Teologia Pastoral
Teologia Pastoral
Teologia Pastoral
Descrição da Disciplina:
Oferece inicialmente aos alunos um quadro teológico da função pastoral.
Procura mostra os diferentes aspectos do trabalho pastoral e suas diversas implicações.
Mostra as crises que podem atingir o pastor no exercício do ministério, e as soluções que devem ser
procuradas.
Conteúdo Programático:
1. Ciclos na vida Ministerial
2. Vocação Ministerial
3. A Personalidade do Ministro
4. A Função do Ministro
5. O Obreiro e sua família
6. Visitação Pastoral
7. O Pastor e as relações econômicas
8. Características do Pastorado
9. Perfil Bíblico do Pastor
10. Crises do Ministério Pastoral
11. O Retrato do Pastor
12. Razões Para o Estresse Pastoral
13. O Pastor Precisa de Amigos
Objetivos da Matéria:
Exigências da Matéria:
Avaliação:
2
Introdução
Teologia Pastoral é o estudo que abrange o ministério do servo de Deus na Igreja. Por isso,
o seu estudo pode ser organizado em várias disciplinas, tratando cada uma de aspectos desse
importante assunto.
Neste curso de Teologia Pastoral focalizaremos os principais capítulos que tratam de
vocação para o ministério, a função pastoral, a personalidade do ministro, a sua vida espiritual,
o seu conhecimento da Bíblia, o seu ministério de treinamento, visitação, a sua relação com a
Igreja e a denominação, e o lugar da sua família.
A finalidade deste trabalho é a de oferecer alguns pensamentos sobre os capítulos acima
mencionados. O estudo será ampliado com a indicação de livros para leitura e pesquisa.
VOCAÇÃO MINISTERIAL
a) O ministério não é uma profissão. O servo de Deus não deve ser um profissional do
púlpito ou da palavra. O pastor deve ser um homem CHAMADO para o ministério.
1. Deus chama os homens à salvação (At 2.39, Mt 22.14). Esta chamada geral abrange
toda a humanidade. O interesse de Deus é que todos sejam salvos (I Tm 2.4).
2. Deus chama os crentes em geral ao serviço (I Pe 2.9; Ap 1.6; Jo 12.26).
3. Deus chama pessoas para o ministério (Cl 1.23; Ef 3.7; At 26.15-19).
c) A chamada para o ministério não deve ser confundida com a tendência, inclinação ou
vocação natural. O pastor deve ser um homem caracterizado por uma chamada divina,
sobrenatural. Esta certeza ajuda-o falar com autoridade (At 7.14-15).
d) O ministério é uma atividade de origem divina. Deus chama pessoas para determinadas
tarefas que darão cumprimento ao seu plano de revelação e Salvação.
1. No Antigo Testamento, Deus chamou homens para serem seus profetas, escolheu uma
família para o sacerdócio e o serviço no Santuário. Por exemplo: Ex 28.1, 3.10; Jz 6.11-24; I Sm
3.1-14; Is 6.1-9; Jr 1.110. Entre os exemplos citados encontramos pessoas chamadas para fins
especiais. Por exemplo: Gideão.
2. No Novo Testamento, o Senhor Jesus escolheu DISCÍPULOS (Lc 10.1-12) Também os
DOZE APÓSTOLOS (Mt 10.1-4). Achamos o Senhor chamando-os individualmente (Mt 4.18-19).
3. Em Atos dos Apóstolos, encontramos além dos DOZE, também o ministério do
Evangelista (At 8.26-40). Do Presbítero que se confunde com o Bispo ou pastor (At 20. 1, 28).
4. O apóstolo Paulo menciona várias tarefas que Deus colocou na Igreja com “vistas ao
aperfeiçoamento” (Ef 4.1-13).
5. Portanto, privilegiada é a pessoa que Deus chama para o ministério. Mas, ao mesmo
tempo, grande é a sua responsabilidade diante do Senhor e dos homens (I Co 9.16; I Tm 4.14-
16).
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A PERSONALIDADE DO MINISTRO
A. QUALIDADES ESPIRITUAIS
2. PIEDADE
Esta palavra ocorre 14 vezes nas cartas pastorais e em II Pedro. É uma forma de santidade
que resiste ao pecado, cultivando uma vida de oração e meditação na Palavra de Deus (I Tm 4.7;
Cl 3.16). O homem de Deus não precisa sair da sociedade para obter uma vida piedosa (Jo
17.15). Antes deve no meio das trevas, brilhar como “luz do mundo” (Mt 5.16).
3. FÉ
Não só no sentido de fé para a salvação. Mais como uma AÇÃO CONFIANTE em seu
ministério. O ministro enfrenta a incredulidade de muitos. No entanto, ele deve CRER no poder
de Deus. Observemos Moisés (Ex 14.21). Deve crer no PODER da palavra por ele anunciada (Rm
1.16). Deve crer nas PROMESSAS de Deus e na PRESENÇA do Senhor consigo.
4. ORAÇÃO
Os maiores servos de Deus forma homens de oração (II Tm 1.3; Cl 1.9; Fl 1.3). A oração
deve MARCAR o nosso ministério (At 16.13). O pregador deve mais orar do que qualquer
membro da Igreja. Aconselha-se um dobrado tempo de oração correspondente ao tempo de
pregação. O Senhor Jesus foi o grande exemplo de homens de oração (Jo 17; Mt 26.39).
B. QUALIDADES MORAIS
1. SINCERIDADE
Esta palavra vem de sincero (sem cera ou sem máscara). Qualidade de alguém que é
autêntico, sempre o mesmo em suas atitudes e palavras. O crente em geral deve ser sincero (Fl
1.10), muito mais o ministro em seu relacionamento com os membros, com a coletividade, com
os colegas e com Deus.
