolva a planta baixa do pavimento tipo da edifício The Shard mostrada
em forma de perspectiva isométrica nas pranchas 5, 6 e 7 na escala 1:125.
Considere as seguintes medidas que devem ser inseridas em um quadro de
esquadrias: dimensões da porta P1 é 0,70m x 2,10m; P2 é 0,90 x 2,10m; P3 é
1,10m x 2,10m. Todas são do tipo “abrir”, de madeira. As janelas são de abrir e
fazem parte da cortina de vidro que envolve toda a fachada. E peitoril é 0,20m.
03. O edifício The Shard possui sete tipos de pavimentos que vão do térreo ao 5º
pavimento. É assim que as suas fachadas tendem a afinar no final, formando
pontas. Na prancha 8, verifique as vistas frontal, posterior e superior simplificadas
do edifício The Shard. Com isso, faça a representação gráfica da perspectiva cônica
de 2 pontos de fuga escala 1:1000, tendo as seguintes informações: a posição que
a vista superior deve ser colocada em relação ao plano do quadro (PQ) está no
desenho 2; posicione a linha do horizonte (LH) a 100m acima da linha de terra (LT).
25
PAVILHÃO DE PORTUGAL
- ÁLVARO SIZA -
LISBOA – PORTUGAL
26
Pavilhão de Portugal encontra-se na região mais nova de Lisboa, na zona Álvaro Siza Vieira é um arquiteto contemporâneo português bastante
oriental, às margens do Rio Tejo. Foi projetado para ser um dos pavilhões do Parque premiado e condecorado em seu país e no exterior, inclusive com o prêmio Pritzker
das Nações da Exposição Mundial do ano de 1998 (EXPO’98), uma evento de arquitetura no ano de 1992. É principalmente lembrado pelo Pavilhão de
internacional que visa educar o público, compartilhar inovação, promover o Portugal, contudo, seu nome também associa-se, frequentemente, ao projeto do
progresso e incentivar a cooperação. É organizado por um país anfitrião que museu para a Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, no Brasil.
convida outros países, empresas, sociedade civil e o público em geral a participar e
25
discutir um tema de interesse mundial. A EXPO’98 ocorreu no ano de 1998 e o
tema era "Os oceanos: uma herança para o futuro". O evento comemorava os 500
anos de descobertas portuguesas.
Figura 18 - Pavilhão de Portugal. Fonte: Nuno Ferreira de Abreu Pereira Campos (2019).
Figura 17 - Pavilhão de Portugal. Fonte: Nuno Ferreira de Abreu Pereira Campos (2019). natureza e por um estilo que combina elementos racionalistas e organicistas.
Sempre atento à história e à tradição do lugar de seus projetos, ao mesmo tempo,
ele não se esquece do seu compromisso com a modernidade. O método de projetar
de Álvaro é valorizar o contexto, imprimindo em seus projetos o reconhecimento da
25
O QUE é uma Expo? 2017. Bureau International des Expositions. Disponível em: <http://www.bie- morfologia existente. Ele tenta perceber que a arquitetura possui a capacidade de
paris.org/site/fr/les-expos/a-propos-des-expos/qu-est-ce-qu-une-expo>. Acesso em: 31 mar. 2018.
27
26
reconstruir um lugar . Siza, com seu minimalismo formal, também tem se utilizado
de iluminação natural em seus projetos, preocupação recorrente entre os arquitetos
funcionalistas desde a década de 1950. A iluminação intensa em suas obras visa
27
ampliar os espaços.
Figura 19 - Pavilhão de Portugal. Fonte: Nuno Ferreira de Abreu Pereira Campos (2019).
26
MARTINS, Raquel Monteiro (2009). A “ideia de lugar”. Um olhar atento às obras de Siza Vieira (dissertação de Universidade Nova de Lisboa.
