Apostila Modulo 3
Apostila Modulo 3
Apostila Modulo 3
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA E
PREPARAÇÃO DE AULA
INFANTIL ATRATIVA
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Elaine Rosendal S. da Silva
Laura M. S. Serafim
Amanda Amaral Bortone
MÓDULO III:
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA E PREPARAÇÃO DE AULA INFANTIL ATRATIVA
Belo Horizonte
2020
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Elaine Rosendal S. da Silva
Coordenadora do Departamento Nacional de Trabalho com crianças da Igreja
Metodista; Graduada em Educação Física e Pedagogia; Pós-Graduada em Educação
Especial e Educação Inclusiva.
Laura M. S. Serafim
Pedagoga; Psicopedagoga Clínica e Institucional; contadora de História e especialista
em Ministério Infantil.
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SUMÁRIO
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EVANGELISMO INFANTIL
Laura M. S. Serafim1
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Pedagoga; Psicopedagoga Clínica e Institucional; contadora de História e especialista em
Ministério Infantil.
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O que diz a carta pastoral da criança da igreja Metodista:
“No caso específico das crianças, a evangelização deve consistir na própria ação de
educação cristã, já desenvolvida em nossas igrejas e instituições. Crescendo num
ambiente em que ouve e vivencia o Evangelho, a criança terá condições de conhecer
e acolher o amor de Deus e, por sua graça, desviar-se do caminho do pecado e da
injustiça; de preservar sua salvação e de despertar e fortalecer sua fé”. Sendo assim
é nossa responsabilidade, quanto Igreja, o cuidado e a orientação da criança ‘no
caminho em que deve andar’. Se assim o fizermos, ainda quando for velha, a criança
não se desviará dele’ (Pv 22.6)
Evangelismo
Atualmente estamos vivendo em uma sociedade onde os valores estão sidos
distorcidos. Valores esses que precisam ser revistos para a formação de nossas
crianças. Nesse contexto, nossas crianças estão sendo bombardeadas com conceitos
fúteis, motivadas pela mídia e pelo o acesso fácil a internet. Precisamos nos despertar,
para assim ensinarmos nossas crianças a ter um relacionamento com Deus, e ter
compromisso com Ele. Devemos, quanto coordenadores(as) de crianças, pais,
educadores, líderes de célula, enfim... ensinar as crianças no caminho em que devem
andar, e a Contação de História é uma boa ferramenta para evangelizar e formar o
caráter cristão.
O Evangelho levado às crianças, através das histórias bíblicas, a identificarem
com o amor de Deus. Então, investir tempo na primeira infância significa semeadura
com garantia de vitória.
Todas as crianças adoram uma boa história. E histórias, ao contrário de uma
exposição direta da Bíblia, tem várias vantagens. Quando são aprendidas e
internalizadas, tem o poder de mudar sua visão do mundo. Histórias são úteis para
evangelizar, porque não confrontam tanto como a apologética. São algo com o qual
as pessoas podem se identificar, e promovem melhor a interação do que apenas dar
a alguém um folheto. Os pais podem facilmente usar as histórias da Bíblia para
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discipular seus(as) filhos(as) e lhes ensinar a fé. As crianças podem até compartilha-
las com outras crianças. As histórias podem até mesmo ser usadas para responder
as perguntas teológicas e treinar líderes.
Autores(as) atestam que, em sua experiência, “contar história produz
discípulos/a que são ‘Bíblias que andam e falam.’” Essas pessoas conhecem suas
Bíblias e podem compartilhá-la com outros. O fato de que contar histórias pode
realmente levar as pessoas a se interessarem pelas Escrituras e as internalizá-las é
um argumento muito convincente para usarmos este método.
Contar histórias também parece equipar as pessoas com porções da Bíblia que
elas podem compartilhar diretamente ao evangelizar, muito depois de versículos
isolados já terem ficado perdidos na memória.
Jesus sabia do poder das histórias (pense nas parábolas) e, na verdade, Deus
inspirou grande parte da Bíblia para esta ser registrada em forma de história. É bem
capaz de haver uma história na Bíblia para ilustrar cada verdade das Escrituras!
Evangelizar, contando histórias da Bíblia, é uma maneira simples e eficaz de usar o
nosso amor natural pela narrativa para atrair as pessoas a um encontro que mudará
suas vidas com a verdade de Deus. Contar histórias não tem de ser a única ferramenta
na caixa de ferramentas do(a) professor(a), mas é uma que pode ser utilizada
eficazmente e com frequência.
