Ciências Humanas Na Prática - Unidade III (Texto Base)
Ciências Humanas Na Prática - Unidade III (Texto Base)
Ciências Humanas Na Prática - Unidade III (Texto Base)
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Saudações cursistas!
Sejam bem-vindas e bem-vindos à Unidade III do nosso curso sobre a área de Ciências
Humanas da etapa do Ensino Fundamental e da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
da etapa do Ensino Médio.
Bons estudos!
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Aula 1 – A avaliação no contexto educacional
A avaliação é uma prática que nos acompanha no dia-a-dia. Seja de modo formal ou informal,
comumente nos colocamos a ponderar antes de fazermos escolhas ao longo de nossas vidas.
Tanto no momento de tomar uma decisão, quanto no processo de avaliação das variáveis que
a precede, muitas energias e competências são mobilizadas para que possamos alcançar o
melhor resultado possível em meio às ocasiões em que se faz necessário optar por uma
possibilidade em detrimento de outra. E, assim como na vida ordinária, também no âmbito da
educação essa dimensão da escolha e da tomada de decisão se revela determinante.
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O objetivo deve ser avaliar para ajudar os alunos a melhorarem o domínio
de uma determinada competência, sendo, portanto, necessário: conhecer
quais são suas dificuldades com vistas a estabelecer as estratégias de
aprendizagem mais apropriadas para chegar a superá-las, dispor do
conhecimento sobre os diferentes esquemas de atuação existentes com
relação ao problema, e saber selecionar o esquema de atuação mais
apropriado para resolvê-lo. (ZABALA & ARNAU, 2014, p. 215)
Para satisfazer essas propostas, uma das coisas a se fazer é refletir sobre a nossa relação com a
concepção de “acerto e erro” e, de modo mais amplo, com a ideia de fracasso escolar. Se a
escola não adotar uma postura realmente aberta à diferença, fundamentada em valores
inclusivos e democráticos, cuja identidade transpareça seu compromisso com a equidade e a
justiça, continuaremos utilizando o processo avaliativo para promover o fracasso escolar e
perpetuar uma educação excludente baseada na distinção radical entre “certo e errado”. Ao
invés de deixarmos que os erros e fracassos determinem os processos de ensino-aprendizado
e conduzam a culpabilizações infundadas, devemos analisar suas causas e efeitos com
prudência e encarar esses eventos como desafios possíveis de serem superados.
De modo a efetivar esse processo, a avaliação deve colocar em marcha um ciclo virtuoso nas
relações de ensino-aprendizado: se por um lado ela verifica como transcorre o
desenvolvimento de competências, por outro lado, ela deve oferecer ao estudante um
feedback sobre seu progresso nesse contexto. Esse processo deve se retroalimentar com foco
na reorientação e melhoria de sua dinâmica, possibilitando ao professor escolher estratégias
cada vez mais eficientes para a reelaboração do processo de ensino-aprendizado.
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Mas para colocar esse ciclo virtuoso pedagógico em ação precisamos saber como a avaliação
pode ser colocada a serviço desse processo formativo emancipador.
OS TIPOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação pode ser dividida em diferentes categorias, de acordo com os propósitos aos quais
ela está submetida. Aqui vamos apresentar a tipologia mais influente no contexto educacional.
Cada estudante chega à escola com uma experiência de vida específica, moldada por fatores
familiares, socioculturais e econômicos. E todo esse amálgama contribui para a formação do
sujeito e gera uma predisposição única para a aquisição de novos aprendizados. Compreender
esse panorama geral é fundamental para a organização do processo de ensino-aprendizado.
Logo,
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Essa avaliação inicial permite uma personalização do ensino, que pode ser entendida como
sendo, na perspectiva do estudante, “o movimento de construção de trilhas que façam sentido
para cada um, que os motivem a aprender, que ampliem seus horizontes e levem-nos ao
processo de serem mais livres e autônomos” (BACICH & MORAN, 2018, p. 42). Essa
personalização, na perspectiva do educador e da escola, constitui-se como “o movimento de ir
ao encontro das necessidades e interesses dos estudantes e de ajudá-los a desenvolver todo o
seu potencial, motivá-los, engajá-los em projetos significativos, na construção de
conhecimentos mais profundos e no desenvolvimento de competências” (BACICH & MORAN,
2018, p. 42).
