Bruno Nagel Oliveira
Bruno Nagel Oliveira
Bruno Nagel Oliveira
DEDICATÓRIA
Quero em primeiro lugar, agradecer aos meus pais, Inácio e Cristine, que se
empenharam em me proporcionar sempre as melhores condições, de estudos e de
exemplo de caráter, para que eu pudesse alcançar meus objetivos tanto profissionais
quanto pessoais. Gostaria de agradecer ainda aos meus irmãos, Thiago e Thais, que
apesar da distância, sempre buscaram me incentivar e contribuir.
Ao meu companheiro Alisson Alievi, gostaria de agradecer pela atenção e
incentivo no decorrer deste período, e também durante toda a graduação. Em todos
os momentos bons ou ruins, tu foste meu porto seguro.
Aos meus filhos ‘pets’, Woody e Max, que durante toda a faculdade, ou parte
dela, estiveram presentes em minha vida, e em momentos de tensão, foram
essenciais para meu bem-estar.
Aos meus amigos em geral, ao qual não cito nomes, que percorreram todo esse
caminho da graduação ao meu lado, o meu muito obrigado.
Aos meus colegas e amigos-irmãos, Arthur Görgen e Nícolas Meirelles, que
foram essenciais no decorrer de toda a graduação, tanto na vida acadêmica quanto
na vida pessoa. Agradeço pela ajuda e esforço na realização do meu ensaio
experimental, pois sem vocês não seria possível.
Aos funcionários do Laboratório de Estruturas, Rafael Henn, Henrique Eicher e
Lidiane Kist, que no decorrer da graduação e principalmente durante a execução do
ensaio experimental, foram extremamente prestativos e solidários.
Ainda, agradeço ao meu professor e orientador Henrique Luiz Rupp, por todo
esforço demonstrado em ajudar, no decorrer do último semestre.
5
RESUMO
LISTA DE IMAGENS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE SÍMBOLOS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 17
2.5.6 Ruptura do aço por força cortante sem braço de alavanca .................... 28
2.5.7 Ruptura do aço por força cortante com braço de alavanca .................... 28
2.7.2 CAN/CSA-A23.3-04...................................................................................... 37
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 52
5 RESULTADOS....................................................................................................... 68
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Segundo Meira (2005) apud Bemfica (2016), pode ocorrer uma ação de cunha
que se manifesta devido à compressão de um cone de concreto na parte superior do
dispositivo de ancoragem, semelhante a uma cunha. Quando uma força F é aplicada
ao chumbador, transfere-se para e concreto, que acaba por criar fissuras diagonais
devido a forças radiais de tração e o surgimento de fissuras longitudinais a partir da
cabeça do chumbador devido a forças de tração circunferenciais.
31
Segundo Bazant (1984) apud Bemfica (2016), existem dois tipos de teorias para
dimensionar uma carga de ruptura de um elemento estrutural, neste caso, de um
chumbador. A teoria da resistência, ou conceito das superfícies de ruptura, está
diretamente associada a tensões ou deformações calculadas pelas forças elásticas,
plásticas ou visco-plásticas. A outra teoria é a da mecânica da fratura linear elástica,
onde o consumo de energia por unidade de incremento do comprimento da fissura
serve como critério de ruptura. Na imagem a seguir pode-se visualizar a curva de
tensão nominal de ruptura pelo logaritmo da dimensão do elemento estrutural. Esta
curva representa a influência do “size effect” em um elemento do concreto. A melhor
representação dessa curva é uma transição entre o critério de resistência ou
escoamento e a mecânica da fratura elástico linear.
Conforme afirma Jermann (1993) apud Bemfica (2016), este efeito pode ser
observado quanto à orientação do plano principal de tensões, caso o concreto não
possua tensão transversal atuando perpendicular à força de arrancamento. Deste
modo, a fissura expande na direção da superfície. Já a parte não fissurada, que se
situa na superfície de compressão, flete como um disco ao redor do perímetro do
chumbador, ocasionando uma mudança no plano de inclinação de ruptura, conforme
figura.
2.6.6 Aderência
Bemfica (2016), afirma que existe uma relação entre a posição da ancoragem
no substrato de concreto e sua orientação em relação a direção em que ocorre o
lançamento do concreto, consequentemente, afetando a capacidade de carga do
chumbador. Este fenômeno ocorre devido a dois fatores principais: acomodação e
sedimentação.
