Treinador de Futebol Heroi Ou Vilao WEB
Treinador de Futebol Heroi Ou Vilao WEB
Treinador de Futebol Heroi Ou Vilao WEB
TREINADOR
DE
FUTEBOL:
HERÓI OU VILÃO?
1
Professor
JOSÉ DE SOUZA TEIXEIRA
Treinador de Futebol:
Herói ou Vilão?
2
Copyright @ 2018 by
José de Souza Teixeira Junior, Eduardo de Souza Teixeira e Marcia
Teixeira Teochi
prof.teixeira@uol.com.br
(11) 9-9733-5181
www.professorjoseteixeira.com.br
#professorjoseteixeira
T266t
Teixeira, José de Souza
Treinador de futebol: herói ou vilão? / José de Souza Teixeira - São
Paulo: Família Teixeira, 2018.
3
AGRADECIMENTOS
4
PREFÁCIO
5
na escola, no clube, nos treinos, nos jogos, nos passeios e também em
nosso apartamento, na Carrera 13, # 38-76, Apto. 1102, não imaginando
que outras surpresas de viver em países ainda mais distantes e diferentes
iriam acontecer.
6
estudando dentro de casa, sempre orientados e ajudados pela nossa Mãe
Cleide.
7
encarando as dificuldades com uma grande possibilidade de
crescimento, o que realmente aconteceu.
“Obrigado” é e sempre será muito pouco por tudo que vocês nos
proporcionaram!
8
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO p. 12
1.1 - Apresentação p. 13
1.2 - Mensagem aos treinadores de futebol, principalmente aos
iniciantes p. 14
9
4.2 - Sugestões para a realização das avaliações iniciais e dos principais
testes físicos p. 72
4.2.1 - Peso ideal dos atletas p. 73
4.2.1.1 - Antropometria p. 73
4.2.1.2 - Fórmula de Bornhardt p. 74
4.2.1.3 - Índice da massa corpórea p. 74
4.3 - Flexibilidade p. 74
4.3.1 - Anterior do tronco p. 75
4.3.2 - Abertura lateral das pernas p. 75
4.3.3 - Abertura anteroposterior das pernas p. 75
4.4 - Força p. 76
4.4.1 - Com carga máxima para cada segmento corporal p. 76
4.5 - Impulsão ou jump test p. 76
4.5.1 - Salto vertical com os pés unidos p. 76
4.5.2 - Salto horizontal com as pernas alternadas p. 77
4.5.3 - Salto horizontal com os pés unidos p. 77
4.6 - Agilidade p. 78
4.6.1 - Ida e volta correndo em zigue-zague entre 4 estacas p. 78
4.7 - Velocidade p. 79
4.7.1 - Corrida de 50 metros lançados p. 79
4.8 - Resistência p. 79
4.8.1 - Corrida de 12 minutos adaptados as exigências das posições p. 79
4.9 - Conclusão sobre os testes físicos p. 81
5 - DESENVOLVIMENTO TÉCNICO p. 84
5.1 - Importantes observações sobre o aprimoramento técnico p. 85
5.2 - Deficiências técnicas mais cometidas durante os jogos p. 86
5.3 - Procurando os 70% de rendimento no campeonato p. 98
5.4 - Jogos realizados no nosso estádio, como mandantes p. 102
10
7 - PREPARAÇÃO MENTAL DOS ATLETAS DE UMA EQUIPE
DE FUTEBOL p. 136
7.1 - Uso da psicologia no futebol p. 137
7.2 - Definição de Psicologia p. 138
7.3 - Um exemplo prático do uso da Psicologia p. 141
11 - CONCLUSÃO p. 179
PRORROGAÇÃO p. 209
11
INTRODUÇÃO
12
1.1 - APRESENTAÇÃO
HERÓI
“Homem notável por suas qualidades para
liderar grupos de guerreiros para a luta,
muito inteligente, de fácil adaptação às
diversas circunstâncias e é respeitado pelas
suas virtudes, pelos seus grandes feitos e pelas
sucessivas vitórias”.
VILÃO
“Homem rústico, de difícil relacionamento, de
aparente pouca inteligência e
consequentemente por ser muito autoritário,
tem dificuldade para conseguir a
indispensável união do grupo para que seja
alcançado o desejado sucesso”.
13
possível culpa pelo insucesso e que normalmente perante a opinião
pública, recebe também o título pejorativo de ser o VILÃO da história?
14
à todos os treinadores iniciantes ou que já estejam em atividade,
conhecimentos que todos procuram durante os cursos de
aperfeiçoamento ou estágios que realizam com o objetivo de aumentar
a competitividade da sua equipe durante os jogos, além da possível
vivência que tenham como antigo atleta profissional, quando se tiver
interesse e se der valor à todos os detalhes que são muito importantes
para melhorar o rendimento de uma equipe de futebol.
15
companheiros com profundos conhecimentos em outras áreas para
discutir sobre a utilização prática de alguns daqueles assuntos, a não ser
a área da psicologia, com o professor João Carvalhaes, como também a
inexistência de um computador para armazenar todas as informações
adquiridas, mesmo com dificuldades, procurava utilizar meios que me
proporcionaram conhecimentos em cada curso realizado, que pudessem
dar mais segurança na constante preocupação em melhorar a minha
capacitação profissional.
16
desejam ou exigem em muitas das vezes as grandes conquistas da sua
equipe, principalmente a disputa pelo título, não entendendo que esse
desejo da diretoria do clube, nestas circunstâncias é impossível de ser
alcançado!
Outras vezes, os culpados da diferença do resultado final, são
os próprios treinadores, e isto é importante que todos saibam, porque
ávidos por conseguirem um emprego que irá garantir a sua satisfação
pessoal com a continuidade da atividade profissional e o sustento da sua
família, no que estão certos, não exigem no acordo empregatício inicial
que em muitas das oportunidades é sempre realizado de forma verbal,
ficando para segundo plano o registro em carteira ou a assinatura de um
contrato, que lhes dariam mais segurança e tranquilidade para realizar
um trabalho esperado e desejado por todos, dirigentes, torcedores e pelo
próprio treinador, que em muitas vezes não apresentam aos dirigentes
do seu novo clube, um planejamento por escrito baseado em um
levantamento realizado na sua chegada, uma análise detalhada da
situação atual e passada recentemente com a equipe, e principalmente,
as possíveis sugestões que lhe parecem ser as ideais para o seu novo
clube, já que normalmente alguns dos dirigentes têm opiniões muito
vagas do tipo de caminho que o clube deverá seguir na área do futebol,
e muitos treinadores perdem uma grande oportunidade de se imporem
por esses importantes detalhes, perante os seus novos dirigentes...
17
recém-desempregado está necessitando de novo espaço para continuar
trabalhando para manter a sua imagem profissional e a sua família...
18
como se fosse ele, o treinador, o único
responsável por aquele aparente insucesso!
19
OBSERVAÇÕES GERAIS SOBRE AS ATIVIDADES
DOS TREINADORES
20
2.1 -FORMAÇÃO, CAPACITAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E
ADMINISTRAÇÃO DA CARREIRA COMO TREINADOR
PROFISSIONAL
21
convidados para dirigirem uma das equipes do clube contratante?
Somente os de nome já solidificado pela conquista de títulos ou pelo
longo tempo de trabalho, mas os demais que são realmente muitos,
quando “contratados”, são obrigados a aceitarem a situação imposta
pelo clube: “o contrato será verbal e sem assinatura na carteira de
trabalho” e o treinador candidato, na maioria das vezes jovem e
iniciante é obrigado a aceitar esta situação porque tem uma família para
sustentar, já que a “lei que existe no papel, não é a mesma que existe
na prática”.
JOGADORES BRASILEIROS
PAÍS QUANTIDADE
Portugal 120
Itália 39
Espanha 29
Turquia 27
França 20
Alemanha 17
Rússia 17
Ucrânia 15
JOGADORES BRASILEIROS
Inglaterra 12
Holanda 4
22
Se existe este elevado número de atletas brasileiros participando nos
campeonatos de grandes clubes destes países, devemos imaginar o
número real, muito maior dos que participam de campeonatos em
clubes de países de menor expressão e exigência técnica, sendo que
alguns destes jogadores nunca disputaram campeonatos oficiais no
Brasil. Nossos jogadores continuam com um nível técnico elevado
perante os olhos do mundo futebolístico, porque inúmeros grandes
clubes europeus, mantêm no território brasileiro “escolas de futebol”,
com o único e específico objetivo, selecionar e levar para seus clubes,
jovens jogadores para serem profissionalizados no momento oportuno.
Porém devido a algumas falhas que devem acontecer nos nossos clubes
com relação a selecionar, treinar adequadamente e demonstrar o
interesse pela manutenção desses futuros profissionais, eles estão sendo
levados de graça, perdendo o nosso futebol muito dinheiro, enquanto
outras pessoas estão utilizando desse descuido para aproveitarem de um
direito que deveria ser somente dos clubes formadores.
23
investimento técnico/financeiro, apenas mais
uma passagem e uma diária no hotel, porém
para a formação, aperfeiçoamento e
aproveitamento destes futuros atletas
profissionais, esta atitude tem um valor
inestimável, mas que alguns dos dirigentes
colocam óbices para levá-los, não percebendo
naquele momento o prejuízo que estão
provocando ao futuro da sua equipe, como foi
uma das minhas primeiras lições no futebol,
com o treinador Sr. Vicente Feola: “NÃO
ESQUEÇA O FUTURO, HOJE!”.
24
futuramente, mesmo que você não seja mais o
seu treinador.
25
Gols de Mengálvio (12 minutos), Coutinho (20) e Flávio (40) no 1º
tempo, Pelé (4), Coutinho (23) e Marcos (25) no 2º tempo.
26
S.C. Corinthians Paulista que jogou com a camisa azul da
Seleção Brasileira em 16/11/1965, em Londres. Da esquerda
para a direta, de pé: Osvaldo Brandão, Marcial, Clóvis,
Maciel, Galhardo, Édson, Dino Sani, Eduardo, Heitor, Dr.
