Matemática e Música As Progressões Geométricas e o Padrão
Matemática e Música As Progressões Geométricas e o Padrão
Matemática e Música As Progressões Geométricas e o Padrão
Resumo
Esta pesquisa apresenta uma abordagem das progressões geométricas através da música, mais
especificamente, através do entendimento da estrutura das escalas diatônicas e cromáticas. Procuramos
mostrar, primeiro, que a música ocidental possui doze tonalidades maiores e doze tonalidades menores,
cujos padrões de intervalo derivam todos da escala cromática e, segundo, que o padrão de intervalos de tal
escala traz subjacente uma progressão geométrica de razão √2. Assim, tal razão é aplicada na construção
destas escalas bem como da escala do braço do violão, constituindo-se em exercícios que podem ser
utilizados no ensino do conteúdo matemático em questão, em uma forma contextualizada. Desta forma,
diante das dificuldades que os alunos comumente sentem em aprender Matemática, buscamos, nesta
pesquisa, primeiro, apresentar alguns elementos teóricos que possam subsidiar a construção de abordagens
educacionais que contribuam para superar o ensino tradicional, livresco e abstrato, na exploração das
progressões geométricas e, em segundo, apresentamos um exemplo prático de estratégia de ensino das
Progressões Geométricas, a partir da Música e através da construção de um conjunto de tubos sonoros.
Abstract
This study examines the theme of Geometric Progression through music; more specifically, through the
understanding of the structure of diatonic and chromatic scales. We sought to demonstrate, firstly, that
Western music has 12 higher tonalities and 12 lower tonalities whose interval patterns originate from the
chromatic scale, and secondly, that the pattern of intervals of the scale has an underlying geometric
progression with a ratio equal to . This ratio is then applied to the construction of these scales as well as to
the scale as played on the guitar, resulting in exercises which can be used to teach this mathematical topic
in a real life context. In this way, bearing in mind the difficulties commonly faced by students when
learning mathematics, we sought, first, to show some theoretical elements that can inform the
development of educational approaches which may overcome the traditional, book-oriented, abstract
teaching when exploring Geometrical Progression; and, secondly, present an alternative strategy to teaching
this topic by using music, including the construction of a set of sound pipes.
1
Digitalizado por Lessandra Marcelly Sousa da Silva e Luana Oliveira Sampaio.
2
Mestre em Educação nas Ciências (Universidade Federal Rural de Pernambuco). Professor do
Departamento de Física e Matemática da Universidade Federal Rural de Pernambuco.
naironjunior@hotmail.com
3
Doutor (Centre for Studies in Science and Mathematics Education, University of Leeds, Inglaterra).
Professor do Departamento de Física e Matemática da Universidade Federal Rural de Pernambuco.
4
Doutor (Centre for Studies in Science and Mathematics Education, University of Leeds, Inglaterra).
Professora do Departamento de Educação da Universidade Federal Rural de Pernambuco.
cfmed@hotlink.com.br
Introdução
A Matemática e a Música sempre tiveram uma estreita relação, como pode ser
verificado nos diversos compêndios sobre o tema (ABDOUNUR, 1999; ROTHSTEIN,
1996). A própria história da Música e, mais especificamente, do desenvolvimento da
teoria musical e da Acústica, mostra a importância da Matemática no entendimento dos
princípios musicais, tanto com respeito à teoria musical em relação aos princípios de
funcionamento de diversos instrumentos musicais. Desde a Grécia antiga, já se procurava
entender a relação existente entre dois sons produzidos por uma corda vibrante. O
primeiro registro de um tal estudo acerca das relações entre os sons produzidos por uma
corda vibrante aparece nos estudos pitagóricos. Tal problema, que nasce na observação
dos sons produzidos por uma corda homogênea, tensionada e posta a vibrar livremente
através de um toque suave, teve uma historia de disputas acerca da sua explicação
matemática, que levou ao desenvolvimento de importantes teorias matemáticas, tais
como das equações diferenciais e das series de Fourier (KLEINER, 1993; LINDSAY,
1966; MONTEIRO JR., 1999; WHEELER; CRUMMETT, 1987),
Uma outra ligação entre Matemática e Música pode ainda ser vista no
entendimento dos princípios físico-matemáticos subjacentes à construção e
funcionamento dos diversos instrumentos musicais (BENADE, 1990; JOHNSTON,
1989; LEVARIE; LEVY, 1980; MACONTE, 1997; PIERCE, 1996). A construção da
escala de um violão, por exemplo, passa necessariamente por um cálculo da progressão
das distâncias entre os diversos trastes que a compõem (MONTEIRO JUNIOR, 1999).