A acomodação ocorre quando as partículas finas do concreto, areias e cimento,
vazam através da forma, afetando a região onde ocorre, devido ao fato da criação de
vazios ao redor dos agregados graúdos, enfraquecendo-a.
Já na sedimentação, as partículas mais densas, que são os agregados, como a brita
e areia, acabam por sedimentar, ou seja, por serem mais pesadas, tais partículas
descem e se acomodam no fundo da forma, enquanto que na parte superior ficam a
água e o ar. Deste fato, pode-se observar que a relação água/cimento na parte
superior do elemento de concreto será maior que na parte inferior, e
consequentemente, a resistência será menor.
Desta forma, a sedimentação sempre irá influenciar na resistência da carga de
ruptura, independentemente de onde se faça o posicionamento do pino de
ancoragem. Na parte superior do elemento de concreto, os resultados da resistência
da carga de ancoragem suportada serão menores do que na parte inferior do
elemento.
34
Bode e Roik (1987) apud Bemfica (2016), relatam em seus estudos que a
capacidade final de ancoragem pode ser influenciada pelo uso de armadura adicional.
35
Bemfica (2016) afirma que pesquisas com grupos de ancoragem não era
considerado o efeito da excentricidade da carga, de modo a adotar como se na
realidade a carga estivesse sempre no mesmo eixo do centro do grupo de ancoragem.
Assim, novos estudos foram realizados, buscando analisar este efeito em
ancoragens, resultando então em modificações de alguns fatores relacionados a
realização de cálculos para o dimensionamento de ancoragens.
2.6.12 Solda
2.7.2 CAN/CSA-A23.3-04
Onde:
𝑛 = Número de chumbadores em um grupo de ancoragem;
𝐴𝑠𝑒 = Área transversal efetiva do chumbador;
𝛷𝑠 = Fator de resistência do aço para reforço;
𝑓𝑢𝑡 = Resistência à tração específica do aço do chumbador;
𝑅 = Fator de modificação de resistência.
Onde:
𝑓𝑢𝑡 = Resistência à tração específica do aço do chumbador;
𝑓𝑦 = Resistência à deformação específica do aço do chumbador.
𝐴𝑉
𝑉𝑐𝑏𝑟 = 𝜓𝑒𝑑,𝑉 𝜓𝑐,𝑉 𝑉𝑏𝑟 (3)
𝐴𝑉𝑜
Onde:
𝑉𝑐𝑏𝑟 = Resistência fatorada ao ‘Break − out’ do concreto de um único chumbador no
cisalhamento;
𝐴𝑉 = Área projetada de falha de concreto de um chumbador para cálculo da resistência
ao cisalhamento;
𝐴𝑉𝑜 = Área projetada de falha de concreto de um chumbador para cálculo da resistência
ao cisalhamento, sem influência de borda, espaçamento ou espessura dos elementos;
𝜓𝑒𝑑,𝑉 = Fator de modificação para resistência no cisalhamento para considerar
distâncias de borda menores que 1,5𝑐1 ;
𝜓𝑐,𝑉 = Fator de modificação para resistência em cisalhamento devido a fissuração;
𝑉𝑏𝑟 = Resistência fatorada ao ‘Break − out’ do concreto de um único chumbador no
cisalhamento, considerando concreto fissurado.
ser analisado, neste caso, na mesma direção que a força de cisalhamento exerce
sobre o chumbador. A expressão para determinação de 𝐴𝑉𝑜 (4) encontra-se abaixo.
Onde:
𝐴𝑉𝑜 = Área projetada de falha de concreto de um chumbador para cálculo da resistência
ao cisalhamento, sem influência de borda, espaçamento ou espessura dos elementos;
𝑐1 = Distância do centro do eixo de ancoragem até a borda do concreto em uma direção.
Onde a força de cisalhamento é aplicada ao chumbador, 𝑐1 está na direção da força de
cisalhamento.
Fonte: CAN/CSA-A23.3-04.
Fonte: CAN/CSA-A23.3-04.
