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EXPERIÊNCIA RBEP
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Rev. bras. Estud. pedagog., Brasília, v. 101, n. 258, p. 503-522, maio/ago. 2020.
Alexandro Braga Vieira
Denise Meyrelles de Jesus
Jovenildo da Cruz Lima
Clayde Aparecida Belo da Silva Mariano
Abstract
Meirieu’s contributions to continuing teacher-training and the adoption
of inclusive pedagogical practices
Resumen
Contribuciones de Meirieu a la formación continuada de profesores y
a la adopción de prácticas pedagógicas inclusivas
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As contribuições de Meirieu para a formação continuada de professores
e a adoção de práticas pedagógicas inclusivas
Introdução
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se confrontado dia após dia com os alunos de uma sala de aula, manter-
se durante um ano escolar fiel às suas convicções, enfrentar no dia-
a-dia as restrições inerentes à vida de um estabelecimento escolar...
Por isso, creio ser necessário reassumir um compromisso no ensino
secundário, e escolher, para isso, um estabelecimento considerado
‘difícil’, na aglomeração suburbana [...], onde resido (Meirieu, 2002, p.
9-10).
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meio que sinalizando: “como?”. Dissemos que, por meio das gravuras,
poderíamos contar a história, e assim o fez, mostrando o conhecimento
de que a narrativa tinha começo, meio e fim. Apontava os desenhos com
os dedinhos e produzia sua narrativa. Percebemos o quanto aquela criança
tinha potencial e conhecimentos.
Dialogamos sobre essa passagem com a professora regente e sobre o
que Meirieu (2002) chama de obstinação didática. Ela se mostrou curiosa e
explicamos que se tratava de uma busca incansável por estratégias de ensino
para tornar o conhecimento cognoscível aos alunos. Era perceptível que
Lucas tinha interesses e gostava de literatura. Rompia com os prognósticos
fechados sobre as pessoas com autismo no sentido de que todas encontram
dificuldades na comunicação. Essas reflexões compunham momentos de
formação em contexto, aguçando a curiosidade dos professores e pondo
em xeque muitas certezas pedagógicas originadas dos laudos clínicos e
subjetivos.
Com o desenvolvimento da pesquisa, também demos atenção à classe de
Tatiana. Passamos a questionar o pouco estranhamento quanto ao fato
de a aluna ainda não estar alfabetizada. A partir de então, realizamos
um momento de formação continuada com foco nos processos de
alfabetização dos alunos. Estudamos teorias sobre os processos da
alfabetização e problematizamos a trajetória de escolarização da
estudante, conforme este diálogo realizado com os professores:
Nesses poucos meses que temos acompanhado a escola, pudemos
conhecer alguns alunos. Ouvimos relatos que narram as dificuldades em
trabalhar com as crianças. Mas, para esse momento, quero perguntar
a vocês sobre aquela garotinha que tem síndrome de Down. Ela tem
uma expertise invejável. Tem excelente discurso verbal, está sempre
atenta a tudo que acontece na escola e tem nos mostrado quanto pode
aprender. Dia desses, entrou no refeitório e olhou para um professor
e disse: ‘-Você não deveria lanchar de boné. É falta de educação’. Essa
mesma garotinha ainda não tem noção de leitura e de escrita. Ela
está no 4º ano do ensino fundamental e em breve estará indo para a
segunda etapa. E aí? Por que não nos preocupamos com ela? Será que
ela é incapaz de aprender? Será porque não vemos quanto temos criado
uma bola de neve, pois ela não vem acumulando conhecimentos para
avançar e vai chegar a um contexto complexo que é o fundamental II?
Será que a complexidade da alfabetização está nela ou na falta de um
projeto de ensino que dê conta de atender ao seu direito de aprender?
(Vieira, 2015b)
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Considerações finais
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Referências
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