Matematica e Suas Possibilidades v1
Matematica e Suas Possibilidades v1
Matematica e Suas Possibilidades v1
e suas
possibilidades
ENSINO, PESQUISA, FORMAÇÃO DOCENTE
E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
VOLUME 1
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Volume 1
Quipá Editora
2023
Copyright © 2023 dos autores e autoras.
Todos os direitos reservados.
ISBN 978-65-5376-188-9
DOI 10.36599/qped-978-65-5376-188-9
Quipá Editora
www.quipaeditora.com.br
@quipaeditora
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 06
CAPÍTULO 2 18
CAPÍTULO 3 35
CAPÍTULO 4 44
CAPÍTULO 5 58
CAPÍTULO 6 75
CAPÍTULO 8 104
CAPÍTULO 9 114
CAPÍTULO 10 126
CAPÍTULO 11 140
CAPITULO 1
RESUMO
A Teoria dos Números é um ramo da Matemática que estuda, dentre outras, as propriedades
dos números inteiros. Tradicionalmente, tem sido aplicada em áreas como Criptografia,
Teoria dos Jogos, Matemática Financeira e Física Teórica. No entanto, nos últimos anos,
houve um crescente interesse em explorar o potencial da teoria dos números em um contexto
educacional e computacional. Dessa forma, este artigo busca discutir as contribuições da
Teoria dos Números para a área computacional no contexto escolar, destacando como essa
abordagem pode enriquecer o ensino e a aprendizagem da Matemática nas escolas. Os
métodos utilizados foram de cunho quantitativo, com objetivo exploratório e descritivo
utilizando da estatística descritiva para a análise dos dados coletados. Os resultados
apontam que, o uso da Teoria dos Números no contexto educacional para o tratamento de
problemas computacionais pode ser uma estratégia eficaz para motivar os alunos a se
interessarem pela Matemática e Ciências da Computação. No entanto, é necessário ter
cuidado para adequar a abordagem pedagógica ao nível de conhecimento dos alunos e
garantir que o assunto seja abordado de forma adequada e aprofundada. Com isso, este
trabalho mostra como uma abordagem simples matemática através de uma concepção e
desenvolvimento matemático pode melhorar, desenvolver aptidões, gerar uma maior
criticidade, ensino diferenciado, interdisciplinaridade e demonstrações de um assunto da
escola em uma área em grande aumento de escala.
INTRODUÇÃO
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
REFERENCIAL TEÓRICO
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Dessa forma, o autor deixa claro os benefícios que essa utilização pode proporcionar
durante aquisição de novos saberes por parte dos discentes no decorrer do estudo deste
componente curricular, visto como tão importante, pois estar presente desde os anos iniciais
da educação básica e em boa parte dos cursos de graduações e pós-graduação, onde há
predominância nas áreas das ciências exatas.
Nessa perspectiva, torna-se cabível destacar que o uso destes aparatos em sala de
aula deve partir do professor, ou seja, ele que deverá deliberar qual software irá aplicá-lo
conforme a proposta pretendida e qual a forma que ela será desenvolvida com os estudantes
no ambiente de sala de aula. Então, Neto e Schuvartz (2002), apontam que eles têm a
atribuição de levar em consideração o contexto no qual se encontram os seus alunos em
relação a sua aprendizagem perante o conteúdo estudado, ou seja, no contexto no qual o
aluno se encontra.
Desse modo, deve-se fazer todo um planejamento antes, caso contrário essa
aplicação não será significativa para os estudantes, pois ao invés de colaborar poderá
atrapalhá-los. Deste modo, Mariani e Martim (2007, p. 20), destacam que: “O professor deve
sempre utilizar estratégias, por meio das quais o estudante pense e adquira novos
conhecimentos.” Essa fala, enfatiza sobre a necessidade no emprego das ferramentas
computacionais de uma forma que propícia ao contexto debatido.
Dado isso, é oportuno salientar o quanto a colocação apresentada pelo o autor
acima estar em concordância com a ideia de Neto e Schuvartz (2002) citadas
anteriormente nesse trabalho, onde os próprios frisam a importância da compreensão do
processo de aquisição de novos saberes dos alunos. Considerando que cada um aprende
de forma diferente, alguns denotam maior facilidade e outros não.
Tendo como finalidade de aprimorar essa discursão, é interessante acentuar que
Abar e Rodrigues (2020), mencionam que os os alunos de hoje apresentam uma certa
intimidade com as interfaces digitais. Desse forma, o uso de software/aplicativo é
imensamente vantajoso no contexto escolar. Nessa perspectiva, tratando-se da área da
matemática, os mesmos destacam sobre o emprego do Geogebra, um recurso benéfico,
no qual ajuda nas construções geométricas e aritméticas, por meio de um formato visual
e prático-cognitivo, proporcionado inúmeros benefícios, tais como:
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
almejados. Porém, caso a escola ou o aluno não dispõem de equipamentos que viabilize esse
uso, é possível que o professor busque uma estratégia diferente, sendo uma delas a
computação desprugada, pois segundo Nascimento et al,. (2017), consiste em usar recursos
computacionais sem o uso do computador ou outro aparelho eletrônico, ou seja, é um
estratégia complementar.
METODOLOGIA
Este trabalho trata de uma análise bibliográfica de cunho quantitativo com objetivos
exploratório e descritivo utilizando da estatística descritiva para a análise dos dados
coletados. Conforme Cellard (2008), a análise bibliográfica ajuda na observação do processo
de desenvolvimento de indivíduos, de grupos, de conceitos, de conhecimentos, entre outros.
De acordo com Gil (2002, p. 46), a pesquisa bibliográfica
Para Prodanov e Freitas (2013), uma pesquisa quantitativa leva em consideração tudo
o que se pode quantificar, ou seja, tudo o que é possível traduzir em números, informações,
dentre outros para caracterizá-las e analisá-las. Ainda segundo os autores, a pesquisa
quantitativa é
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Nessa perspectiva, os objetivos são exploratórios, têm por objetivo proporcionar uma
visão ampla, aproximativa, etc. Este tipo de pesquisa é realizada quando o tema escolhido é
pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis”
(GIL, 2008, p. 27).
Desse modo, ao se ter objetivo descritivo, se refere ao registro e descrição dos fatos
e dados observados sem a intervenção neles, ou seja, tem por objetivo a descrição das
características de uma determinada população/fenômeno que está sendo pesquisado ou
ainda o estabelecimento de relações entre variáveis em observação. Para Prodanov e Freitas
(2013, p. 52), o objetivo descritivo é o de "observar, registrar, analisar e ordenar dados, sem
manipulá-los, isto é, sem interferência do pesquisador". Procura descobrir a frequência com
que um fato ocorre, sua natureza, suas características, causas, relações com outros fatos”.
Ao utilizarmos a Estatística Descritiva para análise dos dados, temos por função
“organizar, resumir e descrever os aspectos importantes de um conjunto de características
observadas ou comparar tais características entre dois ou mais conjuntos” (REIS; REIS,
2002, p. 5). Para os dados coletados, pode se utilizar de ferramentas como gráficos e tabelas
para a sua visualização e como medidas de síntese podem utilizar de porcentagens, índices
e médias (REIS; REIS, 2002). Ainda para Ferreira (2005, p. 8), uma das ações da Estatística
Descritiva é poder, através da análise dos dados, “obter relações funcionais entre variáveis”.
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Para entendimento desse projeto, houve uma abordagem inicial bibliográfica, onde
buscou-se entender o melhor assunto que poderia ser trabalhado para abordar a matemática
de uma forma diferenciada, e, também, para incentivar e ampliar o processo formativo de
estudantes do 3° ano do ensino médio, por meio de um curso formativo de 30h, ou seja, a
relação, contribuição e interdisciplinaridade entre â teoria dos números e a área
computacional.
Dessa forma, após a escolha do público alvo, escolha de onde ocorreria esta etapa
formativa e planejamento da formação, pode-se abordar que foi apresentado o software
Geogebra, onde foi apresentado como um recurso tecnológico, software que utiliza da
linguagem C e JavaScript.
Nessa perspectiva, a imagem abaixo mostrará a interface apresentada em sala do
software Geogebra.
A partir da figura 01, é possível observar a interface inicial do software, onde pode-se
ressaltar que o software é muito amplo, então, o uso dele varia e vai de acordo com público
e necessidade, ou seja, da metodologia que será e aplicará o Geogebra. Desta maneira, para
se trabalhar o a compreensão de teoria dos números, que parte inicialmente da aritmética,
foi utilizado uma demonstração básica de um sólido geométrico, o cubo, e de uma expressão
simples relacionada a soma, como demonstrada na figura a seguir.
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Ao observarmos os dados detalhados no quadro 1, é possível identificar que, dos 105 estudantes
matriculados entre o período de 2020 e 2022, um percentual de 7%, que representam 8 estudantes,
evadiram do curso. Para termos uma visão ampliada da situação, apresentamos o gráfico 1, com os
estudantes matriculados e evadidos.
7%
93%
Matriculados Evadidos
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
12%
25%
63%
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
HELDER, R. R. Como fazer análise documental. Porto, Universidade de Algarve, 2006.
MARIANI, V. C.; MARTIM, E. Ferramentas computacionais na sala de aula: minimizando o
descompasso entre conhecimento acadêmico e realidade. Revista de Ensino de
Engenharia, v. 26, n. 1, 2008.
NASCIMENTO, A. W. P.; AGUIAR, G. M. C. ; AMORIM, N. T. L ; SOUSA, T. A. S. ; SOUZA,
Albano de Goes. Uso da Computação Desplugada para Ensino da Lógica Computacional nos
Anos Iniciais do Ensino Fundamental II do Município de Capitão Poço (Pará). 2017.
(Apresentação de Trabalho/Congresso).
NETO, W. C. B.; SCHUVARTZ, Aguinaldo. Ferramenta computacional de apoio ao processo
de ensino-aprendizagem dos fundamentos de programação de computadores. In: SBIE
2007, São Paulo. Anais.
PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. Metodologia do Trabalho Científico: métodos e
técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2 ed., Novo Hamburgo: Feevale, 2013.
REIS, E. A.; REIS, I. A. Análise Descritiva de Dados – Relatório Técnico do
Departamento de Estatística da UFMG. 1 ed., Minas Gerais: UFMG, 2002.
SOBRE OS AUTORES
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CAPÍTULO 2
RESUMO
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JUSTIFICATIVA E CONTEXTUALIZAÇÃO
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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Fonte: PORQUE fazer Modelagem Matemática? - CRIANDO COM A MODELAGEM. Disponível em:
https://sites.google.com/site/criandocomamodelagem/porque-fazer-modelagem-
matematica. Acesso em: 8 mar. 2023.
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
As cônicas são figuras geométricas que surgiram como um dos principais objetos de
estudo da geometria analítica, ramo da matemática que utiliza conceitos algébricos para
investigar propriedades geométricas. De acordo com (SALES & SILVA, 2022, p. 25) "Em
geometria, cônicas são as curvas geradas ou encontradas, na intersecção de um plano que
atravessa um cone".
Ainda conforme (SALES & SILVA, 2022, p. 26)
Segundo Smith (2015), "a elipse tem muitas aplicações no cotidiano, como na
construção de faróis e antenas parabólicas, além de ser utilizada na modelagem de órbitas
planetárias". De fato, a elipse é uma figura presente em muitas áreas da ciência, desde a
física até a engenharia.
(SALES & SILVA, 2022, 2022, p. 26) define parábola como sendo
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Dando continuidade aos estudos de cônicas (SALES & SILVA, 2022, p. 26) define que
Segundo Fonseca (2016), "a hipérbole tem aplicações importantes em áreas como a
física, sendo utilizada para modelar a trajetória de partículas subatômicas em aceleradores
de partículas". A hipérbole também é utilizada em outros campos, como na modelagem de
funções matemáticas e em gráficos estatísticos.
