Projecto Nhantumbo2022
Projecto Nhantumbo2022
Projecto Nhantumbo2022
Universidade Pedagógica
Maputo
2022
Universidade Pedagógica
Maputo
2022
Índice
Agradecimentos ………….…………………………………………………….….… 4
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................5
1.1. Problematização..........................................................................................................6
3
1.2. Justificativa..................................................................................................................7
1.3. Objectivos....................................................................................................................7
2. REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................8
2.1. Educação..........................................................................................................................8
2.2. Escola..............................................................................................................................9
3. METODOLOGIA.............................................................................................................12
6. RESULTADOS ESPERADOS............................................................................................15
7. COMPILAÇÃO DE DADOS..............................................................................................16
8. CONSIDERAÇÓES FINAIS...............................................................................................19
9. BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................20
ANEXO....................................................................................................................................21
APÊNDICE..............................................................................................................................22
Agradecimentos
A realização deste projecto foi possível com a colaboração e apoio dos professores e a
direcção da EPC de Salinas, a quem presto a minha gratidão.
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Em primeiro lugar agradeço a Deus por ter me guardado ate aqui, em segundo lugar ao
Doutor Eduardo Jaime Machava, supervisor deste Projecto de Intervenção Pedagógico, pelas
correcções, sugestões, incentivo, confiança, conselhos e disponibilidade em todos os
momentos do projecto, aos docentes do departamento da FACEP que contribuíram na minha
formação.
1. INTRODUÇÃO
Hoje em dia, as escolas reclamam da ausência da família no acompanhamento escolar da
criança, da falta de pulso dos pais e encarregados de educação para dar acompanhamento
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permanente aos seus filhos no processo de ensino e aprendizagem. Este aspecto cria um
embaraço ao professor, pois não seria suficiente ser o único a conduzir este processo, dado
que precisa de uma interligação das duas partes num sentido da relação escola-família.
Este motivo nos leva a fazer o presente projecto, que em linhas gerais pretende-se
verificar o papel dos pais no processo educativo dos filhos, onde se pressupõe que
trabalhando adequadamente com a educação e os valores familiares, estaremos perante uma
sociedade justa e ética. Para a sua melhor compreensão, estruturou-se em 4 capítulos dos
quais temos a introdução que aborda pontos chaves do trabalho, o problema, a justificativa e
os objectivos. O segundo capitulo diz respeito ao Referencial Teórico que busca autores que
sustentam o nosso projecto, o terceiro é referente a Metodologia, onde são abordadas todas as
estratégias usadas para a efectivação do mesmo, e o quarto e último diz respeito a compilação
de dados que será antecedida pelas considerações finais do trabalho.
1.1. Problematização
A escola como foco de socialização da criança, precisa de uma estreita ligação entre os
pais, encarregados de educação junto com os professores para garantir a formação de um
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indivíduo capaz de servir a sociedade onde este se encontra inserido. A EPC de Salinas é uma
escola que verifica no seu cotidiano, alunos lançados aquela instituição de ensino a sua sorte,
ou seja, que carecem de um acompanhamento dos seus pais no processo educativo. Eu como
professora daquela escola, noto a existência de pais e encarregados de educação que não se
interessam pela educação dos filhos, onde de forma irônica muitos deles não conhecem a
sala, a turma e até mesmo o professor do seu filho.
ROJO, TORIO e ESTÉBANEZ (2006), diz que para qualquer tipo de acção educativa
deve contar-se com a família, pois as acções das escolas devem ser complementares e
compensadoras. Esta colaboração e acordo mútuo devem basear-se no intercâmbio de
informação sobre as características, necessidades e particularidades de cada criança. Uma
atitude próxima e dialogante por parte do educador com as famílias, e destas com o educador,
favorece o equilíbrio e a personalidade da criança.
1.2. Justificativa
As instituições escolares são a base da construção da personalidade humana. Nelas,
encontramos professores que garantem a condução do Processo de Ensino e Aprendizagem
(PEA). E para que este processo tenha resultados a curto, médio e longo prazo, é preciso que
haja uma intervenção genuína e indispensável dos pais e encarregados de educação, pois estes
são a chave do sucesso deste processo tão fundamental no progresso de um país.
Entretanto, para que essas instituições funcionem em pleno, é preciso que haja um esforço
impulsionador dos pais, e a sua colaboração deve ser vista como de carácter obrigatório e que
viva os problemas da escola do seu educando.
Este estudo será relevante a todo um conjunto do processo educativo, na medida em que irá
trazer ganho aos intervenientes do sistema escolar, especificamente aos alunos, pois serão o
centro da educação porque por um lado estarão com os seus professores na escola, e por outro
lado, serão acompanhados pelos seus pais e encarregados de educação onde poderão se sentir
cada vez mais motivados e inseridos na valorização e formação da sua personalidade humana.
