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Ansiedade Alunos Universitários

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCOCENTRO

ACADÊMICO DA VITÓRIA
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

LAYSA MIRELLY DA SILVA PONTES

ANSIEDADE EM ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR:


UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Vitória de Santo Antão


2021
LAYSA MIRELLY DA SILVA PONTES

ANSIEDADE EM ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR:


UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

TCC apresentado ao Curso de Bacharelado


em Educação Física da Universidade Federal
de Pernambuco, Centro Acadêmico da
Vitória, como requisito para a obtenção do
título de Bacharel em Educação Física.

Orientadora: Profª Drª Solange Maria


Magalhães da Silva Porto.

Vitória de Santo Antão


2021
Catalogação na Fonte
Sistema Integrado de Bibliotecas da UFPE. Biblioteca Setorial do CAV.
Bibliotecária Ana Ligia F. dos Santos, CRB4/2005

P814a Pontes, Laysa Mirelly da Silva.


Ansiedade em estudantes do ensino superior: uma revisão
bibliográfica/ Laysa Mirelly da Silva Pontes - Vitória de Santo Antão,
2021.
30 folhas.

Orientadora: Solange Maria Magalhães da Silva Porto.


TCC (Bacharelado em Educação Física) – Universidade Federal de
Pernambuco, CAV, Bacharelado em Educação Física, 2021.
Inclui referências.

1. Ansiedade. 2. Assistência à Saúde Mental. 3. Serviços de Saúde para


Estudantes. I. Porto, Solange Maria Magalhães da Silva (Orientadora). II.
Título.

616.8522 CDD (23.ed.) BIBCAV/UFPE - 044/2021


LAYSA MIRELLY DA SILVA PONTES

ANSIEDADE EM ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR:


UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

TCC apresentado ao Curso de Bacharelado em


Educação Física da Universidade Federal de
Pernambuco, Centro Acadêmico da Vitória, como
requisito para a obtenção do título de Bacharel em
Educação Física.

Aprovado em: 23/04/2021

BANCA EXAMINADORA

Profª Drª Solange Maria Magalhães da Silva Porto (Orientadora)


Universidade Federal de Pernambuco

Prof°. Ms. Flávio Campos de Morais (Examinador Interno)


Universidade Federal de Pernambuco

Prof°. Ms. Diego Santos de Araújo (Examinador Externo)


Secretaria de Educação e Esporte do Estado de Pernambuco
Dedico esse trabalho ao meu pai Luiz de Albuquerque Pontes (in memoriam), que sempre
me incentivou a estudar e se orgulhava de cada nova conquista minha.
Essa conquista também é sua Pai.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que mais uma vez me fortaleceu para chegar ao fim
desse desafio, e me mostrou que tudo é no tempo dele.
Agradeço a minha orientadora Solange Porto que me auxiliou nesse trabalho e
sempre tinha uma palavra positiva a me falar.
Agradeço a minha mãe, mulher forte e batalhadora que sempre fez o melhor que
pode pra me ajudar nessa caminhada acadêmica e na vida.
Por fim, Agradeço ao meu noivo que sempre me fortalece com suas palavras e aos
meus amigos e familiares que contribuiram com palavras amigas e torcem por mim.
“As doenças são o resultado não só dos nossos atos, mas também dos nossos pensamentos.”
Mahatma Gandhi
RESUMO

A ansiedade faz parte da natureza humana, é ela que nos mantém em alerta para situações de
perigo e que nos prepara para reagir melhor a diversas ocasiões como por exemplo, entrevistas
e avaliações. Porém, quando esse estímulo de alerta tem maior intensidade e duração do que
necessário, considera-se a ansiedade na sua forma patológica. O período universitário trás
consigo novos desafios ao estudante, que precisam se ajustar as novas rotinas de estudos,
cobranças por parte da instituição de ensino e mudanças no contexto social. O objetivo deste
trabalho é investigar a ansiedade em estudantes universitários, através de uma revisão
bibliográfica exploratória de natureza qualitativa. Utilizou-se as bases de dados SCIELO e
LILACS, com linha temporal entre 1997 e 2021, foram selecionados 5 artigos considerados
relevantes para a pesquisa, além de sites governamentais e Organização Mundial de Saúde.
Fatores estressantes presentes na graduação como apresentações de trabalhos, estágios e
atividades curriculares, Trabalho de Conclusão de Curso, dentre outros, são contribuintes para
um aumento no nível de ansiedade em estudantes do ensino superior. Diante da presente
revisão foi possível observar que a maioria dos estudos demonstram níveis moderados a altos
de ansiedade em universitários, mediante a isso são necessárias políticas voltadas para a saúde
mental dessa população, que vise melhorar a qualidade de vida dos graduandos, além disto,
observa-se a importância de estudos complementares com essa temática para agregar
informações sobre as conjuções que podem gerar a ansiedade em universitários.