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2. HUMILDADE
Alguém disse que a “tentação acompanha o sucesso”. O ministro é tentado exaltar-se
quando o seu trabalho ou pregação alcança sucesso. O Dr. Beecher conta que alguém veio dizer-
lhe o seguinte após uma das suas pregações: “O Dr. Beecher é o homem mais ilustre que eu
conheço”. Ele, porém, prontamente respondeu: “Mas o Sr. esqueceu-se da sua própria pessoa!”.
O homem de Deus deve ser humilde como foi Jesus (Fl 2.8). Grande é o galardão da humildade
(Pr 22.4). Pessoas há que desejam manifestar humildade em palavras, gestos e vestes. Mas a
verdadeira humildade é não procurar “mostrar-se. Ela é uma atitude íntima de compreensão das
limitações humanas.
3. ABNEGAÇÃO
Trata-se de um tipo de renúncia, quando o homem deixa os seus direitos em favor de
outrem. Paulo foi exemplo de abnegação (I Co 9.19-23). No ministério pastoral há momentos
quando a abnegação custa um alto preço. Mas, dificilmente, o Reino de Deus perde com homens
abnegados. Sempre há um prêmio pela abnegação.
4. HONESTIDADE
As finanças podem ser um sério problema na vida do ministro. O dinheiro que lhe é
confiado também. Os compromissos assumidos com prestações, empréstimos ou bens de
outros, quando não houver honestidade, trarão prejuízos para o ministério e para o bom nome
da Igreja. O pastor deve ser um homem “irrepreensível”. Cujo caráter sirva de exemplo para todo
o rebanho (I Tm 3.2). Foi a preocupação de Paulo (II Co 8.21).
5. OTIMISMO
Com uma qualidade natural ou como resultado de sua fé, o ministro deve ser otimista.
Muitos na Igreja estão olhando para a atitude do pastor frente aos problemas gerais ou
particulares. Na visitação, espera-se que o pastor tenha uma palavra de otimismo. Tanto este
quanto o pessimismo são contagiantes. Quando pensamos em otimismo no ministério não
queremos dizer com isto “superficialidade” ou “leviandade” no tratamento de assuntos ou na
realização de planos. André revelou um certo otimismo, apontando para uma provável solução
(Jo 6.8-9).
6. SERIEDADE
Esta palavra é usada no sentido contrário ao de “leviano”. Não convém ao servo de Deus a
leviandade. Um pouco de humor é aconselhável e faz parte de uma personalidade normal. Mas
cumpre ao servo de Deus agir com seriedade no tratamento dos assuntos da Igreja, problemas
dos membros e no relacionamento com os demais da comunidade. A conduta de Paulo em
Corinto não foi leviana (II Co 1.17-18).
7. PACIÊNCIA
Esta palavra no original significa “ficar debaixo da carga”. Paciência é uma qualidade
indispensável ao agricultor (Tg 5.7). Também a todas as pessoas que aguardam o resultado de
sue trabalho. Ser paciente significa não ser imediatista. Saber que há problemas, assuntos e
coisas que tem a sua hora certa para serem tratados, resolvidos ou alcançados. Convém ao
ministro de Deus a paciência para poder suportar aflições, provas e dificuldades (Tg 5.11; I Pe
2.20; Rm 15.1-6; II Co 6.4).
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C. QUALIDADES FÍSICAS
1. SAÚDE
Para muitos, a saúde do ministro não é fator importante no seu trabalho. Houve tempo
quando o monaquismo ensinava que precisamos “mortificar” o nosso, obtendo assim uma vida
mais santa. Conta-se que Simeão, o Estilista, penitenciava-se por longo tempo em cima de um
pedestal para alcançar a santidade. Channing, um pregador do século XIX fazia seus estudos
até às 2 ou 3 horas da madrugada, dormia no assoalho e andava sem agasalho no inverno na
Inglaterra, para obter uma vida mais santa. O corpo não deve merecer toda a nossa atenção, a
ponto de se tornar o centro de nossa vida. Mas, não convém maltratá-lo. Através dele podemos
em santidade oferecer o nosso “culto racional” (Rm 12.1). Convém ao pregador zelar pela sua
saúde.
2. APARÊNCIA
Não convém ao ministro de Deus ser um “santo medieval”, maltrapilho descuidado da
higiene pessoal. Antes como um homem que tem grande responsabilidade na comunidade, deve
manter uma boa aparência. (Que não significa luxo). Com roupas limpas, sapatos concertados
cabelos alinhados e corpo limpo e sadio.
3. BOA DICÇÃO
O pregador não precisa ser um “mestre da fala”. Mas deve saber usar a sua voz e
pronúncia das palavras. As leis da acústica revelam que não é possível perceber distintamente
mais de quatro sílabas em um segundo. A boa dicção compreende a pronuncia correta das
palavras, a intensidade da emissão da voz que depende do tamanho do santuário, do número de
pessoas, dos objetos e do revestimento das paredes. A “inspiração” do servo de Deus não deve
sacrificar a recepção da mensagem por parte dos ouvintes. Uma voz alta e não gritada. Uma voz
modulada e não só com uma altura. Uma voz clara e não rouca. Tudo isso seria aconselhável ao
pregador da palavra de Deus, para que os ouçam, e entendam.
4. BOA VISÃO
Não é agradável ver um pregador com a Bíblia debaixo dos seus olhos. Se há falta de visão,
aconselha-se o uso de óculos. Uma boa visão permite a leitura de palavras corretamente. É
desagradável ouvir um pregador lendo palavras incompletas ou erradas. Boa iluminação no
Templo favorece a leitura também. Sabendo que a leitura da palavra de Deus é fator importante
no culto, convém fazer o melhor para que todos sejam edificados e abençoados por ela.
5. BOA AUDIÇÃO
Hoje há aparelhos práticos para surdes. Se o ministro tiver dificuldade em ouvir, deve
procurar corrigir isso. Assim evitará uma atitude desagradável quando em palestra com os
membros da Igreja ou na realização do culto.
