Geografia Regional
Geografia Regional
Geografia Regional
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura Discussão 0.5
organizacionais
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
3.0
(expressão escrita cuidada,
Análise e coerência / coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional 2.0
relevante na área de estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomedancoes de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 10
No que tange ao tema atenente, para melhor compreensão deste tema iremos abordar os
aspectos fulcrais e imprescindíveis, tais como: história do continente africano, países, regiões,
línguas, clima, relevo, vegetação, economia, aspectos físicos, cultura, e conflitos armados e
aspectos políticos.
Quanto aos procedimentos metodológicos, neste trabalho deu-se primazia a pesquisa do tipo
qualitativa, bibliográfica, porque para abordar o tema em alusão, foi pertinente recorrer aos
artigos científicos, manuais relativos a continente Africano e todos os seus aspectos.
Capa, introdução;
Desenvolvimento onde encontrar-se-á abordagens referentes ao tema;
Conclusão onde é abordado o resumo ou a síntese no que se refere do assunto tratado;
Referência bibliográfica onde está contido as obras usadas na elaboração do trabalho.
O presente trabalho tem como principal objectivo:
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1 Noções introdutórias
A África é o berço da humanidade, pois há indícios de que o continente foi o primeiro a ser
habitado por humanos. Nele foram encontrados diversos fósseis que comprovam essa teoria e
também possibilitaram o estudo da evolução humana. Estima-se que a porção norte do
continente seja a mais antiga do mundo, na qual se estabeleceu os povos egípcios.
Falar da África é falar do primeiro continente habitado pelo ser humano em todo o mundo e
de onde o mesmo partiu para os demais continentes. Muitas vezes, há um imaginário popular
sobre uma África pobre e destruída por guerras, o que pode ser verdade em alguns casos,
porém não responde pela totalidade do continente africano.
2 Continente africano
Para Santana (2012), “o continente foi colonizado por povos europeus, como os espanhóis,
portugueses e franceses. Muitos africanos foram arrancados e levados de seus países para
outras partes do mundo pelos europeus, a fim de realizarem o trabalho escravo” (p. 54).
Assim a África foi dividida ao longo da sua colonização, segundo os interesses dos
colonizadores, que ignoraram a realidade e identidade dos povos, agrupando-os em tribos com
disparidades culturais. Foi após a Segunda Guerra Mundial que as colónias africanas
iniciaram o seu processo de independência. Contudo, o continente ainda vive diversos
conflitos territoriais e religiosos.
Podemos regionalizar, geograficamente, a África de duas formas. Uma delas utiliza como
base a localização dos países, dividindo-os em 5 grupos: África Setentrional, África
Ocidental, África Central, África Oriental e África Meridional. Já a segunda classificação leva
em conta as diferenças culturais, religiosas e linguísticas, dividindo os países em dois grupos:
África Setentrional ou Saariana e África Subsaariana (impropriamente chamados de África
Branca e África Negra).
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2.2.1 África Central
Abrange os territórios dos seguintes países: República Centro-Africana, República
Democrática do Congo, Angola, Chade, Camarões e República do Congo. Essa região limita-
se com o Oceano Atlântico, a oeste, e regiões montanhosas, a leste. É atravessada por diversos
rios, apresenta altas temperaturas, humidade do ar elevada, predominância de clima tropical e
presença das savanas.
Nessa região, também chamada Norte da África, há uma grande concentração de minérios
voltados para o mercado de exportação, ao passo que a agro-pecuária é pouco desenvolvida,
devido às suas condições naturais. Apenas no Vale do Rio Nilo é que a agricultura
desenvolve-se, devido à grande fertilidade do solo, graças às cheias do rio.
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2.2.5 África Oriental
Abrange os territórios dos seguintes países: Burundi, Djinouti, Eritreia, Etiópia, Quênia,
Ruanda, Ilhas de Madagascar, Seychelles, Somália, Tanzânia e Uganda. Localiza-se entre a
região da bacia hidrográfica do Congo e o Oceano Índico.
2.4 Relevo
Segundo Amurim (2010), o continente africano apresenta, em quase todo o seu território,
planaltos com, aproximadamente, 750 metros de altitude limitados por escarpas. Na região do
deserto do Saara (região setentrional), encontra-se o planalto setentrional por onde percorre o
Rio Nilo. Na região leste, encontra-se grandes montanhas como o Kilimanjaro e o Monte
Quênia. Já na parte meridional, encontra-se a cadeia do Cabo, com altitude que ultrapassa
3400 metros (p. 53).