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resultados, adequar suas propostas pedagógicas para favorecer a ampliação das aprendizagens
e a progressão das competências ainda inconsistentes. A partir dos dados recolhidos através
da aplicação de testes, novos testes são elaborados em conformidade com o grau de
dificuldade apresentado por cada estudante. Aprimorando, portanto, o processo avaliativo de
modo que ele, além de se prestar à função diagnóstica, contribua diretamente para o processo
formativo do estudante. De um modo geral, a avaliação formativa deve
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Esse processo avaliativo também cumpre a função de dar feedback ao estudante e ao
professor com relação ao resultados adquiridos, permitindo o aperfeiçoamento das
intervenções pedagógicas vindouras. Assim, apesar de frequentemente ser colocada em
prática ao final de um período de ensino pontual, a avaliação somativa é uma etapa
fundamental para a formação integral do estudante, uma vez que “a avaliação da
aprendizagem deve ser processual, ter um caráter contínuo, formativo e individualizado”
(CRMG-EM, p. 438).
Em resumo,
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Aula 2 – A avaliação dos conteúdos e o desenvolvimento de competências
Vimos que existem distintos tipos de avaliação, cada um deles cumprindo uma função
determinante para o desenvolvimento de competências necessárias à formação integral do
estudante. De acordo com o CRMG,
Esses conteúdos geralmente são memorizados a partir de atividades orais ou escritas focadas
em repetição de informações, associação e ordenação de conceitos, escolha entre opções
certas e erradas, dentre outras tarefas de padrão mecânico e objetivo. Exercícios desse teor
representam “uma estratégia muito apropriada, pois a resposta dada permite identificar com
rigor o tipo de ajuda pedagógica que deve ser proporcionada para os alunos a fim de
aprimorarem o conhecimento aprendido” (ZABALA & ARNAU, 2014, p. 120). Alguns dos verbos
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de comando mais comuns relacionados a esse tipo de conteúdo são: citar, enumerar,
identificar, numerar, sublinhar etc.
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Ao mesmo passo que os conteúdos procedimentais devem ser aprendidos, precisam
igualmente estar aptos a cumprir sua funcionalidade. Estudos de casos de ensino, pesquisas,
relatórios, jogos, provas operatórias e práticas, resenhas e soluções de problemas são algumas
das possibilidades a serem utilizadas nesse tipo de avaliação. Provas escritas restringem o
escopo global a ser considerado aqui, uma vez que para averiguar satisfatoriamente conteúdos
procedimentais é importante o emprego de “atividades que permitam comprovar a
funcionalidade dos procedimentos para os alunos, quer dizer, atestar se são capazes de utilizá-
los, como no caso dos conceitos, em situações reais e diversas e de forma flexível” (ZABALA &
ARNAU, 2014, p. 120). Alguns dos verbos de comando mais comuns relacionados a esse tipo
de conteúdo são: avaliar, calcular, classificar, demonstrar, inferir etc.
Uma postura que leva em consideração valores de ordem pessoal e socioemocional são
marcas registradas desse processo de aprendizagem. Conflitos que levem à reflexão e à
adoção de princípios em acordo com a heteronomia ou autonomia moral também dão o tom
dos posicionamentos críticos e da problematização de normas e valores analisados.
Observações metódicas, jogos, vivências diversas, atribuições de responsabilidades, prática de
esportes são ações favoráveis para a avaliação de conteúdos atitudinais. Nesse caso, provas
escritas não contribuem em nada para considerar as atitudes, “na medida em que a única
forma para poder conhecê-las é situar o aluno diante de situações conflitivas sabendo que não
está sendo observado” (ZABALA & ARNAU, 2014, p. 221). Alguns dos verbos de comando mais
comuns relacionados a esse tipo de conteúdo são: ajudar, cooperar, manifestar, participar,
preferir, conscientizar etc.
