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Projecto Nhantumbo2022

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Nordina Salomão Nhantumbo

Colaboração dos Pais e Encarregados de Educação no Processo de Ensino e


Aprendizagem na EPC de Salinas - Boane

Licenciatura em Administração e Gestão Escolar

Universidade Pedagógica
Maputo
2022

Nordina Salomão Nhantumbo


2

Colaboração dos Pais e Encarregados de Educação no Processo de Ensino e


Aprendizagem na EPC de Salinas - Boane

Licenciatura em Administração e Gestão Escolar

Projecto de Intervenção Pedagogico a ser


apresentada na Faculdade de Educação e
Psicologia, no Departamento Pedagógico
como requisito para a obtenção do grau
de Licenciatura em Administração e
Gestão Escolar, sob orientação do
Supervisor:
Mestre Eduardo Jaime Machava

Universidade Pedagógica
Maputo
2022

Índice

Agradecimentos ………….…………………………………………………….….… 4

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................5

1.1. Problematização..........................................................................................................6
3

1.2. Justificativa..................................................................................................................7

1.3. Objectivos....................................................................................................................7

2. REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................8

2.1. Educação..........................................................................................................................8

2.2. Escola..............................................................................................................................9

2.3. Processo de Ensino e Aprendizagem...............................................................................9

2.4. Participação dos pais no processo de ensino e aprendizagem.......................................10

2.5. Relação entre os pais e encarregados de educação e professores no PEA....................11

3. METODOLOGIA.............................................................................................................12

3.1. Método de Intervenção..................................................................................................12

3.2. Procedimentos técnicos da intervenção.........................................................................12

3.3. Fases de intervenção......................................................................................................13

4. ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO E CRONOGRAMA........................................14

5. RECURSOS NECESSRÁRIOS E ORÇAMENTO.............................................................15

6. RESULTADOS ESPERADOS............................................................................................15

7. COMPILAÇÃO DE DADOS..............................................................................................16

8. CONSIDERAÇÓES FINAIS...............................................................................................19

9. BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................20

ANEXO....................................................................................................................................21

APÊNDICE..............................................................................................................................22

Agradecimentos

A realização deste projecto foi possível com a colaboração e apoio dos professores e a
direcção da EPC de Salinas, a quem presto a minha gratidão.
4

Em primeiro lugar agradeço a Deus por ter me guardado ate aqui, em segundo lugar ao
Doutor Eduardo Jaime Machava, supervisor deste Projecto de Intervenção Pedagógico, pelas
correcções, sugestões, incentivo, confiança, conselhos e disponibilidade em todos os
momentos do projecto, aos docentes do departamento da FACEP que contribuíram na minha
formação.

Em terceiro lugar, endereço o meu agradecimento a directora da escola onde realizou se o


projecto, os professores e os pais e encarregados de educação, ao colega Venâncio Matimbe
pelas suas contribuições. E também agradeço ao meu esposo Sansão Cossa, pela paciência,
atenção e apoio financeiro que sempre teve comigo desde o meu ingresso na universidade.
Por fim, aos meus irmãos e cunhados pelo apoio moral e incentivo, aos meus filhos Camilo,
Davi e Nicole.

1. INTRODUÇÃO
Hoje em dia, as escolas reclamam da ausência da família no acompanhamento escolar da
criança, da falta de pulso dos pais e encarregados de educação para dar acompanhamento
5

permanente aos seus filhos no processo de ensino e aprendizagem. Este aspecto cria um
embaraço ao professor, pois não seria suficiente ser o único a conduzir este processo, dado
que precisa de uma interligação das duas partes num sentido da relação escola-família.

O presente Projecto de Intervenção Pedagógico (PIP), acontece movido por diversas


razoes da área pedagógica e social com a perspectiva de manter e transformar no sentido
positivo o real cenário que a escola vive em termos da colaboração dos pais e encarregados
de educação na vida escolar dos seus educandos. De acordo com BENCINI (2003), “a
participação da família no processo educativo é muito importante no desempenho escolar do
aluno, e todo o educador deseja que os pais acompanhem as lições de casa, participem das
reuniões escolares e sejam cooperativos e atentos no desempenho escolar dos filhos na
medida certa.