Palavras chaves: Ansiedade. Saúde Mental. Universitários.


ABSTRACT

Anxiety is part of human nature, it is what keeps us alert to dangerous situations and which
prepares us to react better to different occasions, such as interviews and evaluations.
However, when this alert stimulus has greater intensity and duration than necessary, anxiety
is considered in its pathological form. The university period brings with it new challenges for
the student, who need to adjust to the new study routines, demands from the educational
institution and changes in the social context. The objective of this work is to investigate
anxiety in university students, through an exploratory bibliographic review of a qualitative
nature. The SCIELO and LILACS databases were used, with a time line between 1997 and
2021, 5 articles were considered relevant to the research, in addition to government and
World Health Organization websites. Stress factors present in undergraduate courses such as
presentations of work, internships and curricular activities, Completion of course work,
among others, are contributing to an increase in the level of anxiety in higher education
students. In view of this review, it was possible to observe that most studies show moderate
to high levels of anxiety in university students, which means that policies aimed at the
mental health of this population are necessary, aiming to improve the quality of life of
undergraduates, in addition, he observes the importance of complementary studies with this
theme to add information about the conjunctions that can generate anxiety in university
students.

Key Words: Anxiety. Mental health. College students.


LISTA DE ABREVIATURAS

APA American Psychiatric Association

BAI Inventário de Ansiedade de Beck

BDI Inventário de Depressão de Beck

CID Classificação internacional de doenças

DSM Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders

IDATE Inventário de Ansiedade Traço- Estado

OMS Organização Mundial da Saúde

PNAES Política Nacional de Assistência Estudantil

TCC Trabalho de Conclusão de Curso


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11

2.REFERENCIAL TEORICO ................................................................................................ 13

2.1 Breve histórico sobre a Classificação Internacional de Doenças e o Manual Diagnóstico e


Estatístico de Doenças Mentais. ......................................................................................... 13

2.2 Definições de Ansiedade, epidemiologia, tipos de ansiedade. ......................................... 14

2.3 Ansiedade-Traço, Ansiedade-Estado e sintomatologia. ................................................... 15

2.4 O cuidado à saúde mental do estudante universitário. ...................................................... 16

2.5 Ansiedade e os fatores desencadeantes relacionados ao ambiente universitário. ............. 18

3 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 20

3.1 Geral.................................................................................................................................. 20

3.2 Específicos ........................................................................................................................ 20

4 METODOLOGIA ................................................................................................................ 21

5 RESULTADOS ................................................................................................................... 22

6 DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 24

7 CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 26

REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 27
11

1 INTRODUÇÃO

Conforme Viana (2010a), etimologicamente, a palavra ansiedade é derivada do termo


grego “agkhô” (αγχθ), que significa estrangular, sufocar, oprimir. Segundo o mesmo autor
deste termo surgiram, na língua latina, os verbos “ango” e “anxio”, que significam apertar,
constringir fisicamente. Em francês e em português, nasceram a partir daí os termos técnicos
“angústia” (em francês “angoisse”) e “ansiedade” (“anxieté”) (VIANA, 2010a).
A ansiedade é uma emoção natural do ser humano, ela faz parte da vivência humana e
é considerada fundamental à autopreservação, mesmo que produzindo sensações de apreensão
e algumas alterações desagradáveis no organismo(LEÃO, 2015). De outro modo, em sua
condição patológica ela se apresenta de forma mais intensa e frequente, com sintomas
duradouros que podem causar sofrimento e prejuízo na vida do indivíduo, como abandono de
emprego, abuso de substâncias e evasão escolar (LEÃO, 2015).
O ensino superior constitui uma importante etapa na vida do estudante
universitário. É sem dúvida um período que implica inúmeras mudanças,
desempenhando um papel essencial em nível do desenvolvimento pessoal,
social e familiar, principalmente, se considerarmos as transformações que
têm ocorrido na atualidade. (FERREIRA, 2014)
Durante o período de graduação, o estudante vivência problemas com os quais ainda
não tinha se deparado. De acordo com o aumento na rotina de estudos e a maior intensidade
na jornada acadêmica, o universitário fica vulnerável a desenvolver sobrecarga psicológica, o
que pode influenciar no comportamento e desencadear transtornos, como por exemplo,
transtornos de ansiedade ou transtornos ansiosos (MEDEIROS; BITTENCOURT, 2014).
Os transtornos que afetam a saúde mental dos universitários têm aumentado, tanto em
número quanto em intensidade, tornando-se um grande desafio para os centros acadêmicos e
serviços de saúde. A ansiedade, referente à graduação, pode atingir de forma negativa o
desempenho acadêmico, a saúde mental e o desenvolvimento do discente gerando prejuízo
para a sua formação e consequentemente seu futuro (RABELO; SIQUEIRA; FERREIRA,
2021).
Perante isso, surgiu o interesse em aprofundar os estudos sobre a ansiedade em
estudantes universitários e para isso a revisão será embasada na seguinte problemática:
operíodo acadêmico pode contribuir para o aumento dos níveis de ansiedade, tornando-se
prejudicial ao universitário? Como hipótese, acredita-se que há um nível de ansiedade alto em
estudantes universitários devido aos fatores estressores presentes no período acadêmico.
Este trabalho é relevante visto que poderá trazer, através da revisão bibliográfica,
12