Para que a corda possa vibrar em partes do seu comprimento útil total, reproduzindo
todas as frequências das notas das escalas musicais de que fazemos uso na Música, ela
tem que ser dividida em partes que obedeçam a uma razão bem definida. Os trastes são
responsáveis pela diminuição do comprimento efetivo da corda (fração da corda que
realmente vibra) e, consequentemente, fazem a corda vibrar nas diversas notas da escala
cromática. Desta forma, a combinação de sons de modo agradável aos nossos ouvidos não
e nada aleatória. A música possui uma métrica bem definida e, de certa maneira, o grau de
consonância entre dois sons, ou seja, o grau em que dois tons que soam ao mesmo tempo
agradam, mais ou menos, aos nossos ouvidos pode ser entendido através das relações
numéricas entre as frequências desses sons.
Uma outra ligação entre Matemática e Música esta contida na construção das
5
O texto refere-se a “nota pura” como sendo um som que possui frequência única, ou seja, uma única nota.
O diapasão devidamente percutido, produz um tom puro devido a estrutura e a disposição de suas hastes.
6
Não devemos confundir os conceitos de altura e intensidade, comumente usados de uma forma distorcida.
A altura de um som esta relacionada a sua frequência enquanto que a intensidade esta relacionada, por sua
vez, a energia que a onda transporta, Assim sendo, quando aumentamos o volume de um rádio, por
exemplo, estamos aumentando a intensidade e, neste caso, o som está ficando mais forte e não mais alto.
Sendo a frequência da tônica igual a 220 Hz e da oitava, 440 Hz, a relação entre
estas duas frequências é exatamente 2. Sendo assim, o A2 terá frequência 880 Hz, o A3 terá
frequência 1760 Hz, e assim por diante, ate o limite da audição humana.
O quadro a seguir apresenta a escala cromática de Dó bem como as escalas
diatônicas maior e menor, as quais são derivadas desta escala cromática. Através deste
quadro, podemos observar que a montagem da escala maior baseia-se no padrão de
intervalos 9: tom - tom - semitom - tom- tom - tom - semitom, que apresenta a mesma
sonoridade para qualquer tonalidade. Já a escala menor natural baseia-se no padrão de
intervalos to tom
- semitom - tom - tom - semitom - tom - tom, criando também uma sonoridade
igual para todas as tonalidades.
7
As notas musicais são representadas a partir do "La' pelas letras A. B, C, D, E, F e G. Os Símbolos "#"
e " b" significam sustenido e bemol, respectivamente.
8
As notas possuem suas frequências baseadas no Lá central do piano, que possui frequência padrão de
440Hz.
9
O intervalo entre duas notas consecutivas da escala cromática e chamado de semitom enquanto 0 intervalo
entre duas notas, separadas por uma terceira, é chamado de tom. Logo, 1 torn possui 2 semitons.
10
Diz-se que um intervalo musical é consonante quando estas duas notas, ao serem tocadas juntas, soam de
forma agradável.