Acreditamos que esta colaboração permitira que os pais e encarregados de educação
estejam a par do que a criança estara aprendendo na escola. Se um aluno bem instruído é uma
sociedade educada, então a colaboração dos pais na educação do mesmo,
poderá de certa forma trazer ganhos não só a este, mas também a escola, em particular e a
sociedade de forma geral onde este se encontra inserido, pois poderá implementar de forma
positiva todos os ensinamentos que tragam resultados a esta sociedade.
1.3. Objectivos
1.1.1. Geral
Capacitar os pais e encarregados educação para a sua melhor colaboração
no PEA na EPC de Salinas - Boane .
1.1.2. Específicos
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo, serão apresentadas as discussões teóricas achadas importantes para
sustentar o projecto que se pretende fazer. Este capítulo, está dividido em seis pontos
principais, a saber: O Primeiro sobre a educação, o segundo sobre a escola, o terceiro sobre o
Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA), o quarto sobre a participação dos pais e
encarregados de educação no PEA, e o quinto e último sobre a relação entre os pais e
encarregados de educação e professores.
2.1. Educação
De acordo com DURKHEIM (1955), a palavra educação tem sido utilizada, num sentido
mais ampliado, sendo normalmente designada para explicar o conjunto de influências que,
sobre nossa inteligência ou sobre nossa vontade, exercem os outros homens, ou seja, em seu
conjunto, realiza a natureza.
KANT (2002) complementa esta ideia ao ponderar que a função final da educação é
desenvolver nos indivíduos toda a perfeição que este seja capaz, sendo que educação deve
pensar no sujeito como um todo, e não fragmentá-lo à apenas uma dimensão como
exclusivamente para o trabalho, como exemplo.
Com as análises feitas deste conceito, o mesmo estudo mostra que mesmo com todas as
limitações e desvalorização do professor, este sempre se dedica estudando e pesquisando a
didáctica educacional que está ao alcance de um determinado momento, mostrando a
responsabilidade de auxiliar os alunos.
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2.2. Escola
A escola é o lócus de construção de saberes e de conhecimentos. O seu papel é formar
sujeitos críticos, criativos, que dominem um instrumental básico de conteúdos e habilidades
de forma a possibilitar a sua inserção no mundo do trabalho e no pleno exercício da cidadania
activa. (SILVA, 2002).
CANÁRIO (2002), conclui que a escola é também uma instituição que a partir de um
conjunto de valores tornou se uma “fábrica de cidadão”. Ressalta que historicamente, a escola
tem um papel de unificadora cultural e política.
Entende se por escola, um lugar de busca e transmissão de conhecimentos que á posterior
irão transformar o indivíduo no sentido geral, ou seja cria um alto sentimento de
relacionamento entre os actores envolvidos. Pode também ser visto como resultado da acção
dos seus diferentes actores que vivem em um ambiente social onde se estabelecem diferentes
formas de relações, que vão além das relações ensino e aprendizagem com o objectivo de
formar e desenvolver cada indivíduo em seus aspectos cultural, social e cognitivo.
Tendo em conta as posições e descrições feitas pelos autores acima, percebe-se deste
processo como um sistema de troca de informações entre docentes e alunos, que deve ser
pautado na objectividade daquilo que há necessidade que o aluno aprende e que engloba uma
série de questionamentos como a própria definição do que é aprender e ensinar.
O PEA contempla diversos factores que impulsionam o dia-a-dia da criança, dentre eles
destacamos os seguintes:
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a) Factores Sociais
b) Factores Físicos
Os factores físicos também são limitantes da aprendizagem do aluno, pois alunos com
dificuldades de locomoção enfrentam mais dificuldades do que aqueles que não
possuem esses problemas.
c) Factores psicológicos
Alguns alunos vivem em famílias em que são obrigados a exercer actividades acima
do normal, outras sofrem violações psicológicas por parte da própria família, o que
pode de certa forma perturbar esta criança dentro ou fora da sala.
SANCHES E PINTO (2001), por um lado, a ideia de que a intervenção dos encarregados
de educação se deve resumir a um carácter consultivo, quanto às questões da escola, e, por
outro lado, a escola mostra reservas a qualquer apreciação sobre a actividade dos professores
e sobre os modos de desempenho profissional.
LIBÂNEO (1998), afirma que o professor modela a relação activa do aluno com a
matéria, inclusive com os conteúdos próprios de sua disciplina, mas considerando o
conhecimento, a experiência e o significado que o aluno traz a sala de aula, seu potencial
cognitivo, sua capacidade e interesse, seu procedimento de pensar, seu modo de trabalhar.