D. QUALIDADES INTELECTUAIS
1. CAPACIDADE DE CONHECIMENTO
O ser humano é o único que pode conhecer significativamente as coisas. Há pessoas
dotadas de capacidade maior para perceber e conhecer as coisas. Outros estão abaixo do nível
médio e são anormais, não podendo assimilar o suficiente dos conhecimentos ministrados. O
pregador deve ser capaz para conhecer e desenvolver a sua capacidade de percepção,
conhecimento secular e bíblico. Um homem contrário ao conhecimento intelectual e bíblico não
é recomendável ao ministério.
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2. IMAGINAÇÃO CRIADORA
Deus capacitou os homens com “imaginação criadora”. Eles pensam, e imaginam coisas e
descobrem coisas. A mensagem do pregador não é produto da sua imaginação. Mas com ela, ele
pode ordenar os seus pensamentos, apresentar ilustrações e descobrir assuntos para as futuras
mensagens. Ele não deve ser um duplicador ou “carbono” de outros pregadores. Mas com
originalidade, usando o seu raciocínio, deve elaborar os seus pensamentos de forma clara e
objetiva. Convém observar o método por Jesus Cristo. Ele fez comparações, usou parábolas e
com originalidade apresentou a sua mensagem.
3. CAPACIDADE INTUITIVA
Com esta capacidade o pregador pode perceber a disposição de seus ouvintes, certos
problemas íntimos dos membros e necessidades espirituais do rebanho. No culto, o povo pode
passar por vários estágios. Convém ao pregador sentir isso, percebendo o momento para dizer
amém, ou o apelo fazer, ou cantar um hino. No trabalho da Igreja convém ao ministro esta
capacidade para sentir as tendências do rebanho.
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A FUNÇÃO DO MINISTRO
Em nossos estudos já vimos que o ministro é uma pessoa CHAMADA por Deus para
determinadas tarefas. Também já estudamos as principais qualidades que devem caracterizar a
PERSONALIDADE do servo de Deus. Neste capítulo trataremos da sua FUNÇÃO como líder de
algum departamento ou comissão, ou como pastor da Igreja.
2. IMPORTÂNCIA DO LÍDER
Desde os primórdios da civilização nenhum grupo atingiu os seus verdadeiros fins sem
liderança. A sua importância se manifesta no seguinte:
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b) Em segundo lugar é importante porque é necessário alguém CONDUZIR os crentes pelos
caminhos da verdade, levando-os às águas tranquilas e aos pastos verdejantes (Sl 23).
c) Também é importante porque uma Igreja necessita de um líder que esteja à frente do
grupo nas iniciativas e trabalhos.
d) A Bíblia mostra que o Senhor Deus é PASTOR e como tal ALIMENTA, CUIDA, ORIENTA e
PROTEJA o seu rebanho (Sl 23; Jo 10; Am 3.12; Lc 15.3-7).
a) A chamada: entendemos neste caso o convite que o servo de Deus recebe de uma
determinada Igreja para o pastorado. Tal escolha deve ter sido feita pela maioria da Igreja em
sessão regular. O convite deve ser aceito após oração e certeza de que é a vontade de Deus.
b) O exercício: para alguém exercer o pastorado há alguns requisitos que seriam os
seguintes:
- Uma genuína chamada divina para o ministério;
- Um certo preparo e experiência para o pastorado;
- Uma disposição de fazer o melhor com a ajuda de Deus.
c) O sustento: não é a principal coisa. Mas deve ser o suficiente para exercer o ministério
com tempo integral. Há os que trabalham com tempo parcial e outros sem receber qualquer
auxílio de Igreja.
d) A duração: depende da direção de Deus e não dos nossos interesses.
e) A sucessão: o pastor que deixa a Igreja para outro, deve cuidar para que haja um
ambiente favorável para o seu sucessor. Tudo deve estar em ordem. Uma vez ausente do
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trabalho, deve evitar, críticas ou intervenções ao trabalho do outro. Tudo fazer para o bem da
obra de Deus.
Gostaria de sugerir algo que poderia ser feito para ajudar numa boa transição pastoral.
Não é possível, naturalmente, esgotar aqui o assunto, mas creio que as idéias relacionadas a
seguir poderão ser de ajuda inestimável a todos pastores ou presbíteros.
Ser Humilde: a humildade é uma das virtudes mais apreciadas no ser humano,
principalmente no cristão. Ser humilde é seguir os passos de Jesus Cristo, viver como ele viveu,
ser o que ele foi. Em matéria de ministério, o exemplo de Cristo nos serve de plataforma de
trabalho. Em Filipenses 2:5-8 o apóstolo Paulo nos ensina o segredo do nosso Senhor. Jesus era
rico e como tinha uma missão a cumprir, uma mensagem a ser comunicada à raça humana, ele
se faz pobre assumindo a forma de homem e entre os humanos ele se torna servo. O propósito
de sua humilhação foi para “apresentar, a igreja a si mesmo, como gloriosa, sem mácula, nem
ruga, nem cousa semelhante, porém, santa e sem defeito” (Efésios 5:27). Cristo sabia que não
poderia atingir o coração da humanidade se ele não se encarnasse no seu meio. Ele desceu, se
horizontalizou, para depois subir e na sua eleveção, ele levou a igreja a atingir o estágio
planejado pelo Pai.
Semelhantemente os pastores. Não vamos negar que os pastores de uma maneira geral
sabem mais do que a maioria dos crentes. Ele estudou teologia. Está atualizado com o mundo
eclesiástico. Este pastor deve ter como alvo em seu pastorado levar a igreja a conhecer o que ele
conhece, levar a igreja a atingir o nível em que ele está. Para que isto venha acontecer, ele deve
seguir o modelo de Cristo. Inicialmente deve descer ao nível do povo. Pregar mensagens que o
povo entenda, realizar programas mais simples. Caminhar horizontalmente com o povo e aos
poucos iniciar o estágio de elevação, o estágio do crescimento, do nível de conhecimento bíblico.