L - comprrimento da corda
c
r - raio da
d corda
F-força tensora
t
µ - massaa especifica
N - N° de
d ordem do o harmônicoo
Podemos peerceber, nessta relação matemáticaa, que a freequência daa nota
P
fundaamental prooduzida por uma
u corda homogênea
h e esticada depende
d de sseu comprim
mento,
de seeu raio, da sua massa especifica
e e da força teensora. Conntudo, a nossa atenção
o está
diriggida apenas para a relaação entre a frequênciaa que a corrda emite em
m função do
d seu
compprimento úttil. Assim sendo, poddemos obseervar nesta relação matemática que
q a
frequuência de oscilação da corda e invversamente proporcional
p l ao seu com
mprimento. Desta
form
ma, quando diminuímos
d s o comprim
mento útil da
d corda, ouu seja, quanndo reduzim
mos a
partee que efetivaamente vibrra, a frequênncia de osciilação da coorda aumenta. Por outro
o lado,
quanndo aumentaamos o com
mprimento útil
ú da cord
da, a frequêência de osscilação dim
minui.
Anallisando mussicalmente, podemos dizer que, quanto mennor o compprimento útil de
uma corda, perm
manecendo constantes as outras variáveis,
v o som por elaa emitido e mais
aguddo. Mas, noo violão, coomo se consegue dimin
nuir o com
mprimento úútil da corda nos
tamaanhos aproprriados para se produzirr todas as no
otas musicaais? Isso se cconsegue attravés
dos trastes,
t os quais
q compõõem a escalaa do violão que se situaa, por sua veez, no braço deste
instruumento. Anntes de entraarmos na análise
a dos elementos matemáticoos subjacen
ntes a
consttrução da esscala do vioolão, faremoos, a seguir, uma breve apresentaçãão das princcipais
partees deste instrrumento, coonforme enuumeradas na figura abaixxo.
1. Caixa
C de Reessonância: É compostta pelo tam
mpo, o funddo e as faix
xas. O
taampo e a paarte superiorr do caixa do
d violão. Esste e o princcipal respon
nsável
p amplificcação do som
pela m produzido
o pelas corddas, o qual e transmitido
o para
a caixa atravvés do cavaleete que, por sua vez, estta fixado no tampo. As faixas
f
são as peças de madeira que formam
m a parte latteral da caixxa de ressonâância.
T
Tanto o funddo (parte infferior da caix
xa) quanto as
a faixas sãoo feitos da mesma
m
madeira, enquanto que o tampo e produzido a partir de uma madeira que lhe
confere qualidade especial para que vibre uniformemente.
2. Rastilho: É uma haste de marfim ou acrílico, a partir da qual começa a
parte útil da corda.
3. Cavalete: Peça de madeira onde as cordas e o rastilho são presos.
4. Boca: Abertura na caixa de ressonância que serve para a saída do som.
5. Cordas: Fontes sonoras do instrumento. O violão mais comum possui 6
cordas que se distendem desde o cavalete ate as tarrachas. Seu
comprimento efetivo, quando tocadas soltas, vai desde o rastilho ate a
pestana, as quais são duas chapas finas de acrílico (marfim nos violões mais
sofisticados) que estão fixadas, respectivamente, no cavalete e no início do
braço do instrumento.
6. Braço e Trastes: O braço é a peça de madeira na qual são presos os trastes. Os
trastes são hastes finas de metal, fixadas transversalmente ao seu
comprimento. Os trastes são responsáveis pela diminuição do
comprimento efetivo da corda (fração da corda que realmente vibra) e,
consequentemente, fazem a corda vibrar nas diversas notas da escala
cromática.
7. Casas: Espaços entre os trastes.
8. Pestana: Serve de apoio para as cordas, direcionando-as para as
tarrachas. É na pestana que termina a parte útil da corda.
9. Tarrachas: Mecanismos de metal que servem para esticar ou distender as
cordas quando da afirmação do instrumento.
10. Cabeça: Peça de madeira, solidária ao braço, que serve para fixar as
tarrachas.