Não podemos perder de vista que “o processo de avaliação da aprendizagem precisa ser
coerente com o processo de ensino.” (MORETTO, 2014,p. 178). Portanto, é necessário muita
atenção ao propor atividades avaliativas aos estudantes: o Planejamento de Ensino deve
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sempre estar estruturado de modo que o alinhamento entre os Planos de Aula, os
procedimentos de avaliação, as competências e habilidades a serem desenvolvidas, os objetos
de conhecimento explorados e as estratégias metodológicas adotadas favoreçam o
desenvolvimento de competências e a sua verificação mediante a análise dos resultados das
práticas avaliativas.
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Indique os parâmetros (critérios) para a correção. (MORETTO, 2014, p.
179)
Independente do instrumento de avaliação escolhido, ele nunca pode ser empregado como
um meio de punição pelo comportamento ou nível de aprendizado do estudante. Ao contrário,
os procedimentos avaliativos devem ser emancipatórios, ou seja, devem permitir que o
estudante faça uso de seus conhecimentos prévios, aprenda com os próprios erros e
desenvolva competências da maneira mais autônoma possível. Não podemos fomentar um
processo de ensino-aprendizado que dê primazia à atribuição de notas e corrobore uma
estrutura educacional que replique o modelo de hierarquia social excludente através de uma
hierarquia escolar, que estigmatiza o estudante (“este aluno aprendeu, aquele não aprendeu”)
e inviabiliza sua formação integral (LUCKESI, 2014, p. 97).
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Aula 3 – As possibilidades da avaliação na área de Ciências Humanas / Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas
Aqui vamos resgatar o exemplo que nos acompanha desde a Unidade I do nosso curso, a
saber, as aulas interdisciplinares cujo fio condutor é o tema “Formação da identidade dos
povos a partir de situações de conflito”. No Plano de Aula do componente curricular Filosofia
apresentado na Unidade II tínhamos proposto quatro questões a serem respondidas:
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melhor nosso devir e destino distintivos, elementos manifestos de modo
decisivo através de uma jornada educacional/cultural que define nossa
identidade, nosso caráter, nossa vida em sociedade e toda a nossa história.
(CRMG-EM, p. 442)
Uma boa estratégia disponível ao professor para organizar as respostas das avaliações e dar
um retorno aos estudantes sobre a progressão de competências é o uso de rubricas. Ainda
pouco utilizadas em nosso sistema educacional,
No que se refere às quatros questões propostas como processo avaliativo para a aula de
Filosofia que adotamos como exemplo, segue abaixo uma sugestão simples do emprego de
rubricas. Para tanto, fez-se o uso da estrutura básica do processo cognitivo da Taxonomia de
Bloom como forma de oferecer um feedback aos estudantes da progressão do
desenvolvimento de suas competências:
(Quadro inspirado no modelo presente no CRMG-EM, p. 442. Aqui foi utilizado um valor qualitativo a
partir atribuição de conceitos [Insatisfatório, satisfatório e excelente])
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Visto que “a competência consistirá na intervenção eficaz nos diferentes âmbitos da vida,
mediante ações nas quais se mobilizam componentes atitudinais, procedimentais e conceituais
de maneira inter-relacionada” (ZABALA & ARNAU, 2014, p. 42), o professor deve ter uma visão
global da postura adotada pelo estudante diante das questões a serem respondidas. Ademais,
para usar as rubricas, os critérios a serem utilizados devem ser claros para
professores e estudantes, ser discutidos e decididos antes da proposição
desse tipo de avaliação, cujos resultados devem servir de base para outras
formas de intervenção, quando necessário e debatidos com o estudante,
oferecendo-lhe novas oportunidades para que obtenha resultados
desejados e satisfatórios. (CRMG-EM, p. 442)
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Todo esse arcabouço intelectual não favorece apenas desenvolvimento de competências e
habilidades específicas do componente curricular Filosofia ou da área de Ciências Humanas. As
competências desenvolvidas fortalecem as engrenagens responsáveis por manter em
movimento o processo de metacognição realizado pelo estudante, possibilitando-o ter
consciência de si próprio e da dinâmica subjacente à progressão de seus aprendizados. Nesse
sentido,
Continuando com o exemplo das quatro questões elaboradas para o Plano de Aula de Filosofia,
é possível identificarmos de que modo os conteúdos conceituais vão aparecer nas respostas
redigidas pelos estudantes. E, ainda que essas questões explorem situações de conflito não
vivenciadas pelos estudantes, o professor pode vislumbrar conteúdos atitudinais nessas
respostas ao favorecer a imersão do aluno nessas situações a partir de construções
argumentativas fruto de reflexões individuais que permitam, de certa forma, que o estudante
“sinta” os dilemas morais que configuram os contextos de violência e guerra. Para facilitar esse
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processo, o professor pode apresentar situações recorrentes da realidade de vida dos
estudantes nas quais os temas explorados nas questões também se fazem presentes em certa
medida.