Na perspectiva do PASSERON apud CARVALHO (2000), afirmam que as escolas têm


contado com a contribuição acadêmica da família de duas maneiras: (a) construindo o
currículo e (b) o sucesso escolar com base no capital cultural similar herdado pelos alunos, ou
seja, com base nas disposições cognitivas adquiridas na socialização doméstica, o que supõe
afinidade cultural entre escola e família.

Este motivo nos leva a fazer o presente projecto, que em linhas gerais pretende-se
verificar o papel dos pais no processo educativo dos filhos, onde se pressupõe que
trabalhando adequadamente com a educação e os valores familiares, estaremos perante uma
sociedade justa e ética. Para a sua melhor compreensão, estruturou-se em 4 capítulos dos
quais temos a introdução que aborda pontos chaves do trabalho, o problema, a justificativa e
os objectivos. O segundo capitulo diz respeito ao Referencial Teórico que busca autores que
sustentam o nosso projecto, o terceiro é referente a Metodologia, onde são abordadas todas as
estratégias usadas para a efectivação do mesmo, e o quarto e último diz respeito a compilação
de dados que será antecedida pelas considerações finais do trabalho.

1.1. Problematização
A escola como foco de socialização da criança, precisa de uma estreita ligação entre os
pais, encarregados de educação junto com os professores para garantir a formação de um
6

indivíduo capaz de servir a sociedade onde este se encontra inserido. A EPC de Salinas é uma
escola que verifica no seu cotidiano, alunos lançados aquela instituição de ensino a sua sorte,
ou seja, que carecem de um acompanhamento dos seus pais no processo educativo. Eu como
professora daquela escola, noto a existência de pais e encarregados de educação que não se
interessam pela educação dos filhos, onde de forma irônica muitos deles não conhecem a
sala, a turma e até mesmo o professor do seu filho.

Numa perspectiva mais tradicional, “os pais habituaram-se a entregar os filhos às


escolas e a demitirem-se do seu papel de educadores” MARQUES, (1997).

ROJO, TORIO e ESTÉBANEZ (2006), diz que para qualquer tipo de acção educativa
deve contar-se com a família, pois as acções das escolas devem ser complementares e
compensadoras. Esta colaboração e acordo mútuo devem basear-se no intercâmbio de
informação sobre as características, necessidades e particularidades de cada criança. Uma
atitude próxima e dialogante por parte do educador com as famílias, e destas com o educador,
favorece o equilíbrio e a personalidade da criança.

Em virtude a esses aspectos que preocupam a escola, pensamos que os pais e


encarregados de educação poderão de certa forma traçar estratégias alternativas que possam
mudar o real cenário vivenciado na escola.

Acreditamos nós que trabalhando em parceria com os pais e encarregados de


educação poderá trazer melhores resultados para um bom desempenho no PEA naquela
escola.
7

1.2. Justificativa
As instituições escolares são a base da construção da personalidade humana. Nelas,
encontramos professores que garantem a condução do Processo de Ensino e Aprendizagem
(PEA). E para que este processo tenha resultados a curto, médio e longo prazo, é preciso que
haja uma intervenção genuína e indispensável dos pais e encarregados de educação, pois estes
são a chave do sucesso deste processo tão fundamental no progresso de um país.
Entretanto, para que essas instituições funcionem em pleno, é preciso que haja um esforço
impulsionador dos pais, e a sua colaboração deve ser vista como de carácter obrigatório e que
viva os problemas da escola do seu educando.
Este estudo será relevante a todo um conjunto do processo educativo, na medida em que irá
trazer ganho aos intervenientes do sistema escolar, especificamente aos alunos, pois serão o
centro da educação porque por um lado estarão com os seus professores na escola, e por outro
lado, serão acompanhados pelos seus pais e encarregados de educação onde poderão se sentir
cada vez mais motivados e inseridos na valorização e formação da sua personalidade humana.
Acreditamos que esta colaboração permitira que os pais e encarregados de educação
estejam a par do que a criança estara aprendendo na escola. Se um aluno bem instruído é uma
sociedade educada, então a colaboração dos pais na educação do mesmo,
poderá de certa forma trazer ganhos não só a este, mas também a escola, em particular e a
sociedade de forma geral onde este se encontra inserido, pois poderá implementar de forma
positiva todos os ensinamentos que tragam resultados a esta sociedade.