Haroldo Campos; agachados: professor Teixeira, Jair
Marinho, Ney, Roberto Rivelino, Marcos, Flávio, Geraldo
José, Gílson Porto e o massagista Antônio Fernandes (o
Toninho).
27
contundido. Porém em uma nova jogada pela lateral e preparação do
centroavante para o mesmo Sammels, que com outro chute muito forte
aos 25 minutos do segundo tempo, de fora da área, conseguiu o 2X0
para a sua equipe, facilitando a vida do Arsenal F.C., que contou ainda,
a se favor o desgaste corintiano do jogo contra o Santos, 22 horas antes,
da viagem, da baixa temperatura e das 4 horas de diferença do fuso
horário, como o relatado anteriormente.
28
de associado do CREF para poderem dirigir suas equipes e muitos
foram retirados pelos fiscais durante a realização de alguns jogos, como
o acontecido nas Copas São Paulo de Futebol Júnior, porque não tinham
a referida carteira. Como poderiam exigir estes fiscais dos treinadores
a sua carteira para poderem trabalhar, se não possuíam o diploma de
treinadores de futebol, porque as nossas faculdades não ofereciam e
ainda não oferecem a oportunidade para estudarem e se especializarem
como técnicos desportivos? Exigência, felizmente encerrada porque o
CREF analisando a não realização dos cursos de especialização pelas
faculdades de Educação Física, coerentemente os seus fiscais deixaram
de exigir a carteira do CREF para os treinadores dos diversos torneios
e campeonatos estaduais e nacionais.
29
experientes, devido à concorrência ser muito desigual entre os que estão
querendo entrar no mercado de trabalho e aqueles que já estão em
atividade e já conquistaram o seu espaço.
30
correlatas à prática profissional do futebol, e por isso, estamos sempre
necessitando de um constante aperfeiçoamento profissional através dos
cursos de atualização para que o nosso futuro seja muito mais seguro,
permitindo assim um trabalho que todos desejamos, com um final feliz,
de sucesso e de vitórias.
31
Portanto, senhores treinadores, incentivem seus jogadores,
principalmente os mais novos, para estudarem preparando-se para
quando terminarem suas atividades profissionais no futebol,
continuarem com a necessária segurança familiar, social e financeira,
proveniente de estudos superiores ou de algum curso profissionalizante.
32
do Comercial Futebol Clube, integrante do Campeonato Paulista da 1ª
Divisão desde 1941, com o Esporte Clube São Caetano, clube amador
de São Caetano do Sul, cidade que não tinha um clube profissional em
atividade, apesar de contar como Estádio Lauro Gomes (atual Anacleto
Campanella).
33
Campanella é hoje a casa onde de um
importante clube, campeão paulista de 2004,
vice brasileiro em 2000 e 2001 e vice da
Libertadores em 2002, clube que leva o nome
da cidade: Associação Desportiva São
Caetano”.
34
Mesmo na vitória final que o tornará um dos
componentes do grupo dos vencedores pelas
conquistas da equipe, muitas das vezes o
treinador não recebe o devido e merecido
reconhecimento pela ampla e complexa área que
o seu cargo exige, porém, se o título não for
alcançado, ele poderá sempre ser lembrado pela
falta daquela conquista, tornando-se perante a
análise de todos, interessados, especialistas ou
não, mesmo que não o mereça, como o principal
responsável.
35
O TREINADOR E SUA AUTOAVALIAÇÃO
36
3.1 - IMPORTÂNCIA DE UMA AUTOAVALIAÇÃO PARA O
TREINADOR DE FUTEBOL REALIZAR COM SUCESSO UM
TRABALHO EM NÍVEL ELEVADO
37
competição, sua capacidade necessita sempre será submetida à
comprovação.
38
Homenagem a todos os treinadores brasileiros de futebol que
trabalharam ou continuam a dirigir equipes no exterior, aqui
representados pelo grupo em Dubai (Emirados Árabes) 1984-
1986. Da esquerda para direta, de pé: (desconhecido), Danilo
Alves, Roberto Brida, Haroldo Ledo, Cláudio Garcia, Jair
Pereira, Joel Santana, Paulo Emílio, Marcos Falopa, Carlos
Alberto Parreira, João Carlos, Sebastião Lapola e Luiz
Carlos Ferreira (desconhecido); agachados: Luiz Carlos da
Silva (Luizão), Dr. Rui Dinis, António C. Melo, Júlio Cezar
Leal, Luiz Carlos Feitosa, José Portela, José Luis Fernandes,
José de Souza Teixeira, Walter da Silva, Paulo Henrique e
Jairo Cezar Leal.
A - APARÊNCIA:
1) Sempre correta e com o uniforme apropriado para cada atividade;
2) Aceitável, na aparência e no uniforme;
3) Descuidado tanto na aparência pessoal como no uniforme;
39
B – SAÚDE:
1) Excelente saúde e disposição. Raramente falta por motivo de alguma
doença;
2) Boa saúde e com suficiente energia para enfrentar a sua carga diária
de trabalho;
3) Geralmente se apresenta com algum problema de saúde;
D - ESTABILIDADE EMOCIONAL:
1) Controlado, equilibrado, educado, atencioso, coerente e geralmente
de bom humor;
2) Ocasionalmente de mau gênio, porém, não de forma extrema;
3) Irrita-se facilmente ou fala e age de forma agressiva;
E – RESPONSABILIDADE:
1) Sempre pontual e atento aos horários dos seus compromissos;
2) Normalmente não cumpre os horários da programação, apresentando
sempre uma desculpa para o atraso;
3) Descuidado nos horários e comparece somente aos que são
indispensáveis;
F - RELACIONAMENTO PESSOAL:
1) Muito amistoso, educado e respeitado por todos: dirigentes, colegas,
atletas, imprensa e torcedores;
2) Regular o seu relacionamento com os demais componentes do grupo,
porém, só o suficiente e necessário;
3) Relacionamento deficiente e normalmente sempre mal humorado.
A - CONHECIMENTO DA MATÉRIA
1) Muito bem preparado, dominando amplamente todos os temas da sua
atividade;
40
2) Suficientemente competente. Reconhece seus pontos fracos e
procura compensá-los;
3) Preparação inadequada, conhecimentos vagos, imprecisos e falta de
convicção nas suas manifestações;
B - DESEJO DE ENSINAR
1) Muito entusiasta, sério em seus propósitos e sempre disposto a
ensinar e corrigir as deficiências individuais dos seus atletas durante os
treinamentos;
2) Moderadamente interessado na solução dos problemas da
aprendizagem e da correção das deficiências individuais;
3) Totalmente desinteressado de todos estes detalhes;
D - PROBLEMAS DE GRUPO
1) Demonstra sempre interesse pela solução dos problemas de inter-
relacionamento do grupo de trabalho, tanto dos atletas como os de
apoio;
2) Participa ocasionalmente e delega à outros a solução destes
problemas;
3) Não dá o devido valor ao trabalho desta área;
A - PLANEJAMENTO
1) Faz planejamentos completos, com atividades variadas e motivadas,
utilizando muito bem os vários locais para os treinos e com meios e
objetivos muito bem definidos;
2) Planos geralmente adequados, porém, pouco organizados e
aproveitados;
3) Sem planejamento ou com objetivos inadequados e falta de
organização;
B - METODOLOGIA
41
1) Usa sempre os métodos mais adequados, aproveita muito bem o
tempo, o espaço, o material e todos os recursos disponíveis;
2) Normalmente não utiliza os métodos nem os recursos mais
apropriados;
3) Sem metodologia adequada, não usa o rendimento, porém somente
dá valor ao resultado do jogo para determinar o tipo de atividade do dia,
mais recreativa ou punitiva;
C - PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM
1) Prevê e respeita as possíveis dificuldades de aprendizagem e
soluciona todos os problemas de forma individual;
2) Tem conhecimento destes problemas, porém, somente tenta
solucionar alguns deles;
3) Falta de habilidade para reconhecê-los e ignora as necessidades e
diferenças individuais dos seus atletas, treinando todo o grupo com a
mesma atividade e intensidade;
E - AVALIAÇÕES E TESTES
1) Os resultados dos testes realizados são utilizados com objetivos
muito bem definidos, servindo de base para os planejamentos geral e
específico;
2) As avaliações e testes são realizados de forma satisfatória, porém os
resultados são parcialmente utilizados;
3) Testes mal selecionados, inadequados, inoportunos e pouco
adaptados aos objetivos propostos e os resultados dificilmente são
utilizados;
42
PONTOS DIAGNÓSTICO
15 ÓTIMO, EXCELENTE PROFISSIONAL
16 MUITO BOM NÍVEL
17 BOM
18 REGULAR
19 ou mais É PRECISO MELHORAR
43
Quando um profissional de futebol consegue entrar no
mercado de trabalho pode se considerar um vitorioso e como
consequência, altamente valorizado pelo simples fato de ter superado
um processo seletivo e competitivo cada vez muito mais rigoroso e que
sempre depende este possível sucesso, da preocupação do treinador
estar sempre se aperfeiçoando em todas as áreas relativas ao futebol!
44
3.4.3 - APRESENTE NOVAS SOLUÇÕES PARA
APERFEIÇOAR OS DEPARTAMENTOS DE FUTEBOL DO
SEU CLUBE
45
com isso, a sequência planejada e ideal do uso da carga e da intensidade
das atividades.
46
O que é virar o fio e por que isso acontece?
47
Se em uma empresa, como dito acima, já é muito difícil a
formação de uma união do grupo de trabalho, o que falar das
dificuldades que um treinador enfrenta, quando as soluções dos
problemas são sem dúvida em número muito maiores, principalmente
se esses detalhes não forem valorizados devidamente pelo comandante.
48
Relacionamento, que muitas vezes não são valorizadas corretamente,
como temos chamado a atenção em outros capítulos, porém, com sérias
consequências negativas durante a competição, que se não forem
levadas na devida consideração, poderão provocar:
49
• Que o meu treinador, o meu Líder, seja
comprometido com o grupo e respeite as
individualidades;
50
Imaginemos os treinadores que trabalham
principalmente com jogadores em formação nas
escolinhas ou nas categorias de base, quando
alguns deles serão futuramente atletas
profissionais, como conseguirão o indispensável
desenvolvimento físico, técnico ou mais exigente
ainda, a compreensão do sistema tático, se estas
formas de aprendizagem não forem levadas em
consideração por mais simples que sejam, se os
treinadores não tiverem condições de
diferenciarem todos os detalhes de informações
aqui apresentadas?