Assim fazendo, e lembrando que no ponto de vista ético, a igreja é povo, o ministro cresce junto
com ela, ganha o seu respeito, não por causa da sua autoridade formal, a posição que ocupa,
mas por causa do seu amor pelo povo e o seu compromisso com eles.
Em uma nova igreja, o pastor deveria ter amigos. A sua família deveria ter uma ou mais
famílias para conviver, para ter momentos juntos. Os primeiros amigos do pastor deveriam ser
os seus líderes na igreja. Notamos sempre que existe um distanciamento muito grande entre o
pastor e os seus obreiros leigos ou formados. Procure, portanto, uma aproximação com os seus
líderes, tenha momentos em que a discussão não seja algum problema da igreja, tenha
momentos de frequentar uma sorveteria para juntos desenvolverem um relacionamento
amigável e cristão. Lembre-se: Jesus andou com os seus discípulos.
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Valorize o Ministério dos Outros: não existe algo mais desanimador para uma igreja do
que ter um pastor que não dê espaço para que seus membros possam colocar seus dons e
ministérios em ação. Há muitos pastores que são pessoas tremendamente frustradas em suas
realizações e que desenvolvem um sentimento de profunda baixa estima. São inseguros ao
extremo e pensam que todos estão querendo roubar a glória do seu ministério. Se alguém na
igreja realiza algo que é um sucesso, aquele pastor acha que os outros vão achar que ele não é
tão importante assim. As pessoas não vão elogiá-lo. A sua glória será repartida com outro.
O pastor tem que entender que o sucesso de todos na comunidade eclesiástica está em
direta proporção ao sucesso do seu ministério e consequentemente a sua permanência naquela
igreja. Assim sendo, e lembrando-se bem da regra ética que bons ou maus pastores sempre
deixam bons ou maus amigos, cortar ou limitar o ministério dos outros é um suicídio ministerial
tão certo como o nascer do sol a cada dia.
As vantagens em ter estes agentes de mudanças ao lado do pastor são inumeráveis. Estas
pessoas não precisam provar para a comunidade que elas são confiáveis, elas não precisam de
tempo para provar o compromisso delas com a igreja. Estas pessoas são as formadoras de
opinião dentro da igreja. O pastor faria muito bem em gastar um tempo para descobrir quem
naquela igreja exerce tal papel e realizar com estas pessoas um programa de discipulado e
ganhá-las para a sua nobre causa. O contrário, também, é verdade, quando estas pessoas não
forem ouvidas ou respeitadas – o pastor pode ter a mais absoluta certeza de que saberá quando
isto ocorreu.
Cultura eclesiástica é muito mais importante do que pensamos. Devemos gastar tempo em
estudar as nossas igrejas, conhecer bem a sua história, não só da denominação, mas
principalmente da igreja local. Nos corredores das escolas bíblicas há a seguinte estória sobre
um pastor: assumindo uma igreja, o colega que saiu entregou ao que chegava três envelopes
fechados. Disse que o novo pastor deveria abri-los quando tivesse a primeira crise. Os primeiros
meses de pastorado foram uma beleza, o pastor era bom, pregava bem, visitador e um excelente
comunicador. Surge então a primeira crise. Ele abre o primeiro envelope e recebe a seguinte
orientação: critique o pastor anterior como o culpado da crise. Assim ele o fez e tudo se
normalizou. Na segunda crise, ele abre o outro envelope e lê: invente um programa novo e gere
entusiasmo. Segue-se mais um período de tranquilidade. Surge inevitavelmente a terceira crise e
lá vai nosso pastor abrir o terceiro envelope para consternado ler o seguinte conselho: prepare
mais três envelopes, ou seja: a lua-de-mel acabou, e ele tem de aceitar que a igreja sempre fica e
o pastor sempre parte!
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O OBREIRO E SUA FAMÍLIA
Ser obreiro do Senhor é a tarefa mais gloriosa na face da Terra. Além dos galardões a que
todo crente tem direito, é previsto um, específico para o obreiro: A coroa de glória (1 Pe 5.2-4).
Por outro lado, é a tarefa mais pesada, mais incompreendida e a que exige mais
responsabilidade diante de Deus. Ele precisa ser exemplo do rebanho (1 Pe 5.3), exemplo dos
fiéis (1 Tm 4.12).
I. O OBREIRO: UM CONTRADITADO
Perante as pessoas, mesmo na igreja, é difícil ser obreiro. Certo artigo, de autoria
desconhecida diz: "Se o pastor é ativo, é ambicioso; se é calmo, é preguiçoso; se o pastor é
exigente, é intolerante. Se não exige, é displicente. Se fica com os jovens, é imaturo. Se fica com
os adultos, é antiquado. Se procura atualizar-se, é mundano. Se não se atualiza, é de mente
fechada. Se prega muito, é prolixo, cansativo. Se prega pouco, é que não tem mensagem. Se se
veste bem, é vaidoso. Se se veste mal, é relaxado. Se o pastor sorri, é irreverente. Se não sorri, é
cara dura". O que o pastor fizer, alguém pensa que faria melhor.
Na lista de nada menos de 16 qualificações que se exigem para um obreiro (Bispo, Pastor,
Presbítero), conforme 1 Tm 3.1-7, temos destaque para o relacionamento familiar: "marido de
uma mulher...que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a
modéstia; porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de
Deus?". Nas qualificações previstas para o presbítero, temos igual referência (Tt 1.6). Se
ponderarmos, veremos que há um peso muito forte das qualidades familiares no meio das listas
de qualificações para ser obreiro.
Isso exige demonstrações práticas de carinho, de afeto. (Pv 31.29; Ct 4.1; 1.16), através de
palavras, gestos (cf. 1 Jo 3.18). Para muitos, as expressões "eu te amo", "gosto de você" e outras
são coisas do passado. Sem essas pequenas coisas, o casamento do obreiro torna-se azedo, sem
graça, e pode abrir brecha para a ação do inimigo.
a) TEMPO PARA A ESPOSA. O obreiro precisa dar tempo para conversar com a esposa; ter
diálogo com ela: saber ouvir (Tg 1.19; Pv 18.23).
