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Fichamento 4 (Brito)

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ALUNA: Sandra Silva Korndorfer

PROFESSOR: Loivo J. Mallmann


FICHAMENTO: BRITO, E. Cap. 7. A relação terapêutica. In: BRITO, E.
Psicoterapia de curta duração na abordagem gestáltica. 2 ed. São Paulo:
Summus, 2009. P. 133-156.

A Gestalt-terapia é uma terapia relacional e dialógica. Yontef (2006)


afirma que “sem ela (relação) não há nenhum núcleo coerente para a teoria e a
prática gestáltica” (p.134), ou seja, todo o trabalho da Gestalt-terapia se baseia
na possibilidade de haver uma relação entre o terapeuta e seu cliente, tendo
ciência que o ser humano é um ser em relação.
Para que haja esta relação terapêutica é necessário que se tenha uma
formação da aliança terapêutica desde o início do processo, onde o
compromisso de ambas as partes seja esclarecido, fazendo a relação se ativa
durante todo esse processo psicoterápico.
A aliança terapêutica não depende só do terapeuta para fluir, ambos
(terapeuta-cliente) precisam estar cientes que haverá obstáculos antes da
melhora e que em muitos momentos, a psicoterapia exigirá coragem.
A atitude do terapeuta é essencial para que haja uma boa relação
terapêutica, essa atitude deve ser verdadeira e sem fingimento; o terapeuta deve
aceita e respeitar o cliente como ele é; e, ter empatia.
“Um terapeuta congruente não é aquele que fala tudo o que pensa ao seu
cliente, mas, antes, aquele que expressa de si para o cliente aquilo que acredita
ser benéfico naquele momento terapêutico[…]” (p.140), ou seja, o terapeuta
precisa saber diferenciar o quanto de sim pode e/ou deve ser
verbalizado/revelado ao cliente.
O terapeuta deve ter uma postura amoral, ou seja, abrir mão de seus
valores pessoais a fim de não interferir o processo de crescimento do cliente,
não só nas atitudes verbais, mas nas corporais também, pois o cliente é sensível
às reações do terapeuta.
Para que a psicoterapia seja bem-sucedida, precisa-se aceitar o outro
como ele é, sem julgamentos, com tolerância e respeito. Assim, o cliente vai
desenvolvendo o que antes reprimia e/ou negava, tornando-se capaz de se
aceitar melhor.
Contudo, o terapeuta pode sim confrontar e ter uma postura crítica com
seu cliente, só precisa ter cuidado para não confundi a parte com o todo. Além
disso, o terapeuta precisa conhecer suas limitações e encaminhar à outro
profissional aquela situação que não dará conta de receber, isso não o faz um
péssimo profissional.
A empatia é onde busca-se chegar o mais real e o mais perto possível da
outra pessoa. Em Gestalt-terapia, além dessa empatia, o terapeuta busca
inclusã9o, uma vez que empatia se tem o foco no outro, a inclusão lida com o
que ocorre entre duas pessoas. “[…] A inclusão é o movimento de ‘ir-e-vir’, de
ser capaz de pular para o outro lado e ainda assim permanecer centrado na
própria exigência” (p.147).
O terapeuta precisa ter uma flexibilidade existencial e psicológica para
experiencia o outro lado, ou seja, para que ocorra a inclusão, ele precisa entrar
neste movimento de ir-e-vir.

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