1.3. Objectivos

1.1.1. Geral
 Capacitar os pais e encarregados educação para a sua melhor colaboração
no PEA na EPC de Salinas - Boane .
1.1.2. Específicos

 Sensibilizar os pais e encarregados de educação a colaborar no PEA na


EPC de salinas –Boane;
 Promover uma parceria entre a escola e os pais e encarregados de
educação no PEA na EPC de Salinas - Boane ;
8

 Desenvolver actividades que garantam a colaboração activa dos pais e


encarregados de educação no PEA na EPC de Salinas - Boane ;

2. REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo, serão apresentadas as discussões teóricas achadas importantes para
sustentar o projecto que se pretende fazer. Este capítulo, está dividido em seis pontos
principais, a saber: O Primeiro sobre a educação, o segundo sobre a escola, o terceiro sobre o
Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA), o quarto sobre a participação dos pais e
encarregados de educação no PEA, e o quinto e último sobre a relação entre os pais e
encarregados de educação e professores.

2.1. Educação
De acordo com DURKHEIM (1955), a palavra educação tem sido utilizada, num sentido
mais ampliado, sendo normalmente designada para explicar o conjunto de influências que,
sobre nossa inteligência ou sobre nossa vontade, exercem os outros homens, ou seja, em seu
conjunto, realiza a natureza.

KANT (2002) complementa esta ideia ao ponderar que a função final da educação é
desenvolver nos indivíduos toda a perfeição que este seja capaz, sendo que educação deve
pensar no sujeito como um todo, e não fragmentá-lo à apenas uma dimensão como
exclusivamente para o trabalho, como exemplo.

Nesta perspectiva, percebe-se de forma geral, educação sendo como um processo


complexo que exige do homem um alto sentido de responsabilidade e reflexão para diversas
situações que a vida actual nos remete. Por outro lado, pode se entender educação como
forma de pensar, o tipo de cidadão que a sociedade deseja, ajudando a criá-lo, mediante
formas de passar diante de vários saberes e costumes que legitimem determinadas formas de
agir, tais como: valores, crenças, rituais e hábitos.

Com as análises feitas deste conceito, o mesmo estudo mostra que mesmo com todas as
limitações e desvalorização do professor, este sempre se dedica estudando e pesquisando a
didáctica educacional que está ao alcance de um determinado momento, mostrando a
responsabilidade de auxiliar os alunos.
9

2.2. Escola
A escola é o lócus de construção de saberes e de conhecimentos. O seu papel é formar
sujeitos críticos, criativos, que dominem um instrumental básico de conteúdos e habilidades
de forma a possibilitar a sua inserção no mundo do trabalho e no pleno exercício da cidadania
activa. (SILVA, 2002).
CANÁRIO (2002), conclui que a escola é também uma instituição que a partir de um
conjunto de valores tornou se uma “fábrica de cidadão”. Ressalta que historicamente, a escola
tem um papel de unificadora cultural e política.
Entende se por escola, um lugar de busca e transmissão de conhecimentos que á posterior
irão transformar o indivíduo no sentido geral, ou seja cria um alto sentimento de
relacionamento entre os actores envolvidos. Pode também ser visto como resultado da acção
dos seus diferentes actores que vivem em um ambiente social onde se estabelecem diferentes
formas de relações, que vão além das relações ensino e aprendizagem com o objectivo de
formar e desenvolver cada indivíduo em seus aspectos cultural, social e cognitivo.

2.3. Processo de Ensino e Aprendizagem


Para PILETI (2010), o Processo de Ensino e Aprendizagem é uma didáctica especifica da
pedagogia que tem como objectivo dirigir tecnicamente o ensino rumo a aprendizagem, ou
seja, é a parte da pedagogia que tem como objeto de estudo o ensino em sua relação com a
aprendizagem.

O Processo de Ensino e Aprendizagem deve estimular o desejo e o gosto pelo estudo,


mostrando assim a importância do conhecimento para a vida e o trabalho, LIBÂNEO (1994).
Neste processo, o professor deve criar situações que estimulem o indivíduo a pensar, analisar
e relacionar os aspectos estudados com a realidade que vive.