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b) Pensar antes de falar (Pv 21.23). Só falar a verdade (Ef 4.15,25).
c) Desenvolver a Comunicação Significativa. Evitar a comunicação rotineira. Não responder
com raiva (Pv 14.29). Não dá silêncio como resposta: é pirraça; não é para crente. Evitar
aborrecer (Pv 10.19).
d) Quando errar, PEDIR PERDÃO.(Tg 5.16). PERDOAR (Cl 3.13; 1 Pe 4.8). Não discutir em
público. Não discutir diante dos filhos.
É a liderança fundada no amor, "NO SENHOR", e não no autoritarismo. Deve ser exemplo
para os lares.
Estão debaixo das bênçãos do ministério do pai. É preciso, no entanto, que os pais ensinem
que os filhos dos pastores não devem ter privilégios na igreja. Há jovens que se prevalecem da
condição de filhos de pastor para cometerem abusos, irreverência. Por vezes, o pai "passa a mão
por cima". Isso é ruim.
Dos filhos do obreiro se exige mais do que dos filhos dos outros; são muito olhados; parece
que são mais tentados! Daí, a importância da atenção aos filhos.
3) Ataques do inimigo:
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c) Escândalos na vida dos crentes:
Os filhos duvidam da fé, da igreja.
d) Ingratidão da igreja:
Tratamento injusto ao obreiro; mau salário; humilhações.
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VISITAÇÃO PASTORAL
1.1. A hora adequada - O pastor, por mais confiança que goze num lar, nem por isso vai
deixar de observar certos cuidados: Ex: deve evitar chegar a hora de refeição, salvo se for
convidado, antecipadamente. Chegar de improviso pode deixar a dona de casa embaraçada. “Os
de casa poderão insistir com você para que almoce com eles, mas no íntimo desejariam que você
não tivesse chegado exatamente na hora do almoço”. (O Jovem Pastor, pág. 88). Também é bom
observar a hora de repouso da família; exceto por motivos especiais, se a visita ocorrer à noite,
chega-se não depois das 20horas.
1.2. A duração - A visita pastoral precisa ser objetiva. Prolongar demais uma visita, além de
torná-la cansativa, tende à condução para conversa ociosa e leviana. Deve a visita ser encerrada
tão logo alcance a mesma o seu objetivo, construtivo e espiritual. Em termos de uma visita em
cidade, esta não deve exceder de uma hora, a não ser que se revista de caráter especial. Se a
visita ocorre em hospital, não é bom que ultrapasse de trinta minutos. Observe as horas de
visita.
1.3. A finalidade - A visita precisa ter um alvo: - conforto, edificação, encorajamento,
socorro, oração por enfermo; aproximação dos filhos; conhecer melhor a família para melhor
orientar a ajuda espiritual. Visita sem alvo para “bate-papo”, não é visita pastoral. A família deve
respeitar aquele momento: é o pastor que chegou, ou a missionária que chegou! Sua visita não é
uma coisa comum, tem em si uma finalidade útil. Uma vez no lar, e se for necessário, procure
conhecer o nome das pessoas, mesmo das crianças e chame-as pelo nome. Nada de “oi, você aí”,
etc. No ambiente do lar, não se imponha. Você é hospede. Se encontrou a TV ligado, não mande
desligá-lo, especialmente, se nem todos da família são crentes. Convém que lembremos
exemplos bíblicos de visitação, tais como:
a) O Senhor Jesus em casa de Marta, de Maria e seu irmão Lázaro. (Lc 10).
b) A visita de Paulo ao pai de Publio, na Ilha de Malta (At 28.7-10) e o que produziu:
1. Cura de enfermos
2. Divulgação e promoção do Reino de Deus.
3. Estima e prestigio para a Causa.
Uma boa visitação deixa uma porta aberta para voltarmos outra vez. A família deve guardar
boa lembrança dos momentos que teve o pastor no lar.
2.1. Se possível, marcar o dia e a hora que melhor atenda a família a ser visitada. É bom
manter-se pontual. A pontualidade sempre produz boa impressão.
2.2. Não chegar em casas onde a esposa se encontra sozinha. Se houver um recado a
deixar, deixe-o à porta, sem entrar. Se a visita é de uma missionária ou uma evangelista, esse
cuidado, é obvio, cessa, mas permanece o de ver a hora mais oportuna, para não atrapalhar a
dona de casa nos seus afazeres, salvo se vier para ajudar. Em se tratando do pastor, sua visita é
muito mais apreciada e proveitosa, quando a família está reunida.
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2.3. No curso as visita, é bom manter-se discreto, sem querer, por sua curiosidade,
conhecer logo todo o quadro familiar da primeira vez. Se fizer muitas perguntas à família, e já
tentando dar a resposta, o pastor ver-se-á, frequentemente, em situações de embaraço.
2.4. Em caso de ausência, é bom deixar embaixo da porta uma breve mensagem: Ex.:
“Saudações, um versículo, assinatura, data e hora”. (Há cartões impressos, especiais para
visitas, ou pode-se mandar imprimir, com a desvantagem de se tornar muito usado e comum). É
bom usar um folheto ou uma porção bíblica, como a produzidas pela SBB.
2.5. Mantenha um REGISTRO DE VISITAS para o seu controle; isto evitará que você, por
falta de anotações, dê maior carga de visitas a certo grupo se membros, em detrimento de
outros, o que não é recomendável. Outra sugestão pode ainda ser FICHA DE REGISTRO DE
VISITAS, nominal, tendo assim cada membro a sua ficha de visitas, para o controle do pastor,
arquivadas na Igreja.