Ainda com relação aos conteúdos atitudinais, o seu aprendizado requer conhecimentos e
reflexões “sobre os possíveis modelos, uma análise e uma valorização das normas, uma
apropriação e elaboração do conteúdo, o que implica a análise dos fatores positivos e
negativos, uma tomada de posição, uma implicação afetiva e uma revisão da própria atuação”
(ZABALA & ARNAU, 2014, p. 121). Uma vez que esses conteúdos podem ser averiguados
mediante observações sistemáticas de situações conflituosas vivenciadas pelos estudantes, o
recurso à atividades gamificadas, por exemplo, podem ser uma boa alternativa para o
professor compor seu processo avaliativo, criando, portanto, situações controladas com
dilemas propícios à tomadas de decisões valorativas pelos estudantes. Nesse quesito,
propostas de atividades envolvendo narrativas e interpretação de papéis podem ser boas
opções (júris simulados, RPG, uso de jogos etc).
quanto à avaliação, é recomendável que ela não fique presa a testes escritos
e que seja mais processual, considerando as competências e habilidades da
área de conhecimento e de cada componente curricular, baseando-se no
que foi planejado para cada etapa. Assim, pode-se usar todas as atividades
desenvolvidas individualmente e coletivamente ao longo do período, usar
rubricas, autoavaliação, participação em projetos sociais e grupos de
trabalho, exercícios autobiográficos, discussões, debates, simulados e
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encenação de conflitos, propostas para resolução de problemas,
engajamento em atividades culturais, de expressão de memórias coletivas e
de comunicação com outros estudantes, no âmbito familiar e na sociedade.
Além de atividades, é necessário, também, considerar o desenvolvimento
das competências socioemocionais, como responsabilidade; maturidade;
empatia; respeito às pessoas, diversidades, diferenças, regras, ao meio
ambiente; autoconhecimento; autoconfiança; autonomia; autoestima;
educação; ética; cooperação; criatividade; resolução de conflitos de forma
pacífica; tolerância. (CRMG-EM, p. 59)
Aqui, destacamos apenas o uso das rubricas pelo fato dessa abordagem pedagógica ainda ser
pouco difundida e aplicada em nosso sistema educacional mineiro. Pensando no contexto mais
amplo do nosso exemplo, dentro do qual o Plano de Aula de Filosofia apresentado é apenas
uma parte, podemos estendê-lo aos componentes curriculares Geografia, História e Sociologia,
que poderiam se integrar organicamente à proposta interdisciplinar sugerida na Unidade I
(tomando como base a proposta de Filosofia que foi mais detalhada ao longo do nosso curso).