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2.5 Clima
O território africano é bastante diverso em termos climáticos. Podemos encontrar áreas com
predomínio do clima equatorial, outras de clima tropical, assim como há também regiões de
clima desértico e mediterrâneo. O clima equatorial é registrado na região ocidental; o tropical,
na região central e sul; o desértico, na região setentrional, assim como o clima mediterrâneo
(Amurim, 2010, p. 54)
2.6 Vegetação
Amurim (2010), sustenta que, a savana é a vegetação predominante no continente africano.
No continente africano, podem ser encontradas faixas de floresta equatorial; savanas que
predominam na maior parte do continente; vegetação mediterrânea; e estepes. Caso tenha
maior interesse sobre o clima e a vegetação africanos, leia nosso texto: Aspectos naturais da
África.
2.7 Economia
Francisco (2000), reforça que:
Os principais cultivos para subsistência são: mandioca, milho, inhame e sorgo. Já dos cultivos
voltados para o mercado destacam-se algodão, cacau, café e amendoim. Em relação à
pecuária, a criação de gado ganha destaque em diversas áreas. A criação de ovelha também é
comum no sul do continente. Apesar de possuir alguns bolsões de miséria, a África não se
resume a eles, ao contrário da crença popular. A África é grande produtora de algumas
riquezas pelo mundo, o petróleo na área da Nigéria e Angola, a produção de diamantes,
azeite-de-dendê, ouro, gás natural, carvão mineral e até o ilegal comércio de marfim.
A maior parte do continente está nos climas tropical e equatorial, considerando que a linha do
Equador atravesse o continente na parte central. Estas regiões são cobertas por florestas
equatoriais e tropicais. Nas regiões mais ao norte e mais ao sul temos áreas com estações
secas e a presença de desertos como o famoso deserto do Saara na porção norte do continente
e os desertos de Kalahari e da Namíbia no sul. Entre essas regiões desérticas e as regiões
tropicais/equatoriais existem as savanas, que são uma vegetação equivalente ao nosso
Cerrado.
De acordo com Francisco (2000), apesar das áreas secas, a África possui importantes rios,
como por exemplo: O Rio Nilo famoso pela sua relação com o Egipto antigo, o rio Níger no
oeste, o rio Congo no ao centro e o Zambeze ao sul. No lestre africano é possível encontrar
alguns grandes lagos.
Duas regiões que possuem destaque na África são o Magreb e o Sahel. Magreb, situado no
noroeste africano com povos muçulmanos de origem berbere que mantiveram sua língua e
cultura e que habitam áreas que são em boa parte desérticas. O Sahel é a região de estepes
entre o Saara e as savanas do Sudão, sendo uma região seca que vai da Mauritânia até a
Eritréia.
O continente africano pode ser dividido geopoliticamente em duas grandes faixas de terra: a
África saariana (região norte) e a África subsaariana (região sul). Ambas são regiões de
diversidade cultural, mas a porção sul do continente é mais diversificada e contém a maior
parte da população. A cultura africana é vasta devido à grande diversidade de etnias que
possui e à migração de vários povos do mundo para o continente (p. 24).
Por exemplo, a região norte, saariana, manteve, ao longo da história, contactos forçados e
espontâneos com povos fenícios, turcos, árabes, romanos, gregos e do extremo oriente. Ela é
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situada numa área árida, logo acima do Deserto do Saara, e é composta por países como
Egito, Marrocos, Tunísia, Líbia e Argélia.
Vivem nessa porção de terras cerca de 30% da população do continente, e a maioria desses
habitantes cultua o islamismo, seguida por uma minoria cristã. A pessoas que lá vivem têm
traços fenotípicos peculiares, oriundos da mistura entre povos do Oriente Médio, negros e
brancos, sendo que elas não são brancas como os povos naturais da Europa ou negras como os
povos naturais da África subsaariana (Geertz, 1999, p. 26).
De acorod com Geertz (1999), a África subsaariana é composta por povos de várias etnias
diferentes que levavam um modo de vida tribal. Dentre as várias etnias, destacamos os povos
Bantos, Nagô e Jeje, trazidos para o Brasil durante o Período Colonial. Era comum a guerra
entre as tribos, e essas cultuavam diferentes religiões com uma matriz parecida, baseada no
culto aos orixás entidades que na mitologia africana têm um contacto espiritual com a
natureza e representam a ligação e a protecção dos elementos naturais ou dos seres humanos
(p. 30).