Tendo em conta as posições e descrições feitas pelos autores acima, percebe-se deste
processo como um sistema de troca de informações entre docentes e alunos, que deve ser
pautado na objectividade daquilo que há necessidade que o aluno aprende e que engloba uma
série de questionamentos como a própria definição do que é aprender e ensinar.

O PEA contempla diversos factores que impulsionam o dia-a-dia da criança, dentre eles
destacamos os seguintes:
10

a) Factores Sociais

Os problemas financeiros dentro da família, podem de certa forma trazer transtornos


na educação da criança devido a essa falta de condições prévias que serão um alicerce
do conhecimento, pois alunos com condições básicas tem tido muita das vezes bons
resultados escolares.

b) Factores Físicos

Os factores físicos também são limitantes da aprendizagem do aluno, pois alunos com
dificuldades de locomoção enfrentam mais dificuldades do que aqueles que não
possuem esses problemas.

c) Factores psicológicos

Alguns alunos vivem em famílias em que são obrigados a exercer actividades acima
do normal, outras sofrem violações psicológicas por parte da própria família, o que
pode de certa forma perturbar esta criança dentro ou fora da sala.

2.4. Participação dos pais no processo de ensino e aprendizagem


A escola e a família são vistas como uma união que irá proporcionar a criança, um
desenvolvimento muito mais significativo e prazeroso.

SANCHES E PINTO (2001), por um lado, a ideia de que a intervenção dos encarregados
de educação se deve resumir a um carácter consultivo, quanto às questões da escola, e, por
outro lado, a escola mostra reservas a qualquer apreciação sobre a actividade dos professores
e sobre os modos de desempenho profissional.

LIBÂNEO (1998), afirma que o professor modela a relação activa do aluno com a
matéria, inclusive com os conteúdos próprios de sua disciplina, mas considerando o
conhecimento, a experiência e o significado que o aluno traz a sala de aula, seu potencial
cognitivo, sua capacidade e interesse, seu procedimento de pensar, seu modo de trabalhar.

A educação dos filhos por parte dos pais e encarregados de educação é fundamental para a
formação de valores, afinal a família é responsável por iniciar o processo de desenvolvimento
11

da criança em termos físicos e intelectuais. Os pais são os principais agentes para que os
filhos se tornem pessoas integras.

2.5. Relação entre os pais e encarregados de educação e professores no PEA.


Na perspectiva de MONTANDON (2001), a maioria dos professores não se mostra
favorável à participação activa dos encarregados de educação, revelando satisfação por um
modelo que garante alguma segurança, num “raio de acção bem definido”; e optam pelo
modelo tradicional, rejeitando a mudança que pode introduzir novos parceiros e originar
instabilidade. A este respeito, os encarregados de educação também manifestam entre si
atitudes e comportamentos muito diversos. Existem professores que evitam qualquer tipo de
relação com a escola ou que a mantêm sem vontade expressa. Também existem encarregados
de educação que apreciam os contactos individuais mais personalizados com o professor,
centrados no aluno e no seu desenvolvimento, enquanto outros preferem estabelecer relações
através das associações de pais.

Segundo PAULO FREIRE (2000), o papel do professor é estabelecer relações dialógicas


de ensino e aprendizagem, em que o professor, ao passo do que ensina, também aprende.
Juntos, professor, alunos e encarregados de educação criam um laço recíproco de
entendimento no processo educativo.

Nesta perspectiva, os dois autores nos fazem perceber que existem encarregados de
educação que pouco se interessam pela educação dos seus educados, embora em número
reduzido também existem encarregados de educação que gostam de conviver entre si e com
os professores fora do contexto formal das reuniões, preferindo encontros informais em
actividades. O Professor tem um grande impacto nos alunos pelo que ensinam os valores que
transmitem e pela relação que criam. A criação dessa relação é tão importante para o
desenvolvimento da empatia e autonomia do aluno potenciando a sua aprendizagem actual e
o seu desenvolvimento futuro.

Para o MARQUES (2000), o envolvimento dos pais refere se a todas as formas de


relacionamento entre a escola e os pais que não exigem a participação na tomada de decisões.