41
2.7.2.2.1.2 Determinação de 𝑨𝑽
𝐴𝑉 = 3𝑐1 𝑥 ℎ (5)
Onde:
𝐴𝑉 = Área projetada de falha de concreto de um chumbador para cálculo da resistência
ao cisalhamento;
𝑐1 = Distância do centro do eixo de ancoragem até a borda do concreto em uma direção.
Onde a força de cisalhamento é aplicada ao chumbador, 𝑐1 está na direção da força de
cisalhamento.
ℎ = Espessura do elemento em que o chumbador é ancorado, medida paralelamente ao
ao eixo de ancoragem.
Fonte: CAN/CSA-A23.3-04.
Outra possibilidade ocorre quando a placa é mais alta do que 1,5𝑐1 . Desta
forma, o valor a ser utilizado como altura deve ser o próprio limite, que corresponde a
1,5𝑐1 . Assim, tem-se a expressão (6) a seguir.
42
Fonte: CAN/CSA-A23.3-04.
Onde:
𝐴𝑉 = Área projetada de falha de concreto de um chumbador para cálculo da resistência
ao cisalhamento;
𝑐1 = Distância do centro do eixo de ancoragem até a borda do concreto em uma direção.
Onde a força de cisalhamento é aplicada ao chumbador, 𝑐1 está na direção da força de
cisalhamento.
𝑐2 = Distância do centro de um eixo de ancoragem até a borda de concreto na direção
ortogonal a 𝑐1 .
𝑙 2
𝑉𝑏𝑟 = 0,58 (𝑑 ) √𝑑𝑜 𝛷𝑐 √𝑓′𝑐 𝑐11,5R (7)
𝑜
Onde:
𝑉𝑏𝑟 = Resistência fatorada ao ‘Break − out’ do concreto de um único chumbador no
cisalhamento, considerando concreto fissurado.
𝑙 = vide lista de símbolos;
𝑑𝑜 = Diâmetro externo do chumbador ou diâmetro do eixo do pino do chumbador;
43
𝑐2
𝑠𝑒 (𝑐2 > ℎ) (8)
1,5
ℎ
𝑠𝑒 (𝑐2 < ℎ) (9)
1,5
Onde:
𝑐2 = Distância do centro de um eixo de ancoragem até a borda de concreto na direção
ortogonal a 𝑐1 .
ℎ = Espessura do elemento em que o chumbador é ancorado, medida paralelamente ao
ao eixo de ancoragem.
𝑐2
𝜓𝑒𝑑,𝑉 = 0,7 + 0,3 1,5𝑐 𝑠𝑒 (𝑐2 < 1,5𝑐1 ) (11)
1
44
Onde:
𝜓𝑒𝑑,𝑉 = Fator de modificação para resistência no cisalhamento para considerar
distâncias de borda menores que 1,5𝑐1 ;
𝑐2 = Distância do centro de um eixo de ancoragem até a borda de concreto na direção
ortogonal a 𝑐1 .
𝑐1 = Distância do centro do eixo de ancoragem até a borda do concreto em uma direção.
Onde a força de cisalhamento é aplicada ao chumbador, 𝑐1 está na direção da força de
cisalhamento.
Onde:
𝑉𝑐𝑝𝑟 = Resistência fatorada ao ‘Pry − out’ do concreto de um único chumbador;
𝑘𝑐𝑝 = Coeficiente de resistência à ruptura por ‘Pry − out’;
𝑁𝑐𝑏𝑟 = Resistência fatorada ao ‘Break − out’ do concreto de um único chumbador na
na tração.
Onde:
𝑘𝑐𝑝 = Coeficiente de resistência à ruptura por ‘Pry − out’;
ℎ𝑒𝑓 = Profundidade efetiva de embutimento do chumbador.
𝐴𝑁
𝑁𝑐𝑏𝑟 = 𝜓𝑒𝑑,𝑁 𝜓𝑐,𝑁 𝜓𝑐𝑝,𝑁 𝑁𝑏𝑟 (15)
𝐴𝑁𝑂
46
Onde:
𝑁𝑐𝑏𝑟 = Resistência fatorada ao ‘Break − out’ do concreto de um único chumbador na
na tração;
𝐴𝑁 = Área projetada de falha de concreto de um chumbador, para cálculo da resistência
de tração;
𝐴𝑁𝑜 = Área projetada de falha de concreto de um chumbador para cálculo da
resistência em tração, quando não limitada pela distância de borda ou espaçamento;
𝜓𝑒𝑑,𝑁 = Fator de modificação para resistência na tração para considerar distâncias de
borda menores que 1,5ℎ𝑒𝑓 ;
𝜓𝑐,𝑁 = Fator de modificação para a resistência na tração devido as fissurações;
𝜓𝑐𝑝,𝑁 = Fator de modificação para resistência de ruptura do concreto por ‘Break − out’
devido a falha de divisão prematura.