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O PASTOR E AS RELAÇÕES ECONÔMICAS
1. O Dinheiro Emprestado (...”e o que toma emprestado é servo do que empresta”. Pv 22.7)
É uma grande virtude do pastor, essa que se manifesta na maneira de dirigir sua economia
de tal forma, que não tome dinheiro emprestado, especialmente de membros de sua Igreja ou de
outros irmãos. O pastor, mesmo que tenha muitos dons e seja capaz de realizar com sucesso a
sua carreira, perderá seu nível, sua recomendação e sua força no trato com os membros, se ficar
dependente destes, por causa de empréstimos. M. A. Souza, em seu livro O PASTOR, afirma:
“Nunca é sábio contrair dívidas com membros da própria Igreja. Um pastor preso na gaveta de
qualquer irmão da Igreja, e preso de modo que não possa libertar, estará sem força moral para
exortar os descansados nessa fase de vida cristã” (pg.43)
É péssima a impressão causada pela falta de prestação de contas, mesmo que não haja má
fé. A negligência nesse sentido já em si é traço que não recomenda um pastor. O pastor deve ser
zeloso, disciplinado em toda e qualquer prestação de contas. Toda a operação que o pastor
realize com dinheiro da Igreja, deve ser comprovada. Se houver troco, este não pode ser tomado
por empréstimo. A confiança em um pastor, quanto ao trato de dinheiro que lhe é confiado é tão
sensível quanto a uma peça de fino cristal. E, uma vez “trincada”, é irrecuperável.
Embora a recomendação constante dos textos seja para todos, em geral, cumpre ao pastor
ser vigilante nesta parte e não se tornar fiador. Se o pastor ficar por fiador de uma pessoa na
Igreja e não de outra, poderá ser esse seu gesto encarado como discriminatório; ser fiador de
todos não seria possível. Amparado por tão forte recomendação bíblica e pelas razões acima, o
melhor que o pastor fará é não se tornar fiador.
Há nos presentes, algo de sutil; precisamos cuidar que não nos deixemos envolver pelo que
dá presentes; pode haver até um teor de suborno e por trás dos presentes uma intenção não
declarada. Vigiemos!
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CARACTERÍSTICAS DO PASTORADO
Hebreus 5.1-4
I. HUMANIDADE
II. OFÍCIO
“...é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para oferecer tanto
dons, como sacrifícios pelos pecados...”
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1. Apesar de suas fraquezas... faz tudo para recuperá-las, para deixá-las
saudáveis
2. Não interessa-se apenas pela lã e pela carne das ovelhas (“não permita que
saiam enquanto estão entregando o dízimo...”)
C. Não é o policial severo, o investigador criminal...
1. Entende que sua missão é apascentar
2. Não é promotor de justiça, juiz ou carrasco... é o amoroso apascentador
“... pois ele mesmo está rodeado de fraqueza. E, por esse motivo, deve ele, tanto pelo povo
como por si mesmo, fazer oferta pelos pecados...”
V. A CONVICÇÃO DO PASTOR
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PERFIL BÍBLICO DO PASTOR
Atos 20.28-32
A. Cuida do rebanho
1. Alimenta com a Palavra
a. Mensagens verdadeiramente bíblicas, profundas, que alimentam, que
edificam
b. Não fica promovendo entretenimento, animando auditório ou contando
histórias
c. Tira da Palavra o alimento que sustenta
2. Refuta quaisquer heresias e mensagens contrárias a palavra de Deus produzidas
pelo próprio rebanho
B. Confronta com carinho
C. Seu ministério deve buscar a paz e a harmonia no meio do rebanho
D. Profundo conhecedor de ovelhas
a. Conhece a natureza da ovelha
1. Teimosas, obstinadas
2. Inconstantes, volúveis
3. Dependentes e indefesas
4. Medrosas, facilmente entram em pânico
b. Sensível observador de ovelhas
1. Está sempre atento a comportamento de violência ou pânico no meio do
rebanho
2. Reconhece imediatamente qualquer comportamento anormal no rebanho
3. Uma das coisas mais difíceis de identificar num rebanho são os lobos
a. Primeiramente não se pode ser um caçador, mas um apascentador,
um guarda
b. Para se identificar um lobo precisa-se conhecer profundamente as
ovelhas
c. É preciso cuidado e discernimento, aliados à experiência no pastorado
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C. Enfrentar o inimigo numa batalha espiritual pela vida de suas ovelhas
A. Sua vida e palavras devem levar alento ao coração ferido e direção ao desanimado
B. É nos momentos de tristezas e pranto que o ministério pastoral mais se realça
1. Estar ao lado da ovelha e sofrer com ela sua dor (empatia)
2. Carregar a cansada no colo
3. Colocar bálsamo na ferida e fazer todo esforço possível para vê-la curada
C. O pastor deve saber ouvir suas ovelhas e não apenas falar
D. Há momentos em que a simples presença do pastor já basta para trazer conforto
E. Deve ter uma palavra de conforto, de alívio, de orientação para entregar à ovelha
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O que garante o sucesso não é o nível acadêmico da instituição na qual o pastor se formou,
ou sua capacidade intelectual nem seu carisma. Os seminários e faculdades formam teólogos,
as igrejas precisam de pastores. O que garante o sucesso e a aprovação divina no ministério é
desenvolver na vida o perfil traçado pela Palavra de Deus para o pastor.
II Coríntios 6.4-10
O ministério é feito de crises. Existem momentos de descanso, de refrigério, mas, por sua
própria natureza, o ministério pastoral é uma carreira de crises.
As crises são muitas e constantes. As principais são:
A. Muito trabalho
1. Apesar de não precisar cumprir um horário definido o pastor trabalha muito
2. Todos os dias precisa fazer alguma coisa
a. Visitas
b. Aconselhamento
c. Oração por enfermos
d. Serviços administrativos
e. Direção de cultos
f. Pregações e estudos
g. Etc.
