N-2368 Inspeção, Manutenção, Calibração e Teste de Dispositivos de Alívio de Pressão E/ou Vácuo
N-2368 Inspeção, Manutenção, Calibração e Teste de Dispositivos de Alívio de Pressão E/ou Vácuo
N-2368 Inspeção, Manutenção, Calibração e Teste de Dispositivos de Alívio de Pressão E/ou Vácuo
Procedimento
Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho (GT),
formados por especialistas da Companhia e de suas Participações Societárias, comentadas e votadas pelas
Unidades da Companhia e por suas Participações Societárias e aprovadas pelas Subcomissões Autoras (SC). A
Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela SC e deve ser reanalisada a cada
5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para conhecer o acervo, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS. (Clique aqui).
Sumário
1 Escopo ................................................................................................................................................. 4
3 Termos e Definições............................................................................................................................ 5
6 Inspeção ............................................................................................................................................. 12
7 Calibração e Verificação.................................................................................................................... 14
8 Testes ................................................................................................................................................ 17
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Tabelas
Figuras
Anexos
Anexo C - Formulário LV para Inspeção de Recebimento - PSVs ou VAPV Novas ou em Serviço .... 23
Anexo D - Formulário LV para Manutenção e Inspeção de PSV, VAPV e Tampas de Emergência .... 25
Anexo F - Formulário LV para Procedimento de Calibração para PSV, VAPV ou Tampas de Emergência
...............................................................................................................................................................30
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1 Escopo
1.1 Esta Norma fixa os requisitos técnicos adicionais em relação ao API RP 576 e
ABNT NBR ISO 28300 para inspeção, manutenção, calibração e teste de dispositivos de alívio de
pressão e/ou vácuo.
1.2 Esta Norma se aplica a dispositivos de alivio de pressão e/ou vácuo, tais como: válvulas de
segurança e/ou alívio do tipo mola e piloto-operada, válvulas de alívio pressão e/ou vácuo, disco de
ruptura, tampa de emergência e dispositivos de abertura de válvula por meio de pino de dobramento
(“Buckling Pin Relief Valve” - BPRV).
1.3 A presente revisão desta Norma não se aplica a procedimentos iniciados antes desta publicação.
1.4 O prazo efetivo para implementação desta Norma em substituição à revisão anterior é de até 180
dias a partir da data de sua publicação. Caso a unidade da Petrobras que está aplicando a Norma
entenda que não é possível implementá-la neste prazo, deve registrar neste prazo um Plano de
Implementação definindo as ações necessárias e os respectivos prazos.
1.5 A definição do prazo efetivo de implementação dos requisitos desta norma, quando esta é
referenciada em contratos de prestação de serviços e aquisição de bens, é prerrogativa exclusiva da
Petrobras.
2 Referências Normativas
ABNT NBR ISO 28300 - Indústrias de Petróleo, Petroquímica e Gás Natural - Alívio de
Tanques de Armazenamento Atmosféricos e de Baixa Pressão;
ISO 4126-4 - Safety Devices for Protection Against Excessive Pressure - Part 4: Pilot
Operated Safety Valves;
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ISO 14224 - Petroleum, Petrochemical and Natural Gas Industries - Collection and Exchange
of Reliability and Maintenance Data for Equipment;
ASME BPVC Section VII - Recommended Guidelines for the Care of Power Boilers;
ASME BPVC Section VIII Division 1 - Rules for Construction of Pressure Vessels.
3 Termos e Definições
3.1
“Buckling Pin Relief Valve” (BPRV)
dispositivo mecânico de abertura automática de válvula de segurança acionado pela pressão do fluido.