𝑁𝑏𝑟 = Resistência fatorada ao ‘Break − out’ do concreto de um único chumbador na
tração, considerando concreto fissurado.
2.7.2.2.2.2.1 Determinação do 𝑨𝑵
2
𝐴𝑁 = 4,5ℎ𝑒𝑓 + 3𝑐1 ℎ𝑒𝑓 (16)
Onde:
𝐴𝑁 = Área projetada de falha de concreto de um chumbador, para cálculo da resistência
de tração;
ℎ𝑒𝑓 = Profundidade efetiva de embutimento do chumbador;
𝑐1 = Distância do centro do eixo de ancoragem até a borda do concreto em uma direção.
Onde a força de cisalhamento é aplicada ao chumbador, 𝑐1 está na direção da força de
cisalhamento.
47
Fonte: CAN/CSA-A23.3-04.
2
𝐴𝑁𝑜 = 9ℎ𝑒𝑓 (17)
Onde:
𝐴𝑁𝑜 = Área projetada de falha de concreto de um chumbador para cálculo da
resistência em tração, quando não limitada pela distância de borda ou espaçamento;
ℎ𝑒𝑓 = Profundidade efetiva de embutimento do chumbador.
Fonte: CAN/CSA-A23.3-04.
48
Fonte: CAN/CSA-A23.3-04.
𝑐
𝑚𝑖𝑛
𝜓𝑒𝑑,𝑁 = 0,7 + 0,3 1,5ℎ 𝑠𝑒 𝑐𝑚𝑖𝑛 < 1,5ℎ𝑒𝑓 (19)
𝑒𝑓
Onde:
𝜓𝑒𝑑,𝑁 = Fator de modificação para resistência na tração para considerar distâncias de
borda menores que 1,5ℎ𝑒𝑓 ;
𝑐𝑚𝑖𝑛 = Menor distância de borda;
ℎ𝑒𝑓 = Profundidade efetiva de embutimento do chumbador.
𝑐𝑎,𝑚𝑖𝑛 1,5ℎ𝑒𝑓
𝜓𝑐𝑝,𝑁 = ≥ 𝑠𝑒 𝑐𝑎,𝑚𝑖𝑛 < 𝑐𝑎𝑐 (21)
𝑐𝑎𝑐 𝑐𝑎𝑐
Onde:
𝜓𝑐𝑝,𝑁 = Fator de modificação para resistência de ruptura do concreto por ‘Break − out’
devido a falha de divisão prematura;
𝑐𝑚𝑖𝑛 = Menor distância de borda;
𝑐𝑎𝑐 = Distância crítica de borda;
ℎ𝑒𝑓 = Profundidade efetiva de embutimento do chumbador.
Onde:
𝑁𝑏𝑟 = Resistência fatorada ao ‘Break − out’ do concreto de um único chumbador na
tração, considerando concreto fissurado.
𝑘 = Coeficiente de resistência à ruptura por ‘Break − out’;
𝛷𝑐 = Fator de resistência do concreto para concreto, cujo valor de 𝛷𝑐 = 0,65;
𝑓 ′ 𝑐 = Resistência à compressão específica do concreto;
ℎ𝑒𝑓 = Profundidade efetiva de embutimento do chumbador;
𝑅 = Fator de modificação de resistência.
quase inteiramente na norma ACI 318-14, de forma a não ser de interesse do estudo
analisar novamente os mesmos parâmetros, visto que os resultados obtidos serão os
mesmos. Assim, o método de cálculo adotado será o da norma canadense CAN/CSA-
A23.3-04.
0,4𝐴𝑏 𝑓𝑢𝑏
𝐹𝑣,𝑅𝑑 = (23)
𝛾𝑎2
Onde:
𝐹𝑣,𝑅𝑑 = Resistência ao cisalhamento do aço do chumbador;
𝐴𝑏 = Área da seção transversal do chumbador;
𝑓𝑢𝑏 = Resistência à tração do aço o chumbador.