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
As cônicas têm uma relação importante com outras áreas da ciência, como a física e
a engenharia. Segundo Oliveira (2018), "a geometria analítica, que estuda as cônicas, é uma
ferramenta importante na física teórica, ajudando a descrever fenômenos complexos como
a relatividade geral de Einstein". As cônicas também são utilizadas em diversas áreas da
engenharia, como na construção de antenas parabólicas e espelhos para telescópios. Além
disso, a geometria analítica, que estuda as cônicas, possui uma relação estreita com outras
áreas da matemática, como a álgebra e a análise, o que mostra a importância dessas figuras
geométricas para o desenvolvimento da matemática como um todo.
Outra área em que as cônicas têm importância é na computação gráfica, que utiliza
conceitos da geometria analítica para criar imagens e animações em 2D e 3D. Segundo
Chen e Hsu (2015), "as cônicas são fundamentais para a criação de curvas e superfícies em
3D, sendo utilizadas em softwares de modelagem e animação". Isso mostra que as cônicas
têm aplicações importantes em áreas tecnológicas que influenciam diretamente o nosso
cotidiano.
Além disso, as cônicas também possuem uma relação com outras áreas da
matemática, como a geometria diferencial e a topologia. Segundo Hartshorne (2013), "as
cônicas são exemplos de variedades algébricas, objetos estudados pela geometria
algébrica, que possui conexões com a topologia e a teoria dos números". Isso demonstra a
importância das cônicas como objetos de estudo em diversas áreas da matemática e suas
interações com outras áreas do conhecimento.
Por fim, é importante ressaltar que as cônicas são apenas uma pequena parte da
geometria analítica, que possui uma variedade de outros objetos de estudo, como as curvas
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
METODOLOGIA
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O projeto foi realizado na Escola de Ensino Médio Maria Dolores Petrola, na cidade
de Arneiroz-CE e teve como público alvo as turmas de terceira série do ensino médio. O
plano de trabalho foi executado durante 3 meses, com frequência de 2 encontros semanais
e contou com o auxílio de alunos monitores, do professor orientador, da gestão da escola e
do professor coordenador da área de matemática e ciências da natureza da instituição.
Utilizou-se a metodologia de projetos para fazer a conexão entre os alunos e os estudos das
cônicas, objetivando fomentar o gosto pela ciência.
A etapa 1 representa a etapa de problematização do projeto. Nessa etapa, os alunos
de todas as turmas foram convidados a expressar suas ideias e conhecimentos sobre o
estudo das cônicas através de uma roda de conversa. O propósito foi detectar o que os
alunos já sabiam, o que precisavam saber e como poderiam saber a respeito desses
espaços geométricos.
A etapa 2 foi o momento em que, os alunos monitores com o professor orientador
criaram as estratégias para buscar respostas às questões e hipóteses levantadas durante a
fase anterior. Nesse momento foi sugerido a confecção de algumas aplicações de forma
caseira de baixo custo e concomitantemente um ciclo de oficinas abordando o tema em
estudo. Ficou decidido, também, que os alunos monitores do projeto seriam também
participantes dessas ações.
A etapa 3 foi o momento de colocar em prática tudo o que vinha sendo debatido e
concebido desde o princípio do projeto. Os alunos das terceiras séries foram divididos em 4
grandes grupos, de tal forma, que os alunos das turmas se misturassem entre si. Cada um
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
desses grupos ficou responsável por uma das cônicas (elipse, hipérbole, circunferência e
parábola). A ideia foi criar polos de pesquisa no interior da escola, onde o aluno, ativamente,
pudesse compartilhar informações entre os colegas de sua classe e também de classes
diferentes da sua e dessa forma construir seu próprio conhecimento acerca do tema. Durante
1 mês, em 2 aulas semanais, cada um dos grupos elaborou e apresentou oficina sobre seu
respectivo tema para os demais colegas ali presentes. As oficinas eram compostas por
apresentação de slides, videoaulas, experiências, etc. Cada grupo, também, tinha a
responsabilidade de trazer para a sala de aula durante sua oficina uma aplicação prática
daquele tema.
Na etapa 4 os alunos monitores, tiveram a missão de pesquisar e confeccionar
aplicações caseiras de baixo custo que remetessem a ideia de cônicas. Eles poderiam
elaborar aplicações que retratassem uma ou mais cônicas. Após alguns dias de pesquisa e
orientações foi decidido que seria criado um fogão solar (representando a parábola), um
telescópio refrator (representando a hipérbole) e uma maquete representativa do sistema
solar (representando a elipse). Na etapa 5 houve um momento de socialização e exposição
das criações para os demais alunos da escola.
Na etapa 6 houve uma avaliação diagnóstica para avaliar o desenvolvimento dos
alunos e verificar em que medida as ações do projeto estavam coerente com as finalidades
desejadas.
Na etapa 7 resultados esperados foram confrontados com resultados alcançados,
identificando as dificuldades específicas de cada aluno na assimilação do conteúdo através
de avaliação diagnóstica e analisando o domínio de competências e habilidades dos alunos
relacionados ao tema cônicas.
Na etapa 8 os alunos monitores fizeram uma reflexão sobre todo o processo do
projeto e se aspectos relacionados ao comportamento, atitudes, capacidade de trabalhar em
grupo e iniciativa foram alcançados e em caso negativo, de que forma, em projetos
posteriores, isso poderia ser almejado.
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
O fogão solar surgiu a partir da ideia de se utilizar um recurso natural ilimitado para
produzir calor de forma gratuita e abundante, além de outros benefícios como a redução na
emissão de gases de efeito estufa, economia de lenha, baixo custo e alta durabilidade. Os
principais materiais recicláveis utilizado foram uma antena parabólica usada, uma cadeira
de ferro antiga, papel laminado espelhado e arame. O fogão solar também se apresentou
como uma solução viável para os alunos carentes que não dispõe de recursos financeiros
para utilizar meios mais caros de cozinhar. O conhecimento matemática ultrapassou, dessa
forma, os muros da escola e chegou no meio onde os discentes vivem.
A maquete representativa do sistema solar permitiu aos alunos visualizar, analisar e
compreender como movimentos complexos planetários (as órbitas) podem ser explicado
usando a teoria das cônicas. No uso da maquete, os alunos puderam perceber como as leis
de Kepler sobre os movimentos planetários se associam facilmente ao estudo da elipse.
Na confecção da maquete foram utilizados materiais baratos, de fácil acesso aos alunos,
como bolas de isopor e massinha de modelar.
A avaliação diagnóstica foi uma ferramenta que trouxe informações sobre o quanto
os alunos estavam dominando sobre determinados conhecimentos e habilidades acerca das
cônicas, possibilitando que houvesse um confronto entre os dados observados e os dados
quantitativos coletados. Ela foi feita considerando uma amostra de 53 estudantes das
terceiras séries do ensino médio da escola. A avaliação consistia em 20 perguntas de
múltipla escolha, com 4 alternativas cada. Cada alternativa correta equivalia a 1 ponto e a
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
questão incorreta não somava nada a pontuação final do aluno. As questões versavam sobre
cada uma das quatro cônicas (elipse, circunferência, hipérbole e parábola). A maioria dos
alunos da amostra ficaram com pontuação entre 10 a 15 pontos. Analisando mais
especificamente as questões de forma individual, pode-se notar que as que incorreram em
menor acerto foram aquelas relacionadas ao comprimento da circunferência (33,34%),
relação entre função quadrática e parábola (48,07%), aplicações das parábolas (42,3%),
aplicações da elipse (46,15%) e conceito de hipérbole (40,3%). Dentre as questões de maior
acerto podemos citar aquelas relacionadas ao conceito de circunferência (58,8%), as partes
que compõe uma circunferência (82,7%), a definição de elipse (62,7%) e as aplicações da
elipse (59,6%).
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
ferramentas usadas para desenhar cônicas e as aplicações científicas que utilizam em sua
base o saber sobre os espaços geométricos cônicos foram bem assimilados pelos alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
c) A trajetória das cônicas: Neste projeto, os alunos podem aprender sobre a trajetória
das cônicas, que podem ser elipses, hipérboles ou parábolas. Os alunos podem explorar
como essas trajetórias são utilizadas em áreas como navegação, física e engenharia.
Os alunos podem desenvolver modelos matemáticos que demonstrem como as cônicas
são usadas em diferentes contextos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
CAPÍTULO 3
RESUMO
Este trabalho visa apresentar uma visão geral sobre os resultados apresentados pelo
SPAECE 2022 pelo estado do Ceará na área de matemática nas turmas especificamente de
nono ano. Apresentando reflexões acerca do resultado e os problemas que ainda se
encontra para alavancar o ensino de matemática nessa etapa em especifico, para tanto são
apresentados alguns autores e comentários. O trabalho tem enfoque no quantitativo e sem
esquecer da análise qualitativa em busca de entender os problemas apresentados.
INTRODUÇÃO
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
REFERENCIAL TEÓRICO
O ensino de matemática nos anos finais da educação básica no Brasil tem sido objeto
de preocupação e debate entre pesquisadores, no Ceará não é diferente, professores e
gestores educacionais. Isso se deve, em grande parte, às dificuldades enfrentadas pelos
estudantes e professores nessa etapa da escolaridade.
Uma das principais dificuldades do ensino de matemática nos anos finais é a falta de
motivação dos estudantes. Muitos alunos encaram a disciplina como algo abstrato e sem
conexão com a realidade, o que acaba afetando sua disposição em aprender. Além disso, a
matemática é uma disciplina que exige um grande esforço de abstração e raciocínio lógico,
o que pode ser desafiador para muitos estudantes.
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Outro fator que contribui para a dificuldade do ensino de matemática nos anos finais
é a formação dos professores. Muitos docentes não se sentem preparados para ensinar a
disciplina de forma atraente e significativa, e acabam recorrendo a metodologias tradicionais
e pouco interativas. Além disso, há uma escassez de profissionais com formação específica
em matemática, o que afeta diretamente a qualidade do ensino.
Além disso, a falta de recursos materiais e tecnológicos também é um entrave para o
ensino de matemática nos anos finais. Muitas escolas públicas enfrentam problemas de
infraestrutura e falta de equipamentos adequados para o ensino da disciplina, o que dificulta
a aplicação de metodologias mais dinâmicas e inovadoras.
Diante desses desafios, é preciso que sejam adotadas medidas para melhorar o
ensino de matemática nos anos finais da educação básica no Brasil. Isso inclui ações como
a valorização dos professores da disciplina, a ampliação do acesso a recursos tecnológicos
e materiais didáticos adequados, a reformulação da estrutura curricular e a promoção de
uma abordagem mais contextualizada e significativa para a disciplina. Somente assim será
possível superar as dificuldades e garantir uma educação matemática de qualidade para os
estudantes brasileiros.
Os problemas enfrentados no ensino de matemática nos anos finais da educação
básica no Brasil acabam se refletindo nos resultados obtidos pelos alunos em avaliações
externas, como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e o Exame Nacional
do Ensino Médio (ENEM).
Essas avaliações são utilizadas como indicadores de qualidade do ensino e têm
impacto direto na vida dos estudantes, uma vez que o desempenho nessas avaliações é
considerado critério de seleção para ingresso em instituições de ensino superior e para
obtenção de bolsas de estudo.
(FERNANDES, 2018) vai dizer "Os resultados das avaliações externas de matemática
mostram que o ensino dessa disciplina ainda é um grande desafio para o sistema
educacional brasileiro." Evidenciando que os estados e municípios precisam de uma política
forte de incentivo para a disciplina.
(COSTA, 2020) "Os baixos resultados em matemática nas avaliações externas
evidenciam a necessidade de repensar a forma como essa disciplina é ensinada nas escolas
brasileiras." De fato, é um gargalo nos resultados educacionais de larga escala, os
resultados são preocupantes não só no SPAECE, mas também em avaliações nacionais.
É necessário mencionar uma ação importante que o Estado do Ceará está realizando
com os municípios para melhorar a aprendizagem integral dos alunos.
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de recomposição de aprendizagem o mais breve possível para que o aluno possa avançar
para o intermediário.
Os estudantes que estão nesse nível estão acima do esperado para a série avaliada,
é necessário que sejam estimulados e desafiados. A escola em acordo com esses
estudantes poderá ajudar os estudantes com níveis mais basilares a subirem de nível.
