Contestação ESTADO DA PARAÍBA
Contestação ESTADO DA PARAÍBA
Contestação ESTADO DA PARAÍBA
23/10/2019
Número: 0828288-78.2019.8.15.2001
Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Órgão julgador: 6ª Vara de Fazenda Pública da Capital
Última distribuição : 03/06/2019
Valor da causa: R$ 1.000,00
Assuntos: GRATIFICAÇÃO INCORPORADA / QUINTOS E DÉCIMOS / VPNI
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
FRANCISCO LOBO PORTO (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
GERALDO CORREIA GUEDES (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
GILBERTO GONDIM CABRAL (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
FERNANDO ANTONIO DE ALMEIDA NOBREGA (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
GILVANDRO DA SILVA BRANDAO (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
MARIA DE FATIMA FERREIRA MARIBONDO (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
ROMULO BARROS DE ALENCAR (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
GUILHERME JORGE DE ALMEIDA PERRUCI (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
MARINEIDE DE OLIVEIRA SILVA MEIRA (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
SEBASTIAO FLAVIO DE ARAUJO (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
ROBERTO DA COSTA VITAL (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
JUAREZ DOS REIS OLIVEIRA (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
JOSE CLARCK PORTO COELHO (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
FRANCISCO LUCAS DE SOUZA RANGEL NETO (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
RUY BEZERRA CAVALCANTI JUNIOR (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
FRANCISCO AUGUSTO BARBOSA (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
SERGIO PRADO MACHADO (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
ROBSON REGIS SILVA ALBUQUERQUE (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
RUY FREIRE DUARTE (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
ARNALDO SOARES DE OLIVEIRA (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
MARIA DE FATIMA LINS DE MENEZES (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
EDUARDO JOSE TORREAO MOTA (AUTOR) RHAFAEL SARMENTO FERNANDES (ADVOGADO)
PARAIBA GOVERNO DO ESTADO (RÉU)
PARAIBA PREVIDENCIA (RÉU)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
24541 18/09/2019 15:38 Contestação Contestação
234
EXMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE
JOÃO PESOA - PB
ESTADO DA PARAÍBA, pessoa jurídica de direito público interno, por meio de sua
Procuradoria Judicial, ora representada pelo procurador ao final assinado, com endereço na Avenida
Epitácio Pessoa, número 1.457, 4º andar, no bairro dos Estados (CEP.: 58.030-001), local onde recebe
intimações, vem, perante Vossa Excelência para, tempestivamente, oferecer a presente resposta, sob a
forma de CONTESTAÇÃO à AÇÃO ORDINÁRIA, ajuizada pelo FRANCISCO LOBO PORTO e
outros, o que faz com esteio nos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
I – DOS FATOS
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São os fatos, em epítome.
Em apertada síntese, os autores pleiteiam equiparação entre servidores que possuem regime
jurídico diametralmente opostos, aumentando vencimentos por decisão judicial e fixando-os com base em
múltiplos de salário mínimo nacional.
Pois bem.
Não se demanda maiores esforços hermenêuticos para aferir o teor do art. 37, II, da CF:
Sejamos vejamos o que entendem os Ministros Luiz Fux e Dias Toffoli sobre a
questão específica deste processo:
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“Destarte, o cerne da questão reside em verificar se a extensão aos servidores
estatutários de benefícios salariais emanados de acordo celebrado por servidores
celetistas, na Justiça do Trabalho, violaria o enunciado vinculante em evidência.
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previsão legal, reajuste remuneratório com fundamento no princípio
da isonomia, sob pena de violar o conteúdo da Súmula Vinculante nº
37. 2. Agravo regimental não provido”.
Não se pode olvidar que o próprio Ministério Público do Estado da Paraíba, em parecer
anexado aos autos do referido IRDR, foi contra a tese aqui esposada (doc. anexo), a reforçar a
necessidade de revisão do entendimento ou, ao menos, que seja provocado o STF a fazê-lo. Vejamos o
entendimento do MPPB no IRDR:
(...)
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Os autores pretende a extensão dos efeitos da coisa julgada para terceiros estranhos à lide
processual trabalhista (autores), como, também, a desconsideração da substancial diferença entre a
natureza do regime jurídico estatutário (autores) e o celetista (trabalhadores paradigmas).