Onde:
𝐹𝑣,𝑅𝑑 = Resistência ao cisalhamento do aço do chumbador;
𝐴𝑏 = Área da seção transversal do chumbador;
𝑓𝑢𝑏 = Resistência à tração do aço o chumbador.
52
3 METODOLOGIA
4 PROGRAMA EXPERIMENTAL
Desta forma, adotou-se valor maior a 2,0 ℎ𝑒𝑓 , visando que o concreto não
apresentasse ruptura de borda ou houvesse alteração nos resultados de ensaio dos
chumbadores. Assim, optou-se por adotar as dimensões de 30 centímetros por 30
centímetros de largura, e 40 centímetros de altura. A altura do bloco foi idealizada com
mais altura devido ao método de ensaio dos chumbadores, ser de compressão
54
vertical, e para que não houvesse qualquer influência da altura nos resultados do
ensaio, optou-se por aumentar a dimensão do comprimento do bloco.
4.1.1 Formas
Fonte: Autor.
(2019). O traço foi desenvolvido de modo unitário, ou seja, a quantidade de areia, brita
e aditivo, servem para cada quilograma de cimento.
O objetivo da utilização de três traços foi para verificar a interação que ocorre
entre o chumbador e o concreto, analisando desta forma, se a alteração da resistência
do concreto, implica em alterações na resistência ao cisalhamento do chumbador.
4.1.3 Concreto
Fonte: Autor.
A brita 1 teve seu volume separado e foi lavado na betoneira de 200 litros, até
que a cor da água resultante da lavagem fosse constante, o que se deu em
aproximadamente 3 lavagens por volume. Posteriormente, a brita foi distribuída sobre
uma lona para que fosse retirada toda a umidade. Ao final, a brita foi armazenada em
caixas até seu uso.
Fonte: Autor.
57
O aditivo utilizado nos traços B e C foi o Viapol Eucon PL 300, que é um aditivo
líquido plastificante de pega normal, utilizado para atender a requisitos como fluidez e
manutenção da trabalhabilidade.
No que diz respeito a verificação da trabalhabilidade do concreto, utilizou-se do
ensaio de abatimento do cone de concreto, conhecido também como ‘Slump Test’.
Neste ensaio, que é determinado pela NBR NM 67:1998, deve preencher o cone com
três camadas igualmente distribuídas, compactadas com 25 golpes da haste padrão
em cada camada. Posteriormente, deve-se retirar verticalmente o cone. Coloca-se o
cone ao lado do concreto e mede-se o abatimento que ocorreu quando o cone foi
retirado.
Fonte: Autor.
cimento pouco a pouco, de modo a criar uma nada de cimento. Por último,
acrescentou-se a areia, pouco a pouco, de modo que fosse possível obter uma mistura
homogênea. Adicionou-se o restante da água, para completar os 100%. O próximo
passo somente foi utilizado nos traços B e C, que se tratava da incorporação do aditivo
plastificante, encerrando assim a produção do concreto.
Após a produção do concreto e utilizando as formas fabricadas, foram
moldados os blocos. O concreto foi adicionado até a superfície da forma, e
posteriormente vibrado com auxílio de equipamento vibrador. Inseriu-se o vibrador no
concreto com o objetivo de retirar possíveis vazios e excesso de ar incorporado ao
concreto. A vibração do concreto encerrou-se quando parou de se perceber o
aparecimento de bolhas na superfície do concreto. A finalização da superfície do bloco
se deu com a ajuda de uma desempenadeira. O último passo foi a identificação dos
blocos com o concreto que qual traço eles foram preenchidos.
Fonte: Autor.
Para a confecção dos corpos de prova, tomou-se como base a norma ABNT
NBR 5738:2015, que trata sobre “Concreto – Procedimento para moldagem e cura de
corpos de prova”. A partir dela, obtém-se que para o diâmetro de 10 centímetros, que
foi utilizado na confecção dos corpos de prova, a moldagem deviria ocorrer em 2
camadas, sendo aplicados 12 golpes com a haste padrão em cada camada. É
necessário ainda, lubrificar as formas cilíndricas, com óleo mineral ou outro material
que não reaja com o concreto.