É muito importante contar histórias da Bíblia de uma maneira que as pessoas
possam repeti-las para os(as) outros(as). Muitas vezes nosso processo de discipulado
não se reproduz. As pessoas são ensinadas, mas nunca ensinam aos(as) outros(as)
o que aprenderam. A Bíblia tem sido preservada ao longo desses anos por uma razão.
Precisamos usar, sejam que meios tivermos, para ajudar os discípulos(as) a aprender
o conteúdo.
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Aqui estão alguns pontos que faz com que contar histórias da Bíblia seja ainda
mais eficaz para você:
Estar preparado:
Para evangelizarmos através da Contação de Histórias requer oração e
preparação, para que Deus seja capaz de usarmos como seu vaso. É preciso prática
para recontar a história da Bíblia com naturalidade e precisão, lembrando claramente
dos detalhes, porém sem recontar um roteiro memorizado. Na verdade, você não deve
memorizar as palavras, mas sim ter como meta contar a história como se estivesse
recontando um evento que acabou de acontecer em sua vida, no qual você está
pessoalmente engajado. Tente fazer as histórias “suas” e “senti-las”
Facilitar uma história: A contação de histórias bíblicas começa com as
Escrituras, e permite ao Espírito Santo ser o professor. O papel do(a) líder é ser um(a)
facilitador(a), e não o professor(a) de Bíblia.
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“Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente
instruído para toda a boa obra.” 2 Timóteo 3.17
Contar uma história não deve ser visto como um momento para se passar o
tempo, ou apenas para se cumprir a lição do dia, pois possibilita ao(a) contador(a)
possibilita que os(a)s ouvintes façam ligações com a vida e tirem preciosos
ensinamentos.
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Otilia Chaves (1952, p.33) diz que
Jesus era um grande contador de histórias, ele não era historiador, Ele criava
histórias a partir da realidade e da vivência do povo segundo o tempo e a cultura. As
histórias Ele chamava de parábolas.
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• Além disso, as histórias estimulam o desenvolvimento de funções cognitivas
importantes para o pensamento, como o pensamento hipoético, o raciocínio
lógico e a criatividade.
Interpretação: Dicas
• Para contar Histórias o(a) professor(a) precisa deixar de lado à timidez! Contar
história para uma criança já é um desafio, mas quando se trata de um grupo,
verdadeiramente é uma Arte!
• Fale em tom gentil, e com variação da entonação vocal, nos momentos mais
emocionantes;
• Essas figuras podem ser apresentadas em: livros ilustrados, cartazes, Bíblia
Infantil, revistas evangélicas, flanelógrafos, retroprojetor, slides, projetores de
imagens...
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• Para a fixação do assunto, escolha um cântico relacionado com o tema, ensine-
o com auxílio de ilustrações e gestos.
2. Recriar - Não se deve pegar uma história e contá-la como vem escrita. É preciso
passá-la para a linguagem oral. Neste momento pode se optar por contá-la a partir de
um(a) personagem atuante na história, ou de alguém, que estava vendo o acontecido,
é o momento em que se cria para depois estudar e contar.
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3. Estudar - Ler muitas vezes o texto, e visualizar as cenas, para saber a contar sem
decorá-la. Assim destrói a naturalidade. É visualizar a história, lembrando que cada
personagem tem a sua própria história. É imaginar as cenas, etc. O(a) narrador(a) tem
que se tornar íntimo dos(as) personagens, e também do local onde ocorre a história.
4. Estrutura- Geralmente a estrutura segue quatro fases: Introdução: Deve ser rápida,
interessante e apresentar os(as) personagens sem divagação (quando, onde, quem).
Desenvolvimento: São contados os fatos essenciais. Há um crescimento gradativo da
emoção da história. Clímax: Ponto de maior emoção da história.
5. Preâmbulo - Pode-se iniciar uma contação fazendo uso do preâmbulo, que tem por
objetivo chamar a atenção para o início da história, devendo ser de acordo com os(as)
ouvintes.
6. Ensaiar - Para não repetir, nem exagerar nos gestos e movimentos, evitar os vícios
de linguagem e calcular o tempo, tendo em vista os(as) ouvintes.