A pressão do fluido gera um torque no dispositivo mecânico que é contido pelo pino. Com a elevação
da pressão o torque se eleva proporcionalmente gerando o dobramento do pino
3.2
carga sólida
carga necessária para a compressão da mola ao seu estado sólido, ou seja, até haver contato em todas
as suas espiras
3.3
contrapressão
pressão manométrica existente na conexão de saída da “Pressure Safety Valve” (PSV), podendo ser
desenvolvida ou superimposta
3.4
contrapressão desenvolvida
pressão manométrica existente na conexão de saída da PSV, provocada pela perda de carga na linha
de saída após a sua abertura
3.5
contrapressão superimposta
pressão existente na conexão de saída da PSV no momento em que ela é solicitada a operar. Resultado
da pressão no sistema de descarga originada de outras fontes podendo ser constante ou variável
3.6
diferencial de alívio (“blow down”)
diferença entre a pressão de abertura e a de fechamento, expressa em porcentagem da pressão de
abertura
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3.7
disco de ruptura
dispositivo de segurança do tipo diafragma metálico, inserido em um alojamento, atuado pela pressão
estática do fluido a montante do mesmo, que provoca o seu rompimento ao atingir a pressão de alívio
3.8
disparo (“pop”)
ação e som característicos da abertura das válvulas de segurança e válvulas de segurança e/ou alívio,
quando usadas em serviço de fluidos compressíveis
3.9
“failure to open” (FAIL)
falha em abrir sob demanda quando em operação. Inclui três distintos efeitos:
1) travada ("stuck or fails to open - FTO"), a PSV não abre quando demandada;
2) abertura parcial ("device partially open - DPO"), a PSV abre, mas não completa 100% de
abertura no evento de sobrepressão em operação;
3) abertura acima da pressão de ajuste ("opens above set pressure - OASP"), a PSV abre
completamente, mas acima da pressão que havia sido ajustada.
3.10
fole
dispositivo utilizado para eliminar o efeito da contrapressão por ocasião da descarga e/ou evitar o
contato do fluido a jusante da PSV com as peças superiores, especialmente o conjunto haste, guias,
sedes e mola
3.11
inspeção de recebimento
inspeção realizada na PSV antes da desmontagem da mesma em bancada com a finalidade de verificar
a condição física e de limpeza antes do teste de recebimento
3.12
inspeção externa
inspeção visual externa realizada com o objetivo de verificar as condições da PSV em operação
3.13
inspeção geral
inspeção interna e externa da PSV que deve ser efetuada com a válvula desmontada (componentes
internos desmontados)
3.14
inspeção interna
inspeção realizada, com a PSV desmontada, para verificação dos internos da mesma
3.15
“leakage failure” (LEAK)
falha em garantir estanqueidade do processo em condições normais de operação. Inclui três distintos
efeitos:
1) passagem abaixo do set de abertura ("leakage past valve - LPV"), a PSV não tem
estanqueidade do bocal e disco em condições normais;
2) abertura prematura ("spurious/premature opening - SPO"), a PSV abre abaixo da pressão que
havia sido ajustada;
3) travamento aberto ("valve stuck open - VSO"), após a abertura da PSV e redução da pressão
às condições normais de operação o dispositivo não se fecha.
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3.16
orifício
menor seção transversal interna de passagem do fluido, no bocal de entrada da PSV
3.17
pressão de abertura
pressão na qual a válvula é projetada para abrir nas condições de operação
3.18
pressão de ajuste a frio (CDTP)
pressão na qual a válvula abre em bancada de teste na temperatura ambiente e sem contrapressão
3.19
pressão de fechamento
pressão medida na entrada da PSV, na qual o disco reassenta sobre o bocal e não há fluxo mensurável
3.20
pressão de vedação
valor de pressão medida durante a despressurização após a abertura quando ocorre a vedação total
3.21
Profissional Legalmente Habilitado (PLH)
conforme definido na NR-13
3.22
PSV balanceada
PSV que incorpora um fole ou outro meio para neutralizar o efeito da contrapressão no seu
desempenho
3.23
PSV convencional
PSV que é acionada pelo incremento da pressão estática do fluido aplicada no bocal de admissão que
sofre o efeito contrário da contrapressão
3.24
PSV ou VAPV piloto operada
conjunto de duas válvulas na qual a válvula principal de alívio de pressão/vácuo está combinada e é
controlada por uma válvula auxiliar auto-operada (válvula-piloto)
3.25
respiro aberto
bocal instalado no teto do tanque, sem bloqueios, que evita a pressurização ou formação de vácuo
durante o processo de enchimento e esvaziamento do tanque
