Resenha Ciencia e Psicologia
Resenha Ciencia e Psicologia
Resenha Ciencia e Psicologia
O Behaviorismo teve inicio nos EUA com John Watson que no século XX fez severas
criticas a psicologia introspectiva. Para ele, a psicologia deveria controlar o
comportamento através de estímulos e respostas e que o meio tem influencia sobre o
individuo. Essa corrente dividiu-se em Behaviorismo Cognitivo, Metodológico e
Radical.
O grande nome do Behaviorismo Radical foi Burrhus Frederic Skinner e assim como
Watson acreditava numa ciência que valorizava o comportamento apresentado pelo
homem e não o que representa de forma subjetiva em sua consciência, assim o
behaviorismo analisa o contexto que esta inserido o comportamento. Seu estudo se
iniciou logo após a crise econômica de 1929. Para ele, “o comportamento e uma exata
função de forcas agindo sobre o organismo” No condicionamento operante de Skinner
existe sempre um estimulo que reforça uma resposta.
A partir de 1980 a obra de Skinner vive um segundo momento influenciado pela obra de
Darwin, onde dizia que um comportamento se da pelo seu efeito no ambiente. São os
fatos ocorridos no passado que possibilitam a sua ocorrência ou não no futuro. Aqui a
subjetividade e própria de cada individuo em função do reforço que esta sendo
submetido, assim o ambiente se torna responsável por características apresentadas pelo
individuo que se expressa no seu comportamento. O condicionamento operante de
Skinner fala que o organismo age sobre o ambiente e produz conseqüências (reforços
positivos ou negativos)
O Behaviorismo Radical e a ciência que analisa e considera a forma que certo tipo de
comportamento ocorre e o reforço que existe para sua ocorrência ou não. O ambiente
que o individuo esta inserido pode explicar determinados comportamentos que ocorrem.
Para explicar o porque de determinados comportamentos se faz necessário considerar três
pontos a saber: espécie (filogenética – o individuo adquire comportamento imitando
pessoas que o rodeiam), a vida do individuo (a sua historia de vida) e a cultura que ele
esta inserido. Sem a junção desses conceitos não se tem um correto entendimento do
comportamento do homem.
Por exemplo, uma criança que tira notas baixas na escola pode deixar de tirar notas ruins
se houver um reforço positivo que provoque nela uma mudança de comportamento. “Se
eu estudar, vou melhorar minhas notas e ter o reconhecimento de meus pais. E se eu não
der a devida importância aos meus estudos, não vou ao cinema com minha mãe e nem
vou receber o reconhecimento de meus pais”.O homem vai se comportar de acordo com o
meio e o que o reforça para manter ou extinguir o seu comportamento.
O behaviorismo nos ajuda a entender o comportamento como algo que pode ser
aprendido, uma pessoa não nasce racista, ela se torna racista, ou seja um comportamento
que foi aprendido do decorrer da vida. Nessa ciência o comportamento não vem da
consciência e sim de fatos observáveis que podem explicar determinados
comportamentos. Pode-se observar a teoria de Skinner quando notamos que podemos
“ensinar” uma criança um determinado comportamento reforçando positivamente para
que o comportamento permaneça ou não reforçando afim de que o comportamento se
extingue.
Referencia Bibliográfica
A psicanálise teve inicio em Viena no século XIX, este período foi marcado por uma
modernidade e inicio do capitalismo e teve influencia do positivismo de Comte. Seu
fundador foi Sigmund Freud que se formou em medicina e se especializou em
neurologia. Primeiramente, utilizou o método hipnótico para tratamento de pacientes
com histeria, entretanto alguns sintomas voltavam. Os pacientes que apresentavam esse
quadro clinico tinham dores e ate convulsões, mas não tinham fisiologicamente uma
doença. Fazendo com que Freud acreditasse um funcionamento psíquico.
Freud da o nome de recalque a forca que expulsa o que traz incomodo ao ter acesso a
consciência, e a tentativa que evita o sentimento de desprazer. Ele funciona como atração
(puxa conteúdos para o inconsciente) e repulsão (exercida pelo pré-consciente e
consciente), garantindo dessa forma, uma barreira para seu retorno. Caso alguns desses
conteúdos recalcados surjam aparece o desprazer fazendo com que o objetivo do recalque
em afastar o não prazer do psiquismo não foi bem sucedido.
Freud foi muito polemico e encontrou alguns obstáculos para que a sua teoria fosse aceita
como ciência, pois dava ênfase à sexualidade na vida humana e a inconsciência. O objeto
de estudo da psicanálise e o inconsciente e se chega a ele através de associação livre onde
o paciente relata, no momento da analise, tudo o que vem a sua mente não importando se
os fatos são em primeiro momento desconexos. No inconsciente esta tudo aquilo que e
recalcado e não pode vir a tona no consciente porque causa desprazer.
Para Freud pulsão é uma forca constante que impulsiona o movimento em sentido ao
objetivo de ser satisfeita. É a forca que anima o psiquismo e vem como um fenômeno
físico e orgânico que aparece no organismo e não tem como fugir dela, porem é percebida
pelo individuo como fenômeno psíquico. Freud propôs para um melhor entendimento as
pulsões sexuais e as autoconservação, estas são primarias e são representadas pelo ego e
estão ligadas as necessidades básicas do sujeito (alimentação). A pulsão sexual visa a
satisfação.