51
favor ou contra, “para demonstrar religiosidade”, ser supersticioso a
ponto de publicamente justificar a utilização sempre da mesma roupa,
“como se fosse aquela roupa a responsável pela fase positiva da sua
equipe”, e não o seu trabalho, reclamar acintosamente das decisões da
arbitragem “para demonstrar um grande interesse em defender o
seu clube”, sendo algumas vezes expulso de campo, “prejudicando
ainda mais o rendimento da sua equipe”, atitudes que poderão
prejudicá-lo, quando surgirem possibilidades da renovação de um novo
vínculo ou uma possível contratação por outra entidade.
52
torcedores nas arquibancadas, e não se esqueça
que como o seu cérebro é dividido em duas
partes, a mente consciente, que determina as
tomadas de decisões e do outro lado do cérebro,
que é onde estão as emoções e sentimentos, você
não pode como treinador, ser dominado pelo
subconsciente e perder o controle. Não é fácil
esta tomada de decisão e comportamento, porém,
você tem que dominar o total funcionamento da
sua mente.
53
Contra o Santos F.C., pela decisão do 1º Turno do
Campeonato Paulista de 1978, com gol de Palhinha aos 35
minutos do 2º tempo, o S.C. Corinthians Paulista conquistou
um troféu de 1,75 m., atuando com: Jairo; Zé Maria, Amaral,
Zé Eduardo (Cláudio Mineiro) e Wladimir; Martin Taborda
(Píter), Biro-Biro e Palhinha; Vaguinho, Sócrates e Basílio.
Público 126.442 (120.842 e 5.600 menores). Renda Cr$
4.660.000,00 (US$ 233,000.00).
Árbitro: Dulcídio Wanderley Boschíllia.
54
SOBRE O TREINAMENTO FÍSICO
55
4.1 - UTILIZAÇÃO DOS RESULTADOS DOS EXAMES
MÉDICOS E DOS TESTES FÍSICOS PARA O
PLANEJAMENTO DO “VOLUME” E DA “INTENSIDADE” DO
TREINAMENTO FÍSICO
56
Com a saída de Flávio Costa, após uma derrota do São Paulo
F.C. em jogo amistoso por 4X3 para o Racing Club, da Argentina, no
Morumbi em 04/06/1961, fui incumbido pelo Sr. Manoel Raymundo,
diretor de futebol, a dirigir a equipe titular até a contratação de um novo
treinador. Era o responsável pela equipe de aspirantes, e não havia
tempo, já que estavam marcados alguns jogos amistosos como
preparação para a próxima competição. Assim comandei o Tricolor
contra o Londrina Futebol Clube (5X3, em 07/06), no domingo seguinte
empate com o Uberlândia Esporte Clube (1X1, em 11/06) e em São
Manoel, contra a Associação Athletica Sãomanuelnse (4X0, dia 18/06).
Posteriormente outro empate contra o Racing Club (2X2), em
Avillaneda, retribuição ao jogo no Morumbi, sendo nesta oportunidade
a minha primeira viagem internacional, fazendo parte da delegação
tanto como preparador físico, meu cargo de fato, quanto como técnico
diplomado, exigência na época para viagens internacionais, e ainda
como treinador responsável em dirigir a equipe naquele jogo.
57
Agradecimentos do São Paulo F.C. por ter
dirigido, como treinador, a equipe titular em
jogo internacional, contra o Racing Club, da
Argentina, em ofício de 13/02/1962.
58
Como a direção do São Paulo F.C. não conseguiu um dos
treinadores pretendidos, o General Cláudio Cardoso, assumiu o cargo,
nome que não era do elevado meio do futebol e com problemas de saúde
licenciou-se do clube logo em seguida, porém como não houvesse um
considerável melhora, deixou definitivamente o cargo, sendo que
novamente fui incumbido de substitui-lo até a contratação de outro
treinador, o que aconteceu com a chegada do mestre Osvaldo Brandão,
considerado pelos jogadores que trabalharam com ele, “como o pai de
todos e um importante conselheiro, porque Brandão morria para
defender fora do campo os seus jogadores e, os seus jogadores,
morriam por ele dentro do campo durante o jogo”. Brandão também
dirigiu a Seleção nas Eliminatórias para a Copa de 1978, deixando o
cargo após um empate por 0X0, no jogo contra a Colômbia, em Bogotá.
59
posteriormente seu irmão Ayrton Moreira, que aceitou o convite para
ser o treinador da equipe.
60
a melhoria do campo de jogo e o início da construção da arquibancada
com os vestiários na sua parte inferior, obra que posteriormente foi
ampliada.
61
casados apenas há dois anos e com as quais convivemos naquele
distante segundo semestre de 1964, jamais foram esquecidos!
62
Depois de dirigir o Barretos E.C., fui convidado pelo treinador
Osvaldo Brandão, que havia assumido o S.C. Corinthians Paulista,
para ser o preparador físico do elenco profissional, seu auxiliar e técnico
da equipe de aspirantes, a partir do início de 1965.
Porém, depois de aproximadamente 20 meses, na noite do dia
02/08/1966, além de tudo estar transcorrendo normalmente enquanto
fazíamos uma pré-temporada em Águas de Lindoia, após o jantar,
Brandão me chamou no seu apartamento do Grande Hotel Mantovani,
onde estávamos hospedados, e disse: “Tome conta da equipe porque
estou deixando o S.C. Corinthians Paulista e já acertei com um táxi
para me levar para minha casa em São Paulo”. Até hoje, não
encontramos, todos que estávamos naquela pré-temporada, uma
explicação plausível para aquela atitude. Apesar dos apelos dos
jogadores e diretores Elmo Franchini, Cláudio Vazelli, Dr. Salim
Atala e Francisco Dionísio Mendes, que haviam ido de São Paulo para
assistir o jogo-treino contra a equipe de Monte Sião (7X1), foram
suficientes para demovê-lo daquela atitude, que para mim foi
premeditada, devido já ter acertado com um táxi para levá-lo para São
Paulo. Talvez, no meu conceito, por conhecê-lo muito bem, com grande
possibilidade de ser algum problema de saúde, já que Osvaldo
Brandão era um profissional que valorizava muito o grupo e
principalmente a família.
63
depois de um ano e uma derrota para a Sociedade Esportiva Palmeiras
por 2X0, afirmou na sua despedida: “o S.C. Corinthians Paulista não
precisa de um treinador, precisa de um psicólogo”, frase que foi
muito explorada pela imprensa e que também serviu de base para
diversificar meus futuros estudos e chegar a conclusão sobre as causas
pelas quais o S.C. Corinthians Paulista perdeu outro título.
64
jogadores do Brasil, ficou 22 anos sem uma conquista, cuja tese que eu
defendia e que foi depois comprovada e que está detalhadamente
explicada no livro: “o S.C. Corinthians Paulista não perdia para
nenhum adversário, perdia para ele mesmo!”
65
A maioria dos clubes de futebol do Brasil, não possui por um
aspecto financeiro deficiente ou pela falta de uma infraestrutura
apropriada, a possibilidade de realizar todos os exames médicos e testes
físicos em completos laboratórios com médicos, fisiologistas,
preparadores físicos, nutricionistas, psicólogos, analistas de
desempenho, etc., todos com capacidade e experiência comprovadas
para a realização de todos os exames disponíveis para cada necessidade,
com sofisticados aparelhos. Mesmo que o clube não possua estas
condições e estes profissionais, mesmo assim o treinador responsável
pela sua comissão técnica têm necessidade e a obrigação de realizá-los,
sendo ou não especializado.
66
feito de forma correta pela variedade de conhecimentos que serão
desenvolvidos para a melhoria do rendimento da equipe.
67
José Luiz Fernandes (Al Shabab Al Arabi Club, de Dubai, nos
Emirados Árabes; Club Universitário, de Lima, Peru; Seleção Brasileira
Infantil no Mundial do Canadá e excursão ao Reino Unido e Holanda);
Edson Rufino e Mauro Mânica (Ferroviário Atlético Ituano, atual
Ituano Futebol Clube); Ângelo Macariello Neto (Ferroviário A. Ituano
e Ituano F.C.; Associação Atlética Internacional de Limeira; G.E.
Novorizontino; Esporte Clube Taubaté; Projeto Genky F.C. da Nippon
Television do Japão; Tokyo Football Club); José Rodolfo Costa Mehl
e Cláudio Karan de Paula (Coritiba Foot Ball Club); Darlan
Schneider (G.E. Novorizontino); Carlito Macedo (Santos F.C.); Ivo
Sechi (Clube Atlético Bragantino); Renato Dias da Rosa (no projeto
da Faculdade Torricelli, com o Grêmio Universitário e Esportivo de
Guarulhos, na viagem à Europa e jogos na Tunísia); Alexandre
Ramello (Seleção Feminina de Futebol que participou da Copa da Paz
na Coréia do Sul); além dos professores Emílio Miranda, Emédio
Bonjardin, José Carlos Austrauskas, José Aguilar Cortês, Ignácio
Jorenti Filho, Caetano José de Santis, Clóvis Pina Barão, que
participavam dos treinamentos das Seleções Paulistas e Brasileiras das
categorias Infanto-Juvenil (sub-16), Júnior (sub-20) e de Novos (sub-
23), quando a preparação era realizada nas instalações do CEPEUSP.
68
qual deve ser o volume e qual a intensidade que serão exigidos em cada
período da competição, começo, meio ou fim.
69
determinamos a carga de trabalho no
treinamento físico, somando-se todos os
resultados de cada teste de força, tira-se a
média e trabalhando com 70% dessa média,
como carga que deve ser utilizada, já que esse
peso é suportável e pode ser utilizado por
todos.