Actualmente, há uma grande parcela da população do sul da África que mantém as suas raízes
e cultua as religiões tradicionais, mas também há um número expressivo de muçulmanos e
cristãos vivendo na região, o que causa conflitos religiosos oriundos do preconceito e da
intolerância, sobretudo por parte dos cristãos e muçulmanos.
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aculturados, sendo inviável retornar as antigas fronteiras e então eclodiram diversas guerras
civis por todo o continente, pois os antigos povos rivais vivendo no mesmo território
passaram a disputar o controle do mesmo.
A situação das guerras foi agravada com a chegada da Guerra Fria, em que os lados em
conflito na África passaram a se aliar com o governo da União Soviética e/ou dos Estados
Unidos da América em busca de apoio financeiro e militar. Mesmo com o fim da Guerra Fria,
alguns desses conflitos permanecem, mesmo que com menor intensidade como no separatismo
de Cabinda em Angola ou com maior intensidade como no caso da Somália em que é difícil
até definir quem efectivamente controla o país (que além de tudo se tornou um forte reduto
para a pirataria, como demonstrado no livro e filme de Capitão Phillips que relata a história
real do capitão americano que foi sequestrado por piratas somalis) (Pp. 122-123).
Um dos resquícios da Guerra Fria foram os países que se mantiveram como socialistas na
África ou com forte influência do mesmo, como no caso de Angola onde o Movimento
Popular de Libertação de Angola (MPLA), com apoio da URSS, venceu os seus rivais e
implantou um regime socialista nos moldes soviéticos. Recentemente o governo de Angola
tem feito uma transição, junto com o próprio MPLA dominante, para um modelo mais social
democrata do que marxista, no entanto são nítidas ainda as influências da era pró-soviética.
Outro factor de conflito e tensão que ficou muito famoso na África, apesar de não mais
existir, foi o Apartheid na África do Sul. O Apartheid era um regime oficial de segregação
racial, com origem holandesa mas que foi continuado. O regime recebeu apoio da comunidade
de origem holandesa sul-africana e inclusive da Igreja Reformada Holandesa. Por outro lado,
duas lideranças que se destacaram na luta contra o Apartheid e que posteriormente impediram
qualquer tentativa de revanchismo contra a população branca, lutando pela reconciliação de
todos e pelo perdão mútuo, essas lideranças foram Nelson Mandela (que veio a ser presidente
da África do Sul) e passou boa parte da sua vida preso por desafiar o regime, bem como o
Arcebispo da Igreja Anglicana na África do Sul Desmond Tutu (Carlos, 2012).
Uma outra circunstância que tem aumentado os conflitos armados e o terrorismo na África,
especialmente no Norte da África tem sido o crescimento dos grupos terroristas ligados
ao fundamentalismo muçulmano. Um caso recente bem famoso tem sido o do grupo Boko
Haram que luta contra a cultura ocidental e cristã e tenta impor uma interpretação extremista
da lei islâmica sobre a Nigéria (o sul do país é maioritariamente cristão e o norte
maioritariamente islâmico).
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CONCLUSÃO
Após a realização deste presente trabalho com o tema “Continente Africano e todos os seus
aspectos”, constatou-se as seguintes conclusões:
África é um dos seis continentes do mundo, sendo o terceiro maior em extensão territorial. O
território estende-se por mais de 30 milhões de km², ocupando, aproximadamente, 20% da
área continental da Terra. No continente vive mais de um bilhão de habitantes, fazendo dele o
segundo mais populoso entre os demais.
Não só, a África é conhecida pela sua pluralidade étnica e cultural, e, por meio de uma
história milenar, é capaz de contar a história de toda a humanidade. Apesar da enorme riqueza
do continente, muitos países africanos apresentam baixos índices de desenvolvimento, com
diversos problemas sociais, como a miséria, baixa qualidade de vida, subnutrição e o
analfabetismo.
Muitas pessoas conhecem a África pela sua extrema pobreza e miséria, porém poucos sabem
o porquê disso. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) baixo, todos eles são africanos.
Essa situação foi causada, principalmente, pela exploração colonial e imperialista que ocorreu
nesses países.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Editorial.
Geertz, C. (1999). A interpretação das culturas africanas. Rio de Janeiro, Brasil: Guanabara.
Santana, B, M. (2012). A África por ela mesma: a perspectiva africana na História Geral da
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