informações sobre os desafios enfrentados no período universitário e a influência que esses


novos estímulos geram no nível de ansiedade dos graduandos, contribuindo para afirmar a
necessidade de ações para minimizar os danos futuros à saúde mental dos universitários.
13

2.REFERENCIAL TEORICO

2.1 Breve histórico sobre a Classificação Internacional de Doenças e o Manual


Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais.

Os sintomas associados à ansiedade aparecem, na história, desde a antiguidade (onde


era vista e tratada como uma questão física) somente no final do século XIX o tratamento e o
estudo da ansiedade foram denominados à seção psiquiátrica. Em 1946, foi criado o National
Institute of Mental Health (NIMH) devido à necessidade de um consenso científico sobre a
terminologia das doenças mentais, anos após, em 1948 a OMS publicou a sexta edição da
Classificação Internacional de Doenças (CID-6), incluindo, pela primeira vez, uma seção para
transtornos mentais. (ALMEIDA; SOARES, 2004).
No ano de 1952, diante da insatisfação com as classificações anteriores, exprimida
pela comunidade psiquiátrica internacional, especialmente pela APA criou-se uma nova
classificação, denominada Manual de Estatística e Diagnóstico dos Transtornos Mentais,
DSM. Segundo classificado pelo DSM-1 os quadros de ansiedade aparecem como parte da
categoria “psiconeuroses” (ESCOCARD, 2008; VIANA, 2010b).
Anos depois, em 1955, foi publicado a CID-7, a qual não incluiu revisões significantes
na seção sobre doenças mentais, diante disso, não ocorreu o reconhecimento pela comunidade
científica sobre a relevância das doenças mentais; a OMS custeou grupos de estudos com o
objetivo de criar uma nova classificação a CID-8 publicada em 1968, esta agregou uma nova
seção sobre doenças mentais, no mesmo ano foi veiculado a DSM-II, que acrescentou novas
subdivisões e categorias (LOPES, 1997).
A CID-9 publicada em 1975 tornou alguns termos encontrados na CID-8 mais
descritivos, pouco tempo depois a classificação encontrada na CID-9 foi revisada tornando-se
CID-9-CM (“clinical modification”), com o intuito de fornecer categorias adicionais e nomes
alternativos para alguns quadros clínicos (LOPES, 1997).
“A terceira versão... DSM III, publicado pela American Psychiatric Association em
1980, implicou uma mudança de paradigma no conhecimento psiquiátrico vigente, tanto nos
Estados Unidos quanto no contexto internacional em geral” (RUSSO; VENÂNCIO, 2006,
p.1). Segundo Russo e Venâncio (1987), a DSM-III foi revisada tornando-se DSM-III-R na
qual o termo neurose foi abandonado.
14

Cinco anos após foi publicada a CID-10 “passa a ser alfanumérico e os “transtornos de
ansiedade” fazem parte do bloco F40-F48 (“transtornos neuróticos, relacionados ao estresse e
somatoformes”) que inclui quadros de ansiedade, quadros de obsessão-compulsão e
transtornos relacionados ao estresse” (LOPES,1997, p.102).
A DSM-IV criada em 1994 confirmou o uso do termo comorbidade que surgiu na
DSM anterior. Refere-se a um sistema de classificação multiaxial, que agrupa 16 classes
diagnósticas distintas, que possuem códigos numéricos individuais e se distribuem em cinco
eixos (MATOS, 2005). “Uma revisão dessa edição foi publicada em 2000 como DSM-IV-TR
e foi formalmente utilizada até o início de 2013” (ARAÚJO; NETO,2014, p.69).
Atualmente, a versão utilizada mundialmente é a DSM-V publicada em 2013,
“resultado de um processo de doze anos de estudos, revisões e pesquisas de campo realizado
por centenas de profissionais divididos em diferentes grupos de trabalho” (ARAÚJO; NETO,
2014, p.70).