70
componentes da equipe em ritmo de jogo, fato que não acontece
somente com os treinamentos;
71
Se o treinador der a devida atenção e tiver o
indispensável cuidado com todos estes detalhes
para fazer e seguir um planejamento, poderá
acontecer a disputa do título, porém, se estes e
outros assuntos importantes não forem levados
seriamente em consideração a disputa pelo título
ficará muito mais difícil. Não se esqueça de
valorizar esta observação se você pretende
integrar o grupo dos vencedores!
72
4.2.1 - PESO IDEAL DOS ATLETAS
4.2.1.1 - ANTROPOMETRIA
73
que sem dúvida irão valorizar o trabalho realizado, como por exemplo
as que apresentaremos a seguir:
PONTUAÇÃO DIAGNÓSTICO
Menos de 18,4 Abaixo do peso ideal
18,5 até 25,0 Peso normal
25,1 até 30,0 Sobrepeso
30,1 até 35,0 Obesidade grau 1
35,1 até 40,0 Obesidade grau 2
Mais de 40,1 Obesidade grau 3
4.3 – FLEXIBILIDADE
74
imprescindível a realização de um aquecimento que o preparador físico
deve realizar cuidadosamente com os jogadores antes de cada teste, de
forma padronizada de exercícios e de tempo, para que todos os
jogadores realizando os testes na prática com situações de igualdade
não tenham uma contusão, acontecimento desagradável e também para
que os resultados sejam comparados para conhecimento da evolução da
condição física, servindo como parâmetros da diferença de cada série
de testes realizados:
MEDIÇÃO DIAGNÓSTICO
-6cm. Insuficiente
De -5cm. até -1cm. Regular
0cm. Bom
De 5cm. até 5cm. Muito bom
Mais de 5cm. Excelente
75
o dedo do pé de traz, sendo a média de duas medidas, uma vez com o
pé direito e outra com o pé esquerdo a frente.
4.4 - FORÇA
76
MEDIÇÃO DIAGNÓSTICO
Abaixo de 55cm. Insuficiente
De 56cm. até 60cm. Regular
De 61cm. até 65cm. Bom
MEDIÇÃO DIAGNÓSTICO
De 66cm. até 70cm. Muito bom
Acima de 71cm. Excelente
1 2 3 4 5 6
MEDIÇÃO DIAGNÓSTICO
Abaixo de 14,00m. Insuficiente
De 14,01m. até 14,60m. Regular
De 14,61m. até 15,20m. Bom
De 15,21m. até 16,00m. Muito bom
Acima de 16,00m. Excelente
77
SAÍDA .......... .......... .......... .......... .......... ............... CHEGADA
1 2 3 4 5 6
MEDIÇÃO DIAGNÓSTICO
Abaixo de 14,20m. Insuficiente
De 14,21m. até 14,80m. Regular
De 14,81m. até 15,40m. Bom
De 15,41m. até 16,00m. Muito bom
Acima de 16,00m. Excelente
4.6 - AGILIDADE
MEDIÇÃO DIAGNÓSTICO
Acima de 6,61 segundos Insuficiente
De 6,60 até 6,41 segundos Regular
De 6,40 até 6,21 segundos Bom
De 6,20 até 6,01 segundos Muito bom
Abaixo de 6,00 segundos Excelente
78
4.7 - VELOCIDADE
1 2
10m. 50m.
MEDIÇÃO DIAGNÓSTICO
Acima de 7,01 segundos Insuficiente
De 6,61 até 7,00 segundos Regular
De 6,41 até 6,60 segundos Bom
De 6,21 até 6,40 segundos Muito bom
Abaixo de 6,20 segundos Excelente
4.8 - RESISTÊNCIA
79
A - GOLEIROS
MEDIÇÃO DIAGNÓSTICO
Abaixo de 2.700m. Insuficiente
De 2.701m. até 2.800m. Regular
De 2.801m. até 2.900m. Bom
De 2.901m. até 3.000m. Muito bom
Acima de 3.001m. Excelente
MEDIÇÃO DIAGNÓSTICO
Abaixo de 2.900m. Insuficiente
De 2.901m. até 3.000m. Regular
De 3.001m. até 3.100m. Bom
De 3.101m. até 3.200m. Muito bom
Acima de 3.201m. Excelente
MEDIÇÃO DIAGNÓSTICO
Abaixo de 3.000m. Insuficiente
De 3.001m. até 3.100m. Regular
De 3.101m. até 3.200m. Bom
De 3.201m. até 3.300m. Muito bom
Acima de 3.301m. Excelente
80
4.9 - CONCLUSÃO SOBRE OS TESTES FÍSICOS
81
Se é comprovadamente tão útil, por que muitos
dos treinadores quando estão em atividade não
se preocupam com estes tipos de controles?
82
Sem um analista de desempenho e sem outros recursos com
protocolos sofisticados, tínhamos controlados em 1977, todos
os dados utilizados pelo S.C. Corinthians Paulista. Revista
Veja -28/02/1979.
83
DESENVOLVIMENTO TÉCNICO
84
5.1 - IMPORTANTES OBSERVAÇÕES SOBRE O
APRIMORAMENTO TÉCNICO
• Dominar
• Passar
• Driblar
• Chutar
• Cabecear
• Lançar
• Cruzar
• Conduzir
• Cobranças de faltas
• Cobranças de escanteios
• Tiros de meta
• Lançamentos do goleiro com os pés
85
sem contar ainda que este contínuo aperfeiçoamento, vai prepará-lo
positivamente para os momentos da grande exigência psicológica,
quando todas as valências físicas e técnicas forem ainda mais exigidas
nos momentos decisivos nas partidas finais dos campeonatos.
Pura casualidade?
86
adversários e, se for ao contrário, nós errarmos mais, a derrota ficará
muito mais próxima do que pensamos e desejávamos.
Aproximadamente 80% das equipes que ficarem com a posse da bola,
vencem as partidas, em 10% das vezes, empatam e em nos outros 10%,
são derrotadas... De qualquer forma, 80% + 10%, são 90% das vezes,
na prática, que a equipe não perderá a partida! Não vale tentar ficar com
a posse da bola?
87
perda da posse da bola em cerca de 80% das vezes, fazendo com
que alguns dos treinadores que não permitem outra forma de
jogar, infelizmente, estão inibindo a agradável e construtiva
indispensável criatividade, atitude que faz parte inerente do
próprio futebol...
88
das jogadoras, o que sem dúvida prejudicou o trabalho final do treinador
Osvaldo Alvarez, o Vadão, e sua comissão técnica, já que a maioria
delas atuando em equipes de outros países, inclusive nos grandes do
futebol feminino da Europa, não puderam participar destes
treinamentos iniciais, cuja longa fase de preparação objetivava a
conquista da medalha de ouro e que pela falta desta conquista, a derrota
trouxe uma tristeza e frustação muito grande para todos os brasileiros,
que se prepararam mentalmente para a conquista das esperadas
medalhas de ouro pelas seleções de futebol, masculino e feminino, o
que a realização da Olimpíada no Brasil, já teria sido um sucesso total...
FUNDAMENTO QUANTIDADE
Domínios 3
Passes 25
FUNDAMENTO QUANTIDADE
Dribles 4
Chutes a gol 5
89
FUNDAMENTO QUANTIDADE
Cabeceios 6
Lançamentos 14
Cruzamentos 8
Conduções da bola 4
Escanteios 3
Tiro de meta 0 (nenhum erro)
Lançamento da goleira
1
Bárbara
OBSERVAÇÕES:
90
principalmente na 1ª jogada durante a realização da partida,
caracterizando a pressão emocional externa a que deveriam estar sendo
submetidas pela imprensa, pelo público e por estar sendo os Jogos
realizados no Brasil, na nossa casa;
C - Embora a nossa goleira não tivesse cometido erros nos tiros de meta
ou nos lançamentos com os pés, o que facilitaria a posse de bola por
parte da equipe, devido essa ótima atuação de Bárbara como 1ª atacante,
acabamos errando na sequência, após o domínio, já que somente em 4
oportunidades os passes foram trocados por mais de 10 vezes pelas
nossas jogadoras, quando de posse da bola...
Também não vamos nos ater a quem atuou nessa partida, como
foi feito com a Seleção Feminina, mas apenas utilizando os dados do
referido jogo para que sirva de mais um exemplo do valor dos controles,
acontecendo o resultado de 1X1 no tempo regulamentar, resultado que
continuou na prorrogação, sendo somente decidido nos penais: Brasil
5X4 Alemanha, acontecendo as seguintes deficiências técnicas durante
o jogo:
91
FUNDAMENTO QUANTIDADE
Domínios 3
Passes 49
Dribles 1
Chutes a gol 11
Cabeceios 2
Lançamentos 12
Cruzamentos 6
Conduções da bola 6
Escanteios 9
Tiro de meta 1
Lançamento do goleiro
1
Weverton
OBSERVAÇÕES:
92
bom) no 1º tempo, contra apenas 143 (fraco) no 2º e, aquele resultado
de 1X7 para a Alemanha que nos incomodava e nos pressionava para a
única saída que tínhamos na Olimpíada, porque estávamos querendo
desforrar um resultado que não tínhamos nada com ele e que
indiretamente pressionava nossa Seleção Olímpica, tanto pela situação
daquele jogo, pela imprensa e também pelos torcedores. Este tipo de
análise serve como mais um dos muitos exemplos, da utilidade que
podemos dar aos vários tipos de controles quando bem realizados e com
objetivos bem definidos na sua utilização.
C - Com a vitória por 5X4 na disputa dos penais e a conquista do título
de campeão dos Jogos Olímpicos de 2016, único que faltava ao futebol
brasileiro, veio consagrar a principal tônica do nosso futebol, a
constante reposição de novos jogadores que são requisitados pelos
grandes clubes do mundo, confirmado com a conquista da “medalha
de ouro”, que veio com muita justiça e merecimento pelo
desenvolvimento durante toda a competição.
Terceiro exemplo.