Na tabela apresentada observa-se que o ano de 2022 ainda não foi divulgado os
dados dos intervalos, porém temos o dado que a proficiência sim e que por sinal ela diminuiu
em relação ao ano de 2019, a última edição, não causa surpresa em vista que esses alunos
não tiveram praticamente no presencial em 2 anos anteriores a prova.
Ainda é muito preocupante os índices nessa etapa avaliada e, portanto, faz-se
necessário repensar a disciplina no contexto da avaliação e buscar mecanismos, como
apresentado pelo Ceará junto ao tempo integral.
Vale mencionar que a matriz cobrada é apenas um recorte do currículo e que aquele
aluno que não está no nível adequado, ele não se encontra no adequado no que é
considerado básico, um outro aspecto é que os alunos no nível muito crítico e crítico
possivelmente não sabem as 4 operações basilares e que possivelmente estão estudando
no 1º ano do ensino médio com várias dificuldades que precisam ser corrigidas o mais breve.
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MATERIAIS E MÉTODOS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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SOBRE O AUTOR
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CAPITULO 4
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo avaliar a disciplina matemática e a educação nos dias
atuais. Destacando a história da matemática, que nos servirá de referência para avanços
futuros. Bem como apresentando como se dá o ensino matemático e a conduta dos
professores licenciados para ensinar a disciplina. A discussão será apoiada por pesquisas
bibliográficas, em materiais já publicados (artigos, sites e teses). Através do estudo
realizado, visa-se apontar as melhorias alcançadas com o passar do tempo, a situação na
qual nos encontramos hoje e os possíveis pontos de aprimoramento.
INTRODUÇÃO
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
PROBLEMA
JUSTIFICATIVA
Diante das diversas mudanças sociais que tem acontecido recentemente. Torna-se
cada vez mais importante que os indivíduos tenham uma visão consciente, critica e criativa,
de forma que consigam acompanhar esse processo independente de sua qualificação. Em
virtude disso, o papel do professor deixa de ser apenas ensinar aos alunos e passa a ser
prepara-los para essa transformação (MÜLLER, 2000).
OBJETIVOS
REFERENCIAL TEÓRICO
Até 1950, o ensino matemático no Brasil era voltado ao sistema clássico matemático.
Modelos que consideravam o conhecimento a partir de definições que estruturavam
teoremas, com uma percepção inerte e autoritária. Acreditava-se na pré-existência da
matemática, no qual os homens apenas a utilizavam, mas sem nenhuma interferência em
sua criação (FIORENTINI, 2005).
No final da década de 50, os primeiros congressos que tinham como tema a disciplina
foram realizados no país. Posteriormente, e não como consequência desses eventos, surge
a proposta definida como “matemática moderna”. Esse movimento que tinha como objetivo
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
O ENSINO MATEMÁTICO
A matemática é vista como um manual, que você deve seguir e aplicá-lo quando
necessário, como uma matéria com resultados exatos que não podem ser questionados,
pois tudo foi instituído por pessoas com inteligência acima do normal. A disciplina é
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
sobrestimada, isso faz com que os alunos duvidem de seu potencial em usá-la
(D’AMBROSIO, 1989).
Sua aplicação está invertida. Ao invés de serem passados os teoremas e feito
demonstrações para depois aplicá-los, inicia-se passando os problemas que serão
resolvidos. Isso dificulta todo o processo de aprendizagem (MÜLLER, 2000).
Em suma, a matemática é vista como uma solucionadora de problemas. Esse uso
juntamente com a estruturação do conhecimento baseada em definições e técnicas de
resolução, torna, para muitas pessoas, o conteúdo da disciplina desinteressante. No Quadro
II, apresentado a seguir, o autor mostra um sistema que poderá ajudar na organização dos
pensamentos dos alunos, o que facilitará o aprendizado (MÜLLER, 2000).
Ademais, os docentes ensinam a matéria acreditando apenas que ela terá utilidade
futura na vida dos alunos, o que é pouco convincente. É uma monotonia, o processo se
resume apenas em passar atividades e encontrar soluções, sem despertar a criatividade dos
estudantes em buscar outras opções de resultados (D’AMBROSIO, 1989).
48
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
49
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
50
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
momentos de criação livre dos alunos como ferramenta de pesquisa e de busca por
estratégias que permitam que este mesmo lúdico seja utilizado como ferramenta de
aprendizado.
A MATEMÁTICA LÚDICA
51
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
52
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
[...] delimitaremos a Educação Matemática como área de saber que procura de modo
sistemático e consistente investigar problemas ou responder indagações relativas ao
ensino e à aprendizagem da matemática, bem como, à formação de professores, ao
contexto escolar, cultural e sociopolítico em que ocorre a prática pedagógica
(FIORENTINI, 1994, p. 7).
Conforme analisa Granado (2000), a maneira que a matemática tem sido utilizada,
favorece grandes quantidades de conteúdo ao invés da qualidade do trabalho dos alunos e
os conteúdos utilizados são obsoletos. Novos conteúdos podem ser desenvolvidos conforme
a necessidade da sociedade, a escola não pode se isolar, precisa atender as necessidades
atuais dos alunos, sendo assim, os professores precisam aprimorar sua forma pedagógica
atual para atender o desafio de ensinar hoje o que será útil amanhã.
Todo aluno tem capacidade de ter um bom raciocínio matemático, mas isso depende
do método de ensino usado na sala de aula:
[...] todo aluno normal é capaz de um bom raciocínio matemático desde que se apele
para a sua atividade e se consiga assim remover as inibições afetivas que lhe
conferem com bastante frequência um sentimento de inferioridade nas aulas que
versam sobre essa matéria (PIAGET, 1975, p. 65).
53
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Com o PCN cada escola pode desenvolver seu próprio currículo. Esse documento é
um auxílio para o professor revisar suas práticas diárias. No documento estão orientações
para todos os segmentos da educação, e mais especificamente para a Matemática,
recomendando o uso da tecnologia e jogos.
Além de determinar os benefícios do uso de jogos para aprender matemática nas
salas de aula, McFeetors e Palfy (2018) investigaram contextos específicos em que os jogos
podem ser utilizados:
- Jogos educativos criados com a intenção explícita de ensinar ideias matemáticas
específicas.
- Jogos de cartas como “Close to 20” (OLSON, 2007) e jogos de tabuleiro com placas
numéricas lineares (ELOFSSON et al., 2016) que dão suporte a fluência computacional.
- Jogos antigos, como o NIM (REEVES; GLEICHOWSKI, 2006) e o mancala (MCCOY;
BUCKNER; MUNLEY, 2007), proporcionam localizações cultural e historicamente ricas para
o raciocínio.
- Jogos de computador, como Lines e Minecraft Education, promovem o raciocínio
lógico e espacial, respectivamente.
54
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
METODOLOGIA
A pesquisa bibliográfica serve como base para diversos outros tipos de pesquisa,
pois, toda pesquisa precisa partir de uma construção teórica. Sendo assim, para a realização
deste trabalho, foram selecionados artigos pertinentes ao tema escolhido, procurados
através das palavras chaves e analisados a fim de identificar quais eram mais adequados.
Aqueles artigos identificados como fora do tema foram descartados; é importante que os
artigos sirvam como base de sustentação as ideias apresentadas. Após a seleção dos
artigos, foi elaborada a base teórica e discussão a partir das informações apresentadas pelos
autores citados. A pesquisa bibliográfica precisa ser realizada em uma linguagem que
permita que o trabalho seja acessível tanto para a comunidade científica quanto para o
público em geral, de forma a auxiliar na disseminação de importantes informações que
contribuam para a sociedade (PRODANOV; FREITAS, 2013).
55
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Contudo, esse cenário tradicional tem se transformado em todo o mundo. Com isso,
tem-se a revolução tecnológica que vem ocorrendo principalmente nos últimos 10 anos, junto
aos aprimoramentos de pedagogias e metodologias ativas, como a educação personalizada.
O aluno torna sua aprendizagem organizada de forma considerada pessoal e de seu
interesse. Assim, ele percebe que sua aprendizagem, pode ocorrer em diversos espaços
com contextos reais, sejam eles formais e/ou informais (BONACINA; BARVINSKI;
ODAKURA, 2014).
56
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
REFERÊNCIAS
SOBRE O AUTOR
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
CAPITULO 5
RESUMO
INTRODUÇÃO
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
REFERENCIAL TEÓRICO
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
60
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
disciplina de CDI enfrenta dificuldades com o nível de rigor simbólico-formal a ser adotado
com os estudantes iniciantes, sendo ora maximizado, ora minimizado.
Aos aspectos já mencionados, soma-se o fato de que os estudantes não são
preparados para o ingresso no ensino superior e, por isso, apresentam pensamento
matemático não compatível com a nova fase acadêmica, tendo dificuldades de abstração,
de compreensão e de interpretação dos conceitos aplicados, como bem mostram os estudos
de Nasser (2012).
Observa-se que a maioria dos problemas do Cálculo depende de uma representação
visual adequada, como os problemas típicos de “máximos e mínimos”, de “taxas
relacionadas” e de “área entre curvas”. Em geral, a dificuldade dos alunos nesses
problemas não é na aplicação do conceito de derivada ou de integral, mas na sua
representação geométrica e na identificação de relações entre os elementos da
figura. (NASSER, 2012, p.6).
61
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
a Sala de Aula Invertida vem sendo adotada em várias instituições internacionais, como
Massachusetts Institute of Technology (MIT), Harvard University, Stanford University, entre
outras, em resposta ao processo de ensino comumente baseado na reprodução de
procedimentos e no acúmulo de informações. De modo geral, nessa proposta, o estudante
estuda os conteúdos básicos antes da aula, a partir de vídeos de curta duração, textos,
simulações, dentre outros recursos. Em sala de aula, o(a) professor(a) aprofunda o
aprendizado a partir de problemas e situações-problema, estudos de caso ou atividades
diversas e esclarece dúvidas e estimula o trabalho em grupo (colaboração entre os colegas).
Dörr (2017) analisou as produções escritas de estudantes em atividades de CDI e
identificou relações entre dificuldades de ordem conceitual ou nos procedimentos algébricos
com o processo de aprendizagem dessa disciplina. Em resposta, construiu Grupos de
Estudos de Cálculo (GEC) tendo a participação de estudantes, docentes e tutores
voluntários da graduação em matemática. Nos encontros, o GEC assumiu como parâmetros
para as ações:
1) A resolução de problemas e a análise das produções escritas;
2) O erro como estratégia didática e de ação;
3) O diálogo como espaço para a construção de conceitos;
4) Aspectos da sala de aula invertida, incentivando o estudo individual e em grupo, além do
GEC por meio do acesso a materiais como vídeos, textos complementares, listas de
problemas, lista de problemas resolvidos com comentários, entre outros materiais.
Nesse cenário de inquietude e construção de metodologias para o ensino e
aprendizagem de CDI, temos ampliado o diálogo entre os formadores de professores do
Departamento de Matemática da UnB, de modo a aproximar docentes que atuam em
disciplinas, como: CDI, Álgebra, Geometria com aqueles que atuam em disciplinas como:
Álgebra para o ensino, Geometria para o ensino ou Estágio Supervisionado. De modo
especial, temos construído tais possibilidades por meio da Extensão Universitária, criando
elos com o ensino e a pesquisa. Tais aproximações aconteceram, inicialmente, por meio da
participação conjunta nos Circuitos de Vivências 1 em Educação Matemática, promovidos
pela Sociedade Brasileira de Educação Matemática, regional DF desde 2004.
Tudo isso tem ampliado o entendimento sobre a identidade e o fazer docente e
encorajado novas inserções e estudos, mostrando, assim como defendem Garcia, Bohne,
Araújo (2013), a extensão como espaço privilegiado para tais ações. Dessa forma, temos
desenvolvido estudos em várias frentes relacionadas à conceituação matemática em CDI,
como, por exemplo, as que buscam a compreensão de como os estudantes têm feito uso de
62
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
63
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
64
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
“As progressões devem ser tratadas como funções, cujo domínio é o conjunto dos números
naturais.” (NASSER, SOUSA, TORRACA, 2015, p. 9);
“A tecnologia pode ser utilizada para a observação de modificações no traçado de gráficos.”