2.2 Definições de Ansiedade, epidemiologia, tipos de ansiedade.

“A ansiedade é entendida como uma emoção normal da vivência humana. Entretanto


sua conceituação ainda é difícil, bem como a delimitação da ansiedade normal e da
patológica.” (ALVES,2014, p.102). Segundo Castillo (2000) “Ansiedade é um sentimento
vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de
antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho.”
Outra definição para ansiedade é que

[...] é um sentimento que acompanha um sentido geral de perigo, advertindo


as pessoas de que há algo a ser temido. Refere-se a uma inquietação que
pode traduzir-se em manifestações de ordem fisiológica e de ordem
cognitiva. Como manifestações fisiológicas pode-se citar agitação,
hiperatividade e movimentos precipitados; como manifestações cognitivas
surgem atenção e vigilância redobrada e determinados aspectos do meio,
pensamentos e possíveis desgraças. (BATISTA; OLIVEIRA, 2005, p. 43).
“A ansiedade e o medo passam a ser patológicos quando são exagerados,
desproporcionais ao estímulo, ou, qualitativamente, diversos do que se observa como norma
naquela faixa etária, interferindo na qualidade de vida.” (CASTILLO, 2000, p. 20).
Em outros termos, deixa de ser um sinal de alerta que prepara o indivíduo para algum
acontecimento futuro e passa a impedi-lo de realizar as tarefas diárias a ele condicionadas,
causando prejuízo, seja no âmbito escolar, profissional ou social. Os convites pra sair são
15

recusados com desculpas, não entrega trabalhos no prazo, ocorrem esquecimentos com
frequência, a procrastinação se torna constante, palpitações, sentimento de incapacidade,
dentre outras situações, detêm o indivíduo ansioso (BIENARTH, 2020).
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), (2017) constatam que a extensão da
população global com transtornos de ansiedade é estimada em 3,6 %. Sendo mais comum
entre mulheres do que em homens (4,6% em comparação com 2,6% em nível global). (OMS,
2017).
“Os transtornos ansiosos são os quadros psiquiátricos mais comuns tanto em crianças
quanto em adultos” (CASTILLO, 2000). De acordo com o DSM-V (2013), os transtornos de
ansiedade são classificados em transtorno de ansiedade de separação, mutismo seletivo, fobia
específica, transtorno de ansiedade social (fobia social), transtorno de pânico, agorafobia,
transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade induzido por
substância/medicamento, transtorno de ansiedade devido à outra condição médica, outro
transtorno de ansiedade especificado e transtorno de ansiedade não especificado.

2.3 Ansiedade-Traço, Ansiedade-Estado e sintomatologia.

A ansiedade engloba duas distinções: A ansiedade-traço, a qual se refere a “uma


disposição pessoal, relativamente estável, a responder com ansiedade a situações estressantes
e uma tendência a perceber um maior número de situações como ameaçadoras” (GAMA et
al., 2008 p.20).
Portanto, a ansiedade-traço “é uma característica relativamente estável de um
indivíduo, determinada por características de ansiedade mais constantes, é a predisposição
relacionada com o perfil psicológico de perceber circunstâncias como ameaçadoras ou não”
(BARRETO, 2017, p.9).

A ansiedade-estado “é definida por sentimentos de preocupação, tensão ou


nervosismo consciente diante de uma situação específica, ou seja, um estante determinado de
ansiedade” (BARRETO, 2017, p10), sendo assim, “referente a um estado emocional
transitório, caracterizado por sentimentos subjetivos de tensão que podem variar em
intensidade ao longo do tempo” (GAMA et al., 2008, p.20).
No âmbito do Ensino Superior:
A ansiedade-estado está ligada a um momento ou situação particular dos
estudantes, como ao entrar na universidade, causando um estado emocional
transitório. Já a ansiedade-traço está relacionada às características
16