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Por óbvio, já que os servidores estatutários são regidos pelas leis editadas pela
Administração, e os empregados públicos celetistas são regulados pela Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT), é expressamente proibida a aplicação de normas de um regime a outro, sob pena de
violação ao princípio da legalidade.
Nesse sentido:
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NÃO DEMONSTRADA, NÃO É OBJETO DA LIDE. 1. O pedido formulado na
inicial, originariamente distribuída na Justiça do Trabalho, limita-se à devolução
dos valores que a parte autora entendeu indevidamente descontados. A pretensão
veio estribada no caput do art. 462 da Consolidação das Leis do Trabalho . 2.
Quando foi declinada a competência os autos foram remetidos à Justiça Comum,
tendo sido oportunizada a emenda à inicial, para adequação do pedido, que
restou mantido. Diante de contexto, a CLT revela-se inaplicável ao embargado,
que é servidor público municipal regido por vínculo institucional, portanto,
estatutário. 3. Os descontos realizados na espécie encontram guarida na
legislação de regência, na doutrina e na jurisprudência. Em momento algum a
legalidade ou o procedimento que redundou nos mesmos foram questionados,
razão porque não se cogita ofensa aos princípios do contraditório e da ampla
defesa. EMBARGOS INFRINGENTES ACOLHIDOS.” (TJRS; Embargos
Infringentes Nº 70053963534, Segundo Grupo de Câmaras Cíveis, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Nelson Antônio Monteiro Pacheco, Julgado em
10/05/2013)
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INAPLICABILIDADE 1. O art. 4º da Lei Complementar nº 1.054 /2008 do
Estado de São Paulo prevê licença-maternidade de 180 dias à servidora da
administração direta e das autarquias submetidas ao regime estatutário. 2.
Inviável estender-se o benefício à servidora estadual regida pela Consolidação
das Leis do Trabalho , prorrogando-se o prazo da licença-maternidade de 120
para 180 dias, por ausência de previsão legal, bem assim porque a
Administração encontra-se adstrita ao princípio da legalidade. 3. Hipótese que
não comporta a invocação do princípio da isonomia, haja vista tratar-se de
regimes jurídicos distintos. Além do mais, a mescla de direitos pretendida,
transpondo-se benefícios de um regime para o outro, em última análise,
desnaturaria o regime jurídico próprio. 4. De outra parte, decisão contrária
pressuporia declaração de inconstitucionalidade da Lei Complementar nº 1.054
/2008 do Estado de São Paulo, sob pena de afronta ao princípio da reserva de
plenário e à Súmula Vinculante nº 10 do Supremo Tribunal Federal. 5. Recurso
de revista da Reclamante de que se conhece e a que se nega provimento.” (TST;
Processo: RR 11674120115020081; Orgão Julgador: 4ª Turma; Publicação: DEJT
23/10/2015; Julgamento: 30 de Setembro de 2015; Relator: João Oreste Dalazen)
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A Administração Pública, na espécie, está se valendo justamente do princípio da isonomia,
tomado em seu aspecto formal, ou seja, tratando desigualmente os desiguais, já que aos servidores
estatutários não pode ser dispensado o mesmo tratamento remuneratório dos servidores celetistas, muito
menos estender àqueles, benesses obtidas por estes em razão de sua condição particular (vínculo
celetista), malferindo a reserva legal exigida para fins de incremento remuneratório.
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
SÚMULA VINCULANTE Nº 37
Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar
vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.
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X, trata a questão com mais rigor, uma vez que exige lei específica para o
reajuste da remuneração de servidores públicos. A propósito, na Sessão Plenária
de 13.12.1963, foi aprovado o enunciado 339 da Súmula desta Corte, (...). Dos
precedentes que originaram essa orientação jurisprudencial sumulada, resta
claro que esta Corte, pacificou o entendimento no sentido de que aumento de
vencimentos de servidores depende de Lei e não pode ser efetuado apenas com
suporte no princípio da isonomia. (...) Registre-se que, em sucessivos julgados,
esta Corte tem reiteradamente aplicado o Enunciado 339 da Súmula do STF,
denotando que sua inteligência permanece atual para ordem constitucional
vigente." (RE 592317, Relator Ministro Gilmar Mendes, julgamento em
28.8.2014, DJe de 10.11.2014, com repercussão geral - tema 315)
Tenta a parte autora convencer este órgão judicante que os Engenheiros Celetistas
estariam, por força do acordo celebrado com a Administração nos autos da demanda trabalhista
(30/11/2010), automaticamente incursos no regime estatutário, o que levaria ao alegado tratamento não
isonômico.
