Trabalho de Campo de Didática Geral
Trabalho de Campo de Didática Geral
Trabalho de Campo de Didática Geral
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Índice
1.
Introdução........................................................................................................................................1
1.1. Objectivos.............................................................................................................................1
1.2. Metodologia..........................................................................................................................2
2. Pedagogia e os fundamentos humanos da Didáctica................................................................2
2.1. Principais categorias pedagógicas........................................................................................2
2.1.1. Educação...........................................................................................................................2
2.1.2. Auto-Educação..................................................................................................................4
2.1.3. Instrução............................................................................................................................4
2.1.4. Auto-Instrução..................................................................................................................5
2.1.5. Ensino................................................................................................................................5
3. Didáctica e suas relações com a pedagogia e outras ciências..................................................6
3.1. Relação da Didáctica Geral com Pedagogia.........................................................................7
3.2. Relação da Didáctica Geral com as Didácticas Especiais....................................................7
3.3. Relação da Didáctica Geral com outras disciplinas..............................................................8
4. Processo de Ensino Aprendizagem, origem e Desenvolvimento Histórico do PEA................8
5. Carácter Educativo do Processo de Ensino Aprendizagem....................................................10
Conclusão......................................................................................................................................12
Referências Bibliográficas.............................................................................................................13
1. Introdução
O presente trabalho de Didáctica Geral, é fruto de uma árdua pesquisa bibliográfica para
responder ao tema: Pedagogia e os fundamentos humanos da Didáctica.
Existem indicativos de formatos de ensino desde os primórdios da humanidade. Para este estudo,
consideramos a aproximação do conceito de Didáctica a partir de Comenius, em sua obra mais
importante, «Didáctica Magna», onde ele tenta sistematizar o processo de ensino, e afirma, a
Didáctica é a “arte de ensinar tudo a todos” (COMENIUS; GOMES, 1966).
Para José Carlos Libanêo, a Didáctica é uma disciplina pedagógica que estuda os objectos, as
condições do processo de ensino, os meios e o cenário educacional. Porque os conteúdos da
disciplina de ensino decorrem da ciência que lhes servem de base. A disciplina de ensino implica
numa selecção de conhecimentos pautada por critérios pedagógicos e didácticos; do mesmo
modo, os métodos da ciência e os métodos de ensino são conexos, não idênticos, porque a
actividade de ensino implica uma relação pedagógica que lhe é peculiar, distinguindo-se daquela
que ocorre na actividade científica (LIBÂNEO, 1994).
Assim, o fenómeno educativo enquanto acto didáctico, tem uma pluridimensionalidade, de modo
que a Didáctica não caminha isoladamente no campo dos conhecimentos científicos e não dá
conta de resolver seus problemas sem a contribuição de outras ciências da educação. Além disso,
a interdisciplinaridade tornou-se hoje um princípio inquestionável na organização do
conhecimento e não há razão para que a Didáctica ignore esta particularidade.
1.1. Objectivos
Na senda de Marcon e Lakatos (1996:24) toda pesquisa deve ter um objectivo determinado para
saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar. O objectivo torna explícito o problema,
aumentando o conhecimento sobre determinado assunto. Neste trabalho o objectivo encontra-se
subdividido em geral e específico.
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1.1.2. Objectivos Específicos:
Debruçar das principais categorias pedagógicas;
Falar do processo de ensino aprendizagem, origem e desenvolvimento histórico do PEA;
Explicar o carácter educativo do Processo de Ensino Aprendizagem.
1.2. Metodologia
Métodos constituem etapas mais concretas da investigação com finalidade mais restrita em
termos de explicação geral dos fenómenos menos abstractos. Portanto, na materialização do
presente trabalho mostrou-se imprescindível o uso do método analítico e método bibliográficas
que segundo CARVALHO (1989: 100) é o processo de identificação de fontes diversas de
informação escrita, para colectar dados específicos a respeito do tema.
a) Educação
b) Auto-Educação
c) Instrução
d) Auto-Instrução
e) Ensino
2.1.1. Educação
O termo educação tem sua origem do latim educare que significa alimentar, criar. Este verbo
expressa, portanto, a ideia de que a educação é algo externo, concedida a alguém. A educação,
pela sua característica fundamental, é o desenvolvimento de comportamento, atitude e
convicções; isto é, a formação de traços da personalidade.