individuais e disposicionais, estabelecendo diferenças entre os indivíduos


quanto à forma de encarar eventos diversos, ou seja, cada indivíduo traz
consigo uma disposição maior ou menor de encarar as situações como
ansiogênicas, estando relacionada, diretamente, à personalidade de cada um.
(FERREIRA, C. et al., 2009, p.974).
Conforme a Associção Psiquiátrica Americana (2010a), recomenda-se para
diagnosticar a ansiedade a observância dos seguintes sintomas: tensão ou dor muscular,
inquietação, tremores ou sensação de fraqueza, falta de ar ou sensação de respiração curta,
sudorese, palpitações, boca seca, mãos suando frio, tonturas e vertigens, rubor ou calafrios,
diarreia, náuseas, impaciência, aumento do número de urinadas, sensação de bolo na garganta,
dificuldade de concentração ou falta de memória, resposta exagerada à surpresa, dificuldade
de dormir ou sonolência e irritabilidade. Indivíduos com ansiedade patológica experimentam
com frequência cerca de seis dos sintomas citados. (ASSOCIAÇÃO PSIQUIÁTRICA
AMERICANA, 1994).
Os transtornos de ansiedade se diferenciam de acordo com o tipo de situação ou objeto
que induz ao medo, ansiedade ou comportamento de esquiva. Desse modo, apesar de serem
altamente comórbidos entre si, diferem pelos detalhes dos tipos de situações que são temidas
e evitadas e pelo conteúdo das crenças e pensamentos associados. (ASSOCIAÇÃO
PSIQUIÁTRICA AMERICANA, 1994).

2.4 O cuidado à saúde mental do estudante universitário.

A OMS (2016), define saúde mental como “um estado de bem-estar no qual um
indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com os estresses cotidianos, pode
trabalhar produtivamente e é capaz de contribuir para sua comunidade.”

A saúde mental é essencial para nossa capacidade, como seres humanos, de interagir
uns com os outros, pensar, agir e aproveitar a vida. Baseado nisso, proteger, restaurar e
promover a saúde mental é uma preocupação a ser considerada vital pela sociedade em todo o
mundo (OMS, 2016).
No início do século XX, nos Estados Unidos, surgiu a preocupação com a saúde
mental dos estudantes universitários, isso se deu a partir do reconhecimento de que os
universitários se encontram naturalmente mais vulneráveis, do ponto de vista psicológico,
sendo a instituição em que estão inclusos a responsável em ajudá-los, por meio de programas
de assistência psicológica (CERCHIARI; CAETANO; FACCENDA, 2005).
No Brasil, a preocupação com a saúde mental do universitário se deu a partir de
17

1957, com a criação do primeiro Serviço de Higiene Mental e Psicologia Clínica, pela
Universidade Federal de Pernambuco, tendo como intuito fornecer assistência psicológica e
psiquiátrica aos universitários(CERCHIARI; CAETANO; FACCENDA, 2005).
Vários estudos epidemiológicos têm revelado que as perturbações mentais têm maior
hipótese de surgir pela primeira vez no início da vida adulta, principalmente no período
universitário (SILVERA et al, 2011, p.248). A literatura indica altas taxas de prevalência de
sintomas de ansiedade em estudantes universitários, podendo inclusive ser superiores aos
índices encontrados na população em geral (PADOVANI et al., 2014).
Para a maior parte dos jovens, o ingresso no ensino superior representa a procura por um
maior nível educacional, a expectativa de um bom emprego e a criação de objetivos tanto
pessoais, quanto profissionais(SILVEIRA et al., 2011).
De acordo com Padovani et al (2014), o ambiente acadêmico pode ser estressante
quando as circunstâncias não são adequadas para o desenvolvimento da socialização e
comunicação do aluno com professor, família e com a sociedade. Uma estratégia para
enfrentar essas situações de estresse é o suporte social, visto que quando se é exposto a um
estressor e se tem um forte suporte social, o efeito negativo tende a parecer menor.
Esse suporte pode ser fornecido por todos que cercam o sujeito. Fornecer apoio
emocional, escutar e dar ao indivíduo a sensação de ser compreendido e respeitado é de
grande importância. Tão importante quanto à presença desse suporte social é a percepção que
a pessoa tem da tal presença, para que ela seja eficaz (PADOVANI et al., 2014).
A principal ferramenta de gestão dos assuntos ligados à atenção psicossocial dos
universitários é a Política Nacional de Assistência Estudantil (PNAES). O art.2º(Decreto nº
7.234 de 19 de julho de 2010 – Brasil) cita que a PNAES tem como objetivos: democratizar
as condições de permanência dos jovens na educação superior pública federal; minimizar os
efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e conclusão da educação
superior; reduzir as taxas de retenção e evasão; contribuir para a promoção da inclusão social
pela educação (BRASIL, 2010).
O sucesso dos estudantes tem uma importante relação com o seu bem-estar físico,
social e mental. Assim, as instituições têm uma grande responsabilidade em acompanhar seus
discentes, fornecendo fácil acesso aos centros de referência e tendo familiaridade com os
sinais iniciais de doença mental (SILVEIRA et al., 2011).
18

