Ansiedade Alunos Universitários
Ansiedade Alunos Universitários
Ansiedade Alunos Universitários
ACADÊMICO DA VITÓRIA
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
BANCA EXAMINADORA
Agradeço primeiramente a Deus que mais uma vez me fortaleceu para chegar ao fim
desse desafio, e me mostrou que tudo é no tempo dele.
Agradeço a minha orientadora Solange Porto que me auxiliou nesse trabalho e
sempre tinha uma palavra positiva a me falar.
Agradeço a minha mãe, mulher forte e batalhadora que sempre fez o melhor que
pode pra me ajudar nessa caminhada acadêmica e na vida.
Por fim, Agradeço ao meu noivo que sempre me fortalece com suas palavras e aos
meus amigos e familiares que contribuiram com palavras amigas e torcem por mim.
“As doenças são o resultado não só dos nossos atos, mas também dos nossos pensamentos.”
Mahatma Gandhi
RESUMO
A ansiedade faz parte da natureza humana, é ela que nos mantém em alerta para situações de
perigo e que nos prepara para reagir melhor a diversas ocasiões como por exemplo, entrevistas
e avaliações. Porém, quando esse estímulo de alerta tem maior intensidade e duração do que
necessário, considera-se a ansiedade na sua forma patológica. O período universitário trás
consigo novos desafios ao estudante, que precisam se ajustar as novas rotinas de estudos,
cobranças por parte da instituição de ensino e mudanças no contexto social. O objetivo deste
trabalho é investigar a ansiedade em estudantes universitários, através de uma revisão
bibliográfica exploratória de natureza qualitativa. Utilizou-se as bases de dados SCIELO e
LILACS, com linha temporal entre 1997 e 2021, foram selecionados 5 artigos considerados
relevantes para a pesquisa, além de sites governamentais e Organização Mundial de Saúde.
Fatores estressantes presentes na graduação como apresentações de trabalhos, estágios e
atividades curriculares, Trabalho de Conclusão de Curso, dentre outros, são contribuintes para
um aumento no nível de ansiedade em estudantes do ensino superior. Diante da presente
revisão foi possível observar que a maioria dos estudos demonstram níveis moderados a altos
de ansiedade em universitários, mediante a isso são necessárias políticas voltadas para a saúde
mental dessa população, que vise melhorar a qualidade de vida dos graduandos, além disto,
observa-se a importância de estudos complementares com essa temática para agregar
informações sobre as conjuções que podem gerar a ansiedade em universitários.
Anxiety is part of human nature, it is what keeps us alert to dangerous situations and which
prepares us to react better to different occasions, such as interviews and evaluations.
However, when this alert stimulus has greater intensity and duration than necessary, anxiety
is considered in its pathological form. The university period brings with it new challenges for
the student, who need to adjust to the new study routines, demands from the educational
institution and changes in the social context. The objective of this work is to investigate
anxiety in university students, through an exploratory bibliographic review of a qualitative
nature. The SCIELO and LILACS databases were used, with a time line between 1997 and
2021, 5 articles were considered relevant to the research, in addition to government and
World Health Organization websites. Stress factors present in undergraduate courses such as
presentations of work, internships and curricular activities, Completion of course work,
among others, are contributing to an increase in the level of anxiety in higher education
students. In view of this review, it was possible to observe that most studies show moderate
to high levels of anxiety in university students, which means that policies aimed at the
mental health of this population are necessary, aiming to improve the quality of life of
undergraduates, in addition, he observes the importance of complementary studies with this
theme to add information about the conjunctions that can generate anxiety in university
students.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11
3 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 20
3.1 Geral.................................................................................................................................. 20
4 METODOLOGIA ................................................................................................................ 21
5 RESULTADOS ................................................................................................................... 22
6 DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 24
7 CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 26
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 27
11
1 INTRODUÇÃO
2.REFERENCIAL TEORICO
Cinco anos após foi publicada a CID-10 “passa a ser alfanumérico e os “transtornos de
ansiedade” fazem parte do bloco F40-F48 (“transtornos neuróticos, relacionados ao estresse e
somatoformes”) que inclui quadros de ansiedade, quadros de obsessão-compulsão e
transtornos relacionados ao estresse” (LOPES,1997, p.102).
A DSM-IV criada em 1994 confirmou o uso do termo comorbidade que surgiu na
DSM anterior. Refere-se a um sistema de classificação multiaxial, que agrupa 16 classes
diagnósticas distintas, que possuem códigos numéricos individuais e se distribuem em cinco
eixos (MATOS, 2005). “Uma revisão dessa edição foi publicada em 2000 como DSM-IV-TR
e foi formalmente utilizada até o início de 2013” (ARAÚJO; NETO,2014, p.69).