No que diz respeito a coleta de amostras de concreto para confecção dos
corpos de prova, deve-se levar em consideração a norma NBR NM 33:1998. A
recomendação da norma é que se deve retirar as amostras quando do volume total
de concreto, já forem utilizados pelo menos 15% e não mais que 85%, para betoneiras.
Desta forma, observando as duas normativas pertinentes ao assunto, realizou-
se a moldagem dos corpos de prova. Os mesmos, foram identificados no momento da
concretagem, e guardados em ambiente sem vibrações e livre das intempéries.
Após passadas 24 horas da concretagem dos corpos de prova, estes foram
desformados, e novamente identificados giz de cera em seu topo. Posteriormente,
foram colocados submersos em água, para evitar qualquer tipo de fissuração,
mantendo-os submersos em água até o momento do ensaio.
4.2 Suporte
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
4.3 Chumbadores
abaixo, que demonstra a tabela com todos os dados dos chumbadores PBA, pode-se
ver melhor as características do chumbador utilizado.
Fonte: Âncora.®
No que tange os materiais no qual este chumbador pode ser utilizado, limita-se
unicamente ao substrato de concreto, e ao bloco estrutural, desde que este esteja
preenchido com graute.
Fonte: Âncora.®
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Âncora.®
Fonte: Autor.
68
5 RESULTADOS
O ensaio dos corpos de prova foi realizado aos 7 dias da concretagem. Para a
realização do ensaio de compressão dos corpos de prova, tomou-se como base o
texto da norma ABNT NBR 5739:2018, que trata sobre Concreto - Ensaio de
compressão de corpos de prova cilíndricos. Desta forma, foram ensaiados os corpos
de prova dos três traços de concreto. Nas imagens abaixo, pode-se analisar a ruptura
de dois corpos de prova ensaiados.
Fonte: Autor.
69
5.1.2 Blocos
5.1.3 Chumbadores
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
5.2.1.1 Concreto
𝐴𝑉𝑜 = 4,5𝑐1 ²
𝐴𝑉𝑜 = 4,5.20²
𝐴𝑉𝑜 = 1800 𝑐𝑚²
𝐴𝑉 = 2,25𝑐12 + 1,5𝑐1 𝑐2
𝐴𝑉 = 2,25. 202 + 1,5.20.15
𝐴𝑉 = 1350 𝑐𝑚²
76
𝑙 2
𝑉𝑏𝑟 , 𝐴 = 0,58 (𝑑 ) √𝑑𝑜 𝛷𝑐 √𝑓′𝑐 𝑐11,5R
𝑜
1,91 2
𝑉𝑏𝑟 , 𝐴 = 0,58. (0,95) . √1,91. 0,65. √3,158. 201,5 .1
1,91 2
𝑉𝑏𝑟 , 𝐵 = 0,58. (0,95) . √1,91. 0,65. √3,683. 201,5 .1