2.5 Ansiedade e os fatores desencadeantes relacionados ao ambiente universitário.

As políticas de expansão do ensino superior vêm propiciando uma forte


democratização do campus brasileiro nas últimas décadas, permitindo a inclusão de grupos
historicamente excluídos deste nível educacional. Este fato vem alterando, significativamente,
o perfil do estudante de graduação do Brasil (RISTOFF, 2014).
A experiência de ingresso no Ensino Superior pode representar ao estudante, além da
busca por uma formação profissional, a entrada em um universo de demandas e
responsabilidades, que muitas vezes marcam o início da vida adulta (SILVA, 2019).
A transição normativa do ensino secundário para o ensino superior apresenta vários
desafios, nomeadamente a saída da casa familiar, o aumento de independência e
responsabilidade acadêmica, alterações nos grupos sociais (GALVÃO et al., 2017).
A chegada à universidade é um período de adaptação a uma nova rotina, entre os
novos desafios estão a mudança de cidade, o aumento de responsabilidades, limitações
econômicas, incerteza sobre a carreira e o curso escolhido, insegurança, medo, dentre outros
fatores que podem impactar negativamente na saúde mental do universitário (ACCORSI et
al., 2015).
A universidade é um contexto de interações sociais diversas e exige do universitário
muitas habilidades interpessoais e acadêmicas. Tais demandas podem agravar problemas de
saúde mental já existentes ou podem aumentar a probabilidade de ocorrerem. (BOLSONI-
SILVA; GUERRA, 2014).

Alguns autores acreditam que existam diferentes estressores ao longo de um curso


universitário... e que esses fatores poderiam influenciar a prevalência de depressão entre
estudantes (CAVESTRO; ROCHA, 2006).
Fatores como grandes cargas horárias de estudos e cobranças de professores, presentes
na vida acadêmica de estudantes, contribuem para transtornos, as mudanças bruscas de
realidade fazem com que os estudantes sofram ao iniciarem a faculdade, a exigência cada vez
maior do mercado de trabalho, a insegurança de concluir seu curso e o enfrentamento de
situações de conflitos sociais que antes não conheciam são fatores influenciadores de
sentimentos de incapacidade (DA VICTORIA, 2013).
Vale dizer que, se o aluno vivencia sentimentos negativos como mau humor,
ansiedade e depressão (em sua vida particular e/ou como decorrência das
próprias atividades acadêmicas) e, além (ou por causa) disso não consegue se
concentrar tão bem nos estudos, poderá ter cada vez mais prejudicada sua
motivação para aprender e seu desempenho no curso escolhido. Ademais, os
19

sentimentos negativos vivenciados podem comprometer sua saúde mental


(CATUNDA; RUIZ, 2008, p. 27).
Segundo Bolsoni-Silva e Guerra (2014), vivências acadêmicas que não garantem uma
boa qualidade de vida podem tornar-se experiências estressantes, podendo tanto influenciar no
aparecimento de transtornos depressivos, quanto afetar o rendimento acadêmico e o abandono
escolar.
Alterações no sono-vigília são frequentes na vida acadêmica, sendo habituais
características de sono irregular nos estudantes, que geralmente apresentam longa duração de
sono durante o final de semana e curta duração durante o restante da semana. Outra vilã para
o baixo desenvolvimento acadêmico é a ansiedade pré-prova, que é gerada pela preocupação
de possível fracasso nas avaliações (DA VICTORIA, 2013).
De acordo com as diferenças de cada sujeito em enfrentar eventos diversos, a
ansiedade em situações avaliativas pode ser enfrentada como ameaçadora para o indivíduo.
Dependendo da forma que é realizado a avaliação do teste ou exame, o estudante experimenta
um aumento no sentimento de ansiedade, podendo ter respostas físicas ou emocionais, por
efeito das exigências externas como realizações de exame para nota final ou conclusão de
curso, ou por exigências internas que diz respeito às metas que os estudantes se propõem a
alcançar (FERREIRA, 2014).

Os estudantes universitários passam por diversas dificuldades durante a graduação e


situações que os forçam a aprender a lidar com suas próprias limitações. Como por exemplo:
conciliar a carga horária de aulas com o restante das demandas exigidas, entre elas provas,
estágios, trabalhos, grupos de estudo, horas complementares, projetos, entre outros (MELO,
2016). Conforme COSTA (2017) “O ambiente universitário é permeado de situações
desgastantes que podem influenciar ou desencadear o desenvolvimento da ansiedade nos
universitários.
20

3 OBJETIVOS

3.1 Geral
Entender a ansiedade e seu contexto em estudantes universitários através de revisão da
literatura.

3.2 Específicos
1. Elucidar como os autores descrevem as diferentes causas da ansiedade;
2. Mostrar atráves de uma revisão os fatores que levam ao aumento da ansiedade em
universitários;
3. Descrever como o período universitário pode desencadear o aumento da ansiedade.
21