Nesta perspectiva o envolvimento dos pais inclui a troca de informações e o apoio dos
pais na realização das actividades escolares. O mesmo agrupa as seguintes acções: Ajuda da
escola as famílias, comunicação escola-família, ajuda da família á escola, envolvimento da
família no processo educativo em casa, participação na tomada de decisões e na direcção da
escola.
12

3. METODOLOGIA
A metodologia a ser usada para o desenvolvimento desde projecto será o contacto directa e o
envolvimento na realização de tarefas com os pais e encarregados de educação de modo a
despertar o seu interesse, realizaremos reuniões permanentes de sensibilização aos pais, e
muni-los com ferramentas que possam garantir a continuidade do processo de aprendizagem
dos seus educandos nas famílias.

3.1. Método de Intervenção


Este projecto é de intervenção social, e será centrado na participação dos pais e
encarregados de educação na vida escolar dos seus educandos.

Grupo alvo: O projecto vai incidir sobre os pais e encarregados de educação.

Área geográfica: O projecto será desenvolvido na EPC Salinas – Boane na Província de


Maputo.

3.2. Procedimentos técnicos da intervenção

Na realização deste projecto foram usadas duas técnicas sendo a revisão bibliográfica
e a entrevista. A revisão bibliográfica são autores que nos ajudam a secundar determinado
estudo e a entrevista é a técnica utilizada para obtenção de dados.

Em relação a revisão bibliográfica, buscou se alguns autores para sustentarem o nosso


projecto, para clarificar o nosso ponto de vista.

Relativamente a entrevista, esta técnica será aplicada para facilitar a obtenção de dados
imediatos.
13

3.3. Fases de intervenção


1ª Fase
Nesta fase inicial do projecto, far-se-á um encontro com a direcção da escola para traçar
mecanismos de trabalho com os pais e encarregados de educação de modo a mantê-los
informados sobre o que será tratado neste período.

2ª Fase
A segunda fase consiste na criação de uma reunião com os pais e encarregados de educação
onde irá se fazer uma selecção de forma aleatória dos que farão parte da entrevista do
projecto. Entretanto, vai se privilegiar na distribuição de folhetos em forma de convite a um
determinado envolvimento dos pais e encarregados de educação no PEA.

3ª Fase
Nesta fase irá fazer-se uma apresentação e analise dos conteúdos de sensibilização aos pais e
encarregados de educação sobre a sua colaboração na vida escolar dos seus educandos.
Alguns dos conteúdos em causa dizem respeito ao papel que os pais desempenham na escola
para garantir bons resultados dos alunos; Actividades que os pais devem desenvolver na
escola para apoiar os professores na melhoria da qualidade do ensino na escola; A sua
colaboração permanente em algumas actividades extracurriculares que possam dar uma maior
motivação aos alunos.

4ª Fase
Tendo participado em algumas actividades com os encarregados sobre a sua colaboração da
vida escolar dos seus educandos, esta fase irá caracterizar-se pela apresentação das acções de
sensibilização, como por exemplo: A troca de experiências entre os pais sobre a sua
participação na escola; Interação entre os pais e os professores e a posterior far-se-á um
balanço com os pais para reflectir sobre a importância do seu envolvimento na vida escolar
dos seus educandos.
14

4. ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO E CRONOGRAMA


No. Objectivos Actividades Intervenientes Responsável Data

01 Promover uma Divulgação do projecto a


parceria entre a direcção da escola Direcção da escola Autora 02/05/2022

escola e os pais e
encarregados de
educação no PEA
na EPC de Salinas
– Boane
02 Desenvolver Convocação dos pais e Direcção e pais e Autora 01 a
actividades que encarregados de educação encarregados de 16/05/2022
garantam a Distribuição de folhetos educação
colaboração activa aos pais que farão parte da
dos pais e entrevista.
encarregados de Selecção dos conteúdos da
educação no PEA entrevista
na EPC de Salinas Promoção do
- Boane envolvimento dos pais em
actividades de
aprendizagem em casa.
03 Capacitar os pais Reunião de sensibilização Pais e Autora 19
e encarregados de dos pais sobre a sua encarregados de /05/2022 a
educação para a colaboração no PEA. educação 31/072022
sua melhor Organização de materiais
colaboração no interessantes para que os
PEA na EPC de pais trabalhem em
Salinas - Boane algumas tarefas com as
crianças.
Criação de um grupo de
pais nas redes sociais de
modo a estimular a
socialização e a troca de
experiência entre eles.
15