Impossível!
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considere abarcados, em seu alcance, os empregos relativos a servidores
celetistas que não se submeteram a concurso, nos termos do artigo 37, II, da
parte permanente da Constituição ou do § 1º do artigo 19 do ADCT. Ação que se
julga procedente em parte, para declarar-se inconstitucional a expressão
"operando-se automaticamente a transposição de seus ocupantes" contida no
artigo 276, § 2º, da Lei 10.098, de 03.02.94, do Estado do Rio Grande do Sul, bem
como para declarar que os §§ 3º e 4º desse mesmo artigo 276 (sendo que o último
deles na redação que lhe foi dada pela Lei 10.248, de 30.08.94) só são
constitucionais com a interpretação que exclua da aplicação deles as funções ou
os empregos relativos a servidores celetistas que não se submeteram ao
concurso aludido no artigo 37, II, da parte permanente da Constituição, ou
referido no § 1º do artigo 19 do seu ADCT.” (ADI 1150, Relator(a): Min.
MOREIRA ALVES, Tribunal Pleno, julgado em 01/10/1997, DJ 17-04-1998
PP-00001 EMENT VOL-01906-01 PP-00016)
Deferir aos Promoventes os reajustes obtidos pelos Engenheiros Celetistas, no bojo da ação
trabalhista nº 00864.1985.002.13.001, seria o mesmo que ignorar a natureza de seus vínculos
(estatutários), a eficácia subjetiva da coisa julgada, o princípio da reserva legal (art. 37, X, da CF/88) e o
próprio princípio da isonomia em sua acepção formal, ou aristotélica, promovendo a vedada atividade
jurisdicional legiferante estampada na súmula vinculante nº 37 do STF.
Não fosse por isso, o pleito dos autores, ainda encontra outro óbice, qual seja, a não
recepção da norma invocada como fundamento da pretensão (remuneração atrelada a múltiplos de salário
mínimo pela Lei Federal nº 4.950-A/66) pela ordem constitucional vigente.
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Art . 2º O salário-mínimo fixado pela presente Lei é a remuneração mínima
obrigatória por serviços prestados pelos profissionais definidos no art. 1º, com
relação de emprêgo ou função, qualquer que seja a fonte pagadora.
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Art . 7º A remuneração do trabalho noturno será feita na base da remuneração do
trabalho diurno, acrescida de 25% (vinte e cinco por cento).
Emerge da dicção dos preceitos legais supra transcritos que a sistemática de reajuste
remuneratório por eles implementada, levada a efeito mediante a vinculação do piso salarial das
categorias profissionais por eles contempladas a múltiplos do salário mínimo, culmina por estabelecer
uma sistemática de aumento automático da remuneração em favor de tais servidores públicos,
consubstanciado no reajuste automático dos vencimentos da aludida categoria de servidores estaduais a
partir do seu atrelamento ao salário mínimo, em total contrariedade ao mandamento constitucional de
conteúdo proibitivo esculpido no inciso IV do art. 7º da Constituição da República, assim redigido:
“[...]
No ponto, sobreleva consignar que o Colendo Supremo Tribunal Federal pacificou a sua
jurisprudência no sentido da impossibilidade de vinculação de piso salarial a múltiplos do salário mínimo,
não admitindo a utilização do salário mínimo como fator de reajuste automático da remuneração de
servidores públicos, sob pena de transgressão ao que disposto no art. 7º, IV, da Constituição da República,
consoante evidenciam os arestos adiante transcritos:
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relevância do interesse público presente no caso. 8. Governador de Estado detém
aptidão processual plena para propor ação direta (ADIMC 127/AL, Rel. Min.
Celso de Mello, DJ 04.12.92), bem como argüição de descumprimento de preceito
fundamental, constituindo-se verdadeira hipótese excepcional de jus postulandi.