4 METODOLOGIA

Os transtornos mentais vêm se tornando problemas comuns de saúde em todo o


mundo, pois contribuem de forma relevante para a carga das doenças, tanto pela frequência
com que ocorrem os sintomas, quanto pelo grau em que comprometem a capacidade funcional
das pessoas e a sua qualidade de vida (GALVÃO, 2013).
O presente estudo se caracteriza como uma pesquisa de revisão bibliográfica
exploratória, este tipo de pesquisa tem como objetivo proporcionar maior ligação com o
problema, com vistas a torná-lo mais compreensivo. A pesquisa é de natureza qualitativa
(GIL, 2009).
“Os métodos qualitativos buscam explicar o porquê das coisas, exprimindo o que
convém ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se submetem à
prova de fatos, pois os dados analisados são não métricos (suscitados e de interação) e se
valem de diferentes abordagens” (GIL, 2009, p. 32).
Para a revisão bibliográfica deste trabalho foram usados artigos científicos
encontrados nas bases de dados como SCIELO e LILACS com linha temporal entre 1997 a
2021 auxiliado pelas palavras-chaves, ansiedade, saúde mental, universitários, onde foram
encontrados ao todo 107 artigos consideráveis para o estudo, porém 5 tiveram relevância
para a pesquisa, também foram consultados sites oficiais governamentais e OMS, dispondo
assim, o método de investigação que foi de encontro com os objetivos que o presente estudo
procurou atingir, certificando a concretização dos resultados.
22

5 RESULTADOS

Diante da análise dos estudos, percebeu-se que a dissertação e os artigos encontrados


são pesquisas de natureza quantitativa. Como instrumento mais utilizado nas publicações
observou-se o uso do Inventário de Ansiedade de Beck (Beck Anxiety Inventory - BAI), que é
composto por 21 questões com quatro possíveis respostas, e tem como objetivo investigar a
presença de sintomas de ansiedade. Seguido pelo Inventário de Ansiedade Traço (IDATE T).

Tabela 1 - Estudos Analisados.


Autores Ano Editora Título Instrumento
Santos 2014 Universidade Perfil de Inventário de
Estadual da ansiedade em Ansiedade de
Paraíba estudantes Beck (Beck
universitários de Anxiety
cursos da área Inventory - BAI)
da saúde
Chaves et al. 2015 Revista Brasileira Ansiedade e Inventário de
de enfermagem espiritualidade ansiedade traço-
em estudantes estado IDATE e a
universitários: Escala de
um estudo espiritualidade de
transversal Pinto e Pais
Ribeiro
Lima et al. 2017 Revista de Avaliação da Inventário de
enfermagem ansiedade e Ansiedade Traço
UFPE online autoestima em (IDATE T)
concluintes do
curso de
graduação em
enfermagem
Medeiros e 2017 In On Line Fatores Instrumento de
Bittencourt revista associados à caracerização
multidisciplinar Ansiedade em Sociodemográfica
e de psicologia Estudantes de e Inventário
uma Faculdade de Ansiedade de
Particular Beck (BAI)
Maximiano et al. 2020 Edições Sílabas Nível de Inventário Beck
Didáticas atividade física, de Depressão
depressão e (BDI) e
ansiedade em Inventário Beck
estudantes de de Ansiedade
graduação em (BAI)
Educação Física
23

Utilizando o Inventário de Beck, Medeiros e Bittencourt (2017), constataram que os


alunos analisados apresentavam nível mínimo de ansiedade (62,7%), seguido de leve
ansiedade (27,3%), ansiedade moderada (6,4%) e ansiedade severa (3,6%).
No que se relata em relação à prevalência de ansiedade em estudantes concluintes,
Santos (2014) em seu estudo observou através do inventário de ansiedade de Beck (Beck
Anxiety Inventory - BAI) que 18,5% dos universitários analisados possuem perfil mínimo de
ansiedade, 34,1% tem perfil suave, 34,1% perfil moderado e 13,3% perfil grave. Ele os
classificou em dois perfis, não ansioso (mínimo e suave) e perfil ansioso (moderado e grave).
Maximiano et al., 2020, demonstrou em seu estudo que 65,3% dos estudantes
analisados foram identificados com ansiedade moderada e 34,7% com alta intensidade.
Ressaltando que não foi constatado estudantes com nível de ansiedade mínimo e leve. No
presente estudo os graduandos apresentaram 65,3% de prevalência para moderada ansiedade,
um percentual alto comparado a outras pesquisas sobre o tema (MAXIMIANO et al., 2020).
Através do IDATE, o estudo realizado por Chaves et al. (2015), evidenciou que a
maioria dos participantes possuía um nível moderado de ansiedade, seguido pelo nível alto.
Esse fato está relacionado aos desafios vivenciados pelos estudantes e a fase de transição para
a vida adulta. “Os dados referentes à ansiedade dos acadêmicos evidenciam que 91,5%
apresentavam níveis moderados e altos de ansiedade traço e 92,9% esses mesmos níveis de
ansiedade estado” (CHAVES et al., 2015, p.50).
Similarmente, Lima et al. (2017), constatou que mais da metade (52,9%) dos
indivíduos estudados apresentou alto nível de ansiedade e o restante (47,1%) apresentou baixo
nível de ansiedade. Quando perguntado aos estudantes os motivos que desencadearam
alterações nos níveis de ansiedade, foi apontado que o Trabalho de Conclusão de Curso era
considerado o principal fator (92,1%), seguido por outros fatores como: estágio curricular
(72,5%) e estágio não obrigatório (49,1%); 15,6% dos estudantes consideraram as atividades
laborais; e 11,7% outros fatores pessoais como responsáveis por alterações nos níveis de
ansiedade (LIMA et al., 2017).
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6 DISCUSSÃO