Atualmente, a versão utilizada mundialmente é a DSM-V publicada em 2013,
“resultado de um processo de doze anos de estudos, revisões e pesquisas de campo realizado
por centenas de profissionais divididos em diferentes grupos de trabalho” (ARAÚJO; NETO,
2014, p.70).
recusados com desculpas, não entrega trabalhos no prazo, ocorrem esquecimentos com
frequência, a procrastinação se torna constante, palpitações, sentimento de incapacidade,
dentre outras situações, detêm o indivíduo ansioso (BIENARTH, 2020).
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), (2017) constatam que a extensão da
população global com transtornos de ansiedade é estimada em 3,6 %. Sendo mais comum
entre mulheres do que em homens (4,6% em comparação com 2,6% em nível global). (OMS,
2017).
“Os transtornos ansiosos são os quadros psiquiátricos mais comuns tanto em crianças
quanto em adultos” (CASTILLO, 2000). De acordo com o DSM-V (2013), os transtornos de
ansiedade são classificados em transtorno de ansiedade de separação, mutismo seletivo, fobia
específica, transtorno de ansiedade social (fobia social), transtorno de pânico, agorafobia,
transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade induzido por
substância/medicamento, transtorno de ansiedade devido à outra condição médica, outro
transtorno de ansiedade especificado e transtorno de ansiedade não especificado.
A OMS (2016), define saúde mental como “um estado de bem-estar no qual um
indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com os estresses cotidianos, pode
trabalhar produtivamente e é capaz de contribuir para sua comunidade.”
A saúde mental é essencial para nossa capacidade, como seres humanos, de interagir
uns com os outros, pensar, agir e aproveitar a vida. Baseado nisso, proteger, restaurar e
promover a saúde mental é uma preocupação a ser considerada vital pela sociedade em todo o
mundo (OMS, 2016).
No início do século XX, nos Estados Unidos, surgiu a preocupação com a saúde
mental dos estudantes universitários, isso se deu a partir do reconhecimento de que os
universitários se encontram naturalmente mais vulneráveis, do ponto de vista psicológico,
sendo a instituição em que estão inclusos a responsável em ajudá-los, por meio de programas
de assistência psicológica (CERCHIARI; CAETANO; FACCENDA, 2005).
No Brasil, a preocupação com a saúde mental do universitário se deu a partir de
17
1957, com a criação do primeiro Serviço de Higiene Mental e Psicologia Clínica, pela
Universidade Federal de Pernambuco, tendo como intuito fornecer assistência psicológica e
psiquiátrica aos universitários(CERCHIARI; CAETANO; FACCENDA, 2005).
Vários estudos epidemiológicos têm revelado que as perturbações mentais têm maior
hipótese de surgir pela primeira vez no início da vida adulta, principalmente no período
universitário (SILVERA et al, 2011, p.248). A literatura indica altas taxas de prevalência de
sintomas de ansiedade em estudantes universitários, podendo inclusive ser superiores aos
índices encontrados na população em geral (PADOVANI et al., 2014).
Para a maior parte dos jovens, o ingresso no ensino superior representa a procura por um
maior nível educacional, a expectativa de um bom emprego e a criação de objetivos tanto
pessoais, quanto profissionais(SILVEIRA et al., 2011).
De acordo com Padovani et al (2014), o ambiente acadêmico pode ser estressante
quando as circunstâncias não são adequadas para o desenvolvimento da socialização e
comunicação do aluno com professor, família e com a sociedade. Uma estratégia para
enfrentar essas situações de estresse é o suporte social, visto que quando se é exposto a um
estressor e se tem um forte suporte social, o efeito negativo tende a parecer menor.
Esse suporte pode ser fornecido por todos que cercam o sujeito. Fornecer apoio
emocional, escutar e dar ao indivíduo a sensação de ser compreendido e respeitado é de
grande importância. Tão importante quanto à presença desse suporte social é a percepção que
a pessoa tem da tal presença, para que ela seja eficaz (PADOVANI et al., 2014).
A principal ferramenta de gestão dos assuntos ligados à atenção psicossocial dos
universitários é a Política Nacional de Assistência Estudantil (PNAES). O art.2º(Decreto nº
7.234 de 19 de julho de 2010 – Brasil) cita que a PNAES tem como objetivos: democratizar
as condições de permanência dos jovens na educação superior pública federal; minimizar os
efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e conclusão da educação
superior; reduzir as taxas de retenção e evasão; contribuir para a promoção da inclusão social
pela educação (BRASIL, 2010).