A educação dos filhos por parte dos pais e encarregados de educação é fundamental para a
formação de valores, afinal a família é responsável por iniciar o processo de desenvolvimento
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da criança em termos físicos e intelectuais. Os pais são os principais agentes para que os
filhos se tornem pessoas integras.
Nesta perspectiva, os dois autores nos fazem perceber que existem encarregados de
educação que pouco se interessam pela educação dos seus educados, embora em número
reduzido também existem encarregados de educação que gostam de conviver entre si e com
os professores fora do contexto formal das reuniões, preferindo encontros informais em
actividades. O Professor tem um grande impacto nos alunos pelo que ensinam os valores que
transmitem e pela relação que criam. A criação dessa relação é tão importante para o
desenvolvimento da empatia e autonomia do aluno potenciando a sua aprendizagem actual e
o seu desenvolvimento futuro.
Nesta perspectiva o envolvimento dos pais inclui a troca de informações e o apoio dos
pais na realização das actividades escolares. O mesmo agrupa as seguintes acções: Ajuda da
escola as famílias, comunicação escola-família, ajuda da família á escola, envolvimento da
família no processo educativo em casa, participação na tomada de decisões e na direcção da
escola.
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3. METODOLOGIA
A metodologia a ser usada para o desenvolvimento desde projecto será o contacto directa e o
envolvimento na realização de tarefas com os pais e encarregados de educação de modo a
despertar o seu interesse, realizaremos reuniões permanentes de sensibilização aos pais, e
muni-los com ferramentas que possam garantir a continuidade do processo de aprendizagem
dos seus educandos nas famílias.
Na realização deste projecto foram usadas duas técnicas sendo a revisão bibliográfica
e a entrevista. A revisão bibliográfica são autores que nos ajudam a secundar determinado
estudo e a entrevista é a técnica utilizada para obtenção de dados.
Relativamente a entrevista, esta técnica será aplicada para facilitar a obtenção de dados
imediatos.
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2ª Fase
A segunda fase consiste na criação de uma reunião com os pais e encarregados de educação
onde irá se fazer uma selecção de forma aleatória dos que farão parte da entrevista do
projecto. Entretanto, vai se privilegiar na distribuição de folhetos em forma de convite a um
determinado envolvimento dos pais e encarregados de educação no PEA.
3ª Fase
Nesta fase irá fazer-se uma apresentação e analise dos conteúdos de sensibilização aos pais e
encarregados de educação sobre a sua colaboração na vida escolar dos seus educandos.
Alguns dos conteúdos em causa dizem respeito ao papel que os pais desempenham na escola
para garantir bons resultados dos alunos; Actividades que os pais devem desenvolver na
escola para apoiar os professores na melhoria da qualidade do ensino na escola; A sua
colaboração permanente em algumas actividades extracurriculares que possam dar uma maior
motivação aos alunos.
4ª Fase
Tendo participado em algumas actividades com os encarregados sobre a sua colaboração da
vida escolar dos seus educandos, esta fase irá caracterizar-se pela apresentação das acções de
sensibilização, como por exemplo: A troca de experiências entre os pais sobre a sua
participação na escola; Interação entre os pais e os professores e a posterior far-se-á um
balanço com os pais para reflectir sobre a importância do seu envolvimento na vida escolar
dos seus educandos.
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escola e os pais e
encarregados de
educação no PEA
na EPC de Salinas
– Boane
02 Desenvolver Convocação dos pais e Direcção e pais e Autora 01 a
actividades que encarregados de educação encarregados de 16/05/2022
garantam a Distribuição de folhetos educação
colaboração activa aos pais que farão parte da
dos pais e entrevista.
encarregados de Selecção dos conteúdos da
educação no PEA entrevista
na EPC de Salinas Promoção do
- Boane envolvimento dos pais em
actividades de
aprendizagem em casa.
03 Capacitar os pais Reunião de sensibilização Pais e Autora 19
e encarregados de dos pais sobre a sua encarregados de /05/2022 a
educação para a colaboração no PEA. educação 31/072022
sua melhor Organização de materiais
colaboração no interessantes para que os
PEA na EPC de pais trabalhem em
Salinas - Boane algumas tarefas com as
crianças.
Criação de um grupo de
pais nas redes sociais de
modo a estimular a
socialização e a troca de
experiência entre eles.
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6. RESULTADOS ESPERADOS
Com o presente PIP, esperamos ver:
Promovido a parceria entre a escola e os pais e encarregados de educação
no PEA na EPC de Salinas - Boane
Desenvolvidas as actividades que garantam a colaboração activa dos pais e
encarregados de educação no PEA na EPC de Salinas - Boane
Capacitados os pais e encarregados de educação para a sua melhor
colaboração no PEA na EPC de Salinas - Boane
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7. COMPILAÇÃO DE DADOS
Tabela1. Quais devem ser as razões que podem dificultar os pais e encarregados de
educação na sua colaboração no PEA?