B. Pouco reconhecimento
1. Poucas palavras de gratidão
2. Pouca solidariedade e mínima ajuda
3. Poucas pessoas vêem as atividades ministeriais como trabalho
4. A maioria dos crentes acham que os pastores ganham muito e fazem pouco
5. Há uma cobrança demasiada por mais resultados enquanto poucos estão
dispostos a cooperar
C. Normalmente o pastor se esforço ao máximo para atender as expectativas da igreja
1. Quando não consegue sente-se frustrado
2. Sua auto estima diminui
3. Fica se cobrando e se culpando por não atender ao ministério como acha
que devia
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3. Um culto abençoado e festivo, uma reunião administrativa tensa e cheia de
problemas
4. A conversão de uma pessoa, o chamado para expulsar um demônio
5. A alegria com o membro que foi promovido e a tristeza como que foi demitido
6. Seu ministério é cheio de altos e baixos emocionais
7. O pastor nunca sabe o que irá acontecer ou ter que encontrar no momento
seguinte
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V. BASES MINISTERIAIS SECULARES – Colossenses 2.8
As crises virão. O que fazer? Fugir é impossível. Precisamos enfrentá-las e crescer através
delas.
Depressão:
⇒ Procure ter uma vida regrada em termos de alimentação e repouso
⇒ Não sacrifique sua folga semanal e muito menos suas férias
⇒ Pratique alguma atividade física regularmente
⇒ Procure desenvolver algum tipo de interesse que nada tenha a ver com
ministério – criação de algum animal, jardinagem, horticultura, coleções diversas, etc.
Perda de identidade:
⇒ Seja você mesmo, cultive a autenticidade
⇒ Você não é, nem precisa ser, pau-prá-toda-obra, delegue responsabilidades
⇒ Se você tiver pessoas capacitadas, reconheça-as e use-as no ministério
⇒ Especialize-se em ser um bom pastor
⇒ Jamais esqueça que antes de ser um título você é um ser humano
⇒ Tenha amigos com os quais você possa ser você mesmo e que te chamem
pelo nome
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Ausência de uma Teologia Pastoral:
⇒ Exerça o ministério pastoral de acordo com o padrão bíblico
⇒ Estude, medite, pratique os princípios bíblicos para o ministério
⇒ Procure algum homem de Deus, sério, equilibrado, maduro para servir de
referencial
⇒ Você não foi chamado para ser estrela, para brilhar, mas para refletir Cristo
Não fuja da crise, cresça através dela! Use as crises ministeriais como aliadas no
crescimento, no amadurecimento e não as trate como adversárias ou ataques diabólicos.
As crises são inevitáveis, mas você pode usá-las como degraus ao invés de mortalhas.
O RETRATO DO PASTOR
A Vocação do Pastor
A. Está preso, amarrado ao chamado divino
B. Não pode sair
1. Pode até tentar sair, mas dificilmente consegue
2. Se consegue sair torna-se um infeliz
C. Perde a liberdade de ir aonde quer
D. Prisioneiro não tem o que quer, mas o que necessita
1. Tem que renunciar a regalias e privilégios
2. Existem mais deveres do que direitos
A Rotina do Pastor
A. Disciplina rigorosa
1. Levanta cedo
2. Disciplina na oração
3. Disciplina na Palavra
4. Disciplina nos horários e compromissos
5. Disciplina na visitação
B. Prontidão
1. Não sabe quando vão precisar dele
2. Sempre alerta, sempre atento, sempre pronto
C. Equipado
1. Bem armado
2. Conhece profundamente seu armamento
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D. Corajoso
E. Em constantes lutas
1. Contra o inimigo
2. No meio de confrontos entre os membros da igreja
O Fardo do Pastor
A. Frágil, sem valor próprio
1. Se a igreja vai bem é o Senhor que está operando
2. Se a igreja vai mal é o pastor está em pecado...
3. Dificilmente se valoriza de forma adequada o ministério pastoral
B. O tesouro (o ministério, a Palavra, a unção divina) é que tem valor, o pastor não deve
pensar que ele é que é importante e que sem ele a obra não é realizada
C. O vaso é de barro para que Deus não tenha dificuldade na nem dó hora de quebrá-lo
D. Pastores de barro num mundo que esmaga potes
O coração do Pastor
A. Afeto maternal
B. Proteção
C. Paciência
D. Tempo dedicado
E. Alimentação condizente
1. Leite para os recém-nascidos e pequeninos
2. Desmame e alimento sólido para os maiores
A Mão do Pastor
A. Proteção
1. Protege dos outros irmãos
2. Protege dos de fora
B. Supridor
1. Conhece as necessidades dos filhos
2. Esforça-se para suprir cada uma delas
C. Auxílio
D. Correção
1. A Mão do Pai às vezes pode ser pesada
2. Sempre visa o bem e o amadurecimento do filho
O Zelo do Pastor
A. Não pode ser preguiçoso
1. O mato cresce
2. Passa o tempo da semeadura ou da colheita
3. Limpa, combate as pragas
4. É esforçado
B. Paciente, nada acontece da noite para o dia
C. Conhece as diferentes técnicas de aradura, semeadura e colheita
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D. Conhece o tempo
E. Perseverante – se não deu agora, inicia o processo de novo
D. Não deve ter muitas expectativas pois a chuva pode não vir ou vir em demasia
A Autoridade Pastoral
A. Representante de sua Pátria
1. Exerce sua função no exterior
2. Ajuda seus concidadãos em suas necessidades
3. Defende os interesses de seu país
B. Sabe se comportar adequadamente naquela cultura
1. Sem ofender
2. Sem precisar se misturar ou tornar-se um deles
3. Comportamento exemplar
C. Leva a cultura e os costumes de sua nação para outra
1. Onde está ou mora mostra que é diferente
2. O pastor como embaixador deve mostrar as coisas do céu
3. Fala uma linguagem diferente – sotaque do céu
I. ECONÔMICA
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II. EMOCIONAL
III. FAMILIAR
A. Esposa
1. Não tem nome – isso acaba machucando
2. É muito cobrada – mas não recebe salário
3. Tem que estar sempre presente, disponível e sorridente.
4. Precisa assumir muitos cargos, muitas funções na igreja e denominação.
5. Quando “explode” é sempre em cima do marido
B. Filhos
1. São cobrados de uma forma cruel e desumana
a. Não têm o direito de ser crianças
b. Precisam se portar como se fossem pastorzinhos
c. Eles não são responsáveis pelo ministério do pai e não tem culpa disso; não
devem sofrer as consequências desse ministério.