A educação é um processo que visa o desenvolvimento nos Homens nos aspectos morais
intelectual, físico e a sua inserção na sociedade.
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Ela existe desde que existiu o primeiro Homem. Ninguém escapa a educação, na rua, em casa, na
igreja ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós, nos envolvemos com ela, para saber,
para fazer, para ser ou conviver. A escola não é o único lugar em que ela acontece e nem o
professor profissional não é o único praticante.
Segundo HAYDT (2000:11), a educação do ponto de vista social é a acção que as gerações
adultas exercem sobre as gerações jovens, orientando sua conduta por meio da transmissão de
conjunto de normas, valores, crenças, usos e costumes aceites pelo grupo social. A Educação no
sentido restrito ou Pedagógico trata se da educação que compreende o trabalho educativo,
planificado e dirigido para a formação de certas qualidades. É aquela em que actuam elementos
pedagógicos para a formação e desenvolvimento da personalidade. Realiza-se nas instituições
como Creches, Jardins Infantis e escola.
Existe três (3) tipos de educação a saber: Formal; Não formal e Informal
Educação não formal – é aquela que acontece a partir de programas educacionais que não
conduzem a obtenção de grau académico ou ocupacionais, certificados. Seria a realidade em
instituições educativas fora dos marcos institucionais, mas com certo grau de sistematização e
estruturação. Realiza-se fora do sistema escolar formal, embora por vezes em estilo escolar.
Educação informal – corresponde a acções e influência exercidas pelo meio, pelo ambiente
sociocultural que se desenvolvem, pelo meio das relações dos indivíduos e grupos com seu
ambiente social, humano, ecológico e físico. É fornecida por grupos sociais através de
experiencias não intencionalmente organizadas. A educação informal pode definir-se como tudo
que aprendemos mais ou menos espontaneamente a partir do meio em que vivemos, dos livros
que lemos, da televisão que vemos, da multiplicidade de experiencias que vivemos
quotidianamente.
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2.1.2. Auto-Educação
É uma tarefa que impõe o desenvolvimento intelectual que lhe permite usar a razão e o
discernimento para distinguir o certo do erro. Não existe educação sem auto-educação.
Muitas pessoas ficam reclamando da vida, desesperadas, dizendo que são ignorante, que não
entendem nada, isto é, consequência da falta de educação. Não estamos falando da educação
sistemática, profissional, mas de uma qualidade de educação mais normal, vital, que funciona 24
horas. A maioria dos Líderes que deixaram uma realização histórica mais importante não
estudou.
A pessoa mais valiosa pouco estudou nas escolas do sistema, exemplo Jesus Cristo, então o
estudo não está relacionado apenas com o interesse profissional, externa. A super valorização da
educação formal, independente é um erro grave. A educação interna, a auto-educação são as
principais.
Não existe educação sem auto educação, sem a educação de si próprio. A qualidade de educação
que nós precisamos está baseada no diálogo nos relacionamentos, na experiencia. Ela é efectiva,
prática e fácil. A auto-educação não possui mensalidade. A auto-educação é viver, sonhar,
dialogar e relaciona-se, ele é muito económico. A Auto-Educação é o trabalho individual
consciente a sua formação em si. Formam-se qualidades, traços individuais e formas de
comportamento seleccionados individualmente. Exemplo: Um aluno quando tem de fazer um
TPC para no dia seguinte, dá o seu máximo nos estudantes porque tem que de mostrar as suas
qualidades, tem que estar consciente porque encontra se sozinho com o dever de convencer o
auditório e o docente.
2.1.3. Instrução
É o processo e o resultado da apropriação pelos alunos, do sistema de conhecimentos científicos,
Habilidades, Experiencias cognitivas, na base das quais se formam a concepção do mundo e as
qualidades morais. Instrução é a transmissão de conhecimentos, capacidades, habilidades;
podemos também defini-la como sendo o processo e o resultado da assimilação de
conhecimentos sistemáticos, assim como das acções e procedimentos inerentes a eles.