(NASSER; SOUSA; TORRACA, 2015, p. 10).
Um dos pioneiros no estudo de Resolução de Problemas como estratégia de ensino
e aprendizagem foi George Pólya, ele destacava a importância de fazer o aluno pensar por
meio da Resolução de Problemas. Pólya (2006) preocupou-se em como ensinar estratégias
para resolver problemas. De acordo com ele, todo “bom resolvedor” de problemas no
percurso de resolução de um problema passa por quatro fases: compreensão do problema,
estabelecimento de um plano, execução do plano e retrospecto.
MATERIAIS E MÉTODOS
65
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Problema:
Encontre uma equação da reta tangente à parábola y = x², no ponto P(1,1).
Compreensão:
Encontrando a inclinação m pode-se achar uma equação da reta tangente t. Contudo, há
somente um ponto P, sobre t, e isto é uma dificuldade, pois para calcular a inclinação são
necessários dois pontos. Então, pode-se calcular uma aproximação de m escolhendo um
ponto próximo 𝑄(𝑥, 𝑥 2 ) sobre a parábola e computando a inclinação 𝑀𝑃𝑄 , da reta secante
𝑃𝑄. Vamos escolher 𝑥 ≠ 1 de forma que P ≠ Q. então:
𝑥2 − 1
𝑀𝑃𝑄 =
𝑥−1
Estabelecimento de um Plano:
Para o ponto Q (1,5; 2,25) temos:
2,25 − 1 1,25
𝑀𝑃𝑄 = = = 2,5
1,5 − 1 0,5
Dizemos que a inclinação da reta tangente é o limite das inclinações das retas
secantes e expressamos isso simbolicamente escrevendo que:
66
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
𝐿𝑖𝑚𝑀𝑃𝑄 = 𝑚
𝑄→𝑃
𝑥2 − 1
𝐿𝑖𝑚 =1
𝑥−1
𝑥→1
Execução do Plano:
Supondo que a inclinação da reta tangente seja realmente 2, podemos usar a forma
ponto-inclinação da equação de uma reta para escrever a equação da tangente no ponto
(1,1) como y – 1 = 2(x – 1) ou y = 2x – 1.
Retrospecto:
A figura ilustra o processo de limite que ocorre neste exemplo. À medida que Q tende
a P ao longo da parábola as retas secantes correspondentes giram em torno de P e tendem
à reta tangente t.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
67
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
fazer” em detrimento do raciocínio sobre “o quê” e “por quê. Segundo Andrade (2020, p. 51),
“como consequência, ocorre o fracasso no ensino de Cálculo devido, principalmente, às
dificuldades de natureza epistemológica, especificamente, pelas ideias exploradas no
processo ensino-aprendizagem de CDI não serem, em geral, trabalhadas na Educação
Básica”.
Em relação às contribuições encontradas na literatura para minimizar esse problema,
destacam-se: a utilização de novas abordagens metodológicas; melhor preparação do
professor quanto ao conteúdo ensinado e suas práticas pedagógicas; o uso intensivo de
TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) e do GeoGebra; introdução do ensino de
CDI no Ensino Médio (OLIVEIRA; GONÇALVES; PIASSON, 2018). Estas tendências se
articulam com as identificadas por Andrade (2020): a inserção de noções de CDI no Ensino
Médio; métodos diferenciados para o ensino de CDI; reforço, tutoria ou monitoria e a
inserção do Pré-Cálculo na graduação.
Várias pesquisas do grupo Transição do Projeto Fundão-UFRJ também foram
realizadas, a partir de 2012, para compreender as dificuldades na aprendizagem de CDI e
apontar caminhos que possam minimizar as dificuldades encontradas por docentes e
discentes nas disciplinas de CDI (sobretudo na inicial). Um dos trabalhos do grupo Transição
é o de Sousa e Andrade (2016), que sugere, para minimizar as dificuldades dos alunos com
o traçado de gráficos de funções, realizar atividades de construção de gráficos a partir de
transformações no plano, utilizando softwares.
Outros trabalhos do grupo são os de Biazutti, Nasser, Torraca, Barros e Oliveira
(2018), Nasser, Biazutti, Torraca e Barros (2019) e Nasser, Biazutti, Barros e Vaz (2019),
que apontam para as dificuldades dos alunos com a compreensão do conceito de função, a
leitura e interpretação de enunciados de problemas, a conversão entre os registros de
representação verbal e analítico, analítico e gráfico e o trato algébrico. Estes trabalhos
recomendam como possível solução para estas dificuldades, a exploração de resolução de
problemas envolvendo conversão de registros de representação de funções, de preferência
com auxílio de softwares.
O tópico de otimização de funções permite explorar problemas muito interessantes e
ricos, de modo a abordar estas dificuldades dos alunos de forma bastante dinâmica,
utilizando o software GeoGebra, conforme exposto em outro trabalho do grupo, de autoria
de Biazutti, Vaz e Ferreira (2018).
O trabalho de Biazutti, Andrade e Vaz (2020) expõe um levantamento mais detalhado
das diferentes pesquisas do grupo Transição e apresenta sugestões de atividades
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
REFERÊNCIAS
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
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SOBRE O AUTOR
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
CAPITULO 6
RESUMO
Este trabalho é um recorte de uma dissertação de mestrado, cujo objetivo foi desenvolver a
sequência de Oresme em práticas de ensino, com aporte do software GeoGebra, para uma
visualização geométrica. Tendo como metodologia de pesquisa a Engenharia Didática, que
nos dá subsidio para uma revisão bibliográfica nas pesquisas de Horadam (1974), Stillwell
(1989), Nicodemi (2010). Sendo a amparada pela Teoria de Situações Didáticas como teoria
de ensino, para analisar os comportamentos dos estudantes ao longo do processo de
ensino, aplicada em um curso de Licenciatura em Matemática no Instituto Federal de
Educação, Ciências e Tecnologia do Ceará, com quatro estudantes matriculados. Para
finalizar, houve a apresentação do material produzido pelos estudantes, durante os
encontros, através da coleta de dados, que validam as definições exploradas no processo
matemático da sequência de Oresme.
INTRODUÇÃO
75
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Engenharia Didática, pois essa tem uma proposta de experimentação. Para a execução
usamos as fases da Teoria das Situações Didáticas, afim de observar o comportamento dos
estudantes durante o processo de ensino sobre a sequência de Oresme.
A situação didática foi desenvolvida com quatro alunos do 6º semestre de um curso
de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Ceará (IFCE), na disciplina de História da Matemática. Logo, para um suporte dessa situação
didática por meio visualização da sequência de Oresme utiliza-se o software GeoGebra,
explorando definições matemáticas e particularidades dessa sequência de forma
geométrica. Sousa et al. (2021) afirmam, que GeoGebra enquanto recurso associa à prática
do professor, contribuindo na exibição de conteúdos de compreensão complexa de maneira
mais dinâmica.
Assim, nas seções seguintes apresenta-se a experiência de visualização geométrica
para a sequência de Oresme, a partir da Engenharia Didática com amparo das dialéticas da
Teoria das Situações Didáticas, utilizando o software GeoGebra.
76
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
codificada, trocas dos argumentos”, essas são criadas a partir das situações que estuda o
comportamento pelo qual se associa ao saber em jogo com o milieu.
Com efeito, a TSD é composta por quatro fases com o objetivo de investigar o
processo de ensino e de aprendizagem. Diante disso, em cada etapa o saber possui uma
função pedagógica distinta, levando o estudante a interagir diferentemente com o saber.
“Nessas fases interligadas, podem se observar tempos dominantes de ação, de formulação,
de validação e de institucionalização” (ALMOULOUD, 2007, p. 36). Por conseguinte, foram
estudadas as características de cada etapa.
A fase da ação é a primeira, que tem como objetivo envolver o estudante no processo
de aprendizagem. Nessa perspectiva, o aluno tem o livre arbítrio para interagir sem a
necessidade de seguir regras, ou seja, o estudante pode pensar sobre a ação e fazer as
modificações. Nessa etapa, o professor não faz intervenções. No caso do milieu, reverte a
ação do sujeito. “Assim, o aluno pode melhorar ou abandonar seu modelo para criar um
outro: a situação provoca assim uma aprendizagem por adaptação” (ALMOULOUD, 2007,
p. 37).
Dessa forma, a fase da ação admite que o estudante possa realizar procedimentos
sem interrupções, de acordo com seus conhecimentos prévios com o propósito de solucionar
a situação problema proposta (PAIS,2015). Portanto, o estudante nesse momento faz uso
dos conhecimentos intuitivo e experimental, mesmo que esses conhecimentos estejam
interligados à alguma teoria.
Nesse prisma, continuando com a exploração das fases, teve-se a formulação. Na
fase da formulação também ocorre a apresentação de um raciocínio teórico realizado pelo
estudante, formulando argumentos para as soluções, que, porventura, mais tarde foram
validados ou contestados. Assim, esse raciocínio aparece como “um procedimento
experimental e, para isso, torna-se necessário aplicar informações anteriores” (PAIS, 2015,
p. 72).
Nesse momento os estudantes apresentaram explicações de suas soluções formais
orais ou escritas, a partir do ponto de vista conhecido ou trazendo novas abordagens. Nessa
etapa, também ocorreu uma linguagem usual para a transmissão na troca de informações.
Nessa ocasião, o professor apareceu para participar do diálogo.
Diante disso, na terceira fase, a validação, o que se espera que os estudantes saibam
argumentar e justificar suas soluções numa linguagem mais formal, e que dependendo do
contexto, faça uso de provas e demonstrações. Desse modo, Almouloud (2007, p.39)
destaca que “[...]a teoria funciona, nos debates científicos e nas discussões entre alunos,
77
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
como milieu de estabelecer provas ou refutá-las”. Por essa razão, a linguagem torna-se mais
formal, ou seja, teórica (científica).
A validação da TSD, segundo Almouloud (2007), tem a finalidade de validar as
asserções que foram formuladas no momento das etapas da ação e formulação. Por fim,
analisa-se a fase da institucionalização, o professor participa ativamente com o propósito de
identificar, sistematizar e reconhecer o saber construído a partir da situação- problema por
meio da formalização e a generalização. Dessa maneira, Pais (2015) explica que nesse
momento ocorre a passagem do conhecimento individual para uma visão histórica e cultural
do saber.
Concluiu-se que a TSD tem um papel fundamental para concepção e proposição de
uma situação-problema, que faz parte da realização de uma sequência didática. Para tanto,
necessitou-se de uma abordagem matemática, que estabeleceu seu início na conjectura da
Engenharia Didática, conhecendo suas origens e continuando até a perspectiva da situação
de ensino. Depois utilizou-se a teoria de ensino (TSD) para a coleta de dados adquirida na
fase da experimentação, e, por fim, validados de acordo a ED. No tópico a seguir, apresenta
a metodologia de ensino utilizada para a execução da situação didática.
ENGENHARIA DIDÁTICA
78
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
ANÁLISES PRELIMINARES
desses resultados.
Já Stillwell (1989, p.119), relata que a descoberta do comportamento de convergência
1 2 3 4 5 6 𝑛
da série indicada pela soma infinita ∑∞
𝑖=0 𝑂𝑖 = 2 + 4 + + 16 + + + … + 2𝑛 + ⋯ = 2 , foi
8 32 64
devido a Oresme. Hoje conhecemos essa soma como integral imprópria (Nicodemi,2010).
Vejamos agora a definição para sequência de Oresme.
Definição 1. Os números de Oresme podem ser descritos por
1
𝑂𝑛+2 = 𝑂𝑛+1 − 𝑂𝑛 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑛 ∈ ℕ
4
1
Sabendo que 𝑂0 = 0, 𝑂1 = 2 , 𝑛 ≥ 0.