Assim, podemos ver que os trastes são um conjunto de hastes de metal fixadas
transversalmente ao comprimento do braço. Quando apertamos uma corda contra algum
traste, esta passa a vibrar, quando tocada, limitada entre este traste e o rastilho,
produzindo uma nota de frequência mais alta do que a nota produzida quando tocamos
esta corda solta. Sendo assim, podemos notar que a função dos trastes e produzir as
notas numa corda, através da diminuição do seu comprimento util. A escala nada mais e do
que os espaços entre os trastes, chamados de casas. Cada casa compreende um intervalo
de 1 tom. Quando pressionamos qualquer uma das seis cordas na primeira casa, seu
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comprimento útil passa a ser delimitado pelo primeiro traste e o rastilho produz um som
mais agudo, equivalente a uma nota de frequência √2 vezes maior do que a frequência da
corda solta. Isso se dá porque o comprimento útil da corda limita-se entre a pestana e o
rastilho, que são duas peças feitas geralmente de osso. Essas duas peças são colocadas
no inicio do braço e no cavalete, respectivamente, e os trastes são colocados de tal forma
que o 12° traste fica situado exatamente no ponto médio entre a pestana e o rastilho,
marcando, assim, o ponto médio da corda.
Os primeiros doze trastes, juntamente com o rastilho, reproduzem o padrão de
intervalos da escala cromática de 12 semitons, uma vez que, quando apertamos uma
corda em cada um dos trastes e tocamos esta corda, reproduzimos as notas dessa escala.
Assim, cada corda pode produzir sua nota mais grave, quando é tocada solta, e mais
doze notas, uma em cada traste, completando-se, assim, a escala cromática. Assim
sendo, a nota produzida no 12° traste possui o dobro da frequência da nota mais grave da
corda, uma vez que, quando a corda é pressionada no 12° traste, vibra com a metade do seu
comprimento. A partir do 13° traste, começam a repetir-se as mesmas notas, sendo que num
intervalo de oitava mais agudo. Mas por que os trastes reproduzem o padrão de intervalos
da escala cromática? Por que quando pressionamos uma mesma corda sucessivamente
nas doze primeiras casas, reproduzimos todas as notas da escala cromática? Na verdade,
isso tem a ver com as distâncias sucessivas entre os trastes da escala do violão. Se
observarmos o comprimento dos intervalos entre os trastes num violão real, poderemos
notar que este espaçamento vai diminuindo. Isso ocorre porque, sendo as frequências das
notas da escala cromática uma progressão geométrica de razão 2 , para produzir esta
sucessão, a corda terá que ser diminuída desde o seu comprimento inicial (corda solta)
em uma progressão inversa ao aumento da frequência. Assim sendo, a distância entre os
trastes vai diminuindo desde o primeiro até o último, na razão 2 . Assim, quando
pressionamos a la corda (Mi) na terceira casa, produzimos a nota Sol. Quando
pressionamos a quarta corda (D) na segunda casa, produzimos a nota Mi. Por outro lado,
quando pressionamos a terceira corda (Sol) na 7ª casa, produzimos a nota Ré. Enfim,
cada corda do violão cobre uma extensão de uma oitava ate o 12° traste, tendo inclusive
notas repetidas que podem ser extraídas em mais de uma corda. A figura abaixo mostra o
esquema do braço de um violão de 6 cordas, no qual as cordas são numeradas da mais
aguda (1) ate a mais grave (6). As notas correspondentes a cada uma destas cordas,
quando tocadas soltas, são as seguintes:
TRA
ASTES
Um exemplo
e prrático do en
nsino das progressões
p s geométriccas a partirr da música
a:
construindo um
m conjunto de tubos soonoros
,
,
. ,
11
Os comprimentos calculados só reproduzirão estas notas musicais se as condições do ar forem as descritas, ou seja,
estiverem a uma temperatura dc 20°C e a uma pressão de 1 atmosfera.
frequência, que é uma grandeza física, e fundamental para entendermos por que os furos
no corpo da flauta, por exemplo, não são eqüidistantes, e, sim, feitos na mesma escala do
padrão de comprimentos dos tubos. Na verdade, os orifícios são feitos para aumentar ou
diminuir o comprimento útil do tubo, produzindo, assim, todas as notas num único tubo.