Uma outra teoria freudiana diz que o narcisismo é a veneração por si próprio como um
objeto sexual, a libido narcisista é a manifestação da pulsão sexual que brota de zonas
erogénas. Freud afirma que existe uma sexualidade infantil dividida entre as fases oral,
anal e fálica e que não chegamos a recordá-las por conta do complexo de Édipo, uma vez
que esquecemos por conta do funcionamento psíquico.
O complexo de Édipo tem inicio na fase fálica e tem grande importância para a teoria
Freudiana é ela que organiza a criança como um ser individual que tem possibilidades de
fazer escolhas, aqui a pessoa se estrutura.
Freud ressalta a importância da escuta do profissional que conduz a analise para tudo que
diz o paciente de forma estereotipada. Como mecanismo de defesa o eu não consegue
expulsar uma representação, mas sim transformá-la em algo fraco e sem afeto. As
patologias como psicose e histeria tentam esquecer de algo que é indesejado.
A psicanálise tenta explicar os motivos que levam um sujeito que apresenta quadros de
doenças que não tem ligação fisiológica aparente como resultado de algo que esta
escondido em sua psique. Para tanto Freud criou o uma complexa teoria que ate os dias
atuais é polemica, por ligar muitos de seus sintomas a questões ligadas a sexualidade na
infância. O discutido complexo edipiano tenta explicar o desejo que uma criança tem por
sua figura materna ou paterna e como é importante o seu rompimento para a estruturação
do individuo.
Seu fundador foi Edmund Husserl e ele foi alem da descrição dos fenômenos psíquicos e
diz ter diferença entre ato e conteúdo do ato. O ato deve depender das leis do conteúdo.
Segundo Husserl, nada pode ser descrito sem se levar em conta o olhar do sujeito: a
intencionalidade. A fenomenologia tenta descrever a estrutura dos fenômenos.
Para a psicologia fenomenológica o individuo tem relação com o mundo e o ser aprende
tudo o que lhe apresentar como fenômeno da consciência. Diferentemente, da psicanálise
e o behaviorismo, a fenomenologia não busca explicar o comportamento através de
acontecimentos que marcaram a infância ou no comportamento estimulo resposta de um
sujeito. Aqui o sujeito simplesmente escolhe entre o seu desejo e a sua necessidade e o
significado que o individuo imprime no presente ou no futuro sempre se superando.
Referencia Bibliográfica
O psiquismo aqui não existe sem a relação material em que esta submetido e a mediação
se da pela linguagem e pelos símbolos que surgem de suas relações sociais. Assim, a
matéria-prima da consciência é a linguagem e o psiquismo se forma pela transformação
do plano social em psicológico. A linguagem para Vygotsky a linguagem é um
instrumento psicológico que o ser utiliza nas relações que se figura com o outro, ela
transforma a subjetividade em relação sendo que cada ser interpreta as palavras de uma
maneira singular. Todavia, algumas experiências não são totalmente significadas pelos
indivíduos, elas não são aprendidas na sua totalidade, a partir daí pode dizer que elas se
constituem no inconsciente do psiquismo humano.
A psicologia sócio- histórica prega que o ser não pode ser entendido fora de suas relações
sociais e sua totalidade deve ser considerada e ela busca o ser em sua singularidade
verificando sua condição histórica e social, suas ideologias e relações estabelecidas, dessa
forma conhecer o homem significa colocá-lo num momento histórico e a partir do geral
se consegue chegar ao particular. O conhecimento do homem nunca poderá ser
apresentado como uma versão final, pois ele é produto de um momento histórico que
sofre mudanças.
Para a psicologia sócio- histórica os processos de saúde e doença são produzidos nas
relações sociais, assim o individuo deve ser capaz de fazer uma leitura critica de sua
realidade entendendo suas relações sociais com o objetivo de achar caminhos que
direcione sua vida para uma realização de uma consciência integrada, sendo dessa forma
um individuo de ação e critico.
Nessa teoria o homem se forma através de suas relações sociais, as atitudes ou escolhas
do individuo estão ligadas ao momento histórico que ele esta inserido. O homem passa a
ser entendido pelas interações que desenvolve. E dessa forma a consciência vai tomando
forma. O individuo precisa aprender a superar desafios que a realidade impõe, sendo
critico e entendo a determinação social que esta ao seu redor.
Muito diferente da psicanálise, essa teoria não explica os comportamentos do sujeito com
relações diretamente ligadas a fatos do inconsciente, essa corrente busca explicações no
contexto histórico cultural e faz do entendimento do comportamento do homem algo
dinâmico.
Referencia Bibliografica
ROSA, Elisa Zaneratto; ADRIANI, Ana Gabriela Pedrosa. Psicologia sócio- histórica:
Uma tentativa de sistematização epistemológica e metodológica. IN: KAHHALE,
Edna Peters (org). A diversidade da psicologia: uma construção teórica. São Paulo:
Cortez, 2002, p. 259-287.
PUC.....
Resenha
A Diversidade da Psicologia: Uma construção Teórica