1,91 2
𝑉𝑏𝑟 , 𝐶 = 0,58. (0,95) . √1,91. 0,65. √4,770. 201,5 .1
𝑐2
𝜓𝑒𝑑,𝑉 = 0,7 + 0,3 𝑠𝑒 (𝑐2 < 1,5𝑐1 )
1,5𝑐1
15
𝜓𝑒𝑑,𝑉 = 0,7 + 0,3
1,5.20
𝜓𝑒𝑑,𝑉 = 0,85
𝐴𝑉
𝑉𝑐𝑏𝑟 = 𝜓 𝜓 𝑉
𝐴𝑉𝑜 𝑒𝑑,𝑉 𝑐,𝑉 𝑏𝑟
77
1350
𝑉𝑐𝑏𝑟 , 𝐴 = . 0,85.1,00.334,75
1800
𝑘𝑁
𝑉𝑐𝑏𝑟 , 𝐴 = 213,40 𝑜𝑢 2134,00 𝑀𝑃𝑎
𝑐𝑚2
1350
𝑉𝑐𝑏𝑟 , 𝐵 = . 0,85.1,00.361,51
1800
𝑘𝑁
𝑉𝑐𝑏𝑟 , 𝐵 = 230,46 𝑜𝑢 2340,60 𝑀𝑃𝑎
𝑐𝑚2
1350
𝑉𝑐𝑏𝑟 , 𝐶 = . 0,85.1,00.411,42
1800
𝑘𝑁
𝑉𝑐𝑏𝑟 , 𝐶 = 262,28 𝑜𝑢 2622,80 𝑀𝑃𝑎
𝑐𝑚2
ℎ𝑒𝑓 = 65 𝑚𝑚
𝑘𝑐𝑝 = 2,0 𝑠𝑒 ℎ𝑒𝑓 ≥ 65𝑚𝑚, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜:
𝑘𝑐𝑝 = 2,0
2
𝐴𝑁 = 4,5ℎ𝑒𝑓 + 3𝑐1 ℎ𝑒𝑓
𝐴𝑁 = 4,5.6,5² + 3.20.6,5
𝐴𝑁 = 580,13 𝑐𝑚²
2
𝐴𝑁𝑜 = 9ℎ𝑒𝑓
𝐴𝑁𝑜 = 9.6,5²
𝐴𝑁𝑜 = 380,25 𝑐𝑚²
𝜓𝑒𝑑,𝑁 = 1
𝜓𝑐,𝑁 = 1,0
O fator de modificação devido a divisão prematura do concreto para
chumbadores pós-concretagem projetados para concreto sem fissuração e sem
reforço suplementar, deve ser calcula com a expressão abaixo.
𝑐𝑎,𝑚𝑖𝑛 1,5ℎ𝑒𝑓
𝜓𝑐𝑝,𝑁 = ≥ 𝑠𝑒 𝑐𝑎,𝑚𝑖𝑛 < 𝑐𝑎𝑐
𝑐𝑎𝑐 𝑐𝑎𝑐
9,7 1,5.6,5
𝜓𝑐𝑝,𝑁 = ≥
26 26
580,13
𝑁𝑐𝑏𝑟 = . 1.1.0,375.133,99
380,25
580,13
𝑁𝑐𝑏𝑟 = . 1.1.0,375.144,70
380,25
580,13
𝑁𝑐𝑏𝑟 = . 1.1.0,375.164,68
380,25
𝑉𝑐𝑝𝑟 , 𝐴 = 2.76,66
𝑘𝑁
𝑉𝑐𝑝𝑟 , 𝐴 = 153,32 𝑜𝑢 1533,20 𝑀𝑃𝑎
𝑐𝑚2
𝑉𝑐𝑝𝑟 , 𝐵 = 2.82,78
𝑘𝑁
𝑉𝑐𝑝𝑟 , 𝐵 = 165,56 𝑜𝑢 1655,60 𝑀𝑃𝑎
𝑐𝑚2
𝑉𝑐𝑝𝑟 , 𝐶 = 2.94,22
𝑘𝑁
𝑉𝑐𝑝𝑟 , 𝐶 = 188,44 𝑜𝑢 1884,40 𝑀𝑃𝑎
𝑐𝑚2
5.2.1.2 Chumbadores
𝑓𝑢𝑡 = 352,25 𝑀𝑃𝑎, foi o valor adotado a partir de ensaio de tração no chumbador.
𝑉𝑠𝑟 = 1.0,71256.0,6.35,225.0,75
𝑉𝑠𝑟 = 11,295 𝑘𝑁 𝑜𝑢 1129,50 𝑘𝑔𝑓
6 ANÁLISE DE RESULTADOS
6.1 Concreto
6.2 Chumbadores
Catálogo
Ensaio CAN NBR Técnico
Âncora
Carga de
Ruptura Média Traço A 1379,17 1129,50 1004,00 1703,00
(kgf)
Variação entre
-
método teórico % 22,10 37,37 -19,01
e experimental
Carga de
Ruptura Média Traço B 1495,33 1129,50 1004,00 1703,00
(kgf)
Variação entre
-
método teórico % 32,39 48,94 -12,19
e experimental
Carga de
Ruptura Média Traço C 1595,33 1129,50 1004,00 1703,00
(kgf)
Variação entre
-
método teórico % 41,24 58,90 -6,32
e experimental
Fonte: Elaborado pelo autor.
7 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
7.1 Conclusões
Porém para uma conclusão sobre esta influência torna-se necessária a realização de
um gama muito maior de ensaios para os diversos valores de resistência do concreto.
REFERÊNCIAS