79
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
ANÁLISE A PRIORI
Como fase de ação, deve ser solicitado aos estudantes que determine os dez
primeiros termos dessa sequência para n>0, para que os mesmos observem a continuidade
da sequência de Oresme. Neste momento, os alunos também devem observar as
características particulares dessa sequência.
Após a construção dos termos que correspondem a sequência de Oresme, como
intuito de estimular os alunos a criarem suas hipóteses na fase da formulação, deve ser
necessário que os estudantes considerassem a soma dos termos da sequência de Oresme
1+ 1 +1 1
como uma série geométrica G= 1+ 2 + ⋯ + 2𝑛−1 ⋯. Tentando provar que essa identidade
4 8
80
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
EXPERIMENTAÇÃO
81
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
82
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Para a coleta de dados durante essa fase, foram utilizados pelo professor gravador e
celular, com o intuito de capturar as imagens, áudios e vídeos dos estudantes durante as
resoluções dos problemas propostos durante a situação didática, com o consentimento dos
estudantes participantes. Vale ressaltar que as atividades propostas foram elaboradas e
analisadas fundamentadas nas dialéticas da TSD.
Dessa forma, Carneiro (2005) ressalta que toda a coleta de dados realizada durante
a fase da experimentação deve ser analisada e confrontada com as hipóteses da análise a
priori, considerando que ocorra alguma alteração durante a análise a posteriori.
83
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Essa ação envolveu operações aritméticas básicas com números racionais - fator
necessário para a fase da formulação, na qual os alunos foram estimulados a demonstrar a
1 1 1 1 1 1 1
série geométrica ∑∞
𝑖=0 𝐺 = 1 + 2 + 4 + + 16 + + + … + 2𝑛−1 + ⋯ = 2, conforme as
8 32 64
Figuras 3 e 4.
84
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como objetivo mostrar uma abordagem geométrica da sequência
de Oresme, promovendo o entendimento das propriedades propostas por meio de área de
quadriláteros, norteada pela Teoria das Situações Didáticas (TSD) e estruturada pela
86
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REFERÊNCIAS
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SOBRE A AUTORA
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CAPITULO 7
RESUMO
Este artigo apresenta uma análise da utilização da Inteligência Artificial (IA) na educação à
distância (EaD), explorando as vantagens, desafios, métodos de aplicação, casos de
sucesso, benefícios e limitações dessa tecnologia na educação remota. A introdução
apresenta o contexto e a justificativa do artigo, além de definir os objetivos e a estrutura do
trabalho. Na seção dedicada à IA na EaD, o texto oferece uma visão geral da aplicação
dessa tecnologia no contexto educacional, ressaltando as principais vantagens e desafios.
Em seguida, a seção de casos de sucesso explora exemplos de aplicação da IA em cursos
à distância, apresentando resultados, metodologias e benefícios obtidos. Os desafios na
implementação da IA na EaD são discutidos em seguida, abordando questões éticas, de
privacidade, confiabilidade e adaptação a diferentes contextos educacionais. A seção
seguinte apresenta os principais métodos de aplicação da IA na EaD, incluindo o uso de
chatbots, sistemas de recomendação, análise de dados e aprendizado de máquina. Os
benefícios da IA na EaD são discutidos na seção seguinte, destacando a personalização do
ensino, a redução de custos e a melhoria da eficiência. Já as limitações da IA na EaD são
abordadas na seção final, apontando a falta de interação humana, a falta de flexibilidade e
a possível substituição de professores. Por fim, as considerações finais apresentam uma
síntese dos principais pontos do artigo e sugestões para futuras pesquisas na área. Em
geral, o artigo destaca a importância da utilização responsável da IA na EaD, levando em
conta seus benefícios e limitações.
INTRODUÇÃO
5 Professor da Rede Estadual do Ceará. Mestrando em Tecnologias Educacionais pela Must University (Flórida - USA).
Lattes: https://lattes.cnpq.br/9370389806540408. E-mail: mycael.campos@gmail.com / micael.silva@prof.ce.gov.br.
6 Bacharel e Licenciatura Plena em Matemática. Doutorando em Ensino de Matemática (UFC/CE). E-mail:
90
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
acesso à educação, e a educação a distância (EaD) tem se mostrado uma alternativa viável
e eficiente para essa finalidade. Com a evolução tecnológica, a Inteligência Artificial (IA) tem
sido apontada como uma ferramenta promissora para melhorar a eficiência e a qualidade da
EaD, permitindo personalização do ensino e maior interatividade.
Segundo Anderson e Rainie (2018), a IA pode ser definida como "sistemas que
podem aprender com dados, identificar padrões e tomar decisões com intervenção humana
mínima". A aplicação da IA na educação pode trazer benefícios significativos, como
personalização do ensino, acompanhamento individualizado do aprendizado e maior
eficiência na gestão dos cursos a distância.
Entretanto, a implementação da IA na EaD envolve desafios que precisam ser
cuidadosamente avaliados. Segundo Wang et al. (2020), "a implementação da IA pode ter
impactos sociais, culturais e políticos que precisam ser considerados para que a tecnologia
possa ser utilizada de forma ética e responsável". Além disso, a IA pode gerar desigualdades
na educação, caso não seja implementada de forma inclusiva e equitativa.
Diante desse contexto, este artigo tem como objetivo explorar a contribuição da IA na
inovação e eficiência na EaD, com foco em casos de sucesso e desafios na sua
implementação. Serão apresentados estudos de caso, metodologias e resultados de
pesquisas recentes sobre a aplicação da IA na EaD. Serão discutidos, ainda, os desafios
éticos, culturais e políticos da implementação da IA na educação, bem como sugestões para
futuras pesquisas na área.
O artigo está estruturado da seguinte forma: na seção 2, serão apresentados
conceitos e definições relacionados à IA na educação; na seção 3, serão apresentados
estudos de caso de aplicação da IA na EaD; na seção 4, serão discutidos os desafios éticos,
culturais e políticos da implementação da IA na educação; na seção 5, serão apresentadas
reflexões sobre as possibilidades e limitações da IA na EaD; por fim, na seção 6, serão
apresentadas as conclusões e sugestões para futuras pesquisas.
A metodologia incluiu uma revisão bibliográfica sobre o tema, seguida da
apresentação de casos de sucesso e dos desafios na implementação da IA. Além disso, o
artigo apresenta os métodos utilizados na aplicação da IA, bem como discuti os benefícios
e limitações dessa tecnologia na educação à distância.
91
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
A utilização da Inteligência Artificial (IA) na educação à distância tem sido uma área
de crescente interesse para educadores e pesquisadores. A IA pode oferecer uma ampla
gama de benefícios na educação à distância, como personalização do aprendizado,
adaptação do conteúdo, detecção de erros e avaliação automatizada. No entanto, também
apresenta desafios, como a necessidade de infraestrutura tecnológica adequada, proteção
de dados e privacidade do aluno.
Segundo Zhang, Huang e Zhang (2020), a IA pode fornecer um ambiente de
aprendizado personalizado, adaptando o conteúdo e a metodologia de ensino às
necessidades específicas de cada aluno. Isso é especialmente importante na educação à
distância, onde o contato presencial entre professor e aluno é limitado. A IA pode identificar
lacunas no conhecimento do aluno e adaptar a entrega do conteúdo para atender às suas
necessidades.
Além disso, a IA pode ajudar a identificar padrões de erros comuns cometidos pelos
alunos e oferecer feedback imediato para corrigir o problema. Isso pode ajudar a melhorar a
eficácia do ensino e reduzir a carga de trabalho do professor. De acordo com Wang, Wang,
Liu e Gao (2020), a IA pode fornecer avaliações automatizadas para testes, tarefas e
ensaios, permitindo que os alunos recebam feedback imediato, sem a necessidade de
espera por correções manuais.
No entanto, a IA também apresenta desafios na educação à distância. Um dos
principais desafios é a necessidade de infraestrutura tecnológica adequada. Anderson e
Rainie (2018) argumentam que a IA requer recursos de computação intensivos e capacidade
de armazenamento para analisar grandes conjuntos de dados. Isso pode ser um desafio
para instituições de ensino com recursos limitados.
Além disso, a IA também apresenta desafios em relação à privacidade e proteção de
dados do aluno. A IA pode coletar dados pessoais dos alunos, incluindo seus padrões de
navegação na web e histórico de atividades on-line. É importante que as instituições de
ensino tenham políticas claras para proteger a privacidade do aluno e garantir a segurança
dos dados.
Em adição, outros autores destacam a importância da utilização da IA na educação.
Por exemplo, Alsmadi, Jaradat e Al-Hamad (2020) afirmam que a IA pode melhorar a
qualidade do ensino, ajudando os alunos a alcançar seus objetivos de aprendizagem e
92
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
A Inteligência Artificial (IA) tem sido utilizada em diversos setores, e a educação não
é exceção. Na educação à distância, a IA tem sido aplicada em diversos cursos,
apresentando resultados positivos e benefícios significativos. Neste contexto, a exploração
de casos de sucesso é importante para demonstrar como a IA pode melhorar o processo de
ensino e aprendizagem, além de incentivar a adoção dessa tecnologia em outros cursos.
Um exemplo de sucesso é o curso de Matemática online oferecido pela Universidade
do Estado do Arizona, que utiliza a IA para personalizar o aprendizado dos alunos. Segundo
Anderson e Rainie (2018), o curso usa um sistema de tutoria inteligente para adaptar a
entrega do conteúdo com base nas necessidades individuais de cada aluno. O sistema
identifica as lacunas de conhecimento dos alunos e oferece conteúdo adicional para ajudá-
los a superar as dificuldades encontradas.
Outro caso de sucesso é o curso de História oferecido pela Universidade de Illinois,
que utiliza a IA para avaliar a qualidade do conteúdo gerado pelos alunos. De acordo com
Dervos, Papamitsiou e Economides (2019), o sistema usa algoritmos de IA para analisar as
respostas dos alunos e fornecer feedback personalizado, apontando erros e sugerindo
correções.
93
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Além disso, a IA tem sido utilizada para melhorar a eficácia do ensino de idiomas,
como no caso do Duolingo, um aplicativo de aprendizado de línguas que usa a IA para
adaptar a entrega do conteúdo ao nível de habilidade de cada aluno. Conforme destaca
Hervás-Gómez et al. (2020), o aplicativo usa algoritmos de IA para identificar as lacunas no
conhecimento dos alunos e oferecer exercícios personalizados para ajudá-los a melhorar.
Outro exemplo de sucesso é o programa de ensino à distância da Universidade de
Waterloo, que utiliza a IA para detectar possíveis problemas de desempenho dos alunos. De
acordo com Wang, Wang, Liu e Gao (2020), o sistema usa dados de atividades on-line dos
alunos para identificar possíveis problemas de desempenho, permitindo que os professores
ofereçam suporte e orientação aos alunos que precisam de ajuda adicional.
Em todos esses casos, a IA foi utilizada para personalizar o aprendizado e melhorar
a eficácia do ensino à distância. A adaptação do conteúdo e a detecção de problemas
permitem que os alunos tenham um aprendizado mais eficiente, com feedback imediato e
suporte personalizado. Além disso, a IA pode ajudar a reduzir a carga de trabalho do
professor, permitindo que eles se concentrem em fornecer orientação e apoio aos alunos
que precisam de ajuda.
Além disso, o Georgia Tech, uma das principais universidades de tecnologia do
mundo, tem experimentado a aplicação da IA em seus cursos online. Segundo um estudo
conduzido por Joyner et al. (2021), a implementação da IA no curso de Inteligência Artificial
do Georgia Tech resultou em uma redução de 60% no tempo gasto pela equipe docente na
correção de trabalhos e um aumento de 50% na qualidade das notas atribuídas aos alunos.
Além disso, os alunos relataram uma melhoria na qualidade do feedback recebido.
A empresa de tecnologia IBM também tem investido em cursos online que utilizam a
IA para melhorar o aprendizado dos alunos. Um exemplo é o curso "Data Science
Fundamentals with Python and SQL", oferecido pela IBM na plataforma de ensino Coursera.
De acordo com Kumar e Raju (2020), o curso apresentou um aumento significativo no
engajamento dos alunos e na taxa de conclusão após a implementação da IA. A IA foi
utilizada para personalizar o conteúdo e fornecer feedback adaptativo aos alunos.