O sucesso dos estudantes tem uma importante relação com o seu bem-estar físico,
social e mental. Assim, as instituições têm uma grande responsabilidade em acompanhar seus
discentes, fornecendo fácil acesso aos centros de referência e tendo familiaridade com os
sinais iniciais de doença mental (SILVEIRA et al., 2011).
18
3 OBJETIVOS
3.1 Geral
Entender a ansiedade e seu contexto em estudantes universitários através de revisão da
literatura.
3.2 Específicos
1. Elucidar como os autores descrevem as diferentes causas da ansiedade;
2. Mostrar atráves de uma revisão os fatores que levam ao aumento da ansiedade em
universitários;
3. Descrever como o período universitário pode desencadear o aumento da ansiedade.
21
4 METODOLOGIA
5 RESULTADOS
6 DISCUSSÃO
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Leandro S.; SOARES, Ana Paula. Os estudantes universitários: sucesso escolar e
desenvolvimento psicossocial. In: MERCURI, E.; POLYDORO, S. A. J. (orgs.). Estudante
universitário: características e experiências de formação. Taubaté : Cabral, 2004. p. 15-40.
ALVES, Tania Correa de Toledo Ferraz. Depressão e ansiedade entre estudantes da área de
saúde. Revista de Medicina, São Paulo, v. 93, n. 3, p. 101-105, 2014.
ARAÚJO, Álvaro Cabral; LOTUFO NETO, Francisco. A nova classificação Americana para
os Transtornos Mentais: o DSM-5. Revista brasileira de terapia comportamental e
cognitiva, São Paulo, v. 16, n. 1, p. 67-82, 2014.
BATISTA, Marcos Antonio; OLIVEIRA, Sandra Maria da Silva Sales. Sintomas de ansiedade
mais comuns em adolescentes. Psic: Revista da Vetor Editora, São Paulo, v. 6, n. 2, p. 43-
50, 2005.
BIERNATH, André. Transtorno de ansiedade: sem tempo para o agora. Saúde Abril, [São
Paulo], 10 ago. 2018. Disponível em: https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/ansiedade-
afeta-o-organismo-e-pode-paralisar-sua-vida/. Acesso em: 04 maio 2021.
COSTA, Kercia Mirely Vieira et al. Ansiedade em universitários na área da saúde. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DAS CIÊNCIAS DA SAÚDE, 2., 2017, Campina Grande,
Anais [...] Campina Grande, Realize Editora, 2017. p. 1-10.
GALVÃO, Ana Maria et al. Ansiedade, stress e depressão relacionados com perturbações do
sono-vigília e consumo de álcool em alunos do ensino superior. Revista Portuguesa de
Enfermagem de Saúde Mental, Porto, v. 20, n. 5, p. 8-12, 2017.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
29
LEÃO, Andrea Mendes et al. Prevalência e fatores associados à depressão e ansiedade entre
estudantes universitários da área da saúde de um grande centro urbano do Nordeste do
Brasil. Revista brasileira de educação médica, Brasília, v. 42, n. 4, p. 55-65, 2018.
LOPES, M.S. Classificação dos estados de ansiedade. In: HETEM, L.A.B.; GRAEFF, F.G.
(Editores): Ansiedade e transtornos de ansiedade. Rio de Janeiro: Editora Científica
Nacional,1997.
RABELO, Leonardo Moreira; SIQUEIRA, Ana Kelly Américo; FERREIRA, Luzia Sousa.
DESENCADEADORES DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE EM ACADÊMICOS DE
ENFERMAGEM: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. Revista Liberum accessum, Brasília, v.
7, n. 1,p. 1-15, 2021.
RISTOFF, Dilvo. O novo perfil do campus brasileiro: uma análise do perfil socioeconômico
do estudante de graduação. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior,
Campinas, v. 19, n. 3, p. 723-747, 2014.
VIANA, Milena de Barros. Freud e Darwin: ansiedade como sinal, uma resposta adaptativa
ao perigo. Nat. hum., São Paulo , v. 12, n. 1, p. 1-33, 2010 .
VIANA, Milena de Barros. Mudanças nos conceitos de ansiedade nos séculos XIX e XX:
da Angstneurose ao DSM-IV. 206 f. Tese (Doutorado em Ciências Humanas) - Universidade
Federal de São Carlos, São Carlos, 2010.