Certamente, o sucesso do uso de qualquer aparato científico em sala de aula depende da
forma de utilização do mesmo pelo professor. Em si, o instrumento concreto já é útil pelo
fato dele poder contribuir para diminuir a dificuldade inerente a prática da abstração tão
profunda e tão comum no ensino e que dificulta o aprendizado da Matemática. Por sua vez,
o professor pode utilizar um aparato, como o descrito acima, de formas variadas. Ele pode
fazê-lo, por exemplo, de uma maneira meramente demonstrativa, isto é, exibindo
verbalmente para os estudantes as possíveis relações matemáticas ali existentes. Uma
outra forma, possivelmente mais trabalhosa, porém mais libertadora e profícua, seria a de
buscarmos praticar a problematização das interpretações dos estudantes acerca dos
conteúdos ali codificados e a serem por eles decodificados. Certamente, a busca da
intersubjetividade, por professores e estudantes, constitui o cerne do verdadeiro ato
educativo (BICUDO, 1979; MEDEIROS, 1987) e, apesar de ser algo trabalhoso, que se
encontra ainda aberto a investigação em projetos de pesquisa-ação, a mediação dialógica
do professor na produção do conhecimento e algo que nos parece claro, necessário e
inevitável numa educação que vise a uma verdadeira comunicação entre professor e
estudantes. Entretanto, as formas deles agirem intersubjetivamente em conteúdos
específicos em sala de aula ainda estão pouco claras e abertas a investigação.
Conclusão
Como vimos, a análise da gênese das ideias matemáticas, que deram origem a
teoria da corda vibrante, ou seja, a análise do desenvolvimento do arcabouço matemático
concernente ao entendimento das relações numéricas estabelecidas entre os modos
normais de vibração da corda sonora torna possível estabelecer conexões úteis no ensino
da Matemática, em todos os níveis que se deseje, embora tenhamos abordado apenas a
teoria das Progressões Geométricas, aplicada na construção das escalas musicais. Desta
forma, o conhecimento da história da Matemática pode revelar-se como uma rica
ferramenta no ensino. Especificamente com respeito as ligações que podem ser apontadas
entre a Matemática e a Música, podemos, através de uma visão histórica, entender as
diversas interseções que ocorreram nos variados contextos do desenvolvimento da
Matemática e os problemas da Música que foram atacados com o seu uso. Por outro lado,
o apelo às mais diversas ligações que a Matemática possui com outras áreas do
conhecimento humano revela subsídios que podem conduzir a estratégias e abordagens
de ensino mais concretas e eficazes. Como exemplo de um tal exercício, desenvolvemos
e aplicamos, no presente texto, a teoria da consonância na construção das escalas
ocidentais. O entendimento de tal teoria bem como a sua aplicação passam,
necessariamente, pelo uso das Progressões Geométricas, conceito matemático central
deste texto. Assim, tal exercício pode ser encarado como um passo importante no
desenvolvimento de uma estratégia de ensino das Progressões Geométricas através da
Música. A Progressão Geométrica foi, então, especificamente aplicada na análise e
construção da escala de trastes do violão bem como na construção de um conjunto de
tubos sonoros. As atividades experimentais foram inseridas como exemplos práticos das
múltiplas possibilidades que podem ser extraídas de um tal estudo. Tais atividades foram,
assim, encaradas como exemplos de como a Matemática pode ser tratada em sala de aula
em uma proposta experimental ligada a Música. Enfim, acreditamos que tal linha de ensino
e aprendizagem aponta em direção a possibilidades mais eficazes no ensino da matéria em
questão, constituindo-se numa forma mais comprometida com a qualidade do seu
ensino.
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