93
FUNDAMENTO QUANTIDADE
Domínios 3
Passes 41
Dribles 5
Chutes a gol 7
Cabeceios 2
Lançamentos 9
Cruzamentos 6
Conduções da bola 0
Escanteios 2
Tiro de meta 0
Lançamento do goleiro
0
Alisson
OBSERVAÇÕES:
B - A posse de bola foi uma preocupação que ficou evidente nesse jogo,
procurando não permitir que a boa Seleção Colombiana ficasse com a
sua posse, conseguindo a nossa Seleção errar somente 10 vezes na 1ª
jogada, 13,3% do total de erros (mais 6 na 2ª e 9 na 3ª), enquanto em
94
20 oportunidades realizaram mais de 10 passes seguidos, demonstrando
com estes números, que apesar do resultado final ter sido somente 2X1,
aparentemente difícil, a nossa Seleção demonstrou uma tranquila e
consciente forma de jogar. Esta é mais uma demonstração da validade
dos controles para podermos fazer afirmações como esta.
Quarto exemplo.
Média dos Grandes Clubes do Brasil 414 Passes 72 Erros Média 5.7
Média dos Grandes Clubes da Europa 684 Passes 68 Erros Média 10.0
95
A diferença demonstrada por estes números, não desvaloriza o
trabalho das nossas equipes e dos seus respectivos treinadores, nem
determina uma derrota em um possível jogo, mas serve de alerta para
qual o tipo de erros que estamos cometendo durante os jogos e para que
o seu conhecimento, sirva de estímulo para nossa correção e evolução
para que nossos Estádios voltem a ter sempre as suas capacidades
totalmente ocupadas.
96
treinam de uma forma muito mais intensa esta
estratégia tática, como princípio básico para
manter a posse da bola, o que felizmente estamos
corrigindo.
97
Claro que não será só um maior nível técnico
que fará toda a diferença para melhoria geral
da prática do futebol brasileiro, mas será uma
forma consciente para voltar a ser grande e
verdadeiramente respeitado, como parâmetro
mundial do futebol bem jogado, criativo,
copiado e como conclusão, que devemos
apresentar sempre durante as partidas a
criatividade individual, o nosso ponto forte,
sem esquecer a aplicação e a utilização do
esquema tático conhecido, treinado e que deve
ser cumprido pelos jogadores!
APROVEITAMENTO DIAGNÓSTICO
Abaixo de 40% Insuficiente
De 41% até 50% Regular
De 51% até 60% Bom
De 61% até 70% Muito bom
Acima de 71% Excelente
98
Para que se consiga o mais próximo possível ou além dos 70%
de aproveitamento dos pontos disputados para ter uma chance de
conquistar o título, a equipe depende de que todo o trabalho
desenvolvido seja realizado em alto nível, o que não é fácil para ser
conseguido, principalmente se for por um longo período a duração do
campeonato, já que a concentração mental exigida de cada atleta,
juntamente com o desgaste físico dispendido, faz com que o aumento
da adrenalina e do cortisol no seu organismo, provoque uma alteração
na frequência cardíaca e na pressão arterial que “estressa o atleta como
ser humano”, problema que pela sua importância, deve ser cuidado,
orientado e corrigido pelo departamento médico e pelo preparador
físico, precisando o treinador como responsável geral, ficar atento para
não perder o controle do rendimento da equipe durante os jogos e em
algumas das vezes, pela oscilação desse rendimento, necessitando
realinhar o planejamento do volume ou da intensidade das atividades,
para que a equipe não perca a produtividade desejada,
aproximadamente dos 70 % de aproveitamento geral.
99
Temos dados atualizados dos controles realizados durante
muitos anos dos nossos clubes, além das constantes avaliações de jogos
nacionais e internacionais que são transmitidos pelas TVs, sobre a
importância da manutenção da posse da bola durante o jogo, sendo que
em 80% das vezes, a equipe que mantiver a posse da bola por mais
tempo do que o adversário, normalmente sai vencedor da partida.
100
Todos os dados que conseguirmos controlar devem ser
tratados com muita seriedade além de outros tão valiosos que também
devem ser tratados e utilizados, dando-lhes a maior importância, como
por exemplo:
I - Outros.
101
conhecimento para orientá-lo, porém nunca deixe de valorizar cada um
desses importantes detalhes cuja somatória fará a diferença no
rendimento da equipe ao final da competição.
102
rapidamente percebidas através das principais informações visuais
conhecidas e automatizadas pelos jogadores, para que eles durante a
partida, possam se localizar mentalmente, para poderem passar, lançar,
cruzar ou concluir com uma possibilidade muito maior de sucesso ao
gol dos adversários. Esta é a razão, porque sempre fiz com que minha
equipe treinasse nos momentos oportunos, principalmente na
preparação tática para o jogo, no local onde será realizada a partida.
103
derrota esta que tirou o 3º lugar e a possibilidade de disputar entre os
quatro primeiros o título paulista, derrotas com dois gols de falta ou
seja, quatro derrotas em casa de uma equipe que pela primeira vez
participava do forte Campeonato Paulista.
104
Em 1996 ficou em 6º lugar no Campeonato Paulista e 3º lugar
entre os Aspirantes (devido o aproveitamento de vários dos seus
jogadores na equipe principal).
105
que se deve dar aos jogos em casa, estou
afirmando que conseguimos estes feitos, graças
a esta linha de conduta, fazendo com que os
jogadores alcançassem grandes conquistas,
sempre valorizando ao máximo os jogos como
mandantes, o que aconteceu além de Ituano e
Novorizontino, com outras equipes em que
trabalhei, tanto nacionais como do exterior, e
para que nossas equipes consigam a vitória final
todos os pontos ganhos são importantes, porém
os conquistados em casa são primordiais!
106
TREINAMENTO TÁTICO
107
6.1 - OS GRANDES COMANDANTES MILITARES DO
PASSADO E AS INFORMAÇÕES QUE PROCURAVAM
SOBRE OS INIMIGOS, CUJOS EXEMPLOS PODEM SER
MUITO ÚTEIS PARA OS TREINADORES DE FUTEBOL
108
quando se comemora antecipadamente uma vitória” e isto também
acontece com algumas das equipes de Futebol!
109
Não satisfeitos, enfurecidos e envergonhados pelas derrotas,
os líderes de Roma deram a responsabilidade à Varrão, um renomado e
respeitado cônsul, para que derrotasse Aníbal, sendo que em 02/08/216
a.C., aconteceu o ataque dos romanos com mais de 100.000 soldados
contra o exército de Aníbal.
110
Sun Tzu: no livro “A Arte da Guerra”, o mais antigo e conhecido
tratado militar da humanidade, o comandante, guerreiro e filósofo Sun
Tzu, do antigo Estado de Qi, que ocuparia hoje o território da província
de Shandong, na China, dizia “que para conquistar a vitória sobre o
inimigo e realizar façanhas fora do comum, é necessário o
conhecimento adquirido através dos observadores ou espiões, que
traziam todas as informações possíveis da capacidade militar e
movimentação do inimigo”, ou ainda:
111
6.2 - ESCOLHA, TREINAMENTO E APLICAÇÃO DO
SISTEMA TÁTICO IDEAL
O que é técnica?
O que é habilidade?
O que é tática?
O que é estratégia?
112
“É a ciência de planejar, organizar e ser executada pelos atletas
em todas as situações ofensivas e defensivas, que uma equipe deve
realizar durante um jogo”.
113
6.3 - IMPORTÂNCIA DAS INFORMAÇÕES SOBRE OS
ADVERSÁRIOS
114
Como exemplo do valor de controlar os adversários, que
sempre fui estimulado a utilizá-los, aconteceu no dia 13/05/1979
quando o S.C. Corinthians Paulista iria jogar pelo Campeonato Paulista
contra a A.A. Ponte Preta, uma importante partida no Estádio do
Morumbi, que teve a presença de 41.159 torcedores e que foi apitada
por Romualdo Arppi Filho.
115
Qual era estratégia que a A.A. Ponte Preta utilizava naquele
esquema tático?
O goleiro Carlos, de posse da bola, saia jogando com um
dos dois zagueiros, Oscar ou Juninho; destes, a bola era passada
para Humberto; de Humberto para Marco Aurélio, que jogava
com Rui Rei, para tentar a conclusão através de uma jogada
individual, um drible ou para segurar a bola esperando uma falta
cometida pelos adversários, falta que seria cobrada perigosamente
de perna esquerda pelo ótimo meio campo Dicá.
116
meio-campo e ataque, de forma repetitiva e por não utilizarem outras
variações no seu esquema tático talvez acreditando que o alto nível
técnico individual, responsável pelo conjunto daquele esquema tático,
a sua equipe não mudava a forma de jogar, como também, acreditando
na sua força coletiva, não se preocupavam totalmente com as equipes
adversárias, tornando por isso, uma equipe previsível. Pelo menos era
o que esperava, que não houvesse uma surpresa!
117
um dia a menos”, já que era um dos dirigentes que eu conheci e
trabalhei, “que tinha somente uma palavra e nunca voltava atrás à
palavra dada”, entendendo e aceitando as explicações apresentadas
quanto ao tempo para aquele replanejamento começar a dar o esperado
resultado e que em minha opinião, deveria ser de três meses, devido
termos formado um novo grupo com alguns experientes e outros, a
maioria, com idade de juniores, ficando assim aquele elenco formado
em 1978 e que continuou como base para os anos seguintes:
118
finalização, dificultando em muito para a formação defensiva dos
adversários, através da utilização de um falso centroavante, o que
naquela época não era usual, já que a maioria dos clubes utiliza na sua
formação um centro avante fixo e normalmente todos eles muito bons,
com a incumbência praticamente exclusiva de fazer os gols das suas
equipes.
119
Gols de Pita (aos 22 minutos) e Rui Rei (40 minutos) do 2º
tempo.
120
Porém, antes da partida, o treinador Cilinho, não divulgou a
escalação da A.A. Ponte Preta porque noticiaram que tinham alguns
problemas, substituindo alguns deles, embora tivéssemos absoluta
certeza que a estratégia de saída de jogo não seria modificada com
qualquer escalação, devido ao número de jogos da A.A. Ponte Preta que
tínhamos controlados.