28
mestrado). Coimbra. Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra. CHARLESON, Andrew. Structure as Architecture: a source book for architects and structural engineers. Oxford,
27
PAIVA, Rita Ferreira Marques de, Luz e sombra: a estética da luz nas Igrejas de Sta. Maria e da Luz, de Siza e Uk: Elsinger Press, 2005. 241 p. Disponível em: <http://www.arch.mcgill.ca/prof/sijpkes/arch-struct-
Ando. Dissertação de Mestrado em História de Arte Contemporânea - 2008/book-2.pdf>. Acesso em: 31 mar. 2018.
28
dois volumes são vistos após a laje de concreto ser interrompida bruscamente As grandes exposições da EXPO concebem construções efêmeras, no
29
antes da parede . Em cada lado da coberta, há pórticos que a sustenta, no entanto, entanto, alguns pavilhões, a torre Vasco da Gama e o Oceanário continuam intactas
em um dos lados, também existe um edifício que abriga os principais espaços para que habitantes e visitantes possam usufruir. O Pavilhão de Portugal foi uma
30
expositivos dos pavilhões. Os pórticos são elementos estruturais importantes e das edificações que continua erigida, por o que representa a arquitetura portuguesa.
agregam valor arquitetônico ao conjunto da obra. Cada pórtico dispõe de nove Após o evento mundial, por 27 anos, ficou sem destino até que no ano de 2015
31 32
pilares . Estabelece-se então um contraste: a robustez dos pórticos e pilares com a passou a pertencer à Universidade de Lisboa.
esbelteza da catenária.
A zona que abrigou a EXPO’98 era industrial, abandonada. Com a
exposição, se transformou em um novo bairro, o Bairro Alto. Atraiu o mercado
imobiliário, impulsionando a vinda de edifícios residenciais, comerciais, shopping,
hotéis, cassino, restaurantes. A arquitetura é moderna nessa área e contrasta com a
parte antiga de Lisboa.
Figura 20 - Pavilhão de Portugal. FONTE: Nuno Ferreira de Abreu Pereira Campos (2019).
29
LANGDON, David. Clássicos da Arquitetura:: Pavilhão de Portugal na Expo 98 / Álvaro Siza Vieira. 2016.
Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/783137/classicos-da-arquitetura-pavilhao-portugues-na-
expo-98-alvaro-siza-vieira>. Acesso em: 31 mar. 2018.
30
LANGDON, David. Clássicos da Arquitetura:: Pavilhão de Portugal na Expo 98 / Álvaro Siza Vieira. 2016.
Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/783137/classicos-da-arquitetura-pavilhao-portugues-na-
32
expo-98-alvaro-siza-vieira>. Acesso em: 31 mar. 2018. PAVILHÃO de Portugal entregue à Universidade de Lisboa: segundo o ministro Jorge Moreira da Silva a
31
CHARLESON, Andrew. Structure as Architecture: a source book for architects and structural engineers. Oxford, decisão é "definitiva".. segundo o ministro Jorge Moreira da Silva a decisão é "definitiva".. 2015. Disponível em:
Uk: Elsinger Press, 2005. 241 p. Disponível em: <http://www.arch.mcgill.ca/prof/sijpkes/arch-struct- <https://ionline.sapo.pt/artigo/394051/pavilhao-de-portugal-entregue-a-universidade-de-lisboa>. Acesso em:
2008/book-2.pdf>. Acesso em: 31 mar. 2018. 01 abr. 2018
29
EXERCÍCIOS
01. Considere as vistas ortogonais simplificadas do Pavilhão de Portugal
apresentadas na prancha 09, desenhos 1, 2 e 3. Desenvolva uma perspectiva
isométrica de acordo com a colocação da vista frontal no esquema abaixo:
30
CATEDRAL DE BRASÍLIA
- OSCAR NIEMEYER -
BRASÍLIA –DF
31
A Catedral de Brasília, na capital do Brasil, ou também conhecida por
Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida é tombada pela United Nations
Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) como Patrimônio da
Humanidade. Foi a primeira edificação a ser iniciada no Distrito Federal. Possui
características próprias que simboliza o valor da Arquitetura Moderna e Engenharia
do país. Encomendada pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek no ano de 1956, se
localiza no Eixo Monumental, ao lado dos Ministérios e sua inauguração se deu em
31 de maio de 1970.