9. ADPF configura modalidade de integração entre os modelos de perfil difuso e
concentrado no Supremo Tribunal Federal. 10. Revogação da lei ou ato
normativo não impede o exame da matéria em sede de ADPF, porque o que se
postula nessa ação é a declaração de ilegitimidade ou de não-recepção da norma
pela ordem constitucional superveniente. 11. Eventual cogitação sobre a
inconstitucionalidade da norma impugnada em face da Constituição anterior, sob
cujo império ela foi editada, não constitui óbice ao conhecimento da argüição de
descumprimento de preceito fundamental, uma vez que nessa ação o que se
persegue é a verificação da compatibilidade, ou não, da norma pré-constitucional
com a ordem constitucional superveniente. 12. Caracterizada controvérsia
relevante sobre a legitimidade do Decreto Estadual nº 4.307/86, que aprovou o
Regulamento de Pessoal do IDESP (Resolução do Conselho Administrativo nº
8/86), ambos anteriores à Constituição, em face de preceitos fundamentais da
Constituição (art. 60, §4º, I, c/c art. 7º, inciso IV, in fine, da Constituição Federal)
revela-se cabível a ADPF. 13. Princípio da subsidiariedade (art. 4o ,§1o, da Lei
no 9.882/99): inexistência de outro meio eficaz de sanar a lesão, compreendido
no contexto da ordem constitucional global, como aquele apto a solver a
controvérsia constitucional relevante de forma ampla, geral e imediata. 14. A
existência de processos ordinários e recursos extraordinários não deve excluir, a
priori, a utilização da argüição de descumprimento de preceito fundamental, em
virtude da feição marcadamente objetiva dessa ação. 15. Argüição de
descumprimento de preceito fundamental julgada procedente para declarar a
ilegitimidade (não-recepção) do Regulamento de Pessoal do extinto IDESP em
face do princípio federativo e da proibição de vinculação de salários a múltiplos
do salário mínimo (art. 60, §4º, I, c/c art. 7º, inciso IV, in fine, da Constituição
Federal)” (STF – Tribunal Pleno – ADPF 33/PA – Rel. Min. Gilmar Mendes – DJ
27.10.2006) (grifo nosso).
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assentou sua jurisprudência no sentido da impossibilidade de vinculação de
salário profissional a múltiplos do salário mínimo. 2. RECURSO. Agravo de
instrumento. Ausência de cópias da petição inicial e da sentença de primeiro
grau. Art. 544, §3º, do CPC. Desnecessidade. Outras fontes de convencimento.
Não se exige, para fins de provimento do agravo, cópia da exordial e da sentença
de primeira instância, desde que, por outros documentos, seja possível aferir a
exata dimensão da quaestio iuris.” (STF – Segunda Turma – AI 277835 AgR/PR –
Rel. Min. Cezar Peluso – DJe 26.02.2010) (destaque nosso).
E, ressalte-se, sublinhando e não apenas de passagem, que esse entendimento já havia sido
firmado pelo Pretório Excelso sob a égide do ordenamento constitucional pretérito, inclusive com a
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declaração de inconstitucionalidade da Lei Federal nº 4.950-A/66, conforme se depreende da leitura dos
seguintes julgados, emblemáticos quanto à problemática em tela:
“Faço saber que o Senado Federal aprovou, nos termos do art. 42, inciso VII, da
Constituição, e eu, Petrônio Portella, Presidente, promulgo a seguinte
RESOLUÇÃO N. 12 – DE 1971
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Art. 2º – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Quadra assinalar que a questão assumiu tamanha relevância e repercussão, que na sessão
do dia 30 de abril de 2008, o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, com base no permissivo contido no
art. 103-A, da Constituição Federal, editou a SÚMULA VINCULANTE Nº 4, vedando a vinculação da
remuneração de servidores públicos – estatutários ou celetistas – a múltiplos de salários mínimos,
incidindo essa vedação quanto a diplomas normativos e decisões judiciais.
É o teor da Súmula:
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Ressoa evidente de tais considerações a improcedência da pretensão autoral de implantação
do piso salarial com base em múltiplos do salário mínimo em favor de um pequeno grupo de servidores
integrantes do Grupo Ocupacional a que pertencem os autores, com base em Lei Federal não
recepcionada pela Constituição Federal de 1988, devendo a ação ser julgada improcedente.
Ante todo o exposto, comprovado que inexiste qualquer fundamento fático e jurídico no pedido
formulado pela parte demandante, o Estado da Paraíba requer a Vossa Excelência que:
b) na hipótese de condenação, a plena observância dos índices do art. 1.º-F da Lei n.º
9.494/1997;
Protesta pela produção de todos os meios de prova em direito admitidos, notadamente juntada
de documentos.
Pede deferimento.
Procurador do Estado
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