5. RECURSOS NECESSRÁRIOS E ORÇAMENTO


Para a efectivação deste projecto foi necessário o uso dos seguintes materiais e os seus
respectivos custos:

Ord. Necessidades Quantidade Valor parcial Valor Total

1 Esferográficas 4 10,00mts 40.00MT

2 Resma 1 600,00mts 600.00MT

3 Impressão e cópias do trabalho 140 5mts 700.00MT

4 Impressão e cópia de folhetos 20 5mts 100.00MT

5 Alimentação ou Lanche 12 pratos 250,00Mts 3000.00MT

6 Transporte 15 Viagens 100,00Mts 1.500.00MT

7 Recursos Humanos ------

Sub Total 970.00mts 5.940.00.MT

6. RESULTADOS ESPERADOS
Com o presente PIP, esperamos ver:
 Promovido a parceria entre a escola e os pais e encarregados de educação
no PEA na EPC de Salinas - Boane
 Desenvolvidas as actividades que garantam a colaboração activa dos pais e
encarregados de educação no PEA na EPC de Salinas - Boane
 Capacitados os pais e encarregados de educação para a sua melhor
colaboração no PEA na EPC de Salinas - Boane
16

7. COMPILAÇÃO DE DADOS
Tabela1. Quais devem ser as razões que podem dificultar os pais e encarregados de
educação na sua colaboração no PEA?

Alternativas de respostas Quantidade Percentagem


1 Baixo nível de escolaridade 1 20
2 Falta de tempo aliado aos trabalhos diários 4 80
3 Falta de interesse dos pais na vida escolar dos seus 0 0
educandos
TOTAL 100

Relativamente a pergunta número 1, dos 5 entrevistados 4 apontaram a falta de tempo


aliado aos trabalhos diários.

Tabela 2. O que se pode fazer para garantir que os pais participem activamente na vida
escolar?

Alternativas de respostas Quantidade Percentagem


1 Criação de grupos de pais nas redes sociais de modo a 1 20
estimular a socialização e a troca de experiências entre eles
2 Encontros individuais dos pais para rever o desempenho dos 2 40
seus educandos durante o ano
3 Participação dos pais numa actividade especifica de 2 40
crianças relacionado com algo do seu domínio na escola
TOTAL 100

No tocante a pergunta 2, verificou se um desequilíbrio nas suas posições,


sendo que 2 defendem a realização de encontros individuais dos pais para rever o
desempenho dos seus educandos durante e outros 2 apoiam a participação dos pais
numa actividade especifica de crianças relacionado com algo do seu domínio na
escola.
Nesta perspectiva, entende se que tanto a realização de encontros individuais dos pais
e encarregados de educação assim como a participação dos pais numa actividade
17

especifica de crianças relacionada com algo do seu dominio são importantes para o
alcance de um bom desempenho dos alunos no PEA.

Tabela 3. Que recomendações se podem deixar aos pais para que possam colaborar no PEA?

Alternativas de respostas Quantidade Percentagem


1 Reservar tempo para se inteirar da vida escolar dos seus 2 40
educandos
2 Participar activamente nas atividades escolares 1 20
3 Contacto permanente com o professor da turma 2 40
TOTAL 100

Em relação a terceira pergunta, dos nossos entrevistados, 2 optam pela necessidade de se


reservar tempo para se inteirar da vida dos seus educandos, outros 2 optam pelo contacto
permanente com o professor da turma.

Segundo FRANCISCO (2012), a participação dos pais na vida escolar dos filhos contribui
para ampliar características como a capacidade de concentração, disciplina e presença dos
alunos que lhe ajudam a estudar e a aprender.

Tendo em conta a posição colocada pelo autor e pelos primeiros 4 entrevistados, achamos
que trabalhando em coordenação com a escola, especificamente com o professor da turma
poderá melhorar a qualidade de ensino e trazer bons resultados.

Tabela4. Que acções deverão ser realizadas pela escola de modo a permitir a colaboração
dos pais no PEA dos seus educandos?

