Lei Complementar 131 2006 Anapolis GO
Lei Complementar 131 2006 Anapolis GO
Lei Complementar 131 2006 Anapolis GO
Art. 1ºO parcelamento do solo para fins urbanos no Município de Anápolis será regido por
esta Lei Complementar, devendo ser observadas as legislações federais, estaduais e
municipais pertinentes.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
O parcelamento do solo para fins urbanos poderá ser feito mediante loteamento,
Art. 2º
desmembramento, remembramento, reparcelamento e desdobro.
Art. 7ºConsidera-se desdobro a subdivisão de lote urbano em lotes menores para edificação,
com aproveitamento do sistema viário urbano oficial, sem que se abram novas vias e demais
logradouros públicos, e sem que se prolonguem os existentes.
Art. 8º Somente serão permitidos parcelamentos do solo para fins urbanos de qualquer
espécie, nas áreas urbanas definidas pelo Plano Diretor.
II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que
sejam previamente saneados;
Art. 10. O Poder Público, através de seus órgãos competentes, especificará os estudos
técnicos necessários à comprovação da observância das condições derivadas do artigo
anterior.
Art. 11. Os parcelamentos do solo para fins urbanos serão aprovados pela Administração
Pública Municipal, através de seu órgão competente, mediante Decreto do Chefe do Poder
Executivo, obedecidos os procedimentos previstos nesta Lei Complementar.
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
Art. 12. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
II - gleba: o imóvel que ainda não foi objeto de parcelamento do solo para fins urbanos;
CAPÍTULO III
DOS PRAZOS
Art. 14. São estabelecidos prazos a serem obedecidos pelo empreendedor e pela Comissão
de Avaliação de Parcelamento do Solo - CAPS, correspondentes a:
Art. 15. Vencido o prazo de uma fase e não cumprido o procedimento correspondente por
parte do empreendedor, o pedido de aprovação será suspenso, abrindo prazo para o
interessado sanar a falha, sendo o mesmo notificado do prazo que dispõe e de que o não
cumprimento da exigência implicará automaticamente no indeferimento do pedido e o
processo administrativo pertinente à aprovação será arquivado na fase em que se encontrar,
sem quaisquer ônus para o Município.
Parágrafo Único - O prazo de que trata este artigo será determinado pelo Chefe do Poder
Executivo, na regulamentação desta Lei Complementar.
Art. 16. Nos casos de força maior, na forma da Lei e dos atos da administração pública que
prejudiquem ou interrompam o decurso normal dos prazos, os dias afetados serão
acrescentados aos prazos estabelecidos.
Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se força maior o fato imprevisível
Art. 17.
que gera efeitos práticos na relação jurídica existente entre a Administração Pública e o
empreendedor, mas que ocorre independentemente da vontade das partes.
Art. 18. Os prazos estabelecidos nesta Lei Complementar serão contados em dias úteis
excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento.
§ 2º Quando o vencimento coincidir com sábado, domingo, feriado ou dia sem expediente
para a Administração Pública Municipal, considerar-se-á dia do vencimento o 1º dia útil
subseqüente.
CAPÍTULO IV
DO LOTEAMENTO
Seção I
DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS PARA LOTEAMENTO
III - a área mínima dos lotes será definida conforme o tipo de loteamento especificado
pelo empreendedor:
V - deve ser implantada toda a infra-estrutura básica prevista no artigo 36 desta Lei
Complementar;
VII - as quadras lindeiras terminadas em "cul de sac" podem ter extensão máxima de
100m (cem metros).
Art. 21. Serão permitidos loteamentos mistos, com a seguinte distribuição dos lotes:
I - para loteamento misto de lotes convencionais e lotes de interesse social: até 50%
(cinqüenta por cento) de lotes de 200,00m² (duzentos metros quadrados) e o restante de lotes
de 300,00m² (trezentos metros quadrados), ressalvadas as metragens específicas para lotes
de esquina descritas no art. 20, III, a e b, desta Lei Complementar;
III - para loteamento misto de lotes de interesse social e lotes destinados à implantação
de conjunto de moradias populares: 50% (cinqüenta por cento) de lotes de 180,00m² (cento e
oitenta metros quadrados) e 50% (cinqüenta por cento) de lotes de 200,00m² (duzentos
metros quadrados), ressalvadas as metragens específicas dos lotes de esquina descritas no
art. 20, III, b e c, desta Lei Complementar.
Art. 23.Nos projetos de loteamento deve ser destinado ao Município, um percentual mínimo
de 15% (quinze por cento) do total parcelável da gleba, assim dividido:
II - 7,5 % (sete vírgula cinco por cento) destinados a áreas verdes e espaços livres de
lazer.
II - 5,0 % (cinco por cento) destinados a áreas verdes e espaços livres de lazer.
Art. 24. Os percentuais descritos no artigo 23, inciso I, não poderão coincidir com áreas de
preservação ou proteção ambiental, áreas de reserva florestal, áreas de risco geológico e
áreas não edificantes ao longo das redes de alta tensão, das redes de serviço da SANEAGO e
aquelas localizadas a menos de 100m (cem metros) das ERB`s - Estações de Rádio Base.
Art. 25.A partir das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias, redes de alta tensão,
dutos, e ao longo destas, será obrigatória a reserva de faixa não-edificante de 15 (quinze)
metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação específica.
Art. 26.O Poder Público Municipal poderá complementarmente exigir, em cada loteamento, a
reserva de faixa não-edificante destinada a equipamentos urbanos.
Seção II
OS REQUISITOS AMBIENTAIS PARA O LOTEAMENTO
Art. 27. Ao longo das águas correntes e dormentes será obrigatória a reserva de uma faixa
não-edificante, equivalente à Área de Preservação Permanente, estabelecida nesta Lei
Complementar.
Art. 28. As áreas correspondentes à reserva florestal, referida no artigo 24 desta Lei
Complementar, são aquelas identificáveis e delimitáveis de acordo com o levantamento
aerofotogamétrico de julho de 1976.
Seção III
DO SISTEMA VIÁRIO DO LOTEAMENTO
Art. 30. As vias de circulação do loteamento articular-se-ão com as vias adjacentes oficiais,
existentes ou projetadas.
Art. 31. A rede estrutural básica do loteamento será classificada de acordo com a função e
hierarquia de cada via e respectivas especificações em:
II - Vias Estruturais - são aquelas que estabelecem a ligação entre o sistema rodoviário
interurbano e o sistema viário urbano, apresentando altos níveis de fluidez de tráfego de baixa
acessibilidade, pouca integração com o uso e ocupação do solo e são próprias para operação
de sistemas de transporte de alta capacidade e de cargas;
III - Vias Arteriais - são aquelas que permitem ligações intra-urbanas, com média ou alta
fluidez de tráfego, baixa acessibilidade, apresentando restrita integração com o uso e
ocupação do solo, e são próprias para a operação de sistemas de transporte coletivo de alta
capacidade, segregado do tráfego geral e de cargas;
IV - Vias Coletoras - são aquelas que recebem e distribuem o tráfego local entre as vias
locais e arteriais apresentando equilíbrio entre fluidez de tráfego e acessibilidade,
possibilitando sua integração com o uso e ocupação do solo, e são próprias para operação de
sistemas de transporte coletivo, compartilhado com o tráfego geral e de transporte seletivo;
V - Vias Locais - são aquelas que promovem a distribuição do tráfego local, apresentando
baixa fluidez de tráfego, alta acessibilidade, caracterizando-se pela intensa integração com o
uso e ocupação do solo, podendo ter seu término em "cul de sac", a critério do Sistema
Municipal de Gestão do Planejamento - SMGP;
VII - Vias para Pedestres - são aqueles logradouros públicos com características infra-
estruturais e paisagísticas próprias de espaços abertos exclusivos aos pedestres.
VIII - Via Verde - são as vias implantadas entre as áreas de preservação permanente
existentes ao longo de cursos d`água, correntes ou dormentes e as quadras do loteamento;
Art. 32. Para as glebas circundadas por parcelamentos já aprovados, será adotado o
seguinte:
I - quando a gleba estiver totalmente circundada, o novo sistema viário dará continuidade
e obedecerá às larguras das vias aprovadas para aqueles parcelamentos;
Art. 33. Para implantação do sistema viário do loteamento deverão ser observadas as
seguintes dimensões:
I - as vias locais devem ter 12m (doze metros) de largura, sendo 7m (sete metros) para a
pista de rolamento e 2,5m (dois metros e meio) para o passeio público e extensão máxima de
1000m (mil metros);
II - as vias coletoras devem ter 15m (quinze metros) de largura, sendo 9m (nove metros)
para a pista de rolamento e 3m (três metros) para o passeio público;
III - as vias coletoras e vias laterais devem ter 15m (quinze metros) de largura, sendo 9m
(nove metros) para a pista de rolamento e 3m (três metros) para o passeio público;
a) a largura das vias arteriais de 1ª categoria deve ser de 38m (trinta e oito metros),
sendo 5m (cinco metros) para os passeios públicos, 7m (sete metros) para o canteiro central e
10,50 m (dez metros e cinqüenta centímetros) para as pistas de rolamento;
b) a largura das vias arteriais de 2ª categoria deve ser de 29m (vinte e nove metros) de
largura, sendo 4m (quatro metros) para os passeios públicos, 5m (cinco metros) para o
canteiro central e 8m (oito metros) para as pistas de rolamento.
Art. 34. Sempre que a gleba loteanda confrontar com rodovias federais, estaduais ou
municipais, deverá ser criada uma via perimetral paralela à rodovia, com largura mínima de
15m (quinze metros) medidos a partir da faixa de domínio da referida rodovia, exceto para as
glebas que já confrontem com via marginal, salvo exigências de leis específicas.
Parágrafo Único - Os projetos de loteamentos que confrontem com via marginal com
largura inferior a 15m (quinze metros) devem contemplar área suficiente para seu
alargamento até completar os 15m (quinze metros).
Seção IV
DAS OBRAS DE URBANIZAÇÃO DO LOTEAMENTO
I - 100% (cem por cento) de pavimentação das vias de circulação, com tratamento
superficial duplo ou CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), conforme normas
técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas);
II - 100% (cem por cento) de piqueteamento das quadras, lotes, logradouros e áreas
públicas;
III - 100 % (cem por cento) de meio-fio e sarjeta, conforme projeto aprovado;
VI - 100% (cem por cento) de solução coletiva para a coleta de esgoto, com projeto
aprovado pela concessionária do serviço, ou sistema alternativo a ser aprovado pelo órgão
competente;
Seção V
DO PROCEDIMENTO PARA APROVAÇÃO DE LOTEAMENTO
Art. 39. O processo administrativo para parcelamento do solo será único, podendo ser
fracionado em quantos volumes forem necessários, e seguirá o procedimento previsto nesta
Lei, dividido nas seguintes fases seqüenciadas:
I - Consulta Prévia;
Subseção I
DA CONSULTA PRÉVIA
Art. 41. A consulta prévia é a explicitação dos objetivos gerais do empreendedor, visando
obter a manifestação prévia da CAPS, quanto à conveniência do empreendimento, sua
localização e adequação às diretrizes do Plano Diretor de Anápolis.
Parágrafo Único - O Poder Público terá o prazo de 10 (dez) dias úteis, a contar da data
de recebimento do processo pela CAPS, para analisar e emitir o parecer conclusivo da
Consulta Prévia.
Art. 43. O requerimento previsto no artigo 41 será instruído com a seguinte documentação:
VIII - planta de situação da área em relação à malha urbana com a descrição dos
loteamentos adjacentes;
Subseção II
Art. 47. A Administração Pública terá o prazo de 40 (quarenta) dias úteis para avaliar, aprovar
ou rejeitar o Plano Urbanístico Preliminar.
I - largura de vias;
II - delimitação das quadras de terreno resultantes do traçado do sistema viário, ainda não
divididas em lotes com suas respectivas numerações, áreas e metragens e apresentar os
seus perímetros em poliline;
Art. 49. A CAPS analisará o plano urbanístico preliminar, deferindo-o ou não, podendo
requerer as alterações que se fizerem necessárias em seu conteúdo para possibilitar seu
deferimento.
Art. 50. O plano urbanístico preliminar será aprovado quando apresentar todos os requisitos
exigidos.
Subseção III
DO PLANO URBANÍSTICO DEFINITIVO
II - todo o sistema viário devidamente nomeado e cotado nos seus eixos, largura de cada
via com seus azimutes e curvas de nível, bem como todas as angulações entre os eixos;
III - todas as áreas públicas constantes de praças, áreas verdes, áreas institucionais,
áreas de preservação permanente e proteção ambiental, faixas não edificantes, com suas
dimensões áreas, nomenclaturas e porcentagens respectivas;
VI - corte transversal de cada tipo de via pública com as cotas dos passeios públicos e
das pistas de rolamento, conforme exigência legal e o disposto no Anexo V-c, parte integrante
da Lei Complementar do Plano Diretor;
VII - desenho de todos os passeios públicos com suas larguras e curvaturas de esquina
nas suas dimensões legalmente exigidas;
I - todo o sistema viário devidamente nomeado, mas sem seus eixos, angulações e
curvas de nível;
V - corte transversal de cada tipo de via pública com as cotas dos passeios públicos e das
pistas de rolamento, conforme exigência legal e o disposto no Anexo V-c, parte integrante da
Lei Complementar do Plano Diretor;
VII - quadro-resumo de todas as áreas constantes do projeto conforme Anexo Va, parte
integrante da Lei Complementar do Plano Diretor;
Art. 55. Os memoriais descritivos deverão conter os elementos previstos no Anexo V-d, parte
integrante da Lei Complementar do Plano Diretor.
III - rede de captação de águas pluviais, com planta geral na escala 1:1000, considerando
toda a bacia de contribuição e destino final das águas captadas pelo sistema de drenagem e o
Manual de Drenagem Urbana, constante do Anexo VI, parte integrante da Lei Complementar
do Plano Diretor, com ART.
Art. 58. A CAPS analisará o projeto definitivo, deferindo-o ou não, requerendo as alterações
que se fizerem necessárias em seu conteúdo para possibilitar seu deferimento.
Art. 59. A Administração Pública terá o prazo de 40 (quarenta) dias úteis para avaliar, aprovar
ou rejeitar o plano urbanístico definitivo.
Subseção IV
DA ORDEM DE SERVIÇO
Art. 60.Deferido o projeto urbanístico definitivo, a CAPS emitirá Ordem de Serviço para
execução das obras de infra-estrutura e conseqüente implantação do loteamento, de acordo
com as determinações contidas na presente Lei Complementar.
Art. 61.A ordem de serviço para execução das obras terá validade de 2 (dois) anos, a partir
da aprovação do Projeto Urbanístico Definitivo.
Art. 62.A validade da ordem de serviço poderá ser prorrogada por mais 1 (um) ano, caso não
sejam executadas as obras por motivo de força maior, a pedido do empreendedor.
Subseção V
DA FISCALIZAÇÃO DAS OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA E DO SEU ACEITE
Art. 63. A fiscalização das obras de infra-estrutura ficará inteiramente sob a responsabilidade
da CAPS, a qual, mediante vistoria in loco, emitirá mensalmente Laudos Técnicos que farão
parte do processo respectivo do loteamento.
Art. 64.Ao empreendedor será concedido o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para a correção
das obras irregularmente executadas.
Art. 66. A Administração Pública, através da CAPS, terá o prazo de 15 (quinze) dias úteis
para aceitar, recusar ou propor alterações das obras implementadas no loteamento.
Subseção VI
DA APROVAÇÃO DO LOTEAMENTO
Art. 67.
Art. 67. O projeto urbanístico definitivo será tecnicamente aprovado como um todo, podendo o
decreto de aprovação do mesmo ser expedido por etapas, a critério do empreendedor, ficando
apenas condicionado à comprovada execução dos 100% (cem por cento) das obras de infra-
estrutura exigidas no artigo 36, desta Lei Complementar, para a etapa em questão.
Art. 68. Após a emissão do Laudo Técnico Conclusivo de aceitação das obras de infra-
estrutura, os autos deverão ser remetidos à Procuradoria Geral do Município para emissão de
parecer jurídico final e posterior emissão do decreto de aprovação do loteamento pelo Chefe
do Executivo.
Seção VI
DO REGISTRO DO LOTEAMENTO
Art. 69.Aprovado o projeto de parcelamento do solo para qualquer tipo previsto nesta Lei
Complementar, o empreendedor deverá submetê-lo ao Registro Imobiliário competente dentro
de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação, acompanhado dos
documentos exigidos pela legislação federal pertinente.
anuência da Prefeitura.
§ 2º Nas hipóteses dos incisos II e III, o Oficial do Registro de Imóveis fará publicar, em
resumo, edital do pedido de cancelamento, podendo este ser impugnado no prazo de 30
(trinta) dias contados da data da última publicação. Findo esse prazo, com ou sem
impugnação, o processo será remetido ao juiz competente para homologação do pedido de
cancelamento, ouvido o Ministério Público.
Subseção I
A APROVAÇÃO E REGISTRO DE LOTEAMENTOS PARA CONJUNTOS DE MORADIAS
POPULARES
§ 3º A vedação expressa no caput deste artigo poderá ser excluída somente quando se
tratar da transferência da propriedade do empreendimento, para instituição pertencente ao
Sistema Nacional de Habitação, visando obtenção de financiamentos para a construção das
unidades residenciais.
§ 1º O alvará previsto no caput terá prazo de validade de 2 (dois) anos, podendo ser
prorrogado por igual período, a pedido do empreendedor e a critério da CAPS, que julgará a
necessidade e conveniência da prorrogação.
§ 2º O alvará para edificação das unidades residenciais poderá ser requerido por etapas
a critério do empreendedor.
§ 2º Quando não for possível implantar o conjunto de unidades residenciais, sem culpa
ou omissão do empreendedor, este poderá requerer cancelamento do loteamento na forma do
artigo 70, inciso II, desta Lei Complementar, sem ônus para o Poder Público.
CAPÍTULO V
DO DESMEMBRAMENTO
Seção I
DO PROJETO DE DESMEMBRAMENTO
VI - licença ambiental;
VIII - planta de situação da área em relação à malha urbana com a descrição dos
loteamentos adjacentes;
Seção II
DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS DO DESMEMBRAMENTO
Art. 76. Somente será permitido desmembramento de glebas para implantação de lotes de
interesse social ou conjunto de moradias populares em Áreas de Especial Interesse Social -
AEIS definidas na Lei do Perímetro Urbano.
Parágrafo Único - Em cada secção deverá ser destinada ao Município faixa de terras não
edificante, com largura mínima de 15m (quinze metros) e profundidade máxima de 40m
(quarenta metros).
Art. 78. Para glebas que confrontem com rodovias federais, estaduais ou municipais, o
módulo desmembrado deverá ser seccionado a cada 300m (trezentos metros) no máximo,
sendo esta a sua extensão limite e terão profundidade a partir de 60m (sessenta metros).
§ 1º Em cada secção deverá ser destinada ao Município faixa de terras não edificante,
com largura mínima de 15m (quinze metros) e profundidade mínima a partir de 60m (sessenta
metros).
Art. 79.Aplicam-se aos projetos de desmembramento as disposições dos artigos 22, 27, 28 e
29 desta Lei Complementar.
Seção III
DA INFRA-ESTRUTURA DO DESMEMBRAMENTO
II - (suprimido)
Art. 82. A CAPS poderá requerer que o empreendedor implante obras de infraestrutura
previstas no artigo 36 desta Lei Complementar, caso a gleba a ser desmembrada não seja
servida por infra-estrutura.
Seção IV
DA APROVAÇÃO E DO REGISTRO DO DESMEMBRAMENTO
Art. 83. O projeto de desmembramento será aprovado por Decreto Municipal emitido pelo
Chefe do Executivo Municipal e deverá ser submetido ao Registro Imobiliário no prazo de 180
(cento e oitenta) dias a contar da data de publicação do decreto, sob pena de caducidade.
Art. 83.O projeto de desmembramento será aprovado por ato do titular do órgão municipal
responsável pelo desenvolvimento urbano e deverá ser submetido ao Cadastro Técnico
Municipal - CTM para as providências pertinentes ao cadastro.
CAPÍTULO VI
DO REMEMBRAMENTO
VI - licença ambiental;
VIII - planta de situação da área em relação à malha urbana com a descrição dos
loteamentos adjacentes;
Parágrafo Único - A redistribuição dos lotes poderá ocorrer de forma mista, desde que
obedecidas as disposições dos artigos 21 e 22 desta Lei Complementar.
Art. 87. Aplicam-se aos projetos de remembramento as disposições dos artigos 27, 28, 29 e
44 § 1º desta Lei Complementar.
Art. 88. O projeto de remembramento será aprovado por Decreto Municipal emitido pelo
Chefe do Executivo Municipal e deverá ser submetido ao Registro Imobiliário no prazo de 180
(cento e oitenta) dias a contar da data de publicação do decreto, sob pena de caducidade.
Art. 89.À aprovação e registro dos projetos de remembramento para implantação de conjunto
de moradias populares aplicam-se, no que couberem, as disposições dos artigos 71, 72 e 73
desta Lei Complementar.
CAPÍTULO VII
DO REPARCELAMENTO
Art. 90. Aplicam-se aos projetos de reparcelamento do solo as disposições pertinentes aos
projetos de loteamento, constantes do Capítulo IV, desta Lei Complementar, a critério da
CAPS.
CAPÍTULO VIII
DO DESDOBRO
Seção I
DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS PARA O DESDOBRO
Art. 92. O desdobro de lote urbano somente será permitido em parcelamentos do solo
legalmente aprovados e registrados inclusos no perímetro urbano do Município.
Art. 93. Habitações seriadas e geminadas podem ser desdobradas, desde que as
construções estejam devidamente legalizadas junto à Administração Pública Municipal e
tenham obedecido aos requisitos exigidos pelo zoneamento urbano e Código Municipal de
Edificações para estes tipos de habitação, devendo permanecer cada unidade com frente
mínima de 5m (cinco metros) para uma via pública.
Art. 95. O desdobro de lote urbano obedecerá aos seguintes requisitos urbanísticos:
§ 1º Para lotes com área total, a partir de 300,00 m² (trezentos metros quadrados), desde
que possuam 02 (duas) ou mais edificações individuais, legalizadas junto à Administração
Pública Municipal, após o desdobro, cada parte deve permanecer com testada mínima de 5m
(cinco metros) para uma via pública, área mínima total de 150,00m² (cento e cinqüenta metros
quadrados) e uma edificação.
§ 3º Após o desdobro, o lote que formar esquina deverá apresentar frente mínima de
12,50m (doze metros e cinqüenta centímetros) sendo a curvatura mínima de esquina com raio
igual a 5,00m (cinco metros), observada a área mínima total prevista nos §§ 1º e 2º, deste
artigo.
§ 4º Os lotes oriundos de desdobro feito na forma deste artigo, não poderão ser objetos
de novo desdobro, devendo esta vedação ser expressa no ato de aprovação do desdobro e,
ainda, constar dos arquivos do Cadastro Técnico Municipal - CTM.
Art. 96. É permitido o desdobro de parcela de lote urbano em fração inferior a 150,00m²
(cento e cinqüenta metros quadrados), desde que a parcela desdobrada seja remembrada em
lote confrontante.
§ 1º O lote urbano que for objeto de desdobro nas condições do caput deste artigo deverá
permanecer com no mínimo 10m (dez metros) de frente para uma via pública.
Seção II
DO PROCEDIMENTO PARA O DESDOBRO
a) residencial;
b) comercial;
VII - Desenho do lote e o memorial descritivo, devendo 01 (uma) via ser apresentada em
papel e outra em dispositivo digital (CD), em escala 1:1000 e Anotação de Responsabilidade
Técnica
Art. 98.O projeto de desdobro será analisado pelo setor competente para análise de projetos
da secretaria responsável pelo desenvolvimento urbano.
O projeto de desdobro será aprovado por ato do titular da secretaria responsável pelo
Art. 99.
desenvolvimento urbano.
Parágrafo Único - Após aprovação, os autos referentes ao desdobro devem ser remetidos
ao Cadastro Técnico Municipal - CTM para as providências pertinentes ao cadastro.
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 100. A CAPS - Comissão de Avaliação de Parcelamento do Solo será composta por
servidores públicos membros do Núcleo Gestor de Planejamento Urbano e Controle do Plano
Diretor - NGPPD previsto na Lei do Plano Diretor, devendo ser observada a seguinte
composição:
IV - 1 (um) advogado;
Art. 101. São atribuições da CAPS - Comissão de Avaliação de Parcelamento do Solo, sem
prejuízo das demais atribuições previstas nesta Lei Complementar:
III - analisar e emitir parecer sobre o Plano Urbanístico Preliminar e expedir diretrizes
para o Plano Urbanístico Definitivo;
VII - encaminhar autos e requerer análise e parecer dos demais membros do Núcleo
Gestor de Planejamento Urbano e Controle do Plano Diretor - NGPPD para dirimir dúvidas,
quando necessário;
Complementar.
Art. 102. Os projetos de parcelamento do solo estão sujeitos ao pagamento das taxas
constantes no Código Tributário Municipal em vigor.
Art. 105. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.