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3.26
sedes
superfícies de vedação do disco e do bocal
3.27
tampa de emergência de tanques
dispositivo de alívio de emergência de tanques com função de segurança para proteção contra
incremento de pressão manométrica positiva de tanques ou reservatórios de teto fixo que armazenam
fluidos próximo à pressão atmosférica até 15 psig ou 103.4 kPag. Estes dispositivos são projetados
para incêndio e estão presentes em tanques com diâmetros inferiores a 15 m, sendo geralmente do
tipo peso
3.28
teste de recebimento
teste realizado na PSV antes da desmontagem da mesma em bancada com a finalidade de verificar o
desempenho após campanha ou quando nova antes de instalação no local definitivo
3.29
teste de estanqueidade (vedação)
avaliação dos vazamentos permissíveis na sede de uma PSV, conforme estabelecido pelo fabricante
ou descrito em norma aplicável
3.30
teste de integridade das juntas e fole
teste realizado pelo bocal de descarga da PSV com a finalidade de verificar a integridade da vedação
de juntas e fole
3.31
válvula de segurança
dispositivo automático de alívio de pressão atuado pela pressão estática do fluido a montante da válvula
e caracterizada por uma abertura rápida e completa (“pop”), uma vez atingida a pressão de abertura,
em serviços para fluidos compressíveis. De forma genérica, o termo “Pressure Safety Valve” (PSV) é
adotado nesta Norma como sinônimo de válvula de segurança
3.32
válvula de alívio
dispositivo automático de alívio de pressão atuado pela pressão estática do fluido a montante da válvula
e caracterizada por uma abertura progressiva e proporcional ao incremento de pressão acima da
pressão de abertura. Usada para fluidos incompressíveis. De forma genérica, o termo “Pressure Safety
Valve” (PSV) é adotado nesta Norma como sinônimo de válvula de alívio, sendo o termo “Pressure
Relief Valve” (PRV) utilizado no API RP 576
3.33
válvula de segurança e alívio
dispositivo automático de alívio de pressão atuado pela pressão estática do fluido a montante
da válvula. Adequado para trabalhar como válvula de segurança ou válvula de alívio,
dependendo da aplicação desejada de forma genérica, o termo “Pressure Safety Valve” (PSV) é
adotado nesta Norma como sinônimo de válvula de segurança e alívio
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3.34
Válvula de Alívio de Pressão e Vácuo (VAPV) ou “Pressure/Vacuum Relief Valve” (PVRV)
dispositivo com função operacional e de segurança para proteção contra incremento de pressão
manométrica (negativa ou positiva) de tanques ou reservatórios de teto fixo que armazenam fluidos
próximo à pressão atmosférica (±15 psig ou ±103.4 kPag), podendo ou não estar associados à válvula
corta chamas. Estas válvulas podem ser do tipo peso, mola ou piloto operada, tendo também como
função minimizar emissões atmosféricas por evaporação de fluidos voláteis
4 Condições Gerais
4.1.1 Os dispositivos de alívio de pressão e/ou vácuo devem fazer parte de um programa que
estabeleça o tipo de inspeção/manutenção/calibração, sua periodicidade e a data da última inspeção.
4.1.3 Deve ser feita nova inspeção em bancada em dispositivo já testado no caso de suspeita do
comprometimento da calibração, tais como, queda, impacto, violação intencional do lacre, dúvidas
quanto a calibração, transporte, manuseio e estocagem.
4.1.4.1 A inspeção externa extraordinária deve ser efetuada sempre que se verificar alguma
irregularidade que possa interferir na atuação normal do dispositivo.
4.1.4.2 A realização de inspeção externa periódica pode ser realizada juntamente com o equipamento
protegido ou qualquer outra prática que permita avaliar a integridade externa do dispositivo. [Prática
Recomendada]
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4.1.5.1 Os dispositivos de alivio de pressão e/ou vácuo podem ser avaliados conforme 4.1.2 sendo
classificados em três níveis de frequência de falha conforme Tabela 1. [Prática Recomendada]
4.1.5.2 Os dispositivos que apresentarem falhas críticas (conforme Nota 1 da Tabela 1) devem ter os
mecanismos de dano investigados. A partir do estudo de falha o PLH deve solicitar as alterações de
projeto ou de processo que eliminem ou atenuem o mecanismo de dano, além disto definir para o
dispositivo o prazo adequado de manutenção à condição operacional do dispositivo e ao risco do local
de instalação.
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4.2 Identificação
4.2.1 A identificação dispositivos de alivio de pressão e/ou vácuo deve ser realizada pela placa de
identificação ou placa de calibração ou gravada no corpo.