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Pela instrução formam-se também forças criativas e se desenvolvem as qualidades intelectuais
constituindo o aspecto da educação que compreende os sistemas dos valores científicos, culturais
e acumulados pela humanidade.
A Instrução não é directamente um processo educativo. A Instrução deve ser considerada como
uma das melhores formas de aperfeiçoar e optimizar o processo educativo, o que é diferente
(Mediação e desenvolvimento das capacidades e habilidades cognitivas).
2.1.4. Auto-Instrução
Pressupõe o trabalho individual ligado à assimilação do saber no campo de interesse pessoal.
Parte da Influência da informação dos meios de ensino e do meio ambiente circundante.
Exemplo: A escolha individual de um ídolo e a imitação das suas características.
Assim podemos dizer que o desenvolvimento da pessoa depende de processos internos e externo,
dirigidos e espontâneos. Este tipo de procedimento pode ser utilizado para as crianças a ter maior
controlo sobre actividades que precisa realizar, assim como pode fornecer a si mesmo, auto-
instrução no sentido de controlar o seu comportamento agressivo. Exemplo: Um individuo que
vai fazer exame na escola de condução sem ter sentado na cadeira da tal escola para ser instruído,
tendo estudado individualmente em casa.
2.1.5. Ensino
É o processo de cooperação aluno-professor, no qual se realiza a instrução, a educação e o
desenvolvimento intelectual da pessoa. Como processo de cooperação, o processo passa a se
chamar de Ensino-Aprendizagem.
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reconhecidos tais como: escolas, creches. O ensino corresponde à acções, meios e condições para
a realização da instrução.
Há pois, uma unidade entre educação e instrução, embora sejam processos diferentes, pede se
instruir sem educar e educar sem instruir, pois conhecer conteúdos de uma matéria, conhecer os
princípios morais e normas de conduta, não leva necessariamente a pratica-los, isto é, a
transforma-los em convicções e atitudes efectivas frente aos problemas e desafios da realidade.
Ou seja, objectivo educativo não é um resultado natural e colateral do ensino, devendo se supor
parte do educador um propósito intencional e explícito de orientar a instrução e o ensino para
objectivos explicativos.
Cumpre acentuar, entretanto que o ensino é o principal meio e factor da educação – ainda que
não é o único – e, por isso, destaca se como campo principal da instrução e educação pois
educação escolar referimo-nos ensino. O ensino é que permite como e onde acontece educação e
instrução.
Para concluir podemos dizer que as categorias pedagógicas, são inseparáveis pois uma sustenta a
outra e vice-versa. Elas têm uma ligação com o processo de ensino e aprendizagem porque é no
processo de Ensino-Aprendizagem que encontramos os objectivos que são: Instrução e
Educação. Então as categorias pedagógicas têm a sua essência no processo de Ensino-
Aprendizagem. Sendo assim as categorias tem como finalidade ajudar o Homem na
sistematização de conhecimentos e também na formação de comportamento.
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Didáctica, como outras disciplinas, não caminha isolada no campo dos conhecimentos
científicos, ela tem relações com outras ciências.
Por sua vez, a pedagogia investiga a natureza das finalidades da educação como processo social,
no seio de uma determinada sociedade, bem como as metodologias apropriadas para a formação
dos indivíduos, tendo em vista o seu desenvolvimento humano para tarefas na vida em
sociedade.
A didáctica é, pois uma das disciplinas da pedagogia que estuda o processo de ensino através dos
seus componentes, os conteúdos escolares, o ensino e a aprendizagem para, formular directrizes
orientadoras da actividade profissional dos professores.
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particularidades das distintas disciplinas e generaliza as manifestações e leis especiais do ensino
e aprendizagem nas diferentes disciplinas e formas de ensino.
Assim, as Didácticas ou Metodologias especificas são uma base importante para a Didáctica
Geral, e esta, por sua vez, generaliza os resultados de estudo sobre o ensino das disciplinas
específicas.
A Filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base à Didáctica,
coordenando-as numa visão que tem por fim explicar o educando como um ser completo
que necessita de atendimento adequado, personalizado, de forma que se possam efectivar
os propósitos da educação.
Assim, na actuação do professor com propósito de ensinar, exige deste um agir tendo em conta
não somente habilidades didácticas, mas também pedagógicas e um certo sentido psicológico,
sociológico, biológico, filosófico, etc, devendo, neste sentido, o professor se municiar de
conhecimentos destas disciplinas: o agir didáctico é ao mesmo tempo pedagógico, biológico,
sociológico, filosófico, etc.
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aprendessem primeiro a experiência e depois as ideias sobre essa experiência. Assim, pode-se
acreditar que tal interesse surge com o primeiro homem.
Posteriormente, materiais mais maleáveis, porém consistentes, como o papiro, seguido do papel
em suas formas iniciais, uniram-se a esse processo de compartilhar representações da realidade e
pontos de vista a respeito. Já na Idade Antiga, encontramos os primeiros indícios de
sistematização da aprendizagem nos povos egípcios, chineses e indianos, no intuito de preservar
costumes, regras e tradições, utilizando o ambiente familiar e transmitindo os saberes de geração
em geração.
Vivendo em sociedade, o Homem foi acumulando saberes sociais, culturais, técicos e cientificos
que serviam de base a educação das novas gerações, no sentido de assegurar a sua continuidade e
generalização ao longo do tempo e das gerações.
Com o aumento desse património socio-cultural e técnico científico, nem todos são capazes de
ensinar “tudo” e começa a haver diferenciação dos homens, em parte, pelo tipo de saber
desenvolvido. Isso ocasiona a especialização e já nem todos podem ensinar tudo, ao mesmo
tempo que surgem indivíduos cuja função específica é de educar “ensinar", fazendo com que o
ensino seja uma actividade intencional, contrariamente ao momento em que “todos ensinavam
tudo" onde a educação tinha um carácter espontâneo.
Na Idade Moderna (século XVII até século XIX), o ensino-aprendizagem se nutre das grandes
descobertas tecno-científicas, fundamentalmente no campo da Medicina e da Biologia, e das
importantes invenções tecnológicas, principalmente de ilustres pensadores que revolucionaram
os campos filosófico, psicológico e pedagógico da época (Voltaire, Rousseau, Kant, Pinel,
Pestalozzi, Itard, Seguin...).
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das diferentes teorias sobre a aprendizagem que, num somatório de encontros e desencontros, faz
evoluir o conhecimento sobre esta capacidade humana (Stern, Catell, James, Stanley Hall...).
Assim, é impossível, no verdadeiro sentido, educar sem instruir e vice-versa, daí que, como se
reflecte na figura abaixo, a educação e a instrução estão intrinsecamente unidos e se relacionam
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dialecticamente no PEA, apesar de que o alcance dos objectivos da educação é resultado mais
que o ensino, é resultado de todo o conjunto de influências que actuam sobre o aluno/educando.
A instrução tem como enfoque principal o objectivo de desenvolver nos alunos o saber e o saber
fazer, enquanto que quando falamos da educação se tem em vista o desenvolvimento do saber ser
e estar.
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Conclusão
Podemos notar que o processo de ensino e aprendizagem não é algo simples, ele engloba
diversas medidas que devem ser tomadas ou evitadas para que o aprendizado do aluno realmente
aconteça. É necessário assim, que o professor realize um planejamento de suas aulas levando em
consideração as necessidades dos alunos, a melhor maneira de aplicar um conteúdo, o melhor
método e técnica a ser usada em determinados momentos. Perceber o contexto social dos alunos
também é importante para que seu conteúdo e exemplos sejam presentes na realidade dos alunos.
Cabe ao educador um bom senso na hora de sua avaliação e atribuição de notas e principalmente
uma fuga da mecanização do ensino.
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Referências Bibliográficas
Brandao, C. R. (1984). O que é educação. 12. Ed. São Paulo: Brasiliense
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