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Aula 7. Evapotranspirao.

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Ministério da Educação

Universidade Federal do Maranhão


Curso de Agronomia
Disciplina: Climatologia e Meteorologia Agrícola

Evapotranspiração
Docente: Dr. Leandro Reis C. Santos

Chapadinha, MA
Definições
• Evaporação (E)
É o processo físico pelo qual um líquido
passa para o estado gasoso. A
evaporação de água na atmosfera ocorre
de oceanos, lagos, rios, do solo, e da
vegetação úmida (evaporação do orvalho
e da chuva interceptada).
Definições

• Transpiração
É a perda de água na forma de vapor pelas
plantas, predominantemente através das
folhas, embora em plantas lenhosas possa
também ocorrer pequena perda pelas
lenticelas da casca do tronco.

Nas folhas, a perda d’água é


preferencialmente, pelos estômatos.
Definições
• Evapotranspiração (ET)
É o processo simultâneo de transferência de
água para a atmosfera por evaporação da água
do solo e por transpiração das plantas.

Dependendo das condições da vegetação, do


tamanho da área vegetada, e do suprimento de
água pelo solo, define-se situações bem
características, tais como,
• Potencial;
• Real ;
• Oásis;
• Cultura.
Evapotranspiração
• Evapotranspiração Potencial (ETP) ou de Referência
(ETo)
É a quantidade de água que seria utilizada por uma extensa
superfície vegetada com grama, com altura entre 8 e 15 cm, em
crescimento ativo, cobrindo totalmente a superfície do solo, e
sem restrição hídrica.
Podendo ser estimada por fórmulas teórico-empíricas.
Tido como referência para se conhecer a evapotranspiração de
uma cultura, em condições não-padrão.
ETP é um valor indicativo da demanda evapotranspirativa da
atmosfera de um local, num período.
Evapotranspiração
• Evapotranspiração Real (ETR)
A quantidade de água realmente utilizada por uma
extensa superfície vegetada com grama, em crescimento
ativo, cobrindo totalmente o solo, porém, com ou sem
restrição hídrica. Quando não há restrição hídrica, ETR =
ETP; portanto,

Os conceitos de ETP e ETR se aplicam exclusivamente a


uma superfície gramada. Isso significa que não faz sentido
referir-se à evapotranspiração potencial de uma cultura.
Evapotranspiração
• Evapotranspiração de Oásis (ETO)
É a quantidade de água utilizada por uma pequena área
vegetada (irrigada) que é circundada por uma extensa
área seca, de onde provém energia por advecção
(transporte lateral de calor por deslocamento da massa de
ar), aumentando a quantidade de energia disponível.
Logo, por definição,

Área tampão ou bordadura necessária para que haja


minimização do transporte lateral de energia da área seca
para a área úmida (irrigada).
Evapotranspiração

• Evapotranspiração de Cultura (ETc)


É a quantidade de água utilizada por uma cultura, em qualquer fase de seu
desenvolvimento, desde o plantio/semeadura até a colheita, quando não houver
restrição hídrica, e por este motivo ela é também chamada evapotranspiração máxima
de cultura.

A ETc é função da área foliar (superfície transpirante), pois quanto maior a área foliar
maior será a ETc para a mesma demanda atmosférica.

O índice que expressa o tamanho da área foliar em relação à área do terreno ocupada
por uma planta é denominado Índice de Área Foliar

A ETc pode ser obtida a partir da ETP pela relação:


Evapotranspiração
• Evapotranspiração de Cultura (ETc)
• O valor de Kc varia de 0 a 1,2 e, de acordo com Camargo & Pereira (1990), seu valor
pode ser estimado em função da cobertura do terreno pela seguinte relação empírica:

• Gramado Kc = 1.
• Kc > 1 significa que a cultura é mais eficiente na utilização da energia do ambiente do
que um gramado, em função da maior altura da cultura, que resulta em maior interação
aerodinâmica com a atmosfera.

Por exemplo, se uma cultura mais o mato das entrelinhas cobrirem 90% do
terreno, o Kc = 1,2*(90/100) = 1,08.
Determinantes da ET
• Fatores Climáticos
• Radiação Líquida (Rn):
depende da radiação solar
incidente e do albedo da
vegetação;
• Temperatura;
• Umidade Relativa do Ar;
• Vento (Advecção Regional
de Energia).
Determinantes da ET
• Fatores da Planta
• Espécie (aspectos morfológicos);
• Coeficiente de Reflexão (albedo);
• Estádio de Desenvolvimento (IAF);
• Altura da Planta;
• Profundidade do Sistema Radicular.
Determinantes da ET
• Fatores de Manejo e do Solo
• Espaçamento/Densidade de
Plantio;
• Orientação do plantio
(preferencialmente cultivados
paralelamente a direção dos
ventos predominantes);
• Capacidade de Armazenamento de
Água: (Solos argilosos x arenosos);
• Impedimentos Físicos/Químicos
(restrição ao sistema radicular).
Determinantes da ET
• Interrelação Demanda
Atmosférica - Suprimento de
Água pelo Solo.
O solo é um reservatório ativo que,
dentro de certos limites, controla a taxa
de uso de água pelas plantas, sempre
em associação com a demanda hídrica
da atmosfera.

ECA = evaporação do tanque classe A


Medida da Evaporação e da
Evapotranspiração
• Evaporação
• Utilização de reservatório (tanque) para se
medir o nível d’água com precisão.
• Classe A: Desenvolvido nos EUA., sendo de uso
generalizado também no Brasil. É um tanque
cilíndrico (121cm de diâmetro (1,15 m2 de área
evaporante), e 25,5cm de profundidade),
instalado a 15 cm do solo sobre um estrado de
madeira em área gramada. A leitura no nível da
água é feita num poço tranquilizador de 25 cm
de altura e 10 cm de diâmetro, com um
parafuso micrométrico de gancho com
capacidade para medir variações de 0,01mm.
Atualmente existem sensores eletrônicos.
Medida da Evaporação e da
Evapotranspiração
• Evapotranspiração
• A medida direta da evapotranspiração
é difícil e onerosa, justificando sua
utilização apenas em condições
experimentais. Os equipamentos mais
utilizados para esse fim são os
lisímetros.
Estimativa da Evapotranspiração Potencial
(ETP ou ETo) Empíricos

• O método do Tanque Classe A para estimativa da evapotranspiração de


referência foi desenvolvido para se ter uma forma prática de estimativa de
ETo, aplicada no manejo da irrigação.

• O valor de Kt (ou Kp), sempre menor que 1, é função da velocidade do


vento e da umidade relativa do ar (adveção de calor sensível), e do
tamanho da bordadura, vegetada ou não, circunvizinha ao tanque. Esse
método é um dos recomendados pela FAO (Doorenbos & Kassam, 1994)
1 m/s = 86,4 km/dia
P3 - seminários
• Dia 21/06
• 4 grupos;
• Parte escrita (40%) revisão de literatura e apresentação (60%);
• Duração (40 – 50 min);
• Grupo 1. Importância Agroecológica dos Ventos.
• Grupo 2. Zoneamento Agroclimático.
• Grupo 3. Condicionamento Climático da Produtividade Potencial.
• Grupo 4. Mudanças Climáticas Globais e o impacto na agricultura.
Referências
• PEREIRA, A.R.; ANGELOCCI, L.R.; SENTELHAS, P.C. Meteorologia Agrícola. Capítulo
12 – Evapotranspiração (apostila pdf). Universidade de São Paulo, Escola Superior
de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Departamento de Ciências Exatas. Piracicaba, SP,
2007.

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