121
Grande resultado e grande vitória,
interrompendo a série invicta da A.A. Ponte
Preta. Tenho absoluta certeza, que se não
houvesse alterado taticamente a forma de jogar,
através da estratégia utilizada em modificar a
equipe, baseada nas observações e dados que
possuíamos da A.A. Ponte Preta, não teríamos
conseguido aquela vitória que foi valorizada por
toda a imprensa de São Paulo.
122
sendo também até aquela data a transferência de valor mais alto do
Brasil, ou seja, Cr$ 5.860.000,00, correspondentes aproximadamente a
140 mil dólares (na época 1 dólar = 42,00 cruzeiros!).
123
6.4 - DEFINIR A ESCALAÇÃO E REALIZAR SUBSTITUIÇÕES
124
Como sugestão adquirida pela experiência em
dezenas de anos de atividade dentro (durante os
treinamentos), ou à beira de um campo de
futebol (nos jogos), não podemos esquecer que
todo atleta é um ser humano e como tal deve ser
respeitado e que merece toda a consideração
possível e todo treinador só poderá ser um
vitorioso e fazer parte do grupo dos vencedores,
se todos compartilharem das mesmas ideias do
seu comandante.
125
aprendi a dar neste assunto no São Paulo F.C., estimulada e incentivada
pelo Sr. Manoel Raymundo Paes de Almeida, diretor de futebol, que
sempre demonstrou um interesse muito grande em dar a oportunidade
e a atenção que todo jovem merece e que ele procurava oferecer, apesar
do São Paulo F.C. não possuir na época, uma infraestrutura própria para
a base condizente com a necessidade do nível do trabalho que era
proposto e mesmo assim foram muitos jogadores aproveitados pelo
elenco profissional, filosofia de valorização dos jogadores da casa, que
consegui aprimorar e colocar em prática em todos os clubes e que faço
questão de apresentar como uma das sugestões que podem e devem ser
utilizadas com absoluto sucesso.
126
para treinar com os profissionais que não haviam atuado no dia anterior,
com o objetivo de mantê-los sempre em ritmo de jogo, ao mesmo
tempo, que aperfeiçoávamos mais rapidamente os jogadores da base.
A forma de realizarmos esse treinamento sistematicamente
como nós o fazíamos não era de profissionais contra os juniores, como
acontece normalmente, mas escalando as duas equipes de forma
intercaladas, mescladas, para valorizar os jogadores da base e exigir
mais dos profissionais, ficando assim as duas equipes:
127
igualmente com a participação dos profissionais e juvenis, ou então
entre juniores e juvenis e juvenis e infantis.
128
assistirem primeiro a equipe de aspirantes com
Roberto Rivelino e seus companheiros,
apresentando-se na primeira semana de janeiro
de 1965 ao elenco profissional, de onde nunca
mais saiu de titular absoluto, inclusive das
nossas Seleções.
129
Como outro válido e respeitado exemplo,
aconteceu na minha passagem por um grande
clube da Colômbia, Club Deportivo Los
Millonarios de Bogotá, onde foi por mim
proposta e aceita pela direção do Clube o
trabalho de integração entre todas as categorias,
rendendo para a equipe titular o aproveitamento
de: Mário Jimenez, goleiro, Gutierrez de
Piñeres, Carlos Pucci, Onofre Camargo,
zagueiros, German Morales, volante e os
atacantes Torres, Monsalve e Giron, isto já ao
final do primeiro ano de trabalho.
130
Para demonstrar outro exemplo do valor da
integração que sempre defendi, inclusive com a
sua utilização em outros países, como foi o caso
do Al Shabab Al Arabi Club de Dubai, Emirados
Árabes, entre os anos de 1984-1986, clube que
nunca havia sido campeão, além de que também
nunca havia cedido jogadores para a seleção
nacional, por ser considerado na época, clube
pequeno.
131
C - A contratação do professor Marcos Falopa, treinador brasileiro, de
experiência internacional e falando inglês e um pouco de árabe, para ser
o responsável pelo projeto de integração com a base;
132
B - Campeão com a equipe reserva (sub-23);
133
Professor Marcos Falopa, último à direita, com um dos
grupos da base do
Al Shabab Al Arabi Club - Dubai 1984.
134
Al Shabab Al Arabi Club, de Dubai, Campeão da Copa
Nacional Abdulah Ailan, 1985 e
vice-campeão da Copa do Presidente, 1986.
135
PREPARAÇÃO MENTAL DOS ATLETAS DE UMA
EQUIPE DE FUTEBOL
136
7.1 - USO DA PSICOLOGIA NO FUTEBOL
137
7.2 - DEFINIÇÃO DE PSICOLOGIA
138
tiveram que ser aplicados e sempre tiveram os
seus resultados totalmente favoráveis...
139
Professor João Carvalhaes, conversando com os atletas, o
primeiro psicólogo a trabalhar em equipes no futebol
brasileiro, no São Paulo F.C. e Seleção Brasileira na Suécia
em 1958.
140
concluiu ele. Foi minha primeira lição no
futebol.
141
profissionais dos seus clubes, facilitando pela experiência que tinham,
embora nunca tivessem atuado internacionalmente, a possibilidade de
formar uma equipe equilibrada em defender e atacar, sendo que um dos
segredos dessa seleção, foi a colocação de um jogador altamente
habilidoso para atuar como volante, de número 5, para que a transição
da defesa para o ataque se iniciasse com passes de um nível de acerto
muito mais elevado. Para esta função foi escolhido um meia-atacante,
um número 8 do São Paulo F.C., o hoje vitorioso treinador do futebol
brasileiro, Muricy Ramalho, devido ao grande acerto que tinha nos
passes, proporcionando uma possibilidade de sucesso ofensivo muito
maior. E foi o que aconteceu!
142
negativo, pode ter certeza que o rendimento da
equipe não vai mudar para melhor, por isso,
alguma coisa deve ser feita!
143
Durante os treinamentos realizados antes do jogo contra a
Argentina, os jornais do Chile anunciavam que o Brasil finalmente
encontraria um adversário realmente muito perigoso, devido o treinador
Cesar Menotti, da Seleção principal da Argentina, estar
acompanhando os jogos, para observar possíveis aproveitamentos no
próximo Campeonato Mundial de 1978, que seria realizado na
Argentina, como realmente aconteceu, dentre eles, Tarantini, Rocha,
Bertoni, Sabella, que foram campeões mundiais quatro anos depois,
em 1978.
144
que eu estava preparando para ser utilizado no momento oportuno não
perdesse o poder da surpresa.
145
“Como o silêncio continuasse”, voltei a
afirmar:
146
para que parassem e todos olhando na minha
direção, parando imediatamente, esperando
algumas outras palavras.
147
porque nós os argentinos jogamos muito bem com 11 jogadores
enquanto o Brasil jogou com 22!”
148
minutos, fazendo com que o Brasil pela primeira vez conquistasse o
referido campeonato, recebendo ao final desta partida os 8 troféus que
estavam em disputa:
149
Como homenagem àquele grupo de São Paulo que representou
o Brasil e venceu pela primeira vez a referida competição, vou
apresentar merecidamente o nome de cada componente da delegação,
sendo que alguns em homenagem póstuma (*):
150
E - Fazendo uso nos momentos mais difíceis,
dos recursos em que a aplicação da psicologia
era indispensável;
151
que acontecerem, porque quanto mais perto do
gol, haverá menos tempo e menos espaço para
que aconteça a conclusão, estratégia que
sempre resultou positivamente, como provam
os 19 gols nos 6 jogos realizados naquele
Campeonato Sul-Americano...
152
Equipe campeã do Sul-Americano no Chile - 1974 - Gazeta
Esportiva.
153
CAUSAS DO “ESTRESSE” NOS ATLETAS DE
FUTEBOL
154
8.1 - INFLUÊNCIA DO “ESTRESSE FÍSICO E EMOCIONAL”
NO RENDIMENTO DOS ATLETAS DE FUTEBOL DURANTE
O JOGO
O que é o “estresse”?
Reação do “estresse”.
• Os sentidos da percepção;
• O sistema nervoso;
• O aparelho digestivo;
• As funções respiratórias;
• O sistema cardiovascular;
• O equilíbrio hormonal;
• O sistema imunológico.
Causas do “estresse”
155
B - Sobrecarga emocional: com a falta de tempo para a adaptação ao
excesso de responsabilidade, a falta de apoio, a incompreensão pelas
suas possíveis deficiências e a expectativa exagerada em relação ao
resultado de um determinado jogo, “causam nos atletas de futebol o
“estresse negativo”, provocando a irritação, a perda de
concentração e a insegurança, que diminuem o seu rendimento
durante a partida”. Porém, uma dose de “estresse” provocada pela
responsabilidade assumida, é indispensável para melhorar nossa
capacidade produtiva, porque ajuda a manter o poder de concentração,
como também os acontecimentos felizes produzem um “estresse
positivo”, como por exemplo, o nascimento de um filho, um gol do
nosso time, ganhar na loteria.
Divisão do “estresse”
• A alegria;
• O entusiasmo;
• O otimismo;
• A vitalidade;
• Maior resistência física e mental.
156
A - Alterações do ritmo habitual do organismo como as mudanças
nos horários de dormir e de acordar, através da diferença do fuso
horário, a altitude, a temperatura, etc. debilitam e pré-dispõem o
organismo ao “estresse negativo”, provocando:
• Dores de cabeça;
• A irritabilidade;
• Problemas digestivos;
• Insônia.
157
exclusivamente de um aguçado espírito de
observação do próprio treinador, para que ele
encontre e utilize a solução mais adequada.
158
encontrar melhores e maiores tipos de recursos, quando as equipes
puderem contar com a experiência de profissionais nesta área, como
também as que utilizam os especialistas em neurolinguística ou da
aplicação do processo de “coaching mental”, como também de outros
possíveis recursos, que são muito mais utilizados em esportes
individuais, além daqueles exemplos com soluções simples de serem
aplicados e que foram apresentados aqui.
159
Chegando ao Barretos E.C. – 1964.