4.2.2 O disco de ruptura deve conter sua placa original de fabricação e o alojamento/suporte do disco
de ruptura também deve possuir sua placa de identificação/aplicação.
4.2.3 Recomenda-se que o local de instalação seja identificado com o “Tag”. [Prática Recomendada]
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4.3.1 Devem ser considerados os aspectos de riscos e impactos ambientais, causados pela inspeção,
manutenção, calibração e teste dos dispositivos de alivio de pressão e/ou vácuo.
4.3.2 Os itens de segurança do API RP 576 e ABNT NBR ISO 28300 devem ser atendidos.
4.3.3 Seguir as diretrizes básicas para autorização de trabalhos conforme PETROBRAS N-2162.
4.3.4 Utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários para execução dos serviços
de inspeção.
Os dispositivos de alívio de pressão e/ou vácuo devem ser removidos, transportados, instalados e
estocados conforme descrito no API RP 576 ou ABNT NBR ISO 28300 e identificadas conforme 4.2.
NOTA Recomenda-se utilizar a Lista de Verificação (LV) do Anexo A que atende as condições
descritas nesta Seção. [Prática Recomendada]
6 Inspeção
6.1.1 Os dispositivos de alivio de pressão e/ou vácuo devem ser inspecionados externamente em
operação conforme descrito no API RP 576 e identificados conforme 4.2.
6.1.2 Para os discos de ruptura devem ser verificados os dados constantes na placa do disco.
6.1.3 Para BPRV devem ser feitas as inspeções e testes conforme as recomendações do fabricante.
6.1.4 Se for identificada passagem LPV em qualquer dispositivo deve ser realizada e registrada uma
avaliação técnico/financeira/ambiental para antecipar a calibração.
6.1.5 Verificar as telas instaladas nos respiros abertos, que devem ter área de passagem que atenda aos
requisitos da PETROBRAS N-270 e devem ser limpas e desobstruídas.
6.2.1 Os dispositivos de alivio de pressão e/ou vácuo novos devem ser inspecionados durante o
recebimento conforme as premissas do projeto e os dispositivos em serviço devem ser inspecionadas
durante o recebimento conforme descrito no API RP 576, ABNT NBR ISO 28300 e identificadas
conforme 4.2.
NOTA Para dispositivo novo os certificados pertinentes à aquisição devem estar disponíveis.
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6.2.2 As PSV devem passar por teste de recebimento conforme descrito no API RP 576. As VAPV e
Tampas de Emergência devem passar por teste de recebimento conforme ABNT NBR ISO 28300. Em
ambos os casos deve ser verificada a inexistência de depósitos nas conexões ou obstruções internas,
a existência de danos físicos, lacres e identificação.
6.2.3 Os discos de ruptura devem ser inspecionados conforme API RP 576 ou substituídos conforme
plano de manutenção.
NOTA Recomenda-se realizar a inspeção de discos de ruptura substituídos para compor o histórico
de inspeção. [Prática Recomendada]
6.3.1 A inspeção e manutenção geral compreende a inspeção externa, teste de recebimento, inspeção
interna e manutenção em oficina.
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NOTA 4 Para válvula piloto-operadas, tanto piloto como a válvula principal, devem ser submetidas à
Inspeção Geral.
NOTA 5 A BPRV é composta da válvula principal, do dispositivo mecânico de transferência de torque
e pino de dobramento. Todos estes componentes devem passar por manutenção e inspeção
conforme recomendação do fabricante.
NOTA 6 Quando necessária pintura, os requisitos das normas PETROBRAS N-0002, N-0009 e
N-0013 devem ser atendidos. Cuidados adicionais devem ser observados em partes que não
devem receber pintura, tais como sede de vedação e regiões deslizantes.
6.3.3 Após a montagem dos dispositivos deve ser realizada uma verificação externa do mesmo.
7 Calibração e Verificação
7.1.1 Os dispositivos de alivio de pressão e/ou vácuo sujeitos a calibração em bancada devem ser
preparados para calibração e testes conforme descrito no API RP 576 e ABNT NBR ISO 28300.