Dica: Ensaie em frente ao espelho. Grave vídeos, ou conte a história para alguém de
confiança e peça sua opinião.
“Não existe uma forma única de contar histórias, tire proveito e ensinamento de
todas as experiências que você puder.”
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4 e 5 anos – Vocabulário em expansão, capacidade de concentração de 5 a 10
minutos. Aprende por imitação, gostam de ambientes que estimulam imaginação, de
brincadeiras em grupo. Gostam de falar, compreendem o significado de obedecer,
possuem capacidade de adoração, gostam de perguntar e cooperar.
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Sugestões de histórias para crianças de 0 a 6 anos: Criação, A arca de Noé, Jesus
e as criança, Nascimento de Jesus, Zaqueu, Josué e os espias, O Plano da Salvação
Através das Cores, etc.
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70% do que ele DIZ
E tudo o que você imaginar pode ser um recurso didático. Basta usar sua
criatividade e adequar o objetivo àquilo que pretende ensinar. Experimente levar algo
inusitado à aula e surpreenda seus(as) alunos(as). Nunca mais se esquecerão!
Ore por esse momento especial com as crianças. Contar histórias é mais do
que mostrar a sequência de fatos, pois tem o objetivo de aproximar a criança de Deus,
sendo que estamos ministrando ao seu coração. “A fé vem pelo ouvir, e o ouvir a
palavra de Deus” (Rm 10.17).
Segundo Lucas Hayashi “Uma coisa é conhecer histórias bíblicas e outra conhecer o
Autor da Bíblia”.
Você sabe qual é o principal instrumento para se contar histórias
VOCÊ! Você é um instrumento nas mãos de Deus!
Contatos:
laura.serafim.ims@gmail.com
(32) 99997-6116
https://www.youtube.com/c/tialauraoficial
https://instagram.com/tialauraoficial?igshid=1t9l7rt71517n
https://www.facebook.com/tialauraoficial/
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REFERÊNCIAS
ADEL, Tânia- Como Contar Histórias- A arte de Contar Histórias para o Evangelismo Infantil-
AD Santos, 2011.
CHAVES, Otília- A Arte de Contar Histórias. São Paulo: Confederação Evangélica do Brasil,
1952.
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PREPARAÇÃO DE AULA ATRATIVA
Elaine Rosendal S. da Silva2
Planejamento
Todo planejamento de aula, ou de um evento, é fundamental para maiores
chances do alcance e sucesso do objetivo. É importante para nortear a realização das
atividades e das ações.
Sendo assim, tem que ser interdisciplinar, flexível e ter um objetivo certo, como
também selecionar sempre elementos que prendam a atenção e a curiosidade das
crianças, com o intuito que possam participar da proposta. Construa uma aula que
não perceba as etapas e que as pessoas possam usar.
Público – alvo: Precisa saber qual o público, pois cada planejamento é especifico.
O que funciona para um determinado grupo/turma pode não funcionar para outra.
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Coordenadora do Departamento Nacional de Trabalho com crianças da Igreja Metodista;
Graduada em Educação Física e Pedagogia; Pós-Graduada em Educação Especial e
Educação Inclusiva
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Objetivo: O que deseja ensinar as pessoas, metas as serem cumpridas. Lembre-se
do desenvolvimento integral da criança.
Duração: Para não se perder, uma forma de conseguir que caiba exatamente o
conteúdo dentro do horário, é necessário fechar tudo no tempo certo. Caso esteja
muito grande a programação/ aula, é só reduzir ou até mesmo dividir.
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TEMA:
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Turma: Data: / /
Objetivo Conteúdos Recursos Metodologia Duração
AVALIAÇÃO:__________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
Considerações:________________________________________________________________________________________
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Aula/Programa Atrativa
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Planejamento ONLINE
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Algumas orientações para gravação dos vídeos aulas
Passo a passo de como gravar:
1. Gravemos com o celular na horizontal, para que fique mais ampla as imagens;
3. Evitemos ficar de costas para janelas, ou outras fontes de luz. O ideal é que a fonte
de luz esteja a nossa frente, atrás do celular, para iluminar bem o rosto. Pode ser um
abajur, luminária, etc.;
4. Podemos apoiar o celular em alguma mesa, estante, ou outro local, mas não
podemos ficar muito longe do celular, para termos um melhor som;
Links Úteis
Referência
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COMO PREPARAR O CULTO ONLINE?