160
OS GOLEIROS NO FUTEBOL ATUAL
161
9.1 - QUALIDADES IDEAIS PARA OS GOLEIROS DE
FUTEBOL
162
Na prática, para que servem estas informações sobre os nossos
goleiros se existiram muitos grandes goleiros em importantes clubes
sem esta estatura? Estas informações serão muito úteis para quando
formos promover ou aproveitar um integrante da equipe da base ou
contratar um novo goleiro para a equipe titular, neste momento
devemos utilizar como parâmetro dados reais e atualizados para o tipo
de futebol que queremos praticar.
163
Personalidade: auto-controle, espírito de sacrifício e de grupo, muita
coragem;
164
Joaquim de Morais, todos passaram a ter o tempo necessário para o
seu aperfeiçoamento.
165
1º Encontro de Goleiros, organizado pela EEF-USP, FPF e
Escola Bellini de Futebol. Da esquerda para a direita:
Sérgio Valentim e Hélio Geraldo Caxambu (SPFC.), Fábio
Crippa e Oberdan Catani (S.E. Palmeiras); Gilmar dos
Santos Neves e Luiz Moraes (Cabeção) (S.C. Corinthians
Paulista) José Teixeira (USP e Escola Bellini) Cláudio
Castilho (FPF); Jarbas Gonçalves, Cyro de Andrade,
Aloisio Queiroz Teles, Mário Miranda Rosa e Clodoaldo
Mesquita (EEF-USP). 22/11/1976.
166
O que aconteceu de tão especial nesse jogo com relação ao
analisado goleiro MacGovern da Irlanda, para servir de exemplo?
167
a prática do futebol atual está exigindo, devido à falta de preocupação
dos nossos treinadores sobre esta indispensável ação coletiva.
168
No entanto, o nosso MacGovern analisado neste momento,
teve a bola em seu poder em 38 oportunidades para tiros de meta ou
reposição da bola em jogo (17 no 1º tempo e 21 no 2º), pelo constante
aspecto ofensivo desenvolvido pela Alemanha, errando nos dois
aspectos em 34 das 38 vezes, ou seja, em 89,4% que o nosso grande
goleiro entregou a bola de graça para a forte equipe adversária...
169
9.4 - NAS REBATIDAS DOS GOLEIROS, OS GOLS DOS
ADVERSÁRIOS
450gr. X 120Km/h = 54 Kg
Qual o goleiro que tem força suficiente nas mãos e nos braços
para segurar uma bola a 100 ou muito mais km/h que representam mais
de 50Kg? Poucos, muito poucos, já que nos seus treinamentos não são
orientados para o fortalecimento dos músculos da parte superior do
170
tronco (mãos, antebraços, braços e cintura escapular). Os clubes que
oferecem uma infraestrutura e permitem aos goleiros utilizarem uma
academia, em muitas das vezes o único trabalho que realizam é somente
uma flexão e extensão dos braços, com um fortalecimento dos bíceps,
que quando necessitam da força para segurar a bola usando os músculos
flexores dos dedos, o aprimoramento da força do bíceps, pouco servirá
como a força necessária e indispensável para segurar a bola com
firmeza.
171
A conclusão que chegamos para eliminar a deficiência das
rebatidas dos goleiros, “embora o Dia do Goleiro seja comemorado
em todos os dias 26/04”, para evitar os gols dos adversários
provenientes das rebatidas, devemos fazer com que os nossos goleiros
subam diariamente 3 a 5 vezes por uma corda de 5 a 10 metros,
pendurada no teto da academia, no início usando as mãos, os pés,
os joelhos e se preciso, “até os dentes para conseguir subir toda a
corda”, já que não tem a força localizada e exigida o suficiente para
executar este treino de subir numa simples e inofensiva corda...
172
Teixeira, disputando como goleiro, o Campeonato Amador do
Estado de São Paulo pelo Botafogo de Dois Córregos, 1956.
173
O TREINADOR COMO VERDADEIRO LÍDER
174
10.1 - DIFERENTES FORMAS DE COMANDAR EQUIPES DE
FUTEBOL
175
nascido, Jesus Cristo. Infelizmente as determinações do Rei Herodes
foram cumpridas pelos seus soldados e muitos inocentes pagaram com
a vida aquelas insanas ordens.
176
da forma que você utiliza para liderar os seus atletas, será indispensável
um profundo conhecimento sobre o trabalho que será realizado no
clube, através de um completo planejamento, de uma perfeita execução
em alto nível de todas as atividades, de um minucioso controle, como
também, de um correto relacionamento entre comandante e
comandados e principalmente, o respeito e a valorização que o líder
deve ter pelos seus atletas como seres humanos, sendo este basicamente
o segredo para o sucesso!
177
competir com outros profissionais com maior
possibilidade de sucesso...
178
CONCLUSÃO
179
Todos os treinadores de futebol devem ter por princípio que
sendo líderes de um grupo de homens que naquele momento estão
investidos de atletas profissionais de futebol, e representando milhares
ou até milhões de pessoas interessadas no bom andamento dos
resultados alcançados pelo seu clube, e o treinador como comandante
de todo esse processo, além de dirigir a equipe durante o jogo deve
observar sempre o que seria melhor para todo o grupo e que o
planejamento visando os sistemas de treinamentos físico, técnico,
tático, como também com a preocupação da preparação mental, da
assistência sócio/familiar e o direcionamento dos temas a serem
escolhidos para as reuniões corretivas ou motivacionais, todas estas
preocupações e objetivos devem estar orientados sempre em benefício
do grupo e nunca visando somente o seu próprio interesse, o interesse
do clube ou de alguém que não pertencendo ao seu grupo de trabalho,
possa indiretamente interferir na montagem inicial do elenco de
jogadores ou na definição ou escalação da equipe, colocando-se, por
outros interesses, ao lado de alguns determinados jogadores do grupo.
Cuidado com esta situação que com certeza poderá acontecer!
180
Além das sugestões solicitadas aos mais experientes, como
afirmado acima, também cheguei à uma conclusão lógica, que a
observação de formas de jogar de determinados e fenomenais atletas de
futebol, nos jogos em que participei nacional e internacionalmente ou
pelas centenas (podendo ser até milhares) das partidas assistidas e
controladas pela televisão, porque aproveitando as principais
características dos grandes profissionais, estaremos valorizando e
aperfeiçoando o trabalho da nossa equipe.
Franz Beckenbauer
181
mais longe possível do seu gol, mesmo que a bola fosse para o
adversário ou pela lateral...
182
porque o Ituano não havia perdido nenhuma partida em casa naquele
ano de 1989.
183
O nosso goleiro Wlamir de posse da bola, fazia
um passe para o zagueiro Zé Maria, que
ameaçava ir para o ataque pelo lado direito do
campo, para chamar a atenção e marcação de
Monga, o único atacante da A.A. Ponte Preta.
Zé Maria devolvia então a bola para o goleiro
Wlamir, que imediatamente passava a bola
para Maxwell, o outro zagueiro que poderia
conduzir a bola para o ataque pelo lado
esquerdo, no estilo Beckenbauer, que livre da
marcação de Monga, Maxwell corria sobre o
companheiro Ezequiel, que se movimentava
levando o seu marcador, criando o necessário
espaço que foi aproveitado por Maxwell até a
intermediária do campo da Ponte, quando
sofreu uma falta para evitar a sua evolução.
Falta que foi cobrada por Nívio, na cabeça de
Amaral, 1X0.
184
assistida há dezenas de anos com o fenomenal
Franz Beckenbauer e aproveitada com sucesso
naquela decisão.
Garrincha
185
maciça da imprensa, dos dirigentes e das centenas de torcedores,
tornando aquele ato, um dos pontos altos das transferências do futebol
brasileiro.
186
Garrincha, treinando como preparação para a sua estreia no
S.C. Corinthians Paulista, tendo ao lado, Marcial, Mendes e
Jair Marinho, 1966.
Apesar de não ter sido feita uma promoção para a sua primeira
participação com a camisa do S.C. Corinthians Paulista naquela quarta-
feira às 21:00, com o Pacaembu totalmente lotado, iniciando a partida
a equipe que foi escalada por Brandão com: Heitor; Jair Marinho, Ditão,
Galhardo e Edson; Dino Sani e Nair (Rivelino); Garrincha, Tales
(Nei), Flávio e Gilson Porto.
187
apesar dos pesares, Garrincha já começou com o pé direito, como se
diz no futebol, trazendo um pouco de sorte para o nosso clube...
188
que o seu aspecto anímico tornou-se tão debilitado, que se transformou
na causa principal do encerramento da sua brilhante carreira.
189
desequilibrar os grandes zagueiros, graças a sua agilidade, para tentar
ultrapassá-los e realizar uma jogada ofensiva ou para conseguir uma
falta, já que tínhamos ótimos cobradores das bolas paradas, e entre eles,
Valdomiro Vaz Franco, o famoso ponta direita, também número 7 e
que havia jogado na seleção brasileira, especialista em bolas paradas, e
que eu havia indicado juntamente com o centro avante Mário de
Queiróz, ambos do Sport Club Internacional de Porto Alegre, além do
experiente zagueiro central da Seleção Uruguaia e do Grêmio Foot Ball
Porto Alegrense, Atílio Ancheta e o ponta esquerda Romeu
Evangelista, o Romeu Cambalhota, do S.C. Corinthians Paulista, que
também foram indicados, contratados e muito úteis para o C.D. Los
Millonarios.
190
negativo e valorizar os 3X0 do primeiro turno em Novo Horizonte.
Sabíamos que não seria fácil, mas contávamos com uma equipe
equilibrada e preparada com alternativas totalmente favoráveis e entre
eles, os dribles de Alessandro e os ótimos cobradores que tínhamos,
como o meio-campo Luiz Carlos Goiano, o lateral esquerdo
Guilherme e o atacante Carlos Zara, além de Oclébio, um jovem
zagueiro que foi aproveitado posteriormente na equipe titular,
ingredientes que deveríamos utilizar no segundo tempo daquele jogo.
191
campo. Pênalti cobrado por Genilson, que
aproveitou para empatar outra vez a partida em
4X4, resultado final, devido a última cobrança
de outra falta com Luiz Carlos Goiano, a bola ter
batido no travessão, perdendo o Novorizontino a
oportunidade do quinto gol que seria o da
vitória, resultado que foi conseguido graças a
utilização de observações das habilidades de
grandes jogadores, como neste caso, do
fenomenal driblador e maior número 7 do
futebol mundial, Garrincha!