Outro caso de sucesso na aplicação da IA em cursos à distância é o programa
"Learning at Scale" da Universidade de Michigan, que tem como objetivo explorar o uso da
IA na educação em larga escala. De acordo com Guo et al. (2015), o programa foi capaz de
identificar os alunos que estavam em risco de abandonar o curso e oferecer intervenções
personalizadas para ajudá-los a ter sucesso. Além disso, a IA foi utilizada para personalizar
o conteúdo do curso de acordo com as necessidades individuais dos alunos.
94
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
A inteligência artificial (IA) é uma das tecnologias mais promissoras do século XXI e
tem sido amplamente aplicada em diversos setores, incluindo a educação. A IA pode ser
usada para melhorar o processo de ensino e aprendizagem em diferentes níveis
educacionais, mas sua implementação na educação a distância (EAD) enfrenta diversos
desafios, tais como questões éticas, de privacidade, confiabilidade e adaptação a diferentes
contextos educacionais.
Um dos principais desafios da implementação da IA na EAD é a questão ética. É
importante que as instituições educacionais utilizem a IA de maneira responsável, evitando
o uso indevido e discriminatório dos dados dos alunos. Como afirmam Lipton e Steinhardt
(2018, p. 23), "a IA pode ser usada para melhorar a educação, mas também pode ser usada
para discriminar estudantes e perpetuar desigualdades".
Além disso, outro desafio importante é a privacidade dos dados dos alunos. A IA pode
coletar e analisar dados pessoais dos alunos para personalizar o ensino, mas é preciso
garantir que esses dados sejam protegidos. Como argumentam Mookerjee e Ray (2020, p.
3), "os alunos precisam ter controle sobre seus dados pessoais, e as instituições
educacionais precisam ser transparentes sobre como esses dados são coletados,
95
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
armazenados e utilizados".
A confiabilidade da IA também é um desafio a ser enfrentado na EAD. É preciso
garantir que os algoritmos utilizados sejam precisos e justos, evitando o viés algorítmico que
pode levar a decisões equivocadas. Segundo Domínguez et al. (2019, p. 8), "a confiabilidade
dos sistemas de IA deve ser testada em diferentes contextos educacionais para garantir que
eles possam ser aplicados de maneira eficaz".
Por fim, a adaptação da IA a diferentes contextos educacionais é um desafio que deve
ser superado. É preciso considerar as diferenças culturais, linguísticas e socioeconômicas
dos alunos para garantir que a IA possa ser aplicada de maneira eficaz em diferentes regiões
do mundo. Como argumenta Li e Yang (2021, p. 11), "a IA na educação deve ser adaptada
às necessidades e características específicas de cada região, levando em conta as
diferenças culturais e socioeconômicas dos alunos".
Portanto, a implementação da IA na EAD enfrenta diversos desafios, tais como
questões éticas, de privacidade, confiabilidade e adaptação a diferentes contextos
educacionais. É preciso que as instituições educacionais utilizem a IA de maneira
responsável, garantindo a proteção dos dados dos alunos e evitando o viés algorítmico. Além
disso, é necessário que a IA seja adaptada às necessidades e características específicas
de cada região, levando em conta as diferenças culturais e socioeconômicas dos alunos.
A inteligência artificial (IA) é uma das tecnologias mais promissoras do século XXI e
tem sido amplamente aplicada em diversos setores, incluindo a educação à distância (EAD).
Na EAD, a IA pode ser utilizada para melhorar o processo de ensino e aprendizagem, por
meio de diferentes métodos, tais como o uso de chatbots, sistemas de recomendação,
análise de dados e aprendizado de máquina.
Um dos métodos mais utilizados na aplicação da IA na EAD é o uso de chatbots. Os
chatbots são programas de computador que utilizam a linguagem natural para interagir com
os alunos, fornecendo respostas instantâneas a perguntas frequentes e realizando tarefas
simples, como agendamento de aulas e resolução de dúvidas. Como afirmam Sousa e Reis
(2019, p. 205), "os chatbots podem melhorar a experiência do aluno na EAD, fornecendo um
atendimento rápido e personalizado".
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
De acordo com Darabseh et al. (2021), a IA pode ajudar a identificar áreas de melhoria no
processo de ensino-aprendizagem e fornecer feedback em tempo real aos alunos,
permitindo que eles ajustem seu ritmo de aprendizado e foquem nas áreas que precisam
melhorar. Isso pode levar a uma melhoria na eficiência do processo de ensino-aprendizagem
como um todo.
Além dos benefícios mencionados acima, a aplicação da IA na educação à distância
também pode trazer outros benefícios, como a identificação de fraudes em exames online e
a criação de chatbots para suporte ao aluno. Como afirma Ferguson (2019), a IA pode ajudar
a detectar atividades suspeitas durante exames online, como o uso de celulares ou outros
dispositivos para auxiliar na resposta das questões. Além disso, chatbots podem ser usados
para fornecer suporte 24 horas por dia, sete dias por semana, aos alunos, respondendo a
perguntas comuns e fornecendo orientações.
É importante ressaltar que a implementação da IA na educação à distância requer um
cuidadoso planejamento e investimento em infraestrutura e capacitação de professores e
alunos. Os professores precisam estar familiarizados com as ferramentas de IA e entender
como elas podem ser usadas para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Além
disso, os alunos precisam ser treinados para interagir com as ferramentas de IA e entender
como elas podem ajudá-los a aprender de maneira mais eficiente.
Outra preocupação importante é a privacidade e segurança dos dados dos alunos.
Como as ferramentas de IA coletam e analisam dados sobre o desempenho dos alunos, é
essencial garantir que esses dados sejam protegidos e usados de maneira ética e
responsável. Os sistemas de IA devem ser projetados para cumprir com as normas de
privacidade de dados e garantir que as informações dos alunos não sejam divulgadas sem
autorização.
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
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Por fim, outra preocupação é a possível substituição de professores pela IA. Embora
a IA possa ajudar a automatizar tarefas repetitivas e reduzir custos, é importante destacar
que a interação humana com os professores é fundamental para o sucesso dos alunos. De
acordo com Li e Liang (2020), a IA pode ser usada para complementar o trabalho dos
professores, mas não deve ser vista como uma substituta completa. Os professores têm um
papel importante em fornecer suporte emocional e incentivar a motivação dos alunos, além
de ajudá-los a desenvolver habilidades sociais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CAPITULO 8
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo apresentar uma visão geral sobre a matofobia na
perspectiva de alguns estudiosos, além de apresentar criticamente a falta de interesse por
parte da população em geral sobre a temática que acarreta problemas nas mais diversas
áreas que dependem do conhecimento matemático. Foi pesquisado e comparado os
trabalhos de autores renomados que citam a importância de entender a fobia e aplicar
metodologias que façam com que os aprendizes possam se sentir mais confortáveis diante
dos desafios. Espera-se que o trabalho possa contribuir com a criticidade no ensino de
matemática e áreas afins. O trabalho ainda coleta e analisa as respostas de 50 professores
sobre o conhecimento da temática.
INTRODUÇÃO
104
acolhedor, que encoraja os alunos a fazer perguntas e a expressar suas dificuldades; a
adaptação do ensino aos diferentes estilos de aprendizagem dos alunos, utilizando recursos
como jogos, vídeos e atividades práticas; e a utilização de técnicas de ensino que incentivem
a colaboração entre os alunos e a construção do conhecimento em conjunto.
Alguns países que se destacam nos estudos sobre a matofobia são Estados Unidos,
Reino Unido, Espanha, Portugal e Brasil. Nos Estados Unidos, há uma forte preocupação
com o ensino de matemática nas escolas, é vista como um obstáculo que precisa ser
superado para melhorar o desempenho dos alunos. No Reino Unido, muitos estudos têm
sido realizados para entender as causas e consequências e desenvolver estratégias
pedagógicas para ajudar os alunos a superá-la. Em países como Espanha e Portugal, tem
sido considerada um problema grave que afeta muitos estudantes e prejudica o
desenvolvimento acadêmico e profissional. No Brasil, há uma crescente preocupação, e
muitos pesquisadores têm se dedicado a estudar esse fenômeno e desenvolver estratégias
pedagógicas para superá-lo.
No Brasil, ainda é um estudo emergente, mas já tem sido objeto de pesquisas em
diversas áreas, como psicologia, educação e matemática. Ainda há muito a ser explorado
sobre o tema e sobre as formas como afeta o desempenho dos alunos nas disciplinas
relacionadas à matemática.
É importante destacar a necessidade de uma formação mais adequada dos
professores em relação à matofobia. Muitos docentes têm dificuldades em lidar com alunos
que apresentam essa aversão à matemática, e é preciso investir em formação continuada e
atualização profissional para que os educadores possam ajudar os alunos a superar esse
problema.
REFERENCIAL TEÓRICO
"a matofobia é um problema que afeta muitos alunos em todo o mundo, causando
impactos significativos em seu desempenho acadêmico e autoestima. Por isso, é
fundamental que os profissionais da educação conheçam bem esse fenômeno e
desenvolvam estratégias pedagógicas para ajudar seus alunos a superá-lo. É preciso
entender que a matemática é uma disciplina fundamental para a formação acadêmica
e profissional dos estudantes, e que a matofobia não pode ser negligenciada como
uma simples questão de preferência ou aptidão pessoal."
eficazes para ajudar os alunos a superarem essa dificuldade. Além disso, essa compreensão
pode auxiliar na criação de um ambiente de aprendizagem mais acolhedor e inclusivo, onde
os estudantes se sintam mais confiantes e motivados para aprender matemática. É
importante que os professores e demais profissionais envolvidos na educação estejam
atentos a essa questão para poderem ajudar seus alunos a superarem e desenvolverem
habilidades matemáticas necessárias para sua formação acadêmica e profissional.
A matofobia pode prejudicar a sociedade de várias maneiras, principalmente no que
se refere à formação de profissionais em áreas que envolvem o uso de conhecimentos
matemáticos, como engenharia, ciência da computação, economia, entre outras. Alunos que
a desenvolvem podem sentir-se desencorajados a seguir carreiras nessas áreas, o que pode
limitar o potencial de desenvolvimento de novas tecnologias e soluções para problemas
complexos.
Além disso, também pode ter impactos negativos na vida pessoal dos indivíduos, já
que a falta de habilidades matemáticas pode dificultar o gerenciamento de finanças
pessoais, a compreensão de questões relacionadas à saúde e à alimentação, entre outras
situações cotidianas. Dessa forma, não é apenas um problema individual, mas também
social, já que afeta a formação de profissionais qualificados e pode limitar o desenvolvimento
de uma sociedade mais tecnológica e avançada.
Segundo Ferreira, Barros e Carvalho (2020, p. 32):
106
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
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108
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
É importante lembrar que cada pessoa é única e pode responder melhor a diferentes
tipos de tratamento. Portanto, é essencial que o tratamento seja adaptado às necessidades
individuais de cada paciente. Além disso, é recomendado procurar ajuda profissional de um
psicólogo ou psiquiatra para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Existem algumas possíveis razões pelas quais as pessoas podem não estar cientes
da matofobia em particular ou de outras fobias menos comuns:
1. Baixa prevalência: Fobias específicas menos comuns, como a matofobia, podem não
ser tão amplamente conhecidas simplesmente porque afetam uma porcentagem
menor da população em comparação com fobias mais comuns, como a aracnofobia
109
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
ou a claustrofobia.
2. Falta de divulgação: Pode haver uma falta de divulgação e discussão sobre a
matofobia ou outras fobias menos comuns na mídia ou na cultura popular, o que pode
limitar a exposição do público a essas condições.
3. Estigma: Algumas pessoas podem não estar cientes da matofobia ou outras fobias
menos comuns devido ao estigma associado à saúde mental em geral. Pessoas com
fobias podem sentir vergonha ou constrangimento em falar sobre seus medos, o que
pode limitar a discussão pública sobre essas condições.
