Atividades Diário de Bitita 9º Ano
Atividades Diário de Bitita 9º Ano
Atividades Diário de Bitita 9º Ano
abolição
Por Tânia Seles - 4 de setembro de 2019
O livro “Diário de Bitita” trata da infância, adolescência e início da vida adulta de Carolina Maria de Jesus,
autora de “Quarto de despejo: diário de uma favelada”. O livro póstumo da autora foi lançado pela primeira vez
na França, em 1982, com o título “Journal de Bitita”, e essa edição mais recente foi lançada pela SESI-SP
Editora.
Antes de morrer, Carolina entregou dois cadernos com os manuscritos do livro para uma jornalista brasileira
chamada Clélia Pisa. Posteriormente, o livro foi publicado no Brasil muito tempo depois da morte da autora.
Racismo, machismo, pobreza e imigração são alguns dos temas do livro tratados pelo olhar de uma criança
inteligente e espevitada, que aprendeu a ler no pouco tempo em que passou na escola. Bem como, Carolina
foi uma das poucas pessoas negras que sabia ler na sua família.
2. No trecho “O livro póstumo da autora foi lançado pela primeira vez na França, em 1982, com o
título ‘Journal de Bitita’”, a palavra destacada significa que o livro foi publicado
(A) durante a vida de Carolina.
(B) após a morte de Carolina.
(C) dias antes da morte de Carolina.
(D) por um dos filhos de Carolina.
4. Considerando o que estudamos sobre Carolina Maria de Jesus na última atividade e levando em conta o
trecho da notícia: “a jovem Bitita é a representação de que, quando as pessoas têm acesso ao
conhecimento, todo um novo mundo de questionamentos e possibilidades se abre”, podemos notar a
importância da escola, da leitura e da escrita na vida de Carolina. Reflita sobre isso e sobre a sua
realidade de estudante. Agora, responda: de que forma o acesso ao conhecimento
pode abrir novas possibilidades em sua vida? Explique.
Quando o meu irmão soube que a mamãe estava presa começou a chorar. Rodávamos ao
redor da cadeia chorando. A meia-noite resolvem soltá-la. Ficamos alegres. Ela nos agradeceu
depois chorou. Eu pensava: "É só as pretas que vão presas". (p. 27).
Qual era o mal que os negros haviam feito aos portugueses? Por que é que eles nos
odiavam, se os negros eram pobres e não podiam competir com eles em nada? (p. 43).
O mundo é uma casa que pertence a diversos donos, se um varre, vem o outro e suja-a.
(...) Se os homens governam o mundo, ele nunca está bom para o povo viver, por que não
deixar as mulheres governarem? As mulheres não fariam guerras porque elas são as mães dos
homens (p, 51).
Quando havia um conflito, quem ia preso era o negro. E muitas vezes o negro estava
apenas olhando (...). Os soldados não podiam prender os brancos, então prendiam os negros.
Ter uma pele branca era um escudo, um salvo conduto. (p, 53).
Será que eu nasci no ano de 1921? Há os que dizem que nasci no ano de 1914 (...). Nunca
vi um livro nas mãos de um negro. Os negros não serviam no exército porque não eram
registrados, não eram sorteados. Eles diziam: - É orgulho. Só os brancos que são considerados
brasileiros. Ninguém na minha família tinha registro (p. 121).
Percebi que os que sabem ler têm mais possibilidades de compreensão. Se desajustarem-
se na vida, poderão reajustar-se (...). Vasculhei as gavetas procurando qualquer coisa para eu
ler. A nossa casa não tinha livros. Era uma casa pobre. O livro enriquece o espírito. Uma
vizinha emprestou-me um livro, o romance ‘Escrava Isaura’. (...) Compreendi tão bem o
romance que chorei com dó da escrava (p. 126).
Pagou-me, dividi o dinheiro com a minha mãe (...). Eu olhava o dinheiro e pensava: ‘Sem
este papel ninguém vive. Ele nos domina, e predomina na nossa vida. Os que têm bastante são
fortes, são respeitados, são donos do leme; quem não tem em grandes quantidades, é joão-
ninguém, pé-rapado, são os desconsiderados, são os fracos’. Eu só conseguia comer quando
estava empregada (p. 193).
(Trechos do livro Diário de Bitita).
5. Podemos notar, nos trechos lidos acima, que a obra de Carolina Maria de Jesus apresenta diversos
problemas sociais brasileiros da época. Quais problemas sociais você identificou na leitura?
6. O Diário de Bitita, também apresenta uma problemática social. Refletindo sobre os textos lidos,
podemos afirmar que vários problemas sociais ainda estão presentes em nosso país,
apesar da distância temporal que separa o diário da tirinha? Por que nosso país tem
dificuldade para superar esses problemas sociais? Explique.
Caro(a) aluno(a), chegou a hora da dica de leitura! Que tal ler o livro do qual falamos nesta atividade - Diário de
Bitita de Carolina Maria de Jesus? Inspire-se na história de vida de Carolina, temos a certeza de que irá gostar de
ler cada um dos 22 capítulos. Abra o link e boa leitura!
LINK: https://abre.ai/cLlY Boa atividade! ☺