Todo ser humano manifesta um nível de ansiedade frente a situações estressantes e


adaptativas que ocorrem cotidianamente. O que vai tornar esse comportamento patológico é a
intensidade e frequência que esses sintomas ansiosos se manifestam diante de situações
desencadeadoras (SANTOS, 2014).
A graduação representa uma fase com novas expectativas de vida e possibilidade de
mudanças, o que pode influenciar diretamente na qualidade de vida do indivíduo. A
universidade é um ambiente conveniente para que o indivíduo atribua valores a sua futura
vida profissional e também a sua vida pessoal. As expectativas criadas em relação ao futuro
acabam se tornando um significante fator ansiogênico. Pois, apesar dos sentimentos positivos
referentes às realizações e alcance de metas, o período universitário é delicado e causa
vulnerabilidade nos estudantes (LIMA et al., 2017).
Chaves et al. (2015) identificou em seu estudo que a maioria dos estudantes
apresentou níveis moderados a altos de ansiedade, que estão relacionados à falta de prática de
atividades físicas ou lazer e aos baixos níveis da dimensão de otimismo da espiritualidade.
Também observou que o sexo feminino apresenta um nível maior de ansiedade do que o sexo
masculino, isto pode ser atribuído a fatores biopsicossociais, como papéis sociais e estado
fisiológico.
Medeiros e Bittencourt (2017) confirma essa predominância do gênero feminino
comparado ao gênero masculino na incidência de ansiedade dentro do ambiente universitário.
Cerca de 70,7% dos alunos dividem a rotina acadêmica com a rotina de trabalho, essa
sobrecarga de atividades pode ser um fator desencadeante de ansiedade. Além dessas tarefas
diárias, parte dos alunos são de cidades vizinhas ocasionando um desgaste físico e mental
devido à locomoção diária (MAXIMIANO et al., 2020).
De acordo com Lima et al. (2017), mesmo satisfeitos com o curso escolhido, os
estudantes apontam as atividades curriculares do final da graduação como geradoras de
ansiedade. Evidenciou-se o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e os estágios que fazem
parte da grade curricular como fatores ansiogênicos da experiência acadêmica, sendo o TCC,
considerado o grande “vilão” causador de ansiedade na etapa final da graduação.
Referente à prevalência de ansiedade em estudantes concluintes, Santos (2014)
observou que os universitários da área de saúde são submetidos a grande estresse, devido às
exigências feitas ao longo da graduação, a cobrança pessoal, de professores e familiares, além
25

das longas horas de estudo, atividades e avaliações, o aumento da pressão psicológica,


cansaço mental e a expectativa sobre o mercado de trabalho são fatores contribuintes para
desencadear a ansiedade de forma patológica.
26

7 CONCLUSÃO

Perante a problemática discutida é visto a necessidade da definição de estratégias de


intervenção e enfrentamento à ansiedade em estudantes universitários. Políticas voltadas para
a saúde mental dessa população mostram-se de fundamental importância, melhorando a vida
dos graduandos no período acadêmico e auxiliando na formação de profissionais qualificados.
Na presente revisão foi possível observar um grau de ansiedade prejudicial, o que
confirma a hipótese, visto que a maioria dos estudos demonstram níveis moderados a altos de
ansiedade em universitários, afirmando a importância de estudos complementares com essa
temática, que levem em consideração as mais variadas situações enfrentadas durante o
processo de graduação, assim como o contexto em que esses acadêmicos se encontram
inseridos, pois essas conjunções trazem desafios e adequações que podem ocasionar
ansiedade.
27

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