4. Falta de educação: Em geral, muitas pessoas podem não estar bem informadas sobre
a saúde mental e as condições psicológicas, incluindo fobias. A falta de educação
sobre essas questões pode levar a uma falta de conscientização e compreensão
sobre a matofobia e outras fobias menos comuns.
2-Em algum momento no seu curso de Licenciatura foi mencionado fobia a alguma
área do conhecimento?
Os entrevistados afirmaram que no curso que realizaram sua graduação não tiveram
a temática, todos afirmaram não ter estudado nada relacionado a fobia.
A matofobia, sendo uma fobia específica menos comum, pode não ser tão
amplamente estudada em programas de graduação em psicologia ou áreas afins em
comparação com fobias mais comuns. No entanto, isso pode variar de acordo com a
abordagem e a ênfase do programa. Algumas abordagens teóricas, como a terapia
cognitivo-comportamental (TCC), que é uma abordagem amplamente utilizada para tratar
fobias, incluindo a matofobia, podem incluir o estudo e outras fobias específicas em seus
currículos. Além disso, alguns programas de pós-graduação podem oferecer cursos
específicos ou programas de pesquisa sobre fobias específicas.
É importante lembrar que a psicologia e a psicoterapia são campos em constante
evolução, e novas pesquisas e descobertas podem levar à inclusão de novas fobias e
distúrbios em currículos universitários e programas de pesquisa. Portanto, é possível que o
estudo da matofobia e outras fobias específicas se torne mais comum em programas
110
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
3-Você acredita ser importante ser adicionado aos cursos voltados a área de
educação a temática da Matofobia?
CONSIDERAÇÕES FINAIS
111
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
com o aluno em seu ritmo e buscando identificar quais são as barreiras que estão impedindo
sua aprendizagem.
Recursos como jogos matemáticos de baixo custo e inteligência artificial podem ser
trabalhados com alunos que apresentam a fobia. Esses recursos podem ajudar a tornar o
ensino da matemática mais interessante e atraente para os estudantes, tornando a
aprendizagem mais divertida e menos intimidante.
Os jogos matemáticos, por exemplo, podem ser utilizados como uma forma lúdica de
abordar os conceitos matemáticos, tornando o aprendizado mais agradável. Além disso,
esses jogos podem ajudar a desenvolver o raciocínio lógico, a memória e a concentração
dos alunos.
Já a inteligência artificial pode ser usada para personalizar o ensino, adaptando a
abordagem e os exercícios ao ritmo de aprendizagem de cada aluno. Isso pode ajudar a
reduzir a ansiedade dos estudantes, uma vez que eles não se sentirão pressionados a
acompanhar o ritmo da turma e poderão aprender no seu próprio tempo.
Esses recursos também podem ajudar a desmistificar a matemática, mostrando aos
estudantes que ela não é algo tão difícil quanto parece. Dessa forma, é possível ajudar e
incentivar os alunos a se interessarem mais pela disciplina, o que pode ter um impacto
positivo na sua aprendizagem e no seu desempenho escolar como um todo.
REFERÊNCIAS
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undertreated condition. Annals of General Psychiatry, 18(1), 1-7.
BIANCHINI, M. P.; OLIVEIRA, J. P. Medo de matemática: um estudo exploratório com
estudantes do ensino médio. Revista Científica de Educação Matemática, v. 2, n. 2, p. 35-
44, 2017.
CAETANO, A. M. et al. Ansiedade matemática e matofobia: um estudo com alunos do
ensino fundamental. Revista de Psicologia da Criança e do Adolescente, v. 11, n. 1, p. 98-
110, 2020.
FERREIRA, R. S.; BARROS, I. S.; CARVALHO, L. M. Matofobia: Uma Reflexão Sobre o
Ensino de Matemática. Revista Eletrônica Científica Ensino Interdisciplinar, v. 10, n. 26, p.
23-34, 2020.
MARINHO, R. R.; SILVA, L. G. S.; GOMES, J. B. S. A relação entre a matofobia e o
desempenho em matemática. Revista Científica Interdisciplinar, v. 10, n. 2, p. 67-77, 2021.
MORAES, A. S.; MUNIZ, K. F.; VASCONCELOS, M. A. Fatores que contribuem para a
matofobia em estudantes do ensino fundamental. Revista Brasileira de Pesquisa em
Educação em Ciências, v. 18, n. 2, p. 245-265, 2018.
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
CAPITULO 9
RESUMO
INTRODUÇÃO
Fonte: Agência Nacional de Aviação Civil. Da esquerda para direita em sentido horário:
empuxo, sustentação, arrasto e peso.
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
115
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
arquivos (Fig. 3), onde as configurações da simulação são escritas nos arquivos, que o
programa lerá a partir de comandos em um terminal.
simulação
0 system simulação.foam
constant
p, U, k, epsilon, nut
polyMesh blockMeshDict controlDict
extrudeMeshDict
fvSchemes
dynamicMeshDict snappyHexMeshDict
transportProperties surfaceFeatureExtractDict
turbulenceProperties
OBJETIVOS
METODOLOGIA
116
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Nesse estudo, variou-se a razão de aspecto, b/a, entre os valores de 1 a 0,25, onde
a representa o diâmetro D do cilindro circular, e b o diâmetro reduzido para as elipses. A
Tab. 1 representa as condições iniciais e características da simulação.
Velocidade do ar ambiente na
0,0604
entrada do domínio-fluido (m/s)
Velocidade de rotação do cilindro
1,208
(rad/s) ω
117
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Figura 4: Domínio-fluido
118
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Figura 5: DynamicMeshDict
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Com isso, foi possível chegar na malha desejada, como ilustrado abaixo. As figuras
(a) e (c), referem-se a malha inicial, mostrando a vista frontal e a saída do domínio, e as
figuras (b) e (d) mostram o resultado obtido com o passo citado anteriormente. Na figura (e)
é possível notar zona rotativa envolvendo o cilindro elíptico, e nas figuras (f), (g) e (h) é
ilustrado o movimento de rotação da malha dinâmica. A tabela 2 mostra o tamanho da malha
que foi obtida.
(a) Face frontal, malha inicial (b) Face frontal, malha final
(e) Zona rotativa envolvendo o cilindro elíptico, com e sem as faces frontais e traseiras
120
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
RESULTADOS
Os dados obtidos foram muito próximos dos obtidos por Lua, et al., 2017, usando o
software Fluent®, validando, portanto, a utilização do OpenFOAM frente a outros programas
comerciais consolidados. O principal resultado obtido para análise foram os coeficientes de
arrasto e sustentação, cálculados em pós processamento pelo software através do ficheiro
controlDict, onde foram inseridos o eixo de rotação, a área de referência (calculado com o
comprimento de referência) e a velocidade do ar na entrada do domínio. Desse modo, se
pode obter os dados abaixo:
121
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
122
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
Figura 10: Gradiente de pressões durante os momentos de menor e maior área normal ao
escoamento para as 4 razões de aspecto (t = 19,5 e 18,2 – respectivamente)
123
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
124
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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CROSS, R. “Wind Tunnel Photographs”. In: Physics Departament, University of Sydney,
Sydney p. 1-8. Disponível em: http://www.physics.usyd.edu.au/~cross/TRAJE
CTORIES/Fluidflow%20Photos.pdf/. Acesso em: mari. 2023.
JINBO et al. "Turbina eólica de efeito Magnus: modelagem, protótipos e MPPT".
In: Matemática aplicada à indústria: problemas e métodos de solução, São Paulo, p.
209-228. Blucher, 2016. Disponível em: https://openaccess.blucher.com.br/download-
pdf/307/20002/. Acesso em: mar. 2023.
LUA, K.B.; LU, H.: LIM, T.T. “Rotating Elliptic Cylinders: in a Uniform Cross Flow”. In: Journal
of Fluids and Structures, National Chiao Tung University, Taiwan, p. 37-50. Disponível em:
https://doi.org/10.1016/j.jfluidstructs.2017.12.023/. Acesso em: mar. 2023.
MITTAL, S., KUMMAR, B., “Flow past a rotating cylinder”. In: Journal of Fluid Mechanics,
Cambridge, p. 476;303-334. Cambrigde University, England. Acesso em: mar. 2023.
OPENFOAM: THE OPEN SOURCE CFD TOOLBOX. 6.2 Numerical Schemes. Disponível
em: https://www.openfoam.com/documentation/user-guide/fvSchemes.php/. Acesso em:
mar. 2023.
SEIFERT, J. “A review of the Magnus Effect in Aeronautics”. em progress in: Aerospace
Sciences. Manching, Germany, 2012. Acesso em: mar. 2023.
THE OPENFOAM FOUNDATION. OpenFOAM 2.3.0: Arbitrary Mesh Interface. Disponível
em: https://openfoam.org/release/2-3-0/non-conforming-ami/. Acesso em: mar. 2023.
125
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
CAPITULO 10
RESUMO
INTRODUÇÃO
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
REFERENCIAL TEÓRICO
Modelar é dar forma a uma ideia. Pegamos um objeto ou conceito e dá a ele uma
ideia metodológica, epistemológica, e não ideológica para o aluno construir e desenvolver o
seu conhecimento através de recursos que lhe serão oportunizados a essa investigação e
experimentação para a descoberta, proporcionando ao mesmo a autonomia, a criatividade
e o raciocínio.
Um modelo matemático consiste em um sistema conceitual, descritivo ou explicativo,
expresso por meio de uma linguagem matemática, com a finalidade de descrever o
comportamento de outro sistema e permitir a realização de previsões sobre este (Lesh et al,
2006). Isto é, basicamente, modelos matemáticos são a reprodução de uma parte da nossa
realidade, uma porção do que vivenciamos, tipo, modelagem matemática para furações,
enchentes, aumento de temperaturas, estratégias vencedoras em jogos, etc., logo,
descrever matematicamente, de forma aproximada, os fenômenos do cotidiano que
possibilitarão tomadas de decisões.
Portanto ao modelarmos, daremos materialidade para um pensamento, logo,
observações para darmos organização com representações. A modelagem explica por meio
de uma aproximação, pois como Platão dizia “Aquilo que eu penso não é aquilo que é,
porque aquilo que é não é mais aquilo que foi”.
127
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
questões sejam revistas ou novas questões sejam avaliadas até ganharem credibilidade
para posterior comunicação dos resultados.
MATERIAIS E MÉTODOS
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Figura 2: Braquistócrona.
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
O caminho ótico de A para B é dado pela distância AP mais a distância PB. Podemos
calcular essa distância (P) utilizando o teorema de Pitágoras: P = (a²+x²)1/2 + (b² + (d - x)²)1/2.
O princípio de Fermat diz que a distância deve ser mínima, para descobrir a menor
distancia, o menor valor de x, derivamos a equação e igualamos a zero.
Como sen θ = C.O./H, chegamos em sen θ1 = sen θ1’. Isso significa que na reflexão o
ângulo de incidência é igual ao de reflexão. O fenômeno da colisão da bola com a parede
obedece às mesmas leis da reflexão da luz (e vice-versa).
Claro que essa ideia na ótica seria outra possibilidade para os alunos perceberem a
aplicação para achar a distância mínima, mas menos útil na brincadeira real, com boas
chances de observar no Geogebra.
132
MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
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MATEMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES [...] Volume 1
vj) Em um retângulo de perímetro 2k, temos que a área máxima será k²/4, sendo os
lados de um quadrado de lados com medida k/2. Portanto, em todos os retângulos de mesmo
perímetro, o de maior área é aquele cuja diferença no comprimento dos lados é menor em
valor absoluto. Justifique esse resultado. Ainda, por que os lados não foram idênticos então
para termos a ótima área na situação da cerca ou cordas?
vjj) Se em vez de querer um retângulo e quisesse um triângulo retângulo de área
máxima com aquela corda ou cerca, refaça a tabela da parte B, trocando retângulo por
triângulo retângulo, e reescreva os itens j, jj, jv e v.
vjjj) Critique a situação da cerca com a contextualização dada para que seja mais de
acordo com a realidade.
jx) Formule outros questionamentos para investigar e conjecturar sobre a questão
proposta.