Pelé
192
Uma das estratégias que Pelé utilizava com frequência durante
a forte marcação que sempre recebia quando tinha dois marcadores
preocupados com ele, o que era normal na grande fase do seu
rendimento, Pelé usava uma situação que não era usual entre os demais
jogadores, tentando utilizar sempre a mesma solução, ludibriar os seus
marcadores, passando entre os dois marcadores, porque segundo ele,
“se passar por um dos lados vou preocupar somente um deles e se
tentar passar pelo meio, entre os dois, ou ambos não põe o pé e eu
passo ou os dois tentam tirar a bola e podem me derrubar e ser falta
para o meu time”. Jogada fácil de ser executada quando bem treinada.
Pelé era impossível de ser imitado em qualquer uma das valências
técnicas. Era incomparável, mas essa situação, a de passar entre dois
adversários, algumas vezes foi por mim utilizada!
193
os seus jogadores para utilizarem as suas
principais virtudes como seres humanos e como
atletas de futebol, com o objetivo de melhorar o
rendimento do conjunto da sua equipe, tentando
também conhecer, minimizar ou eliminar as
qualidades individuais e coletivas dos seus
adversários.
194
realizava o mesmo trabalho com resultados
totalmente favoráveis. Perante os dirigentes e a
opinião pública, poucos meses depois de receber
a medalha olímpica, o professor Micale, passou
de “Herói” da Olimpíada à “Vilão” do Sul-
Americano, o que pode acontecer com qualquer
um de nós que nos tornamos treinadores de
futebol!
FIM
195
CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS
Dados Estatísticos:
• Próprios, através dos controles realizados profissionalmente.
Livros Consultados:
Jornais:
• A Gazeta Esportiva
• Folha de São Paulo
• Jornal da Tarde.
Revistas:
• Veja
• Visão
• Cidade e Campo de Itu.
196
CURRÍCULO DO AUTOR
197
1979: Vice-campeão da Copa América
198
em Aberdeen; 0X0 Irlanda do Norte, no Windsor Park; 1X1 País de
Gales, no Ninian Park; 1X3 Holanda, no Amsterdam
2006: 4º lugar na Copa da Paz, na Coreia do Sul, com a Seleção Paulista
Feminina, que representou o Brasil
199
Ferroviário Atlético Ituano (Itu / SP)
1988: Vice-campeão paulista da Divisão Especial
1989: Campeão paulista da Divisão Especial de São Paulo
1990: 5º lugar no Campeonato Paulista
1990: 3º lugar no Campeonato Paulista de Aspirantes
200
DIRETOR ADMINISTRATIVO
EXPERIÊNCIA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
No Brasil:
1969-1979: Escola de Educação Física, Universidade de São Paulo
1973-1978: Escola de Educação Física de Santo André
1973-1975: Escola de Educação Física, Pontifícia Universidade
Católica, de Campinas
1974: Universidade Gama Filho de Santos
1974: Escola de Educação Física do Estado do Pará
1975: Escola de Educação Física, Universidade Federal de Sergipe
Cursos com o Sindicato dos Treinadores Profissionais de Futebol de
São Paulo
201
No exterior:
1974: Federación Chilena de Fútbol
1980: Universidad Jorge Tadeu Lozano (Bogotá, Colômbia)
1981: Federación Venezolana de Fútbol, Entrenadores Nivel Nacional
1981: Colegio para Entrenadores de Fútbol (Tolima, Colômbia)
1981: Cursillo para Monitores de Fútbol Inter-Colegiado (Bogotá,
Colômbia)
1981: Arubaaense Voetbol Bond (Aruba)
1981: Federación Colombiana de Fútbol
1987: Universidad Mayor de San Marcos e Instituto de Deportes
(Lima, Peru)
1988: Long Island Junior Soccer League (Nova York, EUA)
1990: Federación Salvadoreña de Fútbol
1998: Maryland Youth Federation (Hagerstown, EUA)
1999: Universidad Santiago (Cáli, Colômbia)
2002: Universidad Santiago (Cáli e Barranquilla, Colômbia)
2002: Seminário da Polícia Militar de Magdalena (Santa Marta,
Colômbia)
202
AUTOR DOS LIVROS
203
“50 Anos por Dentro do Futebol”
204
TÍTULOS HONORÍFICOS
205
2008: Moção Congratulatória pelo trabalho realizado nos jogos do
Grêmio Esportivo de Guarulhos, na Tunísia - Câmara Municipal de
Guarulhos e Faculdade Torriccelli.
HOMENAGENS PÓSTUMAS
206
15/04/2018: UM MINUTO DE SILÊNCIO, na partida entre Sport Club
Corinthians Paulista X Fluminense Football Club, na Arena
Corinthians, em São Paulo / SP.
EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL
54 viagens internacionais;
73 países visitados;
5 países de residência;
93 jogos de Seleções.
207
Seleção Paulista de Novos que enfrentou (0X0) a Seleção de
Teerã, no Estádio Nacional, no Irã: Luiz Carlos (E.C.
Noroeste), Tércio (Guarani F.C.), Jair Gonçalves (Comercial
F.C. de Ribeirão Preto), Ojeda (S.C. Corinthians Paulista),
Wagner (América F.C. de São José do Rio Preto), Laércio
(S.C. Corinthians Paulista), Roberto Sanches (massagista,
S.C. Corinthians Paulista), Ivan (S.C. Corinthians Paulista),
Feitosa (A. Portuguesa de Desportos), Tata (C.A. Juventus),
Serginho Chulapa (São Paulo F.C.), Lélio (América F.C. de
São José do Rio Preto). Não estão na foto: goleiro Luiz
Alberto (Santos F.C.), defensores Zé Luiz (Guarani F.C.) e
Donizetti (S.E. Palmeiras), meio-campo Arnaldo (S.E.
Palmeiras) e Cagnani (Guarani F.C.), atacantes Amauri
(E.C. Noroeste) e China (E.C. Noroeste) - 30/03/1973.
208
PRORROGAÇÃO
209
Foram 57 anos de relacionamento, entre namoro e
casamento, com um homem que me fez uma pessoa melhor a cada
dia, desde que o conheci em 1959.
E assim foi, e ele sempre nos dizia que reconhecia esse valor
em mim e nos filhos, pois como sempre repetia, “nunca fomos numa
delegacia ou hospital buscar os nossos filhos”.
210
Essas e tantas outras passagens no futebol e em nossas vidas
estarão para sempre nas minhas melhores lembranças, assim como
todos os aniversários de casamento, de nascimento, almoços e jantares
entre nossa família ou entre tantos amigos que fizemos pelo mundo, que
eu sempre preparei com todo amor e carinho para que todos estivessem
sempre juntos e unidos.
211
Eterna gratidão pela presença deste PAI companheiro, amigo, avô
dedicado e amável, um HOMEM cheio de qualidades.
212
Conhecimento, determinação, estudo, amor e respeito ao futebol
foram os itens essenciais que levaram meu pai aos 82 anos de idade,
escrever e terminar esta terceira obra sobre a sua grande paixão
esportiva.
Te amo, Pai!
213
“Treinador de Futebol, Herói ou Vilão?”
Foi o terceiro livro escrito pelo Prof. José de Souza Teixeira.
Tão logo concluiu este livro, meu sogro nos deixou e foi morar no
céu. Seus ensinamentos e seu exemplo de vida sempre permanecerão
muito fortes em todos nós.
Prova disso foi o carinho e dedicação com que seus filhos e netos se
esforçaram para que esse trabalho chegasse às mãos de todos os leitores.
214
Giovanna Teixeira Teochi – 15 anos.
215
Leonardo Teixeira Teochi – 10 anos.
216
RELEMBRANDO O PASSADO
217
E ele era mesmo “bom de bola”.
218
Ateneu Brasil, na Rua Estela, no bairro do Paraíso, em São Paulo. Ele
no curso colegial e eu no ginasial. Ele era cinco anos e dez meses mais
velho do que eu.
Quando meu irmão chegou em casa após ter feito sua inscrição
no curso superior, estávamos os três, “seu” Francisco, Dona Eliza e eu,
esperando por ele no quintal. Assim que ele se aproximou, meu pai
perguntou em qual faculdade ele tinha se matriculado, ainda com a
esperança dele ter escolhido Agronomia. Quando respondeu que tinha
se matriculado em Educação Física, lembro da expressão de desgosto
do meu pai, que já saiu para os seus afazeres, sem dizer nada.
219
Com respeito, admiração e orgulho por ter o PROFESSOR
JOSÉ DE SOUZA TEIXEIRA como irmão, deixo aqui este pequeno
depoimento da nossa vida.
220
Deixo aqui minha gratidão por nos últimos três anos ter o
privilégio de conviver com o Prof. Teixeira, profissional exemplar,
apaixonado pelo que fazia, mas acima de tudo ter o prazer de
conhecê-lo como pessoa, dedicado a família, e de uma alegria
contagiante.
Fabiana Osradecky
221
Meu pai foi meu primeiro Professor de Educação Física!
Lendo esta sua terceira obra, fico ainda mais admirado com a
sua alta capacidade de raciocínio, memória, inteligência, conhecimento
e organização que ele sempre teve; e ainda mantinha os registros de
todos os clubes devidamente arquivados desde o início da sua longa
carreira no futebol.
222
haviam centenas de outras coisas para ele me contar, mas agora são os
seus diários de treinos e jogos, controles estatísticos, fotos, recortes de
jornais, documentos, troféus, faixas, medalhas, placas, bolas
autografadas, camisas de jogos, agasalhos, etc., que me fazem
companhia e me falam da sua vida.
Agradeço a Deus ter permitido que meu pai acabasse este livro,
seria uma grande perda para o Esporte se os 11 capítulos aqui contidos,
não estivessem finalizados.
223
Agradeço também a Deus pelo pai que tive e pela família que
escolheu pra mim, e por tudo que vivemos juntos, definitivamente,
foram os melhores anos da minha vida.
Junior Teixeira
#professorjoseteixeira
www.professorjoseteixeira.com.br
224
225