Alternativas de respostas Quantidade Percentagem


1 Deixar o assunto ao critério dos Pais e Encarregados de 0 0
Educação
2 Disponibilizar o conselho da escola para essa atividade 0 0
3 Promover reuniões regulares com os Pais e 5 100
Encarregados de Educação
TOTAL 100
18

KRAMER (1993), diz que as reuniões devem criar uma oportunidade para que a família
conheça, aprecie e reflicta sobre o que as crianças fazem e aprendem na escola, favorecendo a
integração, o debate e o crescimento de todos os envolvidos.

A ideia do autor acima descrito, juntamente com os 5 entrevistados, comunga com a ideia de
se promover reuniões regulares com os Pais e Encarregados de Educação de tal forma que
haja um envolvimento te todos neste processo educativo.
19

8. CONSIDERAÇÓES FINAIS
A família é a primeira instituição onde a criança recebe os primeiros ensinamentos
que a posterior poderão se conciliar na escola. A colaboração entre os pais e a escola é de
vital importância, pois possibilita um alinhamento da aprendizagem garantindo a
continuidade e a harmonia do processo educativo da criança.

Esta colaboração permite que os pais estejam a par do que a criança está aprendendo na
escola. Foi devido à falta desta colaboração dos pais e encarregados de educação no PEA que
se viu a necessidade de reforçar este vínculo através deste projecto de modo que os mesmos
estejam conscientes da importância da sua colaboração activa na vida escolar dos seus
educandos.

Para BENCINI (2003), “a participação da família no processo educativo é muito importante


no desempenho escolar do aluno, e todo o educador deseja que os pais acompanhem as lições
de casa, participem das reuniões escolares e sejam cooperativos e atentos no desempenho
escolar dos filhos na medida certa.

Durante a recolha de dados que resultou na sensibilização dos pais e encarregados de


educação 80% destes, defenderam a falta de tempo aliado aos trabalhos diários. E como
propostas para a melhoria deste problema, 100% avançaram com a necessidade de se
promover reuniões regulares com os pais e encarregados de educação de modo a desenvolver
interesse pela colaboração no PEA.

Com este PIP, espera-se garantir a implementação das novas dinâmicas e tendência
evolutivas dos pais e encarregados de educação no que tange a sua colaboração no PEA
dos seus educandos concretamente na Escola Primaria Completa de Salinas. Assim sendo
a sua colaboração na vida escolar, fará com que os alunos alcancem bons resultados
dentro ou fora da sala de aulas que por sua vez irão resultar num aluno preparado para
enfrentar qualquer situação da vida em que o mundo nos coloca nos dias de hoje.
20

9. BIBLIOGRAFIA
1. BENCINI, Roberta. Revista Nova Escola. São Paulo: Abril, 2003, P. 38.
2. CARVALHO, M. E. P. Relações entre família e escola e suas implicações de
gênero. Cadernos de pesquisa. São Paulo, 2000, p. 143-155
3. DURKHEIM, E. Educação e Sociologia. Trad.: Lourenço Filho. 4ª ed. São Paulo:
Edições Melhoramentos, 1955.
4. FREIRE, Paulo. A educação na cidadania. 4ed. São Paulo: Cortez, 2000.
5. KANT, I. Sobre a Pedagogia. Trad. Francisco Cock Fontanella. Piracicaba: São
Paulo: Ed. Unimep, 2002.
6. KRAMER, S. (Org.). Com a pré-escola nas mãos: uma alternativa curricular
para a educação infantil. São Paulo: Áctica, 1993.
7. MARQUES, R. A escola e os pais como colaborar? Texto Editora: Lisboa,
1991.
8. MONTANDON, C. O desenvolvimento das relações família-escola.
Problemas e perspectivas. In C. Montandon & P. Perrenoud Entre pais e
professores, um diálogo impossível? Para uma análise sociológica das
interacções entre a família e a escola (pp. 13-28). Oeiras: Celta Editora
(2001).
9. ROJO, C., TORIO, A. D., & ESTÉBANEZ, A. Material de apoio didático.
Everest Editora: Rio de Mouro, (2006).
10. SANCHES, M. F., & PINTO, A. J. (2001). Uma cidade escolar em construção:
natureza das interacções organizacionais entre escola e comunidade. Revista de
Educação, x(1), 99-121.
11. SILVA, Aida M. Monteiro., & CANDAU, Vera Maria (org.) Didática, Currículo
e Saberes Escolares X ENDIPE. 2ª Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
21

ANEXO
22

APÊNDICE

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