7.2.1.2 Caso necessário ajustes durante a Calibração, reduzir a pressão a 30 % da pressão da última
abertura, soltar a porca de fixação do parafuso de ajuste, mantendo fixa a haste evitando assim a
rotação do disco. Manter a haste fixa e girar o parafuso de ajuste da mola, aumentando ou reduzindo
a força na mola.
7.2.1.3 Realizar três aberturas consecutivas dentro das tolerâncias de calibração conforme descrito no
API RP 576. Se a PSV não abrir dentro das tolerâncias de calibração, em qualquer uma das aberturas,
a válvula deve ser novamente desmontada, inspecionada e realizada manutenção.
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7.2.1.4 Nas válvulas de segurança a abertura deve ser com a realização de “pop”. Para as válvulas
que possuírem anéis de regulagem, elevar o anel de ajuste de diferencial de alívio inferior até a posição
máxima superior e recuar dois dentes. Para as válvulas que possuem o anel superior, o anel deve ser
posicionado tangenciando o disco de vedação. Para válvulas com disco com câmara de compensação
térmica, seguir as orientações do fabricante, pois o teste com “pop” pode danificar o disco.
NOTA 1 Para PSV de caldeira observar o definido nas normas ASME BPVC Section I e ASME BPVC
Section VII quanto a realização de “pop” durante a calibração.
NOTA 2 Recomenda-se utilizar a LV do Anexo F que atende as condições de calibração de 7.2.1.1 a
7.2.1.4. [Prática Recomendada]
7.2.4.1 A pressão de abertura de VAPV e Tampa de Emergência é determinada pela massa dos discos
ou da tampa e área dos bocais. Se necessário deve ser realizado ajuste de massa conforme descrito
na ABNT NBR ISO 28300 e procedimento do fabricante. Para VAPV piloto operada consultar a
ISO 4126-4.
7.2.4.2 A verificação da calibração deve ser realizada em bancada com geração de pressão ou vácuo
(mm H2O) e vazão controlada (Nm³/h) de ar.
7.2.4.3 Conforme Figura 1, o set de abertura de VAPV, que possuem sobrepressão de 10 %, devem
ser ajustadas para até 90 % da pressão ou vácuo de projeto do tanque, e da mesma forma,
sobrepressão de 20 % implica em ajuste máximo de 80 % e assim sucessivamente.
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7.2.4.4 Os limites de tolerância de abertura para teste de recebimento deve ser o menor valor entre a
sobrepressão de projeto da VAPV ou 40 % do set de abertura. Em nenhum caso pode ser ultrapassada
a pressão mínima ou máxima do tanque. A VAPV que não apresentar abertura até a tolerância deve
ser considerada FAIL conforme descrito na API RP 581. As causas do FAIL devem ser investigadas
conforme item 4.1.5.2.
7.3.1 O PLH pode utilizar o teste de abertura no campo para reprogramar a inspeção geral da PSV,
para esta finalidade é importante conhecer os mecanismos de dano associados. O teste de abertura
de campo trata-se apenas de uma verificação de pressão de abertura com possível calibração, não
sendo realizada a inspeção nem a manutenção do dispositivo. Assim o teste de abertura de campo
substitui temporariamente o teste de bancada, sendo que para dispositivo que protege equipamentos
enquadrados na NR-13 o prazo entre testes de bancada não deve ser superior ao prazo máximo
definido na NR-13 (fixos ou ampliados).
NOTA 1 O teste de campo pode possibilitar falhas do tipo LEAK, assim este efeito deve ser
considerado no planejamento do ensaio.
NOTA 2 Os testes de campo de PSV podem ser com dispositivo de tração de haste com célula de
carga, ou pela pressurização de spool de admissão da PSV ou pela pressurização do
equipamento protegido.
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7.4.1 Recomenda-se que para as válvulas convencional e balanceada, e que possuem anel de
regulagem do diferencial de alívio, o valor do diferencial de alívio seja de 5 % da pressão de abertura
ou de acordo com fabricante. Para as válvulas do tipo piloto-operada recomenda-se que o valor do
diferencial de alívio seja de 2 % a 5 % da pressão de abertura ou de acordo com fabricante.