32
Figura 23 - Vista interna da catedral de Fonte: Alvaro Vidal (2013).
Figura 22 - Vista externa da catedral de Brasília e da torre de sinos. Fonte: Alvaro Vidal,
(2013).
A Catedral apresenta altura total de 30 metros. É constituída de 16 pilares
A Catedral possui planta baixa circular rodeada pelos pilares e vitrais. Na hiperbolóides dispostos circunferencialmente em relação à planta, formando uma
parte externa, ao nível da rua, é rodeada de espelho d’água. Na praça de acesso ao estrutura auto-equilibrada que sustenta a coberta. Estes pilares foram inovadores
templo, encontram-se esculturas em bronze que representam os quatro para época e traduz a originalidade do arquiteto. Por questão de estabilidade, há
Evangelistas e uma torre com sinos. O acesso é feito por galeria de acesso dois anéis de concreto armado: o superior, absorvendo os esforços de compressão
subterrânea. Mesmo sendo ateu, Niemeyer projeta a escuridão na entrada e o inferior, os de tração, reduzindo as cargas nas fundações. A laje da cobertura
simbolizando o pecado e a luminosidade na nave representando a redenção. tem função somente de vedação e é circular com abertura no centro mas protegida
33
por uma casca redonda. Um dos anéis liga esta laje aos pilares. Os vitrais são
33
sustentados por treliças tridimensionais, unidas à estrutura.
33
PESSOA, Diogo. A Estrutura da Catedral de Brasília, Aspectos Históricos, Científicos, e Tecnológicos de
Projeto, Execução, Intervenções e Proposta de Manutenção. Dissertação de mestrado. Brasília, FT-UnB, 2002.
34
EXERCÍCIOS
35
MASP
- LINA BO BARDI -
36
O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) é uma obra São Paulo, a partir da década de 1950, foi considerada metrópole e sua
arquitetônica bastante conhecida, localizada em um lugar estratégico da capital: a legislação liberou construções verticais fora do centro da cidade. O uso das
avenida Paulista. Representa um dos maiores pontos turísticos da cidade, edificações, ao longo da avenida Paulista, se transformou de residencial para
34
constituindo um dos cinco locais de São Paulo mais atrativos para visitantes . Tem comercial. Na década de 1970, a avenida se tornou visivelmente verticalizada e
36
a finalidade de propagar a cultura e o conhecimento. A partir das artes visuais, o mais pistas para veículos foram criadas, assim como as grandes calçadas , se
museu dialoga com o passado e presente, culturas e territórios. Possui exposições tornando propício para abrigar um museu representativo como o MASP.
de longa duração, acervo permanente, programação de mostras coletivas e
A arquiteta responsável pelo projeto do museu foi Lina Bo Bardi (1914 –
individuais, seminários internacionais, palestras, oficinas, cursos e exibição de
35 1992), uma italiana que chegou no Brasil logo após a Segunda Guerra Mundial,
filmes e vídeos. Hoje a coleção do MASP reúne mais de 10 mil obras.
juntamente com uma série de arquitetos europeus. Seu marido, Pietro Maria Bardi
foi convidado por Assis Chateaubriand, o magnata das comunicações, para fundar e
34
dirigir um museu da arte em São Paulo. Por causa disso, Lina desenvolveu um
projeto para o MASP.
34
SÃO Paulo bate recorde de 15 milhões de turistas em 2014. 2015. Disponível em: 36
<http://www.brasil.gov.br/turismo/2015/04/sao-paulo-bate-recorde-de-15-milhoes-de-turistas-em-2014>. CÁRDENAS, Alexandra Silva. Masp: estrutura, proporção e forma. 1ª ed. São Paulo: Editora da Cidade, 2015.
Acesso em: 27 abr. 2018. Disponível em <http://www.causp.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/LivroMaspEstrutura6.pdf> Acesso em:
35
MASP é considerado o mais importante museu de arte ocidental do Hemisfério Sul. 2010. Disponível em: < 01 mai. 2018.
https://masp.org.br/sobre>. Acesso em: 27 abr. 2018.