Tabela 2. O que se pode fazer para garantir que os pais participem activamente na vida
escolar?
especifica de crianças relacionada com algo do seu dominio são importantes para o
alcance de um bom desempenho dos alunos no PEA.
Tabela 3. Que recomendações se podem deixar aos pais para que possam colaborar no PEA?
Segundo FRANCISCO (2012), a participação dos pais na vida escolar dos filhos contribui
para ampliar características como a capacidade de concentração, disciplina e presença dos
alunos que lhe ajudam a estudar e a aprender.
Tendo em conta a posição colocada pelo autor e pelos primeiros 4 entrevistados, achamos
que trabalhando em coordenação com a escola, especificamente com o professor da turma
poderá melhorar a qualidade de ensino e trazer bons resultados.
Tabela4. Que acções deverão ser realizadas pela escola de modo a permitir a colaboração
dos pais no PEA dos seus educandos?
KRAMER (1993), diz que as reuniões devem criar uma oportunidade para que a família
conheça, aprecie e reflicta sobre o que as crianças fazem e aprendem na escola, favorecendo a
integração, o debate e o crescimento de todos os envolvidos.
A ideia do autor acima descrito, juntamente com os 5 entrevistados, comunga com a ideia de
se promover reuniões regulares com os Pais e Encarregados de Educação de tal forma que
haja um envolvimento te todos neste processo educativo.
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8. CONSIDERAÇÓES FINAIS
A família é a primeira instituição onde a criança recebe os primeiros ensinamentos
que a posterior poderão se conciliar na escola. A colaboração entre os pais e a escola é de
vital importância, pois possibilita um alinhamento da aprendizagem garantindo a
continuidade e a harmonia do processo educativo da criança.
Esta colaboração permite que os pais estejam a par do que a criança está aprendendo na
escola. Foi devido à falta desta colaboração dos pais e encarregados de educação no PEA que
se viu a necessidade de reforçar este vínculo através deste projecto de modo que os mesmos
estejam conscientes da importância da sua colaboração activa na vida escolar dos seus
educandos.
Com este PIP, espera-se garantir a implementação das novas dinâmicas e tendência
evolutivas dos pais e encarregados de educação no que tange a sua colaboração no PEA
dos seus educandos concretamente na Escola Primaria Completa de Salinas. Assim sendo
a sua colaboração na vida escolar, fará com que os alunos alcancem bons resultados
dentro ou fora da sala de aulas que por sua vez irão resultar num aluno preparado para
enfrentar qualquer situação da vida em que o mundo nos coloca nos dias de hoje.
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9. BIBLIOGRAFIA
1. BENCINI, Roberta. Revista Nova Escola. São Paulo: Abril, 2003, P. 38.
2. CARVALHO, M. E. P. Relações entre família e escola e suas implicações de
gênero. Cadernos de pesquisa. São Paulo, 2000, p. 143-155
3. DURKHEIM, E. Educação e Sociologia. Trad.: Lourenço Filho. 4ª ed. São Paulo:
Edições Melhoramentos, 1955.
4. FREIRE, Paulo. A educação na cidadania. 4ed. São Paulo: Cortez, 2000.
5. KANT, I. Sobre a Pedagogia. Trad. Francisco Cock Fontanella. Piracicaba: São
Paulo: Ed. Unimep, 2002.
6. KRAMER, S. (Org.). Com a pré-escola nas mãos: uma alternativa curricular
para a educação infantil. São Paulo: Áctica, 1993.
7. MARQUES, R. A escola e os pais como colaborar? Texto Editora: Lisboa,
1991.
8. MONTANDON, C. O desenvolvimento das relações família-escola.
Problemas e perspectivas. In C. Montandon & P. Perrenoud Entre pais e
professores, um diálogo impossível? Para uma análise sociológica das
interacções entre a família e a escola (pp. 13-28). Oeiras: Celta Editora
(2001).
9. ROJO, C., TORIO, A. D., & ESTÉBANEZ, A. Material de apoio didático.
Everest Editora: Rio de Mouro, (2006).
10. SANCHES, M. F., & PINTO, A. J. (2001). Uma cidade escolar em construção:
natureza das interacções organizacionais entre escola e comunidade. Revista de
Educação, x(1), 99-121.
11. SILVA, Aida M. Monteiro., & CANDAU, Vera Maria (org.) Didática, Currículo
e Saberes Escolares X ENDIPE. 2ª Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
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ANEXO
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APÊNDICE