2. Vêem o pai se desdobrar pelos outros e por seus filhos, enquanto muitas
vezes se sentem sozinhos e abandonados com seus problemas.
3. Recebem toda sorte de informações e problemas dos outros através dos pais
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a. O pastor jamais deve compartilhar com os filhos, principalmente pequenos,
os problemas da igreja ou de seus membros.
b. Não conversar assuntos eclesiásticos à hora das refeições
4. Não imponha cargos ou ministério a seus filhos, nem deixe a igreja fazê-lo, é
Deus que chama.
C. Mudanças constantes
1. Não consegue criar raízes
2. Sempre enfrenta o stress de uma mudança e da adaptação
a. Às vezes é bom recomeçar, ter uma nova oportunidade, mas não se pode
passar a vida recomeçando.
b. Leva tempo até conquistar a confiança da igreja, estabelecer mudanças e
colher frutos e, por isso mesmo, o pastor dificilmente colhe frutos de sua visão
ministerial.
c. Isso gera desânimo, perde-se a visão, passa-se a fazer as coisas
mecanicamente
IV. IDENTIDADE
1. Na área econômica
⇒ Se você tem família só aceite assumir pastorado de uma igreja que atenda suas
necessidades financeiras, a não ser que tenha uma clara direção de Deus
⇒ Procure viver sempre dentro de suas posses. Não tome dinheiro emprestado de
membros da igreja.
⇒ Se o que a igreja lhe oferece não é suficiente e ela não pode fazer mais, trabalhe
secularmente, mas não deixe sua família passar necessidade. Esse trabalho secular será
temporário se você realizar um bom pastorado.
2. Na área emocional
⇒ Reserve um dia da semana para o descanso e ensine a igreja a respeitá-lo. O
próprio Deus descansou depois de realizar seu trabalho na criação.
⇒ Desfrute sempre de suas férias. Não leve celular. Não vá a outras igrejas, não vá
para casa de parentes. Ensine a igreja a não ser dependente de você.
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⇒ Não leve os problemas do gabinete pastoral para dentro de casa.
⇒ Para que você seja um pastor realizado só aceite pastorear igrejas que tenha a “sua
cara”. Não assuma igrejas que nada tem a ver com seu jeitão, com seu ministério. Isso seria
estressante demais.
⇒ Procure fazer aliança com outro(s) pastor(es). Uma aliança séria, baseada no amor
cristão, na fidelidade absoluta e na necessidade mútua. Permita-se ser pastoreado.
3. Na área familiar
⇒ Não permita que sua esposa seja cobrada em demasia. Ela também tem o direito de
não querer exercer algum cargo ou função. O pastor da igreja é você. A primeira
responsabilidade é com você. A segunda com seus filhos. Somente depois é que ela deve
assumir compromissos com a igreja.
⇒ Deixe seus filhos ser crianças. Não cobre deles um comportamento diferente por
serem filhos de pastor. Não os induza ao ministério, ensine-os, isso sim, a servir ao Senhor.
Ele é o dono da obra. Ele chama a quem quer, ministério não é hereditário.
⇒ Não leve para casa os problemas da igreja.
⇒ Quando houver necessidade de mudar, converse longa e demoradamente com seus
filhos. Explique para eles as razões e vantagens da mudança. Uma boa medida é pedir ao
Senhor a unanimidade na decisão. Quando não houver, mostre firmeza, mas ternura e seja
paciente e amoroso com os reticentes.
4. Na área de identidade
⇒ Seja você mesmo. Seja autêntico. Deus te fez único. Você não é uma cópia dos
demais pastores da denominação, de seu líder máximo. Deus respeita nossas personalidades
e peculiaridades, ele não nos fez em série.
⇒ Modéstia e bom senso são indispensáveis ao pastor, mas isso não que dizer que ele
não pode rir, brincar, chorar, etc.
⇒ Antes de ser pastor você era gente. Não permita que o título sufoque sua
personalidade. Não faça questão do título, do Pr., pelo contrário, tenha um grupo onde você
tenha nome e não cargo.
⇒ Não se submeta a rótulos ou estereótipos, seja sempre você mesmo.
Em todas as áreas tenha consciência que foi Deus quem lhe chamou e é a ele que você
deve agradar.
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O PASTOR PRECISA DE AMIGOS
I Crônicas 10.15-19
Escolha algumas pessoas para as quais você não é um título, mas um amigo.
Pessoas que queiram estar com você. Não aquelas que você queira que estejam com você.
Privilegie aqueles amigos dos tempos de caverna. Organize seu círculo de amigos íntimos
durante os dias difíceis – antes de ser rei (I Sm 22.2)
I. AMIGOS LEAIS
A. Materialmente
1. Que repartam o pão nos dias difíceis (I Cr 12.39)
2. Que invistam financeiramente em seu ministério
3. Mantenedores fiéis
B. Emocionalmente
1. Amigos que lhe puxem para cima
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2. Não pessimistas, não amargos, não os que lhe deixem deprimidos (I Cr
12.33 – ânimo resoluto)
3. Que saibam ouvir, mesmo que nada digam
4. Que chorem com você a sua dor
5. Que entrem nas cavernas da vida com você
C. Espiritualmente
1. Que se coloquem na brecha – intercessores fiéis
2. Que sejam instrumentos de Deus para consolar, confrontar ou orientar
3. Que lhe pastoreiem se preciso for
O pastor precisa de amigos. Ninguém consegue liderar sem amigos, sem líderes
subalternos, sem povo.
Na maioria das vezes nós não conquistamos o povo todo, conquistamos outros líderes
menores que trazem o povo consigo.
Nossos amigos são poucos e escolhidos a dedo, devem necessariamente ser os melhores
homens.
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Bibliografia recomendada:
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