37
Entre os pilares são 74 metros de extensão e o volume elevado está a 8 metros do
37
solo. Por causa disso foi o maior vão livre do mundo na época. Embaixo do volume
existe uma praça, que se transformou, assim, em mais uma característica do
modernismo: a falta de nitidez na separação entre o espaço público e o espaço
privado. É um ambiente que serve de palco para manifestações políticas e culturais
e nele também há um teatro-auditório e um pequeno auditório com sala de
projeção. Na caixa suspensa estão a pinacoteca, salas de exposições e arquivos
fotográficos, filmográficos e videográficos.
37
HOLANDA, Marina de. Clássicos da Arquitetura: MASP/ Lina Bo Bardi. 2012. Disponível em:
<http://www.archdaily.com.br/br/01-59480/classicos-da-arquitetura-masp-lina-bo-bardi>. Acesso em: 01 mai
2018.
38
SUZUKI, Marcelo; ROCHLITZ, Roberto. A estrutura do Masp, de Lina Bo Bardi. 2014. Edição Edição 249 -
Dezembro/2014 Revista aU Educação Partilhar História em Detalhe. Disponível em:
<http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/249/a-estrutura-do-masp-de-lina-bo-bardi-333984-1.aspx>.
Acesso em: 02 maio 2018.
38
EXERCÍCIOS
Para os exercícios, considere o corte perspectivado do MASP: 02. Considerando as vistas ortográficas apresentadas na prancha 13, nos
desenhos 1 e 2, desenvolva duas perspectivas cônica de 2 pontos de fuga,
posicionando a vista superior:
a. em 30º em relação ao plano do quadro, no sentido horário; linha
do horizonte(LH) em 2m.
b. em 60º em relação ao plano do quadro, no sentido horário; linha
do horizonte (LH) em 2m.
39
Figura 26: Corte perspectivado do MASP. Fonte: Site Archdaily.
39
Publicado no Manual of Section de Paul Lewis, Marc Tsurumaki, e David J. Lewis publicado por Princeton
Architectural Press (2016). Imagem © LTL Architects. Disponível em
https://www.archdaily.com.br/br/793763/analisando-o-manual-of-section-o-desenho-arquitetonico-mais-
intrigante Acesso: jan 2019.
39
MAUSOLÉU
CASTELLO BRANCO
- SÉRGIO BERNARDES -
FORTALEZA – CEARÁ
40
O mausoléu Castello Branco faz parte de um conjunto arquitetônico O Palácio da Abolição é uma obra do arquiteto carioca Sérgio Bernardes,
denominado Palácio da Abolição, localizado em área nobre de Fortaleza. É um um grande profissional já falecido que enriqueceu a arquitetura brasileira aliando
monumento construído em homenagem ao ex-presidente Castello Branco que, no plasticidade, domínio dos métodos construtivos e do comportamento dos materiais.
passado, abrigou seu corpo e de sua esposa. Sempre esteve atento às pesquisas científicas nos diversos ramos da engenharia,
da indústria automotiva, entre outros. Começou a ser reconhecido antes mesmo de
O Palácio da Abolição, inaugurado em 1970, é a sede do Poder Executivo 40
finalizar a faculdade . Se profissionalizou quando o Brasil já estava no Movimento
do Estado do Ceará, desde o ano de 2011 e é constituída por uma Capela e o
Moderno, sendo assim influenciado por ele, mas também utilizou-se de elementos
Gabinete de Despacho, além do mausoléu que, por sua vez, é formado por uma sala
de diversos estilos, do colonial ao pós-moderno. Buscou inovações, criando
aberta à visitação, um longo corredor com imagens expostas na parede, escadaria,
materiais e técnicas construtivas, tais como a telha Meio-Tubo e pré-moldados de
espelho d’água e uma praça sob a caixa principal, um bloco de concreto prismático. 39
concreto . A variedade de experimentações arquitetônicas que os materiais davam
aos usuários proporcionava as provocações sensoriais que ele pretendia despertar.