[Prática Recomendada]
7.4.2 Após a regulagem da pressão de ajuste a frio, recomenda-se regular o diferencial de alívio
movendo o anel de diferencial de acordo com as recomendações do fabricante. Na falta de informações
do fabricante recomenda-se realizar o ajuste para obter os parâmetros de 7.4.1. Na impossibilidade
técnica de realizar o ajuste conforme 7.4.1, recomenda-se que o anel seja ajustado a uma posição
equivalente à metade do número de dentes ou que seja utilizado o ajuste observado na inspeção de
recebimento. [Prática Recomendada]
7.4.3 Caso a opção seja realizar o ajuste com fluxo, recomenda-se que a posição dos anéis seja
ajustada experimentalmente até a obtenção do diferencial de alívio desejado. [Prática Recomendada]
NOTA 1 A válvula deve ser pressurizada até a pressão de abertura. Se o disparo não for nítido, o anel
deve ser reajustado para uma posição mais elevada, porém nunca menos que 2 dentes
abaixo da posição máxima superior.
NOTA 2 Antes de ajustar o anel, reduzir a pressão de teste a 30 % do valor da pressão da última
abertura.
7.4.4 Os ajustes dos anéis observados na inspeção de recebimento e ajustados na calibração final
devem ser registrados.
8 Testes
8.1.2 Para VAPV e Tampa de Emergência seguir conforme descrito na ABNT NBR ISO 28300.
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8.2.1 Deve ser realizado teste pneumático de integridade das juntas e fole de todas as válvulas de
segurança e/ou alívio. Pressurizar pelo lado da descarga da válvula, com valor da contrapressão ou
206 kPa, o que for maior.
8.2.2 A válvula deve apresentar-se completamente estanque, devendo-se verificar com espuma de
sabão a formação de bolhas nas juntas do castelo, capacete, bocal de entrada, drenos, parafusos dos
anéis ou qualquer outro ponto que possa apresentar vazamento.
8.2.3 Recomenda-se que seja realizado ensaio de líquido penetrante nos foles com suspeita de danos.
Para realizar o ensaio, seguir conforme descrito na PETROBRAS N-1596. [Prática Recomendada]
O teste deve ser realizado sempre que houver reparo estrutural ou suspeita de vazamento no corpo do
dispositivo.
8.4.1 Durante a inspeção da mola deve ser verificado visualmente o seu estado de deterioração
(corrosão), perpendicularidade e paralelismo. Caso a mesma apresente alguma anormalidade na
inspeção visual, dimensional ou não apresente repetitividade nos valores da pressão de abertura deve
ser providenciada a troca da mola. Caso seja necessário realizar o teste de carga sólida, este deve ser
realizado conforme ASME BPVC Section VIII Div 1 parágrafo UG-136.
8.4.2 Para uma análise da degradação da mola ao longo de sua vida, recomenda-se registrar o
comprimento não roscado do parafuso de regulagem, na inspeção de recebimento e após a calibração
final. A variação do comprimento medido indica a perda de rigidez da mola.
8.4.3 Após a calibração final, o deslocamento livre da mola deve ser superior ao deslocamento
requerido do disco para a plena abertura da válvula em operação.
9 Registro de Resultados
As condições observadas, os testes e ensaios executados, reparos efetuados, devem ser registrados
em um Relatório de Manutenção e/ou Inspeção rastreável.
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REV. H
Item da Norma Mudança Razão para a Mudança Potenciais Impactos
Inclusão de requisitosPossibilitar que os Os impactos são
inerentes ao prazo de usuários da norma tenham positivos, possibilitando
Folha de rosto e implementação da tempo hábil para ao usuário planejar
itens 1.3, 1.4 e 1.5 norma. implementação dos adequadamente a
requisitos e gestão das implementação da
mudanças. norma.
Alteração da definição Alinhar a definição com Sem impacto
3.9
normas internacionais
Alteração da definição Alinhar a definição com Sem impacto
3.15
normas internacionais
Inclusão de definição Contemplar o novo item Sem impacto
3.25 de respiros abertos de inspeção de respiros
abertos
Complementação do Melhorar a compreensão Sem impacto
3.31
texto da definição
Complementação do Melhorar a compreensão Sem impacto
3.32
texto da definição
Complementação do Melhorar a compreensão Sem impacto
3.33
texto da definição
4.1.3 Alteração redação Melhorar a compreensão Sem impacto
IR 1/3
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IR 2/3
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IR 3/3