Uma atividade de seminário resgataria os principais temas estudados nos quatro componentes
curriculares ao longo dessa jornada interdisiciplinar, de modo articulado e possibilitando ao
estudante experimentar e compreender melhor a nova proposta do currículo mineiro, a saber,
o desenvolvimento de competências com foco em ações circunscritas por área de
conhecimento – visto que “romper com uma tradição escolar, que se vale da fragmentação, da
compartimentalização e da hierarquização dos saberes, se faz necessário em nosso tempo”
(CRMG-EM, p. 205).
Ainda nesse contexto, uma olimpíada de Ciências Humanas, por exemplo, poderia ser uma
proposta relevante para o momento de encerramento do ciclo de ações interdisciplinares,
podendo ter como uma de suas atividades novas competições envolvendo o jogo 7 Wonders
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Duel. Essa proposta poderia ter como objetivos a avaliação de conteúdos atitudinais e a
distribuição de medalhas (badges) àqueles que conseguirem uma maior pontuação ao fazerem
associações satisfatórias entre os elementos do jogo e os saberes filosóficos, geográficos,
históricos e sociológicos. Alguns temas possíveis para serem referenciados nessa atividade:
justificativas éticas para declarar ou cessar guerras; administração de recursos naturais e
humanos para a manutenção de conflitos; contextualização de eventos históricos relacionados
à temática do jogo, entre outros.
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À GUISA DE CONCLUSÃO
É importante termos compreendido que “ao longo de toda a Educação Básica, o ensino das
Ciências Humanas deve promover explorações sociocognitivas, afetivas e lúdicas capazes de
potencializar sentidos e experiências com saberes sobre a pessoa, o mundo social e a natureza”
(BNCC, p. 354). Ademais, pensando nas diretrizes da BNCC e nas características que definem a
identidade do nosso sistema educacional, também é importante nos lembrarmos de que
No momento, atravessamos uma situação delicada com a pandemia causada pela COVID-19 e
isso afeta substancialmente a dinâmica da vida escolar de nossos estudantes. Essa situação
singular levou à instauração de uma quarentena e, consequentemente, à implementação de
um ensino remoto emergencial, que deixará marcas profundas no processo formativo
daqueles que compõem hoje o corpo discente das nossas instituições de ensino. Do mesmo
modo, o corpo docente padece em meio a esse contexto atípico, no qual se faz necessário
redescobrir como estabelecer processos de ensino-aprendizado que sejam significativos para
todos que compõem a comunidade escolar.
Uma coisa é certa: o ensino remoto emergencial em algum momento será abolido. No
entanto, podemos tentar aprender alguma coisa com toda essa situação desfavorável e, a
partir disso, planejar as etapas que virão a seguir. Hoje podemos perceber de modo visceral a
importância dos recursos tecnológicos no âmbito da educação. Nessa perspectiva, o ensino
híbrido e as metodologias ativas, por exemplo, são propostas educacionais que certamente
irão ditar os rumos dos processos de ensino-aprendizado daqui para frente.
ver a aprendizagem como algo ligado à história de vida é entender que ela
está situada em um contexto, e que também tem história – tanto em termos
de histórias de vida dos indivíduos e histórias e trajetórias das instituições
que oferecem oportunidades formais de aprendizagem como de histórias de
comunidades e situações em que a aprendizagem informal se desenvolve.
(BACICH, NETO, TREVISIANI, 2015, p. 45)
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A “sociedade muda, os problemas mudam, e a educação precisa acompanhar esse processo.
Além disso, na sociedade do conhecimento, a capacidade de aprender se tornou uma
disposição permanente” (BACICH, NETO, TREVISIANI, 2015, p. 326). Desse modo, sendo a
educação uma tarefa indispensável para o nosso desenvolvimento enquanto seres humanos,
“a formação deve ser entendida como algo permanente, como uma atitude diariamente
renovada com a comunidade escolar, com a sociedade e com o mundo” (BACICH, NETO,
TREVISIANI, 2015, p. 326). E, nesse contexto, as Ciências Humanas, tal como apresentadas ao
longo do nosso curso, tem muito a contribuir para o desenvolvimento de competências
necessárias à compreensão e a transformação do nosso mundo.
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