Pensando assim, Bernardes usou um forte simbolismo no projeto do mausoléu.
40
UM DOS principais expoentes da segunda geração modernista brasileira. 2018. Disponível em:
<http://www.bernardesarq.com.br/projeto-memoria/sergio-bernardes/>. Acesso em: 09 ago. 2018.
41 VIEIRA, Monica Paciello. SERGIO BERNARDES: ARQUITETURA COMO EXPERIMENTAÇÃO. 2016. 206 f.
Dissertação (Mestrado) - Curso de Programa de Pós-graduação em Arquitetura, Universidade Federal do Rio de
Figura 27 - Perspectiva do Mausoleu. Fonte: Autora (2018). Janeiro, Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/38496651/livro-sergio-
bernardes>. Acesso em: 13 ago. 2018.
42 MELO, Ingryd Cândido et al. Análise numérica da estrutura do mausoléu Castelo Branco pelo método dos
elementos finitos. Revista Tecnologia, Fortaleza, v. 38, n. 1, p.67-81, jun. 2017. Fundacao Edson Queiroz.
http://dx.doi.org/10.5020/23180730. Disponível em: <http://periodicos.unifor.br/tec/article/view/6318/5350>.
Acesso em: 14 ago. 2018.
41
Figura 29 - Fachada principal do Mausoleu. Fonte: Autora (2018).
42
EXERCÍCIOS
03. Insira um novo plano do quadro (PQ) e posicione a vista superior a 30° no
sentido horário tocando um vértice no PQ. Dessa forma desenvolva uma perspectiva
cônica de 2 pontos de fuga com uma linha do horizonte (LH) a 2m acima da linha de
terra (LT) e observe as alturas nas vistas desenvolvidas na questão 01.
43
HOTEL
UNIQUE
- RUY OHTAKE -
SÃO PAULO – SP
44
O hotel Unique, inaugurado no ano de 2002, é considerado um dos mais volume, de forma irregular, de vidro e concreto. No corpo principal do hotel estão os
importantes hotéis design de São Paulo. Localizado nas mediações do Parque apartamentos. O restaurante, projetado em estrutura metálica, fica na cobertura
Ibirapuera em São Paulo, o hotel é luxuoso e possui, além das suítes, um centro de
eventos, restaurante e estacionamento no subsolo.
43 44
MELENDEZ, Adilson; MOURA, Éride; SERAPIÃO, Fernando. O arquiteto precisa ter sua postura desde o início. 2002. O UNIQUE, projetado pelo consagrado arquiteto Ruy Ohtake, é considerado um dos mais importantes hotéis
Disponível em: <https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/entrevista/ruy-ohtake-01-10-2002>. Acesso em: 16 design de São Paulo. 2015. Disponível em: <https://anualdesign.com.br/saopaulo/projetos/1153/hotel-unique/>.
ago. 2018. Acesso em: 17 ago. 2018.
45
centímetros de espessura, sustentam as lajes, além de servir de vedação do hotel, e
45
são protendidas horizontalmente .
45
GRUPO Método é responsável pela construção do Hotel Unique: Equipe técnica especializada garantiu
sucesso do projeto. Equipe técnica especializada garantiu sucesso do projeto. sem data. Disponível em:
<https://www.aecweb.com.br/emp/cont/m/grupo-metodo-e-responsavel-pela-construcao-do-hotel-
unique_27416_7891>. Acesso em: 17 ago. 2018.
46
A Condé Nast Traveler é uma revista de viagens de luxo e estilo de vida. FONTE: Wikipédia.
47
TripAdvisor.com é um site de viagens que fornece informações e opiniões de conteúdos relacionados ao
turismo. Ele também inclui fóruns de viagens interativos. FONTE: Wikipédia
48
Condé Nast Johansens é o principal guia de referência para hotéis de luxo e spas. FONTE: Mil e Uma Viagens.
Disponível em https://www.mileumaviagens.com.br/melhores-hoteis-conde-nast-johansens-2018 Acesso em:
16/08/2018.