Porém, sem estar em atividade com eles nessas férias pensamos numa atividade que
pode ser agregadora e motivadora pela ludicidade e competição inicial provocativa.
Estando com os alunos do terceiro ano do ensino médio, por exemplo, ao pátio,
solicitaríamos aos mesmos, divididos em grupos, que descubram a área máxima do
retângulo que pode ser formado, dando a eles uma corda de 20 m, por exemplo, que deve
ser esticada entre duas estacas móveis (como em vermelho na marcação abaixo) que
servirão como metade dos vértices do retângulo até a limitação de outra corda esticada (em
marrom abaixo) que seria referência para fixar como um dos lados desse retângulo.
Fonte: Autoral.
134
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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SOBRE O AUTOR
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CAPITULO 11
RESUMO
Este artigo tem como objetivo discutir a implementação de metodologias ativas no ensino
superior, considerando suas origens, fundamentos teóricos, desafios institucionais e
competências necessárias para a sua implementação. Além disso, serão explorados os
impactos dessas metodologias na aprendizagem dos alunos e as tendências futuras na sua
implementação. A metodologia utilizada para a elaboração deste artigo foi a revisão
bibliográfica, com a análise de estudos e pesquisas sobre o tema. As metodologias ativas
são um conjunto de estratégias pedagógicas que têm como foco o aprendizado do aluno,
incentivando a participação ativa e a construção do conhecimento de forma colaborativa. O
tema é relevante para o contexto do ensino superior, uma vez que o modelo tradicional de
ensino centrado no professor vem sendo questionado, e as metodologias ativas apresentam-
se como uma alternativa capaz de engajar os alunos e proporcionar melhores resultados de
aprendizagem. A implementação de metodologias ativas pode enfrentar desafios
institucionais, como a falta de recursos financeiros e tecnológicos, resistência da
administração, sistema de avaliação e falta de tempo para a preparação e implementação
das aulas. Por isso, é importante discutir estratégias que os docentes podem utilizar para
superar esses desafios e desenvolver as competências necessárias para a implementação
bem-sucedida das metodologias ativas. Os resultados das pesquisas indicam que a
implementação de metodologias ativas pode trazer impactos positivos na aprendizagem dos
alunos, em termos de retenção de conhecimento, desempenho acadêmico e
desenvolvimento de habilidades e competências críticas. As tendências futuras apontam
para o uso de tecnologias digitais para facilitar a implementação dessas metodologias e o
desenvolvimento de currículos mais flexíveis que possam apoiar a implementação de
metodologias ativas.
7 Professor da Rede Estadual do Ceará. Mestrando em Tecnologias Educacionais pela Must University (Flórida - USA).
Lattes: https://lattes.cnpq.br/9370389806540408. E-mail: mycael.campos@gmail.com / micael.silva@prof.ce.gov.br.
8 Bacharel e Licenciatura Plena em Matemática. Doutorando em Ensino de Matemática (UFC/CE). E-mail:
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INTRODUÇÃO
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As metodologias ativas são uma forma de ensinar que ganha cada vez mais espaço
na educação. Esse método de ensino se destaca por colocar o aluno no centro do processo
de aprendizagem, estimulando sua autonomia e criatividade. Para compreender a
importância das metodologias ativas, é necessário analisar seus fundamentos teóricos.
O primeiro fundamento teórico das metodologias ativas é a teoria construtivista.
Segundo essa teoria, o conhecimento é construído pelo indivíduo, a partir de suas próprias
experiências. Assim, o papel do professor é facilitar a construção do conhecimento, e não
simplesmente transmiti-lo. Dessa forma, as metodologias ativas têm como objetivo estimular
a construção do conhecimento pelo aluno, a partir da resolução de problemas e da reflexão
sobre suas próprias experiências.
Outro fundamento teórico das metodologias ativas é a teoria da aprendizagem
significativa. Essa teoria defende que o conhecimento é mais facilmente assimilado quando
está relacionado com experiências prévias do indivíduo. Dessa forma, as metodologias
ativas procuram criar situações de aprendizagem que estejam relacionadas com a vida dos
alunos, fazendo com que o conhecimento seja mais significativo para eles.
Um terceiro fundamento teórico das metodologias ativas é a teoria da aprendizagem
colaborativa. Essa teoria defende que o aprendizado é mais eficiente quando os alunos
trabalham em grupo, discutindo e compartilhando ideias. Dessa forma, as metodologias
ativas procuram criar situações de aprendizagem em que os alunos trabalhem em equipe,
cooperando uns com os outros para construir o conhecimento.
Além desses fundamentos teóricos, as metodologias ativas também têm sido
estudadas por diversos autores que têm contribuído para a compreensão e aprimoramento
dessa abordagem pedagógica. Segundo Bonwell e Eison (1991), as metodologias ativas
podem ser definidas como "atividades de ensino e aprendizagem em que o aluno é o
responsável por seu próprio aprendizado e o professor atua como facilitador desse
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alinhada com as demandas do século XXI. Essa mudança cultural pode ser lenta e gradual,
mas é fundamental para que as metodologias ativas sejam efetivamente adotadas e
valorizadas na sociedade.
A educação tem passado por constantes transformações, buscando cada vez mais
formas eficazes de aprendizagem para os alunos. Uma das metodologias que tem ganhado
destaque são as chamadas Metodologias Ativas (MA), que buscam a participação ativa do
aluno no processo de aprendizagem, colocando-o como protagonista em seu próprio
processo. Entretanto, a implementação de tais metodologias enfrenta desafios que podem
dificultar seu sucesso. Nesse sentido, é fundamental identificar estratégias que possam ser
adotadas para superar tais desafios.
Um dos principais desafios enfrentados na implementação de metodologias ativas é
a resistência dos professores em adotá-las. Segundo Cano e Álvarez (2017), os professores
precisam estar preparados para o uso das metodologias ativas, conhecendo-as e
compreendendo suas potencialidades. Além disso, é importante que sejam incentivados e
motivados a adotá-las. Nesse sentido, a formação continuada pode ser uma estratégia eficaz
para vencer a resistência e promover a adoção das metodologias ativas pelos professores.
Outro desafio é o grande volume de informações a serem trabalhadas, o que pode
tornar as aulas muito extensas e cansativas para os alunos. Nesse sentido, Souza e Ferreira
(2019) destacam que o uso de tecnologias pode ser uma estratégia eficaz para tornar as
aulas mais dinâmicas e atrativas. O uso de recursos tecnológicos pode possibilitar a criação
de atividades mais interativas e desafiadoras, tornando o processo de aprendizagem mais
prazeroso para os alunos.
Um terceiro desafio na implementação de metodologias ativas é a dificuldade em
avaliar o processo de aprendizagem dos alunos. Segundo Braga e Oliveira (2018), a
avaliação deve ser pensada como um processo contínuo e formativo, acompanhando todo
o processo de aprendizagem dos alunos. Nesse sentido, é importante que sejam adotadas
estratégias de avaliação que considerem a participação ativa dos alunos no processo de
aprendizagem, valorizando as habilidades e competências desenvolvidas por eles.
Diante dos desafios apresentados, é importante que sejam adotadas estratégias que
possam contribuir para o sucesso da implementação das metodologias ativas. A formação
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Por fim, é importante destacar que o docente deve ter uma postura de constante
aprendizado e reflexão sobre sua prática pedagógica. Conforme destacado por Libâneo
(2013), o professor é um profissional em constante formação, e deve buscar sempre
atualizar-se e refletir sobre suas práticas pedagógicas. Esse aspecto se torna ainda mais
importante diante do desafio de implementar metodologias ativas, que exigem uma mudança
de paradigma em relação ao ensino tradicional.
Para que as metodologias ativas de aprendizagem sejam efetivamente
implementadas no ambiente educacional, é fundamental que o professor esteja capacitado
e possua determinadas competências. Em primeiro lugar, é necessário que o docente esteja
comprometido com a aprendizagem do aluno e que acredite na potencialidade das
metodologias ativas para proporcionar uma aprendizagem mais significativa e duradoura.
Como destaca Anderson e Dron (2011), o papel do professor nas metodologias ativas é de
um facilitador do processo de aprendizagem, ou seja, ele deve ser capaz de guiar os alunos
na construção do conhecimento.
Além disso, é fundamental que o professor esteja capacitado para planejar e
desenvolver atividades que favoreçam a participação ativa dos alunos no processo de
aprendizagem. Nesse sentido, segundo Gasparini e Tiba (2017), é necessário que o docente
conheça e utilize estratégias e recursos pedagógicos diversificados, tais como debates,
estudos de caso, jogos, simulações, entre outros.
Outra competência importante é a capacidade de avaliar o processo de aprendizagem
dos alunos de forma contínua e formativa. Como destaca Moran (2016), as metodologias
ativas de aprendizagem são baseadas em uma avaliação formativa, ou seja, que busca
identificar as dificuldades e potencialidades dos alunos ao longo do processo de
aprendizagem, com o objetivo de promover intervenções pedagógicas que favoreçam o seu
desenvolvimento.
O atual cenário educacional tem demandado uma revisão das práticas pedagógicas
para atender às necessidades dos alunos. Nesse sentido, as metodologias ativas surgem
como uma alternativa eficiente para promover uma aprendizagem mais significativa e
colaborativa. Este texto tem como objetivo discutir o impacto das metodologias ativas na
aprendizagem dos alunos. As metodologias ativas têm sido amplamente discutidas na
literatura educacional. Para Silva et al. (2020), elas são caracterizadas pela participação
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As metodologias ativas têm sido cada vez mais utilizadas no ensino superior, com o
objetivo de tornar o aprendizado mais significativo e envolvente para os estudantes. Essas
metodologias envolvem a participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem,
estimulando a reflexão crítica e a construção do conhecimento. Neste texto, serão abordadas
algumas das principais metodologias ativas aplicáveis no ensino superior, com base em
estudos de Maurice Tardif e outros autores renomados.
Uma das metodologias ativas que tem ganhado destaque é o ensino por projetos.
Segundo Tardif (2014), essa metodologia busca promover a aprendizagem por meio da
resolução de problemas concretos, permitindo que os alunos desenvolvam habilidades e
competências relevantes para sua formação. Autores como Paulo Freire (1996) e Jean
Piaget (1975) destacam a importância do ensino por projetos como uma forma de incentivar
a participação ativa dos alunos na construção do conhecimento.
Outra metodologia ativa que tem sido amplamente utilizada no ensino superior é a
aprendizagem baseada em problemas (ABP). De acordo com Tardif (2014), essa
metodologia busca estimular a reflexão crítica e a solução de problemas complexos,
permitindo que os alunos sejam protagonistas do processo de aprendizagem. Autores como
Howard Gardner (1993) e Lev Vygotsky (1978) destacam a importância da aprendizagem
baseada em problemas para o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos tópicos apresentados, é possível concluir que as metodologias ativas
são uma abordagem pedagógica que coloca o aluno como protagonista de sua própria
aprendizagem, em oposição ao modelo tradicional centrado no professor. Embora as
metodologias ativas apresentem muitos benefícios para os alunos, sua implementação pode
enfrentar desafios institucionais, como falta de recursos financeiros e tecnológicos,
resistência da administração e falta de tempo para preparação e implementação das aulas.
No entanto, existem estratégias para superar esses desafios, como o
compartilhamento de melhores práticas e técnicas de engajamento dos alunos, além de
habilidades necessárias que os docentes precisam ter para implementar as metodologias
com sucesso, como a capacidade de planejar e adaptar o currículo de acordo com as
necessidades dos alunos e motivar e engajar os alunos. Os efeitos das metodologias ativas
na aprendizagem dos alunos têm sido amplamente estudados, e os resultados mostram que
essas abordagens podem ter um impacto positivo em termos de retenção de conhecimento,
desempenho acadêmico e desenvolvimento de habilidades e competências críticas.
Olhando para o futuro, é possível observar que as tecnologias digitais estão cada vez
mais presentes no ensino superior e podem ser usadas para facilitar a implementação das
metodologias ativas. Além disso, o desenvolvimento de currículos mais flexíveis pode apoiar
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