Amanda Bortone3
Introdução
Antes de qualquer coisa, ou situação que estamos vivenciando, fica-nos a
pergunta: Qual o nosso propósito diante dessa realidade? Logo, trazemos à nossa
memória a nossa missão de levar a palavra de Deus em tempo, e fora de tempo,
adequando-nos aos meios que temos disponíveis.
No tempo do apóstolo Paulo a comunicação por cartas era um meio oficial de
comunicação entre as comunidades e as cidades onde estavam os(as) discípulos(as).
Por isso devemos usar as ferramentas que temos neste tempo de pandemia,
recriando, para continuar levando a palavra aos(as) nossos(as) pequeninos(as).
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Evangelista da Igreja Metodista; aluna do Seminário Teológico Carisma e responsável pela
criação e roteiro dos Cultos Kids Online da Rede Plug na Igreja Metodista em Ubá/MG.
Coordena atualmente o trabalho com crianças no Distrito Eclesiástico Zona da Mata da 4ª
Região Eclesiástica
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para alcança-las. Temos um número expressivo de crianças entre igreja e
congregações, sendo um ponto missionário, no bairro Colônia Pe. Damião, composto
1) Preparando o roteiro
2) Recursos visuais
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3) Conecte-se ao mundo da criança
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Gravando o Culto Online
Nesse ponto queremos compartilhar alguns aspectos práticos da gravação do
Culto Online, e para isso queremos apresentar a diferença entre LIVE e CULTO.
Quando pensamos em Culto, devemos nos lembrar de seus aspectos teológicos e
litúrgicos que o compõe, mesmo que venhamos a adaptar a nossa realidade. O culto
tem um objetivo, uma finalidade, que é de forma sistematizada, ministrar ao coração
das crianças verdades bíblicas, para aplicarem em seu dia a dia.
A LIVE, como o próprio nome a designa, aponta para um momento mais
descontraído, de interação e participação do público de forma mais abrangente.
Certamente haverá espaços para LIVE e CULTO em nossa agenda de trabalho com
as crianças. Nosso objetivo aqui é restringir nossa discussão teórica a respeito da
gravação do culto, como também da importância de elementos essenciais nessa
construção.
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3) Decoração do ambiente: O visual é outro fator importante! Quando vamos
falar aos(as) pequeninos(as), devemos nos lembrar novamente de aspectos
que falam às crianças, como por exemplo: brinquedos que usam no dia a dia.
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Aspectos Técnicos da Gravação
Se hoje temos a internet, a exposição as câmeras como o único recuso para
ministrar às crianças, então vamos precisar se colocar à disposição de Deus para essa
missão. Queremos lhe mostrar aqui alguns aspectos técnicos que lhe ajudarão nesse
processo.
a) MODO ESTRÉIA NO YOUTUBE: Essa modalidade permite que gravemos o
culto anteriormente e publiquemos em nosso canal, com estreia agendada. Ao
enviar o vídeo para a plataforma, aparecerá a opção “estreia”!
Conclusão
Se o nosso desejo é que nossas crianças cresçam alicerçadas na Palavra de
Deus, precisamos envolve-las nesse ambiente de adoração e exaltação a Deus.
Procuremos uma maneira de interagir com a criança na hora do culto, porque mesmo
que seja online, sentirá parte desse momento.
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Ministremos sempre sobre o valor do culto e abusemos da criatividade. Talvez
seja um empecilho falar diante das câmeras. Algumas pessoas são extrovertidas,
outras não. Como lidar com essa situação, se o desafio e a realidade está presente
para todos nós? Não temos uma resposta, mas sim um caminho que poderá auxiliar
nesse tempo. Queremos inspirar sua vida!
Não podemos ter aquele relacionamento horizontal com nossas crianças, mas
o vertical, nós ainda podemos através de Jesus Cristo, e assim leva-las a experimentar
a fé de forma criativa e eficaz.
Que você receba nesse curso motivação e clareza da sua missão. Levante-se
com sua voz ao Senhor, pedindo força, sabedoria, discernimento e ousadia. A Igreja
precisa ser ativa no pastoreio das nossas crianças. Não deixe que as circunstâncias
parem seu ministério. Hoje é dia de dar uma resposta ao Senhor! Que Deus lhe
abençoe nesse tempo!
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