46
EXERCÍCIOS
Para os exercícios, considere a perspectiva do Hotel Unique a seguir:
portas (P1 e P2) e janelas (J2) que devem ser inseridas quadro de esquadrias:
P1=0,90m; P2= 0,80m; J1= diâmetro 1,77 m; peitoril =0,20m. Os níveis do banheiro
é -0,03 m e do quarto é 0,00 m.
49
Figura 32 - Perspectiva de 2 pontos de fuga do Hotel Unique. Fonte: Site Arcoweb.
49
Disponível em https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/ruy-ohtake-hotel-unique-01-10-2002.
Acesso em 06/02/2019.
47
PIRÂMIDE DO MUSEU
DO LOUVRE
- IEOH MING PEI -
PARIS – FRANÇA
48
Localizado em Paris, na França, à margens do Rio Sena, o Museu do aponta para baixo, La Pyramide Inversée, localizada em um centro comercial
Louvre ou Le Grand Louvre, em francês, é um marco central da cidade. Foi subterrâneo, em frente ao museu.
construído no século XII para ser uma fortaleza com a função de defender Paris.
Posteriormente, no ano de 1360 se tornou palácio real e, em 1793, foi aberto ao
público como museu, mas não em sua totalidade. Somente em 1993 todas as salas
se tornaram parte do museu.
Foi reestruturado e ampliado pelo arquiteto Ieoh Ming Pei por ordem do ex-
presidente francês François Mitterrand, fazendo com que a edificação se dedicasse
exclusivamente à cultura. O ano de 1993, data do seu bicentenário do palácio, foi
também o ano em que a maioria dos novos espaços foi aberta ao público.
situando-se no nível da calçada e marca a entrada. Ainda há uma pirâmide que próprio tenha defendido que usa variações no estilo. Pela qualidade em seus
trabalhos, recebeu o prêmio Pritzker em 1983, o primeiro Praemium Imperiale for
50
REIS, Antônio Tarcísio; SOUZA, Gabriel Nobre. O projeto do ‘Le Grand Louvre’: uma análise estética e de usos.
51
Arquitetura Revista, [s.l.], v. 12, n. 2, p.140-153, 30 dez. 2016. UNISINOS - Universidade do Vale do Rio Dos STOTT, Rory; BARATTO, Traduzido Por Romullo. Em foco: I.M. Pei. 2017. Disponível em:
Sinos. <https://www.archdaily.com.br/br/601288/feliz-aniversario-im-pei>. Acesso em: 22 ago. 2018
49
Architecture, em 1989 e a medalha de ouro do RIBA (Royal Institute of British Com a reforma concluída em 1988, o acesso principal do Louvre ficou por
Architects) para arquitetura em 2010. um pátio coberto pela pirâmide que sua vez é rodeada por espelhos d’água cujas
bordas atuam como bancos. Sua estrutura tem uma geometria piramidal, de vidro
Autor de edificações influentes, tais como National Gallery em Washington,
laminado, estruturado em aço, formada por diversos segmentos menores no
JFK Presidential Library em Boston e a torre do Banco da China em Hong Kong. No
formato de losangos. A base é quadrada e sua altura total é de 21,6 metros. As
entanto, o projeto mais conhecido é, sem dúvida, da pirâmide em vidro no Museu do 52
quatro faces, estruturadas como grelhas, são suportadas nos cantos . Na
Louvre.
composição desta grelha, são trançados cabos que formam anéis de protensão,
53
atirantando e estabilizando todo o conjunto .
Figura 34 - Vista externa da pirâmide principal . FONTE: Francelino Franco Sousa (2018).
52
REBELLO, Yopanan. Leveza de vidro: Pirâmide do Louvre. Arquitetura e Urbanismo, São Paulo, n.88, p.42-43,
fevereiro/março, 2000.
53
MORAES, Carolina Albuquerque de. Intervenções metálicas em construções preexistentes: estudos de caso de
interfaces. 2009. 170 f. Tese (Doutorado) - Curso de Programa de Pós graduação do Departamento de
Engenharia Civil da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto,, Departamento de Engenharia Civil,
Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2009. Disponível em:
<https://www.propec.ufop.br/uploads/propec_2016/teses/arquivos/tese170.pdf>. Acesso em: 24 ago. 2018.
54
PRESSE, France. Ouvre se recupera de queda em número de visitantes após atentados de 2015. 2018. Disponível
em: <https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/louvre-se-recupera-de-queda-em-numero-de-visitantes-apos-
atentados-de-2015.ghtml>. Acesso em: 24 ago. 2018.
50
Figura 35 - Vista interna do museu, no pátio de entrada. Fonte: Francelino Franco (2018).
51
EXERCÍCIOS
Considere que na prancha 19 estão as vistas ortogonais simplificadas da pirâmide
principal do Louvre, das três outras pirâmides, que são menores, e dos espelhos
d’água. Pondere ainda que as hachuras na vista superior significam os espelhos
d’água cuja profundidade vai do nível 0 (zero), onde está a calçada, até a altura dos
bancos que os contornam.
01. Elabore uma perspectiva cavaleira a 45º, na escala de 1/200, a partir da vista
frontal do conjunto dada na prancha 19.
52
MUSEU OSCAR NIEMEYER
- OSCAR NIEMEYER -
CURITIBA - PR
53
O Museu Oscar Niemeyer (MON), de autoria do arquiteto de mesmo nome, Mas, em 2001, as autoridades do Estado transformaram o prédio em museu e
se encontra em Curitiba, no Paraná e é dedicado às artes visuais, arquitetura e criaram um anexo, chamado popularmente de “olho”.
design. Foi inaugurado em 2002, possui 12 salas expositivas e, a cada ano, são
Este formato inusitado possui revestimento em vidros escuros e parece
realizadas mais de vinte amostras. Também dispõe de biblioteca, laboratório de
levitar sobre o espelho d’água. O que o sustenta é um núcleo central de cor amarela.
conservação e restauro, reserva técnica, centro de documentação e referência, café,
55 Externamente, há a escadaria em caracol.
loja, salão de eventos e miniauditório.
Figura 36 - Vistas frontal do Museu Oscar Niemeyer. Fonte: Francisco de Oliveira, (2013). O acesso ao pavimento elevado se dá pelo núcleo central, que é cercado
por um espelho d’água e cujo fechamento é feito por duas paredes levemente
curvas. Dois grandes pilares vazados fazem a sustentação do núcleo central, assim
Inicialmente, em 1978, no terreno do atual museu, só existia o Edifício
Presidente Humberto Castello Branco. Ainda hoje este é prédio principal do MON.
56
IGUEROLA, Valentina. Edifícios: concreto, poesia e Niemeyer. 2003. Edição 106 - Janeiro. Disponível em:
55
SOBRE o MON. [s.d]. Disponível em: <http://www.museuoscarniemeyer.org.br/institucional/sobre-mon>. <http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/106/concreto-poesia-e-niemeyer-23488-1.aspx>. Acesso em:
Acesso em: 24 ago. 2018. 29 ago. 2018.
54
57
como de todo o prédio. O pavimento elevado, onde ocorrem as exposições, é
sustentado por duas grandes vigas protendidas.
Figura 37 Vista lateral do Museu Oscar Niemeyer. Fonte: Francisco de Oliveira (2018).
02. Elabore uma perspectiva cavaleira a 30º, na escala 1/500, após a conclusão
das vistas solicitadas na questão anterior.
03. Com a perspectiva cavaleira finalizada, execute, na escala 1/500, uma nova
perspectiva rotacionada em:
a. 90° em torno do eixo Y no sentido anti-horário.
b. 90° em torno do eixo X no sentido anti-horário.
56
SOBRE A AUTORA
A arquiteta Denise Vidal Gadelha Formighieri é arquiteta e docente nas
áreas de representação gráfica nos cursos de Engenharia Civil, Engenharia de
Produção e Arquitetura e Urbanismo. Também leciona disciplina relacionadas com
conforto ambiental no